ANÁLISE EMPÍRICA DO GRAU DE INTANGIBILIDADE DAS EMPRESAS BRASILEIRAS DE CAPITAL ABERTO

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1 NÚCLEO DE PESQUISA ACADÊMICA RELATÓRIO DE PESQUISA 04 ANÁLISE EMPÍRICA DO GRAU DE INTANGIBILIDADE DAS EMPRESAS BRASILEIRAS DE CAPITAL ABERTO Pesquisa financiada por: Programa de Apoio à Iniciação Científica CURITIBA 2005

2 ASSOCIAÇÃO FRANCISCANA DE ENSINO SENHOR BOM JESUS PRESIDENTE Frei Guido Moacir Sheidt, ofm DIRETOR ADMINISTRATIVO-FINANCEIRO Paulo Arns da Cunha CENTRO UNIVERSITÁRIO FRANCISCANO DO PARANÁ REITOR Frei Gilberto Garcia PRÓ-REITOR ACADÊMICO Judas Tadeu Grassi Mendes PRÓ-REITOR ADMINISTRATIVO Paulo Arns da Cunha DIRETOR ACADÊMICO Luis Roberto Antonik SECRETÁRIO GERAL Vicente Keller COORDENADOR ACADÊMICO DE PÓS-GRADUAÇÃO Gilberto de Oliveira Souza COORDENADOR ACADÊMICO DO MESTRADO Christian Luiz da Silva COORDENADORES DE CURSO Aderbal Nicolas Müller (Ciências Contábeis) Antonio Lázaro Conte (Administração/Administração de Negócios Internacionais/Administração Integral) Gilmar Mendes Lourenço (Ciências Econômicas) José Vicente Bandeira de Mello Cordeiro (Engenharia de Produção) Luis Roberto Antonik (Comunicação Social: Publicidade e Propaganda e Comunicação Social: Gestão da Comunicação Organizacional RP) Pedro Gomes de Quadros (Informática/ Sistemas de Informação Empresarial) Rafael Araújo Leal (Tecnologia: em Gestão de Recursos Humanos e Logística) Sérgio Luiz da Rocha Pombo (Direito) Vicente Keller (Filosofia) COORDENADORES DOS NÚCLEOS Christian Luiz da Silva (Pesquisa Acadêmica) Francisco Carlos Lopes da Silva (Ação Comunitária) Nancy Malschitzky (Empregabilidade) Rafael Araújo Leal (Relações Internacionais) Rubens Fava (Relações Institucionais e Governamentais)

3 CORPO TÉCNICO Centro Universitário Franciscano do Paraná Prof. MSc. Luciano Marcio Scherer (Coordenador) Tainan Bezerra de Lima (Acadêmica do Curso de Ciências Contábeis) APOIO TÉCNICO OPERACIAL Maria Aparecida da Silva Arcanjo Pereira (Revisão de texto) Ana Rita Barzick Nogueira e Mariana Fressato (Editoração eletrônica) Edith Dias (Revisão bibliográfica) Centro Universitário Franciscano do Paraná. Núcleo de Pesquisa Acadêmica. Análise empírica do grau de intangibilidade das empresas brasileiras de capital aberto; relatório de pesquisa/ Centro Universitário Franciscano do Paraná; coordenação de Luciano Marcio Scherer, colaboração de Tainan Bezerra de Lima. Curitiba, UNIFAE, p. ilust. (Relatório de pesquisa, v.04) 1.Ativo intangível. 2.Contabilidade. 3.Patrimônio (Contabilidade). I.Scherer, Luciano Marcio.II. Lima, Tainan Bezerra de. CDD

4 3 APRESENTAÇÃO O Núcleo de Pesquisa Acadêmica constitui-se em um espaço institucional e operacional, com vistas a concentrar esforços na direção da pesquisa científica, capacitação do corpo docente, iniciação científica e promoção de publicações acadêmicas. Entre os objetivos, um dos principais é o incentivo à pesquisa e à iniciação de novos pesquisadores, cujos projetos são acompanhados por professores, em consonância com os propósitos das linhas de pesquisas institucionais. Esse incentivo ocorre, mediante bolsas de pesquisa fornecidas pelo Centro Universitário Franciscano do Paraná (UniFAE) para os professores e alunos envolvidos nos projetos, por meio do Programa de Apoio à Iniciação Científica PAIC. Os bolsistas têm como responsabilidade a elaboração de um artigo no Caderno do PAIC e a produção do relatório de pesquisa. O presente relatório é fruto de um dos projetos do PAIC O PAIC 2004, fonte financiadora da presente pesquisa, começou em setembro de 2004, com término em junho de Foram 8 projetos aceitos e desenvolvidos por 8 professores coordenadores e 16 alunos, que contaram com a bolsa de pesquisa. O 6 o. Caderno do PAIC, publicado no final de 2005, apresentou sumariamente artigos referentes aos relatórios de pesquisa, os quais, agora, estão sendo expostos na íntegra. É com muita satisfação que, neste ano de 2006, estamos iniciando esta série de publicação dos relatórios de pesquisa, pois isso nos aproxima ainda mais do objetivo de fazer da pesquisa um instrumento de transformação econômica e social. Esse processo somente acontece, se houver envolvimento das pessoas efetivamente responsáveis pelo sucesso do programa e pelo alcance do resultado em prol dessa transformação. Cabe-nos, portanto, citar as partes fundamentais para o desenvolvimento desse processo: os pesquisadores, alunos e professores bolsistas; a UniFAE, por meio da reitoria e pró-reitorias, como promotora e viabilizadora da pesquisa; todos os funcionários do Núcleo de Pesquisa Acadêmica, com a colaboração dos bibliotecários. Esperamos uma participação contínua de todos (pesquisadores alunos e professores), para que possamos fazer da ciência um instrumento de desenvolvimento da sociedade. Desejamos a todos uma ótima leitura! Prof. Christian Luiz da Silva Prof. Judas Tadeu Grassi Mendes Coordenador do Núcleo Acadêmico e do Mestrado Pró-Reitor Acadêmico

