Inper Instituto de Ensino e Pesquisa. Gabriela Orpinelli de Godoy CAPITALIZAÇÃO DE JUROS NOS CONTRATOS BANCÁRIOS

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1 Inper Instituto de Ensino e Pesquisa Certificate in Business Administration - CBA Gabriela Orpinelli de Godoy CAPITALIZAÇÃO DE JUROS NOS CONTRATOS BANCÁRIOS São Paulo 2012

2 Gabriela Orpinelli de Godoy CAPITALIZAÇÃO DE JUROS NOS CONTRATOS BANCÁRIOS TCC apresentado ao curso CBA, como requisito parcial para a obtenção do Grau de Especialista em Gestão de Negócios do Insper Instituto de Ensino e Pesquisa. Orientador: Prof. Dr. Eduardo Rissi Tipologia: Estudo de Caso São Paulo 2012

3 GODOY, Gabriela Orpinelli de. Título do Caso: CAPITALIZAÇÃO DE JUROS NOS CONTRATOS DE CREDIÁRIO DO BANCO ITAÚ. São Paulo, p. TCC Certificate in Business AdministrationInper Instituto de Ensino e Pesquisa Descrição O caso proposto relata a estória de um diretor jurídico de uma das maiores instituições financeiras do país, que identifica os riscos de alteração legislativa eminente relacionada a aplicação de juros aos contratos bancários. Paulo busca conhecer o cenário dentro e fora do Banco para a tomada de decisão. Após analisar todas as alternativas verifica que a solução é complexa e que qualquer alteração pode gerar grandes impactos aos negócios. Objetivo da Aprendizagem O caso proposto tem por objetivo a aplicação de conceitos de administração de empresas em situações reais. O leitor receberá informações de forma a compor um cenário da situação em que o personagem se encontra. Após analisar os dados e informações fornecidas, o leitor deverá tomar decisões estratégicas com o objetivo de solucionar o dilema colocado. Assuntos de cobertura:capitalização de juros, Tabela price, Legislação, Contratos bancários

4 CAPITALIZAÇÃO DE JUROS NOS CONTRATOS BANCÁRIOS Gabriela Orpinelli de Godoy 1 O advogado Paulo é uma destas pessoas que conseguiram construir suas carreiras de forma muito rápida. Aos 32 anos já era Diretor Gerente de uma área jurídica em um dos maiores Bancos de varejo do país, em que era responsável por todos os processos acima de R$ ,00 reais e pelas áreas de consultorias de produtos. O trabalho exigia uma agenda pesada, permeada por decisões estratégicas para a criação de novos produtos e negociações com órgãos externos do judiciário, o que rendeu a Paulo um olho clínico para projetos que envolviammudanças de cenários legislativos e um faro sem igual para perceber oportunidades e ameaças nestas mudanças. 1 Caso desenvolvido pelo aluno do programa Certificate in Business Administrationsob orientação do Prof. Dr. Eduardo Rissi Nenhuma parte deste caso pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer meio eletrônico ou mecânico, inclusive fotocópia, gravação ou qualquer outro sistema de armazenamento, sem autorização por escrito do Autor. Aos infratores aplicam-se as sanções previstas nos artigos 102, 104, 106 da lei 961- de 19/02/1998. Nomes de empresas e pessoas, assim como dados utilizados, são fictícios para preserverconfidencialidade dos envolvidos. 3

