Assunto Especial Doutrina

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1 Assunto Especial Doutrina Ação Regressiva Ação Regressiva Previdenciária e Seus Aspectos Processuais IRIS TIEMI TIBA Analista Judiciário do Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região, Pós-Graduanda em Direito do Trabalho pela Universidade de São Paulo. JAIME LOBATO JUNIOR Assessor de Desembargador SUMÁRIO: Introdução; 1 Ação regressiva; 2 Competência; 2.1 Competência da Justiça estadual; 2.2 Competência da Justiça do Trabalho; 2.3 Competência da Justiça federal comum; 3 Legitimidade; 3.1 Legitimidade ativa e obrigatoriedade de ação do órgão previdenciário e comunicação das decisões que reconhecem a culpa do causador do dano; 3.2 Legitimidade passiva e denunciação da lide; 4 Eficácia da sentença trabalhista; 5 Provas; 5.1 Culpa do empregador. Caracterização; 5.2 Ônus da prova; 5.3 Prova emprestada; 6 Prescrição; 6.1 Prescrição civil; 6.2 Prescrição do Decreto nº /1932; Referências. INTRODUÇÃO O direito de regresso já era previsto no art do revogado Código Civil de 1916, cuja norma foi mantida pelo art. 934 do Código Civil de 2002, que prevê: Art Aquele que ressarcir o dano causado por outrem pode reaver o que houver pago daquele por quem pagou, salvo se o causador do dano for descendente seu, absoluta ou relativamente incapaz. No âmbito previdenciário há norma específica; dispõe o art. 120 da Lei nº 8.213/1991 que nos casos de negligência quanto às normas padrão de segurança e higiene do trabalho indicados para a proteção individual e coletiva, a Previdência Social proporá ação regressiva contra os responsáveis. Por meio do citado dispositivo legal, objetiva-se não apenas o ressarcimento ao Erário, em razão das despesas efetuadas para o pagamento dos benefícios previdenciários aos contribuintes que sofram lesões decorrentes do labor prestado; mas também, objetiva-se utilizá-lo como mecanismo coercitivo imposto contra o empregador ou terceiro, para lhe impor o cumprimento das normas de higiene e segurança do trabalho, sejam regulamentais ou legais, bem como para que se exerça, de forma adequada, a fiscalização no ambiente de ÎÍÐÁìëÁÓ ± ±ò ²¼¼ ëð ïêñïîñîðïï ïêæëïæîð

2 RSP Nº 45 Nov-Dez/2011 ASSUNTO ESPECIAL DOUTRINA trabalho, como meio de evitar ou minimizar os danos causados aos empregados em razão das condições em que é exercido. 1 AÇÃO REGRESSIVA A actio de in rem verso consiste na ação judicial que tramita pelo procedimento ordinário e tem como finalidade evitar o enriquecimento sem causa de outrem, por meio do ressarcimento da quantia despendida contra o causador do dano. O dever do Estado em efetuar o pagamento dos benefícios previdenciários é objetivo e, assim, a existência de dano ao trabalhador que o torne incapaz, total ou parcialmente, ao exercício de suas atividades, é suficiente para a imposição do dever de satisfação das obrigações previdenciárias. Ao contrário da responsabilidade objetiva da Seguridade Social, apenas se admite o ressarcimento dos valores gastos com os contribuintes do sistema previdenciário ao terceiro que tiver agido de forma negligente e, com sua conduta culposa, consistente no desrespeito às normas padrão de segurança e higiene do trabalho indicados para a proteção individual e coletiva, tiver causado o dano. Ressalte-se que o direito de regresso não se esgota no empregador, mas atinge também o tomador do serviço, dono da obra, ou, ainda, o terceiro desvinculado da relação de trabalho mas que tenha, em razão de conduta dolosa ou culposa, causado o dano ao segurado e ocasionado lesão ao patrimônio público. Nesse sentido, o julgado: RESPONSABILIDADE CIVIL ACIDENTE EM SERVIÇO ATROPELAMENTO AÇÃO DE RESSARCIMENTO DE DANOS PELO INSS 1. No dia 4 de novembro de 1993, cerca de 23:00 horas, trafegava a ré na direção do automóvel Chevette, no Bairro União, em Belo Horizonte, quando em razão da alta velocidade que imprimia no veículo (100km/h), e ainda, por não haver dado prioridade de passagem a Marco Antônio da Cruz, que efetuava travessia, atropelou e matou a vítima. 2. Legitimidade ativa do INSS. O art. 121 da Lei nº 8.213/1991 autoriza o ajuizamento de ação regressiva contra a empresa causadora do acidente do trabalho ou de outrem. 3. Interesse de agir do INSS. A finalidade da ação regressiva é o ressarcimento, pelo INSS, dos recursos que foram gastos com acidente de trabalho, que poderiam ter sido evitados, se os causadores do acidente e do dano não tivessem agido com culpa. 4. O risco que deve ser repartido entre a sociedade, no caso de acidente de trabalho, não se inclui o ato ilícito praticado por terceiro, empregadores, ou não. 5. Sendo públicos os recursos administrados pelo INSS, é necessário o ressarcimento, pelo causador do acidente de trabalho, de despesas com o pagamento de benefícios à vítima do acidente ou beneficiários seus. 6. A culpa da motorista restou comprovada a despesa do INSS e o nexo causal entre a conduta imprudente da ré e o dano também. 7. Apelação da ré improvida. (TRF 1ª R., AC , 4ª T., Relª Juíza Conv. Selene Maria de Almeida, DJ ) ÎÍÐÁìëÁÓ ± ±ò ²¼¼ ëï ïêñïîñîðïï ïêæëïæîð