5 4 LISTA DE TABELAS 1 ESTATÍSTICAS DESCRITIVAS DAS VARIÁVEIS INDEPENDENTES ESTATÍSTICAS DESCRITIVAS DAS VARIÁVEIS INDEPENDENTES ESTATÍSTICAS DESCRITIVAS DAS VARIÁVEIS INDEPENDENTES TESTES DE IGUALDADE DE MÉDIAS / VARIÁVEIS INCLUÍDAS NAS FUNÇÕES DISCRIMINANTES PELO MÉTODO STEPWISE / TESTE DE SIGNIFICÂNCIA DAS FUNÇÕES DISCRIMINANTES / COEFICIENTES DAS FUNÇÕES DISCRIMINANTES / CARGAS DISCRIMINANTES DAS FUNÇÕES DISCRIMINANTES / ESTATÍSTICAS DESCRITIVAS DAS VARIÁVEIS INDEPENDENTES / MATRIZ DE CLASSIFICAÇÃO DAS EMPRESAS MATRIZ DE CLASSIFICAÇÃO DAS EMPRESAS MATRIZ DE CLASSIFICAÇÃO DAS EMPRESAS

6 5 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS BOVESPA CVM DIVEXT F GL - Bolsa de Valores do Estado de São Paulo - Comissão de Valores Mobiliários - Sistema de Divulgação Financeira - Estatística F - Graus de liberdade GL 1 - Graus de liberdade 1 GL 2 - Graus de liberdade 2 IAS SIG - International Accouting Standard - Significância estatística

7 6 SUMÁRIO RESUMO... 7 INTRODUÇÃO FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA CTEXTUALIZAÇÃO DEFINIÇÕES DE ATIVOS INTANGÍVEIS CLASSIFICAÇÃO DE ATIVOS INTANGÍVEIS O Capital Intelectual RECHECIMENTO DE ATIVOS INTANGÍVEIS ATRIBUIÇÃO E REALIZAÇÃO DO VALOR DOS ATIVOS INTANGÍVEIS Importância da Atribuição de Valor para os Ativos Intangíveis Atribuição de Valor para os Ativos Intangíveis Realização do Valor dos Ativos Intangíveis VIDA ÚTIL DOS ATIVOS INTANGÍVEIS LEVANTAMENTO DE DADOS DELIMITAÇÃO DA AMOSTRA VARIÁVEIS Variável Dependente Variáveis Independentes TÉCNICA ESTATÍSTICA UTILIZADA Análise Discriminante RESULTADOS DA PESQUISA EMPÍRICA RESULTADOS DA ANÁLISE DISCRIMINANTE Estatísticas Descritivas Teste de Igualdade de Médias Construção das Funções Discriminantes pelo Método Stepwise Interpretação das Funções Discriminantes Poder Preditivo das Funções Discriminantes CSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS APÊNDICE APÊNDICE

8 7 RESUMO Vários autores têm demonstrado a importância dos ativos intangíveis, de tal forma que a correta identificação desses, ou ainda a identificação de fatores que possam indicar a sua existência nas empresas passam a ter uma relevância cada vez maior para as empresas. Por conta disso, o problema de pesquisa proposto para este trabalho consistiu em verificar se existem fatores presentes nas demonstrações financeiras publicadas pelas empresas brasileiras capazes de diferenciá-las, em relação ao seu grau de intangibilidade, entre empresas tangível-intensivas e empresas intangível-intensivas. A hipótese associada a esse problema é que tais fatores existem. Utilizando dados econômico-financeiros referentes aos anos de a 2003 de uma amostra de 47 ações de 37 empresas brasileiras que compunham o índice IBOVESPA da Bolsa de Valores de São Paulo BOVESPA, no terceiro quadrimestre de 2004, e utilizando a análise discriminante como técnica estatística, demonstrou-se que existem esses fatores, entretanto, não há um único fator comum aos anos de análise, apesar de que as variáveis Retorno Contábil do Patrimônio Líquido (ROE) e Variação do patrimônio Líquido ( PL) são comuns a dois dos três anos da análise. Palavras-chaves: ativo intangível; grau de intangibilidade; tangível-intensivas; intangívelintensivas; análise discriminante.

9 8 INTRODUÇÃO A presente pesquisa procura demonstrar a existência e a relevância dos ativos intangíveis no desenvolvimento das empresas brasileiras de capital aberto. Em relação à relevância dos ativos intangíveis, Reis (2002, p.7-12) destaca que o êxito empresarial (...) é entendido como a capacidade de a empresa criar valor sob a forma de maiores fluxos líquidos de caixa, sendo uma parcela significativa dos fluxos de caixa das empresas contemporâneas função de seus ativos intangíveis. A partir da década de 1990, o enfoque crescente nos ativos intangíveis é decorrente da combinação de dois fatores cruciais apontados por Lev (2001): a) o acirramento da competição entre empresas, por conta da internacionalização e globalização dos negócios, de tal forma que a diferenciação passou a ser um fator decisivo; b) o advento e popularização de tecnologias de informação. Computadores cada vez mais velozes e baratos e a Internet contribuíram decisivamente para isso. Para Lev (2001, p.8), esses dois fatores mudaram drasticamente a forma e a estrutura das empresas, e fizeram com que os ativos intangíveis se tornassem os maiores direcionadores de valor para as empresas de países com economias desenvolvidas. Evidências apontadas por Lev (2001) indicam que investimentos em ativos intangíveis claramente criam valor, ou seja, geram um retorno acima do custo de capital, ao passo que investimentos em ativos tangíveis e financeiros tendem a gerar como retorno apenas o seu custo de capital. Se não fosse por esse motivo, por qual outro motivo, pergunta Lev (2001, p.51), as empresas iriam investir pesada e constantemente em pesquisa e desenvolvimento, capacitação de recursos humanos, criação e manutenção de marcas, mudanças organizacionais, e outras formas de ativos intangíveis? Oliveira (1999, p.135) também destaca isso. Para ele, os ativos intangíveis cada vez mais são relevantes na formação do resultado da empresa, pois eles podem determinar o volume de vendas, a participação de mercado de uma empresa, o preço de venda praticado, entre outros fatores. Logo, merecem um destaque cada vez maior por parte das empresas. Assim, identificar os ativos intangíveis de uma empresa, ou ainda, identificar fatores nas empresas que estejam relacionados com o grau de intangibilidade de uma empresa assume vital importância para uma série de interessados, como por exemplo, os próprios gestores de uma empresa, bem como investidores do mercado de capitais, interessados em adquirir ações de uma determinada empresa que eventualmente possua grande parte de seu valor atrelado a ativos intangíveis.

