Participação Social no Processo de Alocação de Água, no Baixo Curso do Rio São Francisco

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1 Participação Social no Processo de Alocação de Água, no Baixo Curso do Rio São Francisco Equipe Técnica: Prof. Dr. Yvonilde Medeiros (Coordenadora - Doutora) Prof. Dra. Ilce Marília Pinto (Doutora - Engenheira Civil) Golde Maria Stifelman (Mestre em Sociologia) Alessandra da Silva Faria (Mestre em Engenheira Ambiental) Júlio Cesar Souza Pelli (Especialista em Tecnologia da Informação) Rafael Freire Rodrigues (aluno do Mestrado em Meio Ambiente, Água e Saneamento) Edilson Raimundo Silva (aluno do Mestrado em Engenharia Ambiental Urbana) Tatiana Costa (aluna do Mestrado em Engenharia Ambiental Urbana) Marilia Ximenes Boccacio (graduanda em Engenharia Civil) Emília Beatrice Gomes Silva (graduanda em Engenharia Ambiental)

2 I. INTRODUÇÃO Conflitos sociais pelo uso da água são comuns na Bacia do Rio São Francisco. A forma de como tratá-los é que tem sofrido uma profunda modificação nas duas últimas décadas. A representação de atores muitas vezes ocultos nestas disputas, aparecem com mais nitidez, assim como as suas demandas. A disputa pelo uso da água não aparece mais como um problema técnico, que pode ser resolvido com esforço intelectual de alguns especialistas. Além da presença de novos atores, através de arranjos institucionais (Lei Federal 9433/97), que lhes concede espaço para o compartilhamento da gestão das águas, se adiciona a isto, o meio ambiente, que se apresenta como mais um uso. É no cenário desta disputa entre os usos da água para a geração de energia, a agricultura, a pesca, o turismo, a navegação, a conservação do ecossistema aquático, entre outros, que o estabelecimento de um regime de vazão ambiental 1 se impõe como um processo de negociação entre atores sociais em conflito. Mas, como chegar ao regime de vazão ambiental? Quais os estudos especializados são necessários? Como deve ser o processo de negociação entre os atores envolvidos? Os valores de vazão aprovados durante as discussões ocorridas na fase de elaboração do Plano Decenal da Bacia Hidrográfica do rio São Francisco (CBHSF, 2004) foram aprovados em caráter provisório. Outra metodologia deve ser aplicada que englobe mais elementos, não considerados nessa fase. É neste contexto que a pesquisa se justifica, entendendo que o regime de vazão ambiental não se restringe apenas aos aspectos técnicos, ou a acordos entre setores do governo e dos usuários da água, mas na observação dessa realidade de uma perspectiva mais ampla, que se concretiza na inserção da esfera social as demais esferas tradicionalmente investigadas. II. OBJETIVO DA PESQUISA Nesta perspectiva a pesquisa Participação Social no Processo de Alocação de Água, no Baixo Curso do Rio São Francisco tem como objetivo geral: Promover a participação dos atores sociais no processo de 1 A adoção da terminologia de vazão ecológica por vazão ambiental foi uma decisão da rede por considerar que o termo ambiental explicita com mais clareza a inserção do ser humano na complexidade ecológica

3 alocação negociada de água para atendimento às múltiplas demandas, sociais e econômicas, e às funções do ecossistema aquático, visando à definição do regime de vazões ambientais no Baixo Curso do rio São Francisco. Este objetivo trata de assegurar que todas as partes envolvidas possam expressar-se em relação às alterações das vazões do rio e sua implicação no seu cotidiano. Como objetivos específicos definiram-se: a) levantar os principais usos e conflitos relacionados à água b) esclarecer à sociedade quanto ao processo decisório da determinação do regime de vazões desejadas para potencializar funções ecológicas diversas; c) contribuir na definição do regime de vazões ecológicas no baixo curso do rio São Francisco. III. MARCO TEÓRICO A. Métodos de avaliação da vazão ecológica ou ambiental A vazão ecológica (ou vazão ambiental, como alguns preferem) é conceitualmente melhor compreendida como sendo a quantidade, a qualidade e a distribuição de água requerida para a manutenção dos componentes, funções e processos do ecossistema ribeirinho sobre o qual a populaça depende (O KEEFFE, 2008). Mas ao longo das discussões sobre o tema o entendimento desta vazão firmou-se inicialmente em estudos quantitativos e técnicos, representada por um valor fixo ao longo dos meses do ano, e foi evoluindo para determinação de vazões variáveis no ano baseado em valores mínimos até se chegar ao conceito apresentado. Entendido o que representa a vazão ambiental os questionamentos direcionam-se para a definição de quem são os decisores deste fluxo. O processo de avaliação da vazão ecológica requer um julgamento da sociedade sobre a manutenção do ecossistema desejada por mesma em termos da quantidade e qualidade da água para tal. Isto irá depender, além de outros fatores, da abordagem e do método utilizados nos estudos de avaliação e elaboração opções de cenários. Um grande número de diferentes métodos foi desenvolvido para avaliar a vazão ambiental para determinados rios. Alguns deles envolvem modelagem e tratamento sofisticados de dados atentando para variações na vazão. Outros são orientados por meio de opinião de pesquisadores, ambientalistas e gestores. Já outros são baseados simplesmente na experimentação de liberar água através das comportas das barragens e avaliar o seu efeito posteriormente. Esses métodos podem ser agrupados e classificados em quatro grandes categorias: Métodos baseados em registros hidrológicos Métodos baseados em parâmetros hidráulicos Métodos baseados na relação habitat Métodos holísticos 1. MÉTODOS BASEADOS EM REGISTROS HIDROLÓGICOS Estes são os métodos mais simples e originais, pois consistem na modelagem de dados hidrológicos (série temporais de vazões diárias ou mensais) para fazer recomendações a respeito da vazão ecológica. Normalmente é fixado um índice proporcional à vazão natural para representar

