Câmaras Técnicas de Saúde Mental 2017 GUIA DE REFERÊNCIA. de Terapia Ocupacional em Saúde Mental

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1 Câmaras Técnicas de Saúde Mental 2017 GUIA DE REFERÊNCIA de Terapia Ocupacional em Saúde Mental

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3 LISTA DE SIGLAS AB AVDs AVPs CAPS CR NASF PTS RAPS RT SRT UAA UAI Atenção Básica Atividades de Vida Diária Atividades de Vida Prática Centro de Atenção Psicossocial Consultório na Rua Núcleo de Apoio à Saúde da Família Projeto Terapêutico Singular Rede de Atenção Psicossocial Residência Terapêutica Serviço Residencial Terapêutico Unidade de Acolhimento Adulto Unidade de Acolhimento Infantil LISTA DE TERMOS Acolhimento É o momento de escuta inicial, a partir da queixa, para formular a demanda de atendimento; requer técnicas, posturas e reorientação dos profissionais na organização do processo de trabalho, permitindo o acesso e o acompanhamento de cada pessoa em seu PTS. Assembleias Uma das modalidades de grupos oferecidas nos CAPS semanalmente, sendo um espaço de convivência e de discussão de questões referentes ao serviço, favorecendo o protagonismo dos usuários e familiares. Busca Ativa Ação que tenta identificar o motivo da ausência dos usuários ao serviço e resgatar o vínculo e a continuidade do acompanhamento, de acordo com seu PTS. 03

4 Clínica Ampliada A clínica ampliada é uma das diretrizes que a Política Nacional de Humanização propõe para qualificar o modo de se fazer saúde. Ampliar a clínica é aumentar a autonomia do usuário do serviço de saúde, da família e da comunidade. É integrar a equipe de trabalhadores da saúde de diferentes áreas na busca de um cuidado e tratamento de acordo com cada caso, com a criação de vínculo com o usuário. A vulnerabilidade e o risco do indivíduo são considerados e o diagnóstico é feito não só pelo saber dos especialistas clínicos, mas também leva em conta a história de quem está sendo cuidado. Cuidadores de SRT São os profissionais que trabalham nos Serviços Residenciais Terapêuticos, englobando ações no domicílio, na comunidade local, no lazer, na família, e outros, de acordo com o PTS de cada morador, acompanhando-o nas Atividades de Vida Diária (AVDs) e Atividades de Vida Prática (AVPs) e favorecendo a autonomia e independência possíveis para cada um nessas atividades. Desempenho ocupacional Participação do indivíduo no contexto da vida diária, como resultado de interações entre a pessoa, o ambiente e a ocupação. É formado por contextos de desempenho (cultural, social, físico e institucional), por áreas de desempenho (autocuidado, produtividade e lazer) e componentes de desempenho (afetivo, cognitivo e físico). Ecomapa Consiste na representação gráfica dos contatos, das relações, ligações e interações entre os membros da família e também com os outros sistemas sociais. Genograma Diagrama que detalha a estrutura e o histórico familiar fornecendo informações sobre os vários papéis de seus membros e das diferentes gerações; fornece as bases para a discussão e análise das interações familiares e os laços de afetividade. PTS Conjunto de propostas e condutas terapêuticas articuladas para os usuários dos serviços, direcionadas às suas necessidades. Dispositivo potencial para o planejamento das ações em saúde, especialmente nos serviços onde o 04

5 trabalho está organizado na lógica de Apoio Matricial e Equipe de Referência, como CAPS, por exemplo. A elaboração do PTS deve ser coletiva, ou seja, feita pelos técnicos da equipe, pelo usuário e familiares. Técnico ou terapeuta de referência Profissional da equipe responsável pelo acompanhamento do usuário, pelo seu PTS, pelo contato com a família e demais serviços/profissionais da rede e pela avaliação dos objetivos traçados inicialmente. Território Espaço delimitado não só geograficamente, mas também pelas relações ali estabelecidas como as relações de poder, trocas sociais e materiais, por exemplo. 05

6 INTRODUÇÃO A proposta desse Manual é apresentar possibilidades de ações do terapeuta ocupacional no campo da Saúde Mental, bem como apoiar esses profissionais no desenvolvimento de estratégias de cuidado de famílias, indivíduos e comunidade em geral. Além disso, pretende contribuir na qualificação do cuidado e amenizar as angústias quando nós, profissionais, nos deparamos com pessoas, familiares, amigos e vizinhos que convivem e/ou possuem problemas relacionados à saúde mental. A Lei , de 06 de abril de 2001, implanta a Reforma Psiquiátrica para garantir a proteção e os direitos das pessoas com transtornos mentais, além de buscar novas formas de cuidar, mudando o modelo de internação asilar (BRASIL, 2001). A mudança de um Paradigma Psiquiátrico, hospitalocêntrico e médico-centrado, para o Paradigma da Atenção Psicossocial, está implicada no cuidado em liberdade, no território, garantindo direitos e proteção das pessoas com transtornos mentais. Amarante (2007) ressalta que na Saúde, poucos são os campos de conhecimento e atuação tão complexos, plurais, intersetoriais e com tanta transversalidade de saberes, pois não se baseia apenas na psiquiatria e tampouco é exercida por apenas um profissional. Portanto, o cuidado em saúde mental não está mais relacionado somente à remissão dos sintomas, mas também a reconstrução dos vínculos, da autonomia e do protagonismo do sujeito social. Neste contexto, a Atenção Básica aparece como eixo estruturante no cuidado em Saúde Mental, através do Apoio Matricial, além dos CAPS (Centros de Atenção Psicossociais) e dos demais pontos de atenção da RAPS (Rede de Atenção Psicossocial), como os SRTs (Serviços Residenciais Terapêuticos) nos processos de Desinstitucionalização, entre outros, conforme tabela 1. Além da Política Nacional de Saúde Mental, observamos que os terapeutas 06

