UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA FACULDADE DE GESTÃO E NEGÓCIOS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

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1 UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA FACULDADE DE GESTÃO E NEGÓCIOS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS RESPONSABILIDADE E BALANÇO SOCIAL UMA ANALISE DAS INFORMAÇÕES SOCIAIS E AMBIENTAIS PRESTADAS PELAS EMPRESAS BANCÁRIAS DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL WELITON CREPALDI Piracicaba, SP. 2007

2 WELITON CREPALDI RESPONSABILIDADE E BALANÇO SOCIAL UMA ANALISE DAS INFORMAÇÕES SOCIAIS E AMBIENTAIS PRESTADAS PELAS EMPRESAS BANCÁRIAS DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL Monografia apresentada em cumprimento às exigências curriculares do Curso de Graduação em Ciências Contábeis da Faculdade de Gestão e Negócios da Universidade Metodista de Piracicaba, área de concentração em Contabilidade Gerencial. Orientadora: Profª. Maria José de C. M. de Zen Piracicaba, SP. 2007

3 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO RESPONSABILIDADE SOCIAL Conceito de Responsabilidade Social Terceiro Setor A Origem do Conceito BALANÇO SOCIAL A Divulgação dos Investimentos Sociais por parte das Empresas Empresas Socialmente Responsáveis Conquistam Melhores Resultados Balanço Social Caracterização e Funcionalidade Características do Balanço Social A Ligação do Balanço Social com a Ciência Contábil A Atuação do Contador na Elaboração do Balanço Social OS INDICADORES SOCIAIS DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO A DVA como Instrumento de Apoio no Processo Decisório 35 6 INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS Bancos RESULTADOS DA PESQUISA CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANEXOS... 52

4 1 INTRODUÇÃO A Contabilidade, sendo uma ciência que tem a finalidade de prestar informações relevantes para entender as necessidades de planejamento, de controle e tomada de decisão de seus usuários internos e externos, atua em um contexto em que mudanças são cada vez mais rápidas, impondo a necessidade de uma adequação a esta realidade. Diante desta circunstância, as empresas viram-se obrigadas a incorporar os seus objetivos de obtenção de lucros a responsabilidade social, visto que a continuidade de suas atividades depende de sua aceitação pela comunidade como um todo, e a responsabilidade social abrange o bem estar da população na sua integridade. Além de um agente econômico com a missão de produzir riqueza, a empresa exerce um papel de agente social, tendo como obrigação prestar contas à sociedade sobre o seu desempenho social e sobre os impactos que o exercício de suas atividades causam à sociedade. Muito tem sido discutido para que a Ciência Contábil atenda às exigências deste novo contexto sócio-econômico através da utilização de instrumentos que possam evidenciar com mais clareza e transparência a responsabilidade social das empresas, enfatizando os aspectos quantitativos e qualitativos das ações realizadas no âmbito social e os efeitos destas ações para a empresa e para a sociedade. Esse conceito segue ao conceito tradicional de contabilidade, que elabora informações contábeis sobre o enfoque estritamente econômico e financeiro. As demonstrações contábeis que adotam esse e nfoque tratam de informações sobre fluxo de receitas e despesas, bem como do capital e do patrimônio em geral.

5 Entretanto, este sistema tradicional de informações não visa a evidenciação dos aspectos e efeitos da responsabilidade social das empresas. Diante de um contexto de constantes mudanças sócio-econômicas, a sociedade está designando às empresas um novo papel, o de agente social, responsável por exercer ações sociais e informar a seus usuários seu desempenho nesse sentido. O instrumento de informação contábil que interliga as ações de uma entidade junto à sociedade a partir dos indicadores de caráter sócio-econômico e tem por finalidade auxiliar os usuários na tomada de decisões, podendo ser utilizado por todos aqueles pertencentes ao ambiente interno e externo da entidade, inserindo-se aqui a própria sociedade, é o Balanço Social. Existem essencialmente quatro abordagens no Balanço Social, quais sejam: enfoque em recursos humanos, enfoque em atividades sociais, enfoque no ambiente e enfoque na geração de riqueza. No mundo globalizado, as empresas que se identificaram com os objetivos e os benefícios deste novo conceito de contabilidade, estão cada vez mais destinando esforços voltados para as ações de responsabilidade social e por conseqüência, elaborando seu Balanço Social ao final de cada exercício. Através de pesquisas, o presente estudo buscará apresentar os antecedentes históricos, sociais, econômicos e culturais que deram origem ao conceito de responsabilidade e Balanço Social, bem como a identificação do tipo de informação contida nesta demonstração, sob enfoques ambientais, econômicos e sociais. O presente estudo visa buscar informações no sentido de como os principais bancos brasileiros têm demonstrado interesse em realizar ações no âmbito sócio-ambiental, com a finalidade de majorar seus lucros e obter a imagem de empresa socialmente responsável, bem como evidenciar os projetos sociais apresentados por essas entidades do sistema financeiro e apurar os benefícios obtidos através de suas ações sociais.

6 Objetivos Objetivos Gerais Pesquisar sobre a Responsabilidade Social e o Balanço Social e como as informações são divulgadas no Balanço Social de 3 (três) dos principais bancos brasileiros, sendo eles o Banco Bradesco, o Banco Itaú e o Banco Santander. Objetivos específicos Dentre os objetivos do estudo, destacam-se Apresentar os antecedentes históricos, sociais, econômicos e culturais que deram origem ao conceito de Responsabilidade Social e Balanço Social; Apontar os benefícios que a empresa obtém ao se tornar e se divulgar como uma empresa socialmente responsável; Discutir o conceito, a evolução e os aspectos normativos relativos ao Balanço Social; Pesquisar e analisar as ações realizadas bem como as informações prestadas aos usuários e à sociedade, por 03 dos principais bancos do sistema financeiro do Brasil. Justificativa A escolha do tema em estudo, justifica-se pelo fato de o mesmo não ser tratado com a atenção e importância que se faz necessária. O conceito de Responsabilidade Social bem como a demonstração do Balanço Social como instrumento de evidenciação destas informações já vem sendo

