Estudo morfológico e neurofuncional da cavidade orbital

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1 Acta Sci Med. 2012; 5 (1): 2 8 ARTIGO ORIGINAL Ciências Básicas e Experimental Estudo morfológico e neurofuncional da cavidade orbital Roberto Godofredo Fabri Ferreira 1, Maria Luiza Bernardes dos Santos 2 1 Departamento de Morfologia da UFF e Laboratório de Estudos Neuroanatômicos da Universidade Federal Fluminense 2 Laboratório de Estudos Neuroanatômicos da Universidade Federal Fluminense, Niterói, RJ, Brasil RESUMO O presente trabalho tem por objetivo descrever morfologicamente a cavidade orbital. Será abordada de forma detalhada a anatomia do arcabouço ósseo, dos músculos, das fáscias, dos nervos e dos vasos da órbita. Também serão apresentados aspectos funcionais importantes para a compreensão da cinética ocular. Foram utilizadas fotos inéditas de peças neuroanatômicas do Departamento de Morfologia da Universidade Federal Fluminense, obtidas especialmente para esse estudo. Palavras-Chave: cavidade orbital; órbita INTRODUÇÃO O estudo da anatomia da cavidade orbital e do seu conteúdo é de extrema importância para algumas especialidades médicas como a oftalmologia, a cirurgia de cabeça e pescoço e para especialidades odontológicas como a cirurgia bucomaxilofacial. Sua morfologia é a mais complexa do corpo humano (Gentry, 1998). O estudo da órbita já se faz presente nos clássicos textos que fundamentam a anatomia contemporânea e ainda hoje norteiam os estudos da anatomia da órbita, como o clássico estudo sobre o tema, feito por Lockwood no fim do século XIX (Lockwood, 1885). O presente trabalho tem por objetivo descrever a cavidade orbital e o seu conteúdo de forma didática, tornando a sua leitura de fácil interpretação. Também serão pontuados alguns aspectos funcionais importantes para a compreensão da cinética ocular. As figuras dos livros texto ou artigos sobre o referido assunto normalmente são desenhos, ilustrações esquemáticas que pouco representam a realidade. Nesse trabalho foram utilizadas fotos inéditas, de peças do laboratório de neuroanatomia do Departamento de Morfologia da Universidade Federal Fluminense, dissecadas e preparadas especialmente para o presente estudo. Arcabouço ósseo da cavidade orbital A órbita tem o formato de uma pirâmide. Sua base é representada pela abertura orbital e seu ápice é póstero-medial. Assim, seu eixo é 2 inclinado em relação ao plano mediano. Os maiores diâmetros horizontal e vertical da cavidade apresentam, respectivamente, 40 cm e 30 cm, enquanto seu volume é de aproximadamente 30 cm3 (Burkat & Lemke, 2005). A profundidade é mais variável, podendo possuir de 40 a 45 cm (Chastain & Sindwani, 2006). Seu teto é formado por uma fina lâmina levemente côncava pertencente ao osso frontal que, em grande parte, está separando os conteúdos da órbita das estruturas do cérebro presentes na fossa anterior do crânio. Ântero-medialmete encontra-se bilaminada pelo seio frontal e é o local de inserção para a tróclea (ver adiante). Ântero-lateralmente está localizada a fossa da glândula lacrimal, concavidade onde se aloja a parte orbital desta glândula. Na parte posterior, na junção do teto orbital com a parede medial, entre as raízes da asa menor do osso esfenóide, está o canal óptico, abertura através da qual o nervo óptico e a artéria oftálmica entram na cavidade orbital. Esse canal tem aproximadamente 5-6 mm de diâmetro, 8-12 mm de comprimento e forma um ângulo de aproximadamente 35 graus com o plano sagital (Ettl et al., 2000). Próximo das margens superior, medial e inferior do canal óptico, está inserido o anel tendíneo comum dos músculos retos, como adiante será descrito. A parede medial é muito fina. Na sua extremidade anterior se encontra o sulco nasolacrimal, o qual possui aproximadamente 16 mm comprimento, 4 a 9 mm de largura e 2 mm de profundidade (Burkat & Lemke, 2005). Este sulco é contínuo com o canal nasolacrimal que, por sua vez, desemboca na cavidade nasal. Este canal é mais estreito em mulheres, o que contribui para que as obstruções sejam mais frequentes

