CADERNO DIDÁTICO III. 1 período PEDAGOGIA. UNIVERSIDADES EDITORA Abril. Pedagogia. Universidade Estadual de Montes Claros - Campus Montes Claros

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1 CADERNO DIDÁTICO III 1 período PEDAGOGIA Guia do Estudante MELHORES UNIVERSIDADES EDITORA Abril 2008 Pedagogia Universidade Estadual de Montes Claros - Campus Montes Claros

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3 1º PERÍODO LÍNGUA PORTUGUESA

4 AUTORES Érica Karine Ramos Queiroz Doutora em Lingüística pela Universidade Estadual de Campinas - Unicamp, especialista em Educação e graduada em Letras pela Universidade Federal de Viçosa - UFV. Atualmente é coordenadora de Pesquisa do ISEMOC-CRECIH/SOEBRAS e professora do Departamento de Letras da Universidade Estadual de Montes Claros Unimontes. Nely Rachel Veloso Lauton Especialista em Redação pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais PUC/Minas, graduada em Língua e Literatura Francesa pela Associação de Cultura Franco-brasileira e graduada em Letras pela Universidade Estadual de Montes Claros Unimontes. Pollyanne Bicalho Ribeiro Doutora em Linguística Aplicada pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais PUC/Minas, mestre em Educação, Administração e Comunicação pela Universidade São Marcos, graduada em Letras pela Universidade Federal de Minas Gerais UFMG e graduada em Direito pelo Centro Universitário Fumec. Atualmente é consultora da Consultoria Técnica Educacional e professora da Universidade Estadual de Montes Claros Unimontes e da Faculdade da Cidade de Santa Luzia. Sandra Ramos de Oliveira Especialista em Linguística Aplicada ao Ensino de Português pela Universidade Estadual de Montes Claros Unimontes. Atualmente é professora da Unimontes e professora do Instituto Superior de Educação - Isemoc. Waneuza Soares Eulálio Especialista em Linguística Aplicada ao Ensino da Língua Materna pelas Faculdades Unidas do Norte de Minas Funorte, especialista em Alfabetização pela Universidade Estadual de Montes Claros Unimontes e graduada em Letras - Português/Inglês pela Universidade Federal de Viçosa - UFV. Atualmente é professora da Unimontes e tutora a distância da Universidade Aberta do Brasil UAB. É revisora da Revista Fronteiras do Sertão do Departamento de História.

5 SUMÁRIO DA DISCIPLINA Apresentação Unidade I: Linguagem, língua, fala e gramática Apresentação Conceitos básicos Funções da linguagem Variações lingüísticas Níveis de linguagem Linguagem oral e linguagem escrita Referências Unidade II: Leitura Caracterização Processos de leitura Fatores intervenientes no ato de ler Referências Unidade III: Texto e textualidade O que é texto? Fatores de textualidade Produção de texto Referências Vídeos sugeridos para debate Resumo Referências básicas, complementares e suplementares Atividades de Aprendizagem - AA

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7 APRESENTAÇÃO Prezado acadêmico, A disciplina Língua Portuguesa integra a grade curricular do 1º período do Curso de Licenciatura em Pedagogia, com 45 horas-aula. É sobre essa disciplina que vamos falar, inicialmente, pois é necessário que você compreenda a importância do conteúdo a ser estudado para tomar sua participação prazerosa e eficaz. O Michaelis: moderno dicionário da Língua Portuguesa registra os sinônimos sustentáculo, base, alicerce para o substantivo fundamento. Ora, estudar, então, Língua Portuguesa significa rever noções básicas de nossa língua materna, discutir e resgatar algumas regras, conceitos e definições que a sustentam. Além disso, o conhecimento da base de uma língua, de seu alicerce torna seu usuário mais competente, mais criativo no trato com as palavras; mais seguro e questionador no desempenho de suas atividades cotidianas e no convívio com seus pares. Compreender os fundamentos da língua e não apenas conhecêlos possibilita ao falante o desenvolvimento de diferentes habilidades, como: reconhecer informações, elaborar hipóteses, inferir, relacionar conceitos e fatos, desenvolver reflexões mais abrangentes, argumentar e defender idéias e, principalmente, possibilita-lhe ser um autor/leitor mais completo e consciente do uso das palavras. Na disciplina Língua Portuguesa, vamos ajudá-lo a compreender o funcionamento da Língua Portuguesa nos seguintes aspectos: 1. leitura: caracterização, processos, modos de leitura e fatores intervenientes no ato de ler ; 2. concepções de língua, linguagem, fala, gramática e variedades lingüísticas; 3. o processo de comunicação; 4. funções da linguagem; 5. texto e fatores de textualidade; 6. tipos e gêneros textuais; e 7. produção textual. 374

8 Apresentação UAB/Unimontes Nossa intenção é ressaltar que o estudo da língua/linguagem é extremamente importante, pois é por meio da linguagem que interagimos com os outros, informando ou sendo informados, esclarecendo ou justificando nossas opiniões, modificando o ponto de vista de nossos interlocutores ou sendo modificados pelo ponto de vista deles. É pela linguagem que expressamos nossas certezas, nossas angústias, alegrias, tristezas, nossos conhecimentos e opiniões. É a linguagem que nos distingue e nos faz capazes de ver a vida com novos olhares, principalmente nesta nossa época de globalização, de quebra de tabus e preconceitos e de, sobretudo, estabelecimento de novos valores. O avanço tecnológico deste milênio reflete uma renovada estrutura social em que várias linguagens verbais, não verbais se entrecruzam, se misturam, se completam e se modificam sem cessar. Assim sendo, o conhecimento sobre o funcionamento da língua não deve ser algo mecânico e passivo. Pelo contrário, deve-se cruzar esse conhecimento com as várias possibilidades de linguagens do mundo atual: cinema, fotografia, pintura, charges, quadrinhos, informática, música etc., percebendo suas intenções comunicativas, contrastes e afinidades, desvelando os entreditos, as mensagens e ideologias subjacentes, enfim, estabelecendo todas as possíveis interlocuções. Pretendemos, pois, que você alcance os seguintes objetivos: 1. refletir sobre os fundamentos da Língua Portuguesa, percebendo-os como processo dinâmico de interação social, isto é, como forma de realizar ações, de agir e atuar sobre o outro por meio da linguagem; 2. melhorar a gramática de uso, substituindo incorreções e inadequações por normas da língua padrão; 3. elaborar textos adequados ao interlocutor e à situação comunicativa; e 4. ser leitor crítico e reflexivo. Neste primeiro período, nossa disciplina apresenta as seguintes unidades Unidade I 1. Linguagem, língua, fala e gramática 1.1. Conceitos básicos 1.2. Processos comunicativos 1.3. Funções da linguagem 1.4. Variações Lingüísticas 1.5. Níveis de fala 1.6. Linguagem oral e linguagem escrita 375

