Suspeita de Condição Aguda, Insuficiência de Convergência, Adaptação de Lentes de Contacto Hidrófilas Tóricas

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1 UNIVERSIDADE DA BEIRA INTERIOR Ciências da Saúde Suspeita de Condição Aguda, Insuficiência de Convergência, Adaptação de Lentes de Contacto Hidrófilas Tóricas Rita Isabel Vieira do Vale Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em Optometria em Ciências da Visão (2º ciclo de estudos) Orientador: Dr. Luís Vieira Co-orientador: Prof. Doutor Pedro Monteiro Covilhã, Outubro de 2013

2 ii Suspeita de Condição Aguda, Insuficiência de Convergência,

3 Resumo Depois de realizado um estágio, é tempo de rever tudo o que este nos trouxe de novo e nos fez crescer como profissionais. Na Ocular Eye Care tivemos oportunidade de aprender com casos reais, três dos quais descrevo neste relatório. Suspeita de condição aguda, insuficiência de convergência e adaptação de lentes de contacto hidrófilas tóricas, são os temas escolhidos para figurar neste trabalho. A análise dos casos selecionados é dividida em introdução, apresentação do caso e respetivos dados recolhidos, diagnóstico, tratamento e discussão. Palavras-chave Condição aguda, insuficiência de convergência, lentes de contacto tóricas. iii

4 iv Suspeita de Condição Aguda, Insuficiência de Convergência,

5 Abstract After performing a traineeship, it s time to review what this brought us new, and made us grow as professionals. In Ocular Eye Care we had the opportunity to learn from real cases, three of them are described in this report. Suspected of acute condition, convergence insufficiency and toric contact lenses adaptation, are the topics chosen to appear in this work. The analysis of selected cases is made by introduction, case presentation and their data collected, diagnosis, treatment and discussion. Keywords Acute condition, convergence insufficiency, toric contact lenses. v

6 vi Suspeita de Condição Aguda, Insuficiência de Convergência,

7 Índice Lista de Figuras... ix Lista de Tabelas... xi Lista de Acrónimos... xiii Capítulo I... 1 Introdução... 1 Capítulo II... 3 Suspeita de Condição Aguda Introdução Apresentação do Caso Diagnóstico e Tratamento Discussão... 5 Capítulo III... 6 Insuficiência de Convergência Introdução Apresentação do Caso Diagnóstico Tratamento Discussão Capítulo IV Introdução Apresentação do Caso Diagnóstico e Tratamento Discussão Capítulo V Conclusão Bibliografia Anexos vii

8 viii Suspeita de Condição Aguda, Insuficiência de Convergência,

9 Lista de Figuras Imagem 1: Diferentes mapas topográficos da córnea do olho direito Imagem 2: Diferentes mapas topográficos da córnea do olho esquerdo ix

10 x Suspeita de Condição Aguda, Insuficiência de Convergência,

11 Lista de Tabelas Tabela 1: Resultados dos testes optométricos efetuados no caso de referenciação para Oftalmologia Tabela 2: Resultados dos testes optométricos efetuados no caso de Visão Binocular... 7 Tabela 3: Resultados dos testes optométricos efetuados no caso de Adaptação de LC tóricas 12 xi

12 xii Suspeita de Condição Aguda, Insuficiência de Convergência,

13 Lista de Acrónimos AC/A- Quantidade de vergência acomodativa que ocorre quando um sujeito realiza determinada quantidade de acomadação; AO Ambos os olhos; ARP Acomodação Relativa Positiva; AV Acuidade Visual; D- Dioptria, unidade de medida da potência de sistemas ópticos; Endo- Endoforia; Exo- Exoforia; LC- Lentes de contacto; MEM- Acrónimo para designar a retinoscopia MEM, que tem como principal objectivo avaliar a precisão da resposta acomodativa; mm unidade de medida; OD Olho direito; OE Olho esquerdo; Orto- Ortoforia; PPC- Ponto próximo de acomodação; VFP- Vergências fusionais positivas; xiii

