UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU PROJETO A VEZ DO MESTRE

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1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU PROJETO A VEZ DO MESTRE IMUNIDADE TRIBUTÁRIA: ENFOQUE EM TEMPLOS DE QUALQUER CULTO Por: DENISE RAPOSO D ASSUNÇÃO Orientador Prof. WILLIAM ROCHA Rio de Janeiro 2010

2 2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU PROJETO A VEZ DO MESTRE IMUNIDADE TRIBUTÁRIA: ENFOQUE EM TEMPLOS DE QUALQUER CULTO Apresentação de monografia à Universidade Candido Mendes como condição prévia para a conclusão do Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Direito Público Tributário. Por: Denise Raposo D Assunção

3 3 AGRADECIMENTOS Primeiramente à Deus, que me deu vida e a possibilidade de estar desenvolvendo parte do potencial que Ele colocou dentro de mim; Aos meus pais que são a razão do meu viver e o meu porto seguro;às minhas irmãs e sobrinhos que tornam cada batalha e cada dia uma fonte inesgotável de alegria; ao meu orientador e amigo William e aos meus companheiros de jornada: Leandro e Alexandre.

4 4 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho ao meu Pai, que se manteve incansável nesta luta, de manter a Igreja Cidade Santa em pleno funcionamento e à minha Mãe por ser uma fortaleza de mulher e um exemplo pra mim. Obrigada por tornarem mais este sonho realidade. Amo vocês!

5 5 RESUMO O presente tema é coberto por um manto de polêmicas, controversas, preconceitos, extremismos, entre tantas outras práticas e teorias. Sabe-se que, pouquíssimos doutrinadores se aprofundam, exploram, discutem ou divulgam este tema. Fica a cargo dos Tribunais, em seus julgados, e de militantes ou especialistas da área abordarem e trazerem luz à cerca do assunto. Embora seja uma Garantia Constitucional, a Imunidade Tributária dos Templos de qualquer Culto não vem sendo, devidamente, observada pelos Entes Federativos. Ao longo dos anos, o assunto foi tão superficialmente tratado que, tanto o Estado quanto os Operadores do Direito, encontram dificuldades na hora de executar a determinação do Legislador, passando a recorrer aos Tribunais Superiores. Fazendo um apanhado de todo o material pesquisado, bem como visando trazer mais luz ao assunto, porém certo de ser impossível abordar todas as vertentes que o envolvem, é que nos propomos buscar uma análise prática às questões relativas a Imunidade Tributária dos Templos de Qualquer Culto.

6 6 METODOLOGIA Como metodologia para elaboração deste trabalho, foram utilizadas pesquisas bibliográficas e de legislação, envolvendo o levantamento, leitura e analise de Leis, Normas e texto de diversos doutrinadores renomados, pesquisouse, ainda, em sites e revistas especializadas.

7 7 SUMÁRIO INTRODUÇÃO 08 CAPÍTULO I - DA LIBERDADE RELIGIOSA UMA VISÃO ATRAVÉS DOS TEMPOS O QUE DIZ A NOSSA CONSTITUIÇÃO 14 CAPÍTULO II - DA IMUNIDADE TRIBUTÁRIA DA COMPETÊNCIA DOS TRIBUTOS 21 CAPÍTULO III DO PATRIMÔNIO, RENDA E SERVIÇO 22 CAPÍTULO VI A JURISPRUDÊNCIA DO SUPERIOR TRIBUNAL FEDERAL 27 CONCLUSÃO 38 BIBLIOGRAFIA 40 SITES 41 ANEXO 42 ÍNDICE 43 FOLHA DE AVALIAÇÃO 44

8 8 INTRODUÇÃO O presente trabalho tem como objeto demonstrar a importância e efetividade das imunidades tributárias na limitação da competência tributária, ou seja, impondo limites ao Poder de Tributar da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, bem como para produzir a monografia para conclusão do curso de Pós Graduação Latu Sensu em Direito Público e Tributário pela Universidade Cândido Mendes. Desde os primórdios da Criação o que diferencia o homem, dos demais animais criados por Deus, é a busca pelo seu Criador, por se religar às suas origens. Este trabalho visa abordar a liberdade religiosa e mostrar o entendimento dos nossos constituintes, no que tange à limitação do poder de tributar e à valorização de determinadas atividades sociais, no nosso caso, especificamente, o papel da Igreja, da fé na vida do indivíduo, sua crença em princípios e valores que nortearão sua vida, seu comportamento, seus sonhos, enfim, o papel fundamental da religião na sociedade. Veremos que não só a Constituição da República Federativa do Brasil, mas, também, Doutrinadores, Juízes, Desembargadores e Ministros vêem firmando posições favoráveis a cerca da Imunidade Tributária para Templos de qualquer Culto.

9 9 CAPÍTULO I - LIBERDADE RELIGIOSA...Deus é maior que todos os obstáculos. O direito à liberdade religiosa é um direito humano fundamental tutelado pela nossa Constituição Federal de Percebemos, de maneira clara, a preocupação do Estado em assegurar a liberdade de manifestações religiosas das pessoas e preservar sua crença em valores transcendentais, sendo-lhe vetada toda possibilidade de embaraçar o exercício de cultos religiosos, nem mesmo através de impostos. A Constituição garante, pois a liberdade de crença e a igualdade entre as crenças. Uma das formas adotadas para impedir tal situação foi vedar a cobrança de qualquer imposto sobre os templos de qualquer culto. Com a descoberta dos Estados Unidos, houve, posteriormente, o interesse de nesse Novo Mundo ou Novo Continente, como alguns doutrinadores preferem denominar. Com o intuito de fazer normas para os Estados Unidos da América totalmente adversas do país oriundo, os puritanos anglo-saxões, tiveram a intenção de criar um Estado mais liberal, onde fossem tutelados os Direitos Humanos. Por isso, houve o surgimento da guarda dos Direitos Humanos, tanto na Declaração de Independência dos Estados Unidos, como no Bill of Rigths. Dispõe a primeira emenda constitucional americana, in verbis: "Congresso não editará nenhuma lei instituindo uma religião, ou proibindo o livre exercício dos cultos; nem restringirá a liberdade de palavra ou de imprensa; ou o direito do povo de reunir-se pacificamente, ou de petição ao governo para a correção de injustiças". 1 Desta forma, se consagrou uma defesa clara e certa à liberdade religiosa. 1