9 Pedagogia Caderno Didático III - 1º Período Unidade II 1. Leitura 1.1. Caracterização 1.2. Processos de leitura 1.3. Fatores intervenientes no ato de ler Unidade III 1. Texto e Textualidade 1.1. O que é texto 1.2. Fatores de textualidade 1.3. Produção de texto Tipologia e Gêneros Textuais GLOSSÁRIO DICAS B G A C E F ATIVIDADES PARA REFLETIR Esperamos de você uma participação ativa, engajada e proveitosa para desenvolver suas potencialidades e realizar, com o devido mérito, seus estudos de graduação que lhe permitirão vencer barreiras intelectuais, profissionais e sociais. De nossa parte, desejamos-lhe sucesso e estamos juntos neste desafio, torcendo por você e a seu dispor. Seja bem-vindo aos estudos da Língua Portuguesa. Um abraço, Os autores 376

10 1UNIDADE 1 LINGUAGEM, LÍNGUA, FALA E GRAMÁTICA 1.1 APRESENTAÇÃO Esta é a primeira unidade da disciplina Fundamentos da Língua Portuguesa e esperamos que você a inicie com muita vontade de ampliar os seus conhecimentos sobre a língua portuguesa. Então, vamos lá! O principal objetivo aqui, é que você reflita sobre a importância da linguagem para a comunicação humana e conheça os principais elementos que constituem o processo comunicativo. Ao ler o texto, temos a certeza de que você aprenderá os conceitos fundamentais de linguagem, língua, fala e de gramática, percebendo a relevância destes aspectos lingüísticos para que o processo comunicativo aconteça de maneira eficiente. Nesta unidade vamos estudar também as funções da linguagem que nos permitirão compreender como o emissor e o receptor se relacionam linguisticamente através de um canal que permite a interpretação de uma mensagem. Outro assunto de extrema relevância nesta unidade é a variação lingüística. Há muito tempo, na escola só se atribuía à língua as características de certo ou de errado. Hoje, porém com o conhecimento das diversas formas de se falar, já se considera também o diferente, ou seja, há usos da língua que são errados (aqueles que não estão de acordo com a organização que a língua nos possibilita) mas há também usos que, apesar de não estarem de acordo com essa organização, são apenas diferentes, não constituem erro. Bem, de acordo com o que propomos aqui, esta primeira unidade abordará os conceitos básicos de Linguagem, Língua, Fala e Gramática e terá as seguintes subunidades: 1.1 linguagem, língua, fala, gramática:conceitos básicos; 1.2 processos comunicativos; 1.3 funções da linguagem; 1.4 variação lingüística; níveis de fala; 1.5 linguagem oral e linguagem escrita. É importante que você tenha sempre à mão um bom dicionário e que não se esqueça de que as atividades sugeridas, os glossários que complementam o texto e os pontos de reflexão apresentados são essenciais para que você compreenda satisfatoriamente o texto. Mãos à obra! Vamos começar a leitura. 377

11 Pedagogia Caderno Didático III - 1º Período 1.2 CONCEITOS BÁSICOS O interesse pela linguagem é antigo e remonta ao séc. IV, a.c. quando os hindus estudaram sua língua com o objetivo de evitar que os textos sagrados, reunidos no Veda, sofressem modificações ao serem falados. Atualmente, a lingüística moderna define a linguagem como manifestação de algo mais específico: a língua. A linguagem pertence ao domínio individual e social, porque é propriedade inata ao ser humano e é social, porque só existe em sociedade. Sendo assim, a linguagem é compreendida como expressão do pensamento e veículo de comunicação social e pode referir-se à linguagem dos animais, à música, dança, pintura, mímica etc., assinalando que cada uma dessas linguagens tem suas especificidades de manifestação. O lingüista Ferdinand de Saussure, considerado o pai da lingüística moderna, separa a linguagem em Língua e Fala. A língua, para Saussure, é um sistema de signos um conjunto de unidades que se relacionam dentro de um todo e é a parte social da linguagem, exterior ao indivíduo; não pode ser modificada pelo falante e obedece às leis do contrato social estabelecido pelos membros da comunidade. A fala é um ato individual; resulta das combinações feitas pelo sujeito falante utilizando o código da língua; expressa-se pelos atos de fonação necessários à produção dessas combinações. Analisando o conceito de Saussure concluímos que: a língua é ampla, coletiva e está à disposição de todos os falantes da comunidade. A língua obedece a padrões criados pela própria comunidade, logo, um falante não pode modificá-la. Ela serve a toda a comunidade e não a um membro isolado. É a parte social da linguagem. A fala, ao contrário, é individual, representa o uso particular que se faz da língua. O falante tem a liberdade de buscar na língua os recursos que ela oferece e combinar esses recursos, conforme suas necessidades e intenções. E é por isso que a fala é individual e tem caráter dinâmico e a língua é coletiva e tem caráter mais fixo. A lingüística tem como objeto de estudo a linguagem verbal em uso, ou seja, para o lingüista interessa descrever e explicar os fatos de linguagem sem estabelecer juízo de valor do uso. A perspectiva de estudo da gramática tradicional é contrária à do lingüista, pois a gramática tem como finalidade ditar normas e prescrever os fatos de linguagem. A gramática não reconhece a diferença entre fala e escrita e considera a escrita como modelo de correção para a língua falada. A posição da gramática é normativa ao dizer o que é a língua e como deve ser, isto é, a gramática dita regras para o uso considerado correto da língua. Como falantes de uma língua, sabemos que a língua escrita não é modelo para a língua falada, pois a diferença entre essas duas B GLOSSÁRIO A Hindu: natural ou habitante da Índia. Veda: conjunto de textos sagrados da tradição religiosa e filosófica da Índia. a.c: antes de Cristo. B GLOSSÁRIO A G G C E F C E F Línguas naturais (Inglês, Português, Russo, Italiano, Chinês etc.) são sistemas de signos lingüísticos. Os signos lingüísticos são os elementos de significação (significante e significado) nos quais se baseiam as línguas. Para você entender melhor os conceitos de significante e significado, acompanhe esta exemplificação: O significante é o suporte para a idéia, é a seqüência de sons que se combinam nas palavras: flor, fleur, fiori, flower, kukka (em Português, Francês, Italiano, Inglês e Finlandês, respectivamente) e, significado é a idéia, o conteúdo. Observe que, em todas as línguas do exemplo, o significado é o mesmo: flor, parte da planta. 378

