ANO XXVI ª SEMANA DE ABRIL DE 2015 BOLETIM INFORMARE Nº 17/2015
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- Samuel Lacerda Carneiro
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1 ANO XXVI ª SEMANA DE ABRIL DE 2015 BOLETIM INFORMARE Nº 17/2015 IPI ALTERAÇÃO DE ENDEREÇO - ASPECTOS GERAIS... Pág. 186 ICMS MS/MT/RO FOMENTO MERCANTIL - ALGUMAS CONSIDERAÇÕES... Pág. 186 ICMS - RO NOTA FISCAL DE CONSUMIDOR ELETRONICA NFC-E... Pág. 189
2 IPI ALTERAÇÃO DE ENDEREÇO Aspectos Gerais Sumário 1. Introdução 2. Emissão de Nota Fiscal - Procedimentos 3. Utilização Dos Mesmos Livros e Documentos Fiscais 1. INTRODUÇÃO Não constitui fato gerador do IPI a saída de produtos por motivo de mudança de endereço do estabelecimento. Contudo, a não-incidência do imposto não exime o contribuinte de emitir Nota Fiscal para acobertar o transporte das mercadorias. Neste trabalho, iremos abordar os procedimentos que devem ser observados para fins de emissão do documento fiscal supracitado. 2. EMISSÃO DE NOTA FISCAL PROCEDIMENTOS Por ocasião da mudança, o contribuinte emitirá tantas Notas Fiscais quantas forem necessárias para acobertar as remessas de mercadorias e de outros bens. A Nota Fiscal será emitida sem lançamento do imposto, a qual conterá, além de outros requisitos legalmente exigidos, a circunstância detalhada do fato e a indicação da seguinte expressão: Não-incidência do IPI - art. 38, inciso IV, do RIPI/2010. Lembramos que o CFOP para esta operação é o UTILIZAÇÃO DOS MESMOS LIVROS E DOCUMENTOS FISCAIS Se o contribuinte pretender utilizar os mesmos livros e talonários de Notas Fiscais, deverá providenciar a lavratura de termo na coluna Observações de todos os livros fiscais no dia da primeira remessa de mercadorias, os quais continuarão a ser utilizados no novo estabelecimento. Para a adoção dos mesmos talonários de Notas Fiscais, serão adotadas as seguintes providências: a) no verso da última nota emitida com o endereço anterior, será consignada a mudança de endereço mediante aposição de carimbo; b) as Notas Fiscais em branco (seguintes àquela referida na letra a anterior) serão carimbadas, de forma a constar o novo endereço (e demais alterações, se houver). Fundamentos Legais: Os citados no texto. ICMS MS/MT/RO Sumário 1. Introdução 2. Como Funciona 3. Modalidades 4. Diferenciação Entre Factoring e Desconto Bancário 5. Vedações Legais 6. Aspectos Tributários 7. Cadastro no Conselho de Controle de Atividades Financeiras 8. Registros Das Transações 9. Prazo 1. INTRODUÇÃO FOMENTO MERCANTIL Algumas Considerações IPI ICMS E OUTROS TRIBUTOS MS/MT/RO ABRIL - 17/
3 A atividade de factoring na aquisição de créditos de empresas, resultantes de suas vendas mercantis ou de prestação de serviços realizadas a prazo, é feita por sociedades de fomento mercantil, registradas e arquivadas nas Juntas Comerciais. O ilustre doutrinador Waldirio Bulgarelli, em sua obra Contratos Mercantis, define factoring como sendo um contrato bilateral (pois há dois pólos, duas partes convergentes), consensual (as partes visam o mesmo fim), comutativo, oneroso, de execução continuada, intuito personae, interempresarial e atípico. Nos itens a seguir analisaremos os principais aspectos desta atividade e a forma de elaboração de um contrato de faturização. 2. COMO FUNCIONA A atividade de factoring é um mecanismo de fomento mercantil, isto é, de capitalização, em que a empresa fomentada vende para a factoring os créditos gerados por suas vendas e serviços a prazo e obtém dinheiro à vista, o que aumenta seu poder de negociação na aquisição de matéria-prima para a continuidade de suas atividades. Normalmente, essa atividade consiste em 4 (quatro) etapas fundamentais: a) a empresa vende seu bem ou serviço a prazo, gerando um crédito no valor correspondente; b) a empresa negocia este crédito com a factoring; c) de posse deste crédito, a factoring informa o sacado sobre o fato e a forma de cobrança; d) findo o prazo negociado inicialmente, o sacado pagará o valor cobrado à factoring, encerrando a operação. 