10 9 Segundo o que consagra a bibliografia relacionada à metodologia científica, o primeiro passo na execução de um trabalho de pesquisa é a delimitação do campo de conhecimento a ser pesquisado. Logo após, parte-se para a escolha do assunto e do tema de pesquisa. Tendo sido definidos esses dois itens, é possível delimitar a questão de pesquisa, ou seja, o problema proposto que receberá uma investigação, a fim de se encontrarem as possíveis respostas decorrentes dele. O problema de pesquisa proposto para o presente trabalho é colocado da seguinte forma: Existem fatores presentes nas demonstrações financeiras das companhias abertas brasileiras que podem diferenciá-las entre intangível-intensiva e tangível-intensiva? Martins (1992, p.26) menciona que as hipóteses se configuram como enunciados conjunturais das relações entre duas ou mais variáveis que tratam de suposições idealizadas na tentativa de antecipar respostas ao problema de pesquisa. H 0 - Existem fatores nas demonstrações financeiras que determinam grau de intangibilidade das empresas. A aceitação dessa hipótese faz com que seja admitido que existem fatores nas demonstrações financeiras publicadas pelas empresas capazes de determinar o grau de intangibilidade dessas e, por conseguinte, diferenciar as empresas entre intangívelintensivas e tangível-intensivas. Caso a hipótese acima seja rejeitada, passa-se a aceitar a hipótese alternativa: H 1 - Não existem fatores nas demonstrações financeiras que determinam o grau de intangibilidade das empresas. De acordo com Beuren (2003, p.108), as hipóteses elaboradas precisam ser colocadas em prova. Dessa forma, será desenvolvida pesquisa empírica com o objetivo de testar a hipótese proposta, de tal forma que sejam gerados subsídios para responder ao problema de pesquisa proposto neste trabalho. O objetivo deste estudo é verificar a existência de fatores de diferenciação do grau de intangibilidade das empresas brasileiras de capital aberto. Já como objetivos específicos têm-se os seguintes: a) conceituar ativos intangíveis; b) demonstrar as classificações de ativos intangíveis; c) demonstrar as formas de atribuição de valor para os ativos intangíveis; d) apurar o grau de intangibilidade das empresas da amostra de dados; Ruiz apud Andrade (1999, p.14) define pesquisa científica como (...) a realização concreta de uma investigação planejada, desenvolvida e redigida de acordo com as normas

11 10 da metodologia consagradas pela ciência. Complementando um pouco o conceito, Gil (2002, p.19) destaca que a pesquisa científica consiste em um (...) procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos. Mais especificamente, esta pesquisa utiliza a abordagem empírico-analítica para atender aos seus objetivos. As abordagens empírico-analíticas se caracterizam, segundo Martins (2000, p.26), por utilizarem técnicas de coleta, tratamento e análise de dados quantitativos, buscando construir relações causais entre variáveis dependentes e independentes. Adicionalmente, procura-se validar os achados da pesquisa, normalmente, por meio de testes estatísticos. Quanto ao objetivo da pesquisa, esta se configura como descritiva, conforme definida por Andrade (1999, p.17), uma vez que se busca observar, registrar, analisar e interpretar os fatos, sem que haja interferência do pesquisador sobre eles. No capítulo 1, Fundamentação teórica, é apresentado o referencial conceitual acerca dos ativos intangíveis, abrangendo suas definições, formas de classificações e processos de mensuração. No capítulo 2, Levantamento de dados é delimitada a amostra de empresas, bem como são descritas as variáveis consideradas para a construção dos modelos estatísticos desenvolvidos para a validação da hipótese de pesquisa. Neste capítulo também é descrita técnica estatística utilizada, ou seja, a análise discriminante. No capítulo 3, são apresentados os resultados da pesquisa, decorrentes da construção dos modelos para a validação das hipóteses de pesquisa. Por fim, no último capítulo, são apresentadas as considerações finais do estudo.

12 11 1 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 1.1 CTEXTUALIZAÇÃO Atualmente, existe uma grande preocupação no meio acadêmico, em relação ao aumento do valor (de mercado, de bolsa) das empresas, ao seu valor tangível e isso reflete a tendência de que fatores intangíveis passam a ganhar mais importância no valor total das empresas. Hendriksen e Van Breda (1999, p.388) destacam que os ativos intangíveis formam uma das áreas mais complexas da contabilidade, em parte devido às dificuldades de definição, mas por causa das incertezas a respeito da mensuração de seus valores e da estimação de suas vidas úteis. Por causa das dificuldades inerentes aos ativos intangíveis, serão tratados, neste capítulo, os aspectos mais relevantes relacionados a esses ativos, tanto os utilizados nas suas definições, quanto os adotados para mensuração dos seus atributos. 1.2 DEFINIÇÕES DE ATIVOS INTANGÍVEIS Para Hendriksen e Van Breda (1999, p.388), os ativos intangíveis "(...) são bens que não podem ser tocados, porque não têm corpo. Edvinsson e Malone (1998, p.21) também definem ativos intangíveis dessa forma, mas salientam que, apesar da intangibilidade, eles representam valor para a empresa. Deve-se, entretanto, observar que contas a receber, aplicações financeiras, saldos em conta corrente não têm corpo, e não são classificados como ativos intangíveis. Por conta desse paradoxo, Hendriksen e Van Breda (1999, p.88) destacam que os contadores classificam como intangíveis, apenas, itens relacionados ao ativo permanente. Esse é o entendimento de Lev (2001, p.5). Para ele, um ativo intangível é um direito a benefícios futuros, não possuindo, esse direito, corpo físico ou financeiro. Logo, um ativo intangível é todo aquele que não apresenta existência corpórea (estoques, máquinas, edifícios, hardware, etc.) ou financeira (aplicações financeiras, contas a receber, saldos em contas correntes, participações permanentes em coligadas e controladas, etc.). Kayo (2002, p.14) define ativos intangíveis como (...) um conjunto estruturado de conhecimentos, práticas e atitudes da empresa que, interagindo com seus ativos tangíveis (ativo fixo e capital de giro), contribui para a formação do valor das empresas.