12 Língua Portuguesa UAB/Unimontes PARA REFLETIR O homem é um animal político. Assim afirma Aristóteles na sua obra Política, distinguindo o homem (único dotado de linguagem) dos outros animais (que possuem voz). Com a voz ( phone ), os animais exprimem dor e prazer; mas, com a palavra ( logos ), o homem exprime o bom e o mau, o justo e o injusto. Ser um animal político significa, pois, compartilhar valores com outros indivíduos, o que torna possível a vida social, cívica e política dos homens. modalidades da linguagem se deve à sua organização e ao uso social. Para o lingüista não há uso melhor ou pior, rico ou pobre, visto que seu objetivo é descrever e não prescrever. De acordo com a lingüística, as línguas naturais são simplesmente diferentes e, desde que atendam às necessidades de comunicação entre seus falantes, já estão exercendo sua função: COMUNICAR. Os estudos sobre as línguas concluem que todas elas possuem um sistema de comunicação estruturado, complexo e muito desenvolvido. Outros estudos sobre a linguagem a consideram também como atividade, como ação que tem objetivo socialmente definido: o de estabelecer vínculos e compromissos anteriormente inexistentes. A linguagem é responsável pela interação entre os indivíduos, estabelecendo pactos interindividuais e exigindo respostas em forma de reações e comportamentos dos falantes. Estudar, então, a língua é buscar detectar os compromissos que se criam através da fala (ato individual) e buscar preencher as condições exigidas por uma situação de comunicação. Processos Comunicativos Fonte: Folha de São Paulo 05 de setembro de P. E 11 Exerça sua cidadania através, também, do uso da linguagem. Figura 1: A língua se concretiza pela fala Importância da comunicação humana Como você sabe, na sociedade em que vivemos é de fundamental importância que saibamos comunicar de maneira clara e eficiente. Comunicação, pensamento e a própria vida são fatores que se complementam e até se misturam, já que estamos a todo tempo nos comunicando, ora através da fala, ora da escrita, de um gesto, de expressões faciais, sorrisos, da leitura de um texto, de um documento, de revistas e jornais etc. É preciso ter em mente que só através de uma comunicação clara, segura e objetiva podemos nos aprofundar nos níveis de conhecimento pessoal, tecnológico e social. A comunicação é o centro de todas as atividades humanas. Com certeza nada acontece sem que haja prévia comunicação. Comunicar bem não é só transmitir ou receber bem uma informação. COMUNICACÃO é uma troca de CONHECIMENTOS E DE ENTENDIMENTO e ninguém entende ninguém sem considerar além das palavras, sem considerar também as emoções, o contexto e a situação em que se tenta trocar 379

13 Pedagogia Caderno Didático III - 1º Período conhecimentos, idéias ou qualquer outra mensagem, seja ela verbal (que utiliza palavras) ou não-verbal (que se dá através de gestos, cores, imagens etc.). Para comunicar-se, o homem utiliza a linguagem que é o conjunto de símbolos significativos (léxico) somado a métodos também significativos de combiná-los (sintaxe). Esses símbolos são diferentes de um idioma para outro e foram escolhidos por acaso, variando de acordo com cada cultura. O homem inventou a linguagem para exprimir seus sentimentos, suas intenções e vontades, fazendo com que as pessoas interajam e convivam em sociedade. O que é comunicar? Se você pensar um pouco, vai perceber que COMUNICAR é estabelecer uma relação com alguma coisa ou alguém, transmitindo sinais através de um código que pode ser convencionado (linguagem humana) ou natural (sinais fisiológicos: dor, febre etc.). A comunicação deve acontecer de maneira lógica, clara e coerente, pois ela é a base das relações entre os homens que, a partir e através dela, se tornam agentes, influenciam o meio em que vivem e afetam as pessoas que estão à sua volta, o seu ambiente físico e a si mesmos, produzindo reações. Para que uma mensagem seja transmitida com sucesso, é preciso que o falante esteja atento a fatores, como habilidade comunicativa, atitude, nível de conhecimento do ouvinte e as posições ocupadas dentro do sistema sócio-cultural. Assim, ele deverá produzir uma mensagem adequada ao contexto, ao grupo social do receptor e ao momento em que ocorre a comunicação. Para uma mensagem que chame a atenção do receptor, o falante deverá utilizar signos que sejam do seu conhecimento e também do conhecimento do receptor que ficará interessado na informação. PARA REFLETIR Para ampliar seus conhecimentos sobre esse assunto, assista ao videodocumentário Um buraco branco no tempo, uma produção de Peter Russel, com base em uma obra romântica. Duração: 27 minutos. Veja sinopse do videodocumentário no fim deste caderno. B GLOSSÁRIO A G C E F Léxico: conjunto de vocábulos que formam uma língua (vocabulário). Sintaxe: estudo da combinação lógica das palavras em uma frase O processo de Comunicação Processo de comunicação é o fenômeno que ocorre quando o emissor (a pessoa que fala, o codificador) emite uma mensagem (informação ou sinal) ao receptor (a pessoa que ouve ou decodificador), através de um canal (instrumento ou meio). O receptor interpretará a mensagem e, a partir daí, dará a resposta que demonstrará se as informações foram captadas (feedback), completando o processo de comunicação. Elementos da Comunicação 380

