CIRCULAR CGJ N. 122 DE 26 DE AGOSTO DE 2015.
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- Domingos Sanches de Mendonça
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1 CIRCULAR CGJ N. 122 DE 26 DE AGOSTO DE PEDIDO DE PROVIDÊNCIAS. INFORMAÇÕES INSERIDAS NA DECLARAÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE DIRF ORIUNDAS DO SIDEJUD. EQUÍVOCOS REITERADOS, RISCOS AO TRIBUNAL DE JUSTIÇA E AO SERVIDOR. NECESSIDADE DE ORIENTAR OS CHEFES DE CARTÓRIO. Autos SPA n /2015 Encaminho aos Chefes de Cartório cópia da decisão e do parecer exarados nos autos acima referidos, bem como do documento n /2015, para ciência e devidas providências. Desembargador Luiz Cézar Medeiros Corregedor-Geral da Justiça
2 Autos n /2015 Classe: Institucional/ Correicional/ Pedido de providências DECISÃO 1. Acolho os fundamentos e a conclusão do parecer do Juiz-Corregedor Paulo Roberto Froes Toniazzo. 2. Expeça-se circular aos Chefes de Cartório, com cópia desta decisão, do parecer retro e do documento n / Devolvam-se os autos ao Presidente do Conselho de Administração do Sistema de Depósitos Judiciais Sidejud, para ciência das providências tomadas. Florianópolis, 8 de julho de Desembargador Luiz Cézar Medeiros Corregedor-Geral da Justiça Rua Álvaro Millen da Silveira, n. 208, Torre I, 10ª andar Florianópolis, Santa Catarina, CEP:
3 Autos n /2015 Classe: Institucional/ Correicional/ Pedido de providências PEDIDO DE PROVIDÊNCIAS. INFORMAÇÕES INSERI- DAS NA DECLARAÇÃO DE IMPOSTO DE RENDA RETIDO NA FONTE DIRF ORIUNDAS DO SIDEJUD. EQUÍVOCOS REITERADOS. RISCOS AO TRIBUNAL DE JUSTIÇA E AO SERVIDOR. NECESSIDADE DE ORIENTAR OS CHEFES DE CARTÓRIO. EXPEDIÇÃO DE CIRCULAR Exmo. Sr. Corregedor-Geral, O Presidente do Conselho de Administração do Sistema de Depósitos Judiciais Sidejud, Desembargador Moacyr de Moraes Lima Filho, encaminhou a esta Corregedoria-Geral da Justiça solicitação da Diretoria de Orçamento e Finanças /Divisão de Gestão de Depósitos Judiciais para que seja remetida circular às unidades judiciais com alerta sobre as consequências para o Tribunal de Justiça de Santa Catarina e os agentes públicos decorrentes de equívocos nas informações prestadas ao fisco. É o relatório. Trata-se de requerimento formulado pela Divisão de Gestão de Depósitos Judiciais da Diretoria da Orçamento e Finanças de que seja enviada circular às unidades jurisdicionais para advertir a respeito dos riscos ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina e aos próprios agentes públicos pela incorreta inserção de informações na DIRF. Dessa forma, cumpre orientar aos Chefes de Cartório para que: a) observem o disposto no capítulo dedicado ao correto preenchimento das informações a serem encaminhadas ao fisco do Manual de Orientações do Sidejud, disponibilizado no sítio eletrônico do Tribunal de Justiça de Santa Catarina; códigos; b) atentem-se ao que consta na Orientação CGJ n. 38 sobre o uso dos Rua Álvaro Millen da Silveira, n. 208, Torre I, 10ª andar Florianópolis, Santa Catarina, CEP:
4 c) busquem atendimento via telefone ou na DOF ou na Assessoria de Custas da CGJ para sanar eventuais dúvidas. Lembrando que equívocos na inserção de informações na DIRF sujeitam o Tribunal de Justiça às penalidades previstas nas Instruções Normativas da RFB, bem como à eventual indenização para reparação de danos, juntamente com o servidor responsável em ação regressiva. Ante o exposto, opino pela expedição de circular aos Chefes de Cartório, com cópia deste parecer e do documento n /2015. Após, opino pela devolução dos autos ao Presidente do Conselho de Administração do Sistema de Depósitos Judiciais Sidejud, para ciência das providências tomadas. É o parecer que, sub censura, submeto à elevada apreciação de Vossa Excelência. Florianópolis, 8 de julho de Paulo Roberto Froes Toniazzo Juiz-Corregedor Rua Álvaro Millen da Silveira, n. 208, Torre I, 10ª andar Florianópolis, Santa Catarina, CEP:
5 SPA. 6459/2015 Assunto: Pedido de Providências Problemas encontrados na Declaração de Imposto de Renda Retido na Fonte DIRF 2015 Senhor Diretor, Serve o presente para formalizar matéria abordada na reunião ordinária do Conselho de Administração do Sidejud, realizada em , acerca dos problemas verificados na Declaração de Imposto de Renda Retido na Fonte DIRF. Naquela oportunidade foi deliberado o envio de pedido de providências à Corregedoria-Geral da Justiça. A DIRF é a declaração feita pela Fonte Pagadora, com objetivo de informar à Receita Federal do Brasil RFB os rendimentos pagos a pessoa física e jurídica, inclusive os isentos e não tributáveis, bem como o valor do imposto de renda e/ou contribuições retidos na fonte, sobre os rendimentos pagos para seus beneficiários. A DIRF deve ser entregue à RFB até o último dia útil do mês de fevereiro do ano subsequente ao pagamento do rendimento. As informações que compõem a DIRF deste Tribunal de Justiça são extraídas de quatro bases de dados: Sistema de Depósitos Judiciais Sidejud, Sistema de Precatórios, Sistema de Folhas de Pagamento/DRH e Sistema Integrado de Planejamento e Gestão Fiscal Sigef. A DIRF entregue em 2015 (ano-calendário 2014) englobou contribuintes, sendo que as informações de (82%) contribuintes foram extraídas do Sidejud. Após a entrega da DIRF, este Tribunal disponibiliza o informe de rendimentos aos contribuintes, beneficiários de rendimentos pagos pelo TJSC, para que o utilizem como base em suas declarações de ajuste anual de imposto de renda. O informe de rendimentos demonstra tanto os rendimentos pagos como o imposto de renda e as contribuições retidas na fonte. Dessa forma, a RFB confronta as informações declaradas pela fonte pagadora com as do contribuinte, na declaração de ajuste anual. Eventual divergência pode ensejar ao contribuinte a necessidade de prestar contas com o fisco. As informações inseridas na DIRF oriundas do Sidejud são preenchidas pelas unidades judiciais no momento da expedição do alvará judicial. O correto preenchimento é de responsabilidade do Chefe de Cartório, cabendo ao magistrado vinculado ao processo solucionar dúvidas que surgirem quanto à obrigatoriedade da retenção do tributo, conforme dispõem a Resolução n. 7/2011- GP e a Resolução n. 9/2009 do Conselho da Magistratura, in verbis:
6 Resolução n. 7/2011-GP: Art. 12. A preparação das informações para a solicitação de saque do depósito judicial será efetuada pelo Chefe da Divisão de Precatórios, pelo Diretor Judiciário ou pelo Chefe de Cartório da Vara, Unidade Judiciária ou Órgão do Tribunal em que tramitar o processo. 4º No momento do pedido de saque deverão ser inseridas no sistema as informações relativas à retenção do imposto de renda na fonte correspondentes aos beneficiários do saque, conforme regulamentação do Conselho da Magistratura do Tribunal de Justiça de Santa Catarina. Resolução n. 2/2009 Conselho da Magistratura: Art. 2º Havendo valores depositados em Conta Única, por ocasião do pedido de saque, a informação sobre o Imposto de Renda será inserida diretamente pelo analista jurídico ou pelo diretor judiciário no Sistema de Conta Única, observadas as instruções normativas da RFB. 1º Caberá ao magistrado vinculado ao processo solucionar dúvidas que surgirem quanto à obrigatoriedade da retenção do tributo. 2º O analista jurídico ou o diretor judiciário deverá informar o código de receita correspondente ao rendimento pago, o nome e o CPF/CNPJ do beneficiário, havendo ou não a retenção do Imposto de Renda (ex.: valores isentos), bem como o ente federativo, de forma especificada, a quem pertence o tributo retido. 3º O valor do imposto a ser retido será calculado pelo Sistema de Conta Única, incidindo sobre o valor do pagamento, de acordo com o código de receita informado pelo analista jurídico ou pelo diretor judiciário. Desse modo, conforme mencionado alhures, com base nas informações inseridas no Sidejud pelos Chefes de Cartório, esta Diretoria agrupa os dados, gera e remete a DIRF à RFB. Considerando que o Poder Judiciário de Santa Catarina é composto por mais de trezentas unidades judiciais e que há um histórico de reiterados erros nas informações da DIRF, adotam-se ações que tem por objetivo tanto orientar os usuários do Sidejud quanto padronizar os procedimentos, como segue: a) Disponibilização no site do TJSC de Manual de Orientações do Sidejud há capítulo dedicado exclusivamente ao correto preenchimento das informações a serem encaminhadas à RFB. b) Orientação CGJ n.º 38 trata do IRRF e dos rendimentos recebido acumuladamente RRA. Orienta a utilização dos códigos, bem como apresenta o cálculo do valor do imposto de renda a ser retido na fonte. c) Envio bimestral de aos grupos varas@tjsc.jus.br e juizados@tjsc.jus.br reiterando as orientações (com ênfase nos principais erros e dúvidas). d) Atendimento via telefone e , efetuado pela DOF e Assessoria de Custas da CGJ, a fim de sanar dúvidas enviadas pelas unidades judiciais, inclusive (e