10 10 As principais influências da introdução da Liberdade Religiosa à concepção jurídica e ao Constitucionalismo Mundial são o iluminismo e a Revolução Francesa. Os princípios da Igualdade e da Liberdade foram previstos tanto no Bill of Rights (1776), quanto na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão (1789). Conforme previsão da ONU, nos dias atuais os Direitos humanos são valores universais que atingiram o patamar de direitos humanos internacionais. A Declaração Universal (1948), a Convenção Internacional sobre Direitos Civis e Políticos (1966), a Declaração das Nações Unidas sobre a eliminação de todas as formas de Intolerância e discriminação com base na Religião ou Crença (1981) e, por fim, o documento final de Viena (1989) são os principais tratados que servem como alicerce à Liberdade Religiosa Internacional. O artigo 18 da Declaração Universal dos Direitos Humanos discorre: Toda pessoa tem direito à liberdade de pensamento, consciência, religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância,isolada ou coletivamente, em público ou em particular 2. Ruy Barbosa, em uma de suas grande obras, diz: De todas as liberdades sociais, nenhuma é tão congenial ao homem, e tão nobre, e tão frutificativa, e tão civilizadora, e tão pacífica, e tão filha do Evangelho, como a liberdade religiosa 3. A Liberdade Religiosa está prevista no artigo 5º da Constituição e é considerada pela mesma, como Direito e Garantia Fundamental ao indivíduo. O direito humano fundamental de primeira geração, a liberdade, é algo basilar ao homem e aos Estados Democráticos Idem

11 11 No entanto, a existência do ser humano é baseada na sua autonomia, bem como na sua capacidade de pensamento (homo sapiens = homem que pensa). A liberdade religiosa é um método que visa expressar a capacidade de consciência, onde cada indivíduo tem o direito de escolher sua religião ou não, conforme suas convicções e crenças. O Ilmo Doutrinador, Pinto Ferreira, entende que: a Liberdade Religiosa é o direito que tem o homem de adorar a seu Deus, de acordo com sua crença e seu culto 4. A liberdade religiosa é, segundo Pontes de Miranda, uma especialização da liberdade de pensamento. A liberdade, lato senso, está prevista logo no preâmbulo da nossa Lei Maior. Como o Brasil almeja uma sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos é essencial que a liberdade esteja presente em nossas vidas, incluindo, então, a liberdade religiosa. O Estado Brasileiro por ser caracterizado por um Estado Laico, prevê em sua Carta Magna de 1988, artigo 19, inciso I, que: Artigo 19. É vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios: I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou seus representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público. O artigo 5º, caput, reza: Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade nos termos seguintes 5. O artigo 5º, inciso VI, prevê, in verbis: 4 Pinto Ferreira. Curso de Direito Constitucional,p Constituição da República Federativa do Brasil

12 12 É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e suas liturgias 6. Já as próprias Escrituras Sagradas, desde os primórdios nos ensinam que: Daí a César o que é de César e a Deus o que é de Deus. 7. A Declaração Universal dos Direitos Humanos, de 1948, em seu art. 18º versa que todo homem tem direito à liberdade de pensamento, de expressão, de consciência e de religião e de manifestar esta sua crença em público ou em particular. Conforme entende o Douto Pinto Pereira: Ninguém pode ser perseguido por motivo de religião, uma vez que respeite a do Estado e não ofenda a moral pública. Infere-se, a partir daí, que a Imunidade Tributária dos Templos Religiosos de qualquer culto advém do respeito à prática da liberdade religiosa. 1.1 UMA VISÃO ATRAVÉS DOS TEMPOS A palavra Imunidade tem origem no latim immunitas, que quer dizer qualidade de não ser sujeito a algum encargo ou ônus. A Carta Magna, em seu artigo 150, estabeleceu as limitações ao poder de tributar, estabelecendo as chamadas IMUNIDADES que estão descritas em seu inciso VI, bem como, conferindo garantias aos contribuintes. Podemos definir imunidade como a característica conferida pelo legislador constituinte, na qual veda, por determinação constitucional, a formação da obrigação tributária, ou seja, a realização do fato gerador. Desta Forma, estão desobrigadas ao pagamento de impostos, as pessoas elencadas pela 6 Idem 7 Bíblia Sagrada, Evangelho São Mateus 22:21.

13 13 Constituição Federal como imunes, não podendo, portanto, serem sujeito passivo de obrigação tributária. Do século XIII ao século XIX era proibida a tributação sobre a Igreja ( o Clero) e sobre os nobres (o Senhorio). A tributação recaía sobre os pobres, de forma extremamente onerosa, abusiva e arbitrária. Uma das principais razões que culminaram com a Revolução Francesa, no séc. XVIII, foi o fato de que os nobres e o clero se recusavam a pagar tributos, tributos estes exigidos dos pobres, independentemente de sua capacidade de fazê-lo. Após este período houve algumas alterações quanto à imunidade da Igreja (que perduraram até o Liberalismo): a não-tributalidade limitou-se à Igreja Católica. Com o advento do Estado Liberal, houve uma certa democratização das imunidades, que deixaram de ser um privilégio para se tornarem uma garantia de exoneração fiscal. Somente com o advento do Liberalismo passou a haver a liberdade de qualquer culto. Posteriormente limitou-se o poder tributário do Estado em favor do interesse dos indivíduos, para, finalmente, chegar-se à imunidade dos cidadãos. No Brasil as primeiras imunidades tributárias abrangiam apenas a Igreja e o Senhorio. Na Constituição de 1824 houve a extinção da imunidade da nobreza, quando, no artº. 179, item 15 preceituava-se: Ninguém será isento de contribuir para as despesas do Estado em proporção de seus haveres. 8 A imunidade dos Templos de qualquer culto, que está definida em nossa Constituição visa, na verdade, assegurar a garantia constitucional, que confere aos cidadãos o direito à liberdade religiosa, que está contida no artº 5º - VI da CR/88. Esta imunidade surgiu com o rompimento entre a Igreja e o Estado, o que aconteceu em meio à Proclamação da República, quando, segundo o Princípio da Neutralidade,o Estado tornou-se laico, ou seja, não se identificando com qualquer religião, garantindo, assim, o pluralismo religioso. 8 Constituição do Brasil de 1824

