Panorama do Setor Siderúrgico

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2 Estudo Prospectivo do Setor Siderúrgico NT Minério de Ferro e Pelotas Situação Atual e Tendências 2025 José Murilo Mourão 1

3 Centro de Gestão e Estudos Estratégicos Presidenta Lucia Carvalho Pinto de Melo Diretor Executivo Marcio de Miranda Santos Diretores Antonio Carlos Figueira Galvão Fernando Cosme Rizzo Assunção Projeto Gráfico Equipe Design CGEE Estudo Prospectivo do Setor Siderúrgico: Brasília: Centro de Gestão e Estudos Estudo Estratégicos, Prospectivo 2008 para Energia Fotovoltaica: Brasília: Centro de Gestão e Estudos 50 Estratégicos, p : il. Ano 200 p : il. ; 21 cm. 1. Minério de Ferro Brasil. 2. Pelotas Brasil. I. Centro de Gestão e 1. Estudos Energia Estratégicos. Brasil. 2. Energia II. Título. Solar - Brasil. I. Título. II. Centro de Gestão e Estudos Estratégicos. Centro de Gestão e Estudos Estratégicos SCN Qd 2, Bl. A, Ed. Corporate Financial Center sala , Brasília, DF Telefone: (61) Este documento é parte integrante do Estudo Prospectivo do Setor Siderúrgico com amparo na Ação 51.4 (Tecnologias Críticas em Setores Econômicos Estratégicos) e Subação (Tecnologias Críticas em Setores Econômicos Estratégicos) pelo Contrato de Gestão do CGEE/MCT/2008. Todos os direitos reservados pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE). Os textos contidos nesta publicação poderão ser reproduzidos, armazenados ou transmitidos, desde que citada a fonte. 2

4 Estudo Prospectivo do Setor Siderúrgico Supervisão Fernando Cosme Rizzo Assunção, Diretor CGEE Horacídio Leal Barbosa Filho, Supervisor Equipe, CGEE Elyas Ferreira de Medeiros, Coordenador Bernardo Godoy de Castro, Assistente Consultor, CGEE Marcelo Matos, De Matos Consultoria Equipe, ABM Gilberto Luz Pereira, Coordenador Ana Cristina de Assis, Assistente Comitê de Coordenação do Estudo ABDI, ABM, Aços Villares, Arcelor Mittal BNDES CGEE, CSN FINEP, Gerdau IBRAM, IBS MDIC, MME Samarco Usiminas Valourec-Mannesmann, Villares Metals, Votorantim Comitê Executivo do Estudo Elyas Ferreira de Medeiros, CGEE Gilberto Luz Pereira, ABM Horacídio Leal Barbosa Filho, ABM Lélio Fellows Filho, CGEE Revisão Elyas Ferreira de Medeiros Maria Beatriz Mangas Endereços CENTRO DE GESTÃO E ESTUDOS ESTRATÉGICOS (CGEE) SCN Quadra 2, Bloco A - Edifício Corporate Financial Center, Salas 1102/ Brasília, DF Tel.: (61) / Fax: (61) elyasmedeiros@cgee.org.br URL: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE METALURGIA E MATERIAIS (ABM) Rua Antonio Comparato, 218 Campo Belo São Paulo, SP Tel.: (11) Fax: (11) gilberto@abmbrasil.com.br URL: 3

5 SUMÁRIO Resumo Executivo 5 Conclusão 8 Capítulo 1 A mineração de ferro e a siderurgia 9 Capítulo 2 As reservas de minério de ferro 13 Capítulo 3 Aspectos da produção de minério de ferro e pelotas 22 Capítulo 4 Mercado de minério de ferro e pelotas perspectivas 28 (4.1) Ambiente macroeconômico 28 (4.2) Os preços do minério de ferro e pelotas 32 (4.3) Os mercados interno e transoceânico 38 (4.3.1) O mercado interno 38 (4.3.2) O mercado transoceânico (seaborne trade) 41 Glossário 46 Referências bibliográficas 48 4