13 CLASSIFICAÇÃO DE ATIVOS INTANGÍVEIS Vários autores procuram classificar os ativos intangíveis, segundo as suas concepções. Alguns desses, com mais rigor técnico; outros, com menos. Podem-se citar, por exemplo, as classificações feitas por Monobe (1986), Sveiby (1998), Stewart (1999, 2001), Lev (2001), Reilly e Schweihs (1998), Edvinsson e Malone (1998), Kayo (2002), entre outros. Na verdade, o que esses autores procuram é identificar ativos intangíveis ao efetuarem as suas classificações. Logo, uma primeira classificação de ativos intangíveis diz respeito à sua identificabilidade, de tal forma que esses podem ser: a) ativos intangíveis identificáveis - marcas, patentes, pesquisa e desenvolvimento, direitos autorais, e ainda, o capital intelectual e suas divisões, entre outros; b) ativos intangíveis não identificáveis - nesse caso, exclusivamente o goodwill, o qual, segundo Oliveira (1999, p.131) (...) representa o agrupamento de todos os intangíveis que não são identificados individualmente pela empresa, e (...) corresponde à diferença entre o valor atual de toda a empresa, ou seja, sua capacidade de geração de lucros futuros, e o valor econômico de seus ativos [identificados, quer sejam tangíveis, financeiros ou intangíveis observação dos autores] (MOBE, 1986, p.84) O Capital Intelectual Muito tem sido escrito, ultimamente, acerca da importância cada vez maior do capital intelectual, como fonte de geração de valor para as empresas. Originalmente, o termo foi empregado por Edvinsson e Malone (1998), que dividem o capital intelectual em três tipos, a saber: o capital humano, o capital estrutural e o capital de clientes. O capital humano representa a capacidade, o conhecimento, a habilidade e a experiência dos recursos humanos da empresa. O treinamento e a capacitação dos funcionários de uma empresa representam o comprometimento de recursos relacionado a esse ativo intangível, e os benefícios futuros virão, em tese, na forma de ganhos de produtividade, com conseqüente redução de custos e aumento da rentabilidade. O capital estrutural é representado pela infra-estrutura da empresa (equipamentos de informática, softwares, bancos de dados, etc.). Investimentos com a aquisição e desenvolvimento de softwares, aquisição de hardware, entre outros, constituem o comprometimento de recursos com esse ativo intangível, e os benefícios futuros virão, em tese, na forma de uma maior produtividade dos funcionários da empresa.

14 13 O capital de clientes, por sua vez, representa o relacionamento que a empresa mantém com seus clientes, que faz com eles sejam fiéis a ela. Para gerar esse ativo intangível, a empresa investe em propaganda, publicidade, desenvolvimento e consolidação de marcas, pesquisa e desenvolvimento de produtos, visando a fidelizar clientes, o que garante, em tese, os benefícios futuros associados aos investimentos efetuados. Em uma leitura crítica das obras acerca do capital intelectual, Antunes (2000) demonstrou que, da forma como ele é definido e apresentado pelos autores por ela analisados, o capital intelectual, inicialmente, não passa de um dos componentes do goodwill, de tal forma que, o que se busca com o capital intelectual é identificar e atribuir valor a uma parcela do goodwill, com o objetivo de reduzir o valor dos ativos intangíveis não identificados na empresa. 1.4 RECHECIMENTO DE ATIVOS INTANGÍVEIS Para Hendriksen e Van Breda (1999, p ), os ativos intangíveis devem ser reconhecidos contabilmente sempre que ocorrer o diferimento do reconhecimento como despesa de desembolsos com serviços. Em outras palavras, toda vez que a empresa efetua investimentos relacionados a serviços, e o reconhecimento desses investimentos como despesa é diferido (postergado) até um momento futuro, tem-se o reconhecimento de um ativo intangível. Dessa forma, para que seja reconhecido contabilmente um ativo intangível, é necessário que tenha ocorrido (ou venha a ocorrer) um investimento em serviços na forma de desembolso de recursos. Assim, por exemplo, os desembolsos associados à criação e estabelecimento de uma marca darão origem ao ativo intangível marca. Entretanto, deve-se observar, por conta das restrições dos princípios contábeis, que o valor pelo qual a marca constará no ativo da empresa é o seu custo de formação e não o seu valor econômico (valor este muito subjetivo, diga-se de passagem). Os investimentos (inclusive em ativos intangíveis) efetuados pelas empresas são classificados de duas formas: a) investimentos capitalizados - esses investimentos são considerados como ativos, quer seja investimento em capital de giro (estoques e contas a receber), quer seja investimento em ativos permanentes. Como exemplos de ativos intangíveis capitalizados, têm-se as marcas, patentes, direitos autorais, pesquisa e desenvolvimento (no caso brasileiro), entre outros; b) despesas correntes - esses investimentos são considerados como despesas do período em que de fato ocorrem. Exemplos de investimentos em ativos intangíveis que são normalmente considerados como despesas são os

15 14 desembolsos com pesquisa e desenvolvimento (no caso norte-americano), treinamento e capacitação de recursos humanos, propaganda e publicidade, fidelização de clientes, entre outros. O que faz um investimento ser considerado como um ativo ou como uma despesa corrente é o grau de certeza (ou incerteza) em relação à identificação e realização dos benefícios futuros associados a esse investimento. De fato, o que talvez caracterize um ativo intangível, e ao mesmo tempo, dificulte o reconhecimento de um investimento como ativo é o (...) grande grau de incerteza existente na avaliação dos futuros resultados que por eles poderão ser proporcionados (MARTINS, 1972, p.53). Logo, somente se considera como ativo os investimentos que apresentam um grau de incerteza reduzido, em relação à identificação e realização dos benefícios futuros associados a esses investimentos. Por outro lado, consideram-se, como despesa corrente, os investimentos que apresentam um grau de incerteza elevado em relação à identificação e realização dos benefícios futuros associados a esses investimentos. Para exemplificar, considere investimentos em treinamento e capacitação de funcionários visando ao aumento de produtividade. Normalmente, uma maior produtividade significa a obtenção de benefícios futuros, ou pela redução de custos ou pelo aumento de receitas, ou ainda, por uma combinação de ambos. Todavia, a identificação desses benefícios e o atrelamento dos investimentos efetuados aos benefícios realizados são, na grande maioria dos casos, altamente incertos. É claro que esses entendimentos são limitados pela subjetividade relacionada ao que se considerar como mais, ou menos incerto. Por maior que seja o grau de certeza, em relação à identificação e realização dos benefícios futuros associados a um investimento ativado, ainda assim não se tem a certeza absoluta. Por menor que seja, sempre haverá o risco de não realização dos benefícios futuros de um investimento ativado, seja esse ativo um estoque, uma máquina, uma marca, um direito autoral. Hendriksen e Van Breda (1999, p.388) observam que, além de um potencial, razoavelmente certo de geração de benefícios futuros, um investimento é considerado como um ativo se atender, ainda, às seguintes condições: a) ser mensurável - deve ser possível atribuir um valor a esse ativo, mesmo que seja o valor de seu efetivo desembolso (ou seja, o custo de aquisição); b) ser relevante - o que se procura é verificar até que ponto a consideração de um investimento como um ativo ou uma despesa afeta de forma relevante os fluxos de benefícios totais da empresa; c) ser preciso - deve ser possível caracterizar, descrever o objeto do investimento efetuado.