7 ocupacionais têm realizado ações e projetos em outros locais, como ONGs e serviços privados, também com enfoque na saúde mental. Se considerarmos dados oficias que apontam para o crescimento de transtornos mentais no país, como é o caso do Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) e Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), por exemplo, podemos afirmar que os terapeutas ocupacionais têm outras possibilidades de atuação nesse campo, bastante complexo e diversificado, para além das políticas públicas vigentes e a partir de diferentes referenciais teóricos. Em anexo estão, como sugestão, exemplos de instrumentos para avaliação das pessoas com sofrimento mental. Essas ferramentas podem ser utilizadas pelas equipes de saúde mental, incluindo-se os terapeutas ocupacionais. Iniciaremos com a apresentação do tema Desinstitucionalização e os pontos de atenção da RAPS (BRASIL, 2011) que devem ser implantados em cada município, a depender de seu porte populacional e demandas de atenção em Saúde Mental, indicando minimamente a cartografia das políticas públicas na área e as possibilidades de atuação dos terapeutas ocupacionais na abordagem da Atenção Psicossocial. Em seguida, outras possibilidades para os terapeutas ocupacionais da Saúde Mental serão brevemente citadas, devendo ser objeto de futuras publicações, tanto em apresentação digital como impressa. Ressaltamos que essa primeira publicação tem a proposta de ser um guia inicial para indicar alguns caminhos para os colegas terapeutas ocupacionais inseridos em serviços que realizem o cuidado às pessoas em sofrimento mental. Segue a tabela 1 para apresentar cada ponto de atenção da RAPS, contextualizando o cenário que será abordado: 07

8 Rede de Atenção Psicossocial (BRASIL, 2011) 08 Componentes Pontos de Atenção Atenção Básica em Saúde Unidade Básica de Saúde; Núcleo de Apoio a Saúde da Família; Consultório na Rua; Apoio aos Serviços do componente Atenção Residencial de Caráter Transitório; Centros de Convivência e Cultura. Atenção Psicossocial Estratégica Centros de Atenção Psicossocial nas suas diferentes modalidades. Atenção de Urgência e Emergência SAMU 192; Sala de Estabilização; UPA 24 horas e portas hospitalares de atenção à urgência/pronto Socorro, Unidades Básicas de Saúde. Atenção Residencial de Caráter Transitório Unidade de Acolhimento (Adulto e Infantil); Serviços de Atenção em Regime Residencial. Atenção Hospitalar Enfermaria especializada em Hospital Geral; Serviço Hospitalar de Referência para Atenção às pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas. Estratégias de Desinstitucionalização Serviços Residenciais Terapêuticos; Programa de Volta para Casa. Estratégias de Reabilitação Psicossocial Iniciativas de Geração de Trabalho e Renda; Empreendimentos Solidários e Cooperativas Sociais.

9 1. O QUE É DESINSTITUCIONALIZAÇÃO? A partir da Reforma Psiquiátrica brasileira, iniciada no final dos anos 70, com a mobilização de profissionais da saúde mental e dos familiares de pacientes com transtornos mentais, esse movimento se inscreve no contexto da redemocratização do país e na mobilização político-social que ocorre na época. Já no final da década de 80 os hospitais psiquiátricos começam a fechar, sendo a primeira experiência em São Paulo o encerramento das atividades da Casa Anchieta em Santos. A partir disso, a desinstitucionalização passa a fazer parte do cotidiano do Movimento da Luta Antimanicomial e da Reforma Psiquiátrica brasileira como um dos seus pilares. Sendo assim, entendemos desinstitucionalização como o modo pelo qual se trabalha com novas possibilidades de vida das pessoas que por anos ou décadas viveram em espaços confinados ditos Hospitais Psiquiátricos. Um processo de singularização que tem como propósito a invenção ou reinvenção de um outro modo de se viver, sendo esta oportunidade impossível de se viabilizar com alguém que mora dentro de instituições fechadas. Trata-se da produção de vida e reprodução social, sendo uma engenharia de reconstrução de sentidos, de produção de valores, tempo, espaço, responsabilizar-se, de identificação de situações de sofrimento e de opressão, reingressar no corpo social, consumo de produção, trocas, novos papéis, outros modos materiais de ser para o outro, aos olhos do outro como discute Franco Rotelli na publicação "A Instituição Inventada" de 1988 que, apesar de ser antiga, apresenta colocações importantes que ainda condiz com nossa realidade. Vale lembrar que no cenário brasileiro, esse processo tem papel importante na vida das pessoas institucionalizadas e se inicia dentro do Hospital Psiquiátrico, pois é intramuros que as equipes de desinstitucionalização iniciam o trabalho em conjunto com os moradores para impedir a continuidade do sufocamento de um lugar social que os mesmos não escolheram pra si. Ressalta-se ainda a importância dos terapeutas ocupacionais nessas equipes, pois para se construir o Projeto Terapêutico Singular (PTS), é necessário avaliar as Atividades de Vida Diária (AVD), Atividades de Vida Prática (AVP) e 09

10 funcionalidade objeto de intervenção da profissão, bem como coletar dados pessoais, história clínica, psíquica e familiar nos prontuários e escutar os moradores, familiares e profissionais para construção de um PTS significativo pautado no resgate de cidadania, desejos e novas possibilidades de vida. Além desta imprescindível avaliação, o terapeuta ocupacional pode oferecer apoio técnico aos acolhimentos de familiares dos moradores e nas visitas domiciliares para resgate de vínculos e verificação de possibilidades para retorno do morador para sua família ou se deve ser encaminhado para um SRT. Participar de discussões de casos com as equipes do Hospital Psiquiátrico, articular e acompanhar o processo de pré e pós-alta e articular com serviços de referência o início da reabilitação psicossocial no território, seguindo o propósito da Lei n , de 06 de abril de 2001, são também funções dos terapeutas ocupacionais nas equipes de Desinstitucionalização. Após a alta hospitalar, os egressos dos hospitais psiquiátricos devem ser, preferencialmente, encaminhados para os SRTs, respeitando-se os critérios que definirão para qual município eles irão. Temos verificado na prática que alguns moradores perderam totalmente o contato com os familiares durante o período de internação. Outros ainda recebem esporadicamente visitas dos familiares ou pelo menos sabe-se onde encontrá-los. Porém, tem sido comum nesses casos o encaminhamento dos egressos para um SRT para que se inicie um processo de reconstrução de vínculos com a família. Se ao longo do tempo for verificado que é possível e de desejo das pessoas envolvidas, a pessoa pode voltar a morar com sua família. Eles também deverão continuar seu tratamento nos CAPS de referência em seu novo território e nos demais pontos de atenção da RAPS, de acordo com seu PTS. Portanto, a Desinstitucionalização é um processo cuidadoso na tentativa de garantir uma transição gradual dos moradores que há muito tempo perderam suas referências no mundo externo ao hospital. Muitos municípios tem feito esse processo em várias etapas, inclusive levando os moradores para conhecerem a casa, os serviços que frequentarão e as novas pessoas com quem conviverão em várias visitas antes da alta. Sendo assim, esse processo não deve ser confundido com Desospitalização, ou seja, apenas retirar as pessoas dos hospitais e transferi-las para outros locais. A seguir, abordaremos os Serviços Residenciais Terapêuticos (SRTs), suas 10