7 divulgado a algum tempo, todavia nem todas as empresas adotam este sistema de demonstração contábil, o que nos faz entender que as empresas ainda não se conscientizaram da necessidade e da viabilidade de realizar ações sociais e divulgar estas ações por intermédio da elaboração do Balanço Social como parte de suas demonstrações contábeis. Nesse sentido, este trabalho contribui a medida que analisa e reflete sobre essa realidade. Quanto ao fato desta pesquisa se basear nas ações e informações extraídas das empresas bancárias, entende-se que este ramo de atividade proporciona diversos benefícios à sociedade com a prestação de serviços sociais. Também é um dos ramos que apresenta maior índice de lucratividade, o que motiva avaliar o retorno que é dado à sociedade. Metodologia A metodologia utilizada para a elaboração do presente estudo foi o estudo com base nos dados teóricos sobre o tema destacado, através de consulta em livros e periódicos da área Contábil e que destacam a importância e a relevância do assunto em questão. Também foi utilizada a pesquisa sobre as demonstrações de Balanço Social dos principais bancos em atividade no Brasil. Quanto aos objetivos da pesquisa, trata-se de uma metodologia descritiva, a qual foi embasada através dos recursos descritos acima e no que diz respeito à análise do problema em estudo, foi buscado dados no sentido qualitativo, pois se levou em consideração a qualidade das informações sociais prestadas pelas empresas em análise, bem como os índices apresentados no respectivo Balanço Social de cada uma das 03 empresas. Mediante apresentação destas demonstrações, foi analisado os principais tópicos de cada Indicador Social em um comparativo entre os investimentos realizados por estas empresas no âmbito social e ambiental.

8 2 RESPONSABILIDADE SOCIAL Por um longo período, desde a revolução industrial, as práticas administrativas estavam voltadas quase que exclusivamente para a determinação de métodos de produção. O Taylorismo buscava estabelecer uma relação de reciprocidade entre capital e trabalho, para aumentar a produtividade e assegurar o fortalecimento do capital. O elemento humano seria apenas um recurso a ser otimizado. As preocupações estavam voltadas para o espaço interno das empresas, para aspectos da organização que os administradores pudessem influenciar diretamente. O ambiente externo passou a ser considerado à medida que na administração se desenvolveu o entendimento de que o desempenho dos sistemas organizacionais dependeria de outros elementos, além de suas ações específicas. As

9 organizações passaram a ser vistas como sistemas abertos. No Brasil, os primeiros ventos de mudança de mentalidade empresarial já podem ser notados desde meados da década de 60. e, nesse sentido, a Carta de Princípios do Dirigente Cristão de Empresas publicada em 1965, é um marco histórico incontestável do início da utilização explícita da expressão responsabilidade social diretamente associada às empresas e da própria relevância do tema relacionado à ação social das empresas no país; mesmo que ainda limitado ao mundo das idéias e efetivando-se apenas em discursos e textos, já fazia parte da realidade de uma pequena parcela do empresariado.. Já em 1965 aprovava-se a Carta de Princípios do Dirigente Cristão de Empresas, na qual se salienta a consciência de que as crises e tensões do mundo contemporâneo devem-se a que as instituições econômico-sociais vigentes se afastaram dos princípios cristãos e das exigências da justiça social a que os antagonismos de classe, os aberrantes desníveis econômicos, o enorme atraso de certas áreas do país decorrem, em parte, de não ter o setor empresarial tomado consciência plena de suas responsabilidades sociais. Em 1977, o tema mereceu destaque a ponto de ter sido o assinto central do 2º Encontro Nacional de Dirigentes de Empresas promovido pela ADCE. A responsabilidade das empresas e dos empresários diante das questões sociais também foi o tema do Plano de Trabalho 77/78 da União Internacional Cristã de Dirigentes de Empresa (Uniapac), que chegou a identificar o balanço social e a gestão social da empresa, com ênfase num viés mais participativo, como instrumentos que deveriam ser utilizados pelas empresas no cumprimento efetivo da Responsabilidade Social. Segundo Silva, Freire (2001,p.17), a conjuntura nacional daquele período não era propícia para idéias de transformação e mudança tanto de mentalidade, quanto de ação. A idéia de responsabilidade social nas empresas, que já motivava algumas discussões desde os anos 60, também sofreu com a falta de liberdade e as restrições impostas pela ditadura militar após 1964.

10 Se, por um lado, no campo político, a ditadura militar coibia o desenvolvimento mais orgânico de parte da sociedade, proibindo a participação e a livre organização, por outro, existia um empresariado acostumado, desde os primórdios da industrialização brasileira, com as benesses de um Estado nacional intervencionista. Este utilizou dinheiro público para beneficiar ações e iniciativas do setor privado em geral especialmente no empresariado industrial, que desde a implantação do processo de industrialização no Brasil, ocorrido nos anos 50, estruturou-se e desenvolveu-se sob a proteção de sucessivos governos. Entretanto, no final dos anos 70 e início dos anos 80, com a crise do modelo de desenvolvimento baseado na ação e na proteção Estatal, o próprio papel das empresas e a postura dos empresários diante do mercado e da sociedade entrou em amplo processo de redefinição e reestruturação. Dessa forma, pode-se compreender o quanto essa prática e esse discurso de ação social por parte das empresas está relacionada, ao mesmo tempo, com a reestruturação do Estado, com uma renovação do empresariado nacional e com o processo de substituição das ações compensatórias, no contexto da crise do Estado de Bem-estar Social, o welfare state assistencial, que busca garantir integralmente o bem estar de todos os cidadãos. Destacam ainda sobre o primeiro tipo de relatório que aborda aspectos sociais e de recursos humanos,que se tornou obrigatório para todas as empresas que atuam no Brasil. Na década de 70, durante a ditadura militar, foi criada, por meio do Decreto-lei nº /75, a Relação Anual de Informações Sociais (Rais): um relatório obrigatório para todas as empresas que dava e dá ainda hoje conta das informações sociais relacionadas aos trabalhadores nas empresas. Compulsório para todos os empregadores, independentemente do número de empregados, refere-se a uma série de informações laborais específicas e consolida números que se encontram também em outros documentos da empresa. Apesar de mais antigo que o obrigatório Balanço Social francês, as informações contidas na Rais são muito inferiores, tanto qualitativa, quanto

