Alexandre Pinto Mendes. O que pode a multidão? Constituição e instituição em Espinosa. Tese de Doutorado

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1 Alexandre Pinto Mendes O que pode a multidão? Constituição e instituição em Espinosa Tese de Doutorado Tese apresentada ao Programa de Pós- Graduação em Direito da PUC-Rio como requisito parcial para a obtenção do título de Doutor em Direito. Orientador: Prof. Francisco de Guimaraens Rio de Janeiro Agosto de 2013.

2 Alexandre Pinto Mendes O que pode a multidão? Constituição e instituição em Espinosa Tese apresentada como requisito parcial para a obtenção do grau de Doutor pelo Programa de Pós-Graduação em Direito do Departamento de Direito da PUC-Rio. Aprovada pela Comissão Examinadora abaixo assinada. Prof. Francisco de Guimaraens Orientador Departamento de Direito PUC-Rio Prof. Adriano Pilatti Departamento de Direito PUC-Rio Prof. Mauricio de Albuquerque Rocha Departamento de Direito PUC-Rio Prof. Martonio Mont Alverne Barreto Lima UNIFOR Prof. Homero Silveira Santiago USP Profª. Monica Herz Vice-Decana de Pós-Graduação do Centro de Ciências Sociais PUC-Rio Rio de Janeiro, 20 de setembro de 2013.

3 Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução total ou parcial do trabalho sem autorização da universidade, do autor e do orientador. Alexandre Pinto Mendes Graduou-se em Direito na PUC-Rio em 2006 e em Filosofia na UFRJ em Mestre em Direito pela PUC-Rio (2009). É professor de Direito Público do Departamento de Ciências Jurídicas da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Mendes, Alexandre Pinto. Ficha catalográfica O que pode a multidão? Constituição e instituição em Espinosa/Alexandre Pinto Mendes; orientador: Francisco de Guimaraens. Rio de Janeiro PUC, Departamento de Direito, ix.; 168 f. : 29,7 cm 1. Tese (doutorado) Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Departamento de Direito. Inclui bibliografia 1. Direito - Teses. 2. Espinosa 3. política. 4. filosofia. 5. constituição. 6. instituição. 7.multidão. I. Guimaraens, Francisco de. II. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. Departamento de Direito. III. Título. CDD: 340

4 Agradecimentos À coordenação do Programa de Pós-Graduação em Direito da PUC-Rio e à CAPES pelo apoio institucional e financeiro. Aos Professores Francisco de Guimaraens e Mauricio Rocha, pelas lições, cooperação e trabalho conjunto a partir do Círculo de Leitura Spinoza e a Filosofia. Aos Professores Adriano Pilatti, Homero Santigo e Martonio Lima, pelas valiosas contribuições dadas ao trabalho durante a banca examinadora. Aos familiares, amigos e companheiros de militância que estiveram ao meu lado e me apoiaram nesta caminhada de quatro anos.

5 Resumo Mendes, Alexandre Pinto; Guimaraens, Francisco de. O que pode a multidão? Constituição e instituição em Espinosa. Rio de Janeiro, p. Tese de Doutorado Departamento de Direito, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. O objetivo do presente trabalho é investigar a relação entre as categorias constituição e instituição na filosofia política de Espinosa. Nossa hipótese é de que a articulação destes dois conceitos permite explicar o modo como Espinosa compreende a natureza e as propriedades da potência da multidão, isto é, compreender esta potência no seu exercício e atividade é o desafio da teoria política depois de Espinosa. Abordaremos, primeiro, a ontologia espinosista, donde recolhemos o conceito de individuação, indispensável para entender como em geral uma multidão pode agir como uma só e mesma coisa singular. Em seguida, analisaremos o modo como as coisas singulares humanas, segundo Espinosa, são constituídas, para então caracterizar os diferentes estados subjetivos de uma multidão, que oscila entre posse e despossessão de sua própria potência de agir. Palavras-chave Espinosa; política; filosofia; constituição; instituição; multidão; potência.

6 Résumé Mendes, Alexandre Pinto; Guimaraens, Francisco de (Directeur de thèse). Qu'est-ce qui peut la multitude? Constituition et instituition chez Espinosa. Rio de Janeiro, p. Thèse doctorat. Departamento de Direito, Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro. L'objectif de cette travail est de ênqueter sur la relation parmi les catégories de constitution et institution dans la philosophie politique de Spinoza. Notre hypothèse est qui la combinaison de ces deux concepts peut expliquer comment Spinoza comprend la nature et les propriétés de la puissance de la multitude, c'est-à-dire comprendre cette puissance dans son exercice et activité est le défi de la théorie politique après Espinosa. On discutez d'abord l'ontologie spinoziste, d'où nous recueillons le concept d'individuation, essentiel pour comprendre comment une multitude en général peut agir comme un seul et même individu. Ensuite, nous analysons comment les choses humaines singulaires, selon Spinoza, se constituant, puis caractériser les différents états subjectifs d'une multitude, allant de la possession et de la dépossession de sa puissance d'agir. Mots clés Espinosa; politique; philosophie; constituition; instituition; multitude; puissance.

7 Sumário 1. Introdução 9 2. Constituição e Individuação A produção dos modos finitos: constituição do absoluto e 15 coisas singulares 2.2 Individuação e Multidão Composição e constituição Integração e Composição O problema da individuação mental e a física cogitativa A condição da natureza humana Desejo e constituição As imagens das coisas A ordenação das imagens: memória e hábito Os afetos comuns A multidão separada do que pode Solidão e estado de natureza Sob o império da fortuna Uma natureza diferente da humana A instituição da superstição A potência da multidão Instituição e individuação O desejo de liberdade O povo em armas: resistência e contra-poder Democracia e experiência Conclusão Referências bibliográficas 166

8 Abreviaturas modelos: Utilizaremos, para as citações das obras de Espinosa, os seguintes Ética Ética, (Parte), (proposição, definição, axioma), (demonstração, corolário, escólio). (página da edição brasileira). Exemplos: Ética, IV, Prop. 37, esc. 2. p Ética, I, definição 6. p. 13. Tratado Político e Tratado Teológico-Político TP ou TT-P. (Capítulo), (parágrafo). (página da edição latina). (página da edicnao brasileira) Exemplo: TT-P, V, 2 [69]. p. 81. Tratado da Emenda do Intelecto Pensamentos Metafísicos TIE, (Parágrafo). (página da edição brasileira) Exemplo: TIE, 79. p. 63. PM, (Parte), (Capítulo). (página da edição brasileira) Exemplo: PM, I, Cap. II. p. 6. Epistolário Carta (número e destinatário). (página da edição argentina). Exemplo: Carta 12, de Espinosa a Meyer. p. 54. Breve Tratado BT, (Parte), (Capítulo), (parágrafo). (página da edição brasileira). Exemplo: BT, II, Cap. I, 3. p. 92. As edições consultadas poderão ser localizadas nas referências bibliográficas do trabalho.