11 modalidades e possibilidades de atuação do terapeuta ocupacional nesse local. Leia mais em: Lei Federal nº , de 6 de abril de 2001 que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental. Portaria MS/GM nº 2.840, de 29 de dezembro de 2014, que Cria o Programa de Desinstitucionalização integrante do Componente Estratégias de Desinstitucionalização da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), e institui o respectivo incentivo financeiro de custeio mensal. 2. SERVIÇO RESIDENCIAL TERAPÊUTICO (SRT), você conhece? Desinstitucionalizar e reinserir as pessoas com transtornos mentais graves na sociedade não é uma tarefa tão simples e fácil de realizar, como vimos anteriormente. Mas é a partir desse processo que os egressos dos hospitais psiquiátricos devem ser encaminhados para os SRT. Os Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT), também conhecidos como Residência Terapêutica (RT), são casas localizadas em pontos urbanos, destinadas às pessoas com transtornos mentais que permaneceram institucionalizadas longos períodos em Hospitais Psiquiátricos. As residências foram instituídas pela Portaria MS/GM nº 106, de 11 de fevereiro de 2000 e fazem parte da Política Nacional de Saúde Mental do Ministério da Saúde. São os pontos de atenção da RAPS no Componente das Estratégias de Desinstitucionalização. As residências são centrais no processo de Desinstitucionalização e reinserção dos egressos dos Hospitais Psiquiátricos na sociedade. Essas casas são mantidas, entre outros repasses, por recursos financeiros que anteriormente eram destinados aos leitos psiquiátricos. Assim, para cada morador de Hospital Psiquiátrico transferido para uma Residência Terapêutica, deve ter o descredenciamento do leito pelo SUS, sendo os recursos que o mantinham, realocados para a manutenção da Residência. Além desse recurso, existe um repasse de custeio mensal para os SRT habilitados pelo Ministério da Saúde, 11

12 que pode variar de acordo com o tipo de SRT (tipo I ou tipo II) e número de moradores, de acordo com a Portaria MS/GM nº 3.090, de 23 de dezembro de Os municípios com moradores institucionalizados ou com interesse em implantar uma Residência Terapêutica com vagas solidárias, ou seja, para moradores de outros municípios, recebem inicialmente um repasse de incentivo para a implantação e, posteriormente, deve realizar o cadastro para a continuidade dos repasses dos custeios mensais. Pensando nesse contexto, a Desinstitucionalização reordena as ações no campo da Saúde Mental a outro objeto, que é a pessoa com sofrimento psíquico e não mais a doença mental. É preciso reconhecer essa pessoa como sujeito de direitos e deveres, pressupondo mudanças culturais e subjetivas na sociedade, transformando a visão pragmática da loucura, do Modelo Psiquiátrico e Hospitalocêntrico para o modelo da Atenção Psicossocial. As moradias, como já citado, são divididas em 2 (dois) tipos e devem ser organizadas de acordo com as necessidades e gostos de seus residentes. Os modelos atuais de acordo com a Portaria MS/GM nº 3.090, de 23 de dezembro de 2011 são: SRT tipo I: o foco é a inserção dos moradores no contexto social existente (educação, lazer, trabalho, entre outros), o acompanhamento ocorre de acordo com o PTS e também pelos agentes comunitários do programa PSF (Programa de Saúde da Família), quando houver. A proposta é ser uma moradia voltada para portadores de transtornos mentais com maior autonomia que não demandam cuidados específicos de saúde, podendo acolher até 08 (oito) moradores. SRT tipo II: nessa moradia o foco são os cuidados com a população mais dependente devido aos longos períodos de institucionalização. Nesse caso, a proposta é favorecer a reapropriação do espaço residencial e a inserção dos moradores na rede territorial. Nesse tipo de moradia a demanda de cuidados com a saúde, especialmente de um técnico de enfermagem é recomendada, podendo acolher até 10 (dez) moradores. 12

13 As RTs devem ter acompanhamento dos CAPS ou de outro serviço/equipe de saúde mental de referência ou também de Equipes de Saúde da Família, com o Apoio Matricial em Saúde Mental. A equipe deve ser compatível com a necessidade dos moradores: no SRT tipo I deve ter um cuidador de referência, que deve ser avaliado pela equipe técnica de responsável. No SRT tipo II para cada residência com 10 (dez) moradores deve-se contar com, no mínimo, 05 (cinco) cuidadores em regime de escala e 01 (um) técnico de enfermagem diário. Os critérios para encaminhamento dos moradores para as Residências Terapêuticas devem ser: 1) Município de escolha da pessoa; 2) Município de origem ou onde a família mora, se localizada, para tentar-se o resgate de vínculos; 3) No mesmo município dos amigos vinculados no hospital. É importante ressaltar que as pessoas egressas das internações de longa duração têm direito a receber um benefício chamado Programa De Volta para Casa (PVC). Esse Programa é um dos pontos de atenção do Componente de Estratégias de Reabilitação Psicossocial da RAPS. Para ser concedido o município que acolherá o morador deverá aderir ao Programa junto ao Ministério da Saúde. O Programa De Volta para Casa dispõe sobre a regulamentação do auxílioreabilitação psicossocial, instituído pela Lei , de 31 de julho de Seu objetivo é contribuir para a assistência, o acompanhamento e a integração social, fora do hospital, de pessoas com transtornos mentais, com internações psiquiátricas de longa duração, ou seja, com dois anos ou mais de internação. Saiba mais em: Lei Federal n , de 31 de julho de 2003, que institui o auxílioreabilitação psicossocial para pacientes acometidos de transtornos mentais egressos de internações. Portaria MS/GM nº 2.077, de 31 de outubro de 2003, que regulamenta a Lei nº Portaria MS/GM n 2.078, de 31 de outubro de 2003, que institui a 13