11 quantitativamente, como se pode observar nas palavras da Profª. Fátima Freire: O Brasil vivenciou o que pode ser considerado conservadorismo político e social, combinado com abertura política e liberalismo econômico. A obrigatoriedade, instituída através de Decreto-lei, em pleno regime militar, da apresentação pelas empresas sediadas no Brasil da Rais, foi bastante incipiente, principalmente quando se compara com o modelo francês. De qualquer forma, deve-se salientar que, legalmente, foi uma das primeiras iniciativas que se tem conhecimento. Também deve ser destacado que os indicadores sociais produzidos através da utilização das informações advindas da Rais são bastante limitados, e, por pior, não são disponibilizados para os empregados das entidades ou suas associações de classe. Sá (1995 p.88), destaca que nos anos 80, a questão da ação social do setor empresarial se fortaleceu. Neste momento, os sindicatos se consolidaram e, juntamente com eles, sedimentaram-se as discussões acerca da atuação social das empresas e a necessidade de criação de uma ética empresarial. Com isso, algumas empresas passaram a investir nas áreas sociais e viram a necessidade de tornar públicas essas ações. O Estado provedor brasileiro garantiu, durante parte dos governos militares, relativa e momentânea situação de bem-estar social. Contudo, a situação sócio-política e econômica iniciou amplo processo de transformação a partir do final dos anos 70, durante o período da Abertura no pós-crise do Estado de Redemocratização estatal. Assim, como destacam Diniz e Boschi, disponível em (Kroetz, 2000 p.18): Os anos 80 foram marcados oelo esgotamento do modelo de desenvolvimento instaurado no pós-guerra, cujo desdobramento ao longo de quatro décadas dos anos 40 aos anos 70 se deu a égide de um Estado altamente intervencionista. Neste período, os sindicatos fortaleceram-se, nasceram e consolidaram-se as Organizações Não-Governamentais (ONGs), e a sociedade passou por áureos períodos de participação, organização e atuação efetiva das greves do ABC paulista à promulgação da Carta de 88: abertura, diretas já, redemocratização e movimento constituinte. Também merecem destaque as lutas

12 relacionadas às questões étnicas e raciais, as conquistas feministas e os embates dos ambientalistas durante toda a década de 80. Segundo Kroetz, (2000 p.19), é nesse contexto que se deve buscar entender a importância do papel das Organizações da Sociedade Civil as chamadas OSCs na construção, difusão e consolidação de todo um discurso ético, de responsabilidade social e ambiental. Ou seja, uma moral e uma prática relativa ao social, que em determinado momento torna-se bastante ampla e passa a influenciar a sociedade em sua totalidade. Inclusive os empresários e suas corporações. Dessa forma, pode-se destacar o papel estratégico das ONGs e das OSCs como atores no processo de construção e reprodução da chamada responsabilidade social corporativa a partir da metade dos anos 80. Destacam ainda que, a partir do momento em que essas novas ações / discursos começaram a aumentar e tornaram-se significativas, surgiu a necessidade e, obviamente, o interesse em torná-las públicas. Ou seja, dar maior visibilidade e publicidade às ações sociais e ambientais realizadas pelas empresas. Para esse feito, começaram a ser utilizados relatórios regulares. Alguns desses documentos de periodicidade anual foram chamados de Relatórios de Atividades Sociais. Posteriormente, alguns evoluíram em forma e conteúdo e em uma clara alusão ao balanço contábil e financeiro da empresa começaram a receber a denominação, que vem tornando-se cada vez mais usual nos últimos anos, de Balanço Social. Ainda segundo Kroetz (2000, p.20), no ano de 1984, foi publicado, de maneira completamente voluntária, o primeiro relatório de cunho social de uma empresa brasileira: o relatório de atividades sociais da Nitrofértil, uma empresas estatal que se situava no Estado da Bahia. Esse documento tentava das publicidade às ações sociais realizadas e ao processo participativo desenvolvido na empresa durante aquele período. O documento recebeu no nome de Balanço Social da Nitrofértil. Esse Balanço Social é considerado o primeiro documento brasileiro do gênero a carregar essa denominação. Nesse mesmo período, meados da década de 80, também foi publicado o relatório de atividades sociais do Sistema Telebrás. Decorridos seis anos da realização do pioneiro Balanço Social, o Banco do Estado de São Paulo (Banespa) produziu um relatório completo, denominado Balanço Social do

13 Banespa, divulgando as ações sociais realizadas. O Banespa realizou seu Balanço Social em 1992, porém ele foi publicado somente nos primeiros meses de Nos anos subseqüentes, diversas empresas passaram a publicar anualmente seus balanços sociais, em razão do incremento da realização de ações sociais a ambientais concretas. Algumas prioridades, atitudes e valores como se pode constatar começaram a mudar no universo empresarial a partir da década de 90. Dessa forma, pode-se afirmar que foi a partir do inícios dos anos 90 que algumas empresas passaram a desenvolver ações sociais concretas, de maneira mais sistemática e como uma estratégia empresarial. Levando a sério esse novo campo, a operacionalização dessas ações foi, muitas vezes, institucionalizadas e posta a cargos de profissionais. Paralelamente a esse processo ou em decorrência dele essas empresas começaram a divulgar sistematicamente as ações realizadas em relação às comunidades, ao meio ambiente e aos próprios funcionários. Pode-se dizer que esse processo deu-se por uma conjunção de interesse, vontade e necessidade do meio empresarial. Foi em 1997, com a atuação do Sociólogo Hebert de Souza, o Betinho, que a idéia de responsabilidade social das empresas e a proposta da divulgação do Balanço Social alcançaram maior projeção nacional. Neste ano, Betinho, representando o Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas com parceria da Petrobrás e do jornal Gazeta Mercantil, lançou uma campanha de divulgação anual do Balanço Social, sob a alegação de que este passaria a ser o primeiro passo para uma empresa tornar-se uma verdadeira empresa cidadã. Segundo TINOCO (2002 p. 88): Lançou campanha convocando os empresários e a sociedade a um maior engajamento e participação na promoção de melhorias nas condições de vida da população e na superação da pobreza. Além disso, lançou também a idéia da elaboração e divulgação do Balanço Social como instrumento de demonstração deste envolvimento, explicitando que este relatório representa resposta das organizações, na divulgação da adoção de sugestões sociais e comunitárias. A esse engajamento denominou de Empresa Pública e Cidadã. Para Chiavenato (2000 p.74), as organizações operam dentro de um contexto do qual dependem para sobreviver, se manter e desenvolver. Os recursos e as informações necessárias para o funcionamento das organizações são obtidos do ambiente e para ele dirigem o resultado das suas operações. Como sistema sociais