14 14 Esta não-tributalidade faz com que o Estado não tenha como interferir na escolha nem na prática de qualquer crença, até mesmo porque as atividades religiosas não visam lucro e, esta prerrogativa conferida aos Templos de qualquer culto, seria uma forma resguardar os principais interesses das Igrejas, a fim de que elas não se disvirtuem, buscando interesses de cunho econômico e rentável. Somos um Estado Democrático de Direito, alicerçado na dignidade da pessoa humana, na cidadania, na soberania inalienável do Estado, no pluralismo político, na livre iniciativa, nos valores sociais do trabalho; que tem, como uma de suas garantias fundamentais, as liberdades asseguradas pela Democracia. No artº 5º, VI da CF/88, é garantida a liberdade religiosa dos cidadãos, independentemente do modo como ela ocorra, em termos de sua manifestação e divulgação. 1.2 O QUE DIZ A NOSSA CONSTITUIÇÃO No preâmbulo da nossa Carta Magna de 1988, que instituiu o Estado Democrático de Direito, baseado na igualdade de oportunidades e na livre iniciativa econômica, temos, na verdade, a implantação de um Estado Liberal (que garante a liberdade de livre iniciativa econômica) e Social (que garante a igualdade de oportunidades). A partir da orientação e direcionamento das atividades econômicas privadas, a cobrança de tributos, em tal Sociedade, visa obter um retorno, em forma de benefícios para os mais diversificados ramos da Sociedade. Segundo o Prof. Ricardo Lobo Torres, o tributo é o preço que se paga pela nossa liberdade, para que o Estado tenha como desenvolver atividades públicas assim como também fornecer bens e serviços públicos para, assim, beneficiar todos os seguimentos da Sociedade.

15 15 A tributação permite uma melhor repartição das riquezas assim como o desenvolvimento econômico social, além de ser um meio para que o Estado obtenha recursos. A limitação da atuação do Estado visa evitar uma tributação excessiva, garantindo a todas as camadas da Sociedade direitos existenciais mínimos, que preservem a dignidade dos seus cidadãos, enquanto seres humanos. Desta forma a Constituição da República Federativa do Brasil de l988 veio limitar a atuação do Estado através da concessão de imunidades, limitando seu poder de tributar. Segundo alguns autores, as imunidades consistem num instituto, de índole constitucional, que limitaria a própria competência tributária. Lemos na Constituição Brasileira, de 1988, que o nosso país é uma república fundamentada na dignidade humana, em que todos são iguais perante a lei, e que é do povo que emana todo poder, poder este exercido através de seus representantes eleitos e que, seu direito à vida, à liberdade, à liberdade de consciência e de crença, à segurança, à igualdade e à propriedade dos que aqui residem, são invioláveis. Ninguém poderá ser privado dos seus direitos em razão de convicções políticas, filosóficas ou por causa de sua crença. O ICMS, é, sem dúvida, a incidência mais onerosa para as instituições religiosas, que incide sobe o consumo de energia elétrica, telecomunicações, água e sobre todas as demais compras realizadas pelos Templos de qualquer culto. A Constituição Federal, em seu artigo 150, é bastante clara quando específica que, a Imunidade Tributária para Templos de qualquer culto está relacionada ao seu patrimônio, a renda e os serviços.

16 16 CAPÍTULO II - IMUNIDADE TRIBUTÁRIA A imunidade é, por seus efeitos, uma limitação constitucional ao poder de tributar. Há, ainda, no texto constitucional, de modo não exaustivo, outras limitações: princípio da legalidade, da anterioridade, da igualdade, da vedação do confisco, etc. Registre-se o ensinamento de Roque Antônio Carrazza: A expressão imunidade tributária tem duas acepções: Uma, ampla, dignificando a incompetência da pessoa política para tributar: a) pessoas que realizam fatos que estão fora das fronteiras do seu campo tributário; b) sem a observância dos princípios constitucionais tributários, que formam o chamado estatuto do contribuinte; c) com efeito de confisco; d) de modo a estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens (salvo o hipótese do pedágio); e) afrontando o princípio da uniformidade geográfica; e) fazendo tábua rasa do princípio da não-discriminação tributária em razão da origem ou do destino dos bens. E, outra, restrita, aplicável às normas constitucionais que, de modo expresso declararam ser vedado às pessoas políticas tributárias determinadas pessoas, que pela natureza jurídica que possuem, quer pelo tipo de atividade que desempenham, quer, finalmente porque coligadas a determinados fatos, bens ou situações. Em sua acepção ampla, a expressão 'imunidade tributária' alcança quaisquer tributos: impostos, taxas e contribuição de melhoria. Em sua acepção restrita, apenas os impostos. 9 9 CARRAZZA, Roque Antônio. Curso de Direito Constitucional Tributário, 16ª edição revista, ampliada e atualizada até a EC nº 31/2000, Malheiros Edit, ores 2001, p

17 17 Dele não diverge Hugo de Brito Machado: A Constituição afirma, é certo, que a imunidade não é uma limitação da competência tributária porque não é posterior Imunidade é o obstáculo decorrente da regra da Constitui de competência importa uma limitação e se a regra que imuniza participa da demarcação da competência tributária, resulta evidente que a imunidade é uma limitação dessa competência. O Importante é notar que a regra da imunidade estabelece exceção define o âmbito do tributo, vale dizer, o campo dentro do qual pode o legislador definir a hipótese de incidência da regra de tributação. A regra de imunidade retira desse âmbito uma parcela, que torna imune. Opera a regra imunizante, relativamente ao desenho constitucional do âmbito do tributo, da mesma forma que opera a regra de isenção relativamente à definição da hipótese de incidência tributária. 10 Em publicação intitulada Imunidades Tributárias, Ives Gandra da Silva Martins leciona: A imunidade, portanto, descortina fenômeno de natureza constitucional que retira do poder tributante o direito de tributar, sendo, pois, instrumento de política nacional que transcende os limites fenomênicos da tributação ordinária. Nas demais hipóteses desonerativas, sua formulação decorre de mera política tributária de poder público, utilizando-se de mecanismo ofertados pelo Direito. Na imunidade, portanto, há um interesse nacional superior a retirar, do campo de tributação, pessoas, situações, fatos considerados de relevo, enquanto nas 10 MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário, 20ª edição revista atualizada e ampliada de acordo com as EC 32 e 33/2001, Malheiros Editores, 2002, p.24l-242.

