Violão Popular. Prof. Juarez Barcellos. Violonistas, músicos, alunos, amigos e companhia, bem vindos!
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- Francisca Coimbra Campelo
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1 Violão Popular Prof. Juarez Barcellos Licença Creative Commons Violonistas, músicos, alunos, amigos e companhia, bem vindos! Em 2002, comecei a dar aulas particulares nas Em 2002, comecei a dar aulas particulares nas residências, precisei de um material didático organizado e adaptável às necessidades e interesses dos alunos, decidi então, criá-lo. Comecei por manuscritos, dois anos após, o recriei no Word em forma de métodos e apostilas, e, em 2012, comecei a editá-lo na internet em forma de aulas. Em 2007, parei de dar aulas particulares e, em 2008, fui convidado pela Secretaria de Cultura de Piraí, para dar aulas no projeto Piraí, Acordando Sons, Musicando Cultura. O resultado da soma desses anos de estudo e ensino está em alunos que tocam e cantam, outros que tocam samba e bossa nova, alguns tocam com palhetas, outros dedilham, alguns são eruditos e outros improvisadores, em fim, cada um com a sua característica respeitada e trabalhada. Classificação dos alunos: Iniciante; Popular (cifras); Erudito (cifras e partituras); Mestre (harmonia leitura e técnica). Diferenças entre Violão Popular e Violão Clássico ou Erudito O violonista popular toca suas músicas guiado por acordes cifrados, mesmo que ele saiba ler partitura, não estará nela o foco de seus arranjos e composições. Violonistas populares podem adquirir muita técnica, tanto para execução, quanto para composição de peças e arranjos, porém, seus sentidos estão sempre voltados para o bom uso da harmonia cifrada e das técnicas improvisação. Compositores de música popular (MPB, Bossa Nova, Jazz, etc) têm suas composições analisadas e executadas, por cifras; algumas análises mais precisas apresentam a melodia em partitura e a harmonia cifrada. O violonista clássico, ou erudito, foca todo o seu trabalho na partitura, estudos, composições, arranjos, interpretações, etc., mesmo conhecendo as cifras. Os arranjos para violão clássico apresentam na partitura, além da melodia, a harmonia (acordes) com suas vozes, muitas vezes adaptadas por serem composições originais para piano ou orquestra. O Prelúdio nº3, de Heitor Villa-Lobos, é uma peça típica para violonistas erudito, porém ao analisá-la, encontramos em seus primeiros compassos, uma série de movimentos com acordes m7(b5) utilizando toda a extensão do braço do instrumento com as cordas mi, si, sol e ré (1ª, 2ª, 3ª e 4ª); utiliza também, o desenho do acorde B7, sem pestana, formado a partir da primeira casa, se movimentando para a sétima e sexta casa; além de fazer arpejo do acorde F#7 começando na sexta corda, segunda casa (nota fá sustenido), encerrando na primeira corda, décima primeira casa (nota mi), movimento empregado em técnica de improvisação para violão e guitarra. Por meio de cifras não seria possível documentar tudo o que o autor da obra queria transmitir para os ouvintes; muito menos, para outros violonistas executarem, pois, o objetivo das cifras não é apenas facilitar, mas dar liberdade, abrindo margens para a improvisação, e esta, é o princípio da criação. juarezbarcellos.com Licença Creative Commons 1
2 Leitura de desenhos de acordes, em quais cordas tocar Acordes Elementares exercício com Am e G Os acordes Am e G (lá menor e sol), são suficientes para iniciarmos, ao violão, alunos de todos as preferências musicais, pois eles fazem parte dos mais variados repertórios e gêneros musicais. A canção Pra não dizer que não falei das flores (caminhando e cantando), de Geraldo Vandré, pode ser tocada com esses dois acordes. Deslize as unhas dos dedos anelar, médio e indicador da mão direita, pelas cordas; ou a palheta seis vezes em cada acorde, até conseguir trocar de acordes com facilidade. Dedilhe na ordem p i m a m i duas vezes em cada acorde, até trocar de acordes com facilidade. Os dedos da mão esquerda: 1 = indicador / 2 = médio / 3 = anelar / 4 = mínimo Os dedos da mão direita: p = polegar / i = indicador / m = médio / a = anelar 3/4 Am % G % Mantenha a velocidade, ao trocar os acordes. juarezbarcellos.com Licença Creative Commons 2