14 abertos, atuam num ambiente dinâmico permeado por inter-relações entre vários agentes ou grupos sociais, tais como: os trabalhadores diretos, os clientes, os fornecedores, os acionistas, instituições financeiras, o governo, a comunidade local e o meio ambiente natural. Segundo Duarte e Dias (1986), a empresa não existe no vácuo, é parte integrante de um macro sistema social sendo seus principais componentes representados pelo meio ambiente natural, a sociedade, a economia, as políticas públicas e legislação, a ciência e a tecnologia, portanto, submetida a um conjunto de relações. Este ambiente assim considerado, traz uma enorme quantidade de variáveis para os processos decisórios que por sua vez precisam estar em sintonia com as diferentes demandas de acionistas, dirigentes, trabalhadores e outros grupos e indivíduos com os quais mantém alguma relação. Ainda segundo os mesmos autores, nenhuma organização por mais antiga e conservadora que seja, conseguiriam manter-se imutável em meio a tal processo de mudança, à medida que o ambiente se transforma, mudam os valores culturais, padrões de comportamento, surgem novas expectativas para o papel das organizações, a sobrevivência das organizações passa a depender de sua flexibilidade em aceitar novos paradigmas. A concepção tradicional da empresa como instituição apenas econômica, que tem seu esforço orientado para a maximização de lucros, que não considera os aspectos sociais e políticos que influenciam o ambiente de negócios na tomada de decisão está sendo questionada pela sociedade. Ao econômico, acrescentase o social, a empresa moderna reconhece que as decisões e resultados das suas atividades atingem os agentes que constituem seu ambiente interno e externo, além dos trabalhadores, sócios, dirigentes, acionistas, fornecedores, clientes, concorrentes, governo, comunidade e meio ambiente que são afetados pelas práticas corporativas. Sucupira (2002), afirma que é clara a idéia de que a otimização do lucro não pode permanecer o modelo essencial de atividade empresarial. A empresa existe para cumprimento dos objetivos de natureza econômica e também de natureza social, estas funções devem ser desempenhadas de modo integrado.

15 Ainda reafirma esse entendimento ao expor que o enfoque moderno de administração de empresas traduz-se na consideração da comunidade como um ecossistema e a empresa como um componente do mesmo, não havendo mais espaço para o antigo conceito de empresa-ilha (que busca a maximização dos benefícios e socialização dos prejuízos). Além disso, diz que a abordagem da teoria econômica, segundo a qual a livre iniciativa ajudada pela mão invisível conduziria a sociedade ao bem estar e à realização dos seus integrantes, não funcionou como desejado. A livre iniciativa vem gerando um conjunto de elementos negativos à sociedade, tais como as deseconomias, externalidades e custos sociais. Segundo Silva;Freire (2001, p.20-21), a partir de 1993, empresas de diversos setores passaram a realizar, ano após ano, efetivas ações sociais e ambientais, ao mesmo tempo em que começaram a divulgar de maneira mais ofensiva inclusive nos meios de comunicação um perfil mais social e humano dessas corporações. Assim, foi no início dos anos 90 que a realização anual de relatórios sociais e ambientais entrou num amplo processo de aceitação e disseminação no meio empresarial. Dessa forma, os chamados Balanços Sociais anuais passaram a fazer parte da realidade de um número cada vez maior de corporações. Esse foi um importante período de consolidação da mudança de mentalidade de parcela expressiva do empresariado nacional, em que a visão de um capitalismo de cunho mais social, que busca maior negociação com amplas parcelas dos trabalhadores, está cada vez mais atenta aos problemas ambientais e sociais e tem, de maneira crescente, levado em consideração a questão da ética e da responsabilidade social e ambiental na hora de tomar decisões. Dessa forma, pode-se afirmar que foi a partir do início dos anos 90 que algumas empresas passaram a desenvolver ações sociais concretas, de maneira mais sistemática e como uma estratégia empresarial. Levando a sério esse novo campo, a operacionalização dessas ações foi, muitas vezes, institucionalizada e posta a cargo de profissionais. Paralelamente a este processo ou em decorrência dele essas empresas começaram a divulgar sistematicamente as ações realizadas em relação à comunidade, ao meio ambiente e aos próprios funcionários. Pode-se dizer aqui que

16 esse processo deu-se por uma conjução de interesse, vontade e necessidade d meio empresarial. 2.1 Conceito de Responsabilidade Social Nos dias atuais, a grande responsabilidade social das organizações consiste em gerar renda e emprego, distribuídos de forma mais eqüitativa do que vem ocorrendo, a todos os envolvidos em sua geração, propiciando àqueles que estão afastados de seus postos de trabalho e do mercado, perspectivas de ingresse neste, especialmente nos países denominados terceiro mundo, em especial no Brasil. As entidades devem satisfazer adequadamente às demandas de seus clientes e de parceiros nos negócios e atividades e especialmente divulgar e dar transparência aos agentes sociais e a toda a sociedade de sua inserção no contexto das relações econômicas, financeiras, sociais, ambientais e de responsabilidade pública. Estudos desenvolvidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) (2000), intitulados: Empresas, Responsabilidade Corporativa e Investimento Social (Relato Setorial n.º 1, da AS/Geset) e Balanço Social e Outros Aspectos da Responsabilidade Social Corporativa (Relato Setorial n.º 2, da AS/Geset), explicitam que: o conceito de responsabilidade social corporativa (RSC) está associado ao reconhecimento de que as decisões e os resultados das atividades das companhias, alcançam um universo de agentes sociais muito mais amplo do que o composto por seus sócios e acionistas. Desta forma, a responsabilidade social corporativa, ou cidadania empresarial, como também é chamada, enfatiza o impacto das atividades das empresas para os agentes com os quais interagem: empregados, fornecedores, clientes, consumidores, colaboradores, investidores, competidores, governo e comunidades. Explicitam, ademais, que este conceito expressa compromissos que vão além daqueles já compulsórios para as empresas, tais como o cumprimento das obrigações trabalhistas, tributárias e sociais, da legislação ambiental, de uso do solo e outros. Expressa, assim, a adoção e a difusão de valores, condutas e procedimentos que induzam e estimulem o contínuo aperfeiçoamento dos processos empresarias, para que também resultem em preservação e melhoria da qualidade de vida das sociedades, do ponto de vista ético, social e ambiental. O tema da responsabilidade social integra-se, portanto, ao da governança corporativa, ou