3 52...RSP Nº 45 Nov-Dez/2011 ASSUNTO ESPECIAL DOUTRINA 2 COMPETÊNCIA No que pertine à competência para o julgamento das ações regressivas acidentárias, há grande controvérsia em se estabelecer qual a Justiça competente, se a estadual, a federal comum ou a do trabalho, diante do grande número de exceções de incompetência e conflitos negativos existentes, que permeiam a interpretação do art. 109, inciso I, da Constituição Federal de 1988, in verbis: Art Aos juízes federais compete processar e julgar: I as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho; [...] Analisaremos cada um dos posicionamentos quanto à competência. 2.1 COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ESTADUAL A corrente que defende que a competência é da Justiça estadual apega-se à parte final do art. 109, inciso I, da Constituição Federal de 1988 e sustenta-se no fato de o constituinte ter excluído expressamente as questões sobre acidente do trabalho da competência federal lato sensu, bem como na previsão do art. 129, inciso II, da Lei de Benefícios da Previdência Social, in verbis: Art Os litígios e medidas cautelares relativos a acidentes do trabalho serão apreciados: I na esfera administrativa, pelos órgãos da Previdência Social, segundo as regras e prazos aplicáveis às demais prestações, com prioridade para conclusão; e II na via judicial, pela Justiça dos Estados e do Distrito Federal, segundo o rito sumaríssimo, inclusive durante as férias forenses, mediante petição instruída pela prova de efetiva notificação do evento à Previdência Social, através de Comunicação de Acidente do Trabalho CAT. Parágrafo único. O procedimento judicial de que trata o inciso II deste artigo é isento do pagamento de quaisquer custas e de verbas relativas à sucumbência. Para tanto, citam as Súmulas nºs 501 do STF ( Compete à Justiça Ordinária estadual o processo e o julgamento, em ambas as instâncias, das causas de acidente do trabalho, ainda que promovidas contra a União, suas autarquias, empresas públicas ou sociedades de economia mista ) e 15 do STJ ( Compete à Justiça estadual processar e julgar os litígios decorrentes de acidente do trabalho ). Nesse sentido, o aresto do eg. Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul: ACIDENTE DO TRABALHO AÇÃO REGRESSIVA DO INSS CONTRA O EM- PREGADOR CABIMENTO ÎÍÐÁìëÁÓ ± ±ò ²¼¼ ëî ïêñïîñîðïï ïêæëïæîï

4 RSP Nº 45 Nov-Dez/2011 ASSUNTO ESPECIAL DOUTRINA O fato de as empresas contribuírem para o custeio do regime geral de Previdência Social, mediante o recolhimento de tributos e contribuições sociais, dentre estas aquela destinada ao Seguro de Acidente do Trabalho SAT, não exclui a responsabilidade nos casos de acidente de trabalho decorrentes de culpa sua, por inobservância das normas de segurança e higiene do trabalho. Hipótese em que restou configurada a culpa da ré pelo evento danoso, tanto na forma negligente, quanto imprudente. Inteligência do art. 120 da Lei nº 8.213/1991. (TJRS, AC , 10 a C.Cív., Rel. Des. Paulo Roberto Lessa Franz, J ) Ousamos discordar desse entendimento, uma vez que não se pode confundir a ação de regresso do INSS, nos termos do art. 120 da Lei de Benefícios, com a ação acidentária típica, cujo objeto se refere à concessão e à revisão de benefícios acidentários, essa sim, com fulcro no art. 129 do mesmo diploma legal. Assim, o art. 109, inciso I, da CF/1988 excluiu da competência da Justiça Federal a ação acidentária típica e não a ação regressiva. 2.2 COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO Há ainda quem entenda que compete à Justiça do Trabalho o julgamento das ações regressivas, como é o caso do Procurador Federal Fernando Maciel (Ações regressivas acidentárias, LTr, jun. 2010). Esse jurista defende que, como a competência é fixada a partir da natureza da lide, demarcada pelo pedido e, principalmente, pela causa de pedir, que, no caso, é a ocorrência de um acidente do trabalho derivado de descumprimento ou de ausência de fiscalização pelo empregador das normas de saúde e segurança do trabalho, a competência é trabalhista. Sustenta, ainda, a existência de uma natureza jurídica complexa, qualificada por fatos jurídicos essencialmente ligados à Justiça do Trabalho, quais sejam, a ocorrência de um acidente do trabalho e o descumprimentos das normas de saúde e segurança do trabalho, o que atrai a aplicação da parte final do inciso I do art. 109 da Constituição Federal de Argumenta também que, com a Emenda Constitucional nº 45/2004, ficou clara a competência trabalhista, diante da alteração do art. 114 da Constituição Federal de 1988, que, no seu inciso VI, dispõe que são da competência da Justiça do Trabalho as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho. O princípio da unidade de convicção também é citado para a defesa dessa corrente, sendo conveniente que o mesmo ramo do judiciário aprecie causas com mesma causa de pedir remota, a fim de se evitar decisões contraditórias. Sebastião Geraldo de Oliveira (Competência da Justiça do Trabalho para julgar ações de reparação de danos decorrentes de acidente do trabalho e a Emenda nº 45/2004. Disponível em: < Acesso em: 14 set. 2009), citado por Fernando Maciel, sustenta que a competência deveria ser da Justiça do Trabalho, por esta já ser responsável pelo julgamento das seguintes normas de segurança no local de trabalho: ÎÍÐÁìëÁÓ ± ±ò ²¼¼ ëí ïêñïîñîðïï ïêæëïæîï

5 54...RSP Nº 45 Nov-Dez/2011 ASSUNTO ESPECIAL DOUTRINA ação para discutir o auto de infração lavrado por auditor fiscal referente ao descumprimento de normas de segurança no local de trabalho; ação para pleitear adicional de insalubridade e periculosidade; ação relativa ao descumprimento de normas sobre segurança, higiene e saúde dos trabalhadores, conforme a Súmula nº 736 do STF; ação para exigir a instalação ou regularização da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes Cipa; ação para discutir a justa causa do empregado que se recusou a utilizar os equipamentos de proteção, conforme art. 158, parágrafo único, da CLT; ação para garantir o direito à estabilidade do acidentado conforme art. 118 da Lei nº 8.212/1991; ação para garantir o direito à estabilidade dos membros da Cipa; ação para discutir o vínculo de emprego do trabalhador que estava prestando serviço sem anotação da carteira, quando sofreu o acidente. Entende a jurisprudência que o inciso VI do art. 114 da Constituição Federal de 1988 trata especificamente das ações de dano moral decorrente de acidente do trabalho quando o autor é o próprio trabalhador ou seus herdeiros, diante do cancelamento da Súmula nº 366 do STF, em nada afetando a competência em razão da pessoa disposta no art. 109 da Constituição Federal de Saliente-se que mesmo quando os herdeiros são os autores da ação de indenização, a lide envolve os sujeitos clássicos da relação de emprego: o empregador e o empregado, por meio de seus herdeiros (competência em razão da matéria). Os partidários dessa corrente entendem que, para que haja competência trabalhista para o julgamento das ações de regresso movidas pelo INSS contra empregadores que não cumpriram as normas de segurança e saúde do trabalho, é necessário lei que assim dispusesse, nos termos do inciso IX do art. 114 da Constituição Federal de 1988 ( IX outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei ), uma vez que o inciso I versa sobre os litígios oriundos da relação de emprego. Como exemplo, citamos as ações relativas à locação entre empregado e empregador, decorrentes da relação de emprego, que continuam a ser julgadas na Justiça estadual, por falta de lei que determine a competência da Justiça do Trabalho. ÎÍÐÁìëÁÓ ± ±ò ²¼¼ ëì ïêñïîñîðïï ïêæëïæîï

