NOÇÕES DE PARASITOLOGIA. Profº Eunaldo Santos

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "2014.1 NOÇÕES DE PARASITOLOGIA. Profº Eunaldo Santos"

Transcrição

1 NOÇÕES DE PARASITOLOGIA Profº Eunaldo Santos

2 2 Parasitismo é uma relação interespecífica (que ocorre entre espécies diferentes), onde apenas uma espécie é beneficiada (parasita), através do prejuízo causado em outra espécie (hospedeiro). É uma relação ecológica caracterizada pela espécie de parasitas que se instalam no corpo dos hospedeiros, retirando todas as substâncias que servem para sua nutrição e assim causam consequências variáveis podendo até matar seus hospedeiros. Ectoparasitas: São parasitas que vivem externamente no corpo do hospedeiro. Ex: Pulgas, Piolhos, Carrapatos, mosquitos, entre outros. Endoparasitas: São parasitas que vivem internamente no corpo do hospedeiro. Ex: Bactérias, protozoários, vermes, entre outros. Hemoparasita: São parasitas que vivem internamente no corpo do hospedeiro, porém especificamente na corrente sanguínea. Ex: a forma esporozoíta do Plasmodium(Protozoário) vive na corrente sanguínea até se desenvolverem. Holoparasitas e Hemiparasitas: São parasitas de vegetais. Holoparasitas parasitam vegetais superiores extraindo suaseiva elaborada. Os Hemiparasitas parasitam vegetais extraindo sua seiva bruta. Parasitos Estenoxenos: São parasitas que abrigam espécies de vertebrados. Parasitos Eurixenos: São parasitas que vivem em uma variedade de hospedeiros possíveis. Parasito Facultativo: Vivem parasitando ou não um hospedeiro. Ex: Moscas Sarcophagidae que se desenvolvem tanto em feridas necrosadas, quanto em matérias orgânicas em decomposição. Parasito Obrigatório: É o parasita que não consegue viver fora do hospedeiro. Ex: vírus. Parasito Acidental: São parasitas que acidentalmente vive em um hospedeiro que não é o de costume. Ex: O parasita Dipylidium caninum comumente encontrado em cães parasitando uma criança. Microorganismo: Entamoeba histolistica Reservatório: Homem. Modo de transmissão: Ingestão de alimentos ou água contaminados por fezes contendo cistos amebianos maduros, raramente na transmissão sexual. A falta de higiene domiciliar pode facilitar a disseminação de cistos nos componentes da família. Os portadores assintomáticos, que manipulam alimentos, são importantes disseminadores desses protozoários. Período de incubação: 2 a 4 semanas.

3 3 Doença que causa: Amebiase. Introdução: Infecção causada por protozoário que se apresenta em duas formas: cisto e trofozoíto. Esse parasito pode atuar como comensal ou provocar a invasão de tecidos, originando as formas intestinal e extra-intestinal da doença. Epidemiologia: Estima-se que mais de 10% da população mundial estão infectados por E. histolytica, que são espécies morfologicamente idênticas, mas só a última é patogênica, sendo sua ocorrência estimada em 50 milhões de casos invasivos/ano. Em países em desenvolvimento, a prevalência da infecção é alta, sendo que 90% dos infectados podem eliminar o parasito durante 12 meses. Infecções são transmitidas por cistos através da via fecal-oral. Os cistos, no interior do hospedeiro humano, liberam os trofozoítos. A transmissão é mantida pela eliminação de cistos no ambiente, que podem contaminar a água e alimentos. Eles permanecem viáveis no meio ambiente, ao abrigo de luz solar e em condições de umidade favoráveis, durante cerca de 20 dias. Sua ocorrência está associada com condições inadequadas de saneamento básico, deficiência de higiene pessoal/ambiental e determinadas práticas sexuais. Quadro clínico: O quadro clínico varia de uma forma branda, caracterizada por desconforto abdominal leve ou moderado, com sangue e/ou muco nas dejeções, até uma diarreia aguda e fulminante, de caráter sanguinolento ou mucóide, acompanhada de febre e calafrios. Podem ou não ocorrer períodos de remissão. Complicações: Granulomas amebianos (amebomas) na parede do intestino grosso, abscesso hepático, pulmonar ou cerebral, pericardite, colite fulminante com perfuração. Diagnóstico: Presença de trofozoítos ou cistos do parasito encontrados nas fezes; em aspirados ou raspados, obtidos através de endoscopia ou proctoscopia; ou em aspirados de abscesso ou cortes de tecido. Os anticorpos séricos (IgG) podem ser dosados e são de grande auxílio no diagnóstico de abscesso hepático amebiano. A ultra-sonografia e tomografia axial computadorizada são úteis no diagnóstico de abscessos amebianos. Tratamento: Formas intestinais: Metronidazol, 500mg, 3 vezes/dia, durante 5 dias, para adultos. Para crianças, recomenda-se 35mg/kg/dia, divididas em 3 tomadas, durante 5 dias. Formas graves: Metronidazol, 750mg, VO, 3 vezes/dia, durante 10 dias. Em crianças, recomenda-se 50mg/kg/dia, durante 10 dias. Vigilância epidemiológica: Não é doença de notificação compulsória. Medidas de controle: Impedir a contaminação fecal da água e alimentos por meio de medidas de saneamento, educação em saúde, destino adequado das fezes e controle dos indivíduos que manipulam alimentos. Lavar as mãos, após o uso do sanitário e lavar cuidadosamente os vegetais com água potável, e deixando-os imersos em hipoclorito de sódio a 2,5% (uma colher de sopa de hipoclorito em 1

4 4 litro de água filtrada), durante meia hora, para eliminar os cistos. Evitar práticas sexuais que favoreçam o contato fecal-oral. Investigar os contatos e a fonte de infecção, ou seja, realizar exame coproscópico dos membros do grupo familiar e de outros contatos. O diagnóstico de um caso em quartéis, creches, orfanatos e outras instituições indica a realização de inquérito coproscópico para tratamento dos portadores de cistos. Realizar a fiscalização dos prestadores de serviços na área de alimentos, atividade a cargo da vigilância sanitária. Em pacientes internados, precauções do tipo entérico devem ser adotadas. Pessoas infectadas devem ser afastadas de atividades de manipulação dos alimentos. MALÁRIA A malária é causada por protozoários do gênero Plasmodium, como o Plasmodium vivax, Plasmodium falciparum, Plasmodium malariae e Plasmodium ovale: os dois primeiros ocorrem em nosso país. Essa doença, conhecida também pelos nomes impaludismo, febre palustre, maleita e sezão, tem como vetor fêmeas de alguns mosquitos do gênero Anopheles. Estas, mais ativas ao entardecer, podem transmitir a doença para indivíduos da nossa espécie, uma vez que liberam os parasitas no momento da picada, em sua saliva. Transfusão de sangue sem os devidos critérios de biossegurança, seringas infectadas e mães grávidas adoecidas são formas de contágio. No homem, os esporozoítos infectantes se direcionam até o fígado, dando início a um ciclo que dura, aproximadamente, seis dias para P. falciparum, oito dias para a P. vivax e 12 a 15 dias para a P. malariae, reproduzindo-se assexuadamente até rebentarem as células deste local (no mosquito, a reprodução destes protozoários é sexuada). Após esses eventos, espalham-se pela corrente sanguínea e invadem hemácias, até essas mesmo, causam anemia. Febre alta, sudorese e calafrios, palidez, cansaço, falta de apetite e dores na cabeça e em outras regiões do corpo são os principais sintomas, que podem se manifestar a cada 48 horas, caso a infecção tenha sido causada pelo P. falciparum ou pelo P. vivax; e a cada 72 horas quando o agente causador é op. malarie (febre quartã). Essa primeira espécie pode, ainda, afetar vários órgãos e sistemas do corpo, como o sistema nervoso e aparelho respiratório. Para confirmar a presença do parasita no sangue, a análise é feita por meio de uma pequena amostra, geralmente retirada da ponta do dedo do paciente (teste de gota espessa). O tratamento é feito com o uso de fármacos orais e deve ser iniciado o mais rapidamente possível, para evitar complicações como anemia, icterícia e mau funcionamento dos órgãos vitais, além dos riscos que um indivíduo acometido pelo P. falciparum pode estar sujeito. A prevenção consiste em evitar picadas do mosquito, fazendo o uso de repelentes, calças e camisas de manga longa, principalmente no período de fim da tarde e