18 18 demais formas desonerativas há apenas a veiculação de uma política transitória, de índole tributária definida pelo próprio Poder Público, em sua esfera de atuação. 11 Evidencia, pois, Ives Gandra, que a imunidade, nas hipóteses constitucionais: constituio instrumentoque o constituinte considerou fundamental para, de um lado, manter a democracia, a liberdade de expressão e a ação dos cidadãos e, por outro lado, atrair os cidadãos a colaborarem com o Estado, nas suas atividades essenciais, em que, muitas vezes, o próprio Estado atua mal ou insuficientemente, como na educação, na assistência social etc. 12 Ao referir-se à expressão rendas relacionadas com as finalidades essenciais, constante do 4º do art. 150 da Constituição Federal, Ives Gandra afirma: O 4º, todavia, ao falar em atividades relacionadas, poderá ensejar a interpretação de que todas elas são relacionadas, na medida em que destinadas a obter receitas para a consecução das atividades essenciais. Como na antiga ordem, considero não ser esta a interpretação melhor na medida em que poderia ensejar concorrência desleal proibida pelo art. 173, 4º da Lei Suprema. Com efeito, se uma entidade imune explorasse atividade pertinente apenas ao setor privado, não haveria a barreira e ela teria condições de dominar mercados e eliminar a concorrência ou pelo menos obter lucros arbitrários, na medida em que adotasse idênticos preços de concorrência mas livre de impostos. Ora, o Texto Constitucional atual objetivou, na minha opinião, eliminar, definitivamente, tal possibilidade, sendo 11 MARTINS, Ives Gandra da Silva. Imunidades Tributárias, São Paulo: Editora Revista dos Tribunais: Centro de Extensão Universitária, Pesquisas tributárias. Nova Serie, nº 4, pág Op. cit., p. 32

19 19 que a junção do princípio estatuído nos arts. 173, 4º e 150, 4º, impõe a exegese de que as atividades, mesmo que relacionadas indiretamente com aquelas essenciais das entidades imunes enunciados nos incs. b e c do art. 150, VI, se forem idênticas ou aná1ogas às de outras empresas privadas, não gozariam de proteção imunitária. Exemplificando:se uma entidade imune tem um imóvel e o aluga. Tal locação não constitui atividade econômica desrelacionada de seu objetivo nem fere o mercado ou representa uma concorrência desleal. Tal locação do imóvel não atrai, pois, a incidência do IPTU sobre gozar a entidade de imunidade para não pagar imposto de renda. A mesma entidade, todavia, para obter recursos para suas finalidades decide montar uma fábrica de sapatos, porque o mercado da região está sendo explorado por outras fábricas de fins lucrativos, com sucesso. Nessa hipótese, a nova atividade, embora indiretamente referenciada, não é imune, porque poderia ensejar a dominação de mercado ou eliminação de concorrência sobre gerar lucros não tributáveis exagerados se comparados com os de seu concorrente 13. O Profº. Ives assinala que: por esta linha de raciocínio todos os lucros e ganhos de capital obtidos em aplicações financeiras e destinados às finalidades das entidades imunes são rendimentos e ganhos imunes. É de se entender que o 4º é um complemento do 3º, assim redigido: As vedações do inciso VI, a, e, do parágrafo anterior não se aplicam a patrimônio, à renda e aos serviços relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem 13 Op. cit., p

20 20 exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel. 14 Ives conclui: O que vale dizer que apenas se as atividades puderem gerar concorrência desleal ou as finalidades das entidades imunes não forem beneficiadas por tais resultados é que a tributação se justifica, visto que, de rigor, tais atividades refogem ao campo de proteção tributária que o legislador supremo objetivou ofertar a essas finalidades da sociedade 15. Hugo de Brito Machado entende que imunidade é o obstáculo decorrente de regra da Constituição à incidência de regra jurídica de tributação. O que é imune não pode ser tributado. 16 que: Para finalizar, vale destacar a opinião de Gustavo Tepedino que afirma ao conceder uma imunidade, a Constituição não está concedendo um benefício, mas tutelando um valor jurídico tido como fundamental para o Estado. Daí porque a interpretação das alíneas do art. 150, VI, da Constituição Federal de 1988 deve ser ampla e teleológica, nunca restritiva e literal Op. Cit., p Op. Cit., p MACHADO, Hugo de Brito. Curso de Direito Tributário. 20. ed. São Paulo: Malheiros, 2002, p TEPEDINO, Gustavo. Aspectos Polêmicos do Tratamento Fiscal Conferido aos Templos e às Entidades de Fins Religiosos. Revista da Procuradoria-Geral da República. N. 5,1994.

21 DA COMPETÊNCIA DOS TRIBUTOS Na esfera Municipal: IPTU Imposto Predial e Territorial Urbano, ITBI Imposto sobre Transferência de Bens Imóveis e ISS Imposto sobre Serviços; Na esfera Estadual e Distrito Federal: ICMS - Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços e IPVA Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores; Na esfera Federal (União): II Imposto de Importação, IPI Imposto sobre Produtos as, IOF Imposto sobre Operações Financeiras.

22 22 CAPÍTULO III DO PATRIMÔNIO, RENDA E SERVIÇO O patrimônio dos Templos de qualquer culto compreende todas as suas propriedades, capelas, veículos, templos, computadores, máquinas, equipamentos diversos, equipamentos de som, edifícios, móveis e utensílios, desde que necessários e utilizados na atividade religiosa. A renda dos Tempos de qualquer culto se constitui dos dízimos, das ofertas, das contribuições e doações recebidas, valores recebidos por serviços prestados, tais como, casamentos, batismos, pela venda de produtos (DVD s, CD s, Livros, revistas e manuais) e qualquer outro objeto cujo resultado da venda é utilizado para as atividades essenciais ao culto religioso. Os serviços dos Templos de qualquer cultos, compreendem as atividades pelas quais as Igrejas são remuneradas em troca da prestação de serviços, que podem ser, casamentos, batizados, bênçãos ou qualquer outra atividade de serviço prestada pela entidade religiosa, e ainda, os templos de qualquer cultos são imunes aos impostos na contratação de serviços, na contratação de prestação de serviços para atender suas mais diversas necessidades, tais como reformas de seus edifícios, manutenção, limpeza, segurança, etc. O artigo 150 da Constituição Brasileira de 1988, não deixa qualquer dúvida no que tange a abrangência do beneficio da Imunidade Tributária. Contudo, a tendência natural das entidades arrecadadoras, tais como: a União, os Estados e os Municípios, como não poderia deixar de ser, é se fazer de desentendida, tentando influenciar as entidades beneficiadas pela Imunidade Tributária para Templos de qualquer culto, dizendo que a aplicação é limitada, é restrita a apenas alguns impostos. Não fazem parte da Imunidade Tributaria para Templos de qualquer culto, as contribuições, como por exemplo, a CPMF, PIS e Cofins, apenas pelo fato de não serem impostos (são contribuições). Assim como, não está contemplada pela Imunidade Tributária para Templos de qualquer culto, as taxas, como por exemplo, a taxa de lixo, apenas pelo fato de não serem impostos (são Taxas); É necessário para que os Templos de qualquer culto possam gozar do beneficio da Imunidade Tributária, que o seu Patrimônio esteja em seu nome,