5 A função estratégica de Paulo dentro da organização permitia que ele acompanhasse os julgamentos de recursos com impacto direto nas operações bancárias.assim sendo, Paulo foi alertado pela Gerência de Tribunais Superiores que o cenário que se desenhava era de uma possível alteração na regulamentação referente à capitalização de juros com periodicidade inferior a um ano, uma vez que o Supremo Tribunal Federal estava julgando um Recurso Especial com repercussão geral 2 que discutia a constitucionalidade da medida provisória nº /2001, que disciplina a matéria nas operações realizadas pelas instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional. A Medida Provisória /2001 já havia sido julgada inconstitucional no Tribunal Estadual do Rio de Janeiro. 3 Em uma reunião com a área de produtos, Paulo expôs a sua preocupação para os diretores sobre esta provável mudança, questionou se os diretores de produto tinham conhecimento deste recurso e questionou ainda qual era a prática utilizada pelo Banco. A preocupação de Paulo era se antecipar e estar preparado para eventual mudança, de maneira mais estruturada. As principais questões que incomodavam Paulo eram: Acredito que os nossos contratos não capitalizam juros, será que é isso mesmo? Como estão os nossos contratos? Como essa questão esta sendo tratada nos nossos contenciosos de ações contra a cobrança? Como podemos agir diante deste cenário? Logo Paulo entendeu que precisaria montar um grupo de estudo com diversas áreas, pois o conhecimento destas questões estava disperso por áreas que não eram de sua responsabilidade. A primeira coisa que Paulo fez foi verificar qual era o objeto da Ação Direta de Inconstitucionalidade, pendente de julgamento, e percebeu que a fundamentação deste recurso era forte e que dificilmente, via FEBRABAN (Federação Brasileira de Bancos), conseguiriam reverter o julgamento. Os fundamentos da ADIN (Ação Direta de Inconstitucionalidade) 2316 eram: 1) os assuntos afetos ao Sistema Financeiro Nacional deveriam ser tratados por lei 2 A Repercussão Geral é um instrumento processual inserido na Constituição Federal de 1988, por meio da Emenda Constitucional 45, conhecida como a Reforma do Judiciário. O objetivo desta ferramenta é possibilitar que o Supremo Tribunal Federal selecione os Recursos Extraordinários que irá analisar, de acordo com critérios de relevância jurídica, política, social ou econômica. O uso desse filtro recursal resulta numa diminuição do número de processos encaminhados à Suprema Corte. Uma vez constatada a existência de repercussão geral, o STF analisa o mérito da questão e a decisão proveniente dessa análise será aplicada posteriormente pelas instâncias inferiores, em casos idênticos. 3 TJ/ RJ - Órgão Especial deste Tribunal, na Arguição de Inconstitucionalidade nº FF265E5142E2B6FA1C

6 complementar e não por Medida Provisória; e 2) a Medida Provisória padecia dos requisitos fundamentais de relevância e urgência. Agora Paulo analisa as possibilidades e se questiona: Como podemos nos antecipar às mudanças? Capitalização de Juros e Anatocismo Conceito O chamado anatocismo, conceito jurídico, consiste na incorporação dos juros de um determinado período (mensal, semestral, anual) ao capital, compondo um montante que servirá de base para nova incidência da taxa de juros convencionada, isto é, juros cobrados sobre os juros vencidos e não pagos. Esta definição legal pode ser verificada no DicionárioJurídico 4 de Maria Helena Diniz que diz: JUROS ACUMULADOS. Direito comercial e direito civil. Os juros devidos, já vencidos, que, periodicamente, são incorporados ao capital. Trata-se dos juros de juros, ou seja, os computados sobre o capital acrescido dos juros que produziu. São aqueles somados ou integrados periodicamente ao capital para produzir novos juros no período seguinte. Trata-se do anatocismo ou capitalização de juros, vedada por lei. Para os juristas esta pratica é considerada ilegal, pois remunera um valor não emprestado pelos Bancos aos correntistas. Os juros deixam de ser acessório e adquirem a mesma natureza do principal. Legislação Aplicável A acumulação de juros vencidos aos saldos liquidados em conta corrente com periodicidade anual, foi permitida no Código Comercial de 1850, art O Código Civil, de , também previa, no art (redação original), a capitalização de juros, sem qualquer limite de periodicidade, desde que expressamente convencionada. Porém este artigo foi 4 Vol. 3. São Paulo: Saraiva, 1998, p

