J2 Processo 3638/14.5T8GMR Insolvência de Maria Amélia Marques da Silva Abreu. Nuno Rodolfo da Nova Oliveira da Silva, Economista com escritório na

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1 Exmo(a). Senhor(a) Doutor(a) Juiz de Direito da 1ª Secção de Comércio da Instância Central de Guimarães J2 Processo 3638/14.5T8GMR Insolvência de Maria Amélia Marques da Silva Abreu V/Referência: Data: Nuno Rodolfo da Nova Oliveira da Silva, Economista com escritório na Quinta do Agrelo, Rua do Agrelo, nº 236, Castelões, em Vila Nova de Famalicão, contribuinte nº , Administrador da Insolvência nomeado no processo à margem identificado, vem requerer a junção aos autos do relatório a que se refere o artigo 155º do C.I.R.E., bem como o respectivo anexo (inventário). Mais informo que não foi elaborada a lista provisória de créditos prevista no artigo 154º do CIRE, uma vez que vai ser junto aos autos a relação de credores a que alude o artigo 129º do CIRE. P.E.D. O Administrador da Insolvência (Nuno Oliveira da Silva) Castelões, 24 de fevereiro de 2015 Página 1 de 1

2 Relatório (artigo 155º do C.I.R.E.) I Identificação da Devedora Maria Amélia Marques da Silva Abreu, N.I.F , residente na Rua do Escalheiro, nº 164, freguesia de Sande S. Martinho, concelho de Guimarães. II Situação profissional e familiar da devedora A devedora é viúva e reside com uma sobrinha, contribuindo com o valor mensal de Euros 250,00. A devedora encontra-se atualmente reformada, auferindo o valor mensal de Euros 919,39 a título de pensão. III Atividade da devedora nos últimos três anos e os seus estabelecimentos (alínea c) do nº 1 do artigo 24º do C.I.R.E.) A devedora foi casada com Leonardo Ribeiro de Abreu até 3 de Janeiro de 2011, data em que o seu casamento se dissolveu por morte do cônjuge. O marido da devedora foi sócio e gerente da sociedade Cromorex - Comércio de Cutelarias, Lda., NIPC Com a sua morte, vieram os filhos do casal assumir a gerência da sociedade. Esta sociedade veio a ser declarada insolvente em 21 de Outubro de 2014 no âmbito do processo nº 508/14.0T8GMR, que corre termos na 1ª Secção de Comércio (J2) da Instância Central de Guimarães 1. Face às funções exercidas na empresa, o marido da devedora e a própria prestaram o seu aval perante inúmeras operações de crédito realizadas com instituições bancárias, bem como perante diversos fornecedores da sociedade. Com as dificuldades crescentes desta sociedade e ainda com a sua declaração de insolvência, vieram os credores exigir dos garantes a devedora o pagamento de tais valores, que ascendem atualmente a mais de Euros ,00. 1 Neste processo foi nomeado para o exercício das funções de Administrador da Insolvência o Exmo. Senhor Dr. Elmano Relva Vaz. Mais se informa que na presente data foi já proferida a declaração de insolvência de alguns dos seus filhos: Teresa Maria Marques Silva Abreu, no âmbito do processo 3312/14.2T8GMR, que corre termos no Juízo 1 da presente Secção de Comércio, David Francisco Marques da Silva Abreu, no âmbito do processo nº 3561/14.3T8GMR que corre termos no Juízo 1 da presente Secção de Comércio e Manuel Maria Marques da Silva Abreu, no âmbito do processo nº 760/14.1T8STS, que corre termos na 1ª Secção de Comércio (J4) da Instância Central de Santo Tirso. Página 1 de 3

3 Relatório (artigo 155º do C.I.R.E.) Ainda no ano de 2013, a devedora, juntamente com os seus filhos, na qualidade de herdeiros de Leonardo Ribeiro de Abreu, celebraram um contrato de mútuo com hipoteca no valor total de Euros ,00 e que soma agora ao seu passivo. Fruto da sua incapacidade de resposta pelas obrigações vencidas, a devedora viu contra si intentada uma ação de carácter executivo 2. Pela análise das informações disponíveis nos autos e nas reclamações de créditos rececionadas, entende o signatário que a situação de insolvência da devedora se deve quase em exclusivo à situação da sociedade Cromorex - Comércio de Cutelarias, Lda.. Assim, com a declaração de insolvência desta sociedade (em Outubro de 2014) e sem capacidade de resposta perante todas as obrigações assumidas anteriormente e que esta sociedade demonstrava agora não ter capacidade para pagar, os devedores viram-se na obrigação de se apresentar a tribunal e requerer que fosse declarada a sua insolvência. IV Estado da contabilidade da devedora (alínea b) do nº 1 do artigo 155º do C.I.R.E.) Não aplicável. V Perspectivas futuras (alínea c) do nº 1 do artigo 155º do C.I.R.E.) A devedora apresentou o pedido de exoneração do passivo restante, nos termos do artigo 235º e seguintes do Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas. Estabelece o nº 4 do artigo 236º do Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas que na assembleia de apreciação do relatório é dada aos credores e ao administrador da insolvência a possibilidade de se pronunciarem sobre o requerimento do pedido de exoneração do passivo. Por sua vez, o artigo 238º do Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas enumera as situações em que o pedido de exoneração do passivo é liminarmente indeferido. A aceitação do pedido de exoneração do passivo determina que durante um período de 5 anos o rendimento disponível que a devedora venha a auferir se considere 2 Processo nº 2595/13.0TBGMR da 1ª Secção de Execução (J1) da Instância Central de Guimarães. Página 2 de 3