6 RESUMO EXECUTIVO De tudo o que foi exposto nesta nota técnica, os seguintes pontos merecem destaque: MINÉRIO DE FERRO NÃO É COMMODITY As propriedades dos minérios de ferro dependem de sua gênese. Diferentes minérios têm identidades distintas e performances variadas nos processos mínerosiderúrgicos. Portanto, devem ser valorados em função do benefício advindo de seu uso. A Geometalurgia tem uma importante contribuição a dar na mensuração do valor de uso ( value in use ) dos minérios de ferro e pelotas. AS RESERVAS DE MINÉRIO DE FERRO SERÃO EXTINTAS EM 20 ANOS Com a grande expansão da produção de aço na China, e consequentemente demanda de minério de ferro, o nível de produção dos principais países exportadores Brasil e Austrália, principalmente cresceu em ritmo muito grande, de forma a estabilizar o mercado. As reservas conhecidas e declaradas nesses países, e as caracterizadas como medida + indicada, são suficientes para suportar as operações de produção, no horizonte dos próximos 20 anos. Portanto, é importante intensificar investimentos em pesquisas geológicas, visando à melhor caracterização de outros recursos minerais de ferro existentes. Muitos projetos, em estágio de avaliação técnico-econômica, têm sofrido consideráveis atrasos, em virtude de demora nessas pesquisas. HAVERÁ ESCASSEZ DE MINÉRIO GRANULADO NO MERCADO Com a extinção das reservas de hematita do quadrilátero ferrífero, a produção de granulado estará sendo diminuída, paulatinamente, até a sua quase extinção, na próxima década. Os minérios lavrados terão mais e mais parcelas de itabiritos, o que aumentará custos e a geração de finos tipo sinter feed e pellet feed. Neste particular, há recursos minerais sendo viabilizados, para a produção de 100% de concentrados muito finos, tipo pellet feed. Também na Austrália, os minérios granulados vão se deteriorando, seja em volume, seja em qualidade. A PELOTIZAÇÃO COMO CAMINHO PARA A MINERAÇÃO E SIDERURGIA A pelotização de minérios de ferro volta com bastante ênfase, no presente momento, para cobrir demandas que os minérios in natura não podem suportar. A degradação dos granulados abrirá espaços para as pelotas na carga dos altos 5

7 fornos. As restrições ambientais à expansão da sinterização, já em andamento nos países desenvolvidos, também poderá induzir ao maior consumo de pelotas. O crescimento da redução direta demandará grandes quantidades de pelotas para essa aplicação específica. Mais ainda, com a crescente geração de pellet feed, a pelotização consolidar-se-á como a tecnologia mais adequada para tratamento desse material superfino. PREÇO DO MINÉRIO DE FERRO LEVA SIDERÚRGICAS À MINERAÇÃO A grande escalada dos preços de minério de ferro no mercado tem causado preocupação de governos e do setor de siderurgia. Assim como outros recursos naturais que, em função do crescimento desordenado da demanda (carvão, petróleo, etc.), tiveram seus preços aviltados nos últimos anos, o minério de ferro acompanhou a tendência de alta. O aumento de preço tem, por outro lado, viabilizado muitos recursos minerais de ferro, até há pouco tempo inimagináveis, economicamente. Isso colocará novos produtores nos mercados nacional e mundial, o que aumentará a competição e melhorará o equilíbrio da oferta-demanda. Muitas siderúrgicas têm se voltado para a mineração de ferro, buscando auto-suprimento, pelo menos em parte de suas necessidades. Nesse sentido, podem ser citados os movimentos da Arcelor-Mittal, JSM japonesas, Posco, Baosteel, etc. No Brasil, a Gerdau-Açominas e, recentemente, a Usiminas, com a aquisição da J.Mendes Mineração, investiu valor superior a US$ 1 bilhão. A questão mais importante desses fatos é: sendo a mineração de ferro uma atividade intensiva em capital, as siderúrgicas não estariam desviando recursos de seu core business e perdendo oportunidades no mercado de aço que está em franco crescimento? SIDERURGIA BRASILEIRA: GARANTIA DO MELHOR MINÉRIO DE FERRO A siderurgia brasileira estará garantida quanto ao suprimento do melhor minério de ferro e pelotas, existentes no mercado mundial. Altos investimentos estão em execução, tanto na mineração quanto na pelotização e logística, visando ao atendimento da expansão do setor siderúrgico. Nesse particular, as siderúrgicas Brasileiras poderão tirar proveito dos benefícios dos minérios e pelotas nacionais para a sua produtividade e competitividade. MINÉRIO DE FERRO: INVESTIMENTOS E LIDERANÇA BRASILEIRA Os investimentos previstos para a expansão da produção de minério de ferro no Brasil, cuja capacidade atingirá cerca de 632 milhões de toneladas por ano, em 2012, garantirão a liderança absoluta do Brasil no mercado mundial. A competitividade da mineração brasileira estará favorecida pela melhor qualidade e 6