5 5 início da noite. Evitar o acúmulo de água parada a fim de impedir a ovoposição e nascimento de novos mosquitos é outra forma de evitar a malária. HYMENOLEPIS NANA/HIMENOLEPÍASE Descrição da doença - a himenolepíase é uma infeção intestinal causada por uma taenia (Hymenolepis nana) que varia de 3 a 4 cm. As infecções leves podem ser assintomáticas. Se a infecção for severa pode causar enterites como diarréia, dor abdominal e outros sintomas, como palidez, perda de peso e debilidade. Agente etiológico - Hymenolepis nana é a única taenia do homem sem um hospedeiro intermediário obrigatório. Ciclo de vida Os ovos infectantes de Hymenolepis nana são liberados com as fezes; os ovos infectantes podem sobreviver mais de 10 dias no ambiente. Quando esses ovos são ingeridos (através de alimento ou água contaminada, ou através da mão contaminada pelas fezes), há semidigestão dos embrióforos, a oncosfera é liberada no intestino que penetra na vilosidade da mucosa intestinal e se transforma em larva cisticercóide. Após ruptura da vilosidade, o cisticercóide retorna ao lúmen e se fixa na mucosa intestinal pelo escólex, onde se desenvolve em uma taenia adulta. Pode ocorrer auto-infecção, quando o ovo retorna ao estômago por movimentos retroperistálticos, resultando na liberação de larva cisticercóide, que penetra na mucosa do íleo. O período de vida de uma larva adulta no intestino é de 4 a 6 semanas, porém a auto-infecção permite que a infecção persista por anos. Se os ovos de Hymenolepis nana forem ingeridos por carunchos de cereais, pulgas (principalmente de roedores) em seu estado larvar e outros insetos, a oncosfera é liberada na cavidade geral do inseto e se transforma em larvas cisticercóides. Quando ingeridos acidentalmente, são infectantes para os seres humanos e também para os roedores. Reservatório - os seres humanos são o reservatório comum da doença e possivelmente os ratos. Período de incubação - o inicio dos sintomas é variável, porém o desenvolvimento da taenia adulta leva cerca de duas semanas. Modo de transmissão - Hymenolepis nana é disseminado através da ingestão de água ou alimentos contaminados com fezes infectadas. Pode ocorrer também através da mão contaminada pelas fezes (transmissão pessoa-a-pessoa). Os insetos, carunchos de cereais infectados podem ser ingeridos acidentalmente, resultando na transmissão do agente.

6 6 Susceptibilidade e resistência - as crianças são mais susceptíveis do que os adultos; pode ser conferida uma resistência às pessoas expostas ao Hymenolepis nana. Em imunodeprimidos e crianças desnutridas observam-se infecções intensas. Conduta médica e diagnóstico - o diagnóstico se faz pela identificação microscópica dos ovos nas fezes. Se necessário repetir o exame, para fechar diagnóstico. Tratamento - o tratamento deve ser feito com praziquantel ou niclosamida. Medidas de controle - 1)medidas preventivas - através de programas de educação de higiene pessoal; eliminação sanitária de fezes; proporcionar serviços sanitários adequado; proteger os alimentos e a água da contaminação das fezes de seres humanos e roedores; eliminação dos roedores do meio doméstico e tratamento para eliminar as fontes de infecção. 3) medidas em epidemia/surtos a) A investigação epidemiológica parte da notificação do (s) caso (s) suspeito (s) ou do isolamento do Hymenolepis nana no exame laboratorial, e deve ser realizada pela equipe de vigilância epidemiológica local, especialmente quando ocorre em creches, escolas e outras instituições fechadas. A investigação do (s) caso (s) tem como objetivo identificar e eliminar o veículo comum de transmissão. O controle em escolas e instituições assistenciais pode ser efetuado de forma eficaz através do tratamento das pessoas infectadas. Deve-se ter maior precaução em relação à higiene pessoal e familiar. FILARÍASE POR WUCHERERIA BANCROFTI CID-10 B-74.0 Aspectos Clínicos e Epidemiológicos Descrição - A filariose por Wuchereria Bancrofti é causada por um nematódeo que vive nos vasos linfáticos das pessoas infectadas, apresentando diversas manifestações clínicas. Existem indivíduos infectados que nunca desenvolvem sintomas, havendo ou não detecção de microfilárias no sangue periférico; outros podem apresentar febre recorrente aguda, astenia, mialgias, fotofobia, quadros urticariformes, pericardite e cefaléia, linfadenite e linfangite retrograda, com ousem microfilaremia. Os casos crônicos mais graves são de indivíduos que apresentam hidrocele, quilúria e elefantíase de membros, mamas e órgãos genitais. Nesses casos, em geral, a quantidade de microfilária no sangue é muito pequena ou mesmo não detectável. Descreve-se, ainda, casos de eosinofilia tropical, que é uma síndrome que se manifesta por crises paroxísticas de asma, com pneumonia intersticial crônica, ligeira febre recorrente, cujo leucograma registra importante eosinofilia; nesses casos, o exame dos tecidos mostra microfilárias em processo de degeneração, porém não são encontradas no sangue periférico (filaríase oculta). Sinonímia - Filariose, filaríase de Bancrofti, elefantíase.

7 7 Agente etiológico - Wuchereria bancrofti. Reservatório - O homem. Modo de transmissão - Pela picada dos mosquitos transmissores com larvas infectantes. O Culex fatigans é o principal transmissor no Brasil. Em geral, as microfilárias têm periodicidade para circular no sangue periférico, sendo mais detectadas à noite, entre as 22 hs e 2 hs. Período de incubação - Manifestações alérgicas podem aparecer um mês após a infecção. As microfilárias, em geral, aparecem no sangue periférico de 6 a 12 meses após o inóculo para W. bancrofti. Período de transmissibilidade - Não se transmite de pessoa a pessoa. O ciclo se faz de homem infectado com microfilaremia picado por inseto transmissor, que transmitirá a outro indivíduo, após 12 a 14 dias do repasto. A microfilaremia pode persistir, aproximadamente, de 5 a 10 anos. Complicações - Hidrocele, linfocele, elefantíase, quilúria. Diagnóstico - Clínico-epidemiológico, quando há manifestações sugestivas e o indivíduo é oriundo de área endêmica: a) diagnóstico específico: é feito atravésda pesquisa da microfilária no sangue periférico (periodicidade noturna), ou nolíquido ascítico, pleural, sinovial, cefaloraquidiano, urina, expectoração, pús, gânglios. Presença do verme adulto no sistema linfático, genitália, ou em outras lesões (essa forma de diagnóstico não é realizada de rotina). b) Sorologias: também, podem ser realizadas, tais como imunofluorescência e ELISA. c) Linfoangiografia. Diagnóstico diferencial - Outras causas de elefantíase, como as malformações congênitas, episódios repetidos de erisipela, destruição ou remoção de linfáticos, micoses, donovanose, hanseníase, tuberculose, entre outros. Tratamento - A droga de escolha é a Dietilcarbamazina (DEC), com vários esquemas preconizados: Características epidemiológicas - A filariose linfática tem grande importância na África. Foi uma doença prevalente no Brasil, mas, hoje, encontra-se restrita a alguns focos persistentes no Pará, Pernambuco e Alagoas. Vigilância Epidemiológica.Medidas de controle - a) Redução da densidade populacional do vetor: através de biocidas; bolinhas de isopor, método esse limitado a criadouros específicos urbanos (latrinas e fossas); mosquiteiros ou cortinas impregnadas com inseticidaspara limitar o contato entre o vetor e o homem; borrifação intradomiciliar com inseticidas de efeito residual (dirigida contra as formas adultas do Culex). b) Educação em Saúde: informar, às comunidades das áreas afetadas, sobre a doença e as medidas que podem ser adotadas para sua redução/eliminação;

8 8 identificação dos criadouros potenciais no domicílio e peridomicílio, estimulando a sua redução pela própria comunidade; c) Tratamento em massa: para aspopulações humanas que residem nos focos. GLOSSÁRIO DE PARASITOLOGIA O presente glossário foi extraído, com autorização do autordavid Pereira Neves, do livro: Parasitologia Dinâmica. Editora Atheneu, São Paulo, Capítulo 61, p Também sugerimos a consulta do Dicionário de Termos Técnicos de Medicina e Saúde, de Luís Rey, Editora Guanabara Koogan, Rio de Janeiro, 2003 [950 p.] Abióticos: são os componentes físicos e químicos do meio. Agente etiológico: é o agente causador ou responsável por uma doença. Pode ser vírus, bactéria, fungo, protozoário ou helminto. É sinônimo de patógeno. Agente infeccioso: é o microorganismo (vírus, bactérias, fungos, protozoários, helmintos) capaz de produzir infecção ou doença infecciosa. Antropofílico: artrópode que prefere se alimentar em humanos. Antroponose: doença exclusiva de humanos. Ex.: a necatorose. Biocenose: é a comunidade ou conjunto de espécies e suas populações, vivendo em determinado ambiente (biótopo), mantendo certa interdependência entre elas. Bióticos: são os componentes vivos do meio ambiente. Biótopo: local com certas características físicas e químicas, onde vive uma espécie; é o mesmo que ecótopo. Cisto: é a forma de resistência de certos protozoários, nos quais se encontra uma película ou cápsula protetora, envolvendo uma forma capaz de reproduzir-se quando encontrar o ambiente adequado.