16 15 Se todas essas condições não forem atendidas, simultaneamente, um desembolso (investimento), com a aquisição de um bem, direito ou serviço (nesse caso, têm-se os intangíveis) não pode ser ativado, e, portanto, ter diferido o seu reconhecimento como despesa até o momento da realização dos benefícios futuros associados ao ativo. Para tanto, esse investimento deverá ser reconhecido como despesa do período em que o desembolso ocorreu. O fato de se reconhecer a existência do capital intelectual ou de qualquer outro ativo intangível, isto é, o goodwill gerado internamente não significa dizer que eles são reconhecidos contabilmente para efeitos de divulgação financeira pelo seu efetivo valor econômico. Os que são reconhecidos contabilmente, na forma de ativos ou na forma de despesas, são os investimentos (desembolsos) associados à geração desses ativos intangíveis. Assim, as empresas investem visando a gerar ativos intangíveis, buscando benefícios futuros que, apesar de existirem, não são prontamente identificáveis. Adicionalmente, Reilly e Schweihs (1998, p.5) salientam que, para serem reconhecidos, os ativos intangíveis precisam apresentar os seguintes atributos: a) devem ser passíveis de identificação específica e descrição reconhecível; b) devem estar sujeitos à existência e proteção legal. Por exemplo, as patentes são legalmente protegidas; c) devem estar sujeitos ao direito de propriedade privada e esse direito deve ser passível de transferência legal. Por exemplo, uma empresa pode possuir uma marca, que, a qualquer momento, pode ser vendida; d) devem existir evidências tangíveis da existência do ativo intangível. Por exemplo, um contrato, uma licença, um disquete de computador, etc.; e) devem ter sido criados, em algum momento identificável, ou serem resultado de um evento identificável. Por exemplo, a aquisição de direitos autorais; f) devem ser passíveis de serem consumidos a qualquer momento, como resultado de um evento identificável. Por exemplo, uma marca terá o seu valor consumido, à medida que gera benefícios para a empresa que a detém. Na verdade, esses atributos aplicam-se a qualquer ativo, não apenas aos intangíveis.

17 ATRIBUIÇÃO E REALIZAÇÃO DO VALOR DOS ATIVOS INTANGÍVEIS Importância da Atribuição de Valor para os Ativos Intangíveis Segundo Reilly e Schweihs (1998. p.31 apud KAYO, 2002, p.42), a importância da atribuição de valor para os ativos intangíveis justifica-se por três razões. A primeira, a avaliação do intangível, estabelece um valor de transação para venda, compra ou licenciamento do ativo em questão. A segunda razão, o valor do ativo intangível, pode servir como base para operações de securitização ou garantias de empréstimos. A terceira razão, o valor dos ativos intangíveis, pode fornecer subsídios para o planejamento da empresa e informações para a administração proceder à análise de melhorias do valor do negócio, identificação de oportunidades de licenciamento com comercialização, além de outras questões estratégicas. Adicionalmente, Kayo (2002, p.42) chama a atenção para outra razão que é a questão de disclosure do valor dos ativos intangíveis e o efeito positivo que essa divulgação pode exercer sobre o mercado de capitais Atribuição de Valor para os Ativos Intangíveis Oliveira (1999) propõe que a atribuição de valor aos ativos intangíveis seja feita com base no valor presente do fluxo de benefícios futuros associados a esses ativos. Para tanto, utiliza-se a metodologia do fluxo de caixa descontado. Dessa forma, é necessário identificar as entradas e saídas de caixa futuras, associadas a esse ativo, além de as trazer ao valor presente, com base na taxa de desconto que reflita o custo médio ponderado de capital da empresa. O somatório do valor presente das entradas líquidas de caixa, associadas ao ativo, corresponde, nessa metodologia de cálculo, ao valor do ativo intangível. Entretanto, deve-se observar que a contabilidade atribui a qualquer ativo, inclusive os intangíveis identificados, o valor do desembolso efetuado pela empresa na aquisição desse ativo. Esse procedimento corresponde à operacionalização prática do princípio contábil do registro pelo valor original. Logo, um ativo apresenta dois valores, o seu valor econômico (quanto vale o ativo) e o seu valor contábil (quanto custou o ativo) Realização do Valor dos Ativos Intangíveis A realização do valor de ativos intangíveis é importante, pois, não haveria o porquê de se atribuir valor a um intangível, se esse valor não fosse realizável. Para Reilly e Schweihs (1998, p.11-12), a realização do valor de ativos intangíveis dá-se por intermédio

