Unidade III. Unidade III

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Unidade III. Unidade III"

Transcrição

1 Unidade III Observamos que a gestão de estoques deixou de ser considerada fonte de custo e passou a ser vista como fonte de lucro. A área de materiais tornou se uma área estratégica, com possíveis ganhos extraordinários ao longo da cadeia de abastecimento. A regra é comprar bem para vender bem. Porém, isso não basta. É necessário administrar bem essas aquisições. É aí que entram as estratégias, os conceitos, as filosofias, as metodologias e as melhores práticas do mercado que embasam as políticas de estoque de sucesso que permitem aumentar as margens de lucro. Cada unidade monetária economizada gera mais uma unidade monetária de lucro (Disponível em: < Até aqui, já vimos que, apesar de a filosofia de trabalho contemporâneo ser o modelo de produção enxuta (sem estoques amortecedores), há razões para se estocar, ainda que com baixo nível. Mas de acordo com o segmento de negócio, existem necessidades específicas que requerem estoques. Abordamos também os tipos de estoque, o que se estocar, o quanto se deve estocar e quando fazer a reposição desses estoques. Mas como apurar esses custos? Que ferramentas auxiliam essas atividades? De que forma elas podem ser estratégicas? Como utilizá las em benefício das atividades logísticas? É possível atender a todas essas necessidades ao mesmo tempo em que se aumenta o nível de serviço? É o que esta unidade pretende responder, tendo como objetivo focar as várias formas de apuração de custos de estoques e a classificação ABC, que são técnicas para diferenciar a importância de cada item em estoque, assim como estratégia de atuação com cada produto ou categoria de produto e melhorar o nível de serviço. Tendo em vista que, em média, as empresas brasileiras gastam 9% do faturamento com custos logísticos (incluindo transporte, estoque e armazenagem), ou 7,8% da receita líquida, e que o total dos custos logísticos representa mais de 12% do PIB brasileiro 1, podemos dizer que a logística e suas atividades nas mais diversas áreas requerem muita atenção para que esses custos não comprometam o desempenho da empresa por gastar além do necessário. Portanto, é preciso buscar sempre meios de reduzir custos e aumentar o nível de serviço. Sem isso, não será possível ser competitivo. 5 Avaliação dos estoques A visão de que estoque gera somente custo não pode ser considerada verdadeira, pois ganho não é somente o dinheiro que entra em uma organização, uma vez que, ao se evitarem gastos desnecessários, se reduzem custos, sendo o lucro = entradas saídas. Pensando dessa forma, o lucro será maior Fonte: < Acesso em: 20 ago

2 Planejamento e controle de estoques Observação Estoque em excesso é capital parado e, portanto, perda de lucros em potencial. Martins (2006, p. 198) tem a seguinte visão: A gestão de estoque constitui uma série de ações que permitem ao administrador verificar se os estoques estão sendo bem utilizados, bem localizados em relação aos setores que deles utilizam, bem como manuseados e bem controlados. Os estoques devem ser utilizados na medida certa, para que se tenha uma boa rotatividade, não empacando o capital, gerando custos de manutenção desnecessários, aumentando as perdas e os riscos e comprometendo o retorno de capital. Se há compras em excesso, certamente não será utilizado tudo o que foi comprado. Da mesma forma que, se a compra for insuficiente, comprometerá a disponibilidade e, consequentemente, o nível de serviço. Os estoques precisam ser bem localizados e manuseados. Dentro do depósito ou armazém, devem ser utilizadas técnicas que facilitem as operações de picking (separação de pedido) e de movimentação e que evitem desperdícios com obsolescências, com excesso ou deficiência de recursos tecnológicos (máquinas, empilhadeiras, miniveículos etc.), bem como com recursos de mão de obra, comprometendo as finanças. Para isso, há métodos de estocagem como o PEPS (primeiro que entra, primeiro que sai) e o UEPS (último que entra, primeiro que sai) que abordaremos nesta unidade. Os estoques devem ser bem controlados, conhecendo se o volume dos itens e também o volume monetário correspondente. Este é o princípio da curva ABC, que visa identificar e controlar os materiais de forma estratégica, pelo valor agregado e pela importância. Além da curva ABC, tal controle também pode e deve ser feito com a realização de inventário físico, que por sua vez tem outras finalidades, como, por exemplo, cumprir obrigações legais. Essa é uma premissa que o profissional de logística deve ter em relação aos estoques. Como saber quantos itens há, quanto vale cada um, se estão de acordo com o sistema? Como organizá los e classificá los? Citados os problemas e as necessidades da gestão de estoque, vamos conhecer os principais itens de controle de estoque: inventário físico, acurácia, nível de serviço, cobertura dos estoques e análise ABC. 5.1 Inventário físico Martins (2006) o define como sendo a contagem física dos itens de estoque. Esta atividade é típica e necessária em qualquer tipo de negócio. A dinâmica é comprar itens, receber itens e vender itens, sendo que as sobras devem ser quantificadas e conferidas. 85

3 Esse processo de conferência será proporcional ao significado do item na empresa, em relação aos custos, consumo e volume existentes. Caso haja excesso de estoque, o tempo e as pessoas envolvidas no processo irão gerar custos adicionais. A acuraciedade dos estoques é fundamental para minimizar riscos de perdas, medir o desempenho dos responsáveis e aumentar o nível de serviço. O inventário físico pode ser considerado periódico ou rotativo Inventário periódico É assim chamado quando a conferência é feita em determinados períodos, normalmente nos finais dos exercícios fiscais ou duas vezes ao ano. O mais comum é que ocorra no final de ano ou no começo do ano seguinte, quando são conferidos todos os itens de estoque. O processo de gerenciamento dessa atividade deve levar em consideração a necessidade de pessoas, o tempo necessário para organizar essa função e ainda a determinação de um fluxo adequado para essa operação. Como organizar a operação de inventário de uma empresa? Como saber se a equipe é suficientemente necessária? Vejamos um exemplo Imagine que, após um levantamento feito no sistema de gestão de uma empresa, se verificou haver (SKUs stock keeping unit) itens diferentes e que, observando as unidades, se percebeu haver, em média, quinze de cada item. Pela experiência, sabe se que uma pessoa conta oitenta unidades por minuto. Quantas pessoas serão necessárias para contar todos os itens, em dois dias de trabalho, sabendo se que trabalham 8 horas/dia? Primeiro passo: definir quanto terá que ser contado = unidades. Segundo passo: contam se oitenta unidades por minuto, unidades levarão quantos minutos para serem contabilizadas? Regra de três básica: 80 1 minuto x minutos 80. x = x =

4 Planejamento e controle de estoques x = /80 x = 1875 minutos minutos é o tempo que levaremos para contar todo o estoque. Terceiro passo: sabendo se que os funcionários trabalham 8 horas/dia e convertendo as horas em minutos, temos: = 480 minutos trabalhados por dia. Como vão trabalhar em dois dias, temos = 960 minutos trabalhados nos dois dias. Quarto passo: se são precisos 1875 minutos para contar todo o estoque, dividindo se por 960, temos: 1875/960 = 1,95 ou arredondando: 2 pessoas. Caso queiramos contar o estoque em um dia, serão necessárias quatro pessoas. Outro exemplo Lembrete A dica é equalizar informações, como, por exemplo, tempo x tempo, e dividir o tempo necessário pelo tempo disponível. O necessário para contar as peças era de 1875 minutos e o disponível era de 960 minutos. Uma empresa possui em seus estoques aproximadamente unidades e trabalha com três funcionários, 8 horas por dia. No último balanço, verificou se que localizando um item, retirando o do local, contando o e recolocando o, cada funcionário consegue chegar, em média, a vinte unidades por minuto. Quantos dias serão necessários para se contar todo o estoque? Vejamos: Cada funcionário conta 20 unidades/minuto. Em 1 hora, = 1200 unidades. Em 8 horas, = Ou seja, por dia, cada funcionário conta 9600 unidades. Sabendo que são três funcionários, temos: = unidades/dia. Então: / = 3,47 dias Para conferir todo o estoque nessa velocidade, serão necessários três dias e meio. 87

5 Inventário rotativo Esse tipo de inventário cria meios para que, no decorrer de um ano, todos os itens sejam contados pelo menos uma vez e faz com que, durante todo o ano, haja itens sendo contados. Esta rotatividade na conferência possibilita haver regras diferentes para cada tipo de item, de acordo com sua importância, como, por exemplo, levar em consideração a classificação ABC. Martins (2006) aponta como usual o critério de se contar a cada três meses: 100% dos itens da classe A; 50% dos itens da classe B; 5% dos itens da classe C. Classificação ABC nível de importância de cada item de estoque A maior importância em relação aos custos normalmente representa 80% dos custos totais, mas numericamente são em menor número; B média importância em relação aos custos representa 15% dos custos totais quantitativamente, compõe maior número que o anterior; C menor importância em relação aos custos representa 5% dos custos totais, mas, quantitativamente, é maior. Essa é somente uma sugestão. Nada impede de termos valores diferentes. O importante é observar que, caso fossem conferidos todos os itens de classe C, este processo sairia mais caro do que se fosse perdida certa porcentagem desses itens. Vejamos uma aplicação: Uma empresa realiza o inventário de seus estoques pelo método rotativo a cada três meses. 100% dos itens são de classe A, 60% de classe B e 10% de classe C. Um levantamento mostrou que havia, nos estoques, aproximadamente itens diferentes. Em uma classificação, verificou se: Classe A 5000 itens com 25 unidades de cada; Classe B itens com 40 unidades de cada; Classe C itens com 80 unidades de cada. A empresa trabalha 250 dias por ano e com jornada de 8 horas por dia. Supondo que uma pessoa possa contar, em média, duas unidades de um item por minuto, quantas pessoas serão necessárias para contar os itens a cada três meses?