14 Língua Portuguesa UAB/Unimontes PARA REFLETIR Leia outros textos sobre comunicação e reflita sobre a importância deste aspecto para a vida humana. Pense no estreito laço que liga a comunicação à cultura e anote suas conclusões. MENSAGEM CÓDIGO EMISSOR RECEPTOR CANAL Realidade Referente (contexto) ATIVIDADES Preste muita atenção aos comerciais transmitidos pelo rádio e pela televisão e verifique se eles atendem às condições apresentadas no texto que você acabou de ler (Chamam a atenção do receptor? Usam uma linguagem adequada? Estão de acordo com o canal onde são veiculados? Levam em consideração o momento e a situação em que o receptor está inserto?) No processo comunicativo são utilizados os elementos presentes no esquema anterior (código, mensagem, referente, emissor, receptor e canal). Conheça cada um deles: CÓDIGO: pode ser definido como qualquer conjunto de símbolos usados na transmissão e recepção de uma mensagem de maneira a ter significação para alguém, como as palavras de um idioma (língua); MENSAGEM: expressão de idéias (conteúdo transmitido por um emissor) através de uma forma determinada (tratamento) pelo emprego de um código; REFERENTE: é o contexto em que estão insertos o emissor e o receptor. É também o conjunto de atitudes e reações dos sujeitos envolvidos no processo de comunicação; EMISSOR ou EMITENTE: quem transmite uma idéia, emite; quem transforma a mensagem em código (uma pessoa, uma empresa, uma emissora de televisão, estação de rádio etc.); RECEPTOR, RECEBEDOR ou DESTINATÁRIO: pessoa que recebe, decodifica a mensagem (um indivíduo ou um grupo); e CANAL: é o meio através do qual fazemos uma mensagem chegar a outra pessoa, uma espécie de "veículo da mensagem", como as ondas sonoras, na linguagem oral (fala), ou um bilhete, na linguagem escrita, por exemplo. É muito importante escolher o canal capaz de transmitir sua mensagem com maior qualidade e há elementos que podem impedir a 381

15 Pedagogia Caderno Didático III - 1º Período eficiência comunicativa como: o RUÍDO: que é uma interferência indesejada na transmissão de uma mensagem (na fala pode ser um barulho e na escrita, um rabisco ou uma letra ilegível, por exemplo); a AMBIGÜIDADE, refere-se à desorganização da mensagem (período fragmentado, ordem inversa, inadequação vocabular etc.); e a REDUNDÂNCIA, que consiste na repetição desnecessária de palavras ou termos. Em síntese: Em uma sala de aula (referente), se o professor (emissor) expõe oralmente (canal) um assunto (mensagem), e o aluno (receptor) ouve com atenção, ele consegue dar resposta (feedback) ao ser questionado. Mas, quando há barulho, por exemplo, conversa paralela (ruído), Ao a decodificar compreensão uma fica mensagem, comprometida. você a está percebendo como um estímulo. Ao codificar uma nova mensagem, você está dando uma resposta ao estímulo, mostrando como ele foi percebido e interpretado por você. A comunicação compreende, na maioria das vezes, uma ação e uma reação, pois a ação do emissor afeta a reação do receptor e a reação do receptor afeta a subseqüente reação do emissor, tornando o processo circular. Às vezes, quando são utilizados dois canais simultâneos, a qualidade da mensagem aumenta (ver e ouvir, por exemplo, é melhor do que só ver ou só ouvir), mas se o falante não souber utilizar bem esses canais, ele pode prejudicar o sucesso da sua comunicação. Se um conferencista apresenta um trabalho usando um data-show, por exemplo, e não consegue combinar sua fala com as transparências apresentadas, ele pode tornar mais difícil a compreensão do conteúdo pelos expectadores). Sempre que comunicamos algo, pensamos no nosso receptor, em quem queremos atingir com o que dizemos, assim, tanto o emissor cria expectativas sobre o receptor quanto o receptor em relação ao emissor. Quando duas pessoas interagem, põem-se no lugar uma da outra, procurando perceber o mundo como a outra o percebe, tentando predizer a resposta da outra e esse processo possibilita o ideal da comunicação que é a interação humana. DICAS O Filme Nell, do Diretor Michael Apted, é muito interessante para você analisar o importante papel desempenhado pela linguagem na comunicação humana. Nell é o nome da jovem que é encontrada em uma casa na floresta, onde vivia com sua mãe eremita. O médico que a encontra, após a morte da mãe, constata que ela se expressa em um dialeto próprio, evidenciando que até aquele momento ela não havia tido contado com outras pessoas. Intrigado com a descoberta e ao mesmo tempo encantado com a inocência e a pureza da moça, ele tenta ajudá-la a se integrar na sociedade. Assista ao filme e tente relacioná-lo aos conceitos estudados sobre Processos Comunicativos e Funções da Linguagem. 1.3 FUNÇÕES DA LINGUAGEM Agora que você já trabalhou os Processos Comunicativos e já conhece as noções da Teoria da Comunicação, vamos fazer algumas considerações sobre as Funções da Linguagem. 382

16 Língua Portuguesa UAB/Unimontes Leia a seguinte tira humorística: A tira exemplifica uma situação de comunicação. Numa situação de comunicação há, pelo menos, duas pessoas interagindo por meio da Fonte: HOJE EM DIA, 7/9/2008 DICAS Para reforçar seu conhecimento sobre as funções da linguagem, acesse: com.br PARA REFLETIR O estudo das funções da linguagem é muito importante para percebermos diferenças e semelhanças entre os vários tipos de mensagem. Analisar como essas funções se organizam nos textos alheios, permite-nos perceber as finalidades que orientam a elaboração desses textos. Aplicando o conhecimento de funções da linguagem nos textos que produzimos, poderemos planejar o que escrevemos e fortalecer a eficácia e a expressividade das mensagens. Figura 2: tira humorística linguagem: quem fala (locutor ou emissor) e aquele com quem se fala (interlocutor ou receptor). Tradicionalmente, o processo de comunicação verbal está baseado em seis elementos: o emissor, o receptor, a mensagem, o código, o canal e o referente. Tomando a tira como exemplo, vamos rever esses elementos: O emissor (locutor, remetente) é Helga, a esposa de Hagar; O receptor (interlocutor, destinatário) é Hagar; A mensagem é representada pelas falas de Helga; trata-se de um alerta para que o marido se comporte bem e beba com moderação; Helga e Hagar. e O código é a língua portuguesa (linguagem verbal) usada por O canal (contato) é o som produzido pelo código (língua oral); O referente (contexto) é a situação ou contexto em que Helga e Hagar estão e é também o assunto da mensagem, isto é, o conjunto de atitudes e reações do emissor e do receptor. Repare que o casal está em uma reunião social e como Helga conhece bem o marido, mesmo estando de costas para ele, ela o alerta para que tenha modos e não se exceda com a bebida. A cada um desses seis elementos corresponde uma função da linguagem. De acordo com a Teoria da Comunicação, toda mensagem tem uma finalidade, uma intenção predominante que orienta sua produção. A mensagem pode ter a finalidade de informar, persuadir, provocar humor, emocionar etc. A partir dessas finalidades é que classificamos a função da linguagem predominante nos textos. Essas funções são: expressiva, conativa, referencial, fática, metalingüística e poética Funções expressiva (ou emotiva) 383