3. MODALIDADES No mercado brasileiro, quase que a totalidade das operações é feita na modalidade convencional, embora existam outras espécies, conforme relacionaremos: a) convencional: é a compra dos direitos de crédito das empresas, através de um contrato de fomento mercantil; b) maturity: a factoring passa a administrar as contas a receber da empresa fomentada, eliminando as preocupações com cobrança; c) trustee: além da cobrança e compra de títulos, a factoring presta assessoria administrativa e financeira à empresa fomentada. 4. DIFERENCIAÇÃO ENTRE FACTORING E DESCONTO BANCÁRIO Segundo Paulo Gustavo Bastos de Souza, a diferença fundamental entre factoring e desconto bancário está no direito de regresso, na hipótese de inadimplemento pelo terceiro devedor. Tal direito não existe na faturização, mas está presente no desconto. Assim, a empresa de factoring, ou seja, o factor, assume os riscos da cobrança e, eventualmente, da insolvência do devedor, recebendo uma remuneração ou comissão, ou fazendo a compra dos créditos com redução em relação ao valor dos mesmos. Tal preceito é consagrado também por nossos tribunais. Nota jurisprudencial: Tratando-se de contrato de factoring, incabível o direito de regresso contra o faturizado, uma vez que, operada a transferência definitiva do crédito, exonera-se de responder pela satisfação da dívida, sendo da essência da avença a responsabilidade do faturizador pelos riscos da impontualidade e da insolvência do sacado (6ª Câm. do TAMG, Apel /95). 5. VEDAÇÕES LEGAIS À sociedade de fomento mercantil é proibido, por lei, fazer captação de recursos de terceiros no mercado e emprestar dinheiro, pois esta é uma atribuição dos bancos, que dependem de autorização do Banco Central para operarem livremente. Ressaltamos que, ocorrendo descaracterização da essência e finalidade desta atividade, a factoring poderá responder processo administrativo e criminal. Factoring não desconta títulos e não faz financiamentos; portanto, operações em que o contratante não seja pessoa jurídica, empréstimos via cartão de crédito, alienação de bens móveis e imóveis e operações privativas de instituições financeiras não constituem factoring. IPI ICMS E OUTROS TRIBUTOS MS/MT/RO ABRIL - 17/
4 6. ASPECTOS TRIBUTÁRIOS No que se refere à sujeição a impostos, os que incidem sobre a atividade de factoring são os seguintes: a) Federais: PIS, COFINS, IR e CSSLL; b) Estaduais: não há incidência; c) Municipais: ISS sobre a prestação de serviços. 7. CADASTRO NO CONSELHO DE CONTROLE DE ATIVIDADES FINANCEIRAS A Resolução COAF nº 12, de , publicada no Diário Oficial da União de , estabelece que as empresas de Fomento Mercantil deverão cadastrar-se e manter seu cadastro atualizado no Conselho de Controle de Atividades Financeiras, fornecendo as seguintes informações: a) nome empresarial (razão social); b) número de inscrição no CNPJ; c) endereço completo, inclusive eletrônico e telefones; e d) identificação do diretor responsável. As empresas de factoring deverão, ainda, identificar as empresas contratantes e manter cadastro atualizado, que deverá conter, no mínimo, as informações a seguir mencionadas: a) qualificação da empresa contratante: a.1) nome empresarial (razão social); a.2) data de constituição da empresa; a.3) número de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ; a.4) endereço completo (logradouro, complemento, bairro, cidade, unidade da Federação, CEP), telefone; a.5) atividade principal desenvolvida; e a.6) demonstrações financeiras atualizadas até a data da última operação realizada e análise de risco da operação; b) qualificação