2 no sexo feminino. Medialmente à parede medial localiza-se o seio etmoidal e, mais posteriormente, o seio esfenoidal. O assoalho orbital também é fino e, em grande parte, forma o teto do seio maxilar. Este é separado da parede lateral pela fissura orbital inferior, através da qual passa o nervo maxilar. Essa fissura possui cerca de 20 mm de comprimento (Chastain & Sindwani, 2006). Na sua parte mais medial está presente o sulco infraorbital que projetando-se anteriormente, penetra no assoalho da órbita para se tornar o canal infraorbital que, por sua vez, se abre no forame homônimo, fora da cavidade da órbita. Por esse canal passa o nervo infraorbital, que é a continuação anatômica do nervo maxilar. A partir do forame orbital inferior ocorre uma conexão da veia oftálmica inferior com o plexo venoso pterigoide na fossa infratemporal. A parede lateral é a mais espessa, principalmente em sua extremidade posterior, onde encontra-se localizada entre a órbita e a fossa média do crânio. Anteriormente ela separa a órbita da fossa temporal e é contínua com o teto, exceto na parte mais posterior, onde são separados pela fissura orbital superior. O eixo dessa fissura desce póstero-medialmente e comunica a órbita com a fossa média do crânio e apresenta aproximadamente 18 mm de comprimento (Chastain & Sindwani, 2006). Através dela passam o III, IV e VI nervos pares cranianos, os ramos do nervo oftálmico e as veias oftálmicas. O anel tendíneo comum dos músculos retos se insere lateralmente à margem lateral da fissura orbital superior. A face orbital do osso zigomático possui pequenos canais por onde passam os nervos zigomáticofacial e zigomáticotemporal. Figura 1. Fotografia do acervo de peças anatômicas da disciplina de Neuroanatomia - Departamento de Morfologia da UFF. Vista superior dos músculos extra-oculares: 1 Músculo reto superior; 2 Músculo levantador da pálpebra superior; 3 Margem superior do músculo oblíquo superior. Músculos extra-oculares Os principais músculos extra-oculares (Figura 1 e 2) são: o levantador da pálpebra superior, os quatro músculos retos (superior, inferior, lateral e medial), e dois músculos oblíquos (superior e inferior). O músculo levantador da pálpebra superior origina-se na face inferior da asa menor do osso esfenoide, acima da inserção do músculo reto superior que, por sua vez, localiza-se em posição cranial ao canal óptico. Sua inserção posterior é estreita e tendínea, mas anteriormente torna-se largo com marcante aumento da estrutura muscular. A margem lateral passa entre as partes orbital e palpebral da glândula lacrimal. Anteriormente está inserido em uma ampla aponeurose, a qual se divide em duas lamelas, uma inferior e a outra superior. A lamela inferior tem sua inserção no músculo tarsal superior e inferiormente é recoberto pela túnica conjuntiva. A lamela superior emite fibras para a face anterior do músculo tarsal superior e outras fibras para a pele da pálpebra superior. Os músculos tarsal superior e inferior estão dentro da pálpebra e auxiliam na elevação da pálpebra superior e no rebaixamento da pálpebra inferior, respectivamente. Ambos possuem inervação simpática. Os músculos retos estão inseridos posteriormente no tendão anular comum, também denominado tendão de Zinn, fazendo referência ao pesquisador que descreveu tal estrutura (Lockwood, 1885). Este, após dar uma volta completa no canal óptico, estende-se lateralmente pela fissura orbital superior, inserindo-se lateralmente em um tubérculo medial presente na asa maior do osso esfenoide. Perfurando este anel tendíneo em direção à cavidade orbital encontramos o nervo e a artéria oftálmica, cuja conexão orbital é feita pelo canal óptico. Do mesmo modo, encontramos dentro do anel tendíneo as duas divisões do nervo 3 Figura 2. Fotografia do acervo de peças anatômicas da disciplina de Neuroanatomia - Departamento de Morfologia da UFF. Vista lateral dos músculos extra-oculares: 1 Músculo reto lateral; 2 Músculo reto inferior. oculomotor, nervo abducente e nervo nasociliar, que acessam a órbita pela fissura orbital superior. As veias oftálmicas superior e inferior podem ou não passar por dentro do anel. Apenas o músculo reto lateral tem uma segunda inserção, que se encontra lateralmente à sua fixação no tendão conjunto. Todos esses músculos são fundidos nos seus 5 cm proximais (Ettl et al., 2000) e possuem inserção anterior na posição indicada pelos seus nomes através de uma expansão tendínea na esclera, posteriormente à margem da córnea.