8 pureza dos produtos. O crescimento dos tamanhos navios melhorará a participação Brasileira, nos mercados mais distantes, em geral, e, em particular, na China. 7

9 CONCLUSÃO A mineração de ferro Brasileira ocupa posição relevante no cenário mundial, liderando os principais mercados, tanto em volume quanto em qualidade. Com os investimentos anunciados deverá consolidar essa condição, no longo prazo. Sendo atividade intensiva em capital, a escala e a qualidade das reservas minerais, assim como dos ativos de produção e logística, continuarão sendo fatores determinantes para a competitividade em nível global. A Geometalurgia e as pesquisas referentes ao valor de uso dos produtos minerais ( value in use ) poderão dar suporte e elevar o nível das relações comerciais, haja vista que as demandas por minério de ferro e pelotas deverão continuar crescendo com mais vigor na Ásia e, em especial, na China. Portanto, o Brasil encontra-se em posição geográfica desfavorável, comparativamente aos maiores competidores no mercado transoceânico, como os produtores Australianos. A Siderurgia Brasileira, em relação à mundial, estará sendo suprida com os minérios mais puros existentes no mercado, e poderá tirar partido dessa condição para a sua produtividade e competitividade. 8

10 Capítulo 1 A MINERAÇÃO DE FERRO E A SIDERURGIA A mineração de ferro vem experimentando uma expansão vertiginosa nos últimos anos, fruto da grande escalada de produção e consumo de aço nos países asiáticos, em geral, e, na China, em particular. O crescimento acelerado da riqueza nessa região, expressa pelo produto interno bruto, leva ao maior consumo de aço, em vista de grandes investimentos governamentais em infra-estrutura, desenvolvimento da indústria de bens de capital, consumo de bens duráveis, etc. O minério de ferro é a matéria-prima básica da siderurgia, respondendo pelas unidades metálicas (Fe) de alimentação dos reatores de redução, como o alto forno e os módulos de redução direta convencionais. Processado nessas instalações, o minério dá origem ao ferro primário (gusa ou DRI/HBI) que, tratado nas aciarias, converte-se em aço. É importante ressaltar que a sucata de ferro e aço tem, também, um importante papel na siderurgia, haja vista sua utilização direta nos fornos elétricos a arco. No entanto, tem um peso muito menor que o minério de ferro, respondendo por cerca de 30% do suprimento de unidades de ferro à siderurgia. Analisando-se a Figura 1 (1) pode-se visualizar a interdependência da mineração de ferro e da siderurgia, em mais detalhes. Através das operações de lavra, faz-se a explotação do minério da jazida, encaminhando-se o produto bruto, run of mine, para o tratamento ou mesmo beneficiamento. Aí, o material é submetido a uma série de operações de fragmentação, classificação por tamanhos, concentração, desaguamento, etc., visando a adequá-lo química, física e metalurgicamente ao atendimento das exigências dos processos siderúrgicos. Um ponto muito importante para caracterizar os produtos minerais que saem da usina de tratamento é o estado de tamanho das partículas minerais ou mesmo da sua distribuição granulométrica. Durante o desmonte, lavra, fragmentação e manuseio, muitos finos são gerados, os quais são inadequados ao uso direto nos reatores de redução, sendo aglomerados previamente, por meio da sinterização ou pelotização. Genericamente, os produtos de minerais de ferro, em função do tamanho, poderiam ser classificados de acordo com a descrição contida no Quadro 1. 9