17 seja, com a administração das relações contratuais e institucionais estabelecidas pelas companhias e as medidas adotadas para o atendimento das demandas e dos interesses dos diversos participantes envolvidos. A Responsabilidade Social pressupõe o reconhecimento da comunidade e da sociedade como partes interessadas da organização, com necessidade que precisam ser atendidas. Significa o cumprimento e a superação das obrigações legais decorrentes das próprias atividades e produtos da organização. É também, o exercício de sua consciência moral e cívica, advinda da ampla compreensão de seu papel no desenvolvimento da sociedade. Trata-se, portanto, do conceito de cidadania aplicado às organizações conforme critérios de excelência 2000, da Fundação para o Prêmio Nacional da Qualidade. Segundo Kroetz (1999), a responsabilidade social de uma empresa consiste na sua decisão de participar mais diretamente das ações comunitárias na região em que está presente e minorar possíveis danos ambientais decorrente do tipo de atividade que exerce. Contudo, apoiar o desenvolvimento da comunidade e preservar o meio ambiente não são suficientes para atribuir a uma empresa a condição de socialmente responsável. É necessário investir no bem-estar de seus funcionários e dependentes e num ambiente de trabalho saudável, além de promover comunicações transparentes, dar retorno aos acionistas, assegurar sinergia com seus parceiros, e garantir a satisfação de seus clientes ou consumidores. Kroetz explicita que são estes, os principais vetores da responsabilidade social de uma empresa: 1. Apoio ao desenvolvimento da sociedade onde atua; 2. Preservação do meio ambiente; 3. Investimento no bem estar dos funcionários e seus dependentes, e num ambiente de trabalho agradável; 4. Comunicações transparentes;

18 5. Retorno aos acionistas; 6. Sinergia com os parceiros; 7. Satisfação dos clientes e/ou consumidores Ainda segundo o mesmo autor, a responsabilidade social é vista como um compromisso da empresa com relação à sociedade e à humanidade em geral, e uma forma de prestação de contas do seu desempenho, baseada na apropriação e uso de recursos que originalmente não lhe pertencem. 2.2 Terceiro Setor A origem do conceito Segundo Melo Neto (2001), a definição de terceiro setor surgiu já na primeira metade do século, nos Estados Unidos. Ele seria uma mistura de dois setores clássicos da sociedade: o público, representado pelo Estado, e o privado, representado pelo empresariado em geral. Segundo o professor Luis Carlos Merege, coordenador do Centro de Estudos do Terceiro Setor da Fundação Getulio Vargas de São Paulo, a noção vem do comportamento filantrópico que a maioria das empresas norteamericanas sempre manteve ao longo da história. Termos como filantropia empresarial, tão recentes no Brasil, já existem a décadas nos Estados Unidos. Hoje, a maioria das fundações filantrópicas americanas, como a Ford, a Rockfeller e a Carneggie, já independentes de suas empresas-mãe, tem juntas um patrimônio de mais de 170 bilhões de dólares. Em um ano, gasta-se quase um bilhão de dólares em projetos de educação, cultura e assistência social, e não são só as empresas que fazem esse trabalho naquele país. Lá, a maioria das doações do Terceiro Setor vem mesmo é de pessoas físicas, conclui Merege. No Brasil, o novo conceito é muito recente. As empresas que admitem suas responsabilidades sociais ainda são poucas. Cidadãos que trabalham por si próprios, sem esperar a tutela do estado, são ainda mais raros. Mas algumas organizações sociais já se destacam no desenvolvimento de projetos sociais em nosso país.

19 Ainda segundo o professor Merege, para se perceber a importância efetiva do novo segmento econômico no país, só fazendo um extenso trabalho de pesquisa, como já foi feito nos Estados Unidos. Lá, quando descobriram o montante de recursos que o Terceiro Setor mobilizava por ano, tomou-se até um susto. É um volume muito grande de dinheiro, todo voltado para uma área específica, a social.

20 3 BALANÇO SOCIAL Segundo Tinoco (2002 p.52), a palavra social refere-se à vida em comunidade, surgindo daí, a necessidade de desenvolvimento do processo de comunicação que podemos identificar nas mais diversas formas de relacionamento, tais como: econômicos, políticos, jurídicos, entre outros. Os registros das transações decorrentes dos relacionamentos econômicos são efetivados e analisados pela contabilidade e a influência dessas relações sobre a comunidade constitui o fundamento da Contabilidade Social. Em um curto espaço de tempo, houve uma evolução bastante radical nas finalidades do balanço. Partindo do balanço para o proprietário ou gestor da entidade, criado para seu próprio uso, passando para uso dos credores, primeiros usuários externos da Contabilidade e, em seguida, pelo poder tributante (governo), pelos investidores, chegando, hoje, ao uso social propriamente dito, na medida em que é utilizado como banco de dados e informações pelos empregados, comunidade e meio ambiente. Essa evolução vem, cada vez mais, realçando a Responsabilidade Social da empresa e a Contabilidade, em sua visão social, está intimamente vinculada a esta responsabilidade.