14 Comissão de Acompanhamento do Programa "De Volta para Casa" A atuação do terapeuta ocupacional na RT é de grande importância, englobando ações no domicílio, na comunidade local, no lazer, na família, e outros, de acordo com o PTS de cada morador. Nesse serviço temos a possibilidade de intervir em todos esses aspectos, apoiando os moradores no processo de retomada da identidade social, dos vínculos, da autonomia, assim como em sua própria casa. Portanto, como terapeutas ocupacionais podemos auxiliar os moradores na organização da rotina pessoal e da própria casa, intervindo nas áreas de desempenho ocupacional como as AVDs, AVPs, atividades de lazer e sociais e retomada de projetos de vida interrompidos devido aos longos períodos de internação. Importante destacar que o terapeuta ocupacional pode participar desse processo sendo o técnico de referência do SRT pelo CAPS de origem ou como gerente de SRT, já que esse ponto de atenção da RAPS não deve se caracterizar como um serviço típico de saúde e sim como a casa dessas pessoas, como a nossa casa. Além da nova casa, os egressos dos hospitais psiquiátricos devem continuar seu tratamento, mas agora no CAPS e nos demais serviços da Rede, como citado anteriormente. A seguir, apresentaremos os CAPS nas diferentes modalidades, formas de funcionamento, suas atribuições e atividades que podem ser realizadas pela equipe e pelos terapeutas ocupacionais. 3. VAMOS ENTENDER O QUE É CAPS? Quando ocorreram as mudanças na psiquiatria brasileira, baseadas no modelo da Reforma Psiquiátrica Italiana, logo surgiram os serviços substitutivos aos Hospitais Psiquiátrico, tais como os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS). Os CAPS devem ser serviços abertos e de caráter comunitário, voltados àquelas pessoas que apresentam um quadro de sofrimento psíquico, seja ele decorrente de uso problemático de substâncias psicoativas (álcool e outras 14

15 drogas) e/ou decorrentes de transtorno mental grave e persistente. Esses serviços são os pontos de atenção da RAPS do Componente da Atenção Psicossocial Especializada. Nesse modelo destaca-se também o trabalho em equipe multidisciplinar, que pode ser composta por profissionais como: médicos, psicólogos, enfermeiros, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, entre outros. Com essa gama de profissionais entende-se que esse trabalho permite promover ações que englobam a interação no processo de educação, assistência, esporte, cultura, lazer, a partir da elaboração dos projetos terapêuticos singulares. As equipes podem ser divididas em mini-equipes, de acordo com a extensão do território de referência do CAPS. Os profissionais são considerados técnicos ou terapeutas de referência para um determinado grupo de usuários, podendo ser divididos por territórios ou outra estratégia definida. Sabe-se que a realidade varia de lugar para lugar, mas o CAPS tem ações que permitem atender esses diferentes contextos, nas seguintes modalidades: CAPS I CAPS II CAPS III Apenas funciona em municípios com população entre 15 mil e 70 mil habitantes, deve funcionar de 8h às 18h nos cinco dias úteis da semana. É referência para uma população acima de 70 mil habitantes e pode funcionar em um terceiro turno até as 21h ao longo dos dias úteis da semana Atendimento diurno e noturno durante sete dias na semana, finais de semana e feriados, para a população adulta de referência, para municípios com 150 a 300 mil habitantes CAPSi CAPS ad e CAPS ad III Atendimento diário de crianças e adolescentes Atendimento diário de usuários de álcool e outras drogas 15

16 3.1 Você conhece os diferentes tipos de CAPS? CAPS I Público Alvo Pessoas de todas as faixas etárias, respeitando-se o Estatuto da Criança e do Adolescente, com intenso sofrimento psíquico e/ou necessidades de cuidados clínicos decorrentes do uso de álcool ou outras drogas, com dificuldades na realização de suas atividades cotidianas. Funcionamento Diurno, de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, em 2 turnos. Porte populacional para implantação Municípios com população acima de 15 mil habitantes. Equipe mínima 1 médico com formação em saúde mental; 1 enfermeiro; 3 profissionais de nível superior; 4 profissionais de nível médio. Público Alvo Pessoas de todas as faixas etárias, respeitando-se o Estatuto da Criança e do Adolescente, com intenso sofrimento psíquico e/ou necessidades de cuidados clínicos decorrentes do uso de álcool ou outras drogas, com dificuldades na realização de suas atividades cotidianas. Funcionamento Diurno, de segunda a sexta-feira, das 8h às 18h, em 2 turnos, podendo comportar um terceiro turno até às 21h. CAPS II Porte populacional para implantação Equipe mínima 16 Municípios com população acima de 70 mil habitantes. 1 médico psiquiatra; 1 enfermeiro com formação em saúde mental; 4 profissionais de nível superior; 6 profissionais de nível médio.

17 CAPS III Público Alvo Pessoas com intenso sofrimento psíquico e/ou necessidades de cuidados clínicos decorrentes do uso de álcool ou outras drogas, com dificuldades na realização de suas atividades cotidianas. Funcionamento Diariamente, durante 24 horas, inclusive aos finais de semana e feriados, com 5 leitos para acolhimento noturno. Porte populacional para implantação Municípios com população acima de 70 mil habitantes. Equipe mínima Período Diurno 2ª a 6ª feira: 2 médicos psiquiatras; 1 enfermeiro com formação ou experiência em saúde mental; 6 profissionais de nível superior; 8 profissionais de nível médio. Período Noturno 2ª a 6ª feira: 3 técnicos de enfermagem, sob supervisão do enfermeiro; 1 profissional de nível médio (área de apoio). Finais de semana e feriados: 1 profissional de nível superior; 3 técnicos de enfermagem, sob supervisão do enfermeiro; 1 profissional de nível médio (área de apoio). CAPSad Público Alvo Funcionamento Pessoas de todas as faixas etárias, respeitando-se o Estatuto da Criança e do Adolescente, com intenso sofrimento psíquico e/ou necessidades de cuidados clínicos decorrentes do uso de álcool ou outras drogas, com dificuldades na realização de suas atividades cotidianas. Diurno, de segunda a sexta-feira. Porte populacional para implantação Municípios com população acima de 70 mil habitantes. Equipe mínima 1 médico psiquiatra; 1 enfermeiro com formação em saúde mental; 1 médico clínico; 4 profissionais de nível superior; 6 profissionais de nível médio. 17

