Por: Eng. Wilson Mujovo e Eng. Sorota Wamusse
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1 RELATÓRIO DO CURSO DE DESASTRES E DESENVOLVIMENTO REDUZINDO RISCOS E PROTEGENDO OS MEIOS DE SUBSISTÊNCIA E AVALIAÇÃO DE RISCO COMUNITÁRIO FOCO NOS ASSENTAMENTOS INFORMAIS. Por: Eng. Wilson Mujovo e Eng. Sorota Wamusse Maputo aos 09 julho de 2009
2 SUMARIO EXECUTIVO O presente relatorio refere-se a participação nos cursos Desastres e Desenvolvimento Reduzindo Riscos e Protegendo os Meios de Subsistência realizado de 8 a 15 de Junho de 2009 e Avaliação de Risco Comunitário Foco nos Assentamentos Informais, realizado de 17 a 26 do mesmo mês na Universidade de Cape Town, na África do Sul. A participação nos cursos teve como objectivo a capacitação de técnicos da UDM nas áreas de Gestão de Desastres como forma de Reduzir Riscos e promover o Desenvolvimento e consistiu na troca de experiências de Redução de Riscos de Desastres em Africa destacando-se a experiência da Africa do Sul. A metodologia adoptada no período de formação consistiu em sessões presenciais facilitadas por técnicos Sul Africanos afectos a Universidade de Cape Town acompanhada de sessões plenarias de discussão dos temas apresentados, realização de trabalhos em grupos, análise de materiais audiovisuais sobre situações de risco na África Austral e trabalhos de campo para Avaliação de Risco Comunitário em Assentamentos Informais. Com a participação neste curso foi possível adquirir ferramentas que podem contribuir para a melhoria na qualidade de execução de cursos na Gestão de Desastres em Moçambique, melhorando deste modo processo de Redução de Risco de Desastres através da disseminação das experiências adquiridas tanto entre os diversos participantes como com os facilitadores do curso.
3 Curso de Desastres e Desenvolvimento Reduzindo Riscos e Protegendo os Meios de Subsistência Introdução O curso de Desastres e Desenvolvimento introduz a Redução de riscos tendo em conta o desenvolvimento e enqudra-os no campo da Educação Treinamento e praticas do Desenvolvimento. Foca-se especificamente em questões contemporâneas da seca, enventos climáticos extremos, saúde pública e risco urbano de desastres, prioridades emergentes e recorrentes na África Austral. Da também especial atenção à interface entre redução de risco de desastres e educação de adultos, reconhecendo que estas dimensões são críticas para a prática do desenvolvimento em áreas propensas a desastres. Este curso teve como foco três areas, nomeadamente: Riscos de Desastres e Redução de Riscos de Desastres; Implementação de Temas Específicos de Redução de Riscos; Educação de Adultos, Treinamento e Desenvolvimento. O curso foi cacterizado por uma mistura de apresentações, actividades e visitas de campo, e foi desenhado por experiências internas e externas à Universidade de Cape Town. O curso introduz conceitos chave e Quadros de Acção. Tema1: Riscos de Desastres e Redução de Riscos de Desastres Este tema teve como abordagens, as prioridades globais e quadros de acção para a elaboração de políticas, planeamento e práticas de desenvolvimento, obrigações legais entre as esferas Municipal, Provincial e Nacional na África do sul tendo ainda se debruçado sobre um desenvolvimento participativo baseado na comunidade que promove a protecção dos meios de subsistência.