9 Contaminação: é a presença de um agente infeccioso na superfície do corpo, roupas, brinquedos, água, leite ou alimentos. 9 Doença metaxênica: quando parte do ciclo vital de um parasito se realiza no vetor, isto é, o vetor não só transporta o agente etiológico, mas é um elemento obrigatório para sua maturação ou multiplicação. Ex.: malária, esquistossomose. Ecologia: parte da biologia que se ocupa das inter-relações entre os seres vivos e seu ambiente (biótico e abiótico). Ecótono: é uma região da transição entre dois ecossistemas. Ecótopo: é o abrigo físico do animal. Como exemplo, podemos dizer que, dentro da cafua, os triatomíneos vivem nas frestas das paredes; dentro organismo humano o Ascaris vive dentro do intestino delgado. Endemia: é a prevalência usual de determinada doença, com relação a uma área, cidade, estado ou país. Representa o número esperado de casos em uma população, em determinando período de tempo. Epidemia: é a ocorrência muito elevada de determinada doença, com relação a uma área, cidade ou país. Representa o número muito acima do esperado de casos em uma população, em determinado período de tempo. Epidemiologia: é o estudo da distribuição e dos fatores determinantes da freqüência de uma doença; a epidemiologia trata de dois aspectos fundamentais: a distribuição (idade, raça, sexo, geografia) e os fatores determinantes da freqüência (tipo de patógeno, meio de transmissão, etc.); em resumo: estuda os fatores responsáveis pela existência ou aparecimento de uma doença ou outro evento (acidentes, vendavais, etc.). Enzoose: doença exclusiva de animais. Ex.: a peste suína, o Dioctophime renale, que parasita de lobo e cão. Estádio: é fase intermediária ou intervalo entre duas mudas da larva de um artrópode ou helminto (em entomologia é sinônimo de instar).

10 10 Ex.: larva de primeiro estádio, larva de terceiro estádio. Estágio: é a fase de transição ou forma evolutiva de um organismo durante seu ciclo biológico. Ex.: estágio de ovo, estágio de larva, de pupa, de adulto. Fase aguda: é a fase da doença que surge após a infecção onde os sintomas clínicos são mais nítidos (febre alta, parasitemia elevada, etc.). É um período de definição: o paciente se cura, passa para a fase crônica ou morre. Fase crônica: é a fase que se segue à fase aguda, na qual o paciente apresenta sintomas clínicos mais discretos, havendo um certo equilíbrio entre os hospedeiros e o agente etiológico e, usualmente, a resposta imunológica é bem elevada. Foco natural: é o ambiente adequado para uma espécie sobreviver e propagar. Ex.: o Culex quinqefasciatus tem como foco natural coleções de água parada, rica em matéria orgânica e próxima de habitações humanas. Fômite: é representado por utensílios que podem veicular o agente etiológico entre diferentes hospedeiros. Ex.: roupas, seringas, espéculos, etc. Fonte de infecção: é o objeto, o paciente ou local de onde o agente etiológico passa para novo hospedeiro ou novo paciente. Ex.: água contaminada / febre tifóide, mosquito infectate / dengue, carne com cisticercose / teníase, etc. Hábitat: é o ecossistema local ou órgão onde determinada espécie ou população vive. Ex.: o hábitat do Necator americanus é o duodeno humano. Hospedeiro: é o organismo que alberga o parasito.

11 Hospedeiro definitivo: é o que apresenta o parasito em sua fase de maturidade ou em fase de reprodução sexuada. 11 Ex.: o hospedeiro definitivo do Plasmodium é o Anopheles; os hospedeiros definitivos do S. mansoni são os humanos. Hospedeiro intermediário: é aquele que apresenta o parasito em sua fase larvária ou assexuada. Ex.: o caramujo é o hospedeiro intermediário do S. mansoni. Hospedeiro paratênico ou de transporte: é o hospedeiro intermediário no qual o parasito não sofre desenvolvimento ou reprodução, mas permanece viável até atingir novo hospedeiro definitivo. Ex.: peixes maiores, que ingerem peixes menores contendo larvas plerocercóides de Diphyllobotrium,que simplesmente transportam essas larvas até que os humanos as ingiram (os humanos preferem comer crus os peixes maiores...). Incidência: é a freqüência com que uma doença ou fato ocorre num período de tempo definido e com relação à população (casos novos, apenas). No mês de dezembro, na cidade de natal, a incidência de gripe foi de 12%. (Ver Prevalência). Infecção: penetração e desenvolvimento ou multiplicação de um agente etiológico no organismo humano ou animal, podendo ser vírus, bactéria, protozoário, helminto, etc. Infecção inaparente: presença do agente etiológico em um hospedeiro, sem aparecimento de qualquer sintoma clínico. Infestação: é o alojamento, desenvolvimento e reprodução de artrópodes na superfície do corpo, nas vestes ou na moradia de humanos ou de animais. Letalidade: expressa o número de óbitos com relação a determinada doença ou fato, tendo como referência uma população. Ex.: 100% das pessoas não-vacinadas, quando atingidas pelo vírus rábico, morrem; a letalidade na gripe é muito baixa. Morbidade: expressa o número de pessoas doentes com relação a uma doença e uma população.

12 Ex.: na época do inverno, a morbidade da gripe é muito elevada; ou seja, na época do inverno a incidência da gripe é muito grande. 12 Nicho ecológico: é a atividade ou função dentro de seu ecótopo ou hábitat. Ex.: no intestino delgado humano, o Ascaris realiza suas atividades alimentares e reprodutivas. Parasitemia: representa o número de parasitos que estão presentes na corrente sanguínea de um paciente. Ex.: na fase aguda da doença de Chagas, usualmente, a parasitemia é muito elevada. Parasitismo: é a associação entre seres vivos onde existe unilateralmente de benefícios, sendo um dos associados (o de maior porte ou hospedeiro) prejudicado pela associação. Parasito: é o ser vivo de menor porte que vive associado a outro ser vivo de maior porte, à custa ou na dependência deste. Pode ser: 1. Ectoparasito: vive extremamente no corpo do hospedeiro. 1. Endoparasito: vive dentro do corpo do hospedeiro. 1. Hiperparasito: que parasita outro parasito: Ex.: E.Histolytica sendo parasitada por fungos (Sphoerita endógena) ou por cocobacilos. Parasito acidental: é o que exerce o papel de parasito, porém habitualmente possui vida não-parasitária. Ex.: larvas de moscas que vivem em frutos ou vegetais em decomposição e acidentalmente atingem humanos. Parasito errático: é o que vive fora do seu hábitat ou de seu hospedeiro normal. Parasito estenoxênico: é o que parasita espécie de vertebrados muito próximas.

13 13 Parasito eurixeno: é o que parasita espécie de vertebrados muito distinta. Parasito facultativo: é o que pode viver parasitando um hospedeiro ou não, isto é, pode ter hábitos de vida livre ou parasitária. Ex.: as larvas de moscas Sarcophagiae podem provocar miíases humanas, desenvolver-se em cadáveres ou ainda fezes. Parasito heterogenético: é o que apresenta alternância de gerações. Ex.: Plasmodium, com ciclo assexuado em humanos e sexuado em mosquitos. Parasito heteroxênico: é o que possui hospedeiro definitivo e intermediário. Parasito monoxênico: é o que possui apenas o hospedeiro definitivo. Ex.: Enterobius vermiularis, A. lumbricoides. Parasito monogenético: é o que não apresenta alternância de gerações, isto é, possui um só tipo de reprodução - sexuada. Ex.: E.histolytica, A.duodenale. Parasito obrigatório: é aquele incapaz de viver fora do hospedeiro. Ex.: T.gondii, Plassmodium. Parasito oportunista: é aquele que usualmente vive no paciente sem provocar nenhum dano (infecção inaparente), mas em determinados momentos se aproveita da baixa resistência do paciente de desenvolve doenças graves. Parasito periódico: é o que freqüenta o hospedeiro intervaladamente. Ex.: mosquitos, barbeiros. Parasitóide: é a forma imatura (larva) de um inseto que ataca outros artrópodes maiores, quase sempre provocando a morte desses. Ex.: o micro-himenóptero Telenomous fariai atacando ovos de barbeiros.

