HOBBES O CONTRATO E A IGUALDADE

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1 HOBBES O CONTRATO E A IGUALDADE Marcelo Brandão Ceccarelli Faculdade de Direito CCHSA marcelo_cecca@hotmail.com Dr. Douglas Ferreira Barros Faculdade de Filosofia CCHSA Grupo de Pesquisa: Ética, política e religião: questões de fundamentação dfbarros@puc-campinas.edu.br Resumo O presente estudo destina-se ao entendimento do conceito de liberdade em Hobbes, em analisar suas consequências para sua teoria do Contrato Social, assim como as implicações que tem no que tange a instauração da propriedade. Também é nosso objetivo comparar essa teoria com a de outro autor do Contrato Social, Rousseau, buscando assemelha-los onde necessário, e colocá-los em paridade onde observado pertinente. Com esse fim, buscaremos explorar os mesmos conceitos em ambos autores e correlaciona-los. Palavras chave: Igualdade, Contrato, Propriedade. Introdução Thomas Hobbes e Jean-Jacques Rousseau, viram mudanças e guerras que deixariam marcas indiscutíveis na história (estamos falando, por exemplo, da Guerra Civil Inglesa,e a ascensão e queda de Cromwell, no caso de Hobbes, e dos primeiros movimentos que deram ensejo à Revolução Francesa, no caso de Rousseau), ainda hoje possuem uma grande importância na história do pensamento, em particular, o liberal. Todavia, muitas vezes estes autores são tratados de forma homogênea, colocados como iguais num grupo maior de pensadores chamados contratualistas, que defendem o surgimento do Estado como uma construção, e portanto algo artificial, e desconstroem a ideia aristotélica de um homem naturalmente político. Não cabe dizer aqui que esta classificação esteja incorreta, mas desejamos, de forma breve e partindo de um conceito presente em ambos os autores, compará-los, e, na medida do possível mostrar onde diferem. O principal foco do trabalho será tratar do tema da igualdade nesses autores. Em um primeiro momento apresentaremos a visão hobbesiana de igualdade, assim como as implicações que a situação de igualdade em suas diferentes faces, modificam a vida dos homens. Em seguida abordaremos qual a posição de Rousseau quando analisa as causas de desigualdade entre os homens, momento em que ficarão claras algumas diferenças conceituais entre os autores. Cabe adiantar que, no que tange à igualdade natural, os autores terão visão diversa quanto à sua utilidade, e pode-se dizer até mesmo quanto ao valor desse estado entre os homens. Hobbes verá na igualdade de condições momento detestável na história dos homens, um momento de guerra generalizada, enquanto para Rousseau este é o momento em que não há entre os homens nenhuma violên-

2 cia, mesmo porque ainda não haveria contato social nesse estágio da vida humana. A seguir, nos aprofundaremos na teoria de Hobbes, tendo sempre como plano de fundo a questão da igualdade, para mais tarde, contrapô-la à teoria de Rousseau, o que nos parece levar inclusive a uma diferenciação na própria concepção do contrato para os autores. Hobbes e a igualdade de condições Para melhor entender a teoria hobbesiana, cabe uma breve apresentação do autor. Inglês, nascido em 1558, Thomas Hobbes foi um homem que viu história acontecer em seu país e, na medida do possível, com uma noção de realidade encontrada em poucos autores, acompanhou e se posicionou nas questões políticas mais relevantes de seu tempo, ganhando a amizade de uns e a distancia de outros. É dito do autor que viveu entre o medo e a esperança, e que esses dois conceitos são fundamentais para o entendimento da obra de Hobbes. De fato esses dois conceitos são de grande relevância na obra de Hobbes, já que estará o tempo todo se debatendo um projeto político que em seus pressupostos de existência estão sempre somados o medo da guerra de todos contra todos e a esperança de se alcançar a paz por meio do poder soberano. Para entender esse caminho, e qual a importância dele no desenvolvimento civil dos homens, é que faremos um percurso de análise da condição do homem anterior à criação do