6 RSP Nº 45 Nov-Dez/2011 ASSUNTO ESPECIAL DOUTRINA Assim, o fato de a Justiça especializada já apreciar e julgar lides que envolvem a matéria de segurança e saúde do trabalhador, como mencionado por Sebastião Geraldo de Oliveira, não tem o condão de deslocar a competência da Justiça federal (competência em razão da pessoa). Nesse sentido é a jurisprudência do próprio STF quanto à interpretação do inciso IX do art. 114 da Constituição Federal de 1988, no sentido de que mera conveniência no julgamento não é o bastante para o deslocamento da competência: A questão central debatida no presente recurso consiste em saber qual o juízo competente para processar e julgar a execução dos créditos trabalhistas no caso de empresa em fase de recuperação judicial. Na vigência do DL 7.661/1945 consolidou-se o entendimento de que a competência para executar os créditos ora discutidos é da Justiça estadual comum, sendo essa também a regra adotada pela Lei nº /2005. O inciso IX do art. 114 da CF apenas outorgou ao legislador ordinário a faculdade de submeter à competência da Justiça laboral outras controvérsias, além daquelas taxativamente estabelecidas nos incisos anteriores, desde que decorrentes da relação de trabalho. O Texto Constitucional não o obrigou a fazê-lo, deixando ao seu alvedrio a avaliação das hipóteses em que se afigure conveniente o julgamento pela Justiça do Trabalho, à luz das peculiaridades das situações que pretende regrar. A opção do legislador infraconstitucional foi manter o regime anterior de execução dos créditos trabalhistas pelo juízo universal da falência, sem prejuízo da competência da Justiça Laboral quanto ao julgamento do processo de conhecimento. (STF, RE , Plenário, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, J , DJE , com repercussão geral) A Súmula nº 736 do eg. STF, ao mencionar a competência da Justiça do Trabalho para as causas que envolvam o descumprimento de normas trabalhistas relativas à segurança, higiene e saúde dos trabalhadores, o fez considerando os sujeitos trabalhistas (empregado, empregador, sindicatos, p. ex.), sendo certo que, na época de sua edição (2003), a Justiça do Trabalho sequer era competente para apreciar litígios que envolvessem a fiscalização do trabalho. Ademais, mesmo com o advento da Emenda Constitucional nº 45/2004, a alteração não foi explícita quanto às ações regressivas do INSS, e não se pode ignorar que o inciso VII foi restrito às ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho. Diferentemente foi o caso do inciso VIII, que atribuiu a competência da especializada para a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir. 2.3 COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL COMUM Entendimento majoritário atribui a competência para o julgamento das ações regressivas acidentárias à Justiça Federal comum, uma vez que elas não ÎÍÐÁìëÁÓ ± ±ò ²¼¼ ëë ïêñïîñîðïï ïêæëïæîï

7 56...RSP Nº 45 Nov-Dez/2011 ASSUNTO ESPECIAL DOUTRINA se confundem com as questões de acidente do trabalho, conforme mencionado no art. 109 da Constituição Federal de Argumentam que a melhor interpretação é aquela que restringe as ações acidentárias àquelas em que um segurado da Previdência Social demanda contra o INSS para a obtenção ou revisão de benefícios acidentários, denominando-a ação acidentária típica, de competência da Justiça estadual. Assim, não se pode confundir as ações acidentárias típicas com as ações regressivas acidentárias do INSS, estas da competência da Justiça Federal. Correta essa corrente, uma vez que figura no polo ativo uma Autarquia Federal, cuja pretensão é o ressarcimento de um prejuízo, de natureza civil (competência em razão da pessoa). Leciona Miguel Horvath Júnior 1 que: [...] na ação regressiva, o objeto da ação é exatamente o ressarcimento do INSS pelos valores desembolsados para o pagamento das prestações acidentárias, quando o acidente do trabalho tem como origem a culpa ou o dolo do empregador. O que vai se discutir na ação regressiva é a responsabilidade civil. O autor da ação é o INSS Instituto Nacional do Seguro Social, uma Autarquia Federal criada pela Lei nº 8.029, de 12 de abril de 1990, regulamentado pelo Decreto nº , de 27 de junho de 1990, e reestruturado conforme determinação contida no art. 11, parágrafo único, da Lei nº 8.422, de 13 de maio de 1992, pelo Decreto MPAS nº 3.081, de 10 de junho de Logo, cabe o ajuizamento destes tipos de ações perante a Justiça federal. Assim se posicionou o eg. STJ, em julgamento de conflito de competência: CONFLITO DE COMPETÊNCIA ACIDENTE DO TRABALHO AÇÃO DE RES- SARCIMENTO PROPOSTA PELO INSS CONTRA O EMPREGADOR COMPE- TÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL Compete à Justiça comum processar e julgar ação proposta pelo INSS objetivando o ressarcimento dos valores despendidos com o pagamento de pecúlio e pensão por morte acidentária, em razão de acidente de trabalho ocorrido nas dependências da empresa ré, por culpa desta. O litígio não tem por objeto a relação de trabalho em si, mas sim o direito regressivo da Autarquia Previdenciária, que é regido pela legislação civil. Conflito conhecido para declarar competente o Tribunal Regional Federal da 4ª Região. (STJ, CC 59970/RS, 2006/ , 2ª S., Rel. Min. Castro Filho (1119), J , DJ , p. 237) 1 HORVATH JÚNIOR, Miguel. Ações regressivas em ações acidentárias. Revista de Direito Social, Porto Alegre: Notadez, v. 2, n. 7, p. 34/41, ÎÍÐÁìëÁÓ ± ±ò ²¼¼ ëê ïêñïîñîðïï ïêæëïæîï