3 Acordes Elementares exercício com C Dm Em e F Os acordes C, Dm, Em e F (dó, ré menor, mi menor e fá) formam os primeiros quatro compassos da melodia da canção Que Maravilha, de Toquinho e Jorge Benjor. 2 desenhos alternativos Toque com as unhas, ou com a palheta, duas vezes em cada acorde até conseguir alcançar facilidade. Dedilhe na ordem p i m a duas vezes em cada acorde, até trocar de acordes com facilidade. Os dedos da mão esquerda: 1 = indicador / 2 = médio / 3 = anelar / 4 = mínimo Os dedos da mão direita: p = polegar / i = indicador / m = médio / a = anelar 2/4 C Dm Em F Mantenha o andamento ao trocar de acorde. Acordes em Tríades no tom Dó maior Os acordes aprendidos nos exercícios nº1 e nº2, para violão popular, formam um grupo de seis acordes que são o limite harmônico de grande parte dos gêneros musicais populares; rock, pop, sertanejo, folclórica, etc.. A música Palco, de Gilberto Gil, mostra a aplicação deste seis acordes na ordem original em que eles se apresentam dentro de sua escala de formação, chamada Escala Diatônica. Toque com unhas, ou palhetas, duas vezes em cada acorde. Dedilhe na ordem p i m a uma vez em cada acorde. 4/4 C Dm Em F G Am juarezbarcellos.com Licença Creative Commons 3
4 Tons Dó Maior e Lá Menor Relativo em tríades Aprendemos, na aula anterior, que os acordes C, Dm, Em, F, G e Am, constituem uma formação elementar, na qual, grande parte dos gêneros musicais limitam suas composições. Nesta aula vamos analisar esse grupo de acordes como tons, podendo ser do modo maior ou do modo menor relativo. O modo menor sofre algumas alterações que veremos em aulas posteriores. Modo maior: quando o acorde C (dó) é o centro desse grupo; tom Dó maior. Modo menor: quando o acorde Am (lá menor) é o centro desse grupo; tom Lá menor. Identificação do tom A maioria das músicas começam e terminam com o acorde que dá nome ao tom em que ela foi composta. As músicas Lenha, de Zeca Baleiro e Velha Infância, dos Tribalistas, são exemplos perfeitos, elas começam e terminam com os acordes que nomeiam seus tons. Veja os exemplo nos tons Dó maior e Lá menor: Lenha 4/4 C G F C Com palheta ou unhas, toque quatro vezes em cada acorde. Velha Infância 12/8 Am Dm G Am Dedilhe na ordem p i m a m i, duas vezes em cada acorde. Com palheta, toque quatro vezes em cada acorde, ou doze vezes em cada acorde, alternado palhetadas para baixo e para cima e acentuando as seguintes palhetadas: 1ª, 4ª, 7ª e 10ª. Funções tônica, subdominante e dominante Essas são as três funções de acordes para estudo de harmonia: tônica para acordes I e Im; subdominante para acordes IV e IVm; dominante para acorde V7. Veja os exemplos em dó maior e lá menor. É importante destacar que o acorde, para exercer com vigor a função dominante, precisa ser maior e com sétima (tétrade). Portanto, o Vm do tom menor passa a ser V7 para exercer a função dominante. Estas informações são suficientes para dar continuidade a este estudo. T S D T S D I IV V7 Tom maior Im IVm V7 Tom menor C F G7 Am Dm E7 juarezbarcellos.com Licença Creative Commons 4
5 Análise Harmônica com Algarismos Romanos Os acordes vistos nos exercícios anteriores, C Dm Em F G Am, podem ter como tônica C ou Am, isto quer dizer que, o tom pode ser Dó maior ou o tom relativo menor, Lá menor. Vamos analisar estes acordes em algarismos romanos para termos um padrão, que será usado em qualquer outro tom, seja maior ou menor. Dó Maior (padrão para tom maior) Lá menor (padrão para tom menor) I IIm IIIm IV V VIm Im biii IVm Vm bvi bvii C Dm Em F G Am Am C Dm Em F G Compare as diferenças: C Dm Em F G Am Acordes comuns aos modos, maior e menor. I IIm IIIm IV V VIm Análise para tom maior. biii IVm Vm bvi bvii Im Análise para tom menor. O acordes VII (tom maior) e II (tom menor) são iguais, e serão analisados em tétrade. Resumo dos graus (algarismos), com exclusão do VII do tom maior e do II do tom menor: Tom maior: I, IV e V são acordes maiores, e IIm, IIIm e VIm são acordes menores. Tom menor: Im, IVm e Vm são acordes maiores, e biii, bvi e bvii são acordes menores. Exemplo em tom maior, com uso dos seis acordes. A canção Espanhola, de Flávio Venturini e Guarabyra. IV V IIIm VIm IIm V I 12/8 F G Em Am Dm G C Dedilhe p i m a m i, uma vez em cada acorde. Exemplo em tom menor, com uso dos seis acordes. A canção Planeta Sonho, de Flávio Venturini, Vermelho e Márcio Borges. Im Vm bvi bvii Im bvim biii bvii Im 4/4 Am Em F G Am F C G Am Dominantes primários e secundários em dó maior e lá menor As tríades (acordes de 3 notas) dos tons dó e lá menor são C, Dm, Em, F, G e Am; cada um desses acordes é antecedido por um dominante (acorde de preparação), que pode ser primário ou secundário; o acorde dominante é formado a partir da quinta nota de qualquer acorde do tom (acorde alvo ou resolução). Dominante primário é o V7 (5º grau) do tom, acorde que prepara a tônica I ou Im. Dominante secundário é V7 que prepara os acordes subsequentes ao I ou Im. : C A7 Dm B7 Em C7 F D7 G E7 Am G7 : juarezbarcellos.com Licença Creative Commons 5
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