4 a vazão ambiental que interessa. Um dos mais conhecidos é o método Q 7,10, idealizado em 1976, que se baseia em vazões mínimas observadas em sete dias consecutivos com um período de retorno de 10 anos, e o método baseado na curva de permanência Q 90. Há ainda outro método original baseado na consulta a tabelas conhecido como método de Tennant (ou método de Montana), e foi desenvolvido por Tennant no ano de Este método é baseado em uma tabela criada pelo autor que indica a porcentagem da vazão média natural requerida nas épocas de chuvas e secas para manter as condições cotadas como: ótima, excelente, boa, regular ou degrada, pobre ou mínima, e bastante degradada (O KEEFFE & QUESNE, 2008). As vantagens inerentes a estes métodos é que são baratos e rápidos (exigem dados simples) e adequados para ter uma noção inicial. Porém possuem respostas pouco confiáveis, não possuem uma referência ecológica e não se aconselha que seja feita uma extrapolação para regiões diferentes (O KEEFFE, 2008). 2. MÉTODOS BASEADOS EM PARÂMETROS HIDRÁULICOS Baseiam-se em mudanças na vazão e relação aos parâmetros hidráulicos (perímetro molhado, profundidade máxima, velocidade, área molhada, entre outros), para simplesmente uma seção transversal ou mais, dependendo da representatividade da seção. Estes métodos permitem avaliar mudanças que ocorrem no habitat e relacioná-las com mudanças na vazão na seção (LOAR et al., 1986 apud KING et al., 2000). O método do Perímetro Molhado é um dos mais conhecidos e baseia-se na relação entre o perímetro molhado e a disponibilidade de habitat para a ictiofauna. A análise que é feita visa garantir que a determinação de uma vazão para os trechos escolhidos implicará a manutenção da integridade do ecossistema, e baseia-se na determinação do ponto de inflexão da curva perímetro molhado - vazão (THARME, 1996 apud KING et al., 2000). As vantagens apontadas se referem a possibilidade de incorporar informações ecológicas do habitat, são relativamente baratos e simples de aplicar e são flexíveis. Entretanto estes métodos fazem suposições simplistas ao se fazer uma extrapolação de uma única seção transversal, dificultando a sua defesa devido a sua razoável confiança (O KEEFFE, 2008) 3. MÉTODOS BASEADOS NA RELAÇÃO HABITAT Da mesma maneira que os métodos baseados em parâmetros hidráulicos relacionam a vazão com as características hidráulicas do canal, estes métodos fundamentam-se na relação entre o habitat e a vazão, ajustando as características hidráulicas de uma ou múltiplas seções de um determinado rio com a priorização de certo habitat feita por uma espécie durante o seu ciclo de vida (KING et al., 2000). A metodologia Instream Flow Incremental Methodology (IFIM), é uma das mais conhecidas e tem sido largamente utilizada principalmente no Estados Unidos, onde os objetivos ambientais se encaixam com a proposição do método. A abordagem do IFIM é baseada no fundamento de que a distribuição dos organismos aquáticos pode ser determinada pelas características hidráulicas, estruturais e morfológicas dos cursos d água. Para tal, utiliza-se um conjunto de procedimentos computacionais e analíticos para descrever as mudanças

5 espaciais e temporais nos habitats, provenientes de alterações das vazões no rio (SARMENTO, 2007). Este conjunto de métodos envolve vantagens de realizar uma boa caracterização do habitat, é flexível na avaliação de diferentes cenários de vazão, entre outras. Contudo, requer alta disponibilidade de tempo e recurso, programação computacional complexa, e limita-se a determinadas espéciesalvo (O KEEFFE, 2008) 4. MÉTODOS HOLÍSTICOS Esses métodos têm como pressuposto a manutenção do regime hidrológico natural do curso hídrico. O grau de manutenção do regime hidrológico é estabelecido a partir da análise de todos os interesses existentes, avaliando os aspectos econômicos, sociais e ambientais. Para tal requerem uma equipe multidisciplinar de especialistas e também exigem um consenso em relação à vazão requerida para os objetivos pré-definidos (O KEEFFE & QUESNE, 2008). Segundo Jacimovic & O Keeffe (2008), estes métodos tornaram-se muito utilizados nos últimos anos, pois se consegue realizar a aplicação com diferentes níveis de disponibilidade de dados e por unir uma série de especialistas de diferentes domínios tais: (hidrologia, hidráulica, geomorfologia, biologia, sociologia, economia, etc.). Contudo, as metodologias holísticas necessitam de elevada disponibilidade de recursos e a admissão da subjetividade pode resultar em resultados difusos provenientes dos diferentes especialistas (O KEEFFE, 2008). Portanto, a escolha do método, de uma maneira geral, depende dos recursos disponíveis e ao grau de confiança necessária nas respostas (O KEEFFE & QUESNE, 2008). Dentre as diversas metodologias holísticas existentes, a BBM e a DRIFT foram as melhores. Estas metodologias fornecem estruturas para a coleta, análise e integração dos dados para fornecer uma previsão pericial dos efeitos para as modificações do fluxo. A metodologia DRIFT, porém, possui uma desvantagem, em relação à BBM, que é a dificuldade de implementação da metodologia para usuários iniciantes. A metodologia BBM pode ser aplicada em rios que possuem limitações de dados, mas a equipe de especialistas seja experiente e organizada de modo a interagir na troca de conhecimentos ao longo das suas etapas (KING & LOUW, 1998). B. Métodos de Avaliação da Participação Social O debate sobre as questões ambientais no campo das ciências sociais, nos últimos anos, vem sendo estudado através da análise da dinâmica dos conflitos ambientais. Neste campo existem estudos situados no campo da Sociologia Ambiental e que tomam por base as teorias construtivistas. Esta perspectiva, utilizadas nos trabalhos de Hannigan, (2009), Funks (1998) e Pacheco (1992) tem recorrido a um conjunto de conceitos tais como idiomas teóricos, repertórios discursivos e pacotes interpretativos que servem para argumentar

6 que os atores constroem certas dimensões sociais como problemas ambientais no interior do espaço público definido como arena argumentativa. Os problemas ambientais são definidos dentro da perspectiva construtivista como o processo de construção pública que envolve disputas técnicas e políticas. Hannigan (2009) afirma que existem três tipos de discursos ambientais desenvolvidos recentemente, no contexto da Sociologia Ambiental: o arcádico, o ecossistema e o da justiça ambiental. A tabela 1 apresenta a tipologia desses discursos construídos pelo autor. Tabela 1: Tipologias dos principais discursos ambientais do século vinte Discurso Arcádico Ecossistema Justiça Racional em defesa do meio ambiente Natureza sem preço, de valor estético e espiritual Interferência humana nas comunidades bióticas Todos os cidadãos têm um direito básico de viver e trabalhar num ambiente saudável Livros ícones My First Summer in the Serra Silent sprig A Sand Country Almanac Dumping in Dixie Lugar primário