23 23 provando a titularidade ou propriedade. Para caracterização de Imunidade Tributária para os Templos de qualquer culto, todas as compras, aquisições e contratações de serviços devem ser realizadas ou contratadas em nome da Igreja. No caso de imóveis alugados, o contrato de locação em nome da Igreja é suficiente para justificar o benefício da Imunidade Tributária para Templos de qualquer culto. A residência do Pastor, Padre ou líder religioso, desde que seja de propriedade da Igreja ou alugada em nome desta, também é beneficiada pela Imunidade Tributária para Templos de qualquer culto. Patrimônio, renda e serviços do templo religioso, enquadra-se no texto da lei quanto a Imunidade Tributária para Templos de qualquer culto. Importa-nos, somente a hipótese de imunidade tributária estabelecida pelo art. 150, VI, b e e, e o 4º da Constituição Federal de 1988, na mesma direção das anteriores. Alguns doutrinadores defendem a posição de que, a interpretação da imunidade tributária dos templos, é restritiva. O clássico Aliomar Baleeiro escreveu que: a produção dos efeitos da imunidade dos templos de qualquer culto depende de interpretação sem distinções sutis nem restrições mesquinhas. Para ele, o culto não tem capacidade econômica. Não é fato econômico. Assim, não se devem considerar templo apenas a igreja, sinagoga ou edifício principal, onde se celebra a cerimônia pública, mas também a dependência acaso contígua, o convento, os anexos por força de compreensão, inclusive a casa ou residência do pároco ou pastor, desde que não empregados em fins econômicos. Em obra anterior, O Direito Tributário da Constituição Financeira, RJ, 1959, p. 182, Baleeiro enfatiza que o templo se integra de tudo o que é necessário, compatível ou complementar, sejam outros

24 24 edifícios anexos, sejam instalações e pertences, para esse fim 18. Designadamente, quanto à alínea b do inciso VI do art. 150, da Constituição, discorre Carrazza: São igualmente imunes à tributação por meio de impostos os templos de qualquer culto, conforme estipula o art. 150, VI, 'b, da CF. Esta imunidade, em rigor, não alcança o templo propriamente dito, isto é, o local destinado a cerimônias religiosas, mas, sim, a entidade mantenedora do templo, a igreja. Em razão disso, é o caso de, aqui, perguntarmos: que impostos poderiam alcançar os templos de qualquer culto se inexistisse este dispositivo constitucional? Vários impostos, apressamo-nos em responder. Sobre o imóvel onde o culto se realiza incidiria o imposto predial e territorial urbano (IPTU); sobre o serviço religioso, o imposto sobre serviços de qualquer natureza (ISS); sobre as esmolas (dízimos, espórtulas, doações em dinheiro etc.), o imposto sobre a transmissão 'inter vivos', por ato oneroso, de bens imóveis (ITB1); e assim avante. Nenhum destes impostos - nem qualquer outro - pode incidir sobre os templos de qualquer culto, em conseqüência da regra imunizante agora em estudo. É fácil percebermos que esta alínea b' visa a assegurar a livre manifestação da religiosidade das pessoas, isto é, a fé que elas têm em certos valores transcendentais. As entidades tributantes não podem, nem mesmo por meio de impostos, embaraçar o exercício de cultos religiosos. A Constituição garante, pois, a liberdade de crença e a igualdade entre as crenças (Sacha Calmon Navarro Coelho). 18 BALEEIRO, Aliomar. Limitações Constitucionais ao Poder de Tributar, Forense, RJ, 1977, p. 176

25 25 Umas das fórmulas encontradas para isto foi justamente esta: vedar a cobrança de qualquer imposto sobre os templos de qualquer culto. 19 O texto constitucional ao ser lido e compreendido, na linha preconizada, entende-se que, o dispositivo do art. 150, VI, b, há de ser lido com o vetor interpretativo do 4º deste mesmo artigo da Constituição. Vez que a letra 'b se refere apenas à imunidade de templos de qualquer culto ; a letra c', ao patrimônio, renda ou serviço. Por isso, o disposto no 4º alcança o patrimônio, a renda ou serviços dos templos de qualquer culto, em razão da equiparação entre as letras b e c. Conclui-se que, o patrimônio, a renda e os serviços dos templos de qualquer culto, desde que destinadas às suas funções essenciais não podem ser tributadas. Nesta mesma linha de raciocínio, ao proferir o seu voto no Recurso Extraordinário nº SP, o eminente Ministro Marco Aurélio ao presidir o Tribunal Pleno do Supremo Tribunal Federal, assim o fez: Peço vênia também ao eminente relator para acompanhar a dissidência, pois acredito piamente no que previsto no Código de Direito Canônico de 1983, editado quando do Papado de João Paulo II. Os bens, no caso, são destinados à finalidade do próprio templo. Não vejo, na espécie, uma pertinência maior, considerada a necessidade de distinguirem-se institutos, do disposto no artigo 19 da Constituição Federal, porque esse artigo, ao vedar à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios subvencionar cultos, pressupõe um ato positivo, um aporte, uma vantagem que seja outorgada, e, no tocante à imunidade, não há esse aporte. 19 CARRAZZA, Roque Antônio, Op. cit., p. 618