do(s) proprietário(s), controlador(es), representante(s), mandatário(s) e preposto(s) da contratante: b.1) nome, sexo, data de nascimento, filiação, naturalidade, nacionalidade, estado civil e nome do cônjuge ou companheiro ou razão social; b.2) número de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas - CPF ou passaporte, se estrangeiro, ou número de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica - CNPJ; b.3) endereço completo (logradouro, complemento, bairro, cidade, unidade da Federação, CEP), telefone; e b.4) atividade principal desenvolvida. Caso o controlador da empresa seja pessoa jurídica, as informações cadastrais deverão abranger as pessoas físicas que efetivamente a controlam e, se pessoa jurídica estrangeira, o mandatário residente no Brasil. 8. REGISTROS DAS TRANSAÇÕES As empresas de fomento comercial ou mercantil (factoring) deverão manter registro de todas as transações que realizarem. Do registro da transação deverão constar, além da qualificação da contratante, no mínimo, as seguintes informações: a) especificação dos títulos ou recebíveis envolvidos na operação e seus elementos essenciais; b) data de concretização da transação, demonstrativo discriminando valor total, fator de compra, comissão de serviços ad valorem e valor líquido; e c) descrição dos serviços prestados. Os registros e controles internos deverão permitir verificar a compatibilidade entre a correspondente movimentação de recursos, a atividade econômica desenvolvida pela empresa cliente e a sua capacidade financeira, bem como as de seus sacados devedores. 9. PRAZO Os cadastros e registros exigidos pela Resolução COAF nº 12/2005 deverão ser conservados pelas empresas de fomento mercantil durante o período mínimo de 5 (cinco) anos, a partir da conclusão da transação. Fundamentos Legais: Os citados no texto. IPI ICMS E OUTROS TRIBUTOS MS/MT/RO ABRIL - 17/
5 ICMS - RO NOTA FISCAL DE CONSUMIDOR ELETRONICA NFC-e Sumário 1. Introdução 2. Adesão voluntária 3. Adesão obrigatória 4. Receita bruta definição 5. DANFE NFC-e 6. MEI Micro empreendedor individual 7. Consulta da NFC-e 8. ECF e nota fiscal de venda a consumidor 1. INTRODUÇÃO A presente matéria irá relatar os procedimentos referentes à adesão à Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica (NFC-e), modelo 65 aplicando-se somente aos estabelecimentos que realizem operações comerciais de venda presencial ou venda para entrega em domicílio para consumidor final. 2. ADESÃO VOLUNTÁRIA O governo estadual de Rondônia faculta ao contribuinte não obrigado à emissão de Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica modelo 65, a adesão voluntária, em caráter irretratável, desde 1º de agosto de 2014, observando o seguinte: - Para aderir à NFC-e de forma voluntária, o contribuinte deverá solicitar credenciamento através de funcionalidade disponível no Portal do Contribuinte. - Considera-se efetivada a adesão voluntária à NFC-e a autorização da primeira nota emitida em ambiente de produção, conforme inciso II da cláusula quarta do Ajuste SINIEF 07/05, dispensado qualquer procedimento adicional. 3. ADESÃO OBRIGATÓRIA A adesão à NFC-e será obrigatória nas seguintes características e prazos: - A partir de 1º de março de 2015, para os contribuintes que, no somatório dos seus estabelecimentos, tenham auferido, no ano calendário de 2014, receita bruta igual ou superior a R$ ,00 (doze milhões de Reais); - A partir de 1º de agosto de 2015, para os contribuintes que, no somatório dos seus estabelecimentos, tenham auferido, no ano calendário de 2014, receita bruta igual ou superior a R$ ,00 (seis milhões de Reais), e para contribuintes em início de atividade, exceto os optantes pelo Simples Nacional, que recolhem o ICMS na forma da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006; - A partir de 1º de janeiro