Thiago V. Silva, Ana M. Quessada*, Marcelo C. Rodrigues, Esther M.C. Silva, Rebeca M.O. Mendes, André B. Sousa
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- Aurora Beltrão Borges
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1 COMUNICAÇÃO BREVE REVISTA PORTUGUESA DE CIÊNCIAS VETERINÁRIAS Anestesia intraperitoneal com tiopental em gatos Intraperitoneal anesthesia with thiopental in cats Thiago V. Silva, Ana M. Quessada*, Marcelo C. Rodrigues, Esther M.C. Silva, Rebeca M.O. Mendes, André B. Sousa Hospital Veterinário da Universidade Federal do Piauí, Centro de Ciências Agrárias, Campus Universitário, , Teresina, PI, Brasil Resumo: O objetivo deste trabalho foi avaliar um protocolo anestésico para gatos jovens submetidos à castração. Foram utilizados 20 animais, nos quais foi administrado tramadol associado à acepromazina como medicação pré-anestésica e tiopental por via intraperitoneal. Uma vez verificada a anestesia, os animais foram submetidos à castração cirúrgica. Antes da aplicação dos fármacos e durante o período hábil anestésico foram aferidos temperatura (T), freqüência cardíaca (FC) e respiratória (f). Todos os animais ficaram anestesiados com período hábil anestésico médio de 90 minutos, suficiente para diversos procedimentos cirúrgicos. Houve relaxamento satisfatório dos pedículos ovarianos, cotos uterinos e cordões espermáticos. Os parâmetros avaliados (T, f, FC) apresentaram diminuição, mas se conservaram nos limites fisiológicos da espécie. Concluiu-se que o protocolo anestésico proposto é adequado para anestesiar felinos jovens, com segurança. Palavras-chave: anestésico, barbitúrico, cavidade abdominal, felino Summary: The aim of this study was to evaluate an anesthetic protocol for young cats undergoing castration. Twenty animals were used, in which tramadol with acepromazine were administered as premedication, followed by thiopental intraperitoneally. Once anesthetized, the animals underwent surgical castration. Before the drugs administration and during the time of anesthesia, temperature (T), cardiac frequency (CF) and respiratory frequency (RF) were measured. All animals undergo an anesthetic period of 90 minutes, sufficient for most surgical procedures. There was satisfactory relaxation of the ovarian pedicles, uterine stump and spermatic cords. The parameters (T, CF, and RF) showed a decrease, but were kept within the physiologic limits of the species. It was concluded that the proposed anesthetic protocol is suitable for anesthetizing young cats with safety. Keywords: abdominal cavity, anesthetic, barbituric, feline *Correspondência: quessadavet@gmail.com Tel: ; Fax: Introdução A castração precoce de cães e gatos vem sendo preconizada para diminuir a superpopulação, evitando a eutanásia e o abandono de animais (Faggella e Aronsohn, 1993). Para castração destes animais os procedimentos mais recomendados são a ovariosalpingohisterectomia (OSH) e orquiectomia, as quais são as cirurgias mais realizadas na prática clínica veterinária (Howe, 2006). Devido à segurança, o protocolo anestésico mais recomendado para gatos submetidos à castração cirúrgica é a indução com anestesia geral injetável e manutenção com anestésicos inalatórios (Massone, 2008b; Bittencourt et al., 2008). No entanto, esta técnica requer intubação traqueal, aparelhagem adequada e treinamento dos profissionais. Por isso, a utilização desta técnica em campanhas de castração não é muito viável. Além disso, em gatos a intubação traqueal pode ser dificultada devido ao menor diâmetro da traquéia e também, freqüentemente, pela presença do reflexo laringotraqueal (Massone e Cortopassi, 2010). A anestesia geral injetável também pode ser utilizada com sucesso para manutenção anestésica em felinos (Lin, 1996; Selmi et al., 2005; Mastrocinque et al., 2006). Nestes protocolos são utilizados anestésicos dissociativos como quetamina (Lin, 1996) ou tiletamina (Mastrocinque et al., 2006) e propofol (Selmi et al., 2005). A anestesia intravenosa produz efeitos cardiovasculares discretos (Keegan e Greene, 1993), e ainda evita a contaminação ambiente por gases anestésicos (Beths et al., 2001). No entanto, a anestesia geral injetável requer a canulação de uma veia periférica, procedimento que pode ser perigoso em felinos agressivos, colocando em risco a mão do manipulador (Massone, 2008b). Além disso, em pacientes muito pequenos, pode ser difícil canular uma veia devido ao pequeno calibre dos vasos periféricos. A procura por novas técnicas anestésicas eficazes e seguras em felinos domésticos deve ser uma cons- 71