14 xiv Suspeita de Condição Aguda, Insuficiência de Convergência,

15 Capítulo I Introdução Neste relatório iremos descrever e analisar três dos casos observados em optometria clínica na empresa Ocular Eye Care, onde se realizou o estágio curricular com 3 meses de duração, entre Julho e Outubro de O estágio foi orientado pelo Dr. Luís Vieira e co-orientado pelo Prof. Doutor Pedro Monteiro. Quanto ao teor dos casos apresentados neste relatório, foi-nos proposto incluir 3 casos distintos, onde o primeiro fosse sobre referenciação e reencaminhamento para oftalmologia, o segundo sobre visão binocular, e o terceiro sobre contatologia. O estágio consistiu em várias atividades envolvendo as diversas vertentes da Optometria, deste modo, foi-nos dada formação contínua pelos orientadores, de forma a consolidar os conhecimentos adquiridos na universidade e integrando-os na prática optométrica. Para além da formação teórica que nos foi dada continuamente ao longo dos 3 meses, também nos foi sempre concedida a oportunidade de assistirmos e colaborarmos nas consultas, de forma interativa. Estivemos em contacto com diversos aparelhos, tal como, topógrafo, campímetro, tonómetro, para além de todos os outros existentes habitualmente em gabinete. Utilizávamos de forma regular o topógrafo nas consultas. Surgiram vários casos de Queratocone, onde podemos verificar e concluir que este é um instrumento crucial para o seu diagnóstico. Interagimos também com todos os aparelhos envolvidos no processo de montagem de óculos, deste modo pudemos ter perceção da existência de vários parâmetros a ter em conta na escolha da melhor lente e armação para cada ametropia. Ao longo deste estágio deparamo-nos com diversos casos e situações, incluindo queratocone e baixa visão, que são para nós casos menos comuns. Relativamente aos casos de queratocone que se apresentaram em consulta ao longo do estágio, foi-nos mostrado todo o processo de diagnóstico e tratamento, geralmente utilizando 1

16 lentes de contacto Rose K através de várias tentativas de adaptação e posterior avaliação da AV. No que diz respeito aos casos de baixa visão, enfrentamos esta difícil realidade, na qual aprendemos a ter em conta as alternativas e materiais disponíveis tanto para a medição da AV e execução do exame, como as diversas soluções e suportes de ajuda visual disponíveis no mercado. Relativamente aos casos de reencaminhamento, quando constatamos que a resolução do caso não seria da competência da nossa área, elaboramos um pequeno relatório descritivo dos sintomas apresentados pelo paciente e da possível causa, o qual era posteriormente apresentado ao oftalmologista. Uma outra vertente interessante deste estágio foi o facto de podermos ser parte integrante no projeto de rastreios que decorreu em diversas fábricas durante este período. 2

17 Capítulo II Suspeita de Condição Aguda 2.1 Introdução O primeiro caso a que nos propomos apresentar é um caso de referenciação para Oftalmologia. A panóplia de testes a que o Optometrista tem acesso e está habilitado a executar nem sempre é suficiente para a determinação da resolução de todos os casos que se lhe apresentam. Muitas das vezes existe uma suspeita de patologia quando a acuidade visual do paciente não melhora com a refração ou quando no final do exame concluímos que as queixas do paciente não foram solucionadas. O optometrista dispõe de aparelhos e conhecimentos académicos sobre patologia ocular que o ajudam a conduzir o exame de forma a chegar a um diagnóstico, no entanto não tem legitimidade para tratar uma patologia, deste modo é necessário recolher o máximo de dados relevantes para introduzir no relatório que irá dirigir ao Oftalmologista. 2.2 Apresentação do Caso Paciente de 33 anos, apresenta queixas de olho esquerdo vermelho, ardor, sensação de corpo estranho e fotofobia. Ainda relativamente às queixas do paciente, refere dores de cabeça frontais há cerca de uma semana, visão turva e dor ocular no olho esquerdo. No que diz respeito à História Familiar, Historia Ocular e História de Saúde não há qualquer tipo de sintomatologia relevante e o paciente é saudável. Na observação externa do paciente verificamos que, para além da hiperémia conjuntival unilateral, este apresenta vesiculas na pálpebra superior com edema, tal como erupção cutânea na parte superior esquerda do rosto. 3