7 parcialmente revogado pela Lei da Usura (Decreto nº /33), que, em seu art. 4º, admite a acumulação dos juros vencidos aos saldos líquidos, desde que em periodicidade anual, no mesmo sentido do que já ocorria no Código Comercial. A regra no nosso sistema jurídico sempre possibilitou a capitalização de juros, desde que pactuado, com variação normativa apenas com relação ao período de incorporação dos juros ao principal, se anual ou mensal. O Supremo Tribunal Federal, após interpretar o art. 4º da Lei de Usura, editou a Súmula nº 121, cujo enunciado é É vedada a capitalização de juros, ainda que expressamente convencionada. 5 Porém esta interpretação não é valida para as operações regidas por leis especiais, pois nestes casos o STJ 6 entende que é permitida a capitalização de juros de acordo com o período avençado. As leis especiais que tratam do assunto são: o Decreto-lei nº 167, de 1967 (Cédula de Crédito Rural); Dec. Lei nº 413, de (Cédulas de Crédito Industrial); Lei nº 6.313, de (Crédito à Exportação); Lei nº 6.840, de (Cédula de Crédito Comercial e Produto Rural), e por último, a Medida Provisória nº 1.925, de (Cédula de Crédito Bancário). A Medida Provisória nº / 2000, reeditada pela Medida Provisória /2001, a exemplo das leis especiais já existentes, prevê, no seu art. 5º, que "nas operações realizadas pelas instituições integrantes do Sistema Financeiro Nacional, é admissível a capitalização de juros com periodicidade inferior a um ano." Crediário Conceito O Crediário é um empréstimo pessoal sem garantia e sem necessidade de comprovação do direcionamento dos recursos, com pagamento em parcelas mensais de mesmo valor e consecutivas. Sobre o valor financiado (valor emprestado acrescido do Imposto sobre Operações Financeiras) incidem juros à taxa contratada, proporcionalmente aos dias decorridos Sumula nº 93 A legislação sobre cédula de crédito rural, comercial e industrial admite o pacto de capitalização de juros htm 6

8 O sistema de amortização 7 utilizado no crediário é o Sistema de Amortização Francês, também chamado de Tabela Price. Neste sistema de amortização, criado pelo inglês Richard Price em 1771 e publicado na obraobservations On Reversionary Payments (Observações Sobre Pagamentos Reversíveis), o valor da parcela é constante, periódica e sucessiva. A parcela é composta por principal e juros e dentro desta parcela o percentual de principal e o percentual de juros de cada parcelavariam no decorrer do tempo, de modo a manter-se constante o valor de cada parcela Análise do contrato e das ações contra a cobrança O contrato de crediário utilizado pela instituição financeira em que Paulo trabalhava previa de maneira clara e expressa a possibilidade de capitalização de juros. Segundo a área de ações contra cobrança, estes contratos e a regulamentação da Medida Provisória eram suficientes para garantir o sucesso nas reclamações que questionavam a capitalização. Para comprovar estes resultados a área encaminhou uma série de decisões neste sentido e em todas havia a expressa menção de que a capitalização poderia ocorrer desde que estivesse expressamente prevista em contrato 8. Porém, esta mesma área indicou que alguns Tribunais Estaduais já estavam começando a julgar a Medida Provisória inconstitucional 9 e que nestes casos o Banco ingressava com recurso para o Superior Tribunal de Justiça. Análise da aplicação dos juros e da forma de amortização 7 Aamortizaçãoéumprocessofinanceiropeloqualumadividaouobrigaçãoépagaprogressivamentepormeio de parcelas, de modo que ao término do prazo estipulado o débito seja liquidado. SAMANEZ, Carlos Patricio. MatemáticaFinanceira:aplicaçõesaanalisedeinvestimentos,4.ed.SãoPaulo:PearsonPrenticeHall, Jurisprudência STJ : AgRg no Ag / RS. 1. Cabível a capitalização dos juros em periodicidade mensal para oscontratos celebrados a partir de 31 de março de 2000, data daprimitiva publicação da MP /2001, desde que pactuada. No mesmo sentido REsp / RJ 3. A capitalização dos juros somente é admissível nas hipóteses em que tiver sido expressamente contratada pelas partes. Precedentes. 9 TJ/ RJ - Órgão Especial deste Tribunal, na Arguição de Inconstitucionalidade nº Corte Especial do extinto Tribunal de Alçada do Paraná Incidente de Inconstitucionalidade nº /01 7