3 A inserção posterior do músculo oblíquo superior é dorso-medial à inserção do músculo reto superior no anel tendíneo. Anteriormente passa no interior de uma alça tendínea no osso frontal, denominada tróclea, e então é defletido póstero-lateralmente, caudal ao músculo reto superior. Se insere anteriormente aos músculos reto superior e lateral, na fáscia lateral da esclera. O músculo Oblíquo inferior origina-se na parte anterior da órbita, lateralmente ao sulco nasolacrimal. Sobe póstero-lateralmente entre o músculo reto inferior e o assoalho da órbita e, mais adiante, entre o músculo reto lateral e o olho. Possui sua inserção na esclera entre os músculos reto lateral e reto inferior. Os músculos levantador da pálpebra superior, oblíquo inferior e retos superior, inferior e medial são inervados pelo nervo oculomotor. O músculo oblíquo superior é inervado pelo nervo toclear e o músculo reto lateral pelo nervo abducente. Os movimentos oculares são orientados através de três eixos: vertical, transversal e horizontal (ou antero-posterior). Vale ressaltar, contudo, que o eixo da órbita (linha que vai da inserção dos músculos ao redor do canal óptico até o ponto central do bulbo do olho) é o oblíquo, formando um ângulo de aproximadamente 23 graus com o eixo horizontal. Assim, os mecanismos de movimento do bulbo ocular se tornam complexos (Figura 3). Figura 3. Movimentos oculares. Tabela 1 - Movimentos oculares. Músculo Transversal Vertical Horizontal Reto superior Elevação Rotação medial Intorsão Reto inferior Abaixamento Rotação medial Extorsão na linguagem clínica, como ponto de 12 horas, fazendo alusão ao seu posicionamento superior, em relação ao formato circular da córnea. Para tanto se imagina o círculo corneano à semelhança com um relógio de ponteiros com suas devidas marcações de horas.) é girado medialmente. Já a extorsão ocorre quando este mesmo ponto é girado lateralmente. Como os movimentos de ambos os músculos retos nos eixos transversal e horizontal são opostos, esses dois músculos só podem contribuir em ação simultânea para o movimento de rotação medial. Quando o olho é girado lateralmente até 23 graus no plano horizontal, os eixos da órbita e horizontal do olho coincidem. Assim, os músculos retos se tornam puramente elevadores e abaixadores do globo ocular. O músculo oblíquo superior age no olho a partir da tróclea e o músculo oblíquo inferior atua a partir da sua inserção anterior. Tanto a tróclea quanto a inserção do músculo oblíquo inferior estão na parede ântero-medial da órbita. Assim, o músculo reto inferior traciona o olho de forma que haja rotação lateral em torno do eixo vertical. O músculo oblíquo superior se insere no quadrante superior direito do olho, portanto, desloca o bulbo ocular para baixo, enquanto o músculo oblíquo inferior se insere no quadrante inferior direito direcionando o olho para cima (Tabela 2). Tabela 2 - Movimentos oculares Músculo Tranversal Vertical Horizontal Oblíquo superior Abaixamento Rotação lateral Extorção Oblíquo inferior Elevação Rotação lateral Intorção Os movimentos horizontais são simples, dependendo apenas dos músculos reto lateral, que promove abdução ocular, e reto medial, que promove sua adução. Como esses músculos são antagonistas, o movimento horizontal (através do eixo vertical) ocorre a partir de um ajustamento recíproco de suas contrações. Os movimentos verticais e de torção são mais complexos devido à obliquidade da órbita (Tabela 1). A intorsão ocorre quando o ponto médio da margem superior da córnea (conhecido como ponto 12 horas - Tal ponto é usualmente referido, 4 Como os movimentos de ambos os músculos oblíquos nos eixos transversal e horizontal são opostos, esses dois músculos só podem contribuir conjuntamente para o movimento de rotação lateral. Quando o olho é aduzido, o eixo da órbita e o eixo horizontal do olho coincidem. Assim, os músculos oblíquos se tornam puramente elevadores e abaixadores do globo ocular. Enquanto as rotações do olho estão sob controle voluntário, os movimentos referentes ao eixo horizontal não podem ser iniciados voluntariamente. Porém, quando a cabeça está inclinada em relação ao corpo, esses movimentos ocorrem de forma reflexa. Existem cinco sistemas de movimentos oculares: o de perseguição lenta, que mantém a imagem de um objeto em movimento sobre a fóvea; o sacádico, mais rápido, que redireciona a fóvea a um alvo específico; o vestíbulo-ocular, que gera movimentos compensatórios dos olhos quando há movimentação da cabeça; os movimentos vergenciais, que ocorrem há quando há mudança do ângulo entre os dois eixos visuais, permitindo que a imagem caia sobre a fóvea de ambos os olhos, evitando diplopia; e, por último, o movimento optocinético, que gera movimentos lentos de segmento e rápidos de refixação, em resposta aos deslocamentos da imagem.