7 incômodo Igrejas negras Movimento de volta à natureza Ciência biológica Principal aliança/fusão Preservadores e conservacionistas Ecologia e ética Direitos civis e ambientalismo Fonte: Hannigan (2009) Hannigan ressalta que é realmente difícil falar sobre discurso atualmente sem entrar numa discussão sobre o poder (HANNIGAN, 2009, p.85). O autor comenta ainda, citando as observações de Foucault (1980 apud HANNIGAN, 2009, p.87) que as relações sociais são também relações de poder. Enfatiza ainda, o autor, que governos, empresas e especialistas efetivamente controlam o debate público. Raramente, outros atores: pescadores, populações tradicionais, povos indígenas e ribeirinhos tem a possibilidade de expressar suas opiniões e serem ouvidos. Hannigan (2009, p.87) ressalta ainda que o discurso e os argumentos discursivos tem um papel central nos estudos recentes que seguem o terreno do que vem sendo chamado de ecologia política. A ecologia política segundo Evans (2002 apud Hannigan, 2009, p.87), surgiu da insatisfação com as versões tradicionais dos argumentos ecológicos, os quais tendiam a ignorar os dilemas das pessoas das quais a sobrevivência dependem da contínua exploração dos recursos naturais.

8 Goldman e Schurman (2000 apud Hannigan, 2009, p.87) identificam duas maneiras nas quais os pesquisadores da ecologia política tem utilizado a análise do discurso: 1. como um método de compreensão dos discursos alternativos da natureza, do meio ambiente ; 2. como um método de explorar e expor as relações de poder incorporados nas pautas das políticas de conservação ambiental. Como pode ser observada, a formulação e a divulgação do discurso ecológico não se restringe àqueles no poder, apesar de eles terem o controle para tornarem os seus discursos dominantes. Por isso, a importância dos estudos que discutem os discursos alternativos da natureza e do meio ambiente que são oriundos do ambientalismo de raiz. Estes discursos raramente se opõem, entretanto eles desafiam o Estado e outros atores que tem domínio sobre a terra local e os recursos naturais. A segunda abordagem teórica estudada é denominada Etnografia do Conflito, descrita no artigo Ecologia Política como Etnografia: Um Guia Teórico e Metodológico de Little (2006) parte do entendimento que os conflitos sociais provocados pela disputa de recursos naturais, se situa no campo da ecologia política. Um novo campo de pesquisa que combina o foco da ecologia humana nas inter-relações que sociedades humanas mantêm com seus respectivos ambientes biofísicos com conceitos da economia política que analisa as relações estruturais de poder entre essas sociedades (Little, 2006). Aproximando o mundo biofísico do mundo social para tratar a complexidade do real. Como instrumento metodológico para desenvolver estudos de conflitos socioambientais, o autor propõe uma ferramenta da antropologia, a etnografia. Tradicionalmente a etnografia tinha como foco o estudo do modo de vida de um grupo social, a etnografia que o autor focaliza o conflito como centro e o recurso natural como um dos seus atores. O importante nessa visão é a noção das relações estabelecidas: como elas se dão, quais são as relações de poder

9 implicadas, quais são os arranjos institucionais e a qual é a relação com o recurso em disputa. Em resumo, numa situação onde há a escassez do recurso natural, no sentido de que ele é limitado e necessita ser negociado, não basta apenas o conhecimento do recurso em si, ou do seu uso, mas como se processa esse relacionamento e o relacionamento entre os atores em conflito. A terceira abordagem aqui relatada, denominada Modelo de Análise da Política Contenciosa ou Escola do Processo Político se refere a um novo paradigma o qual considera que apesar das vantagens do construtivismo para entender as operações cognitivas e simbólicas dos conflitos ambientais, ele parece pouco habilitado para explicar a partir do quê os agentes dos conflitos ambientais constroem e reconstroem suas percepções, valores e interpretações. Para isso, o modelo utiliza a noção de repertório ambiental que permite detectar a existência de um estoque social de símbolos e valores que podem ser mobilizados pelos agentes nas construção de suas percepções (Alonso e Costa,2000).. Principais conceitos: 1. Estrutura de Oportunidades Políticas: visa descrever as mudanças no ambiente político que dilatam ou restringem as opções de ações disponíveis para os agentes; 2. Lógica da Ação Coletiva: é o modo pelo qual o entrecruzamento não intencional de diversas linhas de ação configura padrões de organização e comportamento; 3. Estruturas de Mobilização: é a forma como cada grupo adquire controle coletivo obre os recursos necessários para sua ação; 4. Variáveis Culturais: é o estoque de formas interpretação da realidade que encontram disponível em seu tempo, Daí, decorre o conceito de repertório contencioso o qual descreve o conjunto de formas de agir e pensar disponíveis para os agentes nunca certa sociedade, num determinado momento histórico.

10 Segundo Alonso e Costa (2000), não é possível entender os conflitos ambientais e a constituição de atores ambientais se não se considera o processo político. No estudo da vazão ambiental do baixo curso do Rio São Francisco tem-se uma situação modelo. O rio foi segmentado através da construção de barragens com a finalidade principal de geração de energia elétrica. No período da construção dessas barragens, a gestão de recursos hídricos se dava de forma centralizada por alguns setores sociais. O planejamento do baixo curso do rio São Francisco privilegiou o uso da água para o abastecimento humano, para a agricultura irrigada e o uso para a geração de energia. Os recursos se concentraram nessas atividades. Os demais usos sob essa perspectiva de planejamento foram considerados inferiores, identificados com a pobreza, fala-se sobre eles, mas estão ocultos e pela visão hegemônica tendem a desaparecer com o desenvolvimento. Mas isso não ocorreu, o desenvolvimento econômico não favoreceu a todos os setores sociais igualmente, e os pobres que usavam a água para a sobrevivência permaneceram pobres apesar da energia gerada. A partir da Constituição Federal/1988 a gestão de recursos hídricos deve ser compartilhada por todos os atores envolvidos. A Lei Federal 9433/97 (Lei das Águas) criou o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos que inclui, através da figura do Comitê de Bacias Hidrográficas, setores da sociedade civil, antes excluídos do espaço de deliberação. O Comitê tem como uma de suas competências dirimir em primeira instância administrativa os conflitos sobre o uso da água. No momento em que são criados novos arranjos institucionais, como o Comitê de Bacias Hidrográficas, onde todos os segmentos sociais são representados, o conflito se torna mais explícito, oralizado nos espaços institucionais. E a disputa pelo uso da água se transforma em uma negociação entre representações de iguais.