9 Paulo, com base em todas essas informações, solicitou a área de negócio um estudo que deveria verificar se os juros aplicados realmente eram incorporados ao capital, configurando a prática do anatocismo, ou se os juros de cada período eram integralmente pagos. A área de negócio começou a trabalhar com as seguintes premissas: 1) o sistema utilizava a capitalização composta, com taxa diária ((1+Taxa mensal)^(1/30))-1 2) Juros cobrado = Saldo devedor * Juros do período (vencimento2 vencimento 1) 3) Juros do período: ((1+Taxa diária)^(diferença de dias entre vencimentos)-1) 4) O valor da parcela é definido pela metodologia PRICE, com base na quantidade de dias da operação. 5) Amortização do principal = valor da Parcela juros do período 6) A diferença entre vencimentos: na maioria das vezes é diferente de 30 dias por conta de feriados e finais de semana e meses com mais ou menos de 30 dias Com base nestas premissas a área notou a primeira diferença entre os juros aplicados pelo Banco e os juros simples, pois ao trazer a taxa mensal de 10% para a taxa diária verificou-se uma diferença. A taxa diária composta era de 0, %, enquanto a taxa simples era de0,333333%. A área então comparou as duas taxas em uma simulação (Figura 1) e verificou que a taxa diária composta embora seja menor que a taxa diária simples, gera uma receita de juros maior, pelo fato de cobrar juros sobre juros. Para verificar o efeito da carência a área de negócio ainda realizou outra simulação (Tabela1). Nesta simulação verificou que o período de carência impacta toda a operação e que quando a carênciaé grande chega até a gerar amortizações negativas. Este fato ocorre, pois o valor dos juros acumulados é maior que o valor da parcela. Quando ocorre esta situação há a cobrança de juros sobre juros, tanto nos juros simples como nos juros compostos. Esse efeito é normalizado no decorrer da operação. A área ainda explicou que aalegação de capitalização estava ligada a ideia da utilização para o cálculo das parcelas, de elementos de juros compostos. A fórmula para o cálculo da parcela é representada da seguinte forma: PMT = PV x (((1 + i%) n x i%) / ((1 + i%) n - 1)). Nesta fórmula verificamos a expressão(1 + i) n, denominada de fator de capitalização, a qual gera comportamento exponencial em função do tempo, característico dos juros compostos. 8

10 Com este levantamento em mãos, Paulo começou a analisar todas as alternativas que possuía para a tomada de decisão. Investigação das possíveis alternativas em caso de mudança legislativa Exclusão da cláusula de capitalização de juros dos contratos A primeiraalternativa pensada por Paulo seria: 1) Excluir as cláusulas de capitalização de juros de todos os contratos de crediário, assim como de todos os canais de atendimento ao cliente; 2) Adequar o sistema para realizar o cálculo das parcelas considerando juros simples. Com esta atitude o Banco já estaria adequado à nova regulamentação, porémos impactos nos negócios seriam grandes, uma vez que além dos gastos para que as providências acima fossem tomadas, a alteraçãoda forma de cálculo do crediário traria um impacto nos negócios no total de R$ ,00 anuaise Paulo sabia que esta decisão não seria bem aceita pela área de produtos e pelos executivos do Banco. Transformar a Medida Provisória em lei complementar. Paulo começou também a analisar a possibilidade de transformar a Medida Provisória em lei complementar, pois desta forma o recurso que impulsionaria a alteração legislativa estaria sem objeto e as práticas hoje adotadas pelo Banco estariam válidas.para tanto, começou a estudar o processo legislativo da lei complementar. A Lei complementar é utilizada, como o próprio nome diz, para complementar a Constituição. A Constituição estabelece ao longo de seu texto um rol taxativo de assuntos que obrigatoriamente devem ser regulamentados por lei complementar 10. O art. 192 da Constituição 10 FERREIRA, Pinto. Curso de Direito Constitucional. 12. ed. ampl. atual. São Paulo: Saraiva, p