17 Pedagogia Caderno Didático III - 1º Período A função expressiva ou emotiva está centrada no emissor (remetente ou locutor) e expressa sua atitude, sua emoção, seu estado de espírito em relação ao que fala. Exemplificando Retrato Eu não tinha este rosto de hoje, Assim calmo, assim triste, assim magro, Nem estes olhos tão vazios, Nem o lábio amargo. Eu não tinha estas mãos sem força, Tão paradas e frias e mortas; Eu não tinha este coração Que nem se mostra. Eu não dei por esta mudança, Tão simples, tão certa, tão fácil: Em que espelho ficou perdida a minha face? (Cecília Meireles) Observe que o poema está centrado na expressão dos sentimentos, emoções e estado de alma do eu-lírico. É um texto subjetivo, pessoal. Nele aparecem pronomes de primeira pessoa: Eu não tinha... minha face? São comuns também na função emotiva a presença de interjeições e pontuação marcada por exclamações e reticências Função Conativa (apelativa) A função conativa é aquela que está centrada no destinatário. Também chamada apelativa, essa função estimula o receptor a tomar uma atitude, tentando persuadi-lo, tentando influenciar seu comportamento. Observe a presença da função conativa neste folheto: 384

18 Língua Portuguesa UAB/Unimontes Figura 3: Volante distribuído a visitantes e consumidores do Montes Claros Shopping Center Você observou que a intenção principal é estimular o receptor a utilizar um serviço diferenciado de lavagem de carro. Para isso, o texto da propaganda emprega verbo no imperativo Aguarde!, que faz um apelo direto ao destinatário. Além disso, a mensagem tenta sensibilizá-lo quanto à questão do uso racional da água. Isso sinaliza que, se o receptor for uma pessoa com consciência social, ele buscará o serviço oferecido Função referencial (denotativa) Classificamos de referencial a função que tem por objetivo transmitir informações. Ela é também chamada denotativa, está centrada no contexto. A mensagem apresenta linguagem clara, direta, procurando traduzir a realidade objetivamente. Figura 4: Hoje em Dia ( ) 385 O anúncio a seguir, com conteúdo e s s e n c i a l m e n t e i n f o r m a t i v o, exemplifica a função referencial. A o l e r o anúncio, você percebe c l a r a m e n t e s e u objetivo: informar aos leitores do Jornal Hoje em Dia o que significa e de que se encarrega a Associação Mineira de

19 Pedagogia Caderno Didático III - 1º Período Rádio e Televisão, AMIRT. A linguagem aponta para um significado único, não dando margem à dupla interpretação. A função referencial aparece em seus livros de estudos, livros técnicos e científicos, bulas de remédios, manuais de instruções etc Função Fática A função fática encontra-se centrada no contato (canal) e nela predomina o cuidado de estabelecer ou de manter a comunicação, isto é, manter o contato entre o emissor e o receptor. Nas conversas telefônicas, o tradicional alô, os cumprimentos habituais são maneiras de iniciar o contato com o recebedor. As frasesfeitas, os clichês de abertura de diálogos: Olá, como vai?, Oi, tudo bem?, têm também a finalidade de estabelecer contato. A função fática está representada por palavras, frases, ou expressões que denotam a necessidade ou o desejo de iniciar, manter ou cortar a comunicação. Exemplificando: In: ABAURRE et alli Português. Língua e Literatura. São Paulo: Moderna, 2003 Figura 5: A função fática está bastante evidente nos quadrinhos. Observe o emprego de frases-feitas: Romeu, há quanto tempo!, O que tem feito? Essas frases não têm necessariamente um conteúdo informativo preciso, apenas pretendem criar condições para uma interação verbal. Outras expressões comuns à função fática também aparecem nas falas dos quadrinhos: E aí... Hem... Ih... Isso! Na verdade, nesse reencontro casual, os amigos nada disseram, apenas mantiveram um contato superficial. 386

20 Língua Portuguesa UAB/Unimontes Função metalingüística A função metalingüística está centrada no próprio código, isto é, centrada na língua. O emissor usa a língua (código) para dar alguma explicação, fazer ressalvas, apresentar uma definição, um conceito etc. No fragmento a seguir, intitulado Bisbilhotice, de Luís Fernando Veríssimo, o autor define, primeiramente, a palavra bisbilhotar para, depois, introduzir o tema propriamente dito: discussão sobre o uso de grampos em telefones de magistrados e políticos brasileiros. Observe a função metalingüística no 1º parágrafo do artigo. Bisbilhotice Bisbilhotar vem, se não me falha o etimológico, do italiano bisbigliare, que não é bisbilhotar no nosso sentido, mas quase o seu oposto. Os sinônimos de bisbigliare no meu dicionário italiano são mormorare, sussurrare, dire sottovoce. Ou seja, o que se faz para evitar a bisbilhotice dos outros. Um bisbilhoteiro brasileiro e um bisbigliatore italiano, conforme o dicionário, não teriam diálogo, um tentando desesperadamente ouvir o que o outro murmura ou sussurra. O que aproximaria os dois seria o fato de que é tão difícil encontrar um italiano falando baixo quanto um brasileiro. O sottovoce não pegou em nenhum dos dois povos. E o que sempre agrava as crises brasileiras como essa dos grampos, ou da bisbilhotice banalizada e oficializada é que ninguém, do presidente ao gari, passando por ministros e comentaristas, se segura na hora de dizer bobagens. Se ao menos as dissessem sottovoce, o dano seria menor. (...) Veríssimo. HOJE EM DIA. 7/9/2008. P. 8 - PLURAL Os dicionários são obras de caráter metalingüístico, neles usa-se a língua (código lingüístico) para definir a própria língua Função poética A função poética enfatiza a mensagem. Se, ao ler um texto, você perceber que o objetivo da mensagem é mostrar um trabalho de elaboração da linguagem, então, você está diante da função poética. Anúncios publicitários (e políticos) recorrem freqüentemente à função poética da linguagem. Neles é comum um trabalho com o signo 387