26 26 Ressaltou bem o ministro Moreira Alves que a Carta de 1988 trouxe a novidade do 4º do artigo 150, sobre as vedações expressas no inciso VI, e, aí, houve referência explícita à alínea b, que cogita da imunidade quanto aos templos de qualquer culto. De acordo com o citado 4º, tais vedações compreendem o patrimônio, a renda e os serviços relacionados de forma direta com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas. Havendo, portanto, o elo, a destinação, como versado nos autos, não se tem como afastar o instituto da imunidade. 20 Uma vez ressaltado o destino de cada um dos itens acima, ou seja, patrimônio, renda e serviços, como diretamente ligados às atividades das entidades imunes, não há como cancelar o instituto da Imunidade. 20 Recurso Extraordinário nº SP, o eminente Ministro Marco Aurélio ao presidir o Tribunal Pleno do Supremo Tribunal Federal

27 27 CAPÍTULO IV A JURISPRUDÊNCIA DO SUPERIOR TRIBUNAL FEDERAL Recurso Extraordinário /SP Não se desconhece que nossa Suprema Corte chegou a adotar, sobre o tema em estudo, uma linha restritiva, que foi consagrada em antigo precedente daquela Corte, o Recurso Extraordinário , julgado na sessão de 02 de julho de 1953, onde se considerou imune somente o imóvel no qual estivesse instalado o templo. Assim restou ementado este julgado: A imunidade estatuída no art. 31, 5, letra b da Constituição, é limitada, restrita, sendo vedado à entidade tributante lançar impostos sobre templo de qualquer culto, assim entendidos a igreja, o seu edifício, e dependências. Um lote de terreno, isolado, não se pode considerar o solo do edifício do templo. Deve-se destacar que este vetusto acórdão foi esquadrinhado sob o texto da Constituição Federal de 1946, o qual continha a mesma redação da atual alínea b do inciso VI do artigo 150 da Carta Política de Contudo, desde aquele julgamento, ocorrido na década de 50 do século passado, a Suprema Corte veio evoluindo seu pensamento, sofrendo os reflexos do vertiginoso progresso tecnológico que desencadeou severas mudanças nos contextos econômico, social e político de todo o planeta, de forma que a linha restritiva quanto à imunidade foi gradativamente abandonada, passando o Supremo Tribunal Federal a adotar postura mais liberal e ampliativa. Assim, pode-se verificar mais recentemente julgados daquela Corte Excelsa que reconheciam o benefício da imunidade, com relação ao IPTU, ainda que sobre imóveis locados (RE , julgado em 13/06/2000), ou utilizados como escritório e residência de membros da entidade imune (RE , julgado em 08/02/2000). Ressalta-se, ainda, julgados relativos à imunidade sobre o ISS, ainda que

28 28 sobre preço cobrado em estacionamento de veículos (RE , 22/04/1997) e quanto à renda obtida pelo Serviço Social do Comerciário SESC na prestação de serviços de diversão pública (Agravo Regimental no AG , julgado em 20/09/1994). O caso atual mais emblemático, contudo, que ficou conhecido como o leading case da adoção da postura mais ampliativa quanto à imunidade dos templos de qualquer culto, é o julgamento do Recurso Extraordinário /SP, ocorrido em 18 de dezembro de 2002, devendo-se anotar que havia, à época, uma natural ansiedade da comunidade jurídica quanto à postura que seria adotada pela mais alta Corte do País sobre tema tão relevante. Os detalhes fáticos que permearam este julgamento são importantes para a compreensão da amplitude da decisão do Pretório Excelso. No caso sob exame, a Diocese de Jales e três paróquias insurgiram-se contra acórdão prolatado pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, que restringiu a imunidade dos templos de qualquer culto aos imóveis em que são feitas as celebrações religiosas e às dependências que servem aos fiéis, excluindo, todavia, da garantia constitucional, os centros pastorais ou de formação humano-religiosa, os locais de reunião e administração, as residências dos padres e religiosos encarregados dos trabalhados da igreja, bem como os imóveis alugados para arrecadar fundos para o cumprimento dos objetivos estatutários da instituição. O Relator originário do recurso extraordinário, Ministro Ilmar Galvão, distinguiu em seu voto a imunidade contida na alínea c daquela inserida na alínea b do inciso VI do artigo 150 da Constituição Federal e finalizou dizendo que os lotes vagos e prédios comerciais dados em locação e que não estão relacionados às finalidades do culto devem ser tributados, não merecendo a garantia imunizante: Com efeito, esta Corte, por ambas as Turmas, tem reconhecido o benefício da imunidade com relação ao IPTU, ainda que sobre imóveis locados (RE ) ou utilizados como escritório e residência de membros de entidade (RE ), e com relação ao ISS, ainda que sobre o preço cobrado em

29 29 estacionamento de veículos (RE ) ou sobre a renda obtida pelo SESC na prestação de serviços de diversão pública (AGRAG ). Só que, em todos esses casos e em outros semelhantes o apelo extremo foi processado sob a alínea c do dispositivo constitucional acima citado, que veda a instituição de impostos sobre patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei. No presente caso, contudo, a alínea invocada, desde a propositura da ação, é a b ( templos de qualquer culto ), repousando unicamente sobre ela que foi devidamente prequestionada a discussão do tema. Sendo assim, não socorre às recorrentes a interpretação ampliativa que este Tribunal vem imprimindo à matéria sob o pálio da alínea c, mesmo porque seria extremamente difícil identificar no conceito de templo, de sentido unívoco, lotes vagos e prédios comerciais dados em locação. Confira-se o magistério de Hely Lopes Meireles, em que se espelhou a decisão recorrida (...) Com efeito, referindo-se o 4º do art. 150 às imunidades das letras b e c do inciso VI do mencionado dispositivo, é fora de dúvida que, no tocante à letra b, há de ser interpretado no sentido de aplicar-se no que couber, isto é, entender-se que a imunidade, no caso, compreende não apenas os bens patrimoniais que compõem o templo de qualquer culto com os seus anexos, como a casa paroquial, a casa de residência do vigário ou pastor, jardins e áreas de estacionamento, contíguas, mas também as rendas resultantes das contribuições dos fiéis e a remuneração eventualmente cobrada por serviços religiosos a estes