11 Federal (CF) determina que O sistema financeiro nacional, estruturado de forma a promover o desenvolvimento equilibrado do País e a servir aos interesses da coletividade, em todas as partes que o compõem, abrangendo as cooperativas de crédito, será regulado por leis complementares que disporão, inclusive, sobre a participação do capital estrangeiro nas instituições que o integram. O processo legislativo complementar possui três fases distintas: introdutória, constitutiva e complementar. A iniciativa da lei complementar compete: a Câmara dos Deputados (membro ou comissão), do Senado Federal (membro ou comissão) ou do Congresso Nacional (membro ou comissão), ao Presidente da República, ao Supremo Tribunal Federal, aos Tribunais Superiores, ao Procurador-Geral da República e aos cidadãos, conforme determina o Art. 61, CF. A discussão e a votação do projeto de lei complementar seguirá os termos da deliberação parlamentar do projeto de lei ordinária, exigindo apenas a aprovação em quórum especifico. O quórum de aprovação da lei complementar é de maioria absoluta (Art. 69 CF). Na votação por maioria absoluta observa-se o número total de integrantes da Casa Legislativa. O projeto de lei será aprovado se obtiver votos favoráveis da metade mais um do total dos parlamentares, independente do número de congressistas presentes naquela sessão 11. Desta forma, a proposição deverá ser analisada primeiramente pelas comissões da Casa Legislativa em que se realiza a deliberação principal. Sendo aprovada seguirá para a apreciação em plenário, onde ocorrerá a discussão e a votação do projeto. Caso aprovado pela Casa principal, o projeto será encaminhado para revisão. Se a Casa da deliberação revisional aprovar por maioria absoluta o projeto de lei complementar, esta será remetida à sanção presidencial. Caso a Casa revisora rejeite o projeto, este será arquivado. Na casa revisional, podem ser apresentadas emendas, o que fará com que o projeto retorne à Casa principal para a apreciação destas. Sendo aprovadas por maioria absoluta, a deliberação parlamentar está encerrada. 11 MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 16. ed. São Paulo: Atlas, p

12 O projeto de lei complementar, uma vez aprovado pelo Congresso Nacional deverá ser remetido ao crivo do Presidente da República, que poderá sancioná-lo ou vetá-lo. Destarte, o projeto de lei complementar apenas se transformará em lei com a anuência do Presidente da República ou com a rejeição de seu veto pelo Poder Legislativo 12. Por fim, a lei complementar deverá ser promulgada e publicada. Para Paulo, a maior dificuldade em transformar a Medida Provisória em Lei Complementar seria a fase de aprovação por maioria absoluta e sanção presidencial, uma vez que convencera maioria mais um dos parlamentares em votar pela aprovação dos juros capitalizados não seria uma tarefa fácil e rápida. O plano a médio e longo prazo Paulo, com base nas informações acima levantadas e nas alternativas de atuação analisadas, pôde fazer um diagnóstico, elaborando um plano de ação. O diretor verificou que a única solução que dependia exclusivamente da instituição financeira dificilmente seria tomada, pois os valores envolvidos eram relevantes para a área de negócio e se antecipar àalteração legislativa também anteciparia prejuízos. O diretor então decidiu que a saída seria atuar em várias frentes, mas sem nenhuma alteração interna relevante que levasse a perdas. O plano traçado consistia em: 1) Realizar um trabalho específico nos Tribunais do Rio de Janeiro e Paraná, aonde já havia decisão considerando inconstitucional a capitalização de juros, na tentativa de reverter o posicionamento dominante. Para tanto Paulo contrataria um Escritório Colaborador focado nesta atuação, que teria como missão identificar os desembargadores com posicionamento contrário e as suas teses. Após este trabalho de identificação, seriam contratados juristas de renome, com 12 SILVA, José Afonso da. Processo Constitucional de Formação das Leis. 2. ed. São Paulo: Malheiros, p