4 Relatório (artigo 155º do C.I.R.E.) cedido a um fiduciário. Integram o rendimento disponível todos os rendimentos que advenham a qualquer título à devedora com exclusão do que seja razoavelmente necessário para o sustento minimamente digno da devedora e do seu agregado familiar, não podendo exceder três vezes o salário mínimo nacional (subalínea i da alínea b) do nº 3 do artigo 239º do Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas). Actualmente o salário mínimo nacional mensal é de Euros 505,00. Conforme atrás foi referido, a devedora aufere atualmente uma pensão mensal bruta no valor de Euros 919,39, pelo que o seu rendimento disponível pode legalmente fixado entre os Euros 414,39 e os Euros 0,00. Não existem elementos, nem na minha posse, nem nos autos, que permitam concluir que o pedido de exoneração deve ser indeferido, nomeadamente por eventual violação do dever de apresentação à insolvência, conforme previsto na alínea d) do nº 1 do artigo 238º do CIRE. Nesta conformidade, sou de parecer que nada obsta a que seja deferido o pedido de exoneração do passivo apresentado pela devedora, devendo fixar-se o rendimento disponível nos termos previsto na subalínea i da alínea b) do nº 3 do artigo 239º do Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas. Os credores deverão ainda deliberar no sentido da liquidação dos ativos constantes do inventário elaborado nos termos do artigo 154º do CIRE. O Administrador da Insolvência (Nuno Oliveira da Silva) Castelões, 24 de Fevereiro de 2015 Página 3 de 3

5 Processo nº 3638/14.5T8GMR da 1ª Secção de Comércio (J2) da Instância Central de Guimarães Inventário (Artigo 153ºdo C.I.R.E.)

6 Inventário (artigo 153º do Código da Insolvência e da Recuperação das Empresas) Relação dos bens e direitos passíveis de serem apreendidos a favor da massa insolvente: 1- Quinhão da devedora na herança aberta por óbito do seu marido Leonardo Ribeiro de Abreu 1, composta por: a. Prédio Urbano sito no lugar de Amorosa, freguesia de Chafé, concelho de Viana do Castelo; composto por casa de habitação de rés-do-chão com três divisões, cozinha e casa de banho e dois vãos e logradouro; descrito na Conservatória do Registo Predial de Viana do Castelo sob o nº 682 da freguesia de Chafé e inscrito na respetiva matriz predial urbana sob o artigo 1360º - Valor Patrimonial de Euros ,00; b. Prédio urbano situado no lugar de Santo Amaro, freguesia de Sande S. Martinho, concelho de Guimarães; composto por casa de rés-do-chão com dependência e logradouro; descrito na 1ª Conservatória do Registo Predial de Guimarães sob o nº 490 da freguesia de Sande S. Martinho e inscrito na respetiva matriz predial urbana sob o artigo 293º; c. Prédio urbano sito na Rua Comandante Carvalho Crato, freguesia de Caldelas, concelho de Guimarães; composto por fração autónoma designada pela letra AB, destinada a comércio, no lado sul, com um lugar na cave, identificado com as letras AB, para arrumos; descrito na Conservatória do Registo Predial de Guimarães sob o nº 15-AB da freguesia de Caldelas e inscrito na respetiva matriz predial urbana sob o artigo 723º-AB Valor Patrimonial de Euros ,00; d. ½ do prédio urbano sito na Rua Comandante Carvalho Crato, freguesia de Caldelas, concelho de Guimarães; composto por fração autónoma designada pela letra B, destinada a comércio no rés-do-chão, lado sul; descrita na Conservatória do Registo Predial de Guimarães sob o nº 15-B 1 Tem como sucessores a devedora e os cinco filhos. Página 1 de 2 do Inventário

7 Inventário (artigo 153º do Código da Insolvência e da Recuperação das Empresas) da freguesia de Caldelas e inscrita na respetiva matriz predial urbana sob o artigo 723º-B Valor Patrimonial de Euros ,00. e. Prédio rústico sito no Lugar de Medalhais, concelho da Meda, União de freguesias de Meda, Outeiro de Gatos e Fonte Longa, composto por terra de centeio com oliveira e amendoeiras; inscrito na respetiva matriz predial rústica sob o artigo 2691º; f. Prédio rústico sito na freguesia de Fermentões, concelho de Guimarães, denominado Campo da Vessada composto por lameiro e vinha; inscrito na respetiva matriz predial rústica sob o artigo 52º - Valor Patrimonial de Euros 2.611,21; O Administrador da Insolvência (Nuno Oliveira da Silva) Castelões, 24 de Fevereiro de 2015 Página 2 de 2 do Inventário