Estado, e somente depois como esse homem ao criar o Estado, muda sua condição. Em primeiro lugar, devemos nos perguntar por que razão os homem agem. Esse fenômeno é designado por Hobbes como movimento. Existem dois tipos de movimentos nos animais, o vital (circulação, excreção, respiração, etc) e o movimento animal ou voluntário (andar, falar, mover, etc). A imaginação (resíduo da sensação, que é causada pelo contato com as coisas) é a origem de todos os movimentos voluntários. Esses pequenos movimentos do homem (os que o leva a comer, andar, etc.) é o que o autor chama de esforço. O esforço quando direcionado a algo que o causa é desejo, quando está em direção contraria da coisa chama-se aversão. A respeito desses movimentos o autor nos esclarece: Dos apetites e aversões, alguns nascem com o homem, como o apetite pela comida, o apetite de excreção e exoneração (que podem também, e mais propriamente, ser chamados de aversões, em relação a algo que se sente dentro do corpo) e alguns outros apetites, porém não muitos. Os restantes, que são apetites por coisas especificas, derivam da experiência e comprovação dos seus efeitos sobre si mesmos ou sobre outros homens. Porque das coisas que inteiramente desconhecemos, ou em cuja existência não acreditamos, não podemos ter outro desejo senão o de provar e testar. Mas temos aversão, não apenas por coisas que sabemos terem-nos causado dano, mas também por aquelas que não sabemos se podem ou não causarnos dano. (Leviatã, cap VI, p.48) Dessa descrição tiramos pelo menos duas informações importantes para o desenrolar do presente trabalho. A primeira é uma critica que Rousseau fará ao estado de natureza tradicional, desenvolvido por Hobbes. Nele os homens já se encontrariam em convívio social, e, portanto, não estariam de fato em estado de natureza, mas sim em fase mais avançada do desenvolvimento. Mas, por hora, deixemos de lado esse dado e foquemos mais no segundo fator de relevância desse trecho. Ele nos permite entender que, somado ao fato de a aparência ou sensação do movimento quando leva ao bem ser o prazer ou ofensa, incômodo quando leva ao mal, as paixões do homem surgem exatamente do movimento de repulsa e desejo que o faz ir em direção a determinado objeto quando desejado ou se afastar dele quando não quisto. São essas paixões que guiam as ações humanas O autor enumera várias paixões humanas e as define. Exemplo: esperan-

3 ça, medo, coragem, etc. Vale a pena lembrar que a sucessão alternada de apetites, aversões, esperanças e medo (Leviatã, cap VI, p.55), chama-se deliberação. A deliberação chega ao fim, quando se põe fim à liberdade de fazer uma ou outra coisa, conforme o espírito poderia escolher. Sendo que se explicita com a ação, ou seja, com a vontade, que nada mais é que o ato de querer. Também vale dizer que para o autor felicidade é sempre prosperar, conseguir o que se almeja, estar em permanente sucesso. Sendo assim, essas paixões são intrínsecas a todos os homens, e são elas que no estado de natureza se mostram como regra no agir desses homens. Hobbes considera todos os homens iguais por natureza, isso porque quando se analisa as faculdades do corpo e do espírito de cada um deles, mesmo que uns as tenham mais explicitas que outros, todos possuem capacidade de almejar os mesmos fins, e de uma maneira ou de outra, atingi-los. Sobre a igualdade ele discorre: quanto à força corporal o mais fraco têm força suficiente para matar o mais forte, quer por secreta maquinação, quer aliando-se com outros que se encontrem ameaçados pelo mesmo perigo (Leviatã, cap. XIII, p. 106) E continua em outra parte: Quanto às faculdades do espírito, encontro entre os homens uma igualdade ainda maior que a de força. Porque a prudência nada mais é do que a experiência, que um tempo igual concede igualmente a todos os homens, naquelas coisas a que igualmente se dedicam (Leviatã, cap. XIII, p ). Dessa igualdade de condições, ou de esperança, como refere o autor, dá-se o fato de todos poderem atingir os fins desejados. O que leva também à