30 30 prestados, porquanto relacionados, todos, com as finalidades do culto. Portanto, como a discussão, no presente caso, limita-se à referida alínea b e envolve apenas os lotes vagos e prédios comerciais dados em locação que foram os bens excluídos beneficio pelo acórdão recorrido deve este ser confirmado, porque em harmonia com o sentido do texto constitucional. Ante o exposto, meu voto não conhece do recurso 21. O Ministro Gilmar Mendes divergiu do relator, começando sua exposição a partir do conceito de imunidade, considerando-a como limitação ao poder de tributar do Estado. Em seguida, destacou outras limitações, como os princípios da legalidade, da anterioridade, da igualdade e da vedação do confisco, que estão contidas de modo não exaustivo na Constituição Federal. Em seguida, o Ministro cita o jurista Ives Gandra, para quem a imunidade representa o instrumento que o constituinte considerou fundamental para, de um lado, manter a democracia, a liberdade de expressão e a ação dos cidadãos e, por outro lado, atrair os cidadãos a colaborarem com o Estado, nas suas atividades essenciais, em que, muitas vezes, o próprio Estado atua mal ou insuficientemente, como na educação ou na assistência social. No mesmo diapasão, afirma o Ministro Gilmar Mendes, seguindo o raciocínio de Ives Gandra, que todos os lucros e ganhos de capital obtidos em aplicações financeiras e destinados às finalidades das entidades imunes são rendimentos e ganhos imunes, entendendo-se que o 4º do artigo 150 da Constituição Federal é um complemento do 3º do mesmo dispositivo, restando, contudo, circunscrita a imunidade dos templos de qualquer culto tão-somente aos impostos. Finalizando, destaca o Ilustre Ministro a existência de corrente restritiva sobre o tema em exame, mas conclui seu voto divergente adotando a corrente contrária: 21 SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RE nº /SP. Relator designado para acórdão: Ministro Gilmar Mendes. Brasília, DF, 18 dez DJ de , p

31 31 Pois bem. Ao fazer uma leitura compreensiva do texto constitucional, na linha preconizada pelo Moreira Alves, entendo que, de fato, o dispositivo do art. 150, VI, b, há de ser lido com o vetor interpretativo do 4º deste mesmo artigo da Constituição. Vê-se, pois, que a letra b se refere apenas à imunidade dos templos de qualquer culto ; a letra c, ao patrimônio, renda ou serviço. Portanto, o disposto no 4º alcança o patrimônio, a renda ou serviços dos templos de qualquer culto, em razão da equiparação entre as letras b e c. Nestes termos, dou provimento ao recurso extraordinário. Logo após o Ministro Gilmar Mendes, votou a Ministra Ellen Gracie, que acompanhou o relator, nos seguintes termos: Sr. Presidente, entendo que o princípio da separação entre Estado e Igreja não admite estender a isenção do patrimônio imóvel pertencente a qualquer dos cultos permitidos. A isenção que alcança os templos diz respeito tão somente ao local de reunião dos fiéis e, no máximo, às casas anexas destinadas à congregação religiosa que mantém esse culto. Então, incluem-se os claustros, pátios, estacionamentos, enfim, as área adjacentes do templo. Se houver, no caso, outras propriedades destinadas à locação, ou mesmo a outras atividades, como, por exemplo, à assistência social ou à educação, elas serão tributadas ou isentas, mas, aí, pelo disposto na letra c do art. 150, desde que utilizadas, elas ou as rendas dela provenientes, exclusivamente para as finalidades beneficentes sem fins lucrativos. Assim entendendo, acompanho o eminente Ministro-Relator. Em seguida, votou o Ministro Nelson Jobim, que divergiu do entendimento esposado pelo Relator e pela Ministra Ellen Gracie, afirmando: Sr. Presidente, peço vênia ao Relator e à Ministra Ellen Gracie, tendo em vista exatamente o 4º do art. 150 da

32 32 Constituição Federal, que, estabelecendo a trilogia patrimônio-renda-serviços relacionados, no caso específico, à finalidade religiosa, não à assistencial, estenderia a isenção a esse patrimônio. Não me comprometo com a restrição da tese geral pois esses casos devem ser examinados concretamente, caso a caso no sentido de afirmar que todas as rendas sejam destinadas a atividades religiosas. No exemplo dado pelo Ministro Sepúlveda Pertence, na hipótese de o estacionamento ser gratuito ou não, dependendo da destinação da renda, eu poderia isentá-la se ela vinculasse exclusivamente a uma atividade relativa ao templo, já que haveria ônus, despesa de manutenção. Não estou me referindo ao terreno, mas à renda, pois há determinadas entidades, assistenciais inclusive, definidas na letra c, que, para manterem essas funções, devem prestar determinado tipo de atividade econômica para produzir renda. Há decisões no Tribunal que não dão isenção às rendas oriundas dessas atividades, as únicas que possuem a manutenção daquela entidade assistencial, criando uma certa dificuldade. Neste caso específico, acompanho a divergência iniciada pelo Ministro Moreira Alves. O Ministro Maurício Corrêa, na ordem de julgamento, acompanhou a divergência do Ministro Gilmar Mendes, ressaltando, contudo, que ela havia sido suscitada anteriormente pelo Ministro Moreira Alves. Acompanhando o Relator, o Ministro Carlos Velloso discorreu sobre a necessidade dos bens e receitas atingidos pela imunidade estarem relacionados com as atividades do culto, prestigiando, assim, a corrente mais restritiva sobre o tema: Sr. Presidente, a imunidade tributária do art. 150, VI, b, da Constituição Federal, é para os templos de qualquer culto. Já a imunidade da alínea c do mesmo inciso e mesmo