21 O relacionamento da empresa com os vários segmentos sociais como investidores, fornecedores, financiadores, clientes, empregados, governos e meio ambiente deixa evidente a dimensão de sua Responsabilidade Social. Está cada vez mais presente a idéia de que a otimização dos lucros não pode permanecer como um objetivo único das atividades da empresa. Ela tem, também, objetivos sociais geradores de bem-estar social por meio de apoio ao desenvolvimento da comunidade onde atua; colaboração na preservação do meio ambiente; investimentos no bem-estar dos seus empregados e dependentes e num ambiente de trabalho agradável; comunicação transparente; retorno aos acionistas e satisfação dos clientes e fornecedores. A Responsabilidade Social capacita a empresa a crescer e permanecer no mercado, hoje globalizado e, cada dia mais, competitivo. Por isso, a organização que assumir o seu compromisso com o social estará contribuindo, de maneira decisiva, para a sua sustentabilidade e para o seu desempenho. A empresa passa a ter o reconhecimento da sociedade à medida que passa a ser mais atuante em investimentos no social, tornando-se preocupada com os problemas da comunidade, buscando soluções, mudando a sua imagem e assumindo a posição de empresa-cidadã. Assim, seus produtos, serviços e sua imagem adquirem força e tornam-se mais conhecidos, ganhando maior espaço na comunidade, com funcionários, fornecedores, acionistas e governo. Os próprios concorrentes passam a reconhecer e respeitar o seu valor. Tudo isso é fruto do uso da cidadania empresarial como vantagem competitiva. Há poucos anos, não se falava em responsabilidade social, falava-se em filantropia e, nesse aspecto, houve uma guinada radical. empresas 3.1 A divulgação dos investimentos sociais por parte das

22 As empresas estão redefinindo sua responsabilidade social e conforme Dolabella (1992), necessitam demonstrar à sociedade o que, de fato, estão investindo. Conforme SILVA (1998), a aproximação entre empresas e comunidades reforça a necessidade de um Balanço Social como forma de evidenciar à sociedade o desempenho da política social existente na empresa. O Balanço Social estimula a valorização da cidadania, podendo funcionar como um instrumento de política econômica. Segundo a Teoria do Empreendimento, proposta por Suoajen apud Dolabella (1992), a empresa é uma instituição social cujas decisões afetam diferentes grupos, como acionistas, credores, consumidores, instituições governamentais e o público em geral. Portanto, estende a responsabilidade da empresa em evidenciar informações a outros grupos. Dessa forma, o assunto Balanço Social é extremamente oportuno, inclusive quando se lembra que um dos pré-requisitos para o exercício da cidadania é o direito à informação. Além de contribuir para uma sociedade melhor, a empresa ainda poderá utilizar-se desses investimentos em seu marketing que, sendo efetuado com transparência e ética, pode ser um dos fatores a contribuir para se destacar, tornando a empresa mais receptiva aos olhos da sociedade. 3.2 Empresas socialmente responsáveis conquistam melhores resultados Uma das tendências desde o início do novo milênio são as mudanças de paradigmas que encontramos no ambiente corporativo. Em parte, essas mudanças vêm ao encontro dos anseios de uma sociedade que, conforme Rosseti (2000), está mais consciente no que diz respeito às questões de cidadania. A concorrência está acirrada, qualidade já é simplesmente prérequisito, pois o grau de exigência e as expectativas dos clientes em termos de qualidade têm crescido demasiadamente. Diante deste quadro, as empresas buscam formas para que seus produtos ou serviços tenham um diferencial nos postos de vendas e serviços. Efetuando bench-marking, as empresas tem conseguido lançar produtos no mercado parecidos ou até mesmo similares aos que as outras empresas

23 estão oferecendo. Então como se destacar em uma época em que não se consegue manter por muito tempo um diferencial da concorrência? Talvez, uma das propostas seja a conscientização e, sobretudo a prática, do papel social da empresa. Segundo Vassalo (2000), a responsabilidade social deixou de ser uma opção para as empresas, sendo portanto, uma questão de visão, de estratégia e muitas vezes, de sobrevivência. Ainda de acordo com o mesmo autor, em um estudo na Universidade de Harvard, ficou evidenciado que as companhias preocupadas em manter relações equilibradas com seus stakeholders, crescem, em média, quatro vezes mais do que as empresas que são focadas apenas em obter resultados para seus acionistas. Assim, cidadania empresarial vem se constituindo em um fator importante para a consolidação da imagem e da marca de uma companhia. Entretanto, não basta somente atuar com ações sociais. Comportar-se eticamente está relacionado com o reconhecimento da existência de questões éticas. A responsabilidade social engloba posturas muito maiores que ajudar um ou outro, pois não adianta construir creches e ao mesmo tempo, contribuir para o desmatamento De acordo com Tachizawa e Rezende (2000), o novo ambiente empresarial exigira dos gestores um senso de responsabilidade em relação aos membros do corpo funcional da organização, cujas expectativas incluem receber tratamento justo. Os funcionários são os primeiros a sentirem se o discurso ético está alinhado à prática e se as relações formais e contratos psicológicos são democráticos. Acredita-se que a empresa tenha que ser efetiva ao trabalhar com produtos que atendam aos padrões e dimensões de qualidade propostos, para que a sociedade tenha condições de avaliar por conta própria, sem apelos emocionais. Em outras palavras, desde que uma empresa atenda o mercado e faça seu marketing social de forma transparente, o produto tenderá a se destacar e vender, por si próprio.

