POSTURAS SOBRE O ALUGUER DE ANIMAIS E VIATURAS DE TRACÇÃO ANIMAL, APASCENTAÇÃO DE GADOS E DIVAGAÇÃO DE ANIMAIS
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1 POSTURAS SOBRE O ALUGUER DE ANIMAIS E VIATURAS DE TRACÇÃO ANIMAL, APASCENTAÇÃO DE GADOS E DIVAGAÇÃO DE ANIMAIS I POSTURA SOBRE O ALUGUER DE ANIMAIS E VIATURAS DE TRACÇÃO ANIMAL: I TABELA DE PREÇOS DE ALUGUEIS Do Bom Jesus S a me iro ou à F a l p e r r a 1 gerico 6$00 15$00 1 garrano 7$50 20$00 Viatura para 4 pessoas 20$00 50$00 Char-á-bancs para 6 ou mais pessoas 30$00 75$00 II ESPERA Cada tomador tem d i r e i t o a 30 m i n u t o s de espera em q u a l q u e r das l oc alidades i n d i c a d as na t a b e l a de preços. Cada 1/4 de hora a m a i s, de espera: Por gerico 1$00 Por viatura 2$50 III ESTACIONAMENTO Não é p e r m itido o estacionamento de garranos ou v i a t u r a s de tracção a n i m a l, no L u gar da Mãe d' Agua. Folha 1 de 9
2 IV PENALIDADES Os infractores do Artº. I., serão punidos com o décuplo do excesso de preço que tenha sido cobrado. A não observância do Artº. III, será punida com multa de 50$00 Aprovação: C.M. de 23/11/1950 Edital de 12/12/1951 Conselho Municipal de 15/09/1951 II POSTURA SOBRE APASCENTAÇÃO DE GADOS: Artigo 1º É proibida a apascentação de animais nos terrenos que constituem logradouro comum do concelho, sem licença da Câmara e, nas propriedades particulares, sem licença do respectivo proprietário ou usufrutuário. 1º. A licença concedida por particulares só pode provar-se por escrito, com o reconhecimento notarial da assinatura ou do rogo do proprietário ou usufrutuário e deve conter as seguintes indicações: a) Nome do proprietário do terreno e da pessoa a quem é concedida; b) Prazo de validade; c) Espécie de gado e número, certo ou aproximado, de cabeças a apascentar; d) Propriedade a que diz respeito, devidamente identificada e com a indicação da respectiva área; e) Indicação do caminho ou caminhos que o gado tem a percorrer. Folha 2 de 9
3 29. A licença para apascentação de animais em propriedades particulares está sujeita a registo na Câmara Municipal, durante o mês de Janeiro de cada ano, onde será presente, em duplicado, ficando o original arquivado e o duplicado, devidamente visado e autenticado com o selo em branco municipal, será entregue ao dono do gado. Neste acto, far-se-á também prova da propriedade dos terrenos. 39. A licença de que trata o parágrafo anterior pode ser livremente revogada pelo dono do terreno mediante notificação feita, perante duas testemunhas, ao dono do gado e declaração apresentada na Câmara, que a comunicará aos agentes da fiscalização. 4Q. Só pode ser levantado auto de transgressão por apascentação sem licença em propriedades particulares, a pedido do proprietário ou rendeiro do prédio onde os animais forem encontrados. (Deliberação de 28 de Março de 1963). Artigo 2º O pastor deve fazer-se acompanhar sempre das licenças referidas no primeiro artigo, as quais exibirá quando lhes sejam exigidas. Artigo 3º Ninguém poderá impedir a entrada dos agentes da fiscalização nos locais onde se faça a apascentação de quaisquer espécies de gado. pôr do sol. Artigo 4º Só é permitido o trânsito e apascentação de gado caprino e ovino, desde o nascer ao Artigo 5º E proibido entregar a apascentação de gado lanígero, vacum, suino, muar, caprino, asinino ou cavalar a pastores menores de 14 anos. Folha 3 de 9
4 Artigo 6º O gado ovino e caprino não poderá pernoitar fora dos seus currais ou nos prédios referidos no artº. 1º, se estes não forem totalmente vedados e a vedação não impedir, por si própria, a saída do gado desses prédios. pastor. Artigo 7º E proibida a apascentação de gado, quer seja miúdo ou grosso, sem o respectivo Artigo 8º Ninguém pode apascentar quaisquer animais sobre taludes ou valetas. Artigo 9º É proibido apascentar qualquer espécie de gado bravo ou arisco, sem chocalho, e a menos de oitenta metros dos caminhos públicos. Artigo 10º O gado miúdo, pelo menos na quinta parte, andará sempre enchocalhado com chocalhos de cinco centímetros ou campainhas, andando, tanto aqueles, como estas, sempre desembaraçados de quaisquer objectos que possam impedir de serem ouvidos. Artigo 11º As cabras, quando saídas do curral para as pastagens, ou vice-versa, deverão ir embarbilhadas e atreladas. Folha 4 de 9
5 Artigo 12º Os rebanhos compostos por mais de trinta cabeças de gado caprino devem ser guardados, pelo menos, por um pastor e um ajudante. Artigo 13º É proibido demorar o gado de qualquer espécie nas estradas ou caminhos públicos mais do que o tempo necessário para a sua passagem. Artigo 14º Quando se encontre gado caprino ou lanígero de diferentes donos reunido em um só rebanho, serão estes solidariamente responsáveis pelos danos a que porventura derem causa. Artigo 15º As transgressões dos preceitos desta postura são punidas: 1. As dos artigos 1º. e 8Q. com multa de 10$00, por cada cabeça de gado bovino, cavalar, muar, asinino e caprino e de 7$00 por cada cabeça de gado ovino; 2. As dos artigos 2º., 10º. e 13º. com a multa de 50$00; 3. As dos artigos 3º., 5º., 7º., 9º. e 12º. com a multa de 100$ As dos artigos 4º. e 6º. com a multa de 300$00; 5. A do artigo. 11º. com a multa de 20$00 por cada cabeça. 1Q. A multa do nq. 1, é elevada ao dobro quando a transgressão seja verificada de noite ou em propriedade murada ou semeada. 29. As multas serão acrescidas de um terço por cada reincidência. Folha 5 de 9