18 Atualizou a graduação em Junho, no entanto nos últimos dois dias não se sente bem com os óculos, os quais têm a seguinte prescrição: OD: x 45º OE: x170º Para iniciar a consulta, foi-lhe medida, antes de mais, a AV com compensação, a qual apresentou 1.0 no olho direito e 0.8 no olho esquerdo. Na Retinoscopia, obtivemos no OD e x 45º e x 180º no OE. O resultado do exame subjectivo no OD foi x 40º e no olho esquerdo x 175º. Foi-lhe medida a pressão intra-ocular, onde verificamos que apresentava 12,0 mmhg no olho direito e 10,0 mmhg no olho esquerdo. Seguidamente foram conferidas as pupilas e os reflexos pupilares, que se apresentavam sem qualquer tipo de anomalia. Na oftalmoscopia não foram observadas alterações no fundo ocular. A observação biomicroscópica com fluoresceína permitiu-nos verificar que o paciente possuía sinais de hiperémia radial centrípeta no olho esquerdo, sem complicações na córnea. A tabela abaixo resume os dados recolhidos na consulta anteriormente descrita: Tabela 1: Resultados dos testes optométricos efetuados no caso de referenciação para Oftalmologia. Rx habitual Retinoscopia Subjectivo PIO Reflexos pupilares Oftalmoscopia Biomicroscopia OD: X 45º AV: 1.0 OE: X 170º AV: 0.8 OD: x 45º OE: x 180º OD: x 40º AV: 1.0 OE: x 175º AV: 0.8 OD: 12,0 mmhg OE: 10,0 mmhg Sem alteração Sem alteração OD: Sem alteração OE: Hiperémia radial e Edema palpebral. Córnea sem alteração 4

19 2.3 Diagnóstico e Tratamento Suspeita de Condição Aguda, Insuficiência de Convergência, A pressão intra-ocular, as pupilas e reflexos pupilares e a oftalmoscopia encontram-se dentro da normalidade, no entanto existirá alguma causa para o despoletar do padrão de conjuntivite radial severa observada no biomicroscópio. O facto da acuidade visual do sujeito estar ligeiramente diminuída onde surge o olho vermelho e esta não melhorar após a refração, juntamente com o facto de só terem surgido queixas com os óculos nos últimos dois dias, mostra que existe patologia associada. Ao corarmos o olho em causa com fluoresceína e visualizarmos biomicroscopicamente, verificamos que o paciente apresentava o olho seco e pequenos derrames na conjuntiva para além do já referido padrão de conjuntivite em todos os quadrantes. Relativamente à córnea, o diagnóstico é positivo, pois não foram observadas queratites nem quaisquer tipos de lesões. Deste modo, e sendo que as queixas do paciente são bastante relevantes neste caso, restanos relatar ao oftalmologista os testes efetuados afim deste poder fazer um diagnostico mais preciso e aplicar o tratamento indicado o mais rapidamente possível. 2.4 Discussão Os resultados dos testes efetuados remetem-nos a uma situação de patologia ocular. O quadro apresentado leva-nos a suspeitar de uma condição aguda e urgente, pois apesar de numa primeira análise sugerir uma simples conjuntivite, não podemos desvalorizar as queixas de dor intensa e incómodo relatadas na anamnese. No relatório enviado para o oftalmologista foram descritos os dados dos testes optométricos obtidos e alertado para o facto de se tratar de uma condição aguda que merece cuidado urgente. Dentro das condições agudas que poderíamos ter com este quadro clinico, a mais provável seria Herpes Ocular, no entanto cabe ao oftalmologista concluir acerca do diagnóstico exato. Numa pesquisa posterior à consulta verifiquei que existem vários tipos de herpes ocular, e que o herpes zóster manifesta-se por meio de erupção cutânea no rosto e do lado do olho afetado, sendo que a principal característica deste tipo de herpes é a dor intensa que pode persistir durante meses. O herpes zóster apresenta sintomas semelhantes ao herpes tipo 1, mas é provocado pelo vírus da varicela (catapora). 5