6 Planejamento e controle de estoques Primeiro passo Vamos quantificar o que teremos de contar: Classe A = unidades. 100% = Classe B = unidades. 60% = Classe C = unidades. 10% = Total de itens a serem contados = Como isso terá de ocorrer a cada três meses, ou seja, a cada trimestre, sendo que um ano tem 4 trimestres, então: = unidades a serem contadas por ano. Em 1 hora, contam se = 120 por hora; Em 1 dia, contam se = 960 por dia; Trabalhando se 250 dias por ano. 960 = por ano cada funcionário. Então, unidades / unidades / pessoas = 12,08 pessoas para efetuarem as contagens no ano. Quando o resultado é fracionado, a empresa pode optar por aumentar a carga horária em até uma hora ou incluir mais uma pessoa, dependendo da necessidade e do fator tempo. Martins (2006) utiliza uma fórmula para fazer esses cálculos: Número de dias por ano x horas por dia x minutos da hora x N = total de minutos necessários para contar. Número de dias por ano = 250 Horas por dia = 8 Minutos da hora = 60 N = necessidade de pessoas Total de minutos necessários = unidades/2 = minutos 89

7 Então: N = N = N = / N = 12,08 pessoas Observação A fórmula não foi utilizada antes para forçar o entendimento do raciocínio independentemente dela. Isso evita que fiquemos condicionados a usá la, uma vez que aprendemos sua lógica Fluxo de inventário Não interessa o sistema de inventário que a empresa adote. O importante é organizar um fluxo para que as operações ocorram bem. Segundo o modelo citado por Moura (1997): Processo de inventário (típico) Produção Inventário Preparação Início Definir data, locais, setores e itens a inventariar Gerar listagem para a contagem de inventário (1ª e 2ª) Bloquear movimentos durante o inventário Gerar listagem de lugares livres (também no inventário) Funcionário 1 Contar item do estoque (conforme listagem) Encerra Definir duplas de inventários Funcionário 2 Registra contagem na listagem, na posição correspondente do item Corrigir o estoque contábil em função dos desvios Gerar nova listagem das divergências para a 3ª contagem Aguardar segunda contagem Não Segunda dupla? Contar todos os itens da listagem e anotar valores Não Sim Contar novamente os divergentes Valor coincide Sim Comparar resultados da contagem das duas duplas Conciliar os resultados com o sistema Assumir o valor de empate como resultado real Assinar formulário e encaminhar para Adm. Registrar todos os itens divergentes para posterior investigação das causas Figura 18 90

8 Planejamento e controle de estoques Exemplo de aplicação Imagine um gestor de materiais com a incumbência de realizar o inventário físico dos estoques de uma empresa, mas somente dos itens de matéria prima. Vejas as condições a seguir: Equipe: 18 pessoas Turno: 8h48 diárias Trabalham: 5 dias por semana, folgando sábado e domingo Itens em estoque (matéria prima): com média de 20 unidades de cada. Média de contagem por minuto por operador: 100 unidades A empresa não pode parar as operações, e é preciso pedir que os funcionários envolvidos trabalhem excepcionalmente no fim de semana. Ou seja, há disponíveis apenas 2 dias úteis de trabalho, impreterivelmente, para tal operação. 1. Calcule a quantidade de pessoas necessárias para que os objetivos sejam cumpridos nas condições determinadas. 2. Quantas pessoas serão necessárias para não se comprometer toda equipe, elevando os custos de hora extra? De posse do resultado, comente o que fazer com o número de pessoas que se obteve, justificando sua decisão. Comentários Primeiro passo: há itens para serem inventariados. Um operador consegue contar, em média, 100 itens por minuto. Portanto, precisarei de x minutos /100 = 6000 minutos Segundo passo: o tempo disponível é de 8h48 x 2 dias (sábado e domingo) = 17 horas e 36 minutos de trabalho x 60 minutos = 1041,6 minutos. Terceiro passo: 6.000/1041,60 minutos = 5,76 pessoas. 1. Seriam necessárias 6 pessoas, pois tendo como resultado um número fracionado e considerando que não existe metade de uma pessoa, no arredondamento, a fração ficou mais próxima de 6 do que de 5. 91

9 2. Seis pessoas atenderiam ao objetivo sem ociosidade, partindo do princípio de que, durante a jornada de trabalho, há pequenas paradas e/ou atrasos. Se houvesse um arredondamento para menos, isso poderia comprometer o prazo da realização do inventário. Se a fração fosse menor (até 0,1), então o arredondamento poderia ser maior, pagando eventual hora extra para um ou outro operador, evitando mais custos. 5.2 Acurácia dos estoques Acurácia é o grau de exatidão dos estoques. Imagine que o fluxo normal é comprar receber vender e, se compramos 1000 e vendemos 800, teriam que sobrar 200 unidades. O grau de acurácia é o quanto o estoque físico real está próximo de 200 unidades. O cálculo da acurácia deve ocorrer após o inventário físico, e pode ser feito da seguinte maneira: Acurácia = ou Número de itens com registros corretos Valor total de itens Acurácia = Valor dos itens com registros corretos Valor total de itens Ou, vejamos: Exemplo 1 A empresa ABC, após três meses de operação, decide fazer seu primeiro balanço pelo método rotativo. Como a tabela a seguir mostra, houve divergência em alguns itens: Quadro 26 Classe Número de itens contados % dos itens contados Número de itens com divergências Acurácia A /16915 = 29,03% 268 ( )/4910 = 0,9454 B /16915 = 53,95% 438 ( )/9125 = 0,9520 C /16915 = 17,02% 55 ( )/2880 = 0,9809 Total Entenda melhor: Os itens de classificação A representam 29,035% dos itens totais contados e, como há 268 itens errados, resultou se numa acurácia de 0,9454 ou 94,54%. Os itens de classificação B representam 53,95% dos itens contados e, como houve 438 itens com divergências, resultou se numa acurácia de 0,9520 ou 95,20%. 92

10 Planejamento e controle de estoques Os itens de classificação C representam 17,02% dos itens contados e, como havia 55 erros, resultou se numa acurácia de 0,9809 ou 98,09%. Nesse cenário, qual seria a acurácia geral do controle de estoque? Uma maneira de calcular isso é multiplicando a participação percentual de cada item pela acurácia encontrada por classe: (0, ,9454) + (0, ,9520) + (0, ,9809) Acurácia = 95,50%. Uma boa estratégia de gestão de estoque deve buscar melhorar a acurácia, aproximando a de 100%, o que caracterizaria o estoque perfeito. 2 Exemplo 2 Observação Quem tiver a possibilidade de participar de um processo de inventário na empresa onde trabalha deve buscar formar esses dados, treinar na própria empresa, isso ajuda a praticar as discussões de aula. Uma empresa deseja implantar uma metodologia de inventário rotativo em seu almoxarifado central, que dispõe de itens diferentes. No inventário de encerramento do último exercício fiscal, constatou se que cada um dos itens possuía, em média, 15 unidades estocadas. Suponha que, para cada item, um auxiliar de almoxarifado experiente possa localizar, remover, contar e recolocar as unidades em seus respectivos endereços em 5 minutos e que a empresa deseja contar todos os itens trabalhando em média 250 dias/ano (8 horas/dia). Quantos auxiliares de almoxarifado serão necessários exclusivamente para essa função? Comentários: Tempo gasto para contar os itens: itens 5 min.h/item = min.hh N = N = N = / N = 2,5 H/ano ou 2 homens trabalhando o ano todo + 1 trabalhando apenas seis meses. Observe que se refere à contagem dos itens (sku) e não das unidades totais. 2 Baseado na obra de Petrônio Garcia Martins, Gerenciamento dos Recursos Materiais 93

11 Exemplo de aplicação Com base no exercício anterior, a empresa decide contar, uma vez a cada 3 meses, 100% dos itens da classe A, 50% dos itens da classe B e 15% dos itens da classe C. Com essa situação e sabendo se que a classe A contém 15% dos itens, a B contém 25% e a C contém o restante, quantos auxiliares de almoxarifado serão necessários exclusivamente para essa função? Comentários itens: como mencionado no exercício anterior. Classe A 15% 9000 itens Classe B 25% itens Classe C 60% itens Tempo consumido Classe A 100% de 9000 = 9000 Classe B 50% de = 7500 Classe C 15% de = 5400 Total de itens a serem contados a cada três meses = no ano Como o ano tem 4 trimestres: = Tempo necessário para a tarefa: 5 minutos para cada item = minutos necessários para a tarefa Então: N = N = (dias trabalhados no ano) (8h x 60 minutos) 94 N = / = 3,65 homens/ano ou 4 homens

12 Planejamento e controle de estoques Acurácia: Após os primeiros três meses, a empresa do exercício anterior constatou, na comparação entre os registros do computador e a contagem, os seguintes percentuais de divergências: Itens da classe A: 2,4%; Classe B: 6,3%; Classe C: 8,8% (Índice de exatidão ou de itens corretos em estoque) Qual a acurácia do controle dos estoques? Comentários: A acurácia dos itens da Classe A é de (100 2,4) = 97,6% Classe B é de (100 6,3) = 93,7% Classe C é de (100 8,8) = 91,2% O item da Classe A representa 15% do estoque total que fica para inserir. Dividindo se por 100 = 0,15. Assim, nas Classes A e B, a acurácia dos estoques é: A = 0,15. 97,6 + 0,25. 93,7 + 0,60. 91,2 14, , ,72 = A = 92,79% Índice de exatidão geral do estoque. Saiba mais Para melhor desempenho das atividades de inventário, é necessária a utilização de ferramentas tecnológicas, tais como: código de barras, RFID (radio frequency identification data) ou identificação por radiofrequência, além do WMS (warehouse manager system), sistema de gerenciamento de armazéns que otimiza todas as atividades operacionais (fluxo de materiais), gerando disponibilidade online da real quantidade em estoque, entre outras funções. Leia mais em: < &view=article&id=715%3aartigos wms no gerenciamentode depositos armazens e centros de distribuicao&catid=4&itemid =182&lang=br>. Acesso em: 20 ago

13 5.3 Avaliação dos estoques pelo método PEPS (primeiro que entra primeiro que sai) e UPES (último que entra último que sai) As avaliações que vimos até aqui tinham como objetivo controlar estoques quantitativamente. Porém, é necessário fazer uma análise em relação aos valores financeiros dos itens. A avaliação anual de estoques será em função dos preços de aquisição ou produção para construir as informações financeiras e contábeis. No primeiro caso (PEPS), sai o material que primeiro integrou o estoque, sendo substituído pela mesma ordem cronológica em que foi recebido, não deixando de aplicar o seu custo real. Esse sistema ajuda a evitar problemas de obsolescência de produtos, principalmente os mais perecíveis, pois sua estocagem deve obedecer a critérios para que não se utilizem somente os produtos que são recebidos por último. No caso de produtos não perecíveis e principalmente se o estoque gira extremamente rápido e ainda não há grandes oscilações nos custos, pode se utilizar o método UEPS, prática normal em grandes armazéns, pois favorece o rápido manuseio e o picking dos produtos. O controle de entrada e saída desses itens na forma de armazenagem deve ser feito também por meio das NFs de saída e também em relatórios que facilitam o controle dessas operações, pois a metodologia não está somente no aspecto físico. Quanto à sua ordem cronológica de armazenamento, por exemplo, o que chegou primeiro é o que sai primeiro, para desovar o produto mais antigo. Está além desse fator, também, o aspecto financeiro, levando em conta o quanto se pagou nos produtos na aquisição, ou seja, na entrada da NF e na forma de sair. Considerando as saídas pelos valores das primeiras aquisições, veja a seguir: Exemplo: No estoque de uma empresa entraram, em 10 de janeiro, 200 unidades de determinada peça ao preço de R$15,00 cada. No dia 19 de janeiro, houve a compra de mais 400 unidades a R$20,00 cada. No dia 22 do mesmo mês, saíram do estoque 100 unidades de R$15,00 (as primeiras peças que entraram); no dia 26, as outras 100 restantes desse primeiro lote, e finalmente no dia 2 de fevereiro saíram 300 unidades do segundo lote, comprado a R$20,00 cada, restando apenas 100 unidades. Vamos calcular os custos dos estoques pelo método PEPS: 96