18 17 dos ativos tangíveis. Por exemplo, um hardware realiza o valor de um software, uma planta industrial realiza o valor de marcas, patentes, direitos autorais, goodwill, etc. No entanto, isso não quer dizer que os ativos intangíveis não possuem valor separado do valor de ativos tangíveis. Uma empresa pode não necessitar de nenhum ativo tangível para realizar o valor de seus ativos intangíveis. Exemplos disso são as empresas que atualmente se constituem em gerenciadores de marcas, tais como determinadas grifes, em que a produção é totalmente terceirizada. Um último aspecto é que os ativos intangíveis podem aumentar o valor dos ativos tangíveis com os quais estão associados. Exemplos desse segundo atributo são as marcas. Normalmente, os produtos de marca são vendidos a preços superiores do que seus similares sem marca. 1.6 VIDA ÚTIL DOS ATIVOS INTANGÍVEIS Segundo o IAS 38 (1998, p.7 apud Martins, 2002), a vida útil econômica de um ativo corresponde ao período de tempo em que ele é capaz de gerar benefícios para a empresa. A partir do momento em que o ativo (ou grupo de ativos) deixa de gerar benefícios para a empresa, sua vida útil está encerrada. Os ativos tangíveis têm a sua vida útil econômica determinada pela deterioração ou pela passagem do tempo. Uma máquina é um veículo que vai perdendo sua capacidade de geração de benefícios, conforme é utilizado pela empresa, ou seja, conforme é deteriorado. Já um computador perde a sua capacidade de geração de benefícios, principalmente, por conta de sua defasagem tecnológica, em decorrência da passagem do tempo. O ponto fundamental, em relação à análise da vida útil econômica dos ativos intangíveis, é determinar por quanto tempo o público consumidor estará interessado neles. Por exemplo, um software ou uma determinada marca. Enquanto o público tiver interesse neles, irá comprá-los. A partir do momento em que o público perde tal interesse, deixa de comprá-los e, conseqüentemente, o software e a marca perdem sua capacidade de geração de benefícios para a empresa. Martins (2002, p.96) observa que alguns ativos intangíveis, como, por exemplo, determinadas marcas registradas, patentes, e outros direitos têm uma vida útil objetivamente determinável, visto que essa é determinada legalmente ou contratualmente. Porém, para outros ativos intangíveis (tais como goodwill), a vida útil é praticamente indeterminável ou econômica não limitada. Além da vida útil econômica, Reilly e Schweihs (1998, p ) destacam que os ativos intangíveis (e tangíveis) podem ter a sua vida útil estipulada da seguinte forma:

19 18 a) vida útil legal - período de tempo em que os ativos intangíveis são protegidos por lei, como, por exemplo, os direitos autorais, patentes, etc.; b) vida útil contratual - período de tempo estipulado em contrato em que os ativos intangíveis vigoram, como, por exemplo, as franquias; c) vida útil judicial - período de tempo em que o ativo intangível é protegido por uma decisão judicial; d) vida útil física - a vida útil de um ativo intangível é limitada pela vida útil da manifestação física (um ativo tangível) de sua existência. Todavia, o valor econômico de um ativo intangível raramente é relacionado à sua manifestação tangível. Por exemplo, o valor econômico de um software para uma empresa é muito maior do que o valor do CD-ROM ou do Hard Disk em que está gravado; e) vida útil tecnológica - a vida útil de um ativo intangível é limitada pela defasagem tecnológica. Por exemplo, uma versão anterior de um software é substituída por uma nova versão; f) vida útil funcional - a vida útil de um ativo intangível é limitada pela sua habilidade em continuar desempenhando suas funções, como, por exemplo, no caso de recursos humanos; g) vida útil analítica - esse tipo de vida útil relaciona-se, por exemplo, com os depósitos estáveis de instituições financeiras. Assim, determina-se por quanto tempo um cliente permanece na instituição. Maiores detalhes sobre esse assunto podem ser vistos em Martins (2002). Outra característica dos ativos intangíveis, apontada por Reilly e Schweihs (1998, p.171) é que eles, normalmente, não possuem valor residual, diferentemente, da grande maioria dos ativos tangíveis. Isso decorre por conta da alta especificidade, fundamentalmente associada aos ativos intangíveis. Ou seja, não há um uso alternativo para esses ativos ao final de sua vida útil. Em contrapartida, para vários ativos tangíveis, existe uso alternativo. Por exemplo, se uma transportadora estipular a vida útil de seus caminhões, em cinco anos; ao final desse período, eles poderão ser vendidos e utilizados pelos seus compradores ainda por vários anos, dependendo, é claro, de seu estado de conservação, no momento da venda.

20 19 2 LEVANTAMENTO DE DADOS 2.1 DELIMITAÇÃO DA AMOSTRA A amostra de dados inicial partiu das empresas listadas no Índice IBOVESPA da Bolsa de Valores do Estado de São Paulo, no terceiro quadrimestre de Originalmente, compunham o índice IBOVESPA, para o referido trimestre, um total de 55 ações de 45 empresas diferentes, estando a relação dessas ações e empresas apresentada no apêndice 1 deste trabalho. O primeiro procedimento de ajuste da amostra foi a desconsideração das empresas do setor financeiro (bancário) da amostra de dados. Tal fato deveu-se às características contábeis especiais à que essas empresas estão sujeitas. Assim, desconsiderando as empresas do setor financeiro, restou na amostra um total de 50 ações de 40 empresas. Após ter sido obtida a amostra base de empresas, o passo seguinte constituiu na coleta de dados econômico-financeiros no banco de dados da CVM referentes aos exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2000, 2001, 2002 e 2003 dessas empresas, tendo sido, para tal finalidade, utilizado o software DIVEXT. Adicionalmente, foram coletadas, no banco de dados ECOMATICA, as cotações de fechamento de cada uma das ações nas datas de 30/04/2001, 30/04/2002, 30/04/2003 e 30/04/2004. A premissa assumida para a escolha dessas datas é que, como as sociedades anônimas abertas devem publicar suas demonstrações financeiras referentes a um determinado ano, até o dia 31 de março do ano seguinte, espera-se que, nesta data, 30/04, todos os efeitos da divulgação das demonstrações financeiras já tenham sido absorvidos pelo mercado e refletidos nas cotações das ações. Constatou-se que, depois da coleta de todos esses dados, algumas empresas da amostra base não apresentaram todas as variáveis necessárias para a realização das análises estatísticas. Por conta disso, essas variáveis foram consideradas como missing values e as empresas com essas características foram excluídas da amostra final de dados. Assim, foram excluídas mais 3 empresas, de tal forma que a amostra final de empresas é constituída por 47 ações de 37 empresas, relacionadas no apêndice 2 do trabalho. 2.2 VARIÁVEIS As variáveis foram operacionalizadas, com base nos dados econômico-financeiros e de mercado, coletados para as empresas da amostra final de dados, tendo sido divididas em duas categorias, a variável dependente e as variáveis independentes.