8 RSP Nº 45 Nov-Dez/2011 ASSUNTO ESPECIAL DOUTRINA Os Tribunais Regionais Federais já se posicionaram, nesse sentido, conforme as seguintes jurisprudências: AGRAVO DE INSTRUMENTO PROCESSUAL CIVIL COMPETÊNCIA JUS- TIÇA FEDERAL MEDIDA CAUTELAR DE PROTESTO MOVIDA PELO INSS OBJETIVANDO A INTERRUPÇÃO DA PRESCRIÇÃO RELACIONADA À AÇÃO REGRESSIVA A SER AJUIZADA EM FACE DA PREFEITURA MUNICIPAL DE ARA- RAQUARA POR INOBSERVÂNCIA DE NORMAS DE SEGURANÇA 1. Estabelece o art. 109 da Constituição Federal que aos juízes federais compete processar e julgar: I as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho. [...] 3º Serão processadas e julgadas na Justiça estadual, no foro do domicílio dos segurados ou beneficiários, as causas em que forem parte instituição de Previdência Social e segurado, sempre que a comarca não seja sede de vara de juízo federal, e, se verificada essa condição, a lei poderá permitir que outras causas sejam também processadas e julgadas pelo Justiça estadual. 2. No caso vertente, o agravante deduziu protesto judicial com objetivo de interromper a prescrição e que está instrumentalmente ligado a ação regressiva a ser ajuizada em face da Prefeitura Municipal de Araraquara, tendo como causa de pedir que a ré descumpria uma série de normas regulamentadoras de segurança de trabalho, maximizando seus lucros em detrimento da segurança de seus empregados e como fundamento jurídico os arts. 120 e 121 da Lei nº 8.213/ Por outro lado, mencionado art. 109, I, da Constituição Federal, quando excepciona da competência da Justiça Federal as causas decorrentes de acidente de trabalho, se refere apenas às ações propostas por beneficiários da Previdência Social contra o INSS, pleiteando a manutenção, concessão ou revisão de benefício oriundo de acidente do trabalho. 4. As ações regressivas ajuizadas pelo INSS contra as empresas visando o ressarcimento dos valores pagos a título de benefício acidentário de pensão por morte, alegando para tal a negligência quanto às normas de segurança do trabalho não se amoldam na hipótese de exclusão da competência da Justiça Federal prevista na parte final do inciso I do art. 109 do Texto Maior. 5. Precedentes jurisprudenciais. 6. Agravo de instrumento provido. (TRF 3ª R., AI , Processo nº /SP, 6ª T., Desª Fed. Consuelo Yoshida, J ) AGRAVO DE INSTRUMENTO AÇÃO DE RESSARCIMENTO DE DANO AO ERÁRIO AÇÃO DE NATUREZA CIVIL COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL ART. 109, I, DA CF AGRAVO PROVIDO 1. A matéria de fundo diz respeito ao direito de regresso pleiteado pela Autarquia Previdenciária, que visa restituir aos cofres da Previdência Social os valores pagos a título de aposentadoria por invalidez decorrente de acidente do trabalho. 2. Trata-se de ação de natureza civil, no âmbito da qual não se discute benefício previdenciário de caráter acidentário, evidenciando-se uma hipótese de competência da Justiça Federal. (art. 109, I, da CF). 3. Agravo provido. (TRT 3ª R., Agravo de Instrumento nº , 5ª T., Relª Desª Fed. Ramza Tartuce, DJ ) ÎÍÐÁìëÁÓ ± ±ò ²¼¼ ëé ïêñïîñîðïï ïêæëïæîï

9 58...RSP Nº 45 Nov-Dez/2011 ASSUNTO ESPECIAL DOUTRINA PROCESSUAL CIVIL, PREVIDENCIÁRIO E CIVIL RESPONSABILIDADE CIVIL ACIDENTE DE TRABALHO AÇÃO REGRESSIVA AJUIZADA PELO INSS CON- TRA O EMPREGADOR COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL NULIDADE DA CITAÇÃO 1. Compete à Justiça Federal processar e julgar ação em que o INSS busca o ressarcimento de valores relativos a benefício previdenciário pago em decorrência de acidente de trabalho que alega ter sido provocado por descumprimento de normas de proteção e segurança do trabalhador. 2. Tratando-se de defeito de representação passível de ser sanado sem prejuízo algum e regularizada a representação processual, afasta-se a preliminar de não conhecimento do recurso interposto pela empresa A. C. da Costa e Silva. 3. Nulidade da citação por edital, seja porque o oficial de justiça diligenciou encontrar no endereço declinado no mandado pessoas estranhas à empresa citanda, donde a impertinência da conclusão extraída da diligência de encontrar-se o representante respectivo em local incerto e não sabido, seja por descumprimento do prazo máximo de 15 dias para a publicação dos editais, seja pela ausência de certificação de publicação do instrumento no Diário Oficial (art. 232, inciso III, do CPC). (TRF 1ª R., AC /AM, 6ª T., Relª Desª Fed. Maria Isabel Gallotti Rodrigues, e-djf , p. 89, Data da Decisão ) 3 LEGITIMIDADE 3.1 LEGITIMIDADE ATIVA E OBRIGATORIEDADE DE AÇÃO DO ÓRGÃO PREVIDENCIÁRIO E COMUNICAÇÃO DAS DECISÕES QUE RECONHECEM A CULPA DO CAUSADOR DO DANO Evidenciado o dano causado ao segurado, por ato culposo de outrem, surge o dever do órgão previdenciário em ajuizar ação regressiva para recompor os cofres públicos da lesão oriunda dos valores despendidos para pagamento dos benefícios previdenciários e despesas com o trabalhador, como, por exemplo, aquelas relacionadas com a reabilitação profissional. Para tanto, diversas normas têm sido publicadas com intuito de cientificar a procuradoria responsável pela propositura da ação da existência de acidente do trabalho decorrente de ato culposo. O Conselho Nacional de Previdência Social, por meio da Resolução MPS/CNPS nº 1.291, de 27 de junho de 2007 DOU de , em seu art. 1º, resolveu: Art. 1º Recomendar ao Instituto Nacional do Seguro Social INSS, por intermédio de sua Procuradoria Federal Especializada-INSS, que adote as medidas competentes para ampliar as proposituras de ações regressivas contra os empregadores considerados responsáveis por acidentes do trabalho, nos termos dos arts. 120 e 121 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, a fim de tornar efetivo o ressarcimento dos gastos do INSS, priorizando as situações que envolvam empresas consideradas grandes causadoras de danos e aquelas causadoras de acidentes graves, dos quais tenham resultado a morte ou a invalidez dos segurados. ÎÍÐÁìëÁÓ ± ±ò ²¼¼ ëè ïêñïîñîðïï ïêæëïæîï