14 Planejamento e controle de estoques Quadro 27 NF Entradas Saídas Saldo Nº Data Qtd. Preço unit. Total (Y) Qtd. Preço unit. Total Qtd. (n) Preço unit. Valor do estoque / $ 15 $ $ 15 $ / $ 20 $ / $ 15 $ $ $ $ $ 20 $ $ / $ 15 $ $ $ 20 $ / $ 20 $ $ 20 $ 2000 O valor financeiro do estoque estará em R$2000,00 no final do período. Ressaltando que, se fosse pelo método UEPS, as últimas NFs dos itens que custaram R$20,00 cada sairiam primeiro dos estoques. Se fosse utilizado esse método, os cuidados com o fluxo que envolve os valores da NF de entrada e saída poderiam ser utilizados quando, por exemplo, se tem compra de origem externa e a conversão da NF é feita no dia do faturamento pela taxa cambial do dia e essas condições de vendas estiverem amarradas com o cliente. Agora veja a mesma situação se fosse pelo método UEPS: Quadro 28 NF Entradas Saídas Saldo Nº Data Qtd. Preço unit. Total ( Y ) Qtd. Preço unit. Total Qtd. (n) Preço unit. Valor do estoque / $ 15 $ $ 15 $ / $ 20 $ $ $ 20 $ / $ 20 $ $ $ 20 $ / $ 20 $ $ 20 $ 15 $ / $ 20 $ $ 20 $ / $ 15 $ $ 15 $ 1500 Observe: Saldo com o método PEPS: $2000,00 Saldo com o método UEPS: $1500,00 97

15 Lembrete No Brasil, o método utilizado é o Método da Média Ponderada (MPM), no qual se utiliza a média dos valores dos estoques. 5.4 Avaliação dos estoques pelo método MPM (média ponderada) Esse método não considera nem o primeiro nem o último valor, mas sim uma média dos valores em relação aos volumes em estoque. Vejamos um exemplo para entendermos melhor. Compra de 200 unidades em 3 de janeiro a R$15,00 cada item; compra de mais 120 unidades em 8 de janeiro a R$16,00 cada; venda de 150 unidades no dia 10 do mesmo mês; compra de 150 unidades em 15 de janeiro no valor de R$20,00 cada e venda de 180 unidades no dia 20 do mesmo mês. Observe no quadro como ficaria esse fluxo pelo MPM. Quadro 29 Entradas Saídas Saldo Dia DOC Qte. R$/unitário Valor total Qte. R$/unitário Valor total Qte. Valor total Média 3/jan. NF $ 15,00 $ 3.000, $ 3.000,00 $ 15,00 8/jan. NF $ 16,00 $ 1.920, $ 4.920,00 $ 15,38 10/jan. OF $ 15,38 $ 2.307, $ 2.613,00 $ 15,38 15/jan. NF $ 20,00 $ 3.000, $ 5.613,00 $ 17,54 20/jan. OF $ 17,54 $ 3.157, $ 2.455,80 $ 17,54 Observe que somando as quantidades de 3/1 às de 8/1, teremos 320 unidades, e que, adicionando os valores totais das duas compras, temos R$3000,00 na primeira e R$1920,00 na segunda, que somados totalizam R$4920,00. Esse valor, dividido pelo total de itens (320), dará a média de custo unitário, que será de R$15,38, servindo de base para os valores das saídas. Quando houve a saída em 10/1 de 150 unidades, os valores foram de R$15,38 cada. Havendo uma nova aquisição, será necessário calcular novamente as médias. Uma observação: foram utilizados outros valores para vermos as variações na média. Um sistema ERP (sistema de gestão empresarial integrado) pode fazer a média do valor do estoque automaticamente. No momento de o gestor aprovar um pedido, por exemplo, ele tem o recurso de enxergar a média de compra desse produto nas negociações anteriores. É uma base de apoio para confiar nos valores apresentados para aprovação, principalmente quando não há aprovação dos pedidos físicos (em papel), somente online, em que se tem a visão do pedido apenas na tela. Com um volume de aprovação muito 98

16 Planejamento e controle de estoques grande por dia, enxergar essas informações de média de estoque é excelente para acelerar o processo de aprovação de forma segura. Essa média é feita de acordo com o histórico de compras de um determinado período conforme os pedidos são gerados. A cada compra, o comprador tem uma visão do preço médio pago naquele item, facilitando também a negociação do fornecedor, servindo como parâmetro. Só se podem medir automaticamente esses valores quando o item é cadastrado. Se a compra for de item específico, sem cadastro, não se tem essa análise histórica. 6 Classificação dos Estoques Uma das maneiras mais tradicionais e eficientes para a classificação dos estoques é por meio da curva ABC, também conhecida como curva de Pareto, conforme histórico relatado a seguir. 6.1 Curva ABC A curva ABC existe há muitos anos. Por volta de 1897, na Itália, Vilfredo Pareto elaborava um estudo de distribuição de renda e riqueza da população local (POZO, 2007). De lá para cá, a curva ABC vem sendo aplicada em diversas áreas, dos mais diversificados segmentos, para fins de levantamento de informações envolvendo volumes de itens e seus respectivos valores agregados para se tomar decisões rápidas e seguras quanto ao seu tratamento. Ela é excelente para identificar, por exemplo, os itens estocados de forma estratégica, podendo dar relevância aos itens de maior importância financeira, tanto para realização de inventários como para auxiliar o departamento de compras na gestão de fornecedores. Pareto notou, na ocasião, e para finalidade de seu estudo, que uma pequena parcela da população (cerca de 20%) concentrava a maior riqueza do local, em média 80%. Essas proporções foram aplicadas também na área administrativa, levando em conta este percentual. Veja como ficou a média de distribuição de volume versus o volume agregado: Quadro 30 Item Volume dos itens Volume monetário Classe A 20% 80% Classe B 30% 15% Classe C 50% 5% Para poder levar em consideração os custos envolvidos nesse caso, deve se classificar, em termos de custos, os mais importantes (classe A), os de média importância (classe B) e os de mínima importância (classe C). 99

17 Essa aplicação considerando os custos é a tradicional, na qual devemos ordenar os itens de acordo com sua importância relativa, multiplicando os valores unitários por sua demanda em um espaço de tempo, possibilitando a análise percentual de cada item. Os itens arrolados na classe A merecerão tratamento administrativo mais acurado, atenção personalizada na escolha de fornecedores, conferência física dos itens, local e segurança do estoque e do recebimento e transporte. Devem se buscar parcerias mais duradouras com fornecedores, negociando se com mais ímpeto. Os itens de classe B terão tratamento menos sofisticado, seguindo simplesmente regras de lote de compras, volumes etc. Com os itens de classe C, os procedimentos serão bem simples, apenas com registro de entradas e saídas e, por exemplo, reposição rotineira. Os dados ABC em gráfico 120,00 100,00 80,00 60,00 40,00 A B C 20,00 0,00 E J B C H A I G F D 100 Figura 19 Curva ABC na área de compras: gestão de fornecedores A curva ABC pode ser uma forma de segmentar os fornecedores pela sua importância na cadeia de suprimentos para a empresa. Pelo cálculo preço x volume, é possível identificar quem são os fornecedores estratégicos e onde o maior volume monetário está concentrado. Veja informações sobre a curva ABC e exemplo prático, baseados na obra de Hamilton Pozo (2007). A curva ABC é um importante instrumento, uma vez que permite identificar aqueles itens que justificam atenção e tratamento adequados pela administração. É obtida pela ordenação dos itens conforme sua importância relativa. Tanto o capital investido em estoque como os custos operacionais podem ser diminuídos, se reconhecermos que nem todos os itens estocados merecem a mesma atenção por parte da administração ou precisam manter a disponibilidade para satisfazer os clientes.

18 Planejamento e controle de estoques Alguns deles são mais competitivos que outros, ou mais rentáveis, ou podem ter clientes que exigem melhores níveis de serviço. Isso mostra que, antes de estabelecermos uma política firme de estoque ou de priorizarmos uma programação de produção e uma série de outros problemas usuais da empresa, cada produto deve ser classificado conforme seus requisitos e importância relativa. A classificação ABC serve muito para esse propósito. Lembre se de que o princípio da curva ABC refere se ao fato de que, grosso modo, 20% de uma linha de produtos (em número de itens) é responsável por 80% das vendas realizadas (em valor). A linha completa de produtos pode ser classificada desde o item de maior até o de menor venda. Os produtos são, então, divididos em um ou mais grupos, tais como: AB, ABC, ABCD etc. Após os itens terem sido ordenados pela importância relativa, as classes da curva ABC podem ser definidas das seguintes maneiras: Classe A: grupo de itens mais importantes; Classe B: grupo de itens em situações intermediárias; Classe C: grupo de itens menos importantes. Exemplo: faça uma classificação ABC segundo a importância do valor de consumo anual dos itens relacionados no quadro a seguir. Para tornar o estudo homogêneo, classifique 20% dos itens na classe A; 30% dos itens na classe B e 50% dos itens na classe C. Acompanhe o processo de montagem e classificação ABC: Primeiro passo: identificação dos itens Esta primeira etapa é apenas a identificação dos itens com seus respectivos valores, bem como a demanda anual de cada um. Quadro 31 Item Preço unitário Consumo anual/unid. A $ 1, B $ 12, C $ 3, D $ 6, E $ 10, F $ 1200,00 20 G $ 0, H $ 2, I $ 4, J $ 60,

19 Segundo passo: ordenar os itens Item Valor de consumo anual Grau de importância A $ º B $ º C $ º D $ º E $ º F $ º G $ º H $ º I $ º J $ º Esse é apenas o resultado da multiplicação dos valores dos itens pela demanda anual e a classificação quanto à sua posição por grau de importância, quanto ao seu valor. O valor mais alto é o 1º na classificação e assim sucessivamente. Terceiro passo: montagem da curva ABC Nessa fase, os itens são ordenados por grau de importância, do maior para o menor, onde se fará a separação das classes ABC. Grau Item Custo/unid. Cons. peças Total $ Acumulado % acum. % classe 1º C 3, , ,00 45,84 2º B 12, , ,00 66,62 66,62 3º E 10, , ,00 78,51 4º D 6, , ,00 83,08 5º G 0, , ,00 87,37 20,85 6º H 2, , ,00 91,44 7º F 1200, , ,00 95,25 8º A 1, , ,00 96,94 9º J 60, , ,00 98,27 10º I 4, , ,00 100,00 12, Nesse exemplo hipotético, os dez itens representam todo o estoque. Com isso, os que compõem a classe A (20% do volume total dos itens) representam 66,62% do volume monetário de todo o estoque. A classe B representa 30% do volume dos itens e 20,85% do volume monetário. Por fim, a classe C, que compõe os 50% dos itens, representa apenas 12,18% do volume monetário.