21 Pedagogia Caderno Didático III - 1º Período lingüístico (rimas, jogo de palavras, neologismos, aliterações, assonâncias) com o objetivo de provocar algum efeito de sentido no receptor. A função poética não abrange somente a poesia, embora, na poesia, a função poética seja predominante e, em outras formas de expressão lingüística, ela seja acessória. Veja os exemplos de função poética nos textos abaixo: Nos versos de Drummond, o trabalho com a linguagem (criação O meu tempo e o teu, amada, Transcendem qualquer medida. Além do amor, não há nada, Amar é o sumo da vida. (In: ANDRADE, Carlos Drummond de. Amar se aprende amando. São Paulo: Record, 1990) B GLOSSÁRIO A G C E F Aliteração: repetição da mesma consoante no interior de um ou mais versos. Quem com ferro fere, com ferro será ferido. (provérbio) Assonância: repetição da mesma vogal no interior de um ou mais versos. das rimas: amada/nada; medida/vida) produz efeito melódico. No texto de propaganda, percebe-se o jogo de palavras entre dourados e cromados para referir-se ao material empregado no (REVISTA VEJA, 5/12/2007. p. 120) Nos versos abaixo, há assonância das vogais a e o nasais. E bamboleando em ronda dançam bandos tontos e bambos de pirilampos. (Versos de Guilherme de Almeida) Figura 6 produto anunciado (moto) e remeter à idéia de liberdade propiciada pela moto, ícone dos anos dourados. Houve, portanto um trabalho intencional de linguagem. 1.4 VARIAÇÕES LINGÜÍSTICAS 388

22 Língua Portuguesa UAB/Unimontes Há uma grande diferença se fala um deus ou um herói; se um velho amadurecido ou um jovem impetuoso na flor da idade; se uma matrona autoritária ou uma ama delicada; se um mercador errante ou um lavrador de pequeno campo fértil, [...]. (Horácio, Arte Poética) Após o estudo dos conceitos de língua, linguagem, fala, gramática e das funções da linguagem, será mais fácil e proveitoso trabalhar com as variações lingüísticas, pois são conteúdos intimamente relacionados. A língua é um valioso instrumento de ação social e seu uso, conforme seja adequado ou não, pode facilitar ou comprometer nosso relacionamento com as demais pessoas. Além disso, o uso individual da língua apresenta valores que vão além de nossa intenção de transmitir informações, idéias e pontos de vista. A escolha que fazemos das palavras, certas expressões que empregamos, nossas preferências por determinadas construções frasais têm o poder de revelar, de denunciar quem realmente somos, quais são nossas crenças, em que região do país nascemos, que nível social e de estudos possuímos, qual é nossa profissão, dentre muitos outros aspectos. Isso ocorre porque a língua é um sistema dinâmico, extremamente flexível, que se modela com naturalidade a diversos fatores que envolvem o falante, como religião, classe social, região geográfica, sexo, idade e a própria evolução histórica da língua e, ainda, o grau de formalidade/informalidade do contexto em que se dá a situação de fala ou Marcos Bagno é professor de lingüística da Universidade de Brasília (UnB), é um pesquisador que se dedica a criticar a idéia. Senso-comum, de que o brasileiro fala e escreve mal o próprio idioma. Essa visão atinge principalmente as camadas pobres da sociedade, por estarem distanciadas do padrão ensinado na escola. O preconceito lingüístico, porém, Figura 7: Marcos Bagno revela um outro preconceito: o social. A língua, a maneira de falar, é apenas uma desculpa que as outras pessoas usam para discriminar, para excluir, afirma Bagno. Mineiro de Cataguases, ele é autor de vários livros que desfazem mitos em torno do português falado e escrito no Brasil, como A Língua de Eulália (1997), Preconceito lingüístico o que é, como se faz (1999), Português ou Brasileiro? (2002) e A norma oculta (2003)

23 Pedagogia Caderno Didático III - 1º Período escrita. Nosso contato diário com outros falantes em ambientes diversos rua, clube, escola, trabalho, restaurante etc. confirma que não há uniformidade no uso da língua. As pessoas se expressam de maneiras diferentes e isso é perfeitamente natural no interior de uma mesma língua, como é o caso da Língua Portuguesa. Essas diferenças podem se manifestar em relação ao vocabulário, à pronúncia, à morfologia e à sintaxe. Elas aparecem fortemente ligadas ao falante e são justificadas por motivos culturais, sociais, históricos, religiosos, geográficos e outros. A essas diferenças no uso da língua dá-se o nome de Variações ou Variantes Lingüísticas. Antes de prosseguirmos no estudo das Variações Lingüísticas, é bom que se esclareça que não há uma variedade melhor ou pior, certa ou errada, elegante ou feia, de prestígio ou sem prestígio. Essas diferenças lingüísticas são como um distintivo dos indivíduos e grupos sociais e, por isso, elas são constituintes de sua identidade. Ora, eleger uma variedade lingüística como melhor significa desprezar as outras. Ao agirmos assim, expressamos um juízo de valor (nesse caso, inaceitável) e prejulgamos os falantes, usando essas diferenças lingüísticas naturais como pretexto para a discriminação social dos indivíduos. Portanto, todas as Variações Lingüísticas são perfeitamente adequadas à realidade do grupo social e do contexto em que surgiram, desde que permitam a interação verbal entre os indivíduos, isto é, desde que permitam aos indivíduos expressarem suas necessidades comunicativas e cognitivas Tipos de variações lingüísticas As variações lingüísticas ocorrem devido a fatores geográficos (diatópicos), sócio-culturais (diastráticos), históricos ou de época (diacrônicos) e contextuais (diafásicos) Variação geográfica A variante lingüística mais evidente no Brasil é a geográfica. Essa variante se caracteriza, principalmente, pelo acento lingüístico (altura, timbre, intensidade do som), isto é, pela maneira de pronunciar as palavras. Os habitantes de cada região apresentam melodias frasais diferentes, desenvolvem formas de realização lingüística que lhes são próprias e os distinguem dos falantes de outras regiões. Ao conjunto de características comuns da pronúncia de cada região denomina-se sotaque : sotaque mineiro, sotaque goiano, sotaque nordestino etc. ou dialeto regional: dialeto mineiro, dialeto nordestino 390