18 CAPSadIII Público Alvo Pessoas de todas as faixas etárias, respeitando-se o Estatuto da Criança e do Adolescente, com intenso sofrimento psíquico e/ou necessidades de cuidados clínicos decorrentes do uso de álcool ou outras drogas, com dificuldades na realização de suas atividades cotidianas. Funcionamento Diariamente, durante 24 horas, inclusive aos finais de semana e feriados, com 8 a 12 leitos para acolhimento noturno. Porte populacional para implantação Municípios com população entre 150 e 300 mil habitantes Equipe mínima Período Diurno 2ª a 6ª feira: 60 horas de médico, psiquiatra e clínicos com formação ou experiência em saúde mental, tendo no mínimo 1 psiquiatra; 1 enfermeiro com formação ou experiência em saúde mental; 5 profissionais de nível superior; 4 técnicos de enfermagem; 4 profissionais de nível médio; 1 profissional de nível médio para a função administrativa. Período Noturno 2ª a 6ª feira: 1 profissional de saúde de nível superior, preferencialmente enfermeiro; 2 técnicos de enfermagem; 1 profissional de nível médio (função administrativa). Finais de semana e feriados: 1 enfermeiro; 3 técnicos de enfermagem; 1 profissional de nível médio (função administrativa). Público Alvo Crianças e adolescentes que estejam, prioritariamente, em intenso sofrimento psíquico decorrente tanto de transtornos mentais graves e persistentes e/ou de uso de substâncias psicoativas, inclusive com complicações clínicas que exijam cuidados intensivos. CAPSi Funcionamento Porte populacional para implantação Equipe mínima 18 Diurno, de segunda a sexta-feira. Municípios com população acima de 70 mil habitantes. 1 médico psiquiatra neurologista ou pediatra com formação em saúde mental; 1 enfermeiro; 4 profissionais de nível superior; 5 profissionais de nível médio.

19 As categorias profissionais que podem compor os CAPS são: Profissionais de nível superior: assistente social, educador físico, fonoaudiólogo, pedagogo, psicólogo, terapeuta ocupacional ou outro profissional necessário ao projeto terapêutico. Profissionais de nível médio: técnico e/ou auxiliar de enfermagem, técnico administrativo, técnico educacional, artesão/oficineiros. 3.2 Conheça as atribuições comuns aos diferentes tipos de CAPS: Responsabilizar-se, sob a coordenação do gestor local, pela organização da demanda e da rede de cuidados em saúde mental em seu território; Possuir capacidade técnica para ser o regulador da porta de entrada da rede assistencial em seu território e/ou do módulo assistencial, definido na Norma Operacional de Assistência à Saúde (NOAS), conforme determinação do gestor local; Coordenar, por delegação do gestor local, as atividades de supervisão de unidades hospitalares com leitos de Saúde Mental no âmbito do seu território; Supervisionar e capacitar as equipes de atenção básica, serviços e programas de saúde mental em seu território e/ou do módulo assistencial, através do Apoio Matricial, por exemplo; Oferecer apoio aos Serviços Residenciais Terapêuticos de seu território de referência; Realizar, e manter atualizado, o cadastramento dos pacientes que utilizam medicamentos essenciais para a área de saúde mental e medicamentos excepcionais, dentro de sua área assistencial. Esses usuários apresentam comprometimentos quanto aos padrões sensórios motores, emocionais, motivacionais... Como a equipe é importante nesse processo..., pois tem a responsabilidade de auxiliá-los no reaprender... Barros e Rodrigues (2011) 19

20 3.3 O que a equipe pode realizar no CAPS? Acolhimento, considerando que o CAPS funciona como porta aberta, sem necessidade de prévio agendamento; PTS de cada usuário; Atendimento individual (medicamentoso, psicoterápico, de orientação, entre outros, a depender da especificidade de cada profissional); Atendimento em grupos (psicoterapia, grupo operativo, atividades de suporte social, entre outras, a depender da especificidade de cada profissional); Atendimento em oficinas terapêuticas executadas por profissional de nível superior ou nível médio; Visitas domiciliares; Busca Ativa; Atendimento à família; Assembleias de usuários, familiares e trabalhadores; Atividades comunitárias e sociais; Acompanhamento nas internações nos leitos de saúde mental em hospital geral; Projetos de geração de trabalho e renda; Apoio aos Serviços Residenciais Terapêuticos; Apoio matricial para a Atenção Básica e demais pontos da Rede; Reuniões de equipe: nas passagens de plantão, reuniões gerais e de planejamento; Supervisão clínico-institucional; Educação Permanente. Os terapeutas ocupacionais que trabalham em CAPS são, como os demais profissionais da equipe, técnicos ou terapeutas de referência. Isto é, são responsáveis pelo acompanhamento de usuários de sua referência, são escalados para os plantões, realizam acolhimento nos plantões de sua responsabilidade e todas as demais atividades citadas anteriormente. E, quanto ao seu papel específico no serviço, podem desenvolver atividades voltadas a reorganização da vida diária dos usuários e reinserção social através, principalmente de atividades em grupo, tais como: Oficinas de Auto-Cuidado, Oficinas de Geração de Renda, Oficinas de Trabalho Corporal, Oficinas de Culinária, Oficinas de Leitura e Escrita, atividades sociais e outras, de acordo com as necessidades de cada grupo, a partir de uma cuidadosa avaliação do perfil do mesmo e análise de atividades. 20