disputa, já que nem sempre as coisas são disponíveis naturalmente a todos, e, portanto, a um estado de desconfiança geral, guiado pela ideia de que a qualquer momento aquilo que está em guarda de um homem pode ser tomado por outro ou por um grupo de homens. Esse sentimento de desconfiança generalizada cria uma situação tal que a única coisa prudente a se fazer é usar da antecipação para proteger aquilo que se tem ou se quer, já que a todo o momento existe o perigo de ser privado de tal objeto, ou mesmo de sua vida. Esse sentimento de auto-conservação, no qual todos são iguais, e o medo impera, cria um estado de guerra. Esse estado de guerra de todos os homens contra todos os homens existirá enquanto não houver um poder maior, capaz de regular a vida dos mesmos, pois a Guerra não consiste apenas na batalha ou no ato de lutar, mas naquele lapso de tempo durante o qual a vontade de travar batalha é suficientemente conhecida. (Leviatã, capxiii,p.109). Nesse momento, o da guerra de todos contra todos, existe apenas um medo contínuo e perigo de morte violenta. E a vida do homem é solitária, miserável, sórdida, brutal e curta. (Leviatã, cap. XIII, p.109). O autor então defende que, mesmo que tal estado de guerra não tenha existido entre os indivíduos, o estado de guerra de todos contra todos é visivelmente praticado quando se observa a maneira como uma autoridade soberana se porta frente outra, sempre pronta para atacar e defender os seus súditos. Disso tiramos que do ponto de vista das relações entre Estados, estão estes também em situação de igualdade e, portanto de guerra generalizada. Importante destacar que no estado de guerra, não se cabe trazer o valor justiça, já que só há justo ou injusto após normatização de condutas, sendo o estado de guerra um estado onde tudo vale para a conservação do homem. Isso porque a justiça e a injustiça não fazem parte das faculdades do corpo ou do espírito. Se assim fosse, poderiam existir num homem que estivesse sozinho no mundo,

4 do mesmo modo que seus sentidos e paixões. São qualidades que pertencem aos homens em sociedade, não na solidão (Leviatã, cap.xiii,p.111). Por fim, existe a esperança de que paixões guiadas pelo medo da morte façam com que o homem deseje a paz. Do fato de todos os homens estarem em igualdade de condições, podemos pensar o Direito Natural. Hobbes nos explica esse direito da seguinte forma: O Direito de Natureza, a que os autores chama normalmente Jus Naturale, é a liberdade que cada homem possui de usar o seu próprio poder, de maneira que quiser, para a preservação de sua própria natureza, ou seja, da sua vida; e consequentemente de fazer tudo aquilo que seu próprio julgamento e razão lhe indiquem como meios mais adequados a esse fim. (Leviatã, cap.xiv,p112) O conceito de liberdade apresentado por Hobbes, ao classificar o direito natural continua sendo a ausência de impedimentos externos para que o homem faça aquilo que julgar melhor para si. Lei da natureza é toda aquela que impeça o homem da autodestruição, e deriva da razão. Existe aí uma diferença entre direito e lei, o Direito consiste na liberdade de fazer ou omitir, ao passo que a Lei determina ou o- briga a uma dessas duas coisas (Leviatã, cap. XIV,p.112) A primeira lei da natureza é, portanto a busca da paz. O direito de natureza, podemos dizer, se resume na ideia de autodefesa constante (na ausência da possibilidade de se atingir a primeira lei de natureza). A segunda lei de natureza visa o incremento da primeira, ela nos diz: Que um homem concorde, quando outros também o façam, e na medida em que tal considere necessário para a paz e para a defesa de si mesmo, em resignar ao seu direito a todas as coisas, contentando-se, em relação aos outros homens, com a mesma liberdade que aos outros homens permite a em relação a si mesmo. Porque enquanto cada homem detiver o seu direito de fazer tudo quanto queira todos os homens se encontrarão numa condição de guerra (Leviatã, cap. XIV,p113) Nesse processo, de renúncia (deixar de usar de um direito) ou a