20 Capítulo III Insuficiência de Convergência 3.1 Introdução A tarefa do optometrista nem sempre é linear e não se resume apenas à refração, por isso este deve extrair o máximo de informação possível na anamnese a fim de estruturar e dirigir a sua consulta. A anamnese é crucial nos casos onde surgem anomalias na visão binocular, e deste modo uma simples queixa de dor de cabeça deverá ser explorada. A parte da visão binocular é talvez das mais complexas e exaustivas na nossa profissão, pois devemos ter em conta não só as queixas relatadas na anamnese, mas também saber interligalas com os resultados de diversos testes refrativos, vergênciais e acomodativos, a fim de chegar a um diagnóstico e posterior sugestão de tratamento. A primeira fase do exame de visão binocular consiste na medição da magnitude e direção da foria de longe e de perto juntamente com o cálculo do coeficiente AC/A. A segunda fase é a avaliação das vergências fusionais através de medidas diretas e indiretas. Numa terceira fase é importante avaliar a amplitude de convergência através do Ponto Próximo de Convergência (PPC), pois deste modo despistamos uma das anomalias mais comuns da visão binocular, a insuficiência de convergência. A quarta fase é o estado sensorial, onde é avaliada a supressão e a estereopsia. 3.2 Apresentação do Caso Paciente de 30 anos, apresenta queixas de diplopia, visão desfocada, epífora e dores de cabeça nos trabalhos de perto, sendo que também refere visão desfocada ao longe. Refere que a última consulta foi há cerca de 2 anos, sem qualquer diagnóstico. O paciente é saudável e a Historia Familiar, Historia Ocular e Historia de Saúde não têm relevância. 6

21 Para iniciar a consulta, foi-lhe medida, antes de mais, a AV, a qual apresentou do OD e do OE. Relativamente ao Cover Teste, o paciente possui 2 Δ de Exoforia ao longe e 12 Δ de Exoforia ao perto. No teste do Ponto Próximo de Convergência (PPC) obtivemos com o estímulo acomodativo o resultado de 8 cm/10 cm. Foi efetuada a Retinoscopia ao sujeito, não obtendo qualquer erro refractivo no OD e -0.25D no OE. Estes valores foram posteriormente afinados com a refração subjetiva com a qual concluímos que o sujeito ficou emétropizado com -0.25D em ambos os olhos. A fim de averiguarmos se o paciente possui reservas suficientes para compensar a foria apresentada no Cover Teste, fomos quantificar a vergência fusional positiva (convergência) de perto, onde obtivemos 8/12/9. Seguidamente, e para podermos elaborar o cálculo do AC/A, foi necessário efetuar o Cover Teste de perto com a lente de -1.00D, onde obtivemos o valor de 9 Δ Exoforia. Relativamente ao MEM verificamos que o resultado foi 0.00D e no que respeita à Estereopsia obteve-se 40. A tabela abaixo resume os dados recolhidos na consulta anteriormente descrita: Tabela 2: Resultados dos testes optométricos efetuados no caso de Visão Binocular AV (sem compensação) Cover Teste PPC (estimulo acomodativo) Retinoscopia Refração Subjetiva Vergencia fusional positiva (perto) Cover teste (perto) com lente de -1.00D Retinoscopia MEM OD: OE: Longe: 2 Δ Exo Perto: 12 Δ Exo 8 cm/ 10 cm OD: 0.00 OE: -0,25 D OD: D OE: D 8/12/9 9 Δ Exo 0.00 D AV:1.0 AV:1.0 Estereopsia 40 DIP 60 mm 7

22 3.3 Diagnóstico A partir da Anamnese podemos suspeitar de um problema de perto, pois as queixas dirigem-se essencialmente para as tarefas de leitura. A Acuidade Visual encontra-se ligeiramente reduzida e ao efetuarmos o subjetivo verificamos que possui uma miopia baixa em AO. Houve um melhoramento da AV com a compensação relativa aos dados subjetivos. Em primeiro lugar é evidente a alta exoforia de perto (12 Exo), e deste modo é necessário averiguar se as vergências, neste caso a vergência fusional positiva (convergência) compensa a foria apresentada. Segundo o Critério de Sheard, para que o sujeito se sinta confortável é necessário que a vergência fusional compensadora apresentada seja o dobro da foria. O critério não é cumprido, logo é normal que existam queixas por parte do paciente. Relativamente à relação AC/A, esta pode ser obtida através do cálculo do AC/A calculado e do AC/A gradiente abaixo demonstrados. Cálculo do AC/A: AC/A calculado = DIP + DF (FP FL) = [(-12) - (-2)] = 2/1 AC/A gradiente = (FI FHP) / - L = [(-9) (-12)] / -(-1.00) = 3/1 O AC/A está baixo em relação aos valores esperados e a medida do PPC está acima da norma, o que sugere uma insuficiência de convergência. A retinoscopia de MEM exibiu um valor baixo e a estereopsia está dentro da normalidade. Refletindo sobre todos os dados do paciente, para além do alto grau de exoforia, AC/A baixo e típico PPC elevado, foi também confirmado o diagnóstico de Insuficiência de Convergência pelas medidas diretas e indiretas (retinoscopia MEM) da VFP. 8