11 Esta forma de análise transforma o problema social, conflito, num tema de análise científica, pois, visibiliza atores socioambientais marginalizados e revela conexões e relações de poder antes ignoradas. Esse conhecimento, quando é apropriado pelos próprios atores sociais, pode reforçar determinados argumentos, através da legitimação científica e provocar um questionamento de políticas públicas vigentes e propostas de novos tipos de ação e controle público (LITTLE, 2006). A quarta abordagem aqui relatada é o estudo das representações sociais que está ligada Sociologia do Conhecimento. Segundo Reigota (2004), as representações ou modos de pensar atravessam a sociedade exteriormente aos indivíduos isolados e formam um complexo de idéias e motivações que se apresentam a eles já consolidados. O autor ressalta ainda, que o caráter social das representações transparece na função específica que elas desempenham na sociedade, qual seja, a de contribuir para os processos de formação de condutas e de orientação das comunicações sociais. Assim, as representações sociais equivalem a um conjunto de princípios construídos interativamente e compartilhado por diferentes grupos que através dela compreendem e transformam sua realidade. Embora as representações sociais apresentem um componente científico, elas se destacam por apresentarem clichês e uma boa dose de senso comum. No intuito de compreender dentro de um grupo (os ribeirinhos) a elaboração de representações de temas que se encontram atualmente em estágio de construção, como é o caso da vazão ambiental, resulta que nos defrontemos com a necessidade de aprofundar essa questão. Para isso, utilizamos entrevistas, grupos focais e questionários como formas de coleta das informações. IV. METODOLOGIA DA PESQUISA A avaliação social dentro da Metodologia de Construção de Blocos (BBM) tem por objetivo fornecer informações sobre os usos dos recursos ribeirinhos pela

12 comunidade rural, apreciar a importância de um ecossistema ribeirinho saudável de uma perspectiva da comunidade para manutenção do seu modo de vida, envolver as comunidades locais (e outras partes interessadas) na conciliação dos objetivos ambientais para o rio, assegurar que os dados sociais coletados possam ser usados pelos pesquisadores do biofísico, contribuir para o desenvolvimento deste método para a aplicação em futuros estudos dessa natureza (O KEEFFE, 2008). Segundo Pollard (2000) a análise social proposta pela metodologia difere de uma avaliação convencional, pois requer a descrição dos recursos usados e sua relevância para a população ribeirinha (buscando entender a ligação entre o meio físico e social), além de atribuir uma importância maior às abordagens participativas, incluindo aspectos culturais, religiosos e recreativos que dependem de um ecossistema ribeirinho saudável. Para a autora, as pesquisas convencionais conferem falsas expectativas da comunidade, não propiciam uma ampla participação das comunidades, e ainda não existe interação durante a coleta dados, perdendo-se a chance de serem levantadas novas questões. Ao contrário da pesquisa convencional, a pesquisa participativa possibilita que essas falhas sejam superadas e ainda são capazes de sistematizar as informações habituais e valorizá-las. O Quadro 1 lista as vantagens da pesquisa participativa e desvantagens da pesquisa convencional. Quadro 1: Vantagens e desvantagens da inclusão/não inclusão de abordagens participativas Desvantagens de não incluir abordagens participativas Vantagens de uma pesquisa participativa Expectativas falsas da comunidade como produtos da pesquisa; Hipótese de que todos os entrevistados entendem igualmente questões novas e complexas; Falta de plena participação das comunidades, de modo que os dados coletados representam as opiniões de um determinado grupo de indivíduos; Coleta de dados por meios não-interativos, o que não permite uma explicação ou exploração de novos temas. Grande quantidade de dados podem ser coletados, checados e validados; Possibilidade de uma participação satisfatória (todos os interessados da comunidade podem participar); É previsto tempo suficiente para adquirir informações verdadeiras A interação facilita novas questões; A comunidade é capaz de sistematizar informações tradicionais e valorizá-las. Uma síntese dos passos a serem seguidos para a avaliação social, de acordo com o manual da metodologia BBM (KING et al., 2000), é apresentada no Quadro 2. Quadro 2: Síntese da avaliação social do BBM 1. Explicação geral da pesquisa e coleta de informação de todos os participantes

13 Revisar os objetivos do projeto e investigação com os participantes. Identificação dos recursos ripários utilizados. Identificação de quem os utiliza. 2a. Grupos focais de discussão (peixe, plantas medicinais, recursos para construção, etc.) Priorizar da importância de cada recurso ou uso. Descrever a localização e a extensão de cada recurso. Apurar a sazonalidade do uso. 2b. Estabelecimento da associação entre o recurso e a escoamento Descrever os níveis críticos de água associados com cada recurso. Apurar quais estações (e as vazões associadas) é importante em termos do uso ou manutenção do recurso. Investigar como o recurso tem se alterado com o tempo e por que. 3. Sessão plenária com todos os participantes: Resumo das informações colhidas Coletar das informações para desenvolver o entendimento de uma Classe de Gestão Ecológica aceitável. Fonte: KING et al., 2000 Seguindo as recomendações sintetizadas no Quadro 2, a metodologia da pesquisa foi orientada na seqüência das seguintes atividades: 1. Identificação das comunidades e seleção dos pontos de estudo 2. Identificação geral dos recursos ribeirinhos usados e sua localização e extensão 3. Identificação dos usuários dos recursos e dos grupos focais chave 4. Priorização da importância relativa de cada recurso ou uso dentro de cada categoria de uso 5. Identificação dos usos com a sazonalidade das vazões 6. Primeira relação com a vazão: identificação dos níveis gerais das águas ribeirinhas associados com cada recurso 7. Segunda relação com a vazão: a quantidade e sazonalidade da vazão 8. Terceira relação com a vazão: passado e presente das condições ribeirinhas 9. Determinação da Condição Desejada do rio 10. Oficina de Avaliação Ambiental V. PROCESSO DE DEFINIÇÃO DA VAZÃO AMBIENTAL NO BAIXO SÃO FRANCISCO O processo de definição da vazão ambiental no Baixo São Francisco foi realizado a partir das seguintes atividades: (1) Levantamento dos informantes chaves do baixo trecho do Rio São Francisco para identificação dos conflitos de uso da água;