transferência (quando se priva de um direito, transferindo-o a outrem) de um direito, e o descumprimento da renuncia ou transferência, pode-se caracterizar a injustiça, que nada mais é do que descumprir um acordo. Excluídos aí os direitos de autopreservação que são inalienáveis. A forma como se transmitem mutuamente direitos é o contrato. E essa noção de contrato nos será fundamental quando passarmos a tratar do pacto constituinte do poder soberano. Quando um dos contratantes entrega a coisa de imediato e o outro deve cumprir sua parte a posteriori, tem-se o pacto. E é exatamente essa ideia que a constituição da república deve garantir. Que serão defendidos, após a transmissão de direitos para o soberano, os meios que este julgar melhor para manter a paz entre os concidadãos dessa república. Importante destacar nesse ponto o papel da igualdade na formação do pacto. A- penas por estarem os homens em condição semelhante, é que se pode prever um pacto no qual se outorga direitos a um soberano, capaz de, por meio da força, manter uma situação que a todos é vantajosa, a paz. Para que o fim almejado no parágrafo anterior seja cumprido, é mister a observância da terceira lei de natureza, a saber, aquela que impõe que os pactos se cumpram, o que nada mais é do que a própria justiça. Disso, por conseguinte, se tira que a injustiça é o não cumprimento de um pacto.

5 Para o autor, justiça e propriedade surgem ao mesmo tempo, isto é, com o advento de um poder superior, que possa por meio da força, impor condição desfavorável ao não cumprimento dos contratos. Sobre isso o Hobbes nos esclarece: Ora, como os pactos de confiança mútua são inválidos sempre que de qualquer dos lados existe receio de não-cumprimento, embora a origem da justiça seja a celebração dos pactos, não pode haver realmente injustiça antes de ser removida a causa desse medo; o que não pode ser feito enquanto os homens se encontram na condição natural de guerra. Portanto, para que as palavras justo e injusto possam ter lugar, é necessária alguma espécie de poder coercitivo, capaz de obrigar i- gualmente (grifo meu) os homens ao cumprimento de seus pactos, mediante o terror de algum castigo que seja superior ao benefício que esperam tirar do rompimento do pacto, e capaz de confirmar propriedade que os homens adquirem por contrato mútuo, como recompensa do direito universal a que renunciaram. E não pode haver tal poder antes de se erigir uma república. Também a definição comum da justiça fornecida pelos escolásticos permite deduzir o mesmo, na medida em que afirmam que a justiça é a vontade constante de dar a cada um o que é seu. Portanto, onde não há o seu, isto é, não há propriedade, não pode haver injustiça, e onde não foi estabelecido um poder coercitivo, isto é, onde não há república, não há propriedade, pois todos os homens têm direito a todas as coisas. Portanto, onde não há república, nada é injusto. De modo que a natureza da justiça consiste no cumprimento dos pactos válidos, mas a validade dos pactos só começa com a constituição de um poder civil suficiente para obrigar os homens a cumpri-los, e é também só aí que começa a haver propriedade (Leviatã, cap. XV, p ) Desse trecho,temos que reter algumas ideias principais para nosso propósito. Em primeiro lugar há uma identidade entre propriedade e justiça. Segundo, Hobbes dá a entender nesse grifo que existe uma igualdade entre a- queles que se submetem ao poder soberano, já que todos estarão submetidos a essas leis que visam a proteção da propriedade. A desigualdade na república deriva portanto da vontade do soberano, e da falta de liberdade total dos súditos para atingirem seus fins particulares. Sobre as leis da natureza ainda cabe dizer que obrigam seu cumprimento em foro interno, o que significa dizer que nem sempre serão no plano fático cumpridas, mas que são leis eternas e que delas deriva a Filosofia Moral de Hobbes, na qual bastaria analisar o bom e o mau para entender o convívio entre os homens, mesmo já no estado civil. Nessa filosofia, a paz é