23 Para além das queixas de perto apresentadas, o paciente também referia visão desfocada ao longe, o que poderá ser devido a um excesso acomodativo consequente do seu problema de convergência. A insuficiência de convergência faz com que o sistema visual não consiga focar o plano de leitura em visão próxima e necessite de reservas fusionais positivas para não ver em diplopia. Não tendo reservas suficientes, vai recorrer à convergência acomodativa para manter o alinhamento e a visão única. O uso excessivo da acomodação é confirmado com o baixo valor do MEM e poderá provocar um espasmo acomodativo quando o paciente passa para visão de longe. 3.4 Tratamento O primeiro tratamento a ter em consideração numa insuficiência de convergência é a correção óptica da ametropia do paciente, no entanto existem exceções e essa regra, como é o caso das miopias de baixo grau, nas quais não é recomendada a correção. O caso aqui apresentado possui como erro refrativo uma miopia de -0,25 e não efetuamos a correção do mesmo, pois este dever-se-á provavelmente ao excesso acomodativo consequente da insuficiência de convergência do sujeito. A insuficiência de convergência é a anomalia da visão binocular que possui melhor prognóstico com treino visual. Na maioria destes casos é o treino visual a opção mais efetiva de tratamento e a eleita como primeira escolha, sendo os prismas uma alternativa caso esta não funcione. No caso em questão optamos por efetuar um plano de tratamento distinto do comum, pois as queixas de diplopia relatadas pelo paciente obrigaram-nos a uma resolução rápida do problema. Assim sendo, o tratamento escolhido como principal foi a prescrição de prismas de base externa para solucionar os sintomas de imediato. Relativamente à potência do prisma a prescrever, utilizamos a seguinte fórmula: Prisma necessário = 2/3 da foria 1/3 da vergência fusional compensadora Deste modo é necessário prescrever um prisma de 6 Δ Base Interna para que obedeça ao Critério de Sheard. Não foi eliminada a hipótese de efetuar treino visual, pelo contrário, foi explicado ao paciente que o seu problema teria de ser posteriormente solucionado com treino de convergência. 9

24 3.5 Discussão É notória a insuficiência de convergência presente neste caso, tanto a nível de queixas relatadas na anamnese como nos típicos valores de perto alterados. A insuficiência de convergência é uma condição caracterizada por uma alta exoforia de perto, ortoforia ou exoforia baixa de longe, vergência fusional positiva diminuída e uma relação AC/A baixa. A característica principal desta anomalia é o ponto próximo de convergência alterado. Verificamos que todas estas condições figuram no caso exposto, concluindo facilmente acerca do diagnóstico. Concluímos também que esta anomalia de convergência poderá ter conduzido consequentemente a outros problemas, tais como excessivo uso de acomodação e espasmo acomodativo. Apesar de não termos dados da ARP que confirmem esta parte do diagnóstico, termos o MEM (Método de Estimativa Monocular) o qual mede o atraso acomodativo, e neste caso apresentase baixo, o que significa que está a acomodar em demasia. A inexistência de vergência fusional que compense a foria de perto faz com que seja arrastada acomodação para que o paciente foque no plano que pretende ler, deste modo há um sobreuso da acomodação. Por outro lado, devido ao sobreuso da acomodação, quando o paciente passa da visão de perto para a visão de longe, há uma incapacidade de relaxar a acomodação e consequente diminuição da AV de longe (espasmo acomodativo). 10