20 Planejamento e controle de estoques A porcentagem acumulada é o quanto os itens representam individualmente sobre o valor total deles e depois o quanto representam acumulado com cada item. Por exemplo, o item A sozinho representa 45,84% do volume monetário de todo o estoque e, se juntarmos os itens A e B, eles representam 66,62% do total, juntando os itens que compõem as classes A e B, representam 87,37 e assim sucessivamente, até chegar aos 100%. Veja agora a representação gráfica dos valores anteriores: ,62% 20,75% 12,63% B C A % 2 itens 30% 3 itens 50% 5 itens nº de itens Figura 20 O gerente de materiais da empresa anterior, a pedido da direção, deverá contatar de imediato os fornecedores para uma renegociação dos valores, atentando se ao detalhe de o prazo para esse retorno ser curto, de apenas um dia, tendo em vista o volume dos itens em estoque. A partir de agora, por tempo indeterminado, todos os fornecedores deverão faturar somente para 45 dias e reduzir os custos em 5% a 10%, ou seja, terão de trabalhar com descontos por um período. Já que os fornecedores desejam continuar vendendo para esse cliente, atenderão ao seu chamado para esse desafio. 103

21 Se o gestor não soubesse quais itens possuem maior relevância quanto ao seu valor agregado, dificilmente ele conseguiria atender às necessidades da direção com êxito, focando nos fornecedores dos itens estratégicos. Com a curva ABC ele pode partir do seguinte princípio: Utilizando vantagens com a classificação ABC Os itens que compõem a classe A (apenas 20%) correspondem a mais de 66% dos valores envolvidos para renegociar com dois fornecedores. Atendendo aos fornecedores do grupo B (itens 3, 4 e 5), ele abordaria mais de 87% do valor total envolvido, e teria resolvido 50% dos itens em questão. O mais importante é que, atendendo a esses fornecedores dos itens das classes A e B, o gerente já garantiria a renegociação com fornecedores de maior expressividade, quase 90% do valor envolvido. Todo o restante do montante monetário (12%) estaria concentrado no maior volume de itens (50%). Nesse caso, a empresa não precisaria focar tanto esforço, pois isso não representaria muito para ela. Associando o tempo disponível à equipe de profissionais, ele pode definir quais fornecedores ele mesmo pode atender e quais coordenadores podem ser atendidos pelos demais membros da equipe, levando em conta o valor agregado dos itens que o fornecedor aborda. A curva ABC é fundamental para a empresa focar naquilo que realmente vai causar impacto para o negócio, sem perder tempo ou dinheiro. 6.2 Nível de serviço Bowersox e Closs (2001) dizem que, sem inventário e sortimento adequado, a perda de vendas e a insatisfação do cliente é natural. Então, tudo começa com o inventário. O periódico garante maior acurácia, gerando mais segurança das informações e dos itens armazenados. Como vimos também, há métodos de classificação desses itens por meio da curva ABC, que passa a tratá los de forma estratégica, pelo valor agregado, ou seja, pelo quão importante ele é no volume estocado, o quanto ele representa financeiramente no volume de item. Todas as análises quânticas são fundamentais para se ampliar a disponibilidade dos itens da melhor forma, com menor custo e aumentando consequentemente o nível de serviço. A logística tem como missão: 104 Colocar o produto certo, na hora certa, na quantidade certa e no custo certo no local certo. Então, ao mesmo tempo que deve reduzir estoque, deve assegurar que não vai faltar para as necessidades da empresa (BALLOU, 2001, p. 28).

22 Planejamento e controle de estoques Nesse sentido, o nível de serviços é um indicador da eficácia da empresa em atender às requisições dos usuários. Quanto maior forem as requisições atendidas, melhor será o nível de serviços. Para que se obtenha esse índice, é necessário controlar as requisições (pedidos) realizadas em determinado período e a quantidade atendida no prazo. O primeiro passo é saber o volume de requisições emitidas e quanto desse volume foi atendido em determinado período. O resultado desse atendimento é o índice de nível de serviço. Imagine a situação a seguir: A Dangus, empresa de grande porte, atende, por mês, em média, com o setor de compras, 5000 requisições, incluindo itens de estoque (material auxiliar para manutenção da empresa) e matéria prima para produção. Dessas requisições, o atendimento mensal do departamento de compras (que é totalmente centralizado) atende 4500 delas. Qual o nível de serviço de materiais dessa empresa? Então: Número de RCs atendidas dividido pelas solicitações/mês Nível de atendimento = 4500 / 5000 = 0,90 ou 90%. Ou seja, a área de compras adquiriu 90% de todas as solicitações que chegaram ao departamento. Ao término do período, muitas delas (que chegaram por último ou apresentam maior complexidade de aquisição, como projetos) podem estar em andamento no fechamento do mês e por isso não podem ser contabilizadas como atendidas. É fundamental analisar esses aspectos. Importante O nível de atendimento pode ou não ser satisfatório. Quem vai mensurar isso é a empresa, de acordo com a complexidade dos itens. Se eles não forem complexos e o cliente aceitar recebê los parcialmente, então o índice estará satisfatório. Caso contrário, se comprometerem outros itens que serão utilizados em processos, isso pode até gerar cancelamento do pedido total pelo cliente. Imagine que uma empresa compre do exterior, onde os custos fixos de desembaraço são muito altos. Se ela não aproveitar ao máximo a carga, consolidando a em um único embarque, inviabilizará os custos de importação. Nesse caso, seria preciso cancelar o pedido e fazer compra com outro fornecedor que pudesse entregar 100% dos itens. Então, diante dessa situação, o índice de 90% seria insatisfatório. Se a empresa possui esta complexidade em apenas um grupo de mercadoria ou somente requisições advindas de áreas críticas como manutenção civil, engenharia e área técnica, pode se separar a análise de serviço por grupos de mercadoria ou área de atendimento. 105

23 O índice de atendimento pode ser determinado de acordo com os critérios preestabelecidos pela empresa, na política da qualidade para certificação ISO 9000, que não estabelece critérios, apenas exige que eles sejam cumpridos, estando de acordo com a política da empresa, determinada por ela mesma. O gestor de logística deve ter como foco a busca de melhorias na operação de nível de atendimento. Lembre se de que devemos fazer mais com menos, vender mais, lucrar mais, atender maior área, ter maior eficiência em menos tempo, com menos custo, com menos pessoas. Sendo assim, quanto maior for o nível de atendimento, melhor. O nível de serviço de materiais pode alterar diretamente o nível de serviço de vendas, pois a disponibilidade implicará o atendimento ao cliente quanto a suas necessidades. 6.3 Serviço ao cliente O nível de serviço tem como objetivo medir o atendimento ao cliente, buscando uma melhoria contínua. Uma pesquisa da empresa Benchmark (2009) apresentada no artigo de Cesar Lavalle (2010), publicada no site da Ilos (Instituto de Logística e Supply Chain), sobre os serviços de distribuição no varejo, analisou as implicações referentes a mudanças do ambiente competitivo com respeito aos termos dos varejistas de supermercadista, bem como a qualidade dos serviços de distribuição praticados pela indústria. Veja o quadro a seguir, que mostra o grau de insatisfação com as melhores práticas no Rio de Janeiro e em São Paulo, no decorrer de quatorze anos: Quadro 32 Ano Disponibilidade Tempo de ciclo do pedido Consistência do prazo de entrega % 13% 20% % 8% 27% % 7% 5% % 10% 22% % 13% 24% % 7% 26% % 8% 18% % 19% 28% % 21% 35% % 7% 25% % 8% 16% % 3% 9% % 6% 10% % 3% 11% 106

24 Planejamento e controle de estoques Bowersox e Closs (2001) definem três fatores fundamentais do serviço ao cliente: disponibilidade, desempenho e confiabilidade. Ainda que com palavras diferentes, eles coincidem com os dados da pesquisa. Façamos uma análise comparativa. Disponibilidade Pesquisa: perceba, na evolução dos anos pesquisados (período entre 2000 e 2004), que o índice de insatisfação aumentou, chegando até a dobrar em relação a meados da década de Depois dessa fase, a insatisfação caiu e, em 2008, voltou a subir para os patamares iniciais. A forte tendência e atuação dos PLSs operadores logísticos influenciou significativamente nessa redução, especialmente no aspecto disponibilidade, que cresceu rapidamente no mesmo período, o que significa maior demanda por parte dos clientes, em várias etapas da cadeia, seja na indústria, no atacado ou no varejo. Autores: definem como disponibilidade a capacidade de recorrer ao estoque no momento em que o cliente desejar. Isso pode ser feito de várias formas, como antecipando demanda ou armazenando certa quantidade para atendê la. Baseados em projetos do sistema logístico, são definidas também a política de estoques, a quantidade e a localização dos armazéns. Cada empresa definirá suas próprias estratégias de negócio. Nos Estados Unidos, as subsidiárias da Johnson & Johnson operam com três ou quatro instalações para sustentar suas atividades logísticas, enquanto a empresa Nabisco Foods utiliza um número maior para sustentar as atividades logísticas na mesma área geográfica (BOWERSOX; CLOSS, 2001). Outra ferramenta importante para compensar as diferenças entre oferta e demanda são os estoques de segurança. O nível desses estoques estará de acordo com a complexidade do item, com os fornecedores envolvidos, com a fonte de abastecimento, além do prazo de entrega e para quantos dias se quer ter a proteção ou segurança dos estoques. A previsão de demanda é uma das principais ferramentas para um excelente planejamento das necessidades futuras. Ela atenua as margens de erros e possibilita reduzir as incertezas, como vimos na Unidade II. Já foi comprovado por meio de pesquisa (benchmark 2009) que o consumidor mudou seu comportamento, quando se fala da importância para definir um fornecedor. As pesquisas revelaram que, em dez anos (entre 1994 e 2004), o fator decisivo de compras com relação ao preço caiu 8% ao mesmo tempo que o fator disponibilidade/serviço de distribuição aumentou cerca de 5%. O fator produto ficou praticamente estacionado, com pouco mais de 1% de oscilação. Ao passo que essa pesquisa revela a mudança no comportamento do consumidor, outro estudo realizado pela Revista Tecnologística, com análise da Ilos (Intituto de Logística e Supply Chain, disponível em: < &id=47&itemid=200414&lang=br>), paralelamente, porém sem relação com a anterior, mostra que os números dos PSLs (prestadores de serviços logísticos ou simplesmente operadores logísticos) tiveram um aumento significativo nos últimos anos. Suas receitas médias saltaram de 16 para 221 milhões de reais entre 1999 e A média de atuação desses profissionais, no Brasil, é de somente 13,1 anos. 107