14 Partenogênese: desenvolvimento de um ovo sem a participação de um espermatozóide. 14 Patogenia ou patogênese: é o mecanismo com o agente etiológico que provoca lesões no hospedeiro. Patogenicidade: é a maior ou menor habilidade de um agente etiológico provocar lesões. Patognomônico: sinal ou sintoma característico de determinada doença. Ex.: sinal de Romaña é típico da doença de Chagas. Pedogênese: é a reprodução ou multiplicação de uma forma larvária. Ex.: formação de esporocistos secundários e rédias a partir do esporocisto primário. Período de incubação: é o período decorrente entre a penetração do agente etiológico e o aparecimento dos primeiros sintomas clínicos. Período pré-patente: é o período que decorre entre a penetração do agente etiológico e o aparecimento das primeiras formas detectáveis do agente etiológico. Poluição: é a presença de substâncias nocivas, especialmente químicas, mas não infectantes, contaminando o ambiente: ar, água, alimentos, etc. Portador: hospedeiro infectado que alberga o agente etiológico, sem manifestar sintomas, porém capaz de transmiti-lo a outrem; nesse caso é conhecido como portador assintomático ; quando ocorre doença e o portador pode contaminar outros hospedeiros, temos o portador em incubação, portador convalescente, portador crônico, etc. Premunição ou imunidade concomitante: é um tipo especial de estado imunitário ligado à necessidade da presença do agente etiológico, com a manutenção de taxas elevadas da resposta imune. Normalmente durante o estado da premunição há certa dificuldade do paciente em se reinfectar, havendo um equilíbrio ente o parasito e o hospedeiro. Ocorre na fase crônica de várias doenças.

15 15 Prevalência: termo geral utilizado para caracterizar o número total de casos de uma doença ou qualquer outra ocorrência numa população e tempo definidos (casos antigos somados aos casos novos). Ex.: no Brasil, (população estimada em 120 milhões de pessoas), a prevalência da esquistossomose foi de 8 milhões de pacientes em Profilaxia: é o conjunto de medidas que visa a prevenção, erradicação ou controle de uma doença ou de um fato prejudicial aos seres vivos; as medidas profiláticas sempre dependem dos fatores epidemiológicos. Reservatório: é qualquer local, vegetal, animal ou humano onde vive e multiplica-se um agente etiológico e do qual é capaz de atingir outros hospedeiros. Alguns autores dizem que o reservatório vivo perfeito (animal ou humano) é aquele que possui o agente etiológico, mas não padece com sua presença; prefiro usar o termo reservatório, independentemente de apresentar ou não os sintomas. Ex.: os humanos são os reservatórios do S. mansoni. Sinantropia: é a habilidade de certos animais silvestres (mamíferos, aves, insetos) de freqüentar habitações humanas; isto é, são capazes de circular entre os ambientes silvestres, rural e urbano, muitas vezes, veiculando patógenos. Vetor: é um artrópode, molusco ou veículo que transmite um parasito entre dois hospedeiros. Vetor biológico: quando o agente etiológico se multiplica ou se desenvolve no vetor. Vetor mecânico: quando o parasito não se multiplica ou se desenvolve no vetor, esse simplesmente serve de transporte ao parasito. Ex.: a T. penetrans veiculando esporos de fungos. Virulência: é a severidade e rapidez com que um agente etiológico provoca lesões no hospedeiro. Zoonoses: doenças que são naturalmente transmitidas entre humanos e animais vertebrados podendo dividir-se em:

16 1. Anfixenose: doença que circula indiferentemente entre humanos e animais, isto é, tanto os animais como os humanos funcionam como hospedeiros do agente Antropozoonose: doença primária de animais e que pode ser transmitida aos humanos. Ex.: brucelose, onde os humanos são infectados acidentalmente. 1. Zooantroponose: doença primária de humanos e que pode ser transmitida aos animais. Ex.: no Brasil a esquistossomose mansoni tem os humanos como principais hospedeiros e alguns animais se infectam a partir de nós. Zoofílico: artrópode que prefere se alimentar sobre animais Conheça ainda tópicos selecionados de Linguagem Médica e História da Medicina de autoria de Joffre Marcondes Rezende.

2015.1 NOÇÕES DE PARASITOLOGIA. Profº Marília Varela

2015.1 NOÇÕES DE PARASITOLOGIA. Profº Marília Varela 2015.1 NOÇÕES DE PARASITOLOGIA Profº Marília Varela Parasitismo é uma relação interespecífica (que ocorre entre espécies diferentes), onde apenas uma espécie é beneficiada (parasita), através do prejuízo

Leia mais

Contaminação: água e alimentos contaminados com fezes de pessoas portadoras do vírus.

Contaminação: água e alimentos contaminados com fezes de pessoas portadoras do vírus. SAÚDE AMBIENTAL DOENÇAS CAUSADAS PELA FALTA DE SANEAMENTO BÁSICO HEPATITE A Doença causada por vírus. Contaminação: água e alimentos contaminados com fezes de pessoas portadoras do vírus. Falta de higiene,

Leia mais

Disciplina: Doenças Infecciosas Curso: Medicina Veterinária Professor: M. A. Moura Data: 19/08/2009 Conceitos Gerais

Disciplina: Doenças Infecciosas Curso: Medicina Veterinária Professor: M. A. Moura Data: 19/08/2009 Conceitos Gerais Disciplina: Doenças Infecciosas Curso: Medicina Veterinária Professor: M. A. Moura Data: 19/08/2009 Conceitos Gerais PATOLOGIA Estudo científico da doença pathos = sofrimento logos = ciência Etiologia,

Leia mais

Aula 21 Protozoários parasitas

Aula 21 Protozoários parasitas Aula 21 Protozoários parasitas Os protozoários são seres unicelulares, eucariontes e podem ser parasitas ou de vida livre. As células dos protozoários executam todas as funções vitais que nos grupos animais

Leia mais

Introdução à Parasitologia

Introdução à Parasitologia Parasitologia Médica CBS06625 Carlos Eugênio Silva Aulas teóricas e práticas* Verificações Nota, conceito e aprovação Referências bibliográficas Representação Discente Todas as informações relativas à

Leia mais

PROVA FORMAÇÃO DE AGENTE DE COMBATE A ENDEMIAS Prefeitura Municipal de Ouro Preto 1- Assinale a alternativa que define o que é epidemiologia.

PROVA FORMAÇÃO DE AGENTE DE COMBATE A ENDEMIAS Prefeitura Municipal de Ouro Preto 1- Assinale a alternativa que define o que é epidemiologia. 1- Assinale a alternativa que define o que é epidemiologia. a) Estudo de saúde da população humana e o inter relacionamento com a saúde animal; b) Estudo de saúde em grupos de pacientes hospitalizados;

Leia mais

Parasitoses - Ve V rminoses Prof. Tiago

Parasitoses - Ve V rminoses Prof. Tiago Parasitoses - Verminoses Prof. Tiago INTRODUÇÃO PLATELMINTOS E NEMATÓDEOS: RESPONSÁVEIS POR ALGUMAS PARASITOSES CONHECIDAS COMO VERMINOSES. TENÍASE E ESQUISTOSSOMOSE SÃO CAUSADAS POR PLATELMINTOS; ASCARIDÍASE

Leia mais

Malária. esporozoita

Malária. esporozoita Malária esporozoita Francisco Bergson Pinheiro Moura Médico Veterinário e-mails: bergson.moura@saude.ce.gov.br bergson.moura.live.com Definição Doença infecciosa febril aguda, cujos agentes etiológicos

Leia mais

www.drapriscilaalves.com.br [VERMINOSES]

www.drapriscilaalves.com.br [VERMINOSES] [VERMINOSES] 2 Os cães e gatos podem albergar uma grande variedade de vermes (helmintos) que causam danos como perda de peso, crescimento tardio, predisposição a outras doenças, menor absorção e digestão

Leia mais

PROTOZOÁRIOS PARASITAS INTESTINAIS

PROTOZOÁRIOS PARASITAS INTESTINAIS COLÉGIO JOÃO PAULO I LABORATÓRIO DE BIOLOGIA - 2º ANO PROF. ANDRÉ FRANCO FRANCESCHINI PROTOZOÁRIOS PARASITAS INTESTINAIS AMEBÍASE Agente causador: Entamoeba histolytica. Diagnóstico: E. P. F. exame parasitológico

Leia mais

Nematóides mais comuns em Seres Humanos e Animais

Nematóides mais comuns em Seres Humanos e Animais Nematóides mais comuns em Seres Humanos e Animais 1- Ascaridíase gênero Ascaris 2- Ancilostomíase gênero Ancylostoma 3- Oxiuríase gênero Enterobius 4- Filaríase gênero Wuchereria Ascaris O gênero Ascaris

Leia mais

Características dos Nematoides

Características dos Nematoides Nematoides Características dos Nematoides Possuem o corpo cilíndrico e alongado, com pontas afiladas e musculatura desenvolvida. Apresentam tamanhos variados. Tubo digestório completo (boca e ânus). Podem

Leia mais

Nematódeos parasitas do ser humano. Prof.: Chico Pires

Nematódeos parasitas do ser humano. Prof.: Chico Pires Nematódeos parasitas do ser humano Prof.: Chico Pires Ascaris lumbricoides Ascaris lumbricoides (lombriga) Doença: Ascaridíase Modo de transmissão: Ingestão de alimentos e de água contaminados por ovos

Leia mais

Aula IV Protozoários Zoopatogênicos

Aula IV Protozoários Zoopatogênicos ZOOLOGIA E PARASITOLOGIA Aula IV Protozoários Zoopatogênicos Professora: Luciana Alves de Sousa Doenças causadas por Protozoários Doença de Chagas Leishmaniose Malária Giardíase Amebíase Toxoplasmose Doença

Leia mais

COLÉGIO JOÃO PAULO I LABORATÓRIO DE BIOLOGIA - 2º ANO PROF. ANDRÉ FRANCO FRANCESCHINI MALÁRIA

COLÉGIO JOÃO PAULO I LABORATÓRIO DE BIOLOGIA - 2º ANO PROF. ANDRÉ FRANCO FRANCESCHINI MALÁRIA COLÉGIO JOÃO PAULO I LABORATÓRIO DE BIOLOGIA - 2º ANO PROF. ANDRÉ FRANCO FRANCESCHINI MALÁRIA AGENTE CAUSADOR: Plasmodium falciparum, P. vivax e P. malariae. protozoário esporozoário parasita da hemáceas.