10 RSP Nº 45 Nov-Dez/2011 ASSUNTO ESPECIAL DOUTRINA Parágrafo único. Para facilitar a instrução e o andamento dos processos, recomenda à Procuradoria Federal Especializada-INSS que discipline a utilização de prova colhida em autos de ações judiciais movidas pelo segurado ou herdeiros contra a empresa, bem como que avalie a possibilidade de celebração de convênio com o Poder Judiciário para uso de processo eletrônico. O art. 12 da Instrução Normativa INSS/PRES nº 31, de 10 de setembro de 2008 DOU de , determina que: Art. 12. A perícia médica do INSS, quando constatar indícios de culpa ou dolo por parte do empregador, em relação aos benefícios por incapacidade concedidos, deverá oficiar à Procuradoria Federal Especializada-INSS, subsidiando-a com evidências e demais meios de prova colhidos, notadamente quanto aos programas de gerenciamento de riscos ocupacionais, para as providências cabíveis, inclusive para ajuizamento de ação regressiva contra os responsáveis, conforme previsto nos arts. 120 e 121 da Lei nº 8.213/1991 de modo a possibilitar o ressarcimento à Previdência Social do pagamento de benefícios por morte ou por incapacidade, permanente ou temporária. Parágrafo único. Quando a perícia médica do INSS, no exercício das atribuições que lhe confere a Lei nº /2004, constatar desrespeito às normas de segurança e saúde do trabalhador, fraude ou simulação na emissão de documentos de interesse da Previdência Social, por parte do empregador ou de seus prepostos, deverá produzir relatório circunstanciado da ocorrência e encaminhá-lo, junto com as evidências e demais meios de prova colhidos, à Procuradoria Federal Especializada-INSS para conhecimento e providências pertinentes, inclusive, quando cabíveis, representações ao Ministério Público e/ou a outros órgãos da Administração Pública encarregados da fiscalização ou controle da actividade. Finalmente, a recente Recomendação Conjunta GP.CGJT nº 2/2011, de 28 de outubro de 2011, pela qual o eg. Tribunal Superior do Trabalho recomenda aos desembargadores dos Tribunais Regionais do Trabalho e aos Juízes do Trabalho que encaminhem à respectiva unidade da Procuradoria da Fazenda Nacional (relação anexa), por intermédio do endereço de institucional, cópia das sentenças e/ou acórdãos que reconheçam conduta culposa do empregador em acidente de trabalho a fim de subsidiar eventual ajuizamento de ação regressiva, nos termos do art. 120 da Lei nº 8.213/ LEGITIMIDADE PASSIVA E DENUNCIAÇÃO DA LIDE A legitimidade passiva para figurar na ação regressiva previdenciária é do empregador, tomador do serviço, dono da obra ou aquele que causou, de forma culposa ou dolosa, o dano ao segurado. No entanto, considerando-se que compete à Justiça Federal processar e julgar as ações regressivas previdenciárias, com espeque no art. 109, I, da CF/1988, ou seja, em razão da natureza jurídica do autor, não se admite a denunciação da lide em tais demandas, uma vez que falece competência à Justiça ÎÍÐÁìëÁÓ ± ±ò ²¼¼ ëç ïêñïîñîðïï ïêæëïæîï

11 60...RSP Nº 45 Nov-Dez/2011 ASSUNTO ESPECIAL DOUTRINA comum federal para apreciar o pedido fundado no art. 70 do CPC, por não possuírem, denunciante e denunciado, a qualidade indicada no citado dispositivo constitucional para atrair sua competência para dirimir o conflito secundário. Nesse sentido, o julgado: PREVIDENCIÁRIO E CIVIL RESPONSABILIDADE CIVIL ACIDENTE DE TRA- BALHO AÇÃO REGRESSIVA AJUIZADA PELO INSS CONTRA O EMPREGA- DOR ART. 120 DA LEI Nº 8.213/1990 DENUNCIAÇÃO DA LIDE INCOM- PETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL PARA JULGAR LIDE SECUNDÁRIA 1. O art. 120 da Lei nº 8.213/1991 estabelece ação regressiva da Autarquia Previdenciária contra os responsáveis por acidente de trabalho em razão de negligência quanto às normas padrão de segurança e higiene do trabalho indicados para proteção individual ou coletiva. 2. Estando caracterizado a negligência em relação à segurança do trabalho, especialmente a ausência de mecanismos de proteção coletiva, evidencia-se a responsabilidade civil da Empresa Usiminas no fatídico evento que vitimou João Cândido Félix. 3. A denunciação da lide feita pela Usiminas à Companhia Seguradora Aliança da Bahia não pode ser aqui examinada porquanto denunciante e denunciada não possuem foro na Justiça Federal e, assim, não podem aqui litigar na demanda secundária. 4. Anulo, de ofício, a parte da sentença que trata da denunciação da lide, ante a incompetência da Justiça Federal para julgamento da lide secundária, determinando a exclusão da Companhia de Seguros Aliança da Bahia do feito. 5. Apelação da Usiminas ao qual se nega provimento. 6. Apelação da Companhia de Seguros Aliança da Bahia prejudicada. (TRF 1ª R., AC , 6ª T., Rel. Juiz Fed. Carlos Augusto Pires Brandão, e-djf , p. 265) Assim, não obstante a obrigatoriedade da denunciação da lide, que, se não invocada, gera a perda do direito do regresso (art. 70, III, do CPC), em razão da impossibilidade de sua aplicação em caso de ação regressiva previdenciária, pela ausência de competência da Justiça Comum Federal para apreciar o pedido formulado pelo denunciante, nada impede o exercício do direito de ação por aquele que ressarciu o órgão previdenciário em face do responsável pelo seu pagamento, como determinado preposto ou empregado que tenha causado o dano, ou da seguradora, para buscar o ressarcimento do valor pago. 4 EFICÁCIA DA SENTENÇA TRABALHISTA A Lei nº 4.619/1965, que regula o direito de regresso do Poder Público por ato culposo praticado pelos agentes das pessoas jurídicas de direito público e das de direito privado prestadoras de serviços públicos que culposamente causarem dano a outrem, determina em seu art. 2º que o prazo para ajuizamento da ação regressiva será de sessenta dias a partir da data em que transitar em julgado a condenação imposta à Fazenda. ÎÍÐÁìëÁÓ ± ±ò ²¼¼ êð ïêñïîñîðïï ïêæëïæîï