24 Língua Portuguesa UAB/Unimontes DICAS Os romances O tempo e o Vento (de Érico Verissimo) e Vidas Secas (de Graciliano Ramos), por exemplo, são obras em que você encontra vocabulário típico da região geográfica em que o enredo se situa. B GLOSSÁRIO A G C Morfologia: Estudo do signo lingüístico reduzido à sua expressão mais simples (morfema) e a combinação entre esses morfemas formando unidades maiores como a palavra e o sintagma. Cuitelinho: Diminutivo de cuitelo. Nome popular dos beija-flores. E F etc. Alguns aspectos fonéticos regionais bastante conhecidos dos brasileiros são, por exemplo, a pronúncia do s chiado do carioca; a abertura das vogais pelos nordestinos; a entoação particular dos gaúchos e o r bem marcado no interior de São Paulo. Exemplificando: A letra da música Cuitelinho, composta por Paulo Vanzolini, mostra uma variação regional, própria do espaço geográfico rural de alguns estados brasileiros. Nela, há também a influência da variação sócio-cultural, percebida no emprego de: bera por beira, navaia por navalha, oio por olhos (aspectos fonológicos) e os oio se enche d'água por os olhos se enchem d'água; As garça dá... por As garças dão... (aspecto morfológico). Observe, ainda, que o compositor brinca com as rimas para efeito melódico. A variação geográfica ocorre também no vocabulário, em Cuitelinho Cheguei na bera do porto Onde as onda se espaia. As garça dá meia volta, Senta na bera da praia. E o cuitelinho não gosta Que o botão de rosa caia. Quando eu vim de minha terra, Despedi da parentaia. Eu entrei no Mato Grosso, Dei em terras paraguaia. Lá tinha revolução, Enfrentei fortes bataia. Figura 8: Cuitelinho A tua saudade corta Como o aço de navaia. O coração fica aflito, Bate uma, a outra faia. E os oio se enche d'água Que até a vista se atrapaia. (In: Marcos Bagno. A língua de Eulália São Paulo: Contexto, p ) 391

25 Pedagogia Caderno Didático III - 1º Período algumas estruturas frasais e nas designações diferentes para o mesmo significado, que uma palavra pode adquirir de uma região para outra. Assim é que usamos mandioca, aipim ou macaxeira ; pernilongo ou mosquito, dependendo de nossa região de origem. Em Montes Claros, Minas Gerais, por exemplo, o objeto escolar onde se guardam lápis, borracha e canetas chama-se estojo, no Paraná é penal (de pena + al) estojo para guardar penas, lápis etc. Embora a palavra penal conste do dicionário como um regionalismo de Minas Gerais, ela não é usada entre os mineiros. E as variações geográficas se concretizam nas expressões típicas dos nordestinos: OXENTE, BICHINHO (indicando admiração); VISSE? (ouviste), CABRA MACHO DA MULESTA (indivíduo corajoso, valentão); no BAH, TCHÊ dos gaúchos ou no uso freqüente do diminutivo pelos mineiros: COITADINHO, TADINHO (coitado) ou mesmo na redução desses diminutivos: TADIN (coitadinho), BONZIN (bonzinho) etc. Exemplificando: Abaixo, apresentamos-lhe um texto de Luís Fernando Veríssimo, escritor gaúcho, como exemplo de variação geográfica. Observe o emprego de palavras e expressões peculiares aos falantes gaúchos nos diálogos encenados pelo analista e seu paciente Variação sócio-cultural B GLOSSÁRIO A G C E F Apócrifo: não autêntico, falso, suposto Bombacha: calças largas, apertadas acima dos tornozelos por meio de botões; vestimenta típica do gaúcho campeiro. Pelego: Pele de carneiro com a lã. Abancar: tomar assento à banca ou à mesa. Marca: cada um dos passos ou evoluções de uma dança. Charlar: tagarelar, falar à toa. Pereba: pequena ferida, sarna. O Analista de Bagé Certas cidades não conseguem se livrar da reputação injusta que, por alguma razão, possuem. Algumas das pessoas mais sensíveis e menos grossas que eu conheço vêm de Bagé, assim como algumas das menos afetadas são de Pelotas. Mas não adianta. Estas histórias do psicanalista de Bagé são provavelmente apócrifas (como diria o próprio analista de Bagé, história apócrifa é mentira bem educada) mas, pensando bem, ele não poderia vir de outro lugar. Pues, diz que o divã no consultório do analista de Bagé é forrado com um pelego. Ele recebe os pacientes de bombacha e pé no chão. Buenas. Vá entrando e se abanque, índio velho. O senhor quer que eu deite logo no divã? Bom, se o amigo quiser dançar uma marca, antes, esteja a gosto. Mas eu prefiro ver o vivente estendido e charlando que nem china da fronteira, pra não perder tempo nem dinheiro. Certo, certo. Eu

26 Língua Portuguesa UAB/Unimontes DICAS O filme Carlota Joaquina, Princesa do Brasil, de Carla Camurati, (1995) representa uma ótima oportunidade de se verificar as diferenças entre o modo de falar de portugueses e brasileiros. PARA REFLETIR Usou-se (pre)conceitos para salientar que, de acordo com a sociolingüística, todas as variações se correspondem, todas são adequadas às mais diferentes situações sociais de que participamos. Seja qual for a variante usada, ela possibilita que os membros de uma sociedade estabeleçam relações comunicativas, afetivas e humanas. Aceita um mate? Um quê? Ah, não. Obrigado. Pos desembucha. Antes, eu queria saber. O senhor é freudiano? Sou e sustento. Mais ortodoxo que reclame de xarope. Certo. Bem. Acho que o meu problema é com a minha mãe Outro. Outro? Complexo de Édipo. Dá mais que pereba em moleque. E o senhor acha... Eu acho uma pôca vergonha. Mas... Vai te metê na zona e deixa a velha em paz, tchê! Texto extraído do livro "O gigolô das palavras", L&PM Editores Porto Alegre, 1982, pág. 78 As condições sociais influenciam decisivamente o modo de falar dos indivíduos. A idade, a experiência de vida do falante, seu grau de maturidade condicionam sua atuação lingüística. A variação sócio-cultural corresponde, principalmente, a diferenças que se percebem na fonologia ( muié por mulher, lâmpida por lâmpada, frecha por flecha, isquentá por esquentar ) e na morfologia ( nós vamu, por nós vamos, as pessoa por as pessoas ). Exemplificando: Nos quadrinhos, para opor, humoristicamente, céu e inferno, o autor se vale da linguagem popular, com bastante criatividade. As variedades faladas pelos indivíduos de classe social menos Figura 9: Quadrinhos 393