11 Figura 1 A Mineração de ferro e a Siderurgia ( 1 ) Quadro 1 - Classificação dos produtos de minérios de ferro PRODUTO FAIXA DE TAMANHO (mm) APLICAÇÃO BÁSICA Lump ou Granulado 6,3 a 31,7 Sinter Feed 0,15 a 6,3 Pellet Feed < 0,15 Alto-Forno e Redução Direta Aglomeração por Sinterização Aglomeração por Pelotização A mineração de ferro é tanto mais econômica quanto mais granulado é possível gerar. A qualidade das reservas e jazimentos é determinante nesse aspecto. Os processos de concentração e aglomeração são de alto custo operacional, requerem grandes montantes de investimento e têm considerável impacto ambiental. As produções de sinter feed e pellet feed nas minas implicam necessidade de suas prévias aglomerações para que possam ser utilizados na siderurgia. A grande vantagem dos processos de aglomeração é a possibilidade de agregar significativo valor aos produtos sinter e pelotas, por meio de ajustes e controles de suas propriedades químicas, físicas e metalúrgicas. Nesse aspecto, tem-se o conceito de carga elaborada para os reatores siderúrgicos, bastante discutida e publicada na 10

12 literatura mundial. Granulado, sinter e pelota constituem, então, os elementos básicos para alimentação dos reatores de redução siderúrgicos, na cadeia de produção de aço, segundo as 2 rotas consolidadas em escala global: Alto Forno (AF) Conversor a Oxigênio (BOF) e Redução Direta (RD) Forno Elétrico a Arco (FEA) Enquanto na primeira o ferro primário é obtido na forma líquida no alto-forno, para alimentação do BOF, na segunda, o ferro é gerado em estado sólido nos reatores de redução direta, para carga do FEA. Essas particularidades, dentre outras, são fundamentais na definição das cargas metálicas desses reatores, de forma que na mineração são tomados todos os cuidados para que os produtos de minério de ferro tenham performance adequada nesses reatores siderúrgicos. De maneira geral, as cargas metálicas típicas dos altos-fornos e reatores de redução direta são: REATOR CARGA TÍPICA (Tamanho) ALTO-FORNO Granulado, Sinter (4 a 50 mm), Pelota (8 a 18 mm) REDUÇÃO DIRETA Granulado, Pelota (8 a 18 mm) Diferentes minérios de ferro, devido às variadas gêneses, apresentam propriedades totalmente distintas e, em conseqüência, comportamentos muito variados, não só nas operações de lavra e beneficiamento, como também nos reatores dos processos siderúrgicos. Essa evidência da identidade, própria dos minérios de ferro e sua diversidade, clama por avanços na área de geometalurgia (2), de forma a otimizar a performance dos minérios nos processos mínero-siderúrgicos. Da mesma forma, aglomerados como as pelotas apresentam características e performance na redução, também, muito particulares e variadas, dependendo do tipo de pellet feed, fundentes, grau de moagem, etc., utilizados na sua fabricação. Dentro dessas constatações e evidências de que os minérios de ferro e as pelotas têm identidade própria, dependente de sua gênese e outros fatores, não seria concebível aventar a possibilidade de que esses materiais pudessem ser classificados como uma Commodity. As Figuras 2 (3) e 3 (1) elucidam com bastante clareza como os minérios de ferro têm propriedades e performances que dependem de sua natureza. Na Figura 2, há uma grande diferença de moabilidade entre finos de procedências diversas, significando comportamentos muito distintos em 11

13 operações de moagem, intensivas em consumo de energia e de alto custo operacional. Por outro lado, a Figura 3 mostra como os aspectos estruturais dos minérios finos, função de sua gênese, impactam as operações de sinterização e a qualidade do sinter, influenciando parâmetros de performance, tais como: produtividade, consumo de combustível, resistência do sinter, RDI, etc. Em suma, cada tipo de minério de ferro tem o seu valor de uso na siderurgia ( value in use ) conhecido ou ainda a definir, cabendo à geometalurgia um papel relevante nessa caracterização individual. Figura 2 - Variação da moabilidade de diferentes minérios de ferro (3) Figura 3 Influência da estrutura de diferentes finos de minério de ferro na sinterização (performance operacional e qualidade do sinter ) ( 1 ) 12