12 RSP Nº 45 Nov-Dez/2011 ASSUNTO ESPECIAL DOUTRINA Tal dispositivo decorre, logicamente, da necessidade de reconhecimento judicial do dever de indenizar do Estado e, a partir da certeza do an debeatur, surge a pretensão do Poder Público em exigir do agente o ressarcimento aos valores despendidos para pagamento da indenização à vítima. Portanto, a ação regressiva deve ser ajuizada a partir do momento em que surge para a parte do dever de pagar a outrem quantia cuja responsabilidade pode ser imputada a terceiro responsável pelo evento. Referida situação, no entanto, é completamente diversa daquela existente entre a Previdência Social e o causador do dano ao segurado, pois, nesse caso, a pretensão do órgão previdenciário se inicia quando surge o dever de prestar o benefício previdenciário, não tendo o direito de regresso relação de existência subordinada à sentença proferida em reclamação trabalhista na qual seja imputada eventual responsabilidade do empregador em razão de lesão oriunda da prestação de serviços. Em suma, não há interdependência entre os direitos do trabalhador, reconhecidos por reclamação trabalhista e decorrentes da culpa lato sensu do empregador, e o direito do regresso previdenciário, decorrente da culpa do causador do dano, em razão da [...] negligência quanto às normas padrão de segurança e higiene do trabalho indicados para a proteção individual e coletiva 2. Observa-se, portanto, de tais considerações, as seguintes consequências: de regresso surge a partir do momento em que é despendido o valor em proveito do contribuinte e não do trânsito em julgado da sentença trabalhista; na Justiça do Trabalho, ainda que reconheça da culpa do empregador, não constitui condição de procedibilidade da ação regressiva, nem faz prova plena do elemento subjetivo, pois para que surja o dever de indenizar na relação jurídica entre o empregador e o trabalhador, deve ser demonstrada a existência de culpa em sentido lato e para o nascimento do direito regressivo previdenciário deve ser demonstrada a negligência do empregador quanto à adoção e cumprimento das normas de segurança e higiene do trabalho; prescrição da pretensão regressiva tem início quando do reconhecimento da lesão pelo INSS e o pagamento do benefício respectivo. 2 Art. 120 da Lei nº 8.213/1991. ÎÍÐÁìëÁÓ ± ±ò ²¼¼ êï ïêñïîñîðïï ïêæëïæîî

13 62...RSP Nº 45 Nov-Dez/2011 ASSUNTO ESPECIAL DOUTRINA 5 PROVAS 5.1 CULPA DO EMPREGADOR. CARACTERIZAÇÃO Como salientado no item anterior, a culpa para a caracterização do dever de indenizar do empregador perante seu trabalhador decorre de culpa em sentido lato, ou seja, de conduta omissiva ou comissiva que gere dano ao prestador de serviço. No entanto, para que surja o direito de regresso previdenciário, não menciona a lei sua gênese apenas na culpa do causador do dano, mas nos casos de negligência quanto às normas padrão de segurança e higiene do trabalho indicados para a proteção individual e coletiva, a Previdência Social proporá ação regressiva contra os responsáveis 3. Portanto, nada impede o reconhecimento do dever de indenizar perante a Justiça do Trabalho, por ter sido constatado ato culposo do empregador, sem o surgimento do correspondente direito de ressarcimento do órgão previdenciário. Isso se dá em razão da especificação do art. 120 da Lei nº 8.213/1991 que apenas considerado viável o regresso na estrita hipótese de negligência no tocante ao cumprimento das normas de segurança e higiene do trabalho. Portanto, admite-se o reconhecimento do dever de indenizar do empregador em razão dos danos causados aos empregados em virtude das condições de trabalho, desde que presentes os elementos necessários à caracterização da responsabilidade civil, sem que se possa atribuir semelhante direito em relação à Previdência Social, desde que demonstrado o cumprimento das normas regulamentares, ainda que defasados os índices nela expostos, eis que não se pode atribuir ao empregador culpa pela mora do Poder Executivo em atualizar os padrões vigentes nas normas regulamentadoras. Evidenciado o cumprimento pelo tomador do labor, das regras de segurança e higiene do trabalho objetivamente fixadas pelo Poder Público, bem como a fiscalização quanto ao seu cumprimento, resta inexoravelmente afastada a responsabilização do empregador quanto ao pagamento, em regresso, do benefício previdenciário e despesas pagas em favor do contribuinte. 5.2 ÔNUS DA PROVA Divergem a doutrina e a jurisprudência quanto ao ônus da prova da culpa do empregador. Segundo Chiovenda, citado por Moacyr Amaral Santos, o ônus de afirmar e provar se reparte entre as partes, no sentido de que é deixado, à iniciativa 3 Idem. ÎÍÐÁìëÁÓ ± ±ò ²¼¼ êî ïêñïîñîðïï ïêæëïæîî