14 (2) contato com o Comitê de Bacia do São Francisco; (3) Identificação das comunidades ribeirinhas extrativistas e seleção dos pontos de estudo; (4) Identificação dos Usuários, dos Recursos e dos Grupos Focais Chave; (5) Priorização da importância relativa de cada recurso ou uso dentro de cada categoria de uso; (6) Identificação dos usos dos recursos e sua relação com a sazonalidade das vazões; (7) Primeira relação entre uso do rio e a vazão: identificação dos níveis das águas ribeirinhas associados com uso de cada recurso; (8) Segunda relação entre o uso do rio e a vazão: Duração e Magnitude das Vazões e as Variações dos Recursos; (9) Terceira relação entre o uso do rio e a vazão: passado e presente do rio e as alterações dos recursos (10) Determinação da Condição Desejada do rio Objetivos Ambientais (11) Coleta e cruzamento das informações com as equipes da Rede Ecovazão para definição do regime de vazão: Oficina.de Avaliação da Vazão Ambiental 1. Levantamento dos informantes-chave do baixo trecho do Rio São Francisco para identificação dos conflitos de uso da água: Os atores selecionados para as primeiras entrevistas foram representantes do Estado de Sergipe. Posteriormente, foram entrevistados representantes do Estado de Alagoas. Esse levantamento, não teve a intenção de abarcar a totalidade das representações, porém informantes chave dos segmentos usuários, poder público, sociedade civil e povos indígenas que atuam ou residem na área próxima a calha do rio. Usuários da água nos estado de Sergipe e Alagoas: Distrito do Perímetro de Própria DIPP gerente e produtor Distrito de Irrigação Cotingüiba-Pindoba produtor Federação das Colônias de Pescadores/SE presidente e pescador Pescadora de Brejo Grande - Agricultores de médio porte Platô de Neópolis representante da associação Federação dos Trabalhadores da Agricultura presidente ANTAQ - Gertrudes Poder Público Estadual Departamento Estadual de Recursos Hídricos e Irrigação de Sergipe Sociedade Civil Universidade Federal do Estado de Sergipe (Geologia e Geografia) Promotoria Pública

15 Povos Indígenas Povo Tingui Botó (Alagoas) entrevistado posteriormente Entrevistas aos informantes-chave Após identificação preliminar desses atores foram marcadas entrevistas. O resultado desse diálogo foi transcrito de forma sumária em anexo. Estas entrevistas possibilitaram conhecer as percepções dos informantes sobre o período anterior a construção das barragens para a geração de energia (atividade econômica, relações sociais, forma de relacionamento com o recurso) e sobre o período posterior (impactos sobre a atividade econômica, a estrutura familiar e o relacionamento com o rio). Questões principais levantadas: Representante da SRH/SE Atualmente a vazão é estabelecida pela necessidade energética 2. Decisão pelo comitê do regime de vazão/legitimidade das representações 3. Estado de Sergipe pouco contribuinte/pouco poder de decisão 4. Complexidade de se estabelecer um regime de vazão ecológica 5. Hierarquia de poder em relação aos usos da água Representante da SRH/SE A mudança do regime de vazão se dá a partir da construção das barragens 2. Mudança na quantidade de sedimentos na água 3. Mudança na qualidade da água 4. Irrigação está adequada ao regime estabelecido pelo setor de hidroeletricidade Professor Universidade de Sergipe: 1. Responsabilidade da CHESF a aproximação da população ao leito do rio; 2. Impactos da recuperação de um regime natural Agricultor rural (Distrito de Propriá) 1. Impactos sobre a mudança da organização produtiva 2. CODEVASF passa a ocupar o papel do antigo proprietário de terra 3. Falta autonomia dos produtores do distrito 4. Pouca organização dos pescadores para reivindicarem seus direitos 5. Comitê deve ser o fórum de discussão sobre o regime de vazão do rio São Francisco Produtor de arroz, milho e banana 1. Mudanças, novas tecnologias na produção 2. Papel da CODEVASF como proprietária da terra 3. Melhorias na qualidade de vida do agricultor

16 Produtor de arroz do baixo São Francisco 1. Histórico do plantio de arroz e o papel das mulheres 2. A CODEVASF e a CHESF fazem as negociações de vazão 3. Sentimento de posse da terra e do domínio do plantio 4. Domínio sobre a natureza - tem a água quando precisa 5. Sentimento de melhoria 6. Regime de vazão natural causaria danos aos irrigantes Pescador 1. Alterações da vazão identificada com a modificação das cores da água do rio 2. Diminuição da quantidade de peixe ligado a alteração da vazão 3. Identificação da água amarela e da água azul e sua relação com a quantidade de pescado 4. Perda de espaços de terra de uso coletivo, que hoje são ocupados para o uso privado 5. Falta de perspectiva na continuidade da atividade produtiva, tradicionalmente adquirida (filho é como peixe) 6. Mulheres plantam arroz em local inadequado, a lama Presidente da Federação de Pescadores de Neópolis 1. Diminuição do peixe em função da alteração da vazão, barragens e correnteza 2. Com correnteza tem piracema 3. Piracema descontrolada com as alterações de vazão solta a água e o peixe entra na piracema 4. Combinação das atividades produtivas: extração animal e plantio de arroz 5. Alteração da qualidade da água com o lançamento de efluentes domésticos 6. Alteração do local da pesca e da profundidade do rio 7. Assoreamento causado pelos fazendeiros com o desmatamento 8. Pesca era feita com salsa e mata cabra 9. Não tem a perspectiva de continuidade da pesca 10. Dificuldade na mudança do regime de vazão através da negociação 11. Necessidade de participação dos pescadores nas discussões sobre o rio 12. A volta ao regime de vazão natural causaria impacto às pessoas que moram próximas ao rio 13. Pouca profundidade do rio prejudica a navegação, interferindo na cadeia produtiva existente canoa de tolda (ou tora) Representante da Associação dos Produtores do Distrito de Irrigação de Platô de Neópolis Produtores de fruta 1. Culturas inapropriadas 2. Tecnologia para economizar a água 3. O transporte hidroviário seria mais econômico para os agricultores 4. Conflitos de uso da água: geração de energia e irrigação 5. Necessidade de educação ambiental para a conservação do rio 6. Interesse em participar nas decisões sobre a vazão