25 A pesquisa mostra também que as empresas estão atentas às mudanças no comportamento e nas necessidades dos consumidores. Se há crescimento do setor, é porque há demanda, ou seja, as empresas estão terceirizando mais esses serviços, focando nos objetivos de seus negócios e deixando quem entende do assunto garantir a disponibilidade dos seus produtos. Ballou (2001) diz que, quanto melhor for o nível do serviço ao cliente, menor é o número de pedidos perdidos por falta de estoque. O custo de vendas perdidas diminui com o aumento dos serviços. De modo geral, podemos perceber que, quando se amplia a disponibilidade, menores são as perdas por falta de estoque, da mesma forma que se aumenta o nível de serviços. Veja representação gráfica: Determinado nível de serviço ao cliente Custos totais Custos Custos de transportes, processamento de pedidos e estocagem 0 0 Serviço ao cliente aperfeiçoado 100% Custos de vendas perdidas Figura 21 Tempo de ciclo do pedido/desempenho operacional Pesquisa: os resultados mostram que, durante os quatorze anos observados, esse aspecto teve muitas variações tanto para cima quanto para baixo, o que evidencia mudanças quanto à exigência dos varejistas, com um pico em Considerando esse mesmo ano, o desempenho aceitável da indústria foi o menor, numa escala na qual o maior desempenho foi de 5. Autores: O desempenho operacional envolve comprometimento logístico com o prazo de execução esperado e sua variação aceitável (BOWERSOX e CLOSS, 2001, p. 86). Ele diz respeito à estrutura operacional da logística e são as medidas operacionais que determinam o desempenho do ciclo de atividades quanto a: velocidade, consistência, flexibilidade e falhas e recuperação. Velocidade: compreendida pelo tempo entre a colocação do pedido até a chegada do mesmo. Quanto mais rápido for o ciclo operacional, menores serão os investimento de capital nos estoques, haverá maior capital de giro. Consistência: não basta aumentar a velocidade do ciclo operacional, é preciso que isso permaneça, que haja consistência nesses resultados, ou seja, executar os seus serviços dentro do prazo de entrega esperado continuamente. 108

26 Planejamento e controle de estoques Flexibilidade: estar preparado para tratar as situações inesperadas, os acontecimentos típicos, como serviços básicos de entrega com alteração de destino, falha no suprimento, modificação de produtos dentro do sistema logístico, como estratégia de preço e mix de produtos. Falhas e recuperação: todo programa logístico é passível de falha, e no serviço ao cliente não é diferente. O que se deve ter é um plano de contingência que defina rápidas providências de recuperação que possam mensurar o nível de acerto. Como exemplo, pensemos nos canais de distribuição. O que fazer quando o canal de distribuição da região Sul não conseguir atender? Isso pode acontecer pelo fato de um distribuidor exclusivo ter mudado suas operações ou simplesmente deixado de trabalhar com a marca. Um possível plano B seria abrir representação dos produtos na região para que haja canais de atendimento local. Consistência no prazo de entrega/confiabilidade Pesquisa: denominado como consistência no prazo de entrega, foi revelado na pesquisa no decorrer dos anos analisados e, de modo geral, também vem caindo significativamente. Se considerarmos que em 2003, novamente, o maior pico foi de 35% e no último ano pesquisado (2008) foi de 11%, nota se que tem melhorado a confiança dos varejistas com relação aos serviços logísticos, especificamente no prazo de entrega, o que resultou em redução da insatisfação deles nesse aspecto. Autores: a confiabilidade logística está ligada à qualidade, é a capacidade de manter pedidos com disponibilidade contínua, pontualidade e trabalhar com feedback para os clientes, posicionando os quanto aos status do pedido. Por meio de pesquisas, já foi mostrado que eles preferem ser avisados antecipadamente do que ter surpresas repentinas, uma vez que também precisam se programar quando houver situações críticas, como o não cumprimento do prazo. A cadeia logística é interligada e a falha em um dos elementos compromete todos os outros. Vimos que o nível de serviço ao cliente é determinado de acordo com os objetivos da empresa. Para definir esse nível, é preciso responder às seguintes questões: a) Em que região desejo atuar? Isso está ligado à estratégia para planejamento adequado quanto à infraestrutura logística, frota, localização de armazéns, centro de distribuição (CD), política de estoque etc. b) Quais serão meus canais de distribuição? Como será o modelo de vendas? Por meio de distribuidores ou varejistas? De que forma alcançarei o consumidor final? É preciso estabelecer parcerias com PSLs (prestadores de serviços logísticos), entre outros. c) Qual a política de estoque? Definição dos níveis de estoque, parâmetros de ressuprimento, estoque de segurança etc. d) Qual o nível de serviço desejado ao cliente? O que é satisfatório como resultado. Acima de 95%, por exemplo. 109

Unidade IV. Processo de inventário (Típico) Definir duplas de inventários. Aguardar segunda contagem. Não. Segunda dupla?

Unidade IV. Processo de inventário (Típico) Definir duplas de inventários. Aguardar segunda contagem. Não. Segunda dupla? GESTÃO DE RECURSOS PATRIMONIAIS E LOGÍSTICOS Unidade IV 4 PROCESSO DE INVENTÁRIO FÍSICO Para Martins (0), consiste na contagem física dos itens de estoque. Caso haja diferenças entre o inventário físico

Leia mais

Operações Terminais Armazéns. PLT RODRIGUES, Paulo R.A. Gestão Estratégica da Armazenagem. 2ª ed. São Paulo: Aduaneiras, 2007.

Operações Terminais Armazéns. PLT RODRIGUES, Paulo R.A. Gestão Estratégica da Armazenagem. 2ª ed. São Paulo: Aduaneiras, 2007. Operações Terminais Armazéns AULA 3 PLT RODRIGUES, Paulo R.A. Gestão Estratégica da Armazenagem. 2ª ed. São Paulo: Aduaneiras, 2007. A Gestão de Estoques Definição» Os estoques são acúmulos de matériasprimas,

Leia mais

Unidade IV PLANEJAMENTO E CONTROLE. Profa. Marinalva Barboza

Unidade IV PLANEJAMENTO E CONTROLE. Profa. Marinalva Barboza Unidade IV PLANEJAMENTO E CONTROLE DE ESTOQUES Profa. Marinalva Barboza Introdução Esta unidade tem como foco os custos de estoque. Abordará os vários custos e exercícios de fixação. Custos dos estoques

Leia mais

Curso superior de Tecnologia em Gastronomia

Curso superior de Tecnologia em Gastronomia Curso superior de Tecnologia em Gastronomia Suprimentos na Gastronomia COMPREENDENDO A CADEIA DE SUPRIMENTOS 1- DEFINIÇÃO Engloba todos os estágios envolvidos, direta ou indiretamente, no atendimento de

Leia mais

Capítulo 4 - Gestão do Estoque Inventário Físico de Estoques

Capítulo 4 - Gestão do Estoque Inventário Físico de Estoques Capítulo 4 - Gestão do Estoque Inventário Físico de Estoques Celso Ferreira Alves Júnior eng.alvesjr@gmail.com 1. INVENTÁRIO DO ESTOQUE DE MERCADORIAS Inventário ou Balanço (linguagem comercial) é o processo

Leia mais

Curso de Graduação em Administração. Administração da Produção e Operações II

Curso de Graduação em Administração. Administração da Produção e Operações II Curso de Graduação em Administração Administração da Produção e Operações II 10º Encontro - 04/09/2012 18:50 às 20:30h COMO SERÁ NOSSO ENCONTRO HOJE? 02 - ABERTURA - INVENTÁRIO DE MATERIAIS - 3ª Dinâmica

Leia mais

Disciplina: Suprimentos e Logística II 2014-02 Professor: Roberto Cézar Datrino Atividade 3: Transportes e Armazenagem

Disciplina: Suprimentos e Logística II 2014-02 Professor: Roberto Cézar Datrino Atividade 3: Transportes e Armazenagem Disciplina: Suprimentos e Logística II 2014-02 Professor: Roberto Cézar Datrino Atividade 3: Transportes e Armazenagem Caros alunos, Essa terceira atividade da nossa disciplina de Suprimentos e Logística

Leia mais

FUNDAMENTOS DA GESTÃO FINANCEIRA

FUNDAMENTOS DA GESTÃO FINANCEIRA Unidade II FUNDAMENTOS DA GESTÃO FINANCEIRA Prof. Jean Cavaleiro Objetivos Ampliar a visão sobre os conceitos de Gestão Financeira; Conhecer modelos de estrutura financeira e seus resultados; Conhecer

Leia mais

ACOMPANHAMENTO GERENCIAL SANKHYA

ACOMPANHAMENTO GERENCIAL SANKHYA MANUAL DE VISITA DE ACOMPANHAMENTO GERENCIAL SANKHYA Material exclusivo para uso interno. O QUE LEVA UMA EMPRESA OU GERENTE A INVESTIR EM UM ERP? Implantar um ERP exige tempo, dinheiro e envolve diversos

Leia mais

Taxa de Aplicação de CIP (Custos Indiretos de Produção)

Taxa de Aplicação de CIP (Custos Indiretos de Produção) Projeto Curso Disciplina Tema Professor Pós-graduação MBA em Engenharia de Produção Custos Industriais Aplicação de Custos Diretos e Indiretos Luizete Fabris Introdução tema. Assista à videoaula do professor

Leia mais

MRP II. Planejamento e Controle da Produção 3 professor Muris Lage Junior

MRP II. Planejamento e Controle da Produção 3 professor Muris Lage Junior MRP II Introdução A lógica de cálculo das necessidades é conhecida há muito tempo Porém só pode ser utilizada na prática em situações mais complexas a partir dos anos 60 A partir de meados da década de

Leia mais

Unidade IV ADMINISTRAÇÃO DE. Profa. Lérida Malagueta

Unidade IV ADMINISTRAÇÃO DE. Profa. Lérida Malagueta Unidade IV ADMINISTRAÇÃO DE PRODUÇÃO E OPERAÇÕES Profa. Lérida Malagueta Planejamento e controle da produção O PCP é o setor responsável por: Definir quanto e quando comprar Como fabricar ou montar cada

Leia mais

RESULTADO COM MERCADORIAS!!!

RESULTADO COM MERCADORIAS!!! RESULTADO COM MERCADORIAS!!! Aula 26/10/2009 RCM Já aprendemos como é contabilizada a venda de uma mercadoria! Os valores das vendas e dos custos foram informados, mas no dia a dia, na maioria das vezes

Leia mais

Profa. Marinalva Barboza. Unidade IV RECURSOS MATERIAIS E

Profa. Marinalva Barboza. Unidade IV RECURSOS MATERIAIS E Profa. Marinalva Barboza Unidade IV RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS Custos dos estoques Para manter estoque, é necessário: quantificar; identificar. Quanto custa manter estoque? Quais os custos envolvidos

Leia mais

LOGÍSTICA Professor: Dr. Edwin B. Mitacc Meza

LOGÍSTICA Professor: Dr. Edwin B. Mitacc Meza LOGÍSTICA Professor: Dr. Edwin B. Mitacc Meza edwin@engenharia-puro.com.br www.engenharia-puro.com.br/edwin Nível de Serviço ... Serviço ao cliente é o resultado de todas as atividades logísticas ou do

Leia mais

Tem por objetivo garantir a existência contínua de um estoque organizado, de modo a não faltar nenhum dos itens necessários à produção.