13 posicionamento favorável ao Banco, para elaborar uma tese de defesa e posteriormente realizar a defesa oral dos recursos nos julgamentos. 2) Passar orientação para osescritórios Colaboradores, de que todas as decisões que excluíssem a capitalização deveriam ser recorridas, pois o entendimento no STJ considerava legal a capitalização, desde que pactuada. 3) Estudar a melhor forma de colocar em pauta um Projeto de Lei que regularizasse a previsão da cobrança de juros capitalizados com periodicidade inferior a um ano. 4) Acompanhar de perto, juntamente com a Federação Brasileira de Bancos, o julgamento da matéria no STF, contratando advogados de renome para a defesa das instituições financeiras afetadas. Outra decisão fundamental foi entrar em contato com Deputados e Senadores para tentar viabilizar a iniciativa legislativa e a aprovação do futuro projeto. Mas as questões enfrentadas por Paulo se renovam a cada dia, e o desafio continua: Será que com a queda nas taxas de juros, o Projeto de Lei será viabilizado de forma mais tranqüila? Como a queda dos juros afetará esta questão? Qual será o desfecho da Ação Direta de Inconstitucionalidade? Como influenciar definitivamente no julgamento ou na aprovação do Projeto de Lei? Como dar continuidade a gestão deste risco? Em caso de uma alteração legislativa, como suprir as perdas causadas? 12

14 ANEXOS Figura 1 Gráfico que mostra a aplicação de juros simples e a aplicação de juros compostos em contratos de crediário calculado com meses com a mesma quantidade de dias, taxa de juros de 10% ao mês. Valor emprestado de R$ 1.000,00, com carência de 60 dias e pagamento em parcela única. IOF não considerado. Tabela 1 Comparativo entre juros compostos e juros simples em uma operação contratada em 01/02/2012, no valor de R$ 1.000,00, com carência para o pagamento da primeira parcela de 94 dias e com juros de 4,38% ao mês. O IOF aplicado foi de 0,0068% a.d. e 0,38% flat Simulação JUROS COMPOSTOS Simulação JUROS SIMPLES 13

15 Obras Consultadas Conceito de Repercussão Geral. Disponível em: Acesso em: 02 de abril de Jurisprudência. Disponível em: 383CD F9A18DA3FF265E5142E2B6FA1C Acesso em: 02 de abril de Jurisprudência. Disponível em: +nº %2f01&s=jurisprudencia. Acesso em: 02 de abril de Jurisprudência. Disponível em: em: 02 de abril de Sumula 121 STF. Disponível em: Acesso em 06 de abril de Sumula 93 STJ. Disponível em: htm. Acesso em 06 de abril de ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS E TÉCNICAS. NBR 6023: informação e documentação: referências: elaboração. Rio de Janeiro, p.. NBR 10520: informação e documentação: citações em documentos: apresentação. Rio de Janeiro, p. 14

16 . NBR 14724: informação e documentação: trabalhos acadêmicos: apresentação. Rio de Janeiro, p. INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Normas de apresentação tabular. 3. ed. Rio de Janeiro: IBGE, p. ROESCH, S.; FERNANDES, F. Como escrever casos para ensino de administração. São Paulo: Atlas, SAMANEZ, Carlos Patricio. Matemática Financeira: aplicações a analise de investimentos, 4. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, SILVA, José Afonso da.processo Constitucional de Formação das Leis. 2. ed.são Paulo: Malheiros, p MORAES, Alexandre de. Direito Constitucional. 16. ed. São Paulo: Atlas, p FERREIRA, Pinto. Curso de Direito Constitucional. 12. ed. ampl. atual. São Paulo: Saraiva, p DINIZ, Maria Helena. Dicionário Jurídico. Vol. 3. São Paulo: Saraiva, 1998, p

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