14 RSP Nº 45 Nov-Dez/2011 ASSUNTO ESPECIAL DOUTRINA de cada uma delas, provas dos fatos que deseja que sejam considerados pelo juiz, isto é, os fatos que tenha interesse que sejam tidos como verdadeiros 4. Ex vi do art. 333, I, do Código de Processo Civil, a prova incumbe a quem alega os fatos constitutivos de seu direito, assim, caberia ao órgão previdenciário a prova da conduta culposa do empregador. Fernando Maciel entende que, em razão da obrigação contratual e legal atribuída ao empregador quanto à fiscalização primária do cumprimento das normas de segurança e medicina do trabalho, há presunção de culpa quanto à eclosão do evento danoso. Nesse sentido, cita Maciel aresto do eg. Superior Tribunal de Justiça assim ementado: DIREITO CIVIL ACIDENTE DO TRABALHO INDENIZAÇÃO RESPONSA- BILIDADE CIVIL DO EMPREGADOR NATUREZA PRESERVAÇÃO DA INTE- GRIDADE FÍSICA DO EMPREGADO PRESUNÇÃO RELATIVA DE CULPA DO EMPREGADOR INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA O art. 7º da CF se limita a assegurar garantias mínimas ao trabalhador, o que não obsta a instituição de novos direitos ou a melhoria daqueles já existentes pelo legislador ordinário, com base em um juízo de oportunidade, objetivando a manutenção da eficácia social da norma através do tempo. A remissão feita pelo art. 7º, XXVIII, da CF, à culpa ou dolo do empregador como requisito para sua responsabilização por acidentes do trabalho, não pode ser encarada como uma regra intransponível, já que o próprio caput do artigo confere elementos para criação e alteração dos direitos inseridos naquela norma, objetivando a melhoria da condição social do trabalhador. Admitida a possibilidade de ampliação dos direitos contidos no art. 7º da CF, é possível estender o alcance do art. 927, parágrafo único, do CC/2002 que prevê a responsabilidade objetiva quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para terceiros aos acidentes de trabalho. A natureza da atividade é que irá determinar sua maior propensão à ocorrência de acidentes. O risco que dá margem à responsabilidade objetiva não é aquele habitual, inerente a qualquer atividade. Exige-se a exposição a um risco excepcional, próprio de atividades com elevado potencial ofensivo. O contrato de trabalho é bilateral sinalagmático, impondo direitos e deveres recíprocos. Entre as obrigações do empregador está, indubitavelmente, a preservação da incolumidade física e psicológica do empregado no seu ambiente de trabalho. Nos termos do art. 389 do CC/2002 (que manteve a essência do art do CC/1916), na responsabilidade contratual, para obter reparação por perdas e danos, o contratante não precisa demonstrar a culpa do inadimplente, bastando a prova de descumprimento do contrato. Dessa forma, nos acidentes de trabalho, cabe ao empregador provar que cumpriu seu dever contratual de preservação da 4 SANTOS, Moacyr Amaral. Primeiras linhas de direito processual civil. 25. ed. São Paulo: Saraiva, p ÎÍÐÁìëÁÓ ± ±ò ²¼¼ êí ïêñïîñîðïï ïêæëïæîî

15 64...RSP Nº 45 Nov-Dez/2011 ASSUNTO ESPECIAL DOUTRINA integridade física do empregado, respeitando as normas de segurança e medicina do trabalho. Em outras palavras, fica estabelecida a presunção relativa de culpa do empregador. Recurso especial provido. (STJ, REsp /GO, 3ª T., Rel. Min. Sidnei Beneti, Rel. p/o Ac. Min. Nancy Andrighi, J , DJe ) Referida decisão trata que ação de indenização fundada em responsabilidade civil do empregador perante seu trabalhador, o que não se confunde com a ação regressiva previdenciária. No entanto, entendemos que, em razão da limitação do cabimento de ação regressiva à hipótese de negligência do empregador quanto ao cumprimento das regras técnicas sobre higiene e segurança do trabalho, incumbe a ele, em razão do princípio da aptidão da prova, demonstrar sua observância e cumprimento, bem como o fornecimento dos equipamentos necessários a afastar o risco de lesão ao trabalhador, com a consequente adoção de procedimento fiscalizatório, os quais, se comprovados, afastam, ipso facto, a responsabilidade quanto ao regresso. Portanto, a responsabilidade do empregador perante seus empregados assume condição mais complexa, pois o dever de indenizar decorre de qualquer conduta culposa ou dolosa que tenha como consequência o prejuízo suportado pelo trabalhador, o que não se confunde com o objeto da ação regressiva, cujo cabimento se dá no caso de descumprimento das normas regulamentares instituídas pelo Poder Público ou de conduta dolosa que gere prejuízo ao prestador do serviço, não podendo o empregador ser apenado por eventual inércia da Administração na revisão e atualização dos critérios e limites indicados nas normas técnicas. Saliente-se, por fim, que a obrigação do empregador em cuidar do cumprimento das normas regulamentares e legais de medicina e segurança do trabalho não pode servir como desculpa para o Poder Público deixar de exercer sua atividade fiscalizadora das relações de trabalho e dos cumprimento do direito positivo pelas partes. 5.3 PROVA EMPRESTADA Entende-se por prova emprestada a prova [...] transferida de um processo para outro 5, o que ocorre por motivo de economia processual ou em razão da impossibilidade de sua produção. Portanto, nada impede que a parte, a quem a prova produzida em outros autos lhe aproveite, a utilize em outra demanda, desde que a parte contrária, na 5 Idem, p ÎÍÐÁìëÁÓ ± ±ò ²¼¼ êì ïêñïîñîðïï ïêæëïæîî

16 RSP Nº 45 Nov-Dez/2011 ASSUNTO ESPECIAL DOUTRINA ação originária, tenha participado do contraditório e do poder de influir em sua produção e apreciação pelo juiz. Para a caracterização do direito de regresso do empregador, como já afirmado, deve concorrer a existência de lesão incapacitante do prestador de serviço, com nexo de causalidade, com o labor, e que decorre de negligência quanto ao cumprimento das normas regulamentares e legais sobre segurança e higiene do trabalho. Portanto, por ser o conceito de culpa necessário à caracterização do dever de indenizar do empregador em relação ao trabalhador diverso, o que leva ao dever de regresso, tem-se que, embora haja semelhança entre a relação fática das demandas trabalhistas de acidente de trabalho e doença profissional com a ação regressiva, não se confundem quanto à caracterização da culpa. Assim, limitar-se-ia a prova emprestada a comprovar a ocorrência do dano e do nexo de causalidade, cabendo, na Justiça do Trabalho, a discussão da existência de culpa do empregador em sentido lato e na ação regressiva, de negligência quanto ao cumprimento das regras de higiene e segurança do trabalho, e apenas poderia ser utilizada a prova produzida no processo do trabalho, em caso de a sentença condenatória trabalhista ter por fundamento o desrespeito de normas regulamentares pelo empregador. 6 PRESCRIÇÃO Há duas posições na doutrina acerca do prazo prescricional que devem ser observadas nas ações regressivas acidentárias. 6.1 PRESCRIÇÃO CIVIL A primeira posição entende que deve ser respeitado o prazo previsto no Código Civil. Nesse sentido, Hely Lopes Meireles entendia que a prescrição das ações da fazenda Pública contra o particular é a comum da lei civil ou comercial, conforme a natureza do ato ou contrato a ser ajuizado 6. Para quem segue esse entendimento, tem-se que, na vigência do Código Civil de 1916, era aplicável a prescrição vintenária, nos termos do art. 177 e de três anos previsto no art. 206, 3º, V 7, do Código Civil. 6 MEIRELES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 15. ed. São Paulo: RT, p Apud MACIEL, Fernando. Ações regressivas acidentárias. São Paulo: LTr, p Art Prescreve: [...] 3º Em três anos: [...] ÎÍÐÁìëÁÓ ± ±ò ²¼¼ êë ïêñïîñîðïï ïêæëïæîî