sempre o objetivo maior por ser a maneira mais razoável de autopreservação do homem. Nesse sentindo, a própria finalidade da república é criar situação na qual os homens deixam de ser guiados em total liberdade por suas paixões naturais e passam a ser controlados por um conjunto normativo coercitivo. Isso porque sem a espada (o uso da força se faz necessário para que os súditos temam o castigo e não voltem ao estado de igualdade plena que leva à guerra generalizada), as leis da natureza que são contrárias às paixões naturais nos fazem tender à guerra de todos contra todos. A partir desse ponto o autor desenvolve conceitos a respeito do melhor tipo de república os homens devem escolher para serem governados. E já se parte da ideia que o contrato (ou pacto) constituinte dessa república é uma situação histórica e será melhor explica adiante.. A respeito de um governo pautado em decisões coletivas Hobbes nos diz: Mesmo que haja uma grande multidão, se as ações de cada um dos que a compõe forem determinadas pelo julgamento e pelos apetites individuais de cada um, não se poderá esperar que ela seja capaz de dar defesa e proteção a ninguém, seja contra inimigo comum, seja contra os danos causados uns aos outros. Pois, se suas opiniões divergem quanto ao melhor uso e aplicação da sua força, em vez de se ajudarem só se atrapalham uns aos outros, e essa oposição mútua faz reduzir a nada sua força. Assim, não apenas facilmente serão subjugados por uns poucos que tenham entrado em

6 acordo, mas além disso, mesmo sem haver inimigo comum, facilmente farão guerra uns contra os outros, por causa de seus interesses particulares. Pois se conseguíssemos imaginar uma grande multidão capaz de consentir na observância da justiça e das outras leis da natureza, sem um poder comum que mantivesse a todos em respeito, igualmente conseguiríamos imaginar a humanidade inteira capaz de fazer o mesmo. Nesse caso não haveria, nem seria necessário, nenhum governo civil nem república, pois haveria paz sem sujeição. (Leviatã, cap. XVII, p ). Para se criar uma organização tal que reserve aos homens a possibilidade de se verem livres da guerra de todos contra todos, é que se institui (no caso do acordo geral) ou se adquire (por meio da guerra) uma república, sendo esta consumada na criação de um poder soberano. Ao se instituir o poder soberano, o povo reunido dá a quem os representa, poder suficiente para a domada de decisões, decisões essas que em verdade serão as decisões de cada indivíduo, na pessoa do soberano, não podendo os súditos se valerem de novo pacto (por exemplo, no caso de descontentamento pessoal em relação às decisões soberanas), pois isso iria contra a lei da natureza de autopreservação. Só podemos melhor compreender o que foi dito acima, na medida em que compreendermos de que forma acontece o pacto que tira os homens do estado de guerra, e os leva à paz. O soberano não quebra nunca o pacto, pois este não é celebrado com ele, mas sim por cada homem com o outro, e não pelo soberano com cada homem. Motivo também que nos faz entender porque apenas homens em situação de igualdade podem celebrar tal pacto. Sendo esta a razão pela qual o soberano também não rompe o pacto, ele não participa dele. Por ter acontecido o pacto, deriva o fato de que tudo o que o soberano faz, em verdade é o que ele mesmo súdito escolheu, e portanto todo mal que o súdito faz ao soberano faz em verdade o faz a si mesmo, e isso não é aceitável, salvo quando para salvar sua própria vida. E nesse caso temos ainda a influencia das paixões na vida do indivíduo. Quando fala da propriedade, direito que surge com a instauração do poder soberano, Hobbes deixa claro que esse direito está submetido às regras impostas pelo soberano. está anexado à soberania todo o poder de prescrever as regras através das quais todo homem pode saber quais os bens de que pode gozar e quais ações pode praticar, sem ser incomodado por nenhum de seus concidadãos: é a isto que os homens chamam propriedade. (...) Portanto, esta propriedade, dado que