2 tante, pois os protocolos anestésicos na espécie são incipientes devido às particularidades comportamentais e ainda pelas respostas aos medicamentos (Bittencourt et al., 2008). O tiopental é um barbitúrico hipnótico que produz anestesia geral de ultracurta duração (Massone, 2008a). Pode ser utilizado em felinos como agente único ou como agente indutor (Thurmon et al., 1996a; Bednarski, 2002). Permite a obtenção de bons planos anestésicos que variam de acordo com a dose aplicada (Massone, 2008a). A dose para pequenos animais é de 25 mg/kg, por via intravenosa, quando não se utiliza tranqüilizante previamente (Bednarski, 1996; Massone, 2008a). Quando se utiliza tranqüilizante na pré-anestesia, a dose pode ser reduzida para 6-12 mg/kg (Bednarski, 2002). O tiopental deprime o sistema cardiovascular (Thurmon et al., 1996a; Massone, 2008a) e a respiração. Causa queda da pressão e queda da temperatura, devido à depressão do metabolismo basal (Thurmon et al., 1996a). Em gatos agressivos os barbitúricos podem ser administrados por vias alternativas, tais como a intraperitoneal (Massone, 2008b). Esta via também é utilizada para se anestesiar roedores com tiopental (Thurmon et al., 1996b). O objetivo deste estudo foi avaliar a utilização de tiopental intraperitoneal como protocolo anestésico para realização de OSH e orquiectomia em gatos jovens, principalmente para utilização em mutirões de castração. Material e métodos Foram utilizados 20 gatos, com idade mínima de três meses e máxima de seis meses, clinicamente saudáveis, oriundos da clientela de um Hospital Veterinário Universitário (HVU). Todos os felinos foram pesados, examinados clinicamente e submetidos a jejum sólido de 12 horas e hídrico de 6 horas. No pré-operatório, em todos os animais foram aferidos temperatura (T) através de introdução de um termômetro clínico no reto, freqüência respiratória (f) por contagem dos movimentos costais e frequência cardíaca (FC) através de auscultação. Foram incluídos no experimento apenas animais clinicamente saudáveis. Todos os parâmetros (T, f, FC) foram aferidos também após administração da medicação pré-anestésica, após administração do anestésico e de 10 em 10 minutos até o término do período hábil anestésico. Todos os animais foram premedicados com flunixin-meglumine na dose de 0,5 mg/kg e penicilina benzatina na dose de UI/kg por via intramuscular (IM) Foi administrada acepromazina na dose de 0,2 mg/kg e tramadol na dose de 2 mg/kg associados na mesma seringa IM. A anestesia foi realizada por injeção intraperitoneal de tiopental a 2,5% na dose de 30 mg/kg. O fármaco foi injetado no quadrante inferior esquerdo do abdômen (Thurmon et al., 1996b), aproximadamente um cm caudal e um cm lateral à cicatriz umbilical (Figura 1) e foi registrado o período de latência. Foram avaliados relaxamento dos pedículos ovarianos, coto uterino e cordão espermático, os quais foram classificados em ótimo, bom e regular (Mastrocinque et al., 2006). Foi registrado o período hábil anestésico, o qual foi considerado desde a perda do reflexo interdigital (estimulado por pinça hemostática), até o retorno do mesmo (Massone, 2008b). Foram consideradas complicações anestésicas alterações de freqüência cardíaca e/ou respiratória em torno de 20% do valor basal, arritmias cardíacas e queda da temperatura em torno de 20% do valor basal (Mastrocinque et al., 2006). Após a cirurgia os animais foram acompanhados até o término do período hábil anestésico e anotados todos os dados de interesse tais como vocalização e movimentos de pedalar. Assim que retornaram da anestesia, foram internados no HVU. No dia seguinte ao da cirurgia foram examinados clinicamente e liberados para alta. Os parâmetros clínicos temperatura, freqüência cardíaca e freqüência respiratória foram submetidos à análise de variância para avaliar os efeitos do tempo. Havendo efeito significativo foi aplicado o teste de Tukey para comparação de médias, com nível de significância de 5%. O experimento foi aprovado pelo comitê de ética da Universidade na qual o experimento foi realizado com o número de protocolo 035/09. Resultados e discussão Em todas as etapas do estudo não ocorreram óbitos. Na premedicação todos os animais ficaram tranqüilizados, permitindo manipulação sem estresse. A Figura 1 - Administração de tiopental intraperitoneal, um cm lateral e um cm caudal à cicatriz umbilical em um felino fêmea, três meses de idade, 1,5 kg. 72