Tem por objetivo garantir a existência contínua de um estoque organizado, de modo a não faltar nenhum dos itens necessários à produção. Resumo aula 3 Introdução à gestão de materiais A gestão de materiais é um conjunto de ações destinadas a suprir a unidade com materiais necessários ao desenvolvimento das suas atribuições. Abrange: previsão

Leia mais

GESTÃO DE RECURSOS PATRIMONIAIS E LOGÍSTICOS

GESTÃO DE RECURSOS PATRIMONIAIS E LOGÍSTICOS Unidade III GESTÃO DE RECURSOS PATRIMONIAIS E LOGÍSTICOS Prof. Fernando Leonel Conteúdo da aula de hoje 1. Custos dos estoques 2. Custos diretamente proporcionais 3. Custos inversamente proporcionais 4.

Leia mais

UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO. Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014.

UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO. Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014. UM CONCEITO FUNDAMENTAL: PATRIMÔNIO LÍQUIDO FINANCEIRO Prof. Alvaro Guimarães de Oliveira Rio, 07/09/2014. Tanto as pessoas físicas quanto as jurídicas têm patrimônio, que nada mais é do que o conjunto

Leia mais

Armazenagem e controle. Prof. Paulo Medeiros FATEC - Pompéia

Armazenagem e controle. Prof. Paulo Medeiros FATEC - Pompéia Armazenagem e controle Prof. Paulo Medeiros FATEC - Pompéia Armazenagem Armazenagem e manuseio de mercadorias são componentes essenciais do conjunto de atividades logísticas.seus custos podem absorver

Leia mais

Introdução. 1. Introdução

Introdução. 1. Introdução Introdução 1. Introdução Se você quer se atualizar sobre tecnologias para gestão de trade marketing, baixou o material certo. Este é o segundo ebook da série que o PDV Ativo, em parceria com o Agile Promoter,

Leia mais

FTAD Formação Técnica em Administração de Empresas. Módulo: Administração de Materiais. Profª Neuza

FTAD Formação Técnica em Administração de Empresas. Módulo: Administração de Materiais. Profª Neuza FTAD Formação Técnica em Administração de Empresas Módulo: Administração de Materiais Profª Neuza AULA ANTERIOR: Compras O que é??? É uma atividade de aquisição que visa garantir o abastecimento da empresa

Leia mais

GASTAR MAIS COM A LOGÍSTICA PODE SIGNIFICAR, TAMBÉM, AUMENTO DE LUCRO

GASTAR MAIS COM A LOGÍSTICA PODE SIGNIFICAR, TAMBÉM, AUMENTO DE LUCRO GASTAR MAIS COM A LOGÍSTICA PODE SIGNIFICAR, TAMBÉM, AUMENTO DE LUCRO PAULO ROBERTO GUEDES (Maio de 2015) É comum o entendimento de que os gastos logísticos vêm aumentando em todo o mundo. Estatísticas

Leia mais

Controle de Estoques

Controle de Estoques Controle de Estoques Valores em torno de um Negócio Forma Produção Marketing Posse Negócio Tempo Lugar Logística Atividades Primárias da Logística Transportes Estoques Processamento dos pedidos. Sumário

Leia mais

DESPESAS FIXAS. O que são Despesas Fixas?

DESPESAS FIXAS. O que são Despesas Fixas? Conceitos de Gestão O intuito desse treinamento, é apresentar aos usuários do software Profit, conceitos de gestão que possam ser utilizados em conjunto com as informações disponibilizadas pelo sistema.

Leia mais

Gestão da Qualidade Políticas. Elementos chaves da Qualidade 19/04/2009

Gestão da Qualidade Políticas. Elementos chaves da Qualidade 19/04/2009 Gestão da Qualidade Políticas Manutenção (corretiva, preventiva, preditiva). Elementos chaves da Qualidade Total satisfação do cliente Priorizar a qualidade Melhoria contínua Participação e comprometimento

Leia mais

Unidade II RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS

Unidade II RECURSOS MATERIAIS E PATRIMONIAIS Unidade II 2 TENDÊNCIAS DA ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS 2.1 Gestão de compras 1 A gestão de compras assume papel estratégico na Era da competição global, devido ao volume de recursos envolvidos no processo,

Leia mais

APURAÇÃO DO RESULTADO (1)

APURAÇÃO DO RESULTADO (1) APURAÇÃO DO RESULTADO (1) Isnard Martins - UNESA Rodrigo de Souza Freitas http://www.juliobattisti.com.br/tutoriais/rodrigosfreitas/conhecendocontabilidade012.asp 1 Apuração do Resultado A maioria das

Leia mais

Logística e Administração de Estoque. Definição - Logística. Definição. Profª. Patricia Brecht

Logística e Administração de Estoque. Definição - Logística. Definição. Profª. Patricia Brecht Administração Logística e Administração de. Profª. Patricia Brecht Definição - Logística O termo LOGÍSTICA conforme o dicionário Aurélio vem do francês Logistique e significa parte da arte da guerra que

Leia mais

Módulo 3 Custo e nível dos Estoques

Módulo 3 Custo e nível dos Estoques Módulo 3 Custo e nível dos Estoques O armazenamento de produtos produz basicamente quatro tipos de custos. 1. Custos de capital (juros, depreciação) 2. Custos com pessoal (salários, encargos sociais) 3.

Leia mais

COMO COMEÇAR 2016 se organizando?

COMO COMEÇAR 2016 se organizando? COMO COMEÇAR 2016 se organizando? Como começar 2016 se organizando? Conheça estratégias simples para iniciar o novo ano com o pé direito Você sabia que, de acordo com o Sebrae, os principais motivos que

Leia mais

Aumente sua velocidade e flexibilidade com a implantação da nuvem gerenciada de software da SAP

Aumente sua velocidade e flexibilidade com a implantação da nuvem gerenciada de software da SAP Parceiros de serviços em nuvem gerenciada Aumente sua velocidade e flexibilidade com a implantação da nuvem gerenciada de software da SAP Implemente a versão mais recente do software da SAP de classe mundial,

Leia mais

Administração de Materiais e Logística II.

Administração de Materiais e Logística II. A Administração de Material corresponde, no seu todo ao planejamento, organização, direção, coordenação e controle de todas as tarefas de aquisição, guarda, controle de aplicação dos materiais destinados

Leia mais

PROJETO GESTÃO DE ESTOQUES. Frente Almoxarifado

PROJETO GESTÃO DE ESTOQUES. Frente Almoxarifado PROJETO GESTÃO DE ESTOQUES Frente Almoxarifado Belo Horizonte, setembro de 2011 Agenda Projeto Gestão de Estoques Cartilhas Agendamento de Recebimentos e de Expedições Recebimento Armazenagem Carregamento

Leia mais

Unidade III GESTÃO DE RECURSOS PATRIMONIAIS E LOGÍSTICOS

Unidade III GESTÃO DE RECURSOS PATRIMONIAIS E LOGÍSTICOS GESTÃO DE RECURSOS PATRIMONIAIS E LOGÍSTICOS Unidade III 3 CUSTOS DOS ESTOQUES A formação de estoques é essencial para atender à demanda; como não temos como prever com precisão a necessidade, a formação

Leia mais

NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária

NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária NBC TSP 10 - Contabilidade e Evidenciação em Economia Altamente Inflacionária Alcance 1. Uma entidade que prepara e apresenta Demonstrações Contábeis sob o regime de competência deve aplicar esta Norma

Leia mais

SIMULAÇÃO DE GESTÃO EMPRESARIAL

SIMULAÇÃO DE GESTÃO EMPRESARIAL SIMULAÇÃO DE GESTÃO EMPRESARIAL I INTRODUÇÃO O JOGO DE GESTÃO EMPRESARIAL é uma competição que simula a concorrência entre empresas dentro de um mercado. O jogo se baseia num modelo que abrange ao mesmo

Leia mais

Rodrigo Rennó Questões CESPE para o MPU 11

Rodrigo Rennó Questões CESPE para o MPU 11 Rodrigo Rennó Questões CESPE para o MPU 11 Questões sobre o tópico Administração de Materiais. Olá Pessoal, Hoje veremos um tema muito solicitado para esse concurso do MPU! Administração de Materiais.

Leia mais

RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.265/09. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais,

RESOLUÇÃO CFC Nº. 1.265/09. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais, NOTA - A Resolução CFC n.º 1.329/11 alterou a sigla e a numeração desta Interpretação de IT 12 para ITG 12 e de outras normas citadas: de NBC T 19.1 para NBC TG 27; de NBC T 19.7 para NBC TG 25; de NBC

Leia mais

Gestão de Relacionamento com o Cliente CRM

Gestão de Relacionamento com o Cliente CRM Gestão de Relacionamento com o Cliente CRM Fábio Pires 1, Wyllian Fressatti 1 Universidade Paranaense (Unipar) Paranavaí PR Brasil pires_fabin@hotmail.com wyllian@unipar.br RESUMO. O projeto destaca-se

Leia mais

PLANEJAMENTO OPERACIONAL: RECURSOS HUMANOS E FINANÇAS MÓDULO 16

PLANEJAMENTO OPERACIONAL: RECURSOS HUMANOS E FINANÇAS MÓDULO 16 PLANEJAMENTO OPERACIONAL: RECURSOS HUMANOS E FINANÇAS MÓDULO 16 Índice 1. Orçamento Empresarial...3 2. Conceitos gerais e elementos...3 3. Sistema de orçamentos...4 4. Horizonte de planejamento e frequência

Leia mais

MÓDULO 5 Movimentações

MÓDULO 5 Movimentações MÓDULO 5 Movimentações Bem-vindo(a) ao quinto módulo do curso. Agora que você já conhece as entradas no HÓRUS, aprenderá como são feitas as movimentações. As movimentações do HÓRUS são: Requisição ao Almoxarifado:

Leia mais

A OPERAÇÃO DE CROSS-DOCKING

A OPERAÇÃO DE CROSS-DOCKING A OPERAÇÃO DE CROSS-DOCKING Fábio Barroso Introdução O atual ambiente de negócios exige operações logísticas mais rápidas e de menor custo, capazes de suportar estratégias de marketing, gerenciar redes

Leia mais

1. Quem somos nós? A AGI Soluções nasceu em Belo Horizonte (BH), com a simples missão de entregar serviços de TI de forma rápida e com alta qualidade.

1. Quem somos nós? A AGI Soluções nasceu em Belo Horizonte (BH), com a simples missão de entregar serviços de TI de forma rápida e com alta qualidade. 1. Quem somos nós? A AGI Soluções nasceu em Belo Horizonte (BH), com a simples missão de entregar serviços de TI de forma rápida e com alta qualidade. Todos nós da AGI Soluções trabalhamos durante anos

Leia mais

GESTÃO DE ESTOQUES. Gestão Pública - 1º Ano Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais Aula 4 Prof. Rafael Roesler

GESTÃO DE ESTOQUES. Gestão Pública - 1º Ano Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais Aula 4 Prof. Rafael Roesler GESTÃO DE ESTOQUES Gestão Pública - 1º Ano Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais Aula 4 Prof. Rafael Roesler Sumário Gestão de estoque Conceito de estoque Funções do estoque Estoque de segurança

Leia mais

SISTEMAS DE GESTÃO São Paulo, Janeiro de 2005

SISTEMAS DE GESTÃO São Paulo, Janeiro de 2005 SISTEMAS DE GESTÃO São Paulo, Janeiro de 2005 ÍNDICE Introdução...3 A Necessidade do Gerenciamento e Controle das Informações...3 Benefícios de um Sistema de Gestão da Albi Informática...4 A Ferramenta...5

Leia mais

Logística Integrada. Esse termo refere-se ao papel da Logística como elemento de ligação entre todos os processos, desde o Fornecedor até o Cliente.