33 33 artigo, é para o patrimônio, renda ou serviços das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei. A norma, pois, inscrita no 4º do citado art. 150 deve ser entendida nos seus exatos limites. Com efeito. Estabelece o 4º do art. 150: 4º - As vedações expressas no inciso VI, alíneas b e c, compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços relacionados com as finalidades essenciais das entidades nela mencionadas. Estamos examinando a imunidade da alínea b: templos de qualquer culto.indaga-se: quais são as finalidades essenciais dos templos de qualquer culto? É fácil responder: são aquelas relacionadas com as orações, com o culto. Então, o edifício, a casa, o prédio, onde se situa o templo, onde se fazem as orações, onde se realiza o culto, está coberto pela imunidade. A renda ali obtida, vale dizer, os dízimos, as espórtulas, a arrecadação de dinheiro realizada durante o culto e em razão deste, estão, também, cobertas pela imunidade tributária. O mesmo pode-se dizer dos serviços que, em razão do culto, em razão da finalidade essencial do templo, são prestados. O estacionamento para automóveis, vale dizer, o terreno destinado ao estacionamento dos automóveis dos fiéis, os serviços ali prestados pelo templo, estão abrangidos pela imunidade. Agora, Sr. Presidente, dizer que imóveis espalhados pelo município, situados na diocese, na circunscrição territorial sujeita à administração eclesiástica, de propriedade desta, esses imóveis não estão abrangidos pela imunidade do art. 150, VI, b, porque não estão relacionados com as finalidades essenciais do templo, convindo esclarecer que o templo, e a imunidade é para o templo, não é proprietário de bens imóveis. A Igreja, a seita, seja lá que nome tenha, que

34 34 administra o templo, é que pode ser proprietária. Imóveis, portanto, pertencentes à administração eclesiástica, à mitra, ao bispado, não estão cobertos pela imunidade do art. 150, VI, b. Volto a repetir: somente o que estiver relacionado com o templo, o local onde se realiza o culto, por isso que, bem disse o Ministro Pertence, a imunidade do art. 150, VI, b, está substantivada no templo, é que é imunizada, tributariamente. A leitura quês se está fazendo do 4º do art. 150 da Constituição não presta obséquio, data venia, à razão e à vontade da Constituição. Essa leitura, data vênia, é equivocada. Acompanho o eminente Relator, com a vênia dos que dele divergem. O Ministro Sepúlveda Pertence seguiu o mesmo raciocínio do Relator, afirmando que a imunidade em tela objetiva assegurar unicamente a realização do culto religioso: Sr. Presidente, já ficou claro, com a leitura do próprio voto do Relator, que o voto proferido por mim, no RE , vem contra e não, a favor da tese do recurso. Nele, claramente distingui a situação das instituições de assistência social da situação de ordens e seitas religiosas de qualquer espécie. Frisei, no ponto, na trilha da lição de Baleeiro, de Sacha Calmon e de outros doutores que citei, cuidar-se de uma instituição de assistência social, posto que religiosa. Não consigo, sobrepor, ao demarcar o alcance das imunidades, uma interpretação literal ou puramente lógicoformal, às inspirações teleológicas de cada imunidade. Uma, a das instituições de educação e de assistência social porque desenvolvem atividades que o Estado quer estimular na medida que cobrem a sua própria deficiência. Outra, a dos templos, a de ser o culto religioso uma atividade que o Estado não pode estimular de qualquer forma; tem apenas que tolerar. Todo favor dado, portanto, a instituições

35 35 religiosas, já que estar instrumentalmente ligado e, conseqüentemente adstrito, ao valor constitucional que se visa a proteger, a liberdade de culto. Por isso, a Constituição não o reuniu, num inciso só, instituições de assistência social ou de educação com as instituições religiosas. Aí, haveria claramente uma equiparação total. Para interpretar este 4º do art. 150, realmente de difícil intelecção, interpreto-o, na tesão dialética que, para mim, é grave, a que se referiu o Ministro Celso de Mello, de forma a conciliá-lo com uma regra básica do estatuto republicano, que é o seu caráter laico, que é a sua neutralidade confessional. Por isso, chego, com o eminente Relator, aos anexos necessários ao culto, mas não financio propaganda de religião, desde as publicações gratuitas às televisões confessionais. Acompanho o eminente Relator. Em seguida, o Ministro Moreira Alves votou, acompanhando a dissidência que foi iniciada pelo Ministro Gilmar Mendes. A partir daí, surpreendentemente, houve empate quanto à adoção das teses restritiva e ampliativa, cabendo ao Presidente da Corte Suprema, o Ministro Marco Aurélio, o voto de Minerva: Peço vênia também ao eminente relator para acompanhar a dissidência, pois acredito piamente no que previsto no Código de Direito Canônico de 10983, editado quando do Papado de João Paulo II. Os bens, no caso, são destinados à finalidade do próprio templo. Não vejo, na espécie, uma pertinência maior, considerada a necessidade de distinguirem-se institutos, do disposto no artigo 19 da Constituição Federal, porque esse artigo, ao vedar à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios subvencionar cultos, pressupõe um ato positivo, um aporte, uma vantagem que seja outorgada, e, no tocante à imunidade, não há esse aporte.

36 36 Ressaltou bem o ministro Moreira Alves que a Carta de 1988 trouxe a novidade do 4º do artigo 150, sobre as vedações expressas no inciso VI, e, aí, houve referência explícita à alínea b, que cogita da imunidade quanto aos templos de qualquer culto. De acordo com o citado 4º, tais vedações compreendem o patrimônio, a renda e os serviços relacionados de forma direta com as finalidades essenciais das entidades nela mencionadas. Havendo, portanto, o elo, a destinação, como versado nos autos, não se tem como afastar o instituto da imunidade. Com o voto de desempate, proferido pelo Ministro Marco Aurélio, consagrou-se o entendimento mais benéfico aos templos de qualquer culto, quanto à imunidade, vale dizer, a adoção da corrente ampliativa, liberal. Assim ficou redigida a ementa deste importantíssimo julgado: 1. Recurso Extraordinário. 2. Imunidade tributária de templos de qualquer de templos de qualquer culto. Vedação da instituição de impostos sobre o patrimônio, renda e serviços relacionados com as finalidades essenciais das entidades. Artigo 150, VI, b e 4º da Constituição. 3. Instituição religiosa. IPTU sobre imóveis de sua propriedade que se encontram alugados. 4. A imunidade prevista no art. 150, VI, B, CF< deve abranger não somente os prédios destinados ao culto, mas, também, o patrimônio, a renda e os serviços relacionados com as finalidades essenciais das entidades nele mencionadas. 5. O 4º do dispositivo constitucional serve de vetor interpretativo das alíneas b e c do inciso VI do art. 150 da Constituição Federal. Equiparação entre as hipóteses das alíneas referidas. 6. Recurso extraordinário provido. Após a grande renovação pela qual passou a composição do Supremo Tribunal Federal nestes últimos três anos, é forçoso perguntar se a posição estabelecida por diferença de apenas de um voto será mantida, refutada ou mesmo reforçada, com a adesão dos novos integrantes daquela Corte.

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