17 Pescadora de Brejo Grande 1. Modo de produção anterior: plantio e pesca 2. Mulher plantava nas lagoas e pescava 3. Fazia trabalhos manuais para o consumo familiar 4. Pai pescava de rede 5. Crianças ajudavam as mães na produção do arroz e pesca nas lagoas 6. Adequação das moradias as diferentes vazões, dois lugares: na enchente e na seca/tutela do estado na construção das casas derrubadas 7. Percepção do rio através da cor amarela (riqueza) e azul 8. Barragens fim das lagoas para o plantio, todos pescam 9. Sem enchentes, menos riqueza 10. Menos peixes e mais pescadores, não respeitam a piracema 11. Grande proprietário planta só, mecanização da lavoura 12. Crianças só na escola, tempo livre sem controle dos pais 13. Aumento do desemprego, falta de ocupação produtiva 14. Aumento do alcoolismo em função da desocupação 15. Produtor rural livre à diarista 16. Mulheres produzem artesanato para a venda Representante das Promotorias do Rio São Francisco 1. Complexidade do estabelecimento do regime de vazão 2. Setor de hidroeletricidade possui um poder hegemônico 3. Necessidade de atender as necessidades do setor produtivo e do rio 4. Ministério Público deve garantir o equilíbrio de forças nas decisões sobre a água do rio São Francisco 5. Necessidade de mitigar os danos causados pela geração de energia 2. Contato com o Comitê de Bacia do São Francisco Este contato foi efetuado a partir da participação em Reunião Plenária do Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco no dia 06/09/2007 em Salvador/Bahia. Pontos relevantes: Representante dos Povos Indígenas no CBHSF (Alagoas) 1. Percepção do rio pelos povos indígenas 2. Impactos socioculturais causados pela construção das barragens 3. Indenizações custo econômico do impacto social e ambiental

18 4. progresso não chegou aos povos indígenas 5. Favelização 6. Fórum de discussão sobre o estabelecimento de regime de vazão ecológica é o CBHSF, ministério público e movimentos sociais 7. Capacitação dos decisores Representante da Federação dos Trabalhadores da Agricultura do Estado de Alagoas 1. Produção de feijão, milho e pecuária agricultura familiar 2. Se perdia, mas se ganhava muita coisa, ficava o insumo e se jogava a semente do arroz, o povo tava acostumado. 3. Mulheres na roça e na enxada 4. Criação de animais 5. Fábricas que beneficiavam o arroz 6. Cadeia Produtiva adequada ao regime de vazão existente: CHEIA out/nov/dez/jan enchimento das lagoas/cerca lagoa e pega o peixe VAZANTE - baixa o rio, deixa insumo e peixe planta na lagoa, caldeirão pega o peixe 7. Além do plantio familiar, tinham as pessoas que descascavam o arroz/outras transportavam em carroças até o rio, e as que transportavam em canoas através do rio 8. Moradias adequadas ao movimento das águas do rio/chovia iam para a escola, baixavam voltavam para suas casas 9. Alteração da vazão, alteração da cadeia produtiva - empobrecimento 10. Construção das barragens emprego e prostituição 11. Fim da construção das barragens desemprego, sem teto e prostituição 12. Produção de várzea para de sequeiro 13. Exportação de artesanato 14. Projetos governamentais PRONAF Representante da Agência Nacional de Transportes Aquaviário - ANTAQ 1. Trecho do Baixo São Francisco é de carência 2. Assoreamento dificulta a navegabilidade 3. Dificuldade de fiscalizar a navegação do BSF devido a carência dos barqueiros Alguns dos atores entrevistados falam de um tempo antes e depois das barragens, considerando mais as perdas com a alteração da vazão do rio e a falta de poder de deliberação sobre as suas vidas. Do outro lado do conflito está a CHESF, simbolizando a implementação de um modelo que não traz progresso esperado por muito dos atores entrevistados. Cada ator depende diretamente do rio, conforme a sua atividade produtiva, com exceção do representante da universidade e da promotoria pública, que reforçam a voz dos impactados pela construção das barragens. Esses atores não possuem os mesmos interesses e se aproximam e se afastam conforme o volume de água ofertado.

19 Estimar um regime de vazão que atenda as necessidades naturais do ambiente relacionado ao rio depende de um conjunto de estudos, principalmente nas áreas de biologia e hidrologia. A decisão de implementar ou não um regime de vazões pode causar uma série de impactos sobre os usos humanos existentes, adaptadas as alterações da vazão, já estabelecidas. Os usuários da água do rio São Francisco e as organizações da sociedade civil precisam ter as informações sobre o regime de vazão que melhor atenda as necessidades naturais, para que o ecossistema aquático seja preservado e que atenda as necessidades humanas. Essa informação deve servir de subsídio as negociações sobre a alocação de água no trecho do rio em que se realiza esta pesquisa. A vazão ambiental é a vazão que permite a manutenção dos ambientes aquáticos, a sua alteração representa risco à população humana, desta forma, o entendimento claro sobre a vazão necessária, exigirá uma adaptação dos sistemas produtivos existentes à disponibilidade de água (a oferta). Como se realiza essa partilha? Como são informados e capacitados diferentes atores, para a negociação? Como se planeja alcançar um regime de vazão que gere sustentabilidade ambiental? Essas questões serão trabalhadas ao longo do projeto. Pode-se perceber que as populações extrativistas só sobrevivem enquanto tal, em um ecossistema aquático equilibrado, que reproduza os recursos necessários. Sua condição de vida, como extrativista, passa, dessa forma, a ser um indicador da vazão ecológica e da saúde do ecossistema aquático. Entender o passado, a adequação humana a uma vazão natural e sua posterior alteração, nos permite entender a complexidade de qualquer alteração dos recursos naturais sobre a organização humana. Não é objetivo desta pesquisa fazer juízo de valor, mas ouvir a diversidade de vozes existentes e as distintas formas de relação estabelecidas entre as organizações humanas entre si e com os recursos naturais. Através dessas vozes percebe-se uma relação de forças entre usos e usuários e as mais diversas estratégias de negociação e partilha dos recursos naturais. Dois atores apontados como os detentores do Poder - CHESF e CODEVASF. A primeira, como a definidora da vazão do Rio São Francisco e a segunda como a substituta do poder ocupado pelos donos de terra. O discurso dos demais usuários se baseia em perdas ou modificações em suas vidas, sem a possibilidade de participação das decisões tomadas. A Universidade e a Promotoria desempenham um papel de suprir de informações os usuários que nesta negociação possuem um poder de decisão menor, com o objetivo de equilibrar forças. A história do Rio São Francisco, aqui relatada por alguns de seus atores, demonstra as modificações sofridas por pequenos camponeses/pescadores, que em um passado recente, assim como tantos outros trabalhadores do