Logística Integrada. Esse termo refere-se ao papel da Logística como elemento de ligação entre todos os processos, desde o Fornecedor até o Cliente. Logística Integrada Esse termo refere-se ao papel da Logística como elemento de ligação entre todos os processos, desde o Fornecedor até o Cliente. Ballou (1993) Fonte: BALLOU, R. H. Logística Empresarial.

Leia mais

Bacharelado CIÊNCIAS CONTÁBEIS. Parte 6

Bacharelado CIÊNCIAS CONTÁBEIS. Parte 6 Bacharelado em CIÊNCIAS CONTÁBEIS Parte 6 1 NBC TG 16 - ESTOQUES 6.1 Objetivo da NBC TG 16 (Estoques) O objetivo da NBC TG 16 é estabelecer o tratamento contábil para os estoques, tendo como questão fundamental

Leia mais

4 passos para uma Gestão Financeira Eficiente

4 passos para uma Gestão Financeira Eficiente 4 passos para uma Gestão Financeira Eficiente Saiba como melhorar a gestão financeira da sua empresa e manter o fluxo de caixa sob controle Ciclo Financeiro Introdução Uma boa gestão financeira é um dos

Leia mais

E&L ERP Almoxarifado

E&L ERP Almoxarifado Apresentação 1 PostgreSQL 8.2/ 8.3 Domingos Martins ES v. 1.0 2 Introdução: Prevendo todas as rotinas necessárias ao bom funcionamento da administração de materiais, o produz automaticamente as médias

Leia mais

Custos Logísticos. Não basta somente realizar tarefas, é preciso ser assertivo.

Custos Logísticos. Não basta somente realizar tarefas, é preciso ser assertivo. É todo custo gerado por operações logística em uma empresa, visando atender as necessidades dos clientes de qualidade custo e principalmente prazo. Não basta somente realizar tarefas, é preciso ser assertivo.

Leia mais

Processo de Controle das Reposições da loja

Processo de Controle das Reposições da loja Processo de Controle das Reposições da loja Getway 2015 Processo de Reposição de Mercadorias Manual Processo de Reposição de Mercadorias. O processo de reposição de mercadorias para o Profit foi definido

Leia mais

A Projeção de Investimento em Capital de Giro na Estimação do Fluxo de Caixa

A Projeção de Investimento em Capital de Giro na Estimação do Fluxo de Caixa A Projeção de Investimento em Capital de Giro! Dimensionamento dos Estoques! Outras Contas do Capital de Giro Francisco Cavalcante (francisco@fcavalcante.com.br) Sócio-Diretor da Cavalcante Associados,

Leia mais

Controle Financeiro. 7 dicas poderosas para um controle financeiro eficaz. Emerson Machado Salvalagio. www.guiadomicroempreendedor.com.

Controle Financeiro. 7 dicas poderosas para um controle financeiro eficaz. Emerson Machado Salvalagio. www.guiadomicroempreendedor.com. Controle Financeiro 7 dicas poderosas para um controle financeiro eficaz Emerson Machado Salvalagio Quando abrimos uma empresa e montamos nosso próprio negócio ou quando nos formalizamos, após algum tempo

Leia mais

RELATÓRIOS GERENCIAIS

RELATÓRIOS GERENCIAIS RELATÓRIOS GERENCIAIS Neste treinamento vamos abordar o funcionamento dos seguintes relatórios gerenciais do SisMoura: Curva ABC Fluxo de Caixa Semanal Análise de Lucratividade Análise Financeira o Ponto

Leia mais

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS APRESENTAÇÃO ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS Breve histórico da instituição seguido de diagnóstico e indicadores sobre a temática abrangida pelo projeto, especialmente dados que permitam análise da

Leia mais

22/02/2009. Supply Chain Management. É a integração dos processos do negócio desde o usuário final até os fornecedores originais que

22/02/2009. Supply Chain Management. É a integração dos processos do negócio desde o usuário final até os fornecedores originais que Supply Chain Management SUMÁRIO Gestão da Cadeia de Suprimentos (SCM) SCM X Logística Dinâmica Sugestões Definição Cadeia de Suprimentos É a integração dos processos do negócio desde o usuário final até

Leia mais

Departamento de Engenharia. ENG 1090 Introdução à Engenharia de Produção

Departamento de Engenharia. ENG 1090 Introdução à Engenharia de Produção Pontifícia Universidade Católica de Goiás Departamento de Engenharia Curso de Graduação em Engenharia de Produção ENG 1090 Introdução à Engenharia de Produção Prof. Gustavo Suriani de Campos Meireles Faz

Leia mais

Projeto SIGA-EPT. Manual do usuário Módulo Requisição de Almoxarifado SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO ACADÊMICA

Projeto SIGA-EPT. Manual do usuário Módulo Requisição de Almoxarifado SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO ACADÊMICA Projeto SIGA-EPT Manual do usuário Módulo Requisição de Almoxarifado SISTEMA INTEGRADO DE GESTÃO ACADÊMICA Versão setembro/2010 Requisição de Almoxarifado Introdução Requisição é uma solicitação feita

Leia mais

A ESCOLHA DO SOFTWARE PARA INFORMATIZAÇÃO DA SUA EMPRESA

A ESCOLHA DO SOFTWARE PARA INFORMATIZAÇÃO DA SUA EMPRESA A ESCOLHA DO SOFTWARE PARA INFORMATIZAÇÃO DA SUA EMPRESA Necessidade de informatizar a empresa Uma senhora muito simpática, Dona Maria das Coxinhas, feliz proprietária de um comércio de salgadinhos, está,

Leia mais

Sistemas ERP. Profa. Reane Franco Goulart

Sistemas ERP. Profa. Reane Franco Goulart Sistemas ERP Profa. Reane Franco Goulart Tópicos O que é um Sistema ERP? Como um sistema ERP pode ajudar nos meus negócios? Os benefícios de um Sistema ERP. Vantagens e desvantagens O que é um ERP? ERP

Leia mais

http://www.wikiconsultoria.com.br/100-motivos-implantar-crm/

http://www.wikiconsultoria.com.br/100-motivos-implantar-crm/ Continuando a série 100 motivo para implantar um CRM, veremos agora motivos referentes a BackOffice de CRM. Se você não tem a primeira parte da nossa apresentação, com os primeiros 15 motivos para implantar

Leia mais

Decisões de Estoque. Custos de Estoque. Custos de Estoque 27/05/2015. Custos de Estoque. Custos de Estoque. Custos diretamente proporcionais

Decisões de Estoque. Custos de Estoque. Custos de Estoque 27/05/2015. Custos de Estoque. Custos de Estoque. Custos diretamente proporcionais $ crescem com o tamanho do pedido $ crescem com o tamanho do pedido $ crescem com o tamanho do pedido 27/05/2015 Decisões de Estoque Quanto Pedir Custos de estoques Lote econômico Quando Pedir Revisões

Leia mais

CONFIRA UMA BREVE DESCRIÇÃO DAS VANTAGENS COMPETITIVAS OBTIDAS A PARTIR DE CADA META COMPETITIVA VANTAGEM DA QUALIDADE

CONFIRA UMA BREVE DESCRIÇÃO DAS VANTAGENS COMPETITIVAS OBTIDAS A PARTIR DE CADA META COMPETITIVA VANTAGEM DA QUALIDADE CHÃO DE FÁBRICA A PRODUÇÃO COMPETITIVA CONFIRA UMA BREVE DESCRIÇÃO DAS VANTAGENS COMPETITIVAS OBTIDAS A PARTIR DE CADA META COMPETITIVA VANTAGEM DA QUALIDADE Foco principal das empresas que competem com

Leia mais

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas...

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas... APRESENTAÇÃO O incremento da competitividade é um fator decisivo para a maior inserção das Micro e Pequenas Empresas (MPE), em mercados externos cada vez mais globalizados. Internamente, as MPE estão inseridas

Leia mais

25/02/2009. Tipos de Estoques. Estoque de Materiais. Estoque de Produtos Acabados. Estoque em transito. Estoque em consignação

25/02/2009. Tipos de Estoques. Estoque de Materiais. Estoque de Produtos Acabados. Estoque em transito. Estoque em consignação MSc. Paulo Cesar C. Rodrigues paulo.rodrigues@usc.br Mestre em Engenharia de Produção Posicionamento em relação à Produção e Interação com outras áreas CQ FO ORNECEDORES Matéria Prima Material de Consumo

Leia mais

Curva ABC. Cada uma destas curvas nos retorna informações preciosas a respeito de nossos produtos

Curva ABC. Cada uma destas curvas nos retorna informações preciosas a respeito de nossos produtos Curva ABC A curva ABC tem por finalidade determinar o comportamento dos produtos ou dos clientes. Podemos desenvolver diversos tipos de curvas ABC contendo os seguintes parâmetros: 1. Produto X Demanda

Leia mais

Objetivos da Adm. de Estoque 1. Realizar o efeito lubrificante na relação produção/vendas

Objetivos da Adm. de Estoque 1. Realizar o efeito lubrificante na relação produção/vendas 1 Objetivos da Adm. de Estoque 1. Realizar o efeito lubrificante na relação produção/vendas Aumentos repentinos no consumo são absorvidos pelos estoques, até que o ritmo de produção seja ajustado para

Leia mais

GESTÃO DE ESTOQUE. Fabiana Carvalho de Oliveira Graduanda em Administração Faculdades Integradas de Três Lagoas FITL/AEMS

GESTÃO DE ESTOQUE. Fabiana Carvalho de Oliveira Graduanda em Administração Faculdades Integradas de Três Lagoas FITL/AEMS GESTÃO DE ESTOQUE Fabiana Carvalho de Oliveira Graduanda em Administração Faculdades Integradas de Três Lagoas FITL/AEMS Higino José Pereira Neto Graduando em Administração Faculdades Integradas de Três

Leia mais

Guia para RFP de Outsourcing

Guia para RFP de Outsourcing O processo de condução de uma cotação de serviços de TI, normalmente denominada RFP (do Inglês Request For Proposal), é um processo complexo e que necessita ser feito com critério e cuidados. Muitas vezes

Leia mais

Manual SAGe Versão 1.2 (a partir da versão 12.08.01)

Manual SAGe Versão 1.2 (a partir da versão 12.08.01) Manual SAGe Versão 1.2 (a partir da versão 12.08.01) Submissão de Relatórios Científicos Sumário Introdução... 2 Elaboração do Relatório Científico... 3 Submissão do Relatório Científico... 14 Operação