é necessária à paz e depende do poder soberano, é um ato desse poder, tendo em vista a paz pública. (Leviatã, cap. XVIII, p.153) Dessa relação de correspondência entre propriedade e liberdade, temos novamente que afirmar que as leis da propriedade são as leis civis. Sendo assim, a liberdade individual é ampla na medida que o poder soberano não se coloca contra ela. Essa liberdade, porém, não poderá nunca ser total, caso em que se retorna ao estado de guerra de todos contra todos. Na comparação das diferentes repúblicas, todas estão em relação de plena liberdade umas com as outras, o que explica o constante preparo (ou precauções) bélico das repúblicas. Porque, tal como entre homens sem senhor existe uma guerra perpétua de cada homem contra o seu vizinho, (...) nos Estados e repúblicas independentes umas das outras, cada república tem absoluta liberdade de fazer tudo o que considerar mais favorável a seu benefício. Além disso, vivem numa condição de guerra permanente, e sempre na imanência da batalha, com as fronteiras em armas e canhões apontados contra os seus vizinhos a toda volta. (Leviatã, cap. XXI, p.183) O conceito de liberdade hobbesiano deriva do fato de todos os indivíduos serem i- gualmente livres para pactuarem, e que, portando, a liberdade se submete ao fim pelo qual

7 o pacto constituinte da república se dá, a saber, a paz dos súditos e sua segurança contra outrem, sendo os súditos livres para sempre que necessário privar por sua autoconservação (física), mesmo que contra a vontade soberana, pois que todo súdito tem liberdade em todas aquelas coisas cujo direito não possa ser transferido por um pacto (Leviatã, cap. XXI, p.185) Já se foi dito que da propriedade é que se constitui as leis civis, e portanto a noção de meu e seu, e que a justiça decorre do fato de dar a cada um o que é seu, ou seja distribuir. Essa é uma importante função do poder soberano, sem a qual retornaríamos, vale dizer novamente, ao estado de guerra geral. É daí que surge o fato de a propriedade de algo por um súdito não suprimir o poder que o soberano exerce naquela propriedade (domínio), apenas exclui outros súditos da mesma propriedade. Por conseguinte, temos que a distribuição dos bens da república, pois em ultima análise tudo que se tem sob a égide soberana deve ser administrado em proveito dos próprios súditos representados pelo mesmo soberano, que mira sempre a finalidade do pacto, portanto, uma espécie de bem geral. Tende-se porém, ao se analisar a posse das terras, a preferir que estas não sejam públicas, mas sim privadas, para que se evitem as paixões e os maus controles públicos. Nesse contexto, pudemos melhor entender de que forma igualdade e pacto se relacionam em Hobbes, e agora abrimos caminho para contrapor a essas ideias aquilo que é defendido por Rousseau. Rousseau e a desigualdade Jean-Jacques Rousseau é dos principais pensadores que inspiraram os movimentos da Revolução Francesa, e talvez isso nos ajude a entender o por que é marcante em seu pensamento uma preocupação com a origem da desigualdade entre os homens, e o que podem esses homens fazer para melhorar suas vidas. Nesse sentido O Contrato Social será fundamental. Antes, porém, de abordar essas questões, gostaríamos de fazer algumas considerações a respeito de algumas teorias desse autor. Importante destacar que para escrever o Discurso sobre a origem e os fundamentos da desigualdade entre os homens (1999) Rousseau não se atém aos fatos, mas sim a uma construção hipotética daquilo que considera como uma construção lógica do desenvolvimento do homem, e da sua passagem do estado natural para o civil. Para Rousseau, o homem passaria por três grandes estágios durante essa história hipotética do seu desenvolvimento. O primeiro estágio é conhecido como estado de natureza, no qual o homem vive solitário, não conhece o convívio social, e vive da natureza em função de suas necessidades biológicas. Um segundo estágio seria o estado selvagem, em que se iniciam aglomerações familiares, as cabanas, e nas quais algum