25 Capítulo IV Adaptação de Lentes de Contacto Hidrófilas Tóricas 4.1 Introdução As lentes de contacto são uma excelente alternativa e complemento aos óculos para o sujeito ametrope. Para além das questões do conforto e estética, a lente de contacto proporciona maior campo visual, o que facilita a vida quotidiana da atualidade. Nem todos os sujeitos ametropes são propícios à adaptação de lentes de contacto, pois esta depende de vários parâmetros que têm de ser avaliados antes e depois de ensaiarmos as mesmas. É importante que o optometrista faça um acompanhamento das adaptações realizadas, pois é na consulta de seguimento que avalia o estado da LC e o seu comportamento no olho, bem como a AV atingida com esta compensação. Um dos aparelhos bastante útil nas consultas de adaptação de LC é o topógrafo. Este permitenos fazer uma melhor escolha da primeira lente de ensaio pois dá informação da diferença de curvatura da córnea entre o centro e a periferia e permite-nos também ter uma noção da possível direção do descentramento da lente. 4.2 Apresentação do Caso Paciente de 27 anos, empregado de loja, não usa qualquer tipo de compensação. Aquando da consulta de medicina do trabalho foi-lhe sugerido exame à visão. Relativamente às queixas apresentadas, refere fotofobia e dores de cabeça temporais pouco frequentes. Refere ainda pior qualidade de visão do olho esquerdo, sendo que considera ter uma boa visão binocular. O paciente é saudável e a Historia Familiar, Historia Ocular e Historia de Saúde não têm relevância. 11

26 Foi-lhe medida a Acuidade Visual, a qual apresentou 0.8-1/5 no OD e /5 no OE. No Cover Teste, o paciente não possui qualquer tipo de desvio ao longe e manifesta 3 exoforia ao perto. O resultado da retinoscopia foi x 180º no olho direito e x 10º no olho esquerdo. A prescrição final obtida com o subjetivo foi: OD: x 180º e OE: x 180º, atingindo a AV de 1.25 e /5 respetivamente. Foi-lhe feita a topografia corneal a fim de obtermos mais dados sobre o astigmatismo, onde podemos verificar que o simk é de x 10º e x 173º. A retinoscopia de MEM deu no olho direito e no olho esquerdo. Ao examinarmos as pupilas verificamos que não existiam quaisquer tipos de anomalia, do mesmo modo que a biomicroscopia não apresentou anormalidades e padrão lipídico colorido. Tabela 3: Resultados dos testes optométricos efetuados no caso de Adaptação de LC tóricas AV (sem compensação) Cover Teste Retinoscopia Subjectivo Reflexos pupilares Retinoscopia MEM Biomicroscopia OD: 0.8-1/5 OE: /5 Longe: Orto Perto: 3 Exo OD: x 180º OE: x 10º OD: x 180º AV:1.25 OE: x 180º AV:1.25-2/5 Sem alteração OD: OE: Não apresenta alterações nas pálpebras, conjuntiva, esclera e córnea. Apresenta um menisco lacrimal suficiente e padrão lipídico colorido. SimK OD: x 10º OE: x 173º 12

27 4.3 Diagnóstico e Tratamento Suspeita de Condição Aguda, Insuficiência de Convergência, O paciente apresentava astigmatismo em ambos os olhos, o que foi comprovado nas topografias corneais efetuadas, que se encontram em anexo (Figura 1 para o olho direito e Figura 2 para o olho esquerdo). Estas estão divididas em 4 mapas distintos: mapa de potência axial, mapa de potência tangencial, mapa de elevação e mapa de potência refrativa. Através do mapa axial verifica-se uma tipologia em forma de laço, comprovando o astigmatismo corneal existente. Através do mapa de potência tangencial pudemos extrair o valor do Simk, o qual é x 10º no OD e x 173º no OE, podemos também verificar que estamos perante um astigmatismo direto (a favor da regra), pois o meridiano mais curvo é o vertical e o mais plano é o horizontal. Para além da compensação oftálmica obtida na refração, foram recomendadas ao paciente Lentes de Contacto tóricas para correção da sua ametropia, neste caso, do astigmatismo. Assim sendo, as lentes aconselhadas ao paciente foram: Olho Direito: Daillies Toric x 180º Olho Esquerdo: Daillies Toric x 180º Ensinou-se ao paciente todo os passos importantes no manuseamento das lentes de contacto. Verificamos que a AV do paciente com as lentes de contacto é de 1.0 no OD e 1.0-1/5 no OE. Ao fazermos a observação desta adaptação na lâmpada de fenda, verificamos que a lente do OD estava centrada, tinha movimento adequado e possuía instabilidade rotacional. Já na lente do OE verificamos que estava centrada, tinha movimento adequado e possuía rotação de 10º no sentido horário. Foi marcada com o paciente uma consulta de seguimento para três dias depois, onde medimos novamente a AV com a LC e avaliamos a adaptação no biomicroscópio. Na consulta de seguimento o paciente revela conforto e satisfação com as lentes de contacto. A Acuidade Visual manteve-se igual à anteriormente medida em ambos os olhos. No olho direito a lente manteve-se centrada, com movimento adequado e instabilidade rotacional, e teste de fluoresceína negativo. No olho esquerdo a lente permaneceu também centrada, com movimento adequado e com rotação de 10º no sentido horário. 13