21 Os CAPS são considerados serviços para acompanhamento dos casos graves e persistentes. Após estabilização dos sintomas ou, mesmo os casos de transtornos mentais leves e moderados podem ser atendidos na própria Atenção Básica, com apoio das equipes de NASF (Núcleo de Apoio à Saúde da Família) e CAPS, através das atividades de matriciamento. Essa consideração é importante já que devemos tomar cuidado para que os CAPS não se transformem em locais que também institucionalizem cronificando as pessoas, mas devendo ser um lugar de passagem e cuidado para os momentos críticos e de crise. O tema do Apoio Matricial será apresentado a seguir. Consulte também: Portaria MS/GM nº 336, de 19 de fevereiro de 2002 Define as modalidades de CAPS. Portaria MS/GM nº 245 de 17 de fevereiro de 2005 Destina incentivo financeiro para implantação de CAPS. Portaria MS/GM nº 3089, de 23 de dezembro de 2011 Dispõe, no âmbito da Rede de Atenção Psicossocial, sobre o financiamento dos CAPS. Portaria MS/GM nº 130, de 26 de janeiro de 2012 Redefine o CAPS AD III e os respectivos incentivos financeiros. Portaria MS/SAS nº 854, de 22 de agosto de 2012 Trata das alterações nos procedimentos dos CAPS e da RAAS. Portaria MS/GM nº 1996, de 10 de setembro de 2013 Altera valor de custeio mensal de CAPS III e CAPS AD III. Manual Saúde Mental no SUS: Os Centros de Atenção Psicossocial ( 4. AGORA VAMOS FALAR DE APOIO MATRICIAL EM SAÚDE MENTAL? O Apoio Matricial acontece como uma articulação que cria possibilidades de coresponsabilização do cuidado entre diversos serviços que em geral acompanham indivíduos e/ou famílias, tendo como foco o modelo integral de cuidado. Surge como um novo modelo de cuidado, num processo de construção compartilhada a partir de intervenções técnico pedagógicas que produzem: 21

22 Educação Permanente Cuidado compartilhado e colaborativo Horizontalização do cuidado Clínica Ampliada O desenvolvimento das ações do Apoio Matricial acontece através de discussões de casos, visitas compartilhadas, construção do PTS, atendimentos compartilhados, Genograma e Ecograma. Os serviços ou instâncias que participam deste cuidado compartilhado podem ser: profissionais da Atenção Básica (AB), equipes de apoio para a saúde mental na AB ou NASF, CAPS, escolas, Conselho Tutelar, bem como Instituições especializadas, Conselhos Municipais (Saúde, Idoso, Álcool e Drogas e outros), Vigilância Sanitária, usuários, parentes e vizinhos. Fonte: Ministério da Saúde (2004) Os profissionais que participam do Matriciamento em Saúde Mental na Atenção Básica podem ser: assistentes sociais, enfermeiros, fonoaudiólogos, psicólogos, psiquiatras, terapeutas ocupacionais. Sendo assim, o processo de saúde-doençaintervenção em Saúde Mental passa a pertencer a todo campo da saúde, num processo interdisciplinar com práticas que envolvem 22

23 ampliação do saber, construção do aprendizado conjunto e permanente, qualificação do cuidado, fortalecimento da rede assistencial, comunitária e/ou familiar, deixando de ser campo exclusivo de determinada especialidade. A seguir, serão abordados resumidamente os seguintes pontos de atenção da RAPS: Consultório na Rua, Unidades de Acolhimento, Atenção Hospitalar, Cooperativas de Trabalho e Geração de Renda/Empreendimentos Solidários e Centros de Convivência e Cultura. Outras informações em: Caderno de Atenção Básica nº 34 Saúde Mental ( ) Guia Prático de Matriciamento em Saúde Mental ( 5. OUTROS PONTOS DA RAPS 5.1 Consultório na Rua (CR) e a atuação da Terapia Ocupacional O que é Consultório na Rua? A Estratégia Consultório na Rua foi instituída pela Política Nacional de Atenção Básica, em 2011, visando ampliar o acesso da população em situação de rua aos serviços de saúde, ofertando atenção integral à saúde para esse grupo populacional, que se encontra em condições de vulnerabilidade e com os vínculos familiares rompidos ou fragilizados. É um ponto de atenção da RAPS no Componente da Atenção Básica em Saúde. As equipes do Consultório na Rua (ecr) desenvolvem ações de Atenção Básica de acordo com as diretrizes da Política Nacional de Saúde Mental. As atividades das ecr incluem a busca ativa e o cuidado aos usuários de álcool, crack e outras drogas in loco, de forma itinerante e integral, envolvendo questões físicas e mentais. Realiza ações compartilhadas e integradas aos outros equipamentos da RAPS (UBS/ESF, CAPS, entre outros) e a rede local como CRAS, CREAS e outros equipamentos do SUAS (Sistema Único de 23

24 Assistência Social). O terapeuta ocupacional é profissional habilitado para compor as ecr que podem ser de 3 modalidades e se diferenciam somente na quantidade de profissionais, e na modalidade III pode incluir o profissional médico. Modalidade 1 Modalidade 2 Modalidade 3 4 profissionais, sendo 2 do item 1 e os demais do item 1 e 2 4 profissionais, sendo 2 do item 1 e os demais do item 1 e 2 Modalidade médico Item 1: Enfermeiro, Psicólogo, Assistente Social e Terapeuta Ocupacional Item 2: Agente Social, Técnico ou Auxiliar de Enfermagem, técnico em Saúde Bucal, Cirurgião Dentista, profissional de Educação Física e profissional com formação em Arte e Educação. Vale ressaltar que o funcionamento deverá se adequar às demandas das pessoas em situação de rua do município, podendo ocorrer em período diurno e/ou noturno e em qualquer dia da semana. Segundo o Manual sobre o cuidado à saúde junto a população em situação de rua (BRASIL, 2012), apesar de os transtornos mentais significativos não estarem presentes na maioria da população em situação de rua, são muito prevalentes e os mais graves necessitam que a equipe desenvolva ações a fim de possibilitar o maior nível de autonomia possível. É neste sentido que a atuação dos terapeutas ocupacionais pode ser de grande relevância para essa equipe. Na intervenção terapêutica ocupacional é possível que a pessoal cuidada se redescubra, se reconecte, podendo alcançar desejos, realizar projetos e produção de vida, rever e valorizar suas histórias e saberes, bem como encontrar possibilidades concretas de participação e identidades grupais, a partir do uso de grupos terapêuticos como recurso, por exemplo. De modo geral, o principal objetivo do CR é atuar de forma a preservar direi- 24