4 Em relação as prespectivas globais de risco de desastres foram introduzidos conceitos de Redução de desastres, Gestão de Desastres e Risco de Desastres. Introduziram-se de forma detalhada o kit de ferramentas para a redução de risco, tendo por fim sido analisada o Quadro de Acção Hyogo. Por fim foi elaborado um exercício de grupo com o intuito de ter uma melhor perceção dos conceitos introduzidos e aplicação no Quadro de acção de Hyogo apartir de exemplos práticos. Fez-se também uma abordagem sobre o trinómio familia, meios de subsistência e risco de desastres estabelecendo a sua interrelação no processo ddo desenvolvimento participativo e redução de risco com vista a protecção dos meios de subsistência. Nesta fase foi exibido um documentário sobre meios de subsistência com intuito de identificar a nível da família e comunidade os seus bens, actividades, capacidades e identificaram-se os stresses e os factores positivos com relação ao bem estar da comunidade sob o ponto de vista económico, ambiental, social e institucional. Tema2: Implementação de Temas Específicos de Redução de Riscos Neste tema fez-se uma abordagem sobre os riscos relevantes na África Austral ( Seca, Insegurança Alimentar, Mudanças Climáticas e Saúde Pública), Riscos Urbanos destacando-se incêndios e cheias/inundações em assentamentos informais e ainda Eventos Climáticos Extremos no contexto das mudanças climáticas. Na introdução aos Riscos Urbanos fez-se uma visão geral sobre os riscos urbanos em África e uma relação entre Urbanização e Riscos de Desastres. Em seguida analisou-se a ligação entre Desastres e Desenvolvimento e novas formas de riscos. Por fim apresentouse um estudo de caso sobre riscos urbanos num assentamento informal de Cape Town denominado Masiphumele. Em relação aos aspectos de Saúde Pública foram identificadas as doenças infeciosas comuns relacionadas com Desastres e Desenvolvimeno tendo posteriormente se feito uma
5 análise epidemiológica. Deu-se ênfase a Malária, HIV-SIDA, Tuberculose, Cólera e fezse uma análise reflexiva sobre a Gripe Suína. Na abordagem sobre as secas, fome, insegurança alimentar e mudanças questionou-se se estes eram desastres naturais ou induzidos pelo homem. Introduziu-se a cheia como perigo, fez-se uma revisão sobre segurança e insegurança alimentar e a relação insegurança alimentar VS vulnerabilidade. Discutiu-se também sobre a as Mudanças climáticas e sua ligação com acções humanitárias e Redução de Risco de Desastres. Por fim foram introduzidos os conceitos de temperatura e clima os perigos causados por estes e uma visão geral sobre as mudanças climáticas e adptação focalizando a realidade da África Austral. Enfatizou-se a importância dos sistemas de aviso previo como forma de identificação de riscos sem descorar das experiências locais. Tema 3: Educação de Adultos, Treinamento e Desenvolvimento Este tema promoveu um entendimento do contexto da ETD e o papel dos praticantes da ETD tendo ainda abordado sobre o seu enfoque comunitário para a redução de riscos. Neste tema fez-se uma análise sobre os desastres identificando como a experiências negativas e positivas podem ser úteis na redução de riscos, enfatizou-se a importância da aprendizagem a partir de experiências e que as experiências negativas podem constituir uma forma de aprendizagem para situações futuras. Ressaltou-se também que a Gestão de Desastres deve considerar aspectos culturais que muitas vezes podem minar os esforços para a redução do risco de desastres.
6 Avaliação de Risco Comunitário Foco em Assentamentos Informais Introdução O curso Avaliação de risco comunitário tem como objectivo dar enfase ao estreitamento das capacidades de avaliação de risco baseado na comunidade em assentamentos informais propensos a desastres. Da prioridade a avaliação dos riscos da família e comunidade usando uma gama de métodos participativos bem como outros dados quantitativos e espaciais relacionados com o risco. A avaliação de risco comunitário é útil e relevante na Gestão de Desastres das comunidades em risco. No entanto, sendo que a gestão de desastres requer um envolvimento massivo do sector público e privado, o curso é igualmente importante para os actores do desenvolvimento, bem como no que concerne com a capacidade de construção, redução da pobreza ou desenvolvimento sustentável. O curso foi apresentado em dois temas principais nomeadamente: Identificação e Avaliação de Riscos; O processo da Avaliação de Risco Comunitário. O curso privilegiou uma mistura de apresentações e actividades de grupo que cconsistiram: Trabalhos com GPS; Aperfeiçoamento dos métodos de campo; Avaliação de risco no campo ( Assentamento informal de Kosovo) em grupos; Apresentação dos resultados da avliação de riscos as partes envolvidas e discussão.