20 campo neste país, combinavam atividades produtivas de extração animal e vegetal a agricultura. Desenvolviam uma estratégia de sobrevivência, que consistia na adaptação aos movimentos de vazão do rio, e da combinação de diferentes atividades produtivas. Épocas de cheia e épocas de vazante adequadas ao proprietário de terra, conforme relatos dos antigos moradores: as mulheres plantavam o arroz de dentro da lagoa. As cheias davam de novembro a março, na cheia vivia se da pesca. A lagoa começava a encher em novembro, e até março estava cheia depois secava, na medida em que ia secando ia se plantando o arroz. Até o mês de agosto, tinha alguns peixes camarão, pial chira, comida sempre teve. Se criava, algumas pessoas tinham gado (irrigante). Não tinham a propriedade da terra, porém tinham o chão de casa que se constituía no espaço da casa e do plantio.. alguém sempre tinha um pedaço de terra, moravam no chão de casa três hectares, se plantava mandioca, milho e feijão. As casas eram de taipa coberta de palha..o regime mais era de palha, não tinha goteira, o clima era até bom. O tapamento era feito pelo mutirão. As casas eram de taipa, muitas vezes por exigência do proprietário, era uma forma de não fixação dos meeiros. Esses atores, em sua maioria, consideram que deve haver uma discussão conjunta para estabelecimento de um regime de vazão para o Rio São Francisco, que não seja, necessariamente, a vazão natural. Mas que garanta a sustentabilidade do ecossistema aquático e aos usos humanos existentes. A esfera de decisão que os entrevistados apontam onde deve ocorrer a discussão sobre essa alteração de vazão é o Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco. O representante dos povos indígenas do CBHSF acrescenta, ainda, a necessidade da participação da Promotoria Pública e dos movimentos sociais de haja uma capacitação anterior. O representante do Poder Público Estadual de Sergipe sugere além da discussão no CBHSF, a realização de audiências públicas. Os pequenos irrigantes gostariam de reuniões nos distritos de irrigação. Quadro 4 Síntese das entrevistas com membros do CBHSF

21 PRODUTOR DE ARROZ DO BAIXO SÃO FRANCISCO PESCADORA DE BREJO GRANDE REPRESENTANTE DOS POVOS INDÍGENAS NO CBHSF (ALAGOAS) FEDERAÇÃO DOS TRABALHADORES DA AGRICULTURA DE ALAGOAS ANTES DAS BARRAGENS ANTES DAS BARRAGENS ANTES DAS BARRAGENS ANTES DAS BARRAGENS 1. Histórico do plantio de arroz e o papel das mulheres DEPOIS DAS BARRAGENS 2. Sentimento de posse da terra e do domínio do plantio 3. Domínio sobre a natureza: tem a água quando precisa 4. Sentimento de melhoria 5. Regime de vazão natural causaria danos aos irrigantes ATIVIDADE PRODUTIVA: PLANTIO E PESCA 1. Divisão espacial da produção na perspectiva de gênero: 2.1 Feminino: pesca e plantio do arroz lagoas 2.2 Masculino: pesca de rede rio e plantio da mandioca terras altas 1. Moradia adequada a diferentes vazões 3.1 cheias terras altas 3.2 Vazantes próximos as lagoas 3.3 Tutela do estado na construção das casas derrubadas 4.Percepção do rio - cor amarela (riqueza) e azul DEPOIS DAS BARRAGENS 5. Barragens fim das lagoas para plantio, todos pescam 6. Sem enchentes, menos riqueza 7. Menos peixes e mais pescadores - desrespeito a piracema 8. Mecanização da lavoura - desemprego 9. Crianças só na escola, tempo livre sem controle dos pais 10. Aumento do alcoolismo em função da desocupação 11. Produtor rural livre transformado em diarista 12. Mulheres produzem artesanato para a venda 1. Percepção do rio pelos povos indígenas diferente do estado DEPOIS DAS BARRAGENS 2. Impactos socioculturais causados pela construção das barragens/ separação dos povos com a maior dificuldade de navegação 3. Indenizações custo econômico do impacto social e ambiental 4. progresso não chegou aos povos indígenas 5. Favelização 1. Existência de fábricas de beneficiamento do arroz 2. Cadeia produtiva adequada ao regime de vazão existente: 2.1 cheia: out/nov/dez/jan enchimento das lagoas/cerca lagoa e pega o peixe 2.2 vazante - baixa o rio, deixa insumo e peixe planta na lagoa, caldeirão pega o peixe 2.3 incorporada a rede de produção, além do plantio familiar, tinham pessoas que descascavam o arroz/as que realizavam o transporte terrestre da lagoa ao rio/ e as que transportavam pelo rio em canoas. 3. Moradias adequadas ao movimento das águas do rio/chovia iam para a escola, baixava voltavam para casa DEPOIS DAS BARRAGENS 4. Alteração da vazão, alteração da cadeia produtiva/empobrecimento 5. Barragens 5.1 construção:emprego e prostituição 5.2 operação: desemprego, sem teto e prostituição 6. Várzeas: produção de sequeiro 7. Exportação de artesanato 8. Projetos governamentais PRONAF 3. Identificação das comunidades ribeirinhas extrativistas e seleção dos pontos de estudo O primeiro passo da seqüência de atividades sugeridas pelo manual do BBM é a identificação das comunidades que poderão participar da pesquisa e a seleção dos pontos de estudo (Pollard, 2000). Desta maneira foi estabelecido pelas equipes do estudo, baseada em levantamento de informações das seções fluviométricas e da geomorfologia e da proximidade de povoados representativo em cada seção nas secções do rio. Foi considerado que os locais de coleta de dados abrangessem também a área comum com os projetos de coleta de plantas, animais, entre outros.