4 Quando o olhar é fixado em uma imagem estática, os olhos executam micromovimentos de arco (de poucos minutos ou até mesmo segundos) extremamente complexos. Mesmo durante esse fenômeno os eixos são mantidos em tal harmonia que não permite a ocorrência de diplopia. Figura 4. Fotografia do acervo de peças anatômicas da disciplina de Neuroanatomia - Departamento de Morfologia da UFF. Vista lateral dos nervos da face lateral da órbita: 1 Nervo frontal; 2 Contribuição do nervo nasociliar para o gânglio ciliar; 3 Nervo lacrimal; 4 Divisão inferior do nervo oculomotor; 5 Gânglio ciliar; 6 Nervos ciliares curtos; 7 Nervo óptico. Bainha fascial do bulbo do olho É uma fina membrana fascial que envolve o bulbo do olho desde o nervo óptico até a junção córneoescleral, separando-o do tecido adiposo da órbita. Entre eles há o denominado espaço episcleral. Posteriormente esta fáscia é perfurada pelos nervos e vasos ciliares. O mesmo acontece anteriormente com os tendões dos músculos extra-oculares e é refletida sobre eles como uma bainha. Os músculos reto medial e lateral formam ligamentos de restrição que limitam o movimento do globo ocular entorno do eixo vertical. Inferiormente a membrana fascial é espessada e forma o ligamento suspensor do olho. A anomalia destes arranjos fasciais interferem nos movimentos normais do olho, causando diversos tipos de estrabismo. O periósteo da órbita forma a fáscia orbital. Anteriormente origina um estrato que contribui para a formação do septo orbital. Um de seus processos constitui a fáscia lacrimal que forma um teto e uma parede lateral sobre o sulco lacrimal. Posteriormente é contínuo com a duramáter através da fissura orbital superior (Ettl et al. 2000). Glândula Lacrimal A glândula lacrimal está situada supero lateralmente na cavidade da órbita e possui uma parte orbital e uma parte palpebral. A primeira é maior, mais superior e aloja-se na fossa lacrimal, situada na parte medial da face orbital do osso frontal, imediatamente atrás da margem da órbita. As duas divisões da glândula são contínuas póstero-lateralmente em torno da margem externa do músculo levantador da pálpebra superior, lateralmente e acima do músculo reto lateral. Figura 5. Fotografia do acervo de peças anatômicas da disciplina de Neuroanatomia - Departamento de Morfologia da UFF. Nervos da face superior da órbita: 1 Divisão superior do nervo oculomotor; 2 Nervo troclear; 3 Nervo frontal; 4 Nervo supraorbital; 5 Nervo supratroclear Nervos da órbita Os nervos presentes na estrutura interna da órbita são: oculomotor, troclear, abducente e raiz oftálmica do nervo trigêmeo. O nevo oculomotor, após emergir do seio cavernoso, se divide em ramos superior e inferior. Estes ramos penetram na órbita pela fissura orbital superior, passando dentro do anel tendíneo comum dos músculos retos. O nervo nasociliar, sensitivo, ramo da divisão oftálmica do nervo trigêmeo entra na órbita entre eles. Seu ramo superior, menor, sobe lateralmente ao nervo óptico para inervar os músculos reto superior e levantador da pálpebra superior. O ramo inferior se divide em três porções destinadas a inervar o músculo reto medial, reto inferior e obliquo inferior. O ramo para o músculo reto medial passa inferiormente ao nervo óptico. A divisão para o músculo oblíquo inferior é a mais longa, passando entre os músculos retos inferior e lateral. Da porção mais proximal do ramo para o músculo oblíquo inferior sai a raiz parassimpática proveniente do nervo oculomotor e caminha em direção ao gânglio ciliar (Figuras 4 e 5). O gânglio ciliar é um pequeno gânglio situado próximo ao ápice da órbita. Localiza-se lateralmente à artéria oftálmica e medial ao músculo 5