21 Variável Dependente Uma variável dependente é aquela que, presumidamente, é afetada pelas variáveis independentes às quais possa estar relacionada. A variável dependente do trabalho é a Categoria de Intangibilidade (CI). Para a construção dessa variável são necessários os dados de uma variável acessória, o Grau de Intangibilidade da Ação (GIA), que é calculado da seguinte forma: GIA P = VPA 1 (1) Onde: GIA = grau de intangibilidade da ação da empresa j em 30/04 do ano t P = preço da ação da empresa j em 30/04 do ano t VPA -1 = valor patrimonial da ação da empresa j em 31/12 do ano t-1 Segundo Kayo (2002, p.65), quanto maior for o índice que representa o grau de intangibilidade da ação, maior é a participação dos ativos intangíveis no valor total de uma empresa. Nesse caso, esse valor representa-se pelo valor de mercado total das ações dessa empresa. Destarte, a variável dependente Categoria de Intangibilidade (CI) depende da variável Grau de Intangibilidade da Ação (GIA). Empresas cujo grau de intangibilidade for inferior ao grau de intangibilidade mediano da amostra de dados são classificadas como tangível-intensivas, e recebem o código 0 (zero). Já as empresas com o grau de intangibilidade superior à mediana do grupo são classificadas como intangível-intensivas e recebem o código 1 (um) Variáveis Independentes As variáveis independentes são aquelas que, presumidamente, afetam o comportamento da variável dependente à qual estão associadas. Para este trabalho, foram coletados vários dados econômico-financeiros das empresas da amostra, os quais constituem as variáveis independentes do trabalho. Importante observar que esses dados representam os fatores que, se espera, possam determinar o grau de intangibilidade das companhias abertas brasileiras.

22 Variação da receita líquida Essa variável representa a variação percentual da receita líquida de uma empresa de um ano base em relação ao ano imediatamente anterior: RL RL, 1 1 t = 100 RL 1 (2) Onde: RL,t-1 = variação da receita líquida da empresa j entre os anos t e t-1 RL = receita líquida da empresa j no ano t RL -1 = receita líquida da empresa j no ano t Variação do resultado operacional Representa a variação percentual do resultado operacional de uma empresa entre um período base e o período imediatamente anterior: LO LO, 1 1 t = 100 LO 1 (3) Onde: LO,t-1 = variação do resultado operacional da empresa j entre os anos t e t-1 LO = resultado operacional da empresa j no ano t LO -1 = resultado operacional da empresa j no ano t Variação do resultado líquido períodos: Representa a variação percentual do resultado líquido de uma empresa entre dois LL LL, 1 1 t = 100 LL 1 (4) Onde: LL,t-1 = variação do resultado líquido da empresa j entre os anos t e t-1

23 22 LL = resultado líquido da empresa j no ano t LL -1 = resultado líquido da empresa j no ano t Margem operacional A margem operacional corresponde à razão entre o resultado operacional e a receita líquida de uma empresa em um determinado período: MOP = LO RL 100 (5) Onde: MOP = margem operacional da empresa j no ano t LO = resultado operacional da empresa j no ano t RL = receita líquida da empresa j no ano t Margem líquida A margem líquida corresponde à razão entre o resultado líquido e a receita líquida de uma empresa em um determinado período: MLL = LL RL 100 (6) Onde: MLL = margem líquida da empresa j no ano t LL = resultado líquido da empresa j no ano t RL = receita líquida da empresa j no ano t Variação do ativo total Demonstra a evolução percentual do ativo total de um ano, em relação ao ano imediatamente anterior: AT AT, 1 1 t = 100 AT 1 (7)

24 23 Onde: AT,t-1 = variação do ativo total da empresa j entre os anos t e t-1 AT = ativo total da empresa j no ano t AT -1 = ativo total da empresa j no ano t Variação do patrimônio líquido Essa variável demonstra a evolução percentual do patrimônio líquido, em relação ao ano anterior: PL PL, 1 1 t = 100 PL 1 (8) Onde: PL,t-1 = variação do patrimônio líquido da empresa j entre os anos t e t-1 PL = patrimônio líquido da empresa j no ano t PL -1 = patrimônio líquido da empresa j no ano t Giro do ativo total médio Corresponde à razão entre a receita líquida de uma empresa, em um determinado período, e o valor do seu ativo total médio, nesse mesmo período. Considera-se, como ativo total médio, o valor da média aritmética simples entre o valor do ativo total em 31/12 de um período base e o valor do ativo total em 31/12 do período imediatamente anterior. GAT = RL AT + AT 2 1 (9) Onde: GAT = giro do ativo total da empresa j no ano t RL = receita líquida da empresa j no ano t AT = ativo total da empresa j no ano t AT -1 = ativo total da empresa j no ano t-1

25 Giro do patrimônio líquido Corresponde à razão entre a receita líquida de uma empresa em um determinado período e o seu patrimônio líquido médio nesse mesmo período. Considera-se o patrimônio líquido médio a média aritmética entre o patrimônio líquido, em um período base, e o patrimônio líquido do período imediatamente anterior. GPL = RL PL + PL 2 1 (10) Onde: GPL = giro do patrimônio líquido da empresa j no ano t RL = receita líquida da empresa j no ano t PL = patrimônio líquido da empresa j no ano t PL -1 = patrimônio líquido da empresa j no ano t Retorno do ativo total Esse índice corresponde ao produto da margem líquida (apresentada na equação 6) pelo giro do ativo total (apresentado na equação 9). Na literatura de finanças, esse índice geralmente é apresentado como ROA - Return on Assets: ROA = MLL GAT (11) Onde: ROA = retorno do ativo total da empresa j no ano t MLL = margem líquida da empresa j no ano t GAT = giro do ativo total médio da empresa j no ano t Procedendo as substituições na equação 11, obtém-se: ROA = LL AT + AT (12)

26 25 Onde: ROA = retorno do ativo total da empresa j no ano t LL = resultado líquido da empresa j no ano t AT = ativo total da empresa j no ano t AT -1 = ativo total da empresa j no ano t Retorno contábil do patrimônio líquido Esse índice corresponde ao produto da margem líquida (apresentada na equação 6) pelo giro do patrimônio líquido (apresentado na equação 10). Na verdade, esse índice corresponde ao ROE Return on Equity: ROE = MLL GPL (13) Onde: ROE = retorno contábil do patrimônio líquido da empresa j no ano t MLL = margem líquida da empresa j no ano t GPL = giro do patrimônio líquido médio da empresa j no ano t Procedendo as substituições na equação 13, obtém-se: ROE = LL PL + PL (14) Onde: ROE = retorno contábil do patrimônio líquido da empresa j no ano t LL = resultado líquido da empresa j no ano t PL = patrimônio líquido da empresa j no ano t PL -1 = patrimônio líquido da empresa j no ano t TÉCNICA ESTATÍSTICA UTILIZADA Análise Discriminante A análise discriminante é uma técnica de análise multivariada que relaciona uma variável dependente categórica com variáveis independentes métricas (ou categóricas).