24 3.3 Balanço Social Caracterização e funcionalidade Durante os séculos XIX e XX, persistiu a idéia do lucro como único objetivo das empresas. Acreditava-se, e em muitos casos acredita-se até hoje, que as empresas buscam somente o lucro como objetivo final, desconsiderando seus deveres ou obrigações perante a sociedade. Inexistia assim, uma relação humanista entre patrões e empregados, de forma que a jornada de trabalho em fábricas e indústrias, era extremamente exaustiva para a maioria dos funcionários. Com isso, a partir do século XX surgiram na França, experiências que consolidaram a necessidade de uma avaliação mais sistemática por parte das empresas no âmbito social. Isto se originou das constantes reivindicações de melhoria na qualidade de vida dos operários da época, que com a influência do movimento trabalhista, exigiam dados não somente econômicos e financeiros, mas também, dados com relação ao papel da empresa na sociedade. A preocupação como a responsabilidade social das empresas surgiu também, a partir da discriminação de raça e sexo no emprego, da agressão à natureza e da utilização de armas de destruição em massa que estava se alastrando naquele período. Dessa forma, as manifestações acerca do Balanço Social surgiram desde o início do século XX, porém sua consolidação, popularizou-se na Europa mais precisamente nos ano 70. No Brasil, só a partir do início dos anos 80, o Balanço Social passou a ser inserido e discutido no meio empresarial. Mas, somente no ano de 1996, com o sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, iniciou-se uma campanha que possibilitou definitivamente, o marco da discussão deste relatório social, ganhando força assim, para sua introdução definitiva em nossas vidas. A partir daí, as empresas passaram a apresentar a necessidade de mostrar se verdadeiro papel na sociedade em que estavam inseridas, e foram levantadas discussões sobre o papel que estas deveriam desempenhar, permitindo

25 assim que suas informações fossem retratadas, sob forma antes não cogitada: através do Balanço Social. 3.4 Características do Balanço Social O Balanço Social é um demonstrativo contábil que evidencia, mediante expressão monetária, todos os efeitos sociais de uma empresa, objetivando expor as destinações sócio-econômicas-contábeis de um determinado empreendimento. Também é descrito como um relatório social que revela como a entidade atua na sociedade, através da evidenciação das informações econômicas e financeiras desta, permitindo externar a responsabilidade social das empresas, por meio de suas ações, na expectativa de contribuir com a construção de uma sociedade sustentável, justa e digna para todos. Para GRZYBWSKI (2003. p.1): por que Balanço Social? A razão primeira e fundamental de uma empresa é econômica: produzir, trocar, distribuir bens e serviços de que necessita uma sociedade como um todo. Mas ao exercer a sua função, a empresa estabelece relações como fatores sociais concretos, usando recursos que são patrimônio de todos, num contexto social, político e cultural muito definido. A dimensão social não é algo externo, mas intrínseco à atividade econômica. Porém, a segmentação entre econômico e social e a própria negação do social, foi e ainda é uma regra dominante. As concepções e práticas de desenvolvimento entre nós sempre priorizaram o crescimento econômico e tornaram o social como mero derivativo daquele. O resultado disto tudo está aí escancarado e ameaçador: um país que cresce excluindo, aumenta a riqueza e aprofunda a desigualdade. O Brasil apresenta notáveis índices de expansão econômica, mas está vergonhosamente fazendo companhia aos mais injustos socialmente [...]. A solução da exclusão social no Brasil passa pelas empresas. E pior, uma sociedade justa e sustentável passa necessariamente por novas práticas empresariais, que integram o social e o ambiental nas suas estratégias econômicas. Diante dessas afirmações, pode-se verificar que o Balanço Social permite às empresas uma autovisualização como célula social na sociedade. Tal peça contábil não se limita a demonstrar apenas a situação econômica-financeira da empresa, mas também evidenciar os benefícios trazidos por ela, bem como os que ainda se concretizarão, esclarecendo e demonstrando, além de

26 números, as políticas, preocupações e ações de cunho social, avaliando as relações ocorridas entre o resultado da empresa, com seus funcionários e a sociedade. O Balanço Social tem a finalidade de conferir maior transparência e visibilidade ás informações que interessam à sociedade como um todo, mostrando claramente, quais as políticas praticadas pela empresa e quais os seus reflexos no patrimônio, objetivando evidenciar sua participação no processo de evolução social. Através dele as empresas demonstram suas atividades em favor de seus empregados e da população que recebe sua influência direta. O Balanço Social também pode ser visto, como um conjunto de informações sociais e econômicas, não podendo ser assim, apenas um relatório institucional, pois pode perfeitamente, auxiliar as empresas no processo de tomada de decisões gerenciais, uma vez que sua análise nos mostra informações, até então não reveladas pelo Balanço Patrimonial e pela Demonstração do Resultado do Exercício. Figura 1: Usuários do Balanço Social Funcionários Fornecedores Sindicatos Meio Ambiente Stakeholders Investidores Concorrentes Governo Professores Clientes Pesquisadores Fonte: Kroetz (2000 p.84)

27 Através do Balanço Social as empresas podem criar mecanismos para assegurar que os canais de discussão e comunicação com seus Stakeholders (usuários da informação) sejam eficientes e acessíveis. É através deste relatório que as empresas são capazes de orientar seus funcionários em suas atividades diárias e disseminar entre eles a visão, valores e princípios da organização, facilitando a comunicação interna nas empresas, transmitindo assim de forma eficiente, as estratégias e os objetivos da entidade para esses colaboradores, destacando suas características e perfis. O Balanço Social pode retratar informações que só venham a favorecer esses funcionários. Temos como exemplo, o sindicato dos trabalhadores, que podem utilizar as informações do Balanço Social, para apresentar subsídios para que exista negociação da classe empresarial com funcionários, buscando assim a melhoria em prol desse funcionário. O Balanço Social também revela as ações das empresas como relação a preservação e conservação da natureza, verificando se estas estão trazendo benefícios ou malefícios para o meio em que vivemos. Ao abordar a preocupação como o meio-ambiente e com a sociedade local em seu Balanço Social, a organização está não apenas formalizando um compromisso social, mas também está promovendo a disseminação deste compromisso entre seus funcionários, parceiros e públicos de interesse. O público de interesse é o cidadão/contribuinte, que apresenta interesse em acompanhar a transparência da gestão das empresas. Essa transparência é exigida também na relação dessas empresas com o setor público. Fica claro que, é interessante que cada Stakeholder aproveite a funcionalidade do Balanço Social, com o objetivo de avaliar como anda a relação de cada um com as empresas. Dessa forma, os clientes podem conhecer a política adotada pelas empresas e suas ações para com a sociedade. Podem verificar também, que as relações estabelecidas entre as organizações e seus clientes, envolvem muito mais do que a simples troca de uma quantia de dinheiro por um produto ou um serviço. No Brasil, apesar de estar começando a vigorar o processo de amadurecimento e conscientização dos direitos dos consumidores, o Balanço Social é um relatório que tem contribuído para elevar os níveis de exigências e expectativas com relação às organizações, por este motivo, os consumidores também passaram a