5 reto lateral. É um gânglio parassimpático, onde somente os neurônios autonômicos desse tipo fazem sinapse. Essas fibras são provenientes do núcleo acessório de Edinger-Westphal, do complexo nuclear oculomotor. As fibras pós-ganglionares seguem até os músculos ciliar (95%) e esfíncter da pupila através dos nervos ciliares curtos. As fibras sensitivas e simpáticas passam diretamente, sem realizar sinapses no gânglio. A raiz simpática é um ramo do plexo carotídeo interno, fibras pós-ganglionares do glânglio cervical superior, que seguem diretamente para os nervos ciliares curtos para inervarem os vasos do olho. A raiz sensitiva é um ramo comunicante do nervo nasociliar que passa pelo gânglio, como dito, sem fazer sinapses. As fibras que partem do gânglio constituem 8 ou 10 filamentos delicados que são agrupados em dois feixes, sendo que o inferior e maiores constituem os nervos ciliares curtos. Anteriormente penetram no bulbo do olho ao redor do nervo óptico (Figura 4). O nervo troclear penetra na órbita através da fissura orbital superior, acima do tendão conjunto dos músculos retos. Segue medialmente na órbita, acima da origem do músculo levantador da pálpebra superior para penetrar na face superior do músculo oblíquo superior. O nervo abducente penetra na órbita através da fissura orbital superior, dentro do tendão comum, ínfero lateralmente aos nervos oculomotor e nasociliar, dirigindo-se até a face ocular do músculo reto lateral. O nervo oftálmico é uma das três divisões do nervo trigêmeo e possui três ramos principais na órbita: nervo lacrimal, nervo frontal e nervo nasociliar. O nervo lacrimal penetra na órbita pela parte lateral da fissura orbital superior e corre anteriormente acima do músculo reto lateral, seguindo a artéria lacrimal. Durante esse trajeto recebe uma contribuição do ramo zigomático temporal do nervo maxilar que possivelmente contêm as fibras secretomotoras lacrimais. Após penetrar na glândula lacrimal e a inervar, continua anteriormente e supre a conjuntiva adjacente dirigindose até a pálpebra superior. O nervo frontal penetra na órbita pela parte lateral da fissura orbital superior, acima do tendão conjunto. Segue anteriormente abaixo do periósteo e se divide em dois ramos, o nervo supratroclear e o nervo supraorbital. O primeiro corre antero-medialmente e emerge da órbita entre a tróclea e o forame supraorbital, curvando-se superiormente na fronte. Inerva estruturas adjacentes como a conjuntiva e a pele da pálpebra superior. O segundo segue anteriormente e emerge da órbita pelo forame supraorbital, e inerva estruturas adjacentes como conjuntiva e pele da pálpebra superior (Figura 5). O nervo nasociliar penetra na órbita dentro do tendão comum, entre os ramos do nervo oculomotor. Corre obliquamente inferior aos músculos reto superior e oblíquo superior até a parede medial da órbita. Comunicase com o gânglio ciliar recebendo fibras sensitivas que passam diretamente pelo gânglio sem realizar sinapses. Seu ramo medial, o nervo etmoidal anterior, atravessa o canal etmoidal anterior. Outro ramo medial, o nervo etmoidal posterior, atravessa o canal etmoidal posterior. Possui também dois ou três ramos ciliares longos que se ramificam e penetram na esclera, próximo ao nervo óptico, junto aos ramos ciliares curtos, como citado acima. Geralmente possui fibras simpáticas do gânglio cervical superior para o músculo dilatador da pupila. A última divisão é o nervo infratroclear que se ramifica a partir do nervo nasociliar e segue anteriormente acima do músculo reto medial, deixando a órbita abaixo da tróclea (Figuras 4 e 5). Vascularização da órbita A irrigação da órbita é feita principalmente pela artéria oftálmica. Ela penetra na órbita pelo canal óptico, ínfero lateralmente ao nervo óptico. Cruza entre este nervo e o músculo reto superior em direção à parede medial da órbita. Segue anteriormente entre os músculos oblíquo superior e reto medial até a saída da órbita, onde se divide em ramos supratroclear e dorsal do nariz. Possui 9 ramos: Artéria