25 tos e promover vínculos positivos e saudáveis, repercutindo de forma satisfatória nas condições de saúde individual e coletiva e no resgate da cidadania. Pode ser também uma possibilidade para que essas pessoas procurem o tratamento para o sofrimento mental decorrente do uso problemático de álcool e outras drogas, podendo ser encaminhados ao CAPS, por exemplo, se esse for seu desejo. Os princípios da Redução de Danos são norteadores para a atenção psicossocial dessas pessoas, sendo as internações indicadas quando necessárias, cuidando para que as mesmas sejam de curta duração e no território, conforme será comentado mais adiante. Para mais informações acesse: Portaria MS/GM nº 122, de 25 de janeiro de 2012 Define as diretrizes de organização e funcionamento das Equipes de Consultório na Rua. Portaria MS/GM nº 123, de 25 de janeiro de 2012 Define os critérios de cálculo do número máximo de equipes de Consultório na Rua (ecr) por Município. Portaria MS/GM nº 1.922, de 5 de setembro de 2013 Altera dispositivos da Portaria nº 122/GM/MS, de 25 de janeiro de 2012, que define as diretrizes de organização e financiamento das equipes dos Consultórios na Rua. Portaria MS/GM nº 1.029, de 20 de maio de 2014 Amplia o rol das categorias profissionais que podem compor as Equipes de Consultório na Rua em suas diferentes modalidades e dá outras providências. Portaria MS/GM nº 1.238, de 6 de junho de 2014 Fixa o valor do incentivo de custeio referente às Equipes de Consultório na Rua nas diferentes modalidades Unidades de Acolhimento como possibilidade para momentos de maior vulnerabilidade Unidades de Acolhimento para pessoas com necessidades decorrentes do uso de Crack, Álcool e outras Drogas são parte do Componente de Atenção Residencial de Caráter Transitório da RAPS. 25

26 As UAs funcionam 24 horas nos 7 dias da semana e têm caráter residencial transitório, acolhendo voluntariamente e ofertando cuidado contínuo das pessoas que estejam em situação de vulnerabilidade social e/ou familiar, demandando acompanhamento terapêutico e protetivo. Os adultos ou crianças e adolescentes são encaminhados pelo CAPS de referência que é o responsável pelo PTS dessas pessoas que podem ficar na UA até 6 meses. O terapeuta ocupacional pode ser um dos técnicos de nível superior da equipe de uma UA. O objetivo da equipe deve ser voltado para a reinserção social e retorno à sua família, ao trabalho, à escola e demais grupos sociais. O terapeuta ocupacional nesse contexto pode ter como finalidade: * Aumentar a capacidade das pessoas para viverem de modo mais independente e com autonomia, ressignificando seus papeis sociais e produtivos; * Propor atividades em grupos que favoreçam as habilidades pessoais, sociais e de comunicação; * Orientar quanto à reorganização da rotina diária, ou seja, organizar as atividades de vida diária e atividades de vida prática; * Identificar interesses de trabalho/estudo e lazer e habilidades necessárias; * Favorecer o autocuidado. 26

27 Leia mais em: Portaria MS/GM nº 121, de 25 de janeiro de 2012 Institui a Unidade de Acolhimento para pessoas com necessidades decorrentes do uso de Crack, Álcool e Outras Drogas (Unidade de Acolhimento), no componente de atenção residencial de caráter transitório da Rede de Atenção Psicossocial. 5.3 Atenção Hospitalar e as Internações Breves Em 05 de junho de 2012, a Área Técnica de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas do Ministério da Saúde publicou a Nota Técnica nº 25/2012 e afirmou que os Leitos de Saúde Mental/Enfermaria Especializada em Hospitais Gerais e os Serviços Hospitalares de Referência (SHR): 1) São Componentes da Atenção Hospitalar da Rede de Atenção Psicossocial, devendo-se articular com demais pontos e não ser pontos isolados; é um ponto estratégico para fortalecimento da RAPS. 2) As articulações devem incluir os componentes da Rede de Urgência e Emergência, considerando a regulação, a atenção longitudinal e a transferência de cuidado, superando o modelo asilar dos Hospitais Psiquiátricos e a lógica da internação de longa duração, de forma isolada, no campo da saúde mental, com práticas de cuidado mais transparentes. 3) Devem ser geograficamente bem localizados, de fácil acesso, com intervenções breves até a estabilidade clínica, de acordo com a especificidade de cada caso e com apoio de recursos clínicos multidisciplinares, ao contrário dos hospitais psiquiátricos; 4) Devem ofertar suporte hospitalar para situações de urgência e emergência decorrentes do consumo ou abstinência de álcool, crack e outras drogas, bem como comorbidades psiquiátricas ou clínicas. 5) Seu funcionamento é em regime integral, 24 horas por dia, 7 dias da semana, finais de semana e feriados, sem interrupção entre os turnos. 6) A estratégia de redução de danos deve ser a norteadora do PTS. 27

28 A distribuição dos leitos hospitalares de Saúde Mental deverá ser de 1 leito para cada 23 mil habitantes, de acordo com a Portaria nº 1.101/GM/MS, de 12 de junho de 2002 e não deverá exceder o percentual de 15% do número total de leitos do hospital geral, até o máximo de 30 leitos. As equipes técnicas serão definidas a partir do número de leitos, mas sempre contado com um profissional de nível superior que pode ser o terapeuta ocupacional. O terapeuta ocupacional, além de ser um profissional que poderá fazer a mediação entre o hospital e o serviço de referência que encaminhou a pessoa para a internação, poderá oferecer o acolhimento e a escuta necessários durante esse período, com apoio em sua rotina e possíveis procedimentos hospitalares, favorecendo o contato com familiares e pessoas da rede social, realizando orientações na alta hospitalar e garantindo que a internação seja compreendida como um tempo necessário para estabilização clínica com continuidade do tratamento nos demais pontos da RAPS. Encontre mais dados em: Portaria Nº 148, de 31 de janeiro de 2012 Define as normas de funcionamento e habilitação do Serviço Hospitalar de Referência para atenção a pessoas com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades de saúde decorrentes do uso de álcool, crack e outras drogas, do Componente Hospitalar da Rede de Atenção Psicossocial, e institui incentivos financeiros de investimento e de custeio. izadas.html 5.3 Iniciativas de trabalho e geração de renda, empreendimentos solidários e cooperativas sociais É comum vermos pessoas com transtorno mental ou que fazem uso problemático de álcool ou outras drogas afastadas do trabalho ou desempregadas. Cuidar desse aspecto da vida torna-se muitas vezes um dos objetivos da atenção em saúde mental. Sendo difícil a inserção no mercado formal de trabalho, cada vez mais distante da realidade dessas pessoas, seja porque nunca tiveram essa vivência, seja 28