Leia mais

Curva ABC. Tecinco Informática Ltda. Av. Brasil, 5256 3º Andar Centro Cascavel PR www.tecinco.com.br

Curva ABC. Tecinco Informática Ltda. Av. Brasil, 5256 3º Andar Centro Cascavel PR www.tecinco.com.br Curva ABC Tecinco Informática Ltda. Av. Brasil, 5256 3º Andar Centro Cascavel PR www.tecinco.com.br Sumário Introdução... 3 Utilização no sistema TCar-Win... 3 Configuração da curva ABC... 4 Configuração

Leia mais

Artigo publicado. na edição 34. www.revistamundologistica.com.br. Assine a revista através do nosso site. maio e junho de 2013

Artigo publicado. na edição 34. www.revistamundologistica.com.br. Assine a revista através do nosso site. maio e junho de 2013 Artigo publicado na edição 34 Assine a revista através do nosso site maio e junho de 2013 www.revistamundologistica.com.br Paulo Guedes :: opinião Gastos e Custos Logísticos diferenciar para compreender

Leia mais

UNIVERSIDADE GAMA FILHO ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA GESTÃO DE MATERIAL E PATRIMÔNIO NO SETOR PÚBLICO ELINE COÊLHO DA ROCHA

UNIVERSIDADE GAMA FILHO ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA GESTÃO DE MATERIAL E PATRIMÔNIO NO SETOR PÚBLICO ELINE COÊLHO DA ROCHA UNIVERSIDADE GAMA FILHO ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA GESTÃO DE MATERIAL E PATRIMÔNIO NO SETOR PÚBLICO ELINE COÊLHO DA ROCHA ORGANIZAÇÃO DO ALMOXARIFADO NO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO

Leia mais

Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Abril 2012

Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Abril 2012 Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Abril 2012 O RISCO DOS DISTRATOS O impacto dos distratos no atual panorama do mercado imobiliário José Eduardo Rodrigues Varandas Júnior

Leia mais

Sistema de Gerenciamento de Projetos V 1.01 MANUAL DO COORDENADOR

Sistema de Gerenciamento de Projetos V 1.01 MANUAL DO COORDENADOR Roteiro para utilização do GEP Versão de referência: GEP V1.00 Índice analítico I Apresentação... 2 I.1 Controles básicos do sistema;... 2 I.2 Primeiro acesso... 2 I.3 Para trocar a senha:... 3 I.4 Áreas

Leia mais

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI

Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI Pós-Graduação em Gerenciamento de Projetos práticas do PMI Planejamento do Gerenciamento das Comunicações (10) e das Partes Interessadas (13) PLANEJAMENTO 2 PLANEJAMENTO Sem 1 Sem 2 Sem 3 Sem 4 Sem 5 ABRIL

Leia mais

Prof. Cleber Oliveira Gestão Financeira

Prof. Cleber Oliveira Gestão Financeira Aula 2 Gestão de Fluxo de Caixa Introdução Ao estudarmos este capítulo, teremos que nos transportar aos conceitos de contabilidade geral sobre as principais contas contábeis, tais como: contas do ativo

Leia mais

6 Quarta parte logística - Quarterização

6 Quarta parte logística - Quarterização 87 6 Conclusão A concorrência aumentou muito nos últimos anos e com isso os clientes estão recebendo produtos com melhor qualidade e um nível de serviço melhor. As empresas precisam, cada vez mais, melhorar

Leia mais

Recursos Materiais 1

Recursos Materiais 1 Recursos Materiais 1 FCC - 2008 No processo de gestão de materiais, a classificação ABC é uma ordenação dos itens consumidos em função de um valor financeiro. São considerados classe A os itens de estoque

Leia mais

CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL

CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL Renara Tavares da Silva* RESUMO: Trata-se de maneira ampla da vitalidade da empresa fazer referência ao Capital de Giro, pois é através deste que a mesma pode

Leia mais

Administrando Estoques e Processos Adequadamente

Administrando Estoques e Processos Adequadamente Administrando Estoques e Processos Adequadamente Estoque é Dinheiro Planeje e Controle seus Estoques Rev - 1105 Engº JULIO TADEU ALENCAR e-mail: jtalencar@sebraesp.com.br 1 Serviço de Apoio às Micro e

Leia mais

Noções de Administração de Materiais

Noções de Administração de Materiais Noções de Administração de Materiais ANTES DA DÉCADA DE 70 POUCA IMPORTÂNCIA MATERIAL EM ABUNDÂNCIA COM POUCAS OPÇÕES CUSTOS BAIXOS DE MANTER OS ESTOQUES INVESTIMENTOS PARA AQUISIÇÃO DOS ESTOQUES CONSUMO

Leia mais

GERENCIAMENTO DE ESTOQUE NA FARMÁCIA

GERENCIAMENTO DE ESTOQUE NA FARMÁCIA GERENCIAMENTO DE ESTOQUE NA FARMÁCIA Em qualquer empresa que atua na comercialização de produtos, o estoque apresenta-se como elemento fundamental. No ramo farmacêutico, não é diferente, sendo o controle

Leia mais

08 Capital de giro e fluxo de caixa

08 Capital de giro e fluxo de caixa 08 Capital de giro e fluxo de caixa Qual o capital que sua empresa precisa para funcionar antes de receber o pagamento dos clientes? Como calcular os gastos, as entradas de dinheiro, e as variações de

Leia mais

Prof. Marcelo Mello. Unidade III DISTRIBUIÇÃO E

Prof. Marcelo Mello. Unidade III DISTRIBUIÇÃO E Prof. Marcelo Mello Unidade III DISTRIBUIÇÃO E TRADE MARKETING Canais de distribuição Canal vertical: Antigamente, os canais de distribuição eram estruturas mercadológicas verticais, em que a responsabilidade

Leia mais

PLANEJAMENTO DA MANUFATURA

PLANEJAMENTO DA MANUFATURA 58 FUNDIÇÃO e SERVIÇOS NOV. 2012 PLANEJAMENTO DA MANUFATURA Otimizando o planejamento de fundidos em uma linha de montagem de motores (II) O texto dá continuidade à análise do uso da simulação na otimização

Leia mais

UWU CONSULTING - SABE QUAL A MARGEM DE LUCRO DA SUA EMPRESA? 2

UWU CONSULTING - SABE QUAL A MARGEM DE LUCRO DA SUA EMPRESA? 2 UWU CONSULTING - SABE QUAL A MARGEM DE LUCRO DA SUA EMPRESA? 2 Introdução SABE COM EXATIDÃO QUAL A MARGEM DE LUCRO DO SEU NEGÓCIO? Seja na fase de lançamento de um novo negócio, seja numa empresa já em

Leia mais

Tecnologia em Gestão Pública Desenvolvimento de Projetos - Aula 9 Prof. Rafael Roesler

Tecnologia em Gestão Pública Desenvolvimento de Projetos - Aula 9 Prof. Rafael Roesler Tecnologia em Gestão Pública Desenvolvimento de Projetos - Aula 9 Prof. Rafael Roesler Introdução Objetivos da Gestão dos Custos Processos da Gerência de Custos Planejamento dos recursos Estimativa dos

Leia mais

Gerenciamento de Inventários - Automação de Estoque

Gerenciamento de Inventários - Automação de Estoque Gerenciamento de Inventários - Automação de Estoque A Globaw analisa a situação atual do cliente e apresenta soluções sob medida de automação de estoque (Almoxarifados, armazéns e CDs) matéria prima, materiais

Leia mais

GERENCIAMENTO DE MATERIAIS HOSPITALARES. Farm. Tatiana Rocha Santana 1 Coordenadora de Suprimentos do CC

GERENCIAMENTO DE MATERIAIS HOSPITALARES. Farm. Tatiana Rocha Santana 1 Coordenadora de Suprimentos do CC GERENCIAMENTO DE MATERIAIS HOSPITALARES Farm. Tatiana Rocha Santana 1 Coordenadora de Suprimentos do CC DEFINIÇÕES GERENCIAR Ato ou efeito de manter a integridade física e funcional para algo proposta

Leia mais

Podemos encontrar uma figura interessante no PMBOK (Capítulo 7) sobre a necessidade de organizarmos o fluxo de caixa em um projeto.

Podemos encontrar uma figura interessante no PMBOK (Capítulo 7) sobre a necessidade de organizarmos o fluxo de caixa em um projeto. Discussão sobre Nivelamento Baseado em Fluxo de Caixa. Item aberto na lista E-Plan Podemos encontrar uma figura interessante no PMBOK (Capítulo 7) sobre a necessidade de organizarmos o fluxo de caixa em

Leia mais

Luciano Silva Rosa Contabilidade 03

Luciano Silva Rosa Contabilidade 03 Luciano Silva Rosa Contabilidade 03 Resolução de três questões do ICMS RO FCC -2010 Vamos analisar três questões do concurso do ICMS RO 2010, da FCC, que abordam alguns pronunciamentos do CPC. 35) Sobre

Leia mais

FACULDADE PITÁGORAS DISCIPLINA: SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

FACULDADE PITÁGORAS DISCIPLINA: SISTEMAS DE INFORMAÇÃO FACULDADE PITÁGORAS DISCIPLINA: SISTEMAS DE INFORMAÇÃO Prof. Ms. Carlos José Giudice dos Santos carlos@oficinadapesquisa.com.br www.oficinadapesquisa.com.br Estrutura de um Sistema de Informação Vimos

Leia mais

1. Introdução. 1.1 Apresentação

1. Introdução. 1.1 Apresentação 1. Introdução 1.1 Apresentação Empresas que têm o objetivo de melhorar sua posição competitiva diante do mercado e, por consequência tornar-se cada vez mais rentável, necessitam ter uma preocupação contínua

Leia mais

2. Função Produção/Operação/Valor Adicionado

2. Função Produção/Operação/Valor Adicionado 2. Função Produção/Operação/Valor Adicionado Conteúdo 1. Função Produção 3. Administração da Produção 1 Bibliografia Recomenda Livro Texto: Introdução à Administração Eunice Lacava Kwasnicka - Editora

Leia mais

Projeto Você pede, eu registro.

Projeto Você pede, eu registro. Projeto Você pede, eu registro. 1) IDENTIFICAÇÃO 1.1) Título do Projeto: Você pede eu registro. 1.2) Equipe responsável pela coordenação do projeto: Pedro Paulo Braga Bolzani Subsecretario de TI Antonio

Leia mais

Movimentação de materiais O setor de movimentação de materiais

Movimentação de materiais O setor de movimentação de materiais Movimentação de materiais O setor de movimentação de materiais A movimentação de materiais não necessita exatamente ser um setor dentro da organização, na maioria dos casos, é uma tarefa atrelada ao almoxarifado

Leia mais

Módulo 15 Resumo. Módulo I Cultura da Informação

Módulo 15 Resumo. Módulo I Cultura da Informação Módulo 15 Resumo Neste módulo vamos dar uma explanação geral sobre os pontos que foram trabalhados ao longo desta disciplina. Os pontos abordados nesta disciplina foram: Fundamentos teóricos de sistemas

Leia mais