27 Pedagogia Caderno Didático III - 1º Período favorecida são denominadas populares, enquanto as variedades cultas associam-se às classes de maior prestígio e servem de referência para a norma escrita. Existe, no Brasil, uma tendência à discriminação da variante popular, geralmente fundamentada nos (pre)conceitos de que seus falantes não dominam a norma padrão, usam seus próprios recursos para se comunicarem, cometem erros que viciam e empobrecem a língua Outros fatores responsáveis pelas variantes sócio-culturais são: a idade do falante, a classe social a que pertence, a raça, a religião, a profissão. Variações lingüísticas referentes ao sexo também ocorrem no Português. É mais comum às mulheres, por exemplo, o uso de diminutivos: comidinha, nenenzinho, belezinha e mais freqüente que os homens usem aumentativos: amigão, Fernandão, partidão (referindo-se a uma boa partida de futebol). Além desses exemplos, algumas palavras e expressões de nossa língua se destinam exclusivamente ao uso pelas mulheres ( obrigada, grata, eu mesma, eu própria ) e outras, apenas ao uso do sexo masculino ( obrigado, grato, eu mesmo, eu próprio ). No Brasil, a variação sócio-cultural é bastante evidente. Quanto mais cultura o cidadão tiver, mais bem estruturadas serão suas frases, mais rico seu vocabulário, ao contrário do falar das pessoas com pouco ou nenhum estudo. Um enfermeiro ou um técnico em enfermagem, por exemplo, dominam um vocabulário específico de sua área e são capazes de sustentar um diálogo eficiente com os demais profissionais com quem convivem. A profissão condiciona o falante ao uso de expressões típicas de sua área de atuação. Profissionais da área médica, por exemplo, têm gírias específicas com as quais interagem, mesmo à vista do paciente leigo no assunto, sem que este compreenda de que trata. Do vocabulário específico dos profissionais se formam as gírias, que facilitam a comunicação entre eles e os caracterizam. As gírias ligadas a profissões ou determinados grupos sociais (estudantes, capoeiristas, internautas) são denominadas jargão. A idade é outro fator que influencia as diferenças sócio-culturais São alguns exemplos de jargões médicos Evoluir o paciente (fazer anotações, descrições no prontuário); CT de crânio (tomografia computadorizada); Bexigoma (repleção ou distensão vesical. A gíria inexiste no dicionário) Advogados usam peticionar ; eu, sua professora de Português, uso pedir ou solicitar, porque, na minha profissão, não entro com uma ação perante o juiz. Gírias populares: bafafá: confusão; patavina: nada; araque: sem valor, mentira; arco da velha: muito antigo; etc. PARA REFLETIR Vários fatores como a profissão, a idade, o sexo, a religião, dentre outros e o convívio no meio social determinam as escolhas e os hábitos lingüísticos das pessoas. Você se importa com a impressão que causa nos outros, quando usa uma linguagem inadequada ao contexto? 394

28 Língua Portuguesa UAB/Unimontes DICAS Para aprofundar seus conhecimentos sobre a variação sócio-cultural, sugerimos que você faça a leitura do livro: A Língua de Eulália novela sociolingüística, de Marcos Bagno, editora Contexto, São Paulo. de adolescentes e idosos. Os jovens são, comumente, mais abertos a inovações lingüísticas advindas do avanço tecnológico, enquanto os idosos se mostram mais reservados a isso, são mais conservadores das estruturas e usos já internalizados. Todos os fatores mencionados comprovam que o uso da língua está subordinado ao nível social e cultural das pessoas. Nossa fala é o produto de tudo aquilo que nos fez chegar ao que somos hoje: o convívio com nossa família, com os amigos, os livros que lemos, os filmes a que assistimos, a religião que praticamos, nossas crenças e valores, enfim, é nossa experiência de vida que determina nossas escolhas e essas escolhas nos dão identidade Variação histórica O enredo leva o leitor a um passeio prazeroso pela Sociolingüística ciência ainda nova e lhe permite uma compreensão mais ampla do papel das variantes sócio-culturais. Incluem-se, também, no âmbito das variações lingüísticas, aquelas denominadas históricas ou de época. São variações que ocorrem por um processo natural de desenvolvimento e enriquecimento das línguas, ocasionado pelo avanço social, político, tecnológico, científico e cultural das sociedades. Assim é que algumas palavras envelhecem, entram em desuso, passam a figurar apenas nos dicionários, porque aquilo que elas designavam também deixou de ser usado ou foi substituído por algo mais eficiente. É o caso, por exemplo, da palavra escarradeira. Se ela já foi utensílio de destaque na sala de visitas das famílias patriarcais (literalmente significando cuspideira, vaso em que se escarra ), hoje essa palavra é inteiramente desconhecida das gerações mais jovens. Motivo? Desapareceram a casa grande e a senzala, logo, o hábito de se cuspir em vaso também desapareceu e, com ele, a palavra que o acompanhava. Algumas palavras e expressões, às vezes, mudam seu significado e outras mais antigas, ainda em uso, alteram sua grafia para acompanharem a evolução social. Essa mesma evolução social é responsável, em contrapartida, por um incontável número de palavras e expressões novas que invadem nosso cotidiano, cada vez mais repleto de tecnologias. As palavras em desuso são chamadas arcaísmos e as de criação recente são denominadas neologismos. Muitos escritores brasileiros desfrutam de sua liberdade de uso da língua para criar neologismos singulares que notabilizam seu estilo e enriquecem nossa literatura. Guimarães Rosa se destaca nesse trabalho. Observe um fragmento de seu estilo literário em que ele apresenta alguns neologismos. Os textos que analisaremos a seguir ilustram a variação histórica. 395

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