7 Tema1: Identificação e Avaliação de Riscos Neste tema é abordada a identificação e avaliação de riscos e a sua ligação com Redução de Riscos e Desenvolvimento. Foi abordada a questão da clarificação de termos relacionados com os Desastres nomeadamente os conceitos de perigo, risco, vulnerabilidade, Desastre e foi enaltecida a necessidade da sua alrificação como primeira actividade na Avaliação de Risco Comunitário. Falou-se da necessidade de buscar as diferentes percepções sobre estes termos nas lingas locais por forma a buscar um consenso alicerçado nas definições oficiais. Explicou-se o que era a ARC e a importância de uma pesquisa participatória, bem como deu-se esclarecimento em relação a natureza da ARC num contexto de desenvolvimento. Tema2: O processo da Avaliação de Risco Comunitário Neste tema foi explicado como preparar o campo seguindo os seguintes passos: Antevisão do contexto e do problema; Selecção dos métodos apropriados; Os metodos introduzidos incluem a árvore de problema, calendário sazonal, tabela historial de riscos, mapeamento de riscos, identificação de riscos no campo, árvore de soluções, matriz de capacidade de gestão de riscos, diagrama de Vénus como métodos importantes para responder as questões que se seguem: 1. Quem está situação de maior risco? 2. Porque esta em risco? 3. O que aumenta ou diminui o risco? 4. Qual é o efeito do risco? 5. Como e que os grupos em risco reduzem ou convivem com o risco? Estabelecimento e organização dos processos institucionais que implica em: Identificar instituições externas de suporte; Identificar os líderes Comunitários e os Recursos;
8 Condução da avaliação de campo; Neste processo cada um dos participantes serviu como facilitador de pelo menos uma das actividades de identificação de riscos com a comunidade. Comunicação da informação do Risco; Foi indicada a melhor forma de comunicar os riscos indicando-se que exige a comunicação presencial e que a comunicação sugere troca de informação em dois sentidos. Frizou-se ainda que os relatórios de ARC deviam ser claros para quem os lê obtando por ilustração de resultados em tabelas mapas gráficos e diagramas por forma a não cansar o leitor. Deve se evitar dar informação muito técnica aos órgãos de tomada de decisão ( informação usada nas institições académicas ) e devem ser feitos relatórios diferentes para a comunidade em pesquisa e para os decisores. Componente Logística do Curso Esta Componente esteve sobre total responsabilidade da Universidade de Cape Town que incluia acomodação, Perdiem e os Custos do curso ( Transporte, Alimentação, Material) Acomodação Durante o primeiro o grupo de técnicos da UDM esteve hospedado no Little Scotia durante 9 noites. A acomodação incluia pequeno almoço e os tecnicos estiveram em quartos individuais. O serviço prestado foi satisfatório sob o ponto de vista dos utentes. No dia 16 os técnicos foram transferidos para um outro local denominado Belmont no qual permaneceram as restantes 11 noites. Neste local os técnicos tinham direito ao pequeno almoço. O serviço prestado não foi melhor quando comparado com o primeiro local de hospedagem. A insatisfação prende-se a um ineficiente sistema de climatização o que não permitia um descanço merecido.
9 Transporte O transporte consistiu no deslocamento dos técnicos do aeroporto para o hotel e vice versa. Durante o curso o técnicos tinham direito a transporte do local de hospedagem à Universidade e Vice Versa. É de acrescentar a realização de um pequeno passeio turístico na manha de sábado dia 20 de Junho de Perdiem O pagamento do primeiro perdime foi efectuado no dia 08 de Junho num valor correspondente a 1.780,00 ZAR
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