7 principalmente) relacionadas à incidência de imposto e o correto preenchimento no Sidejud. e) Treinamento nos encontros dos chefes de cartório (última edição foi em 2012) o assunto Imposto de Renda sempre recebe maior destaque. f) Efetuada modificação no leiaute do alvará para destacar o imposto de renda retido e as informações sobre o contribuinte cadastrado, visando ao melhor e tempestivo controle. Todavia, as ações apresentadas acima não se mostram suficientes para eliminação de equívocos nas informações para a RFB. Após a entrega da DIRF/2015 e disponibilização dos comprovantes de rendimentos aos contribuintes, foram verificados inúmeros erros nas informações cadastradas no Sidejud. Dentre os equívocos encontrados, pode-se citar: a) Informações de valores isentos registrados como tributáveis. b) Informações de valores tributáveis que foram cadastrados como isentos. Geralmente, esse erro decorre de rendimentos que não alcançaram as faixas de retenções na fonte, da tabela progressiva. Nesse caso, o rendimento não deixa de ser tributável, apenas não há retenção do imposto de renda. c) Informação incorreta do contribuinte, entre outros. Esta Diretoria constatou que a maioria dos erros é de informações incorretas do contribuinte, decorrente de rendimentos recebidos pelo procurador, porém de titularidade do cliente. Nesses casos é cadastrado o CPF/CNPJ do procurador e não o do cliente/parte. Desse modo, a informação consta como se o procurador fosse o titular do direito recebido. Esse tipo de erro causa prejuízo tanto ao procurador quanto ao cliente/parte do processo. Quando cadastrados valores tributáveis que não lhe pertençam, o procurador terá cálculo de imposto de renda superior ao devido. Por outro lado, a parte beneficiária do direito não terá comprovação do aumento de capital auferido na ação. Nesse ponto, exemplifica-se com o caso concreto de uma advogada que teve a emissão de seu passaporte negada, em função de pendências na RFB, oriundas de equívocos nos rendimentos informados por este Tribunal. Além de possível indenização por reparação de dano, os erros nas informações prestadas na DIRF sujeitam este Tribunal de Justiça às penalidades previstas em Instruções Normativas IN da RFB.
8 A IN RFB n /2014 determina que: Art. 27. O declarante ficará sujeito às penalidades previstas na legislação vigente, conforme disposto na Instrução Normativa SRF nº 197, de 10 de setembro de 2002, nos casos de: II - apresentação da Dirf com incorreções ou omissões. A IN RFB n. 197/2002: Art. 2º O declarante está sujeito a multa quando forem constatadas na Dirf as seguintes irregularidades, não sanadas no prazo fixado em intimação: V - não indicação ou indicação incorreta de beneficiário; VI - código de retenção não informado, inválido ou indevido, considerandose: b) indevido, o código que não corresponda à especificação do rendimento ou ao beneficiário; Ademais, a IN RFN n /2011 define que: Art. 6º À fonte pagadora que prestar informação falsa sobre rendimentos pagos, deduções ou imposto sobre a renda retido na fonte, será aplicada multa de 300% (trezentos por cento) sobre o valor que for indevidamente utilizável, como redução do imposto a pagar ou aumento do imposto a restituir ou a compensar, independentemente de outras penalidades administrativas ou criminais. Não menos importante, o retrabalho para corrigir as informações também deve ser considerado. Nesse aspecto, esta Diretoria despende considerável tempo na conferência e retificação das informações prestadas pelas unidades judiciais a fim de retificar esses erros. Como as informações sobre os rendimentos constam no processo, é necessário cotejar os autos para identificar a natureza do rendimento e seu verdadeiro beneficiário. Isto é, a retificação (retrabalho) mobiliza não apenas a DOF, mas também a unidade judicial. Em que pese haver orientação dos procedimentos a serem adotados, algumas unidades judiciais não dão a atenção devida. Desse modo, é necessário cientificar às unidades judiciais sobre os riscos que este Tribunal de Justiça está submetido e, consequentemente, os agentes públicos em ação regressiva. Como a Corregedoria-Geral da Justiça é órgão responsável por orientar, apoiar e fiscalizar as atividades das unidades judiciais do primeiro grau de jurisdição, pede-se o apoio daquele órgão para que envie circular reforçando que as unidades leiam as orientações disponíveis e sanem suas dúvidas com as áreas de
9 apoio. E mais, pede-se que alerte as unidades das penalidades e das responsabilidades que este Tribunal e seus agentes estão sujeitos, decorrentes de equívocos de informações remetidas ao fisco. São essas as informações que submeto a Vossa Senhoria. Florianópolis, 18 de junho de Eduardo Cardoso Silva Chefe da Divisão de Gestão de Depósitos Judiciais Matrícula nº
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