Leia mais

PARASITISMO E SAÚDE HUMANA

PARASITISMO E SAÚDE HUMANA PARASITISMO E SAÚDE HUMANA Antes de começar O que é um parasita? O que é um hospedeiro? Qual a diferença entre um ciclo monoxeno e um heteroxeno? Qual a diferença entre endemia, epidemia e pandemia? Endemia

Leia mais

Primeiros animais/ primitivos; Seres aquáticos: mares, rios, tanques etc...

Primeiros animais/ primitivos; Seres aquáticos: mares, rios, tanques etc... Protozoários Primeiros animais/ primitivos; Seres aquáticos: mares, rios, tanques etc... Estrutura: Realizam as funções vitais: Locomoção e respiração; Obtenção de alimentos; Digestão; Excreção; Reprodução.

Leia mais

Nomes: Melissa nº 12 Naraiane nº 13 Priscila nº 16 Vanessa nº 20 Turma 202

Nomes: Melissa nº 12 Naraiane nº 13 Priscila nº 16 Vanessa nº 20 Turma 202 Nomes: Melissa nº 12 Naraiane nº 13 Priscila nº 16 Vanessa nº 20 Turma 202 A doença de chagas é assim denominada em homenagem ao seu descobridor, o médico brasileiro Dr. Carlos Justiniano Ribeiro das Chagas.

Leia mais

OBJETIVOS DA PARASITOLOGIA

OBJETIVOS DA PARASITOLOGIA OBJETIVOS DA PARASITOLOGIA ESTUDAR A MORFOLOGIA E A BIOLOGIA DOS PARASITOS COMO FUNDAMENTO PARA CONHECER PATOGENIA, DIAGNÓSTICO, TRATAMENTO E CONTROLE (PROFILAXIA) DAS DOENÇAS CAUSADAS POR ELES Profa.

Leia mais

INDICAÇÕES BIOEASY. Segue em anexo algumas indicações e dicas quanto à utilização dos Kits de Diagnóstico Rápido Bioeasy Linha Veterinária

INDICAÇÕES BIOEASY. Segue em anexo algumas indicações e dicas quanto à utilização dos Kits de Diagnóstico Rápido Bioeasy Linha Veterinária INDICAÇÕES BIOEASY Segue em anexo algumas indicações e dicas quanto à utilização dos Kits de Diagnóstico Rápido Bioeasy Linha Veterinária 1- ANIGEN RAPID CPV AG TEST BIOEASY PARVOVIROSE Vendas de Filhotes:

Leia mais

FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS CURSO: NUTRIÇÃO

FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS CURSO: NUTRIÇÃO FACULDADE DE TECNOLOGIA E CIÊNCIAS CURSO: NUTRIÇÃO Taenia sp Profª Cyntia Cajado Taxonomia Filo: Platyhelminthes Classe: Cestoda Família: Taenidae Hermafroditas Corpo achatado dorsoventralmente Gênero:

Leia mais

Informação pode ser o melhor remédio. Hepatite

Informação pode ser o melhor remédio. Hepatite Informação pode ser o melhor remédio. Hepatite HEPATITE A hepatite é uma inflamação do fígado provocada na maioria das vezes por um vírus. Diferentes tipos de vírus podem provocar hepatite aguda, que se

Leia mais

Amebíase ou Disenteria Amebiana

Amebíase ou Disenteria Amebiana Amebíase ou Disenteria Amebiana Agente causador: Entamoeba histolytica, que vive no interior do intestino grosso, fagocitando partículas de alimento digerido e também atacando a própria mucosa intestinal.

Leia mais

Jornal de Piracicaba, Piracicaba/SP, em 4 de Junho de 1993, página 22. Animais de companhia: O verme do coração do cão

Jornal de Piracicaba, Piracicaba/SP, em 4 de Junho de 1993, página 22. Animais de companhia: O verme do coração do cão Jornal de Piracicaba, Piracicaba/SP, em 4 de Junho de 1993, página 22 Animais de companhia: O verme do coração do cão Quando se fala em vermes, as primeiras imagens que vêm à mente das pessoas são: "lombrigas"

Leia mais

PARASITAse alimenta dos tecidos ou fluídos de outro, no caso, o HOSPEDEIRO. Ectoparasitas superfície externa do hospedeiro. Endoparasitas dentro do

PARASITAse alimenta dos tecidos ou fluídos de outro, no caso, o HOSPEDEIRO. Ectoparasitas superfície externa do hospedeiro. Endoparasitas dentro do BA. 07 -Parasitismo: aspectos gerais e protozooses Apostila 1 Página 39 Generalidades PARASITAse alimenta dos tecidos ou fluídos de outro, no caso, o HOSPEDEIRO. Ectoparasitas superfície externa do hospedeiro.

Leia mais

Doença de Chagas. 4) Número de Aulas: as atividades serão desenvolvidas em três etapas, divididas em aulas a critério do professor.

Doença de Chagas. 4) Número de Aulas: as atividades serão desenvolvidas em três etapas, divididas em aulas a critério do professor. Doença de Chagas Introdução Em 1909 o pesquisador do Instituto Osvaldo Cruz, Carlos Chagas, descobriu uma doença infecciosa no interior de Minas Gerais. Segundo seus estudos, era causada pelo protozoário

Leia mais

APRENDER A APRENDER CONTEÚDO E HABILIDADES APRENDER A APRENDER DINÂMICA LOCAL INTERATIVA CIÊNCIAS. Aula: 17.2 Conteúdo: Doenças relacionadas à água II

APRENDER A APRENDER CONTEÚDO E HABILIDADES APRENDER A APRENDER DINÂMICA LOCAL INTERATIVA CIÊNCIAS. Aula: 17.2 Conteúdo: Doenças relacionadas à água II A A Aula: 17.2 Conteúdo: Doenças relacionadas à água II 2 A A Habilidades: Conhecer algumas medidas para prevenir as doenças veiculadas pela água. 3 A A Dengue A dengue é uma doença febril aguda causada

Leia mais

DEFINIÇÕES AGENTE ETIOLÓGICO: HÁBITAT: INFECÇÃO: INFESTAÇÃO:

DEFINIÇÕES AGENTE ETIOLÓGICO: HÁBITAT: INFECÇÃO: INFESTAÇÃO: AGENTE ETIOLÓGICO: o responsável por causar uma certa doença (agente infeccioso). HÁBITAT: local em que o parasita vive e pode ser encontrado. INFECÇÃO: instalação e reprodução de um parasita dentro de

Leia mais

Multicausalidade das doenças Conceitos básicos

Multicausalidade das doenças Conceitos básicos Biologia 1ª série Multicausalidade das doenças Conceitos básicos Profª Reisila Mendes Saúde é o estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas a ausência de doença. Homeostase Equilíbrio

Leia mais

Prof. João Carlos. aula 3. botânica e parasitoses

Prof. João Carlos. aula 3. botânica e parasitoses Prof. João Carlos aula 3 botânica e parasitoses Briófitas : musgos Os musgos (verdes) produzem gametas, seus filhos produzem esporos Esporos gametas Pteridófitas: samambaias Ciclo das samambaias O gameta

Leia mais

Representantes: algas e protozoários.

Representantes: algas e protozoários. Representantes: algas e protozoários. Euglena sp (alga) Giardia sp (protozoário) Volvox sp (alga) Do grego protos, primitivo, e zoon, animal. Grupo de organismos unicelulares heterotróficos e eucariontes

Leia mais

Porto Alegre, 19 de agosto de 2015

Porto Alegre, 19 de agosto de 2015 Biologia e ecologia do mosquito vetor da dengue Porto Alegre, 19 de agosto de 2015 Biologia do vetor Aedes aegypti macho Aedes aegypti Aedes albopictus Mosquitos do gênero Aedes. Característica Aedes aegypti

Leia mais

VAMOS FALAR SOBRE. AIDS + DSTs

VAMOS FALAR SOBRE. AIDS + DSTs VAMOS FALAR SOBRE AIDS + DSTs AIDS A AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adquirida) atinge indiscriminadamente homens e mulheres e tem assumido proporções assustadoras desde a notificação dos primeiros

Leia mais

Perguntas e respostas sobre imunodeficiências primárias

Perguntas e respostas sobre imunodeficiências primárias Perguntas e respostas sobre imunodeficiências primárias Texto elaborado pelos Drs Pérsio Roxo Júnior e Tatiana Lawrence 1. O que é imunodeficiência? 2. Estas alterações do sistema imunológico são hereditárias?