27 26 Segundo Hair et al. (1998, p.244), a análise discriminante é a técnica estatística adequada para verificar a que grupo de classificação pertence uma determinada observação. Assim, para Brandão e Rozo in Corrar e Theóphilo (2004, p.153), (...) o que a técnica objetiva é identificar a que classe pertence cada um dos elementos de um conjunto que trabalha com variáveis relacionadas a esses elementos que se pressupõem serem explicativas da definição da classe à que pertencem. Basicamente, o que se procura com a análise discriminante é a construção de uma função discriminante, que visa a discriminar, isto é, a classificar várias observações em grupos distintos previamente definidos. Desse modo, o que se busca neste trabalho são fatores presentes nas demonstrações financeiras das empresas abertas brasileiras que possam diferenciá-las entre empresas intangível-intensivas e empresas tangível-intensivas.

28 27 3 RESULTADOS DA PESQUISA EMPÍRICA 3.1 RESULTADOS DA ANÁLISE DISCRIMINANTE A Análise Discriminante foi utilizada para testar a hipótese de que existem fatores presentes nas demonstrações financeiras das empresas abertas brasileiras que podem diferenciá-las entre intangível-intensivas e tangível-intensivas. A rejeição dessa hipótese e, por conseqüência, a aceitação da hipótese alternativa fazem com que não existam fatores que possam fazer tal diferenciação. A análise discriminante foi processada sobre a amostra de empresas para os anos de 2001, 2002 e Como variável dependente, utilizou-se a categoria de Intangibilidade. Já como variáveis independentes foram utilizadas as descritas no capítulo 3. Para o processamento da análise discriminante, utilizou-se o método stepwise, no qual as variáveis independentes são incluídas na função discriminante, individualmente, iniciando-se com a variável independente de maior poder discriminatório. Deve-se observar que o programa SPSS fornece uma série de parâmetros para estimar a função determinante pelo método stepwise. O mais comumente utilizado é o Mahalonobis D 2, que representa a distância euclidiana entre o centróide de um grupo e uma determinada observação desse grupo. Em cada um dos passos do processo stepwise, as variáveis independentes consideradas são mensuradas, com base na distância Mahalonobis D 2, sendo incluída no modelo a variável que apresentar a maior distância, ou seja, o maior valor Mahalonobis D Estatísticas Descritivas A seguir, são apresentadas as estatísticas descritivas das variáveis independentes:

29 28 TABELA 1 - ESTATÍSTICAS DESCRITIVAS DAS VARIÁVEIS INDEPENDENTES VARIÁVEL DEPENDENTE VARIÁVEIS INDEPENDENTES MÉDIA DESVIO PADRÃO QUANTIDADE TANGÍVEL INTENSIVAS INTANGÍVEL INTENSIVAS TOTAL RL 26, , LO 10, , LL -111, , MOP 5, , MLL 3, , AT 37, , PL 10, , GAT 0,6120 1, GPL 1,2489 1, ROA 1,4295 4, ROE 2, , RL 21, , LO 226, , LL 1, , MOP 14, , MLL 11, , AT 13, , PL 9, , GAT 0,5944 0, GPL 1,4180 0, ROA 7,4967 8, ROE 17, , RL 24, , LO 116, , LL -56, , MOP 9, , MLL 7, , AT 25, , PL 9, , GAT 0,6034 0, GPL 1,3317 1, ROA 4,3985 7, ROE 9, , FTE: Preparado pelos autores NOTA: Essa tabela foi extraída do SPSS, e editada para apresentação neste texto.

30 29 TABELA 2 - ESTATÍSTICAS DESCRITIVAS DAS VARIÁVEIS INDEPENDENTES VARIÁVEL DEPENDENTE VARIÁVEIS INDEPENDENTES MÉDIA DESVIO PADRÃO QUANTIDADE TANGÍVEL INTENSIVAS INTANGÍVEL INTENSIVAS TOTAL RL 17, , LO -316, , LL -243, , MOP -9, , MLL -10, , AT 12, , PL -6, , GAT 0,6352 1, GPL 1,5462 2, ROA -2,2668 5, ROE -7, , RL 26, , LO -38, , LL -45, , MOP 7, , MLL 6, , AT 19, , PL 7, , GAT 0,5769 0, GPL 1,5102, ROA 5, , ROE 10, , RL 21, , LO -180, , LL -146, , MOP -1, , MLL -2, , AT 16, , PL 0, , GAT 0,6067 0, GPL 1,5286 1, ROA 1,3331 9, ROE 1, , FTE: Preparado pelos autores NOTA: Essa tabela foi extraída do SPSS, e editada para apresentação neste texto.

31 30 TABELA 3 - ESTATÍSTICAS DESCRITIVAS DAS VARIÁVEIS INDEPENDENTES VARIÁVEL DEPENDENTE VARIÁVEIS INDEPENDENTES MÉDIA DESVIO PADRÃO QUANTIDADE TANGÍVEL INTENSIVAS INTANGÍVEL INTENSIVAS TOTAL RL 14, , LO 290, , LL 84, , MOP 13, , MLL 10, , AT 6, , PL 9, , GAT 0,7048 1, GPL 1,8093 3, ROA 3,9757 3, ROE 9,8020 9, RL 30, , LO 955, , LL 179, , MOP 20, , MLL 17, , AT 8, , PL 19, , GAT 0,6371 0, GPL 1,7768 0, ROA 10,8184 7, ROE 27, , RL 22, , LO 616, , LL 131, , MOP 17, , MLL 13, , AT 7, , PL 14, , GAT 0,6717 0, GPL 1,7934 2, ROA 7,3242 6, ROE 18, , FTE: Preparado pelos autores NOTA: Essa tabela foi extraída do SPSS, e editada para apresentação neste texto Teste de Igualdade de Médias Antes do processo de construção da função discriminante, deve-se verificar se a diferença entre as médias grupais de cada variável independente é significativa. Para tanto, utiliza-se o teste Wilks lambda. Nesse teste, quanto menor for o valor calculado da estatística, maior é a diferença entre as médias grupais da variável independente e, dessa forma, maior será o poder discriminante da variável independente, dado um determinado nível de significância.

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