3 técnica de administração por via intraperitoneal foi fácil e rápida. Após a introdução do anestésico, os animais levaram, em média 12 minutos para entrar em plano anestésico com perda do reflexo interdigital. Os resultados obtidos a partir da avaliação dos parâmetros clínicos (T, f, FC) obtidos no pré-operatório, após administração da medicação pré-anestésica, após administração do anestésico e ao longo do período hábil anestésico (de 10 em 10 minutos) estão apresentados nas Figuras 2, 3 e 4 e demonstram queda acentuada após o estabelecimento da anestesia. Devido à redução da temperatura todos os felinos foram mantidos em colchão térmico no período pós-cirúrgico durante aproximadamente 2 horas. Figura 2 - Média da frequencia cardiaca (FC) de felinos submetidos a anestesia intraperitoneal com tiopental (n=20). Figura 3 - Média da frequencia respiratória (f) de felinos submetidos a anestesia intraperitoneal com tiopental (n=20). Figura 4 - Média da temperatura (T) em felinos submetidos a anestesia intraperitoneal com tiopental (n=20). O período hábil anestésico (considerado desde a perda do reflexo interdigital até a recuperação do mesmo) variou de 50 minutos até 143 minutos, com uma média de 90 minutos. O relaxamento dos pedículos ovarianos, cotos uterinos e cordão espermático foi considerado ótimo em 15 animais (75%) (n=20) bom em dois gatos (10%) e regular em três animais (15%). Durante o retorno anestésico cinco felinos (25%) apresentaram movimentos de pedalar. Não houve registro de vocalização e não foram observados quaisquer outros efeitos adversos em todas as fases da anestesia. A ausência de óbitos foi devida à ampla margem de segurança do tiopental (Belzarena, 1997), possibilitando o emprego do fármaco em felinos com segurança como ocorreu no experimento. Este resultado foi considerado importante porque anestesiar felinos muito jovens exige grande cuidado da equipe anestésica e cirúrgica (Faggella e Aronsohn, 1993). A dose de tiopental utilizada no presente estudo pode ser considerada alta em comparação com a dose recomendada por via intravenosa quando se utiliza tranqüilizante na pré-anestesia (6-12 mg/kg) (Bednarski, 2002), como foi feito neste estudo. No entanto, a via é diferente e não foram observados efeitos adversos devido à dose utilizada. Os efeitos observados como movimentos de pedalagem estão também presentes quando se administra tiopental por via intravenosa (Bednarski, 2002) e com o uso da quetamina em gatos (Mastrocinque et al., 2006). A dose de tiopental por via intraperitoneal (IP) em outras espécies como ratos também é maior do que por via intravenosa (Thurmon et al., 1996b) Um fator que poderia limitar o uso do tiopental IP é a ocorrência de irritação local devida ao ph alcalino do fármaco. No entanto, em estudo com ratos, o processo inflamatório produzido pela injeção IP de tiopental foi semelhante ao processo inflamatório produzido pela injeção IP de solução fisiológica, sendo considerada uma reação comum quando se administra fármacos por via IP. Além disso, o processo inflamatório foi transitório (Carregaro et al., 2005). O período de latência observado foi considerado longo quando se compara o período de latência detectado em felinos anestesiados com quetamina por via intramuscular (Morais et al., 2005). No entanto não foram registrados efeitos adversos durante o período de latência e este período foi semelhante ao período de latência detectado com o uso de tiopental intraperitoneal em ratos (Carregaro et al., 2005). A redução dos parâmetros clínicos (T, FC, f) é um efeito esperado com o uso do tiopental (Thurmon et al., 1996a; Massone, 2008a). Esta redução não foi considerada complicação porque não ultrapassou 20% do valor basal em nenhum animal (Mastrocinque et al., 2006). Além disso, os parâmetros clínicos avaliados se conservaram dentro dos valores fisiológicos da 73
4 espécie felina (Andersson e Jónasson, 1996; Reece, 1996; Swenson, 1996). Outros protocolos anestésicos em felinos também produziram redução das freqüências cardíacas e respiratórias (Morais et al., 2005; Mastrocinque et al., 2006) e da temperatura (Mastrocinque et al., 2006). Como se observou em outro protocolo anestésico no qual se utilizou anestésicos gerais injetáveis para realização de gonadectomia em gatos impúberes (Mastrocinque et al., 2006), o relaxamento dos pedículos ovarianos, coto uterino e cordões espermáticos foram considerados satisfatórios e permitiram que as cirurgias fossem realizadas com analgesia adequada. Saliente-se que a utilização de acepromazina (Bednarski, 2002) e opiáceos (Bednarski, 2002; Mastrocinque et al., 2006) como o tramadol utilizados neste estudo, melhoram a analgesia e, consequentemente, a qualidade da técnica anestésica (Mastrocinque et al., 2006). O período hábil anestésico permitiu a realização das cirurgias sem necessidade de mudança de protocolo ou complementação de anestésico como ocorreu em outro protocolo para anestesiar felinos jovens submetidos à castração (Mastrocinque et al., 2006). Conclusão O protocolo anestésico proposto é adequado para anestesiar felinos jovens, podendo ser usado em mutirões de castração pela facilidade de administração e segurança. Bibliografia Andersson BE e Jónasson H (1996). Regulação da temperatura e fisiologia ambiental. In: Dukes fisiologia dos animais domésticos, 11a.edição. Editores: MJ Swenson. Guanabara Koogan (Rio de Janeiro), Bednarski RM (1996). Dogs and cats. In: Veterinary Anesthesia, 3ª edição. Editores: JC Thurmon, WJ Tranquilli e GJ Benson. Lea & Febiger (Baltimore), Bednarski, RM (2002). Advances in Feline Anesthesia. Disponível em: Acesso em 01/09/ Belzarena SD (1997). A Evolução da Qualidade dos Agentes Anestésicos Venosos. Revista Brasileira de Anestesiologia, 47, Disponível em: Acesso em 02/09/2010. Beths T, Glen JB, Reid J, Monteiro AM, Nolan AM (2001). Evaluation and optimization of a target-controlled infusion system for administering propofol to dogs as part of a total intravenous anaesthetic technique during dental surgery. Veterinary Record, 148, Bittencourt RHFPM, Silva MC, Moreira VMTS, Silva FER, Cruz JE (2008). Utilização do sulfato de atropina como mpa, propofol como indutor, sevofluorano ou isofluorano na manutenção da anestesia em gatos domesticos (Felis catus). Disponivel em: < os/r pdf>. Acesso em: 10/03/2009. Carregaro AB, Castro MB, Martins FS (2005). Estudo da ação inflamatória aguda do tiopental intraperitoneal em ratos. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, 57, Disponível em: < Acesso em 13/02/2010. Faggella AM, Aronsohn MG (1993). Anesthetic techniques for neutering 6 to 14 week year s old kittens. Journal of American Veterinary Medical Association, 202, Howe ML (2006). Surgical methods of contraception and sterilization. Theriogenology, 66, Keegan RD e Greene SA (1993.) Cardiovascular effects of a continuous two hour propofol infusion in dogs comparison with isoflurane anaesthesia. Veterinary Surgery, 22, Lin HC (1996). Dissociative anesthetics. In: Veterinary anesthesia. 3a edição. Editores: JC Thurmon, WJ Tranquilli e GJ Benson. Lea & Febiger (Baltimore), Massone F (2008a). Anestesias gerais barbiturica e não barbiturica. In: Anestesiologia Veterinária. 5ª edição. Guanabara Koogan (Rio de Janeiro), Massone F (2008b). Técnicas Anestésicas em Felinos In: Anestesiologia Veterinária. 5a edição. Guanabara Koogan (Rio de Janeiro), Massone F e Cortopassi SRG (2010). Anestesia Intravenosa. In: Anestesia em Cães e Gatos. 2ª edição. Organizadores: DT Fantoni e SRG Cortopassi. Roca (São Paulo), Mastrocinque S, Imagawa VH, Almeida TF, Tatarunas AC, Matera JM, Fantoni DT (2006). Gonadectomia em gatas impúberes. Técnica Anestésica. Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science, 43, Disponível em: Acesso em 08/03/2009. Morais MCB, Paula VV, Alves Júnior RB (2005). Avaliação das associações anestésicas: atropina/cetamina-s/xilazina e acepromazina/cetamina-s/midazolam em felinos domésticos (Felis domestica). Brazilian Journal of veterinary research and animal science, 42, Disponível em: Acesso em 10/09/2010. Reece WO (1996). Respiração nos mamíferos. In: Dukes fisiologia dos animais domésticos, 11a.edição. Editores: MJ Swenson. Guanabara Koogan (Rio de Janeiro), Selmi AL, Figueiredo JP, Mendes GM, Lavor LMS, Machado PML (2005). Infusão contínua de propofol em gatos pré-medicados com cetamina-midazolam. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, 57, Disponível em: Acesso em 08/03/2009. Swenson MJ (1996). Circulação sanguínea e sistema cardio -vascular. In: Dukes fisiologia dos animais domésticos, 74
5 11ª edição. Editores: MJ Swenson. Guanabara Koogan (Rio de Janeiro), Thurmon JC, Tranquilli WJ, Benson GJ (1996a). Injectable anesthetics. In: Veterinary Anesthesia, 3ª edição. Editores: JC Thurmon, WJ Tranquilli e GJ Benson. Lea & Febiger (Baltimore), Thurmon JC, Tranquilli WJ, Benson GJ (1996b). Anesthesia of wild, exotic, and laboratory animals. In: Veterinary Anesthesia, 3ª edição. Editores: JC Thurmon, WJ Tranquilli e GJ Benson. Lea & Febiger (Baltimore),
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