Leia mais

Os Invertebrados. Prof. Luis Bruno

Os Invertebrados. Prof. Luis Bruno Os Invertebrados Prof. Luis Bruno Os Poríferos Animais simples que habitam o planeta; Não apresentam órgãos; Sésseis; Maioria de ambiente marinho, mas existem poucas espécies de água doce; São animais

Leia mais

Boletim Epidemiológico UHE Santo Antônio do Jari

Boletim Epidemiológico UHE Santo Antônio do Jari Editorial Índice - Editorial - Doença Leishmaniose - Gráfico de Notificações - Doença Malária Este é o segundo número do ano de, com veiculação semestral, referente aos meses de janeiro a junho, contendo

Leia mais

UFPI - CT - DRHGA SANEAMENTO SANEAMENTO SAÚDE PÚBLICA SANEAMENTO SAÚDE PÚBLICA. Definição

UFPI - CT - DRHGA SANEAMENTO SANEAMENTO SAÚDE PÚBLICA SANEAMENTO SAÚDE PÚBLICA. Definição UFPI CT DRHGA DISCIPLINA: Saneamento II Carga horária: horas 6 créditos Horário: Seguas, quartas e sextas 6: 8: horas Local: Sala 55 Professores: Carlos Ernao da Silva email: carlosernao@gmail.com 88 Página:

Leia mais

Biologia Professor Vianna 2ª série / 1º trimestre

Biologia Professor Vianna 2ª série / 1º trimestre Biologia Professor Vianna 2ª série / 1º trimestre Módulo 3 PLATELMINTOS E NEMATELMINTOS 1 Ao abrir o envelope com o resultado de seu exame parasitológico de fezes, Jequinha leu Positivo para ovos de Ascaris

Leia mais

Projeto de Monitoria: Estudo microscópico de protozoários, helmintos e artrópodes. Aula Prática III: Protozoários Filo Apicomplexa.

Projeto de Monitoria: Estudo microscópico de protozoários, helmintos e artrópodes. Aula Prática III: Protozoários Filo Apicomplexa. UFF Universidade Federal Fluminense. PUNF - Polo Universitário de Nova Friburgo. Curso de Biomedicina. Disciplina: Parasitologia Humana. Professora: Aline CasecaVolotão. Monitora: LorraineHerdyHeggendornn.

Leia mais

DICAS DE SAÚDE Proteja sua família

DICAS DE SAÚDE Proteja sua família DICAS DE SAÚDE Proteja sua família Elaborado: Apoio: Saúde e o Sistema Imunológico Saber como o organismo combate os agressores e se protege, assim como conhecer os fatores que o levam a um funcionamento

Leia mais

Câncer de Próstata. Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho

Câncer de Próstata. Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho Câncer de Próstata Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho O que é próstata? A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. Ela é um órgão muito pequeno, tem

Leia mais

Arthropod-borne vírus Mosquitos e carrapatos Diferentes famílias de vírus. Togaviridae Bunyaviridae Flaviviridae. Arboviroses

Arthropod-borne vírus Mosquitos e carrapatos Diferentes famílias de vírus. Togaviridae Bunyaviridae Flaviviridae. Arboviroses Arthropod-borne vírus Mosquitos e carrapatos Diferentes famílias de vírus Togaviridae Bunyaviridae Flaviviridae Arboviroses Flaviviridae Flavivirus - único gênero Diversas espécies: f.amarela, dengue vírus

Leia mais

25/03/2014. Vermes achatados dorsoventralmente; Vida livre e parasitas; Triblásticos; Acelomados; Protostômios; Simetria bilateral;

25/03/2014. Vermes achatados dorsoventralmente; Vida livre e parasitas; Triblásticos; Acelomados; Protostômios; Simetria bilateral; FILO PLATYHELMINTES FILO NEMATODA(NEMATELMINTOS) Vermes achatados dorsoventralmente; Vida livre e parasitas; Triblásticos; Acelomados; Protostômios; Simetria bilateral; Revestimento Vida livre : muco e

Leia mais

LEPTOSPIROSE X ENCHENTES

LEPTOSPIROSE X ENCHENTES LEPTOSPIROSE X ENCHENTES Durante os temporais e inundações, a bactéria leptospira, presente na urina do rato, se espalha nas águas, invade as casas e pode contaminar, através da pele, os que entram em

Leia mais

[PARVOVIROSE CANINA]

[PARVOVIROSE CANINA] [PARVOVIROSE CANINA] 2 Parvovirose Canina A Parvovirose é uma doença infecto-contagiosa causada por um vírus da família Parvoviridae. Acomete mais comumente animais jovens, geralmente com menos de 1 ano

Leia mais

Boletim Epidemiológico

Boletim Epidemiológico Secretaria Municipal de Saúde de Janaúba - MG Edição Julho/ 2015 Volume 04 Sistema Único de Saúde TUBERCULOSE VIGILÂNCIA Notifica-se, apenas o caso confirmado de tuberculose (critério clinico-epidemiológico

Leia mais

Difilobotríase: alerta e recomendações

Difilobotríase: alerta e recomendações MINISTÉRIO DA SAÚDE SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE Difilobotríase: alerta e recomendações Desde março de 2005, a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS) tem sido notificada da

Leia mais

Características Gerais

Características Gerais Características Gerais São vermes achatados; Ausência de sistema respiratório/circulatório Outros sistemas muito simples; Apresentam simetria bilateral; São parasitas; Características Gerais Platelminto

Leia mais

Papilomavírus Humano HPV

Papilomavírus Humano HPV Papilomavírus Humano HPV -BIOLOGIA- Alunos: André Aroeira, Antonio Lopes, Carlos Eduardo Rozário, João Marcos Fagundes, João Paulo Sobral e Hélio Gastão Prof.: Fragoso 1º Ano E.M. T. 13 Agente Causador

Leia mais

protozoonoses AMEBÍASE MALÁRIA DOENÇA DE CHAGAS Saúde, higiene & saneamento básico 003 Doenças adquiridas transmissíveis Transmissão & profilaxia

protozoonoses AMEBÍASE MALÁRIA DOENÇA DE CHAGAS Saúde, higiene & saneamento básico 003 Doenças adquiridas transmissíveis Transmissão & profilaxia protozoonoses Saúde, higiene & saneamento básico 003 Doenças adquiridas transmissíveis Transmissão & profilaxia AMEBÍASE MALÁRIA DOENÇA DE CHAGAS Infecção caracterizada por manifestações clínicas intestinais

Leia mais

Platelmintos e Nematelmintos

Platelmintos e Nematelmintos Platelmintos e Nematelmintos Verminoses Características PLATELMINTOS:VERMES ACHATADOS Platelmintos: PLATELMINTOS:ESQUISTOSSOMOSE LARVA CERCÁRIA CARAMUJO Biomphalaria FEZES COM OVOS LARVA MIRACÍDIO PLATELMINTOS:ESQUISTOSSOMOSE

Leia mais

Biologia. Setor 1423 Móds. 03 a 06. Prof. Rafa

Biologia. Setor 1423 Móds. 03 a 06. Prof. Rafa Biologia Setor 1423 Móds. 03 a 06 Prof. Rafa PROTISTAS PROTISTAS ALGAS FOTOSSINTETIZANTES PROTOZOÁRIOS PARASITAS Protozoários (Reino Protista) Características: Estrutura Formas de vida Eucariontes Unicelulares

Leia mais

Sistema Nacional de Vigilância Ambiental em Saúde. Ministério da Saúde Fundação Nacional de Saúde

Sistema Nacional de Vigilância Ambiental em Saúde. Ministério da Saúde Fundação Nacional de Saúde Sistema Nacional de Vigilância Ambiental em Saúde Ministério da Saúde Fundação Nacional de Saúde 1 FLUXO DA VIGILÂNCIA SISTEMAS SETORIAIS RELACIONADOS COM SAÚDE E AMBIENTE (Saúde, Educação, Des. Urbano,

Leia mais

EPIDEMIOLOGIA. CONCEITOS EPIDÊMICOS Professor Esp. André Luís Souza Stella

EPIDEMIOLOGIA. CONCEITOS EPIDÊMICOS Professor Esp. André Luís Souza Stella EPIDEMIOLOGIA CONCEITOS EPIDÊMICOS Professor Esp. André Luís Souza Stella CONCEITOS EPIDÊMICOS - ENDEMIA ENDEMIA: É uma doença localizada em um espaço limitado denominado faixa endêmica. Isso quer dizer

Leia mais

ECOLOGIA GERAL ECOLOGIA DE POPULAÇÕES (DINÂMICA POPULACIONAL E DISPERSÃO)

ECOLOGIA GERAL ECOLOGIA DE POPULAÇÕES (DINÂMICA POPULACIONAL E DISPERSÃO) Aula de hoje: ECOLOGIA GERAL ECOLOGIA DE POPULAÇÕES (DINÂMICA POPULACIONAL E DISPERSÃO) Aula 07 Antes de iniciarmos os estudos sobre populações e seus componentes precisamos conhecer e conceituar as estruturas

Leia mais

Atividade 3 os anos Marcos/Juliano ago/09

Atividade 3 os anos Marcos/Juliano ago/09 Biologia Atividade 3 os anos Marcos/Juliano ago/09 Nome: Nº: Turma: Caríssimas e caríssimos! Dando continuidade ao nosso trabalho, mantida a distância corporal entre nós (prevenção), mas preservada a lembrança

Leia mais

HIV. O vírus da imunodeficiência humana HIV-1 e HIV-2 são membros da família Retroviridae, na subfamília Lentividae.