central da retina; artéria lacrimal, que acompanha o nervo lacrimal; artéria ciliares, cujos ramos penetram no bulbo do olho ao redor do nervo óptico; artéria supraorbital, que sobe medialmente aos ramos retos superior e levantador da pálpebra superior, irrigando-os e seguindo junto ao nervo supraorbital; artérias etmoidal posterior e anterior, que penetram nos canais etmoidais posterior e anterior respectivamente; artérias palpebrais medial, superior e inferior; são ramos da parte distal da artéria oftálmica. Sua drenagem é feita pelas veias oftálmicas superior e inferior. A superior está na parte superior da parede medial da órbita e recebe tributárias que se comunicam anteriormente com a veia facial. Corre posteriormente ao lado da artéria oftálmica e sai da órbita pela fissura orbital superior. A veia oftálmica inferior corre posteriormente acima do músculo reto inferior. Antes de sair da órbita pela fissura orbital superior, se comunica com o plexo venoso pterigoide por meio de pequenos vasos que atravessam a fissura orbital inferior. CONCLUSÕES Devido à sua enorme riqueza em estruturas anatômicas o estudo da órbita exige grande conhecimento da anatomia óssea, muscular, vascular e neural simultaneamente. A necessidade de uma visão espacial de tamanha diversidade anatômica, contida em uma região tão circunscrita, tem se tornado um desafio à especialistas de diversos campos do conhecimento científico. Oftalmologistas, radiologistas, neurocirurgiões, cirurgiões bulcomaxilofaciais, são alguns exemplos de profissionais que tem na órbita um elemento fundamental à sua prática clínica. As publicações existentes sobre o assunto transcorrido são limitadas, se comparadas às sua importância, e poucas utilizam peças anatômicas como referencias didáticas ao estudo da órbita, dificultando, em parte a aprendizagem sobre a sua anatomia. O presente trabalha busca contribuir, de maneira efetiva para o enriquecimento desse estudo. Conflito de Interesses Nenhum declarado 6

6 REFERÊNCIAS 1. Bicas HE. Oculomotricidade e seus fundamentos. Arq Bras Oftalmol. 2003, 66: Burkat CN, Lemke BN. Anatomy of the orbit and its related structures. Otolaryngol Clin North Am. 2005, 38(5): Chastain JB, Sindwani R. Anatomy of the orbit, lacrimal apparatus, and lateral nasal wall. Otolaryngol Clin North Am. 2006, 39(5): Ettl A, Zwrtek K, Daxer A, Salomonowitz E. Anatomy of the orbital apex and cavernous sinus on high-resolution magnetic resonance images. Surv Ophthalmol. 2000, 44(4): Gentry LR. Anatomy of the orbit. Neuroimaging Clin N Am. 1998, 8(1): Lockwood CB. The Anatomy of the Muscles, Ligaments, and Fasclae of the Orbit, including an Account of the Capsule of Tenon, the Check Ligaments of the Recti, and the Suspensory Ligaments of the Eye.J Anat Physiol. 1885, 20():i Tuma VC, Ganança CF, Ganança MM, Caviolla HH. Avaliação oculomotora em pacientes com disfunção vestibular periférica. Rev Bras Otorrinolaringol. 2006, 72(3): Williams PL, Warwick R, Dyson M, Bannister LH. Gray s anatomy. 37ª edição. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan Autor Correspondente: Prof. Dr. Roberto Godofredo Fabri Ferreira Av. Visconde do Rio Branco, 633 / 1001, centro, Niterói, RJ, , Brasil rgfabri@ig.com.br 7 Submetido para revisão em: 30 de Abril de 2012 Aceito após revisão em: 15 de Junho de 2012

7 Acta Sci Med. 2012; 5 (1): 2 8 ABSTRACT This paper aims to describe morphologically the orbital cavity. Will be discussed in detail the anatomy of the bone framework, the muscles, fascia, nerves and blood vessels of the orbit. Also shown are the functional important to understand the kinetics eye. New photos will be used neuroanatomical parts of the Department of Morphology, Fluminense Federal University, obtained specifically for this study. Keywords: orbital cavity; orbit 8

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