tipo de comunicação é iniciado, e se começam a desenvolver as noções de sociabilidade. Esse estágio se baseia em uma economia de subsistência, e não há forte competição entre os homens. Existe porém, um terceiro estágio, o estado social, no qual os homens já se encontram socializados, mas onde surge um problema fundamental, a disputa por aquilo que mais de um homem deseja mas que não é comum a todos. A partir desse breve panorama já podemos ter indicações do caminho que Rousseau traçará ao tratar do problema da igualdade e, por conseguinte, do pacto. O autor, após considerar o homem natural nem bom nem mal, já que este ainda não possui moral, também mostra como todos os homens nesse estado estão em igualdade, já que tudo que precisam tiram da natureza, irá culpar no estado de sociedade, o advento da propriedade privada (as necessidades materi-

8 ais) como grande causadora da desigualdade entre os homens, assim como as disputas entre eles. Na visão do autor, o contrato surge exatamente para tentar amenizar os efeitos que a desigualdade causada por meio da propriedade causa na vida dos homens, e, de certa forma, resgatar os primórdios do desenvolvimento humano. Rousseau sabe ser impossível um resgate total, mas vê num governo igualitário, onde o contrato é feito entre os governantes diretamente com os governados, o caminho para a diminuição das desigualdades e a possibilidade de mudança de governo sempre que esse não condiz com os anseios humanos. Nesse sentido é de destaque seu papel como pensador da Revolução Francesa. Considerações finais Tanto Hobbes quanto Rousseau falam a respeito do estado de natureza, como o momento de principal igualdade entre os homens. Todavia, onde Rousseau vê um momento de pleno gozo das capacidades humanas, e de pureza do ser, já Hobbes vê aquilo que de pior pode haver no homem, um estado de guerra constante, onde o homem é lobo do homem, e se valerá de todos os meios necessários para alcançar o que necessita, e usará da antecipação em vista a sua autopreservação. Outro momento de grande importância para ambos os autores é o momento do pacto criador da república. Os dois veem este feito como algo positivo, mas diferem quanto ao sentido desse movimento. Rousseau acredita que o pacto é a maneira que os homens possuem para amenizar os problemas advindos da propriedade privada, e, portanto um meio de diminuir a desigualdade entre os homens previamente estabelecida. Já Hobbes defende que a propriedade não poderia existir antes da criação da república. E que o próprio surgimento da propriedade é o surgimento das leis civil, de observância dos súditos. Isso nos leva a entender a propriedade como algo de valor positivo na teoria de Hobbes, pois é sua regulamentação (por meio da espada) que dá parâmetros para uma vida civil, sem guerra generalizada. Outro ponto de aparente convergência é a finalidade do Estado. Para os dois autores, esse tem por fim o bem estar do indivíduo, por um lado para atenuar as desigualdades entre os homens (Rousseau), e por outro para evitar que o homem volte ao estado de guerra (Hobbes). Todavia diferem quanto à forma de Estado. Rousseau defende um Estado mais participativo, enquanto Hobbes acredita no absolutismo como melhor forma de governo. Convergem entretanto no que tange a possível regulamentação estatal da propriedade, como meio de atingir a equidade. Tendo feito essas considerações, a- creditamos, mesmo que de forma breve, termos passado pelos principais pontos circundantes da ideia de igualdade tanto em Hobbes quanto em Rousseau. Bibliografia HOBBES, Thomas. Leviatã, ou Matéria, forma ou poder de um estado eclesiástico e civil. São Paulo: Martins Fontes, ROUSSEAU, Jean-Jacques. Discurso sobre a Origem e os Fundamentos da Desigualdade entre os Homens. Nova Cultural,1999. MATOS, Olgária C.F. Rousseauuma arqueologia da desigualdade. São Paulo: M.G. Editores, 1978 WUNENBURGER, Jean-Jacques & FOLSCHEID, D. Metodologia Filosófica. São Paulo: Martins Fontes, 2005.

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