HIV. O vírus da imunodeficiência humana HIV-1 e HIV-2 são membros da família Retroviridae, na subfamília Lentividae. A Equipe Multiprofissional de Saúde Ocupacional da UDESC lembra: Dia 01 de dezembro é dia mundial de prevenção à Aids! Este material foi desenvolvido por alunos do Departamento de Enfermagem da Universidade

Leia mais

REQUISITOS: BEG5101 - Fundamentos da Biologia Celular. IDENTIFICAÇÃO DA OFERTA: Disciplina é oferecida somente para o curso de Nutrição

REQUISITOS: BEG5101 - Fundamentos da Biologia Celular. IDENTIFICAÇÃO DA OFERTA: Disciplina é oferecida somente para o curso de Nutrição UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CAMPUS UNIVERSITÁRIO - TRINDADE - CAIXA POSTAL 476 CEP 88.040-970 - FLORIANÓPOLIS - SANTA CATARINA Telefone - (48) 37219353 Departamento de Microbiologia, Imunologia

Leia mais

Agente Infectante. Vetor / Transmissão. Doença. Sinais e Sintomas Hemorragias na pele, no nariz e em outros locais. Febre, fraqueza, dores musculares.

Agente Infectante. Vetor / Transmissão. Doença. Sinais e Sintomas Hemorragias na pele, no nariz e em outros locais. Febre, fraqueza, dores musculares. Dengue Dengue Agente Infectante Arbovirus Vetor / Transmissão Picada do mosquito Aedes Aegypti Sinais e Sintomas Hemorragias na pele, no nariz e em outros locais. Febre, fraqueza, dores musculares. Profilaxia

Leia mais

PROGRAMAÇÃO DAS AÇÕES DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE - 2008/2009

PROGRAMAÇÃO DAS AÇÕES DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE - 2008/2009 PROGRAMAÇÃO DAS AÇÕES DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE - 2008/2009 1.Notificação AÇÃO 1.1 Realizar notificação dos casos de sífilis em gestante 48.950 casos de sífilis em gestantes notificados. 1.2 Definir Unidades

Leia mais

FEBRE AMARELA: Informações Úteis

FEBRE AMARELA: Informações Úteis FEBRE AMARELA: Informações Úteis Quando aparecem os sintomas? Os sintomas da febre amarela, em geral, aparecem entre o terceiro e o sexto dia após a picada do mosquito. Quais os sintomas? Os sintomas são:

Leia mais

12/2/2009. São doenças e infecções naturalmente transmitidas entre animais vertebrados e os humanos. ZOONOSES *

12/2/2009. São doenças e infecções naturalmente transmitidas entre animais vertebrados e os humanos. ZOONOSES * ZOONOSES * São doenças e infecções naturalmente transmitidas entre animais vertebrados e os humanos. * Médico alemão Rudolf Wirchow(século XIX) Fco Eugênio D. de Alexandria Infectologista Zoon = animal

Leia mais

39 Por que ferver a água antes de beber?

39 Por que ferver a água antes de beber? A U A UL LA Por que ferver a água antes de beber? Todo ano seu Antônio viaja para o litoral com a família e enfrenta sempre os mesmos problemas: congestionamento na estrada, praias lotadas e sujas que,

Leia mais

BIOLOGIA - 3 o ANO MÓDULO 28 REINO PROTISTA

BIOLOGIA - 3 o ANO MÓDULO 28 REINO PROTISTA BIOLOGIA - 3 o ANO MÓDULO 28 REINO PROTISTA Corpúsculo basal Membrana ondulante Citoplasma núcleo flagelo Reprodução assexuada em flagelados Parasita Leishmania brasiliensis Transmissor homem Phlebotomus

Leia mais

Como controlar a mastite por Prototheca spp.?

Como controlar a mastite por Prototheca spp.? novembro 2013 QUALIDADE DO LEITE marcos veiga dos santos Professor Associado Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP www.marcosveiga.net O diagnóstico da mastite causada por Prototheca spp.

Leia mais

VIVER BEM OS RINS DO SEU FABRÍCIO AGENOR DOENÇAS RENAIS

VIVER BEM OS RINS DO SEU FABRÍCIO AGENOR DOENÇAS RENAIS VIVER BEM OS RINS DO SEU FABRÍCIO AGENOR DOENÇAS RENAIS Leia o código e assista a história de seu Fabrício Agenor. Este é o seu Fabrício Agenor. Ele sempre gostou de comidas pesadas e com muito tempero

Leia mais

Podem ser portadores e formar uma rede de transmissão. Não, porque contêm químicos e está clorada.

Podem ser portadores e formar uma rede de transmissão. Não, porque contêm químicos e está clorada. Influenza A H1N1 /GRIPE SUÍNA PERGUNTAS E RESPOSTAS: PERGUNTA 1. Quanto tempo o vírus da gripe suína permanece vivo numa maçaneta ou superfície lisa? 2. O álcool em gel é útil para limpar as mãos? 3. Qual

Leia mais

1º ANO MATRIZ CURRICULAR DE CIÊNCIAS NATURAIS. Eu um ser no ambiente

1º ANO MATRIZ CURRICULAR DE CIÊNCIAS NATURAIS. Eu um ser no ambiente 1º ANO MATRIZ CURRICULAR DE CIÊNCIAS NATURAIS Eu um ser no ambiente Higiene Corporal Os cinco sentidos Corpo humano Perceber a importância do cuidado com o corpo, da vacinação e da prevenção de acidentes.

Leia mais

ATCHIM!! Gripe Suína. Influenza A. Conheça essa doença que está assustando todo mundo...

ATCHIM!! Gripe Suína. Influenza A. Conheça essa doença que está assustando todo mundo... ATCHIM!! Gripe Suína Influenza A Conheça essa doença que está assustando todo mundo... Coordenadoria de Assistência Social da Universidade de São Paulo Divisão de Promoção Social Educação em Saúde São

Leia mais

Ecologia. 1) Níveis de organização da vida

Ecologia. 1) Níveis de organização da vida Introdução A ciência que estuda como os seres vivos se relacionam entre si e com o ambiente em que vivem e quais as conseqüências dessas relações é a Ecologia (oikos = casa e, por extensão, ambiente; logos

Leia mais

Hepatites Virais 27/07/2011

Hepatites Virais 27/07/2011 SOCIEDADE DIVINA PROVIDÊNCIA Hospital Nossa Senhora da Conceição Educação Semana Continuada de Luta Contra em CCIH as Hepatites Virais 27/07/2011 Enfº Rodrigo Cascaes Theodoro Enfº CCIH Rodrigo Cascaes

Leia mais

TEMA: VERMINOSES HUMANAS

TEMA: VERMINOSES HUMANAS TEMA: VERMINOSES HUMANAS COLEGIO ESTADUAL MARIO AUGUSTO TEIXIRA DE FREITAS NOME: DEISIANE FELZEMBOURGH N 10 2 ANO TURMA: F VESPERTINO PROFESSORA: CAROLINA INTRODUÇÃO Verminoses é um grupo de doenças causadas

Leia mais

Cólera e Escarlatina

Cólera e Escarlatina Cólera e Escarlatina Nome do Aluno Daiane, Lisandra e Sandra Número da Turma 316 Disciplina Higiene e Profilaxia Data 30 de Maio de 2005 Nome da Professora Simone Introdução O presente trabalho irá apresentar

Leia mais

Pareceres dos Consultores sobre o Estudo de Impacto Ambiental do Projeto para Aproveitamento Hidrelétrico de Santo Antônio e Jirau, Rio Madeira RO

Pareceres dos Consultores sobre o Estudo de Impacto Ambiental do Projeto para Aproveitamento Hidrelétrico de Santo Antônio e Jirau, Rio Madeira RO Pareceres dos Consultores sobre o Estudo de Impacto Ambiental do Projeto para Aproveitamento Hidrelétrico de Santo Antônio e Jirau, Rio Madeira RO Parecer Técnico sobre Entomologia Consultor: Prof. Dr.