de 2016, para todos os demais contribuintes, exceto os optantes pelo Simples Nacional. - A partir de 1º de julho de 2016, para todos os contribuintes, inclusive os optantes pelo Simples Nacional. A exigência da obrigação da emissão da NFC-e é extensiva a todos os estabelecimentos do contribuinte que comercializem com o consumidor final, independentemente de quaisquer procedimentos adicionais. A partir da adesão obrigatória, no mínimo, 20% (vinte por cento) dos pontos de venda de cada estabelecimento, não inferior a um ponto, deverão emitir exclusivamente NFC-e. 4. RECEITA BRUTA DEFINIÇÃO Considera-se receita bruta, para fins do disposto neste artigo, o produto da venda de bens e dos serviços sujeitos ao ICMS, nas operações de conta própria, o preço dos serviços prestados e o resultado auferido nas operações em conta alheia, não incluído o Imposto sobre Produtos Industrializados IPI, as vendas canceladas, as devoluções de vendas e os descontos incondicionais concedidos. IPI ICMS E OUTROS TRIBUTOS MS/MT/RO ABRIL - 17/
6 5. DANFE NFC-E Caso haja concordância do consumidor e ressalvada a hipótese de contingência prevista no artigo 196-L do RICMS/RO, o DANFE NFC-e poderá: - Ser impresso no formato resumido, sem a divisão Detalhe da Venda; - Não ser impresso, desde que seja enviada uma mensagem de texto para o correio eletrônico ou telefone celular do consumidor, contendo o endereço eletrônico presente no QR CODE para consulta da respectiva NFC-e. O código QR CODE impresso no DANFE NFC-e contém mecanismo de autenticação digital, baseado em código de segurança fornecido pelo Fisco ao contribuinte, que garante a autoria do documento auxiliar da NFC-e pelo contribuinte, conforme Manual de Padrões Técnicos do DANFE NFC-e e QR Code. 6. MEI MICRO EMPREENDEDOR INDIVIDUAL Fica dispensado da obrigatoriedade da NFC-e o Microempreendedor Individual - MEI, de que trata o artigo 18-A da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de CONSULTA DA NFC-E Após a concessão da Autorização de Uso da NFC-e, a Secretaria de Estado de Finanças (SEFIN/RO) disponibilizará consulta à NFC-e, na Internet, pelo prazo decadencial. A consulta poderá ser efetuada mediante informação da chave de acesso ou da leitura do código QR CODE. Na hipótese de consulta de NFC-e emitida em contingência e que ainda não conste autorizada na base de dados do Estado, será apresentada, ao consumidor, mensagem indicativa desta situação. 8. ECF E NOTA FISCAL DE VENDA A CONSUMIDOR Não será concedida autorização de uso pela SEFIN/RO de novos Equipamentos Emissores de Cupons Fiscais ECF s e talonários de notas fiscais de venda a consumidor, modelo 2, a partir da data da adesão voluntária ou obrigatória do contribuinte. O contribuinte que tenha adquirido ECF e/ou que possua talonários de notas fiscais modelo 2, anteriormente à data da sua adesão voluntária ou obrigatória, poderá utilizá-lo no mesmo estabelecimento em que esteja emitindo NFC-e, pelo período máximo de um ano, a partir da data de adesão. No decorrer do prazo citado acima, o contribuinte usuário de ECF deverá requerer ao fisco o pedido de cessação de uso ECF, nos termos da Seção IV do Capítulo IV do Título V do RICMS/RO, e inutilizar todos os talonários de notas fiscais modelo 2. Decorrido o prazo de já citado acima, os documentos fiscais emitidos por ECF e as notas fiscais modelo 2 serão considerados inidôneos. Não se aplicam as disposições relativas ao uso do ECF aos pontos de venda em que se utilize a NFC-e. Não se aplicam aos contribuintes de que trata este tópico, as exigências previstas no 7º do artigo 491-A do RICMS/RO (PAF ECF), aprovado pelo Decreto n. 8321, de 30 de abril de Fundamento legal: Instrução normativa nº 003/2014/GAB/CRE IPI ICMS E OUTROS TRIBUTOS MS/MT/RO ABRIL - 17/
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