28 Visto que a lente do olho esquerdo continua a apresentar uma rotação de 10º no sentido horário, seria ideal novo diagnóstico com lente de x 10º. No entanto as lentes de contacto daillies toric apenas apresentam 6 eixos standard: 20º, 70º, 90º, 110º, 160º e 180º. Assim sendo, e não havendo alternativa, fomos obrigados a manter o mesmo eixo (180º), o que não faz efectivamente uma grande diferença na AV do paciente. 4.4 Discussão O processo de adaptação de lentes de contacto nem sempre é simples. Temos de ter em atenção toda a avaliação que esta exige para chegarmos à lente de contacto mais próxima da ideal para o paciente em questão. Através do novo diagnóstico com a lente adaptada a 10º, atingimos o objetivo do paciente ver a linha de 1.0 em ambos os olhos. A adaptação revela-se satisfatória pois a lente encontra-se centrada, o movimento é adequado, a AV é máxima e o paciente sente conforto. A escolha da melhor lente de contacto em termos de regime de substituição prende-se com as necessidades diárias do sujeito e a utilidade que lhe pretende conceder. Se por um lado o objetivo do paciente é fazer um uso ocasional (desporto e laser, por exemplo), a lente diária será a mais indicada. Contrariamente, se o objetivo solicitado é um uso contínuo como complemento diário aos óculos, então é sugerível uma lente mensal. No caso em questão, o paciente para além da compensação refrativa questionou a hipótese de começar a ser usuário de lentes de contacto para situações ocasionais, principalmente para a prática de desporto. Deste modo, foram-lhe aconselhadas as lentes Daillies Toric, as quais possuem um diâmetro de 14.20mm e um raio de curvatura de 8.60mm. A presença de uma certa instabilidade rotacional da lente no OD poderá dever-se à alteração da camada lipídica da lágrima (padrão lipídico colorido) observada na primeira consulta. Este padrão sugere uma espessura da camada lipídica superior ao normal, o que provoca uma maior instabilidade do filme lacrimal. Assim sendo, de algum modo é previsível uma maior retenção de depósitos lipídicos na superfície da LC, sendo que a lente de substituição diária é a melhor opção pois não requer cuidados de manutenção. 14

29 Capítulo V Conclusão O estágio é sem dúvida alguma um marco importante na vida de um estudante ao proporcionar uma visão mais abrangente dos conhecimentos teóricos obtidos ao longo da vida académica. Foi com satisfação que fiz parte deste projeto de estágios e que pude percecionar ao redigir este relatório a aprendizagem por mim adquirida. Os casos aqui apresentados são apenas uma pequena amostra de todas as situações que nos poderão surgir na prática da nossa profissão. O optometrista tem de estar apto para encarar as diversas situações que lhe surgem no dia-adia e deste modo considero que o estágio foi enriquecedor tanto a nível pessoal como profissional, na medida em que me preparou para a vida profissional futura. Durante este processo foi notória a minha necessidade de uma maior autonomia na realização e estruturação do exame, a fim de chegar a um diagnóstico e tratamento adequado a cada caso. As ferramentas a que tive acesso, bem como toda a formação que me foi dada neste período garantiram-me a autonomia pretendida. 15

30 Bibliografia (1) Marsh RJ, Cooper M. Ophthalmic Herpes zoster. Eye 1993;7: (2) Scheiman M, wick B. Tratamiento Clínico de la Vision Binocular: Disfuncion heterofóricas, acomodativas y oculomotoras. 1st ed. Madrid: Ciagami. S.L.; (3) González-Méijome JM, editor. Contactologia. Copyright; p. 254 (4) Molina NP, Mora CF. Insuficiencia de convergência. Ciencia & Tecnología para la Salud Visual y Ocular. Vol. 8, No

31 Anexos Imagem 1: Diferentes mapas topográficos da córnea do olho direito 17

32 Imagem 2: Diferentes mapas topográficos da córnea do olho esquerdo 18

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