28 privilegiar valores mais subjetivos, no entanto, não menos importantes, como a comunicação transparente, o papel social das empresas e sua imagem institucional. Os fornecedores também possuem interesse em saber qual a atuação dessas empresas para com o social, visto que, o compromisso da empresa com estes usuários de ser o de proporcionar oportunidades iguais de competição entre eles e cumprir rigorosamente os acordos estabelecidos com os mesmos. O Balanço Social pode ainda possibilitar o aumento da confiabilidade dos investidores com as entidades com o qual negociam, estimulando assim, a transparência das informações. Essa transparência possibilita melhores índices de governança corporativa, que são exatamente o que os investidores tem buscado. Agora, mais do que nunca, é importante que as organizações definam estratégias de relações públicas e comunicação baseadas em informações fidedignas, de forma a reconquistar a confiança deste público que se encontra cauteloso, após alguns escândalos financeiros, ocorridos nos últimos anos. Já os concorrentes aproveitam os dados do Balanço Social para investigar as ações das entidades que o divulgaram. Assim, esses dados são aproveitados para que sejam acompanhadas as relações entre as empresas e seus concorrentes visando o combate à formação de cartéis, às práticas desleais que regem o comercio, à espionagem empresarial, à fraude em licitações, evitando assim a busca da concorrência desleal. Esta é a análise das funcionalidades do Balanço Social, com o interesse de deixar em evidência qual a contribuição que esse relatório pode oferecer para todos aqueles que estão ligados a ela. 3.5 A ligação do Balanço Social com a Ciência Contábil O Balanço Social representa uma oportunidade de avanço social que possibilita o acréscimo à qualidade dos relatórios contábeis, visto que as informações que retratam as ações sociais, não podem ser compostas em notas explicativas ou em qualquer outro tipo de relatório contábil.

29 Segundo LOPES de Sá (1995 p.115): é ilógico admitir que a aplicação de um conhecimento científico possa se afastar da verdade, esta que é o interesse e a razão de existir da ciência. Os levantamentos, registros, demonstrações, análises e apurações patrimoniais das células sociais, como aplicações de conhecimentos, só adquirem qualidade se fieis à ciência da Contabilidade. O Balanço Social não deixa de ser um Balanço, apenas acrescenta características que diferem do modelo convencional que estamos habituados a ver. O que muda são os propósitos, pois a função permanece a mesma, ou seja, comunicar informações. Muitas empresas procuram ofuscar suas reais informações no que diz respeito a realização de ações sociais, no entanto, é da mais extrema importância a sua divulgação, para que a contabilidade possa fornecer informações fidedignas aos seus usuários externos e internos. É importante ressaltar que a apresentação de um Balanço, que tenha por objetivo demonstrar a interação circulatória das riquezas patrimoniais individuais e atender ao social, precisa atender a objetivos amplos, mas sem dispensar a roupagem contábil, pois é esta que oferece crédito como valor de prova. Segundo Moraes e Vasconcelos (2002, p.21): a contabilidade não é uma mera exposição de números. As empresas não são eminentemente econômicas, mas sim células sociais as quais podem naturalmente ser interpeladas acerca de sua responsabilidade social e, sendo a contabilidade uma ciência social, nada mais oportuno do que a construção de uma peça que contemple essa demanda informativa. Com base nestas informações, pode-se observar que a contabilidade, por ser uma ciência que estuda a situação patrimonial e o desempenho econômico-financeiro das entidades, possui os instrumentos necessários para contribuir com a identificação do nível de responsabilidade social dos agentes econômicos das empresas, desde que sejam utilizados critérios, princípios e normas contábeis na elaboração desta demonstração. 3.6 A atuação do contador na elaboração do Balanço Social

30 No decorrer desta pesquisa foram reunidos dados que mostraram a ligação do Balanço Social com a Ciência Contábil, que revelaram que a elaboração deste Balanço deve ser feita pelo profissional da contabilidade, que na verdade detém maiores conhecimentos para elabora-lo. Segundo MENDES apud Kroetz (2000, p.75): conclusivamente tem-se que o Balanço Social é uma demonstração formada, em sua grande maioria, por informações que são extraídas diretamente dos registros contábeis. Nesse sentido, cabe ressaltar que parte da responsabilidade é do profissional desta área, sendo este fiscalizado pelo Conselho Federal de Contabilidade e pelos Conselhos Regionais, expostos a punições e sanções descritas no Código de Ética Profissional e Decreto-Lei número Nós, profissionais da Contabilidade, temos às mãos um instrumento fantástico, capaz de criar uma nova cultura, de fazer entender aos detentores das riquezas, que as empresas têm, de fato, um papel social relevante e certamente, muito acima do que temos esperado do Estado. Assim, na elaboração do Balanço Social, não é aconselhável que se perca o verdadeiro elo com a Contabilidade, de forma que a elaboração deste relatório não fique comprometida. Logo, este relatório não deve ser realizado por outro tipo de profissional, que conseqüentemente, não terá ligação com a ciência da qual se trata. 4 - OS INDICADORES SOCIAIS Para que a linha científica seja seguida na elaboração do Balanço Social, é necessário que alguns requisitos sejam utilizados. Como fundamental para a consecução deste objetivo, o principal requisito refere-se a utilização dos indicadores sociais, que são medidores que contribuem para aquisição de informações sobre o aspecto social das empresas. Para Filho & Frey (2003), ao se iniciar a elaboração do Balanço Social deve-se observar os requisitos solicitados pelos mais diversos usuários, para servir como um instrumento capaz de agregar valor, causar ações e desencadear reações. Busca-se através do usuário final, por meio da coleta de suas necessidades, a seleção das informações úteis e relevantes a serem divulgadas. Os indicadores sociais desempenham estas funções, atuando ainda como um instrumento que permite a uma organização verificar se as metas de

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