17 66...RSP Nº 45 Nov-Dez/2011 ASSUNTO ESPECIAL DOUTRINA Surge, assim, questão importante de direito intemporal, com relação às lesões aperfeiçoadas antes da vigência do vigente Código Civil, que deve ser resolvida de acordo com a regra de transição do art Caso o dano tenha surgido antes de 12 de janeiro de 1993, ou seja, há mais de dez anos da vigência do atual Código Civil, deve ser aplicado o prazo prescricional do antigo Código Civil. Aplica-se a regra prescricional geral do Código revogado, qual seja, de vinte anos, nos termos do art da Lei nº /2002. Caso o dano tenha ocorrido ente 12 de janeiro de 1993 e 11 de janeiro de 2003, incide o prazo prescricional de três anos previsto no art. 206, 3º, V, do vigente Código Civil e, nesse caso, o triênio se inicia com a vigência do Código Civil, consoante Enunciado nº 50 8 do Conselho da Justiça Federal, aprovado na Jornada de Direito Civil, semelhante ao que dispõe o Enunciado nº do Conselho da Justiça Federal, adotado na IV Jornada de Direito Civil. Portanto, para entender a aplicação da prescrição civil, caso a lesão tenha ocorrido antes de 12 de janeiro de 1993, deve ser aplicada a prescrição vintenária do Código Civil de 1916 e, em caso de lesão ocorrida entre 12 de janeiro de 1993 e 11 de janeiro de 2003, há incidência do triênio do art. 206, 3º, V, do Código Civil de PRESCRIÇÃO DO DECRETO Nº /1932 Segunda parte da doutrina e que prepondera na jurisprudência entende que a ação regressiva previdenciária tem a prescrição fixada pelo Decreto nº /1932, cujo art. 1º fixa determinar que: As dívidas passivas da União, dos Estados e dos Municípios, bem assim todo e qualquer direito ou ação contra a Fazenda federal, estadual ou municipal, seja qual for a sua natureza, prescrevem em cinco anos contados da data do ato ou fato do qual se originarem. Segundo Maria Sylvia Zanella Di Pietro, no silêncio da lei, a prescrição administrativa ocorre em cinco anos, nos termos do Decreto nº / V a pretensão de reparação civil; 8 Art A partir da vigência do novo Código Civil, o prazo prescricional das ações de reparação de danos que não houver atingido a metade do tempo previsto no Código Civil de 1916 fluirá por inteiro, nos termos da nova lei (art. 206). 9 Art Iniciada a contagem de determinado prazo sob a égide do Código Civil de 1916, e vindo a lei nova a reduzi-lo, prevalecerá o prazo antigo, desde que transcorrido mais de metade deste na data da entrada em vigor do novo Código. O novo prazo será contado a partir de 11 de janeiro de 2003, desprezando-se o tempo anteriormente decorrido, salvo quando o não-aproveitamento do prazo já decorrido implicar aumento do prazo prescricional previsto na lei revogada, hipótese em que deve ser aproveitado o prazo já decorrido durante o domínio da lei antiga, estabelecendo-se uma continuidade temporal. 10 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 23. ed. São Paulo: Atlas, p ÎÍÐÁìëÁÓ ± ±ò ²¼¼ êê ïêñïîñîðïï ïêæëïæîî

18 RSP Nº 45 Nov-Dez/2011 ASSUNTO ESPECIAL DOUTRINA No caso, não havendo regra expressa que fixe prazo diferenciado para o exercício do direito de regresso, impõe-se a aplicação da regra geral do art. 1º do Decreto nº /1932. Não bastasse, o eg. Superior Tribunal de Justiça tem decidido que, por isonomia, deve ser aplicada a prescrição quinquenal em face da Fazenda e desta em face do administrado 11. Não bastasse, o art. 88 da Lei nº 8.212/1991 dispõe que os prazos de prescrição de que goza a União aplicam-se à Seguridade Social, ressalvado o disposto no art. 46, sendo certo que o art. 104 da Lei nº 8.213/1991 determina que as ações referentes à prestação por acidente do trabalho prescrevem em 5 (cinco) anos, observado o disposto no art. 103 desta lei, contados da data. Nesse sentido, o julgado: ACIDENTE DO TRABALHO AÇÃO REGRESSIVA DO INSS CONTRA OS EMPREGADORES PRESCRIÇÃO QUINQUENAL COISA JULGADA INO- CORRÊNCIA Incidência, no caso, da prescrição quinquenal do Decreto nº /1932, não havendo parcelas vencidas pois o feito foi ajuizado em 2008 e o acidente ocorreu em Não configurada a ocorrência da coisa julgada, pois inexiste identidade entre este feito e a ação que tramitou na Justiça do Trabalho, pois o INSS sequer foi parte de tal feito. O contexto probatório indica que a empresa deixou de observar as normas de segurança, não havendo como afastar a sua responsabilização. (TRF 4ª R., Apelação Cível nº , 4ª T., Juiz Fed. Jorge Antonio Maurique, por unanimidade, DE ) Assim, seja em razão do que dispõe o art. 1º do Decreto nº /1932, seja pela isonomia ou pela aplicação do art. 88 da Lei nº 8.212/1991, combinado com o art. 104 da Lei nº 8.213/1991, a prescrição da Fazenda para postular o regresso é de cinco anos. REFERÊNCIAS DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 23. ed. São Paulo: Atlas, HORVATH JÚNIOR, Miguel, Ações regressivas em ações acidentárias. Revista de Direito Social, Porto Alegre: Notadez, v. 2, n. 7, LEITE, Carlos Henrique Bezerra. Curso de direito processual do trabalho. 7. ed. São Paulo: LTr, MACIEL, Fernando. Ações regressivas acidentárias. São Paulo: LTr, NEVES, Daniel Amorim Assumpção. Manual de direito processual civil. 1. ed. São Paulo: Método, SANTOS, Moacyr Amaral. Primeiras linhas de direito processual civil. 25. ed. São Paulo: Saraiva, STJ, AgRg-REsp /RJ, 1ª T., Rel. Min. Luiz Fux, DJ ÎÍÐÁìëÁÓ ± ±ò ²¼¼ êé ïêñïîñîðïï ïêæëïæîî

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