6 Artigo 16º Para caução da responsabi1idade civil e penal do contraventor, o agente da fiscalização que verificar a transgressão apreenderá sempre os animais que forem instrumento da contravenção, os quais conduzirá ao recinto municipal mais próximo ou confiará a um fiel depositário por ele nomeado. 1º. O proprietário ou rendeiro do terreno onde os animais forem encontrados em contravenção poderá também proceder à sua apreensão na presença de duas testemunhas, levando-os ao regedor, que os fará conduzir a fiel depositário por ele nomeado. 2º. Dentro do prazo do pagamento voluntário da multa poderá o respectivo dono levantar os animais mediante prévio pagamento da multa, indemnização civil e despesas de transporte, guarda e alimentação. 3º. Se o transgressor quiser defender-se judicialmente, poderá nos três dias imediatos ao termo do prazo referido no parágrafo anterior levantar os animais mediante prévio depósito à ordem do Juiz da Comarca, da importância da multa de 500$00 e do prévio pagamento das despesas de transporte, guarda e alimentação. 4º. Os animais que não forem levantados, nos termos e prazos dos parágrafos anteriores, serão vendidos em hasta pública pela Câmara, que depositará à ordem do juiz da comarca o preço líquido das despesas de transporte, guarda, alimentação e arrematação, para os fins determinados no corpo deste artigo. Artigo 17º A fiscalização das obrigações constantes desta postura compete à Guarda Nacional Republicana, à Polícia de Segurança Pública, aos regedores das freguesias e aos agentes do serviço de polícia municipal. Artigo 18º Esta postura revoga quaisquer disposições anteriores referentes a apascentação de gados e entra em vigor trinta dias após a sua publicação em todas as freguesias do concelho. Folha 6 de 9
7 Aprovação: C.M. de 14/02/1963 Conselho Municipal de 15/02/1963 Edital de 01/03/1963 III POSTURA SOBRE A DIVAGAÇÃO DE ANIMAIS: Artigo 1º E proibida a divagação nas ruas, praças e outros lugares públicos dos seguintes animais: 1. Patos, perús, galinhas ou outras aves domésticas, sob pena de 5$00 de multa por cada uma que for encontrada; 2. Animais de espécie lanígera ou caprina, sob pena de 10$00 por cada um; 3. Gado bovino, cavalar, muar, asinino ou suíno, sob pena de 20$00 por cabeça. 1º. Por divagação entende-se a deambulação do animal que ande à sua vontade, fora do alcance da vista, da condução ou da vigilância do seu dono ou condutor, de modo a este não o poder retirar, orientar ou dominar em caso de necessidade. 2º. As aves a que se refere o nº. 1, do presente artigo que forem encontradas em contravenção do disposto no mesmo, serão apreendidas e depositadas na Abegoaria Municipal. 3º. Os animais a que se referem os números 2º e 3º deste artigo e que infringirem o determinado no mesmo, só serão apreendidos e depositados na Abegoaria Municipal quando se verifique qualquer dos seguintes casos: 1. Não residirem na área do concelho os seus donos ou condutores. 2. Não serem os condutores pessoas idóneas e não terem quem se responsabilize pelo pagamento da multa; 3. Não serem conhecidos os seus donos ou condutores. Folha 7 de 9
8 4º. Em qualquer dos casos, sempre que os donos dos referidos animais os reclamem, ser-lhe-ão os mesmos entregues, mediante o pagamento das multas estabelecidas e das despesas com o seu sustento e tratamento, além da indemnização devida pelos prejuízos que os mesmos tenham causado. 5º. Quando, efectuada a apreensão os donos dos animais os não reclamem dentro do prazo de 8 dias a contar do depósito, terão os mesmos o destino que a administração municipal entender dever dar-lhe depois de observado o disposto no artº. 415º do Código Civil. Artigo 2º Os cães que saiam à via pública, na companhia dos seus donos ou de quem os represente, deverão trazer coleira com o indicativo da respectiva licença, e andar açamados, sob pena de multa de 20$00. 1º. Exceptuam-se do disposto neste artigo os chamados cães de regaço, que deverão trazer apenas coleira com o indicativo da respectiva licença, que, neste caso, será a correspondente a cão de luxo. 2º. As cadelas, no período do cio, serão conduzidas a trela, sob pena de multa de 50$00. 3º. Serão considerados vadios, para efeito do disposto no artº. 13º. do Decreto nº , de 2 de Agosto de 1930, todos os cães encontrados na via pública, sem estarem acompanhados pelos donos ou por quem os represente. 4º. As multas estabelecidas nesta postura serão acrescidas de um terço por cada reincidência. Artigo 3º As multas estabelecidas nesta Postura serão acrescidas de um terço por cada reincidência. Aprovação: C.M. de 26/10/1961 e 18/10/1962 Folha 8 de 9
9 Conselho Municipal de 14/02/1962 Edital de 31/10/1962 Folha 9 de 9
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