Leia mais

Vacinação em massa contra febre amarela na África 4.

Vacinação em massa contra febre amarela na África 4. Publicação Científica do Curso de Bacharelado em Enfermagem do CEUT. Ano 2010 (1). Edição 17 Shirley da Luz Gomes 1 Rômulo Luis de Oliveira Bandeira 2 Selonia Patrícia Oliveira Sousa 3 Otacílio Batista

Leia mais

-Os Papiloma Vírus Humanos (HPV) são vírus da família Papovaviridae.

-Os Papiloma Vírus Humanos (HPV) são vírus da família Papovaviridae. -Os Papiloma Vírus Humanos (HPV) são vírus da família Papovaviridae. -Chamado de HPV, aparece na forma de doenças como condiloma acuminado, verruga genital ou crista de galo. -Há mais de 200 subtipos do

Leia mais

ENCICLOPÉDIA DE PRAGAS

ENCICLOPÉDIA DE PRAGAS - Folha 1 Barbeiro - Triatoma infestans O nome cientifico do inseto barbeiro é Triatoma infestans, mas no Brasil sao conhecidas mais de 30 especies que transmitem a doença de Chagas. O genero como o proprio

Leia mais

Curso Técnico Segurança do Trabalho. Identificação e Análise de Riscos MÄdulo 1 NoÇÉes de Higiene Ocupacional

Curso Técnico Segurança do Trabalho. Identificação e Análise de Riscos MÄdulo 1 NoÇÉes de Higiene Ocupacional Curso Técnico Segurança do Trabalho Identificação e Análise de Riscos MÄdulo 1 NoÇÉes de Higiene Ocupacional Noções de Higiene do Ocupacional Higiene Ocupacional é um conjunto de medidas preventivas multidisciplinares

Leia mais

Estado do Rio Grande do Sul Secretaria de Estado da Saúde. DOENÇA PELO VÍRUS EBOLA (DVE) Marilina Bercini 23/10/14

Estado do Rio Grande do Sul Secretaria de Estado da Saúde. DOENÇA PELO VÍRUS EBOLA (DVE) Marilina Bercini 23/10/14 Estado do Rio Grande do Sul Secretaria de Estado da Saúde DOENÇA PELO VÍRUS EBOLA (DVE) Marilina Bercini 23/10/14 DVE - Histórico Vírus Ebola foi identificado em 1976 em 2 surtos: no Zaire (atual República

Leia mais

Informe Epidemiológico CHIKUNGUNYA N O 03 Atualizado em 24-11-2014, às 11h.

Informe Epidemiológico CHIKUNGUNYA N O 03 Atualizado em 24-11-2014, às 11h. Informe Epidemiológico CHIKUNGUNYA N O 03 Atualizado em 24-11-2014, às 11h. Vigilância Epidemiológica de Febre Chikungunya No Brasil, a febre chikungunya é uma doença de notificação compulsória e imediata,

Leia mais

Reino Animalia 0 (Metazoa) Filo Nematoda. Natália A. Paludetto nataliaapaludetto@gmail.com http://proenem.sites.ufms.br/

Reino Animalia 0 (Metazoa) Filo Nematoda. Natália A. Paludetto nataliaapaludetto@gmail.com http://proenem.sites.ufms.br/ Reino Animalia 0 (Metazoa) Filo Nematoda Natália A. Paludetto nataliaapaludetto@gmail.com http://proenem.sites.ufms.br/ Reino Animalia Filos: 1) Porifera; 2) Cnidaria; 3) Platyhelminthes; 4) Nematoda;

Leia mais

Ecologia da Febre Maculosa

Ecologia da Febre Maculosa Ecologia da Febre Maculosa Depois dos mosquitos, carrapatos hematófagos estão em segundo lugar como fonte de trasmissão de patógenos aos seres humanos, mas estão em primeiro lugar como fonte de transmissão

Leia mais

GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM EXAMES LABORATORIAIS

GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM EXAMES LABORATORIAIS GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM EXAMES LABORATORIAIS PARASITOLOGIA HUMANA O que é parasitologia? É a ciência que estuda os parasitas, os seus hospedeiros e relações entre eles. Parasitas são seres vivos que retiram

Leia mais

Doença de Chagas ou Tripanossomíase Americana

Doença de Chagas ou Tripanossomíase Americana ou Tripanossomíase Americana Distribuição geográfica: América latina, afetando 12-14 milhões de pessoas. Agente Etiológico: Trypanosoma cruzi Ordem: Kinetoplastida Família: Trypanosomatidae Gênero: Trypanosoma

Leia mais

CARTILHA BEM-ESTAR PATROCÍNIO EXECUÇÃO

CARTILHA BEM-ESTAR PATROCÍNIO EXECUÇÃO CARTILHA BEM-ESTAR PATROCÍNIO EXECUÇÃO Cartilha Informativa Alimentação saudável e atividade física: as bases essenciais para a construção de um organismo saudável Alimentos saudáveis associados à atividade

Leia mais

Ecologia Conceitos Básicos e Relações Ecológicas

Ecologia Conceitos Básicos e Relações Ecológicas Ecologia Conceitos Básicos e Relações Ecológicas MOUZER COSTA O que é Ecologia? É a parte da Biologia que estuda as relações dos seres vivos entre si e com o ambiente. Conceitos Básicos Espécie População

Leia mais

FORTALECENDO SABERES DINÂMICA LOCAL INTERATIVA CONTEÚDO E HABILIDADES CIÊNCIAS DESAFIO DO DIA. Aula: 17.1 Conteúdo: Doenças relacionadas à água I

FORTALECENDO SABERES DINÂMICA LOCAL INTERATIVA CONTEÚDO E HABILIDADES CIÊNCIAS DESAFIO DO DIA. Aula: 17.1 Conteúdo: Doenças relacionadas à água I CONTEÚDO E HABILIDADES FORTALECENDO SABERES DESAFIO DO DIA Aula: 17.1 Conteúdo: Doenças relacionadas à água I 2 CONTEÚDO E HABILIDADES FORTALECENDO SABERES DESAFIO DO DIA Habilidades: Identificar algumas

Leia mais

EXERCÍCIO E DIABETES

EXERCÍCIO E DIABETES EXERCÍCIO E DIABETES Todos os dias ouvimos falar dos benefícios que os exercícios físicos proporcionam, de um modo geral, à nossa saúde. Pois bem, aproveitando a oportunidade, hoje falaremos sobre a Diabetes,

Leia mais

Acadêmicos AEMS/ Biomedicina; 2 Docente das Faculdades Integradas de Três Lagoas AEMS

Acadêmicos AEMS/ Biomedicina; 2 Docente das Faculdades Integradas de Três Lagoas AEMS EOSINOFILIA RELACIONADA COM A ENTAMOEBA COLI Dayane Santos de Oliveira. 1 ; Flavia Alves da Conceição¹ Henrique de Oliveira Medeiros¹ Eliana Alvarenga de Brito 2 1; Acadêmicos AEMS/ Biomedicina; 2 Docente

Leia mais

VACINE-SE A PARTIR DE 1 DE OUTUBRO CONSULTE O SEU MÉDICO

VACINE-SE A PARTIR DE 1 DE OUTUBRO CONSULTE O SEU MÉDICO VACINE-SE A PARTIR DE 1 DE OUTUBRO CONSULTE O SEU MÉDICO Perguntas frequentes sobre a gripe sazonal O que é a gripe? É uma doença infecciosa aguda das vias respiratórias, causada pelo vírus da gripe. Em

Leia mais

DOENÇAS DE VEICULAÇÃO HÍDRICA E ALIMENTAR RESPONSÁVEIS: Jaqueline Ourique L. A. Picoli Simone Dias Rodrigues Solange Aparecida C.

DOENÇAS DE VEICULAÇÃO HÍDRICA E ALIMENTAR RESPONSÁVEIS: Jaqueline Ourique L. A. Picoli Simone Dias Rodrigues Solange Aparecida C. ESQUISTOSSOMOSE CID 10: B 65 a B 65.9 DOENÇAS DE VEICULAÇÃO HÍDRICA E ALIMENTAR RESPONSÁVEIS: Jaqueline Ourique L. A. Picoli Simone Dias Rodrigues Solange Aparecida C. Marcon CARACTERÍSTICAS GERAIS DESCRIÇÃO

Leia mais

Reino Protista (aula II) Natália A. Paludetto nataliaapaludetto@gmail.com

Reino Protista (aula II) Natália A. Paludetto nataliaapaludetto@gmail.com Reino Protista (aula II) Natália A. Paludetto nataliaapaludetto@gmail.com Reino Protista Relembrando! Eucariontes Autótrofos ou heterótrofos; De vida livre, ou dentro de algum organismo, Parasita, mutualista

Leia mais