29 porque o preconceito permeia o retorno ao trabalho anterior, as cooperativas e demais empreendimentos solidários têm se tornado uma alternativa de inclusão ao trabalho, podendo devolver o direito à cidadania, através da inserção em atividades produtivas e geradoras de renda. As iniciativas de trabalho e geração de renda, os empreendimentos solidários e as cooperativas sociais fazem parte do Componente Reabilitação Psicossocial da RAPS e tem caráter intersetorial. Elas têm a finalidade de promover a inclusão produtiva, a formação e a qualificação para o trabalho de pessoas com transtorno mental e necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas. Devem ainda garantir a ampliação da autonomia, contratualidade e inclusão social desses usuários e de seus familiares. Terapeutas ocupacionais têm coordenado diversos projetos de empreendimentos solidários em conjunto com outros profissionais, consolidando essa área como uma relevante possibilidade de atuação. O terapeuta ocupacional segundo Bregalda e Lopes (2011), contribui muito nos processos de reinserção de pessoas que se encontram excluídos de suas atividades de trabalho, seja por consequência do adoecimento ou acidente, cujo afastamento tende a dar novos contornos à participação social, às atividades e aos papéis exercidos cotidianamente. 5.4 Centros de Convivência e Cultura Os Centros de Convivência e Cultura são unidades públicas, articuladas às Redes de Atenção à Saúde e às Redes de Atenção Psicossocial, com o foco em atividades voltadas para a sociabilidade, produção e intervenção na cultura e na comunidade. Estão no Componente da Atenção Básica da RAPS. São pontos estratégicos para a inclusão social dos usuários da RAPS, através da construção de espaços de convívio e sustentação das diferenças no território, considerando que a atenção em saúde mental nesse novo modelo passa a visar, como finalidade permanente, a vida habitada com saúde na cidade, combatendo modelos asilares de assistência. 29

30 Os primeiros Centros de Convivência e Cultura surgem no final da década de 1980 em São Paulo, como parte da rede de saúde mental com serviços territoriais. Tinham como principal objetivo estabelecer comunicações e relações entre o que comumente denominamos de clínica e social, isto é, permitir que usuários de saúde mental e também a população com problemáticas sociais e de saúde, tivessem acesso aos espaços públicos como os parques, centros esportivos, centros comunitários, num caminho mais espontâneo e mais coletivo pela cidade, permitindo a circulação pelos espaços do território. Diferenciam-se de outros serviços, pois seu foco não é oferecer assistência (médica, de enfermagem, terapêutica, etc) à patologia do indivíduo, mas sim proporcionar espaços de conexão entre as pessoas não por sua doença, mas pela possibilidade através da arte, trabalho e lazer. Eles nascem na intersetorialidade, compondo a rede de saúde, mas se colocando em relação aos outros setores como meio ambiente, cultura, lazer, esporte, operando desse modo na rede de saúde e no território como um serviço de articulação da rede intersetorial. A convivência proposta pelo CECCO não se dá somente entre as paredes do dispositivo. É uma convivência que se expande para além dos muros e acontece nos espaços territoriais como um dispositivo de redes, mas alocado no território. Nos CECCOs encontramos profissionais das mais diversas áreas de formação, com propostas de atividades através de oficinas com enfoque no coletivo. O terapeuta ocupacional pode compor essa equipe, considerando que tem como enfoque da sua prática habilitar ou reabilitar os indivíduos para que sejam capazes de modificar aspectos pessoais, tais como, as Atividades de Vida Diária (AVD s), as Atividades de Vida Prática (AVP s) e os aspectos ambientais, ampliando sua autonomia e independência nos mais variados contextos de vida, melhorando assim seu desempenho ocupacional. O terapeuta ocupacional utiliza as atividades como recurso terapêutico, mas nos diferenciamos de outros profissionais pela competência técnica em realizar a análise das mesmas, oferecendo ao indivíduo orientações quanto às possibilidades de participação nas atividades, não apenas para estar inclu- 30

31 ído, mas proporcionando a ele uma perspectiva de reorganização de sua rotina, melhor qualidade de vida, e até mesmo de geração de renda, lembrando que as pessoas com transtornos mentais costumam estar alijadas do mercado de trabalho, como apresentado anteriormente. Podemos afirmar que a habilidade do terapeuta ocupacional em trabalhar com grupos é de relevância para os CECCO s, visto a natureza da proposta desses serviços e a formação desse profissional, destacando-se nas equipes dos Centros de Convivência, contribuindo para as atividades de reconstrução dos laços sociais dos usuários da RAPS. Esse Componente da RAPS ainda não tem custeio do governo federal, mas tem se mostrado uma importante estratégia para inserção dos usuários da RAPS, principalmente quando as demandas pelo cuidado da saúde já foram encaminhadas e, passam a precisar de outros espaços de convívio social e ampliação das redes de apoio. 6. O QUE MAIS PODEMOS FAZER NA REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL? Lembramos que a RAPS ainda é composta pelos seguintes pontos de atenção: Unidades Básicas de Saúde, Núcleo de Apoio à Saúde da Família, SAMU 192, Sala de Estabilização, UPA 24 horas e portas hospitalares de atenção à urgência/pronto Socorro e Comunidades Terapêuticas. Os terapeutas ocupacionais podem compor as equipes das UBSs e NASFs. Quanto aos quatro pontos da Rede de Urgência e Emergência suas equipes são formadas por profissionais da área médica e enfermagem. E com relação às Comunidades Terapêuticas, temos começado a verificar a inserção de terapeutas ocupacionais nesses locais. Entretanto, esse é um ponto da RAPS que ainda é muito discutido no que se refere à sua caracterização e alinhamento com a Política Nacional de Saúde Mental, visto que muitos desses serviços funcionam em uma lógica de exclusão e isolamento dos usuários da RAPS, assemelhando-se ao modelo manicomial. Mas, independente do ponto de atenção que o terapeuta ocupacional esteja inserido, ele poderá: 31

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