22 4. Identificação dos Usuários, dos Recursos e dos Grupos Focais Chave Esta etapa teve por finalidade apurar exatamente quem são os elementos chaves que possam representar as comunidades ribeirinhas, e como essas pessoas usam recurso gerados pelo rio e os conflitos resultantes dos usos múltiplos. Para alcançar esse objetivo foi elaborada uma matriz de usos x grupos focais x localização, que envolve não apenas a listagem de quem usa os recursos, mas também classifica a importância do recurso em termos de uso. Quadro 4.1 Matriz de uso x grupos focais x localização dos grupos focais USOS GRUPOS FOCAIS LOCALIZAÇÃO PESCA E CULTIVO HOMENS/MULHERES/JOVENS PÃO DE AÇÚCAR (ALAGOAS) PESCA HOMENS/MULHERES/JOVENS TRAIPU (ALAGOAS) PESCA E CULTIVO HOMENS/MULHERES/JOVENS PINDOBA (SERGIPE) PESCA HOMENS/MULHERES/JOVENS ILHA DAS FLORES (SERGIPE) Esse levantamento, não teve a intenção de abarcar a totalidade das representações, mas os informantes-chave dos segmentos usuários, poder público, sociedade civil e povos indígenas que atuam ou residem na área próxima a calha do rio nos locais selecionados para a pesquisa. Com esse objetivo, foram realizadas reuniões com grupos focais em Pão de Açúcar, Traipu, Pindoba e Ilha das Flores. Observa-se que a combinação das atividades extrativistas com a agricultura continua existindo: a pesca desenvolvida artesanalmente sofreu pequenas alterações e a agricultura, apesar de manter a rizicultura como uma das principais culturas desenvolvidas teve seu sistema de produção completamente alterado. A estrutura familiar dos meeiros em áreas úmidas foi transformada em agricultores, pequenos proprietários de distrito de irrigação e de trabalhadores assalariados. Os que foram excluídos do novo sistema de cultivo de arroz se mantiveram apenas como pescadores. O quadro 4.2 apresenta uma síntese de alguns comentários extraídos nas reuniões com os grupos focais dos locais selecionados para o estudo. O anexo

23 xx apresenta na integra as entrevistas contactados na primeira fase do projeto: Levantamento dos Recursos, realizadas em dezembro de Quadro 4.2 Síntese das reuniões com os grupos focais Fase 1: Levantamento dos Recursos Realizada em dezembro/2008 Reunião em Ilha das Flores Reunião do grupo focal com pescadores: Eles relaram que se desenvolveu uma vegetação que antes não havia (Rabo de Raposa). Acreditam que o cabelo, outra espécie só atrapalha, porque esconde o peixe. Explicam que o crescimento dessa espécie se dá por não haver a enchente para lavar o rio. Afirmam que a velocidade do rio, percebida como baixa, faz com que a vegetação se desenvolva. Explicam que quando se tem cheia, a água barrenta, diminui a alga. Outra ilustração de alteração do rio é o aparecimento de ilhas. As ilhas tornam-se permanentes, possuem até algumas casas. Os pescadores usam um tipo de barraca que chamam de boi, ficam de 2 a 3 dias nos bancos da ilha e dizem ter medo de assalto. Reunião em Pindoba Reunião com as mulheres Quando usam o rio? Quando falta água da DESO (Companhia de Abastecimento de Água de Sergipe) Antes o arroz era plantado na várzea pelas mulheres, hoje se usa a máquina. As mulheres pescam e extraem lenha na ribeira, um riacho que nasce no povoado de Pindoba. Uma importante alteração comentada por este grupo foi a afirmação que o rio antes ficava mais próximo quando enchia, como está mais distantes as mulheres usam mais o riacho. Reunião com homens Pindoba Como está o rio? Hoje o povo é escravo, a renda é para os grandes, não vai melhorar não. O distrito tá quebrado. Antes quando vinha a enchente, era a riqueza, o peixe não se pesava, se dizia eu quero moqueca de peixe. Eram a kg de peixe por dia na enchente. Reunião em Traipu Tudo estava bem até construir Itaparica e Xingó.

24 Soltam água sem precisão 3º, 5º e 6º, sábado fecham. Porque não soltam na época certa, em dez/jan/fev? Gostaria que tivesse uma cheia artificial que não desse prejuízo aos moradores dos povoados Reivindicaram as lagoas marginais para os pescadores. Pão de Açúcar Tinham 6 fábricas de arroz, gerava muito emprego com a construção da barragem tudo acabou. A pesca era bastante evoluída. Agosto tinha o corte do arroz. Setembro as mulheres faziam uma festa, batalhão de lagoa. Mulheres se vestiam de manga comprida, cantavam a rampeira. A produção de arroz acabou com a construção das barragens, o peixe diminuiu e as lagoas secaram. Reivindica-se que as lagoas sejam revitalizadas, água do rio para criatório de peixe Enchia a lagoa e tinha as portas d água o peixe produzido ia secando e enchendo de peixe O rio tinha a cheia geral e a vazão geral e ficava o resto do ano normal Ficou o areal, alterou a vida do pescador e do rio. No mesmo dia ele sobre e desce. O peixe mais abundante é a chira crumatá Para melhorar o ponto chave são as cheias periódicas Tucunaré é do rio Amazonas, mas colocaram na represa de Itaparica desceu e comeu os alevinos dos outros peixes. Conforme pode ser observado nos depoimentos, em todos os 4 locais utilizados como referência para a pesquisa, existe uma percepção da importância que os recursos oriundos do rio tem para a vida da população ribeirinha e como a alteração que vem ocorrendo nesses recursos tem uma forte relação com a variação da vazão do rio. A seguir será apresentada, a partir da percepção da comunidade ribeirinha, a importância relativa dos usos e recursos dentro de cada categoria selecionada. 5. Priorização da Importância relativa de cada recurso ou uso dentro de cada categoria de uso A priorização de recurso e sua importância, como sugerido no manual do BBM, geram informações que qualificam e quantificam a avaliação relativa dos recursos (alguns recursos/conhecer seus usos/usuários) possibilitando distinguir a importância primária e secundária dos recursos em termos de

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