14 Capítulo 2 AS RESERVAS DE MINÉRIO DE FERRO O ferro compõe a litosfera em cerca de 4%, sendo relativamente abundante (5). Os principais minerais que contêm ferro são: a hematita (Fe2O3 69,9 % Fe), a magnetita (Fe3O4 72,4 % Fe), a siderita (FeCO3 48,3 % Fe) e complexos hidratados, como a limonita e a goethita, com teores variados de ferro, dependendo do grau de hidratação. Segundo o USGS (United States Geological Survey) (6), instituto de pesquisas geológicas do governo americano, os recursos totais de minério de ferro na terra são estimados em 800 bilhões de toneladas, com ferro contido de 230 bilhões de toneladas, ou um teor médio equivalente de 28,8 %. As formações ferríferas bandadas, com camadas alternadas de sílica e hematita, denominadas Itabiritos, constituem-se nos recursos minerais de maior relevância, como é o caso típico brasileiro do quadrilátero ferrífero, em Minas Gerais. Essas formações primárias, enriquecidas em ferro por meio de processos geológicos, possibilitaram a geração de depósitos minerais muito ricos, com coexistência de hematita e itabiritos. A economicidade do aproveitamento de um recurso mineral está intrinsecamente ligada às condições geológicas e metalogenéticas da ocorrência. A mineralogia, os teores em Fe, a estrutura e a textura das rochas que contêm o mineral de ferro, a paragênese e uma outra série de parâmetros geológicos influem na avaliação técnico-econômica. O minério de ferro é quase que totalmente utilizado na indústria siderúrgica para a obtenção de ferro e aço (> 97 %). Parcelas pequenas do montante de produção são destinadas a indústrias de cimento, química, etc. Com relação aos recursos econômicos de ferro, em nível mundial, vêm aumentando, significativamente, após a segunda grande guerra, em virtude de: Intensificação das pesquisas geológicas; Desenvolvimento das tecnologias de aglomeração (aproveitamento dos finos); Avanços significativos nas tecnologias de mineração e de tratamento de minerais; Aspectos favoráveis de mercado, etc.. Particularmente no Brasil, a evolução dos recursos econômicos (reservas medidas + indicadas + inferidas) mostrou um crescimento substancial no período 1950 a 2000, principalmente com a incorporação dos itabiritos de Minas Gerais e a descoberta da província mineral de Carajás, no Pará. No ano de 1999, esses recursos somavam cerca de 58 bilhões de toneladas e, em 2005, 70 bilhões de toneladas, com teor de ferro médio da ordem de 50 %. 13

15 Na Tabela 1, apresentam-se os dados consolidados em nível mundial referentes às reservas (base 2006) e produção de minério de ferro, no triênio (1, 3, 5, 6, 8,9). As reservas mundiais de minério de ferro (medida + indicada m+ i) são da ordem de 340 bilhões de toneladas. Em ferro contido, há de se destacar os seguintes 5 países: PAÍS FERRO CONTIDO tx10 9 RESERVA (m+i)tx10 9 %Fe Rússia Austrália Ucrânia China Brasil Em termos de ferro contido, o Brasil situa-se em 5º lugar na detenção das reservas mundiais de minério de ferro. Porém, em termos de teor ou concentração em ferro, esse posicionamento muda, significativamente, para a 3ª posição, entre esses cinco países de maiores reservas em ferro contido. Quando são analisados outros elementos da composição química, tais como: SiO 2, Al 2 O 3, P, S, Ti, V, Pb, Na 2 O, K 2 O etc., deletérios para a siderurgia, as reservas brasileiras situam-se lugar de absoluto destaque, configurando-se como as mais puras, mundialmente. O aspecto do teor de ferro coloca o Brasil em posição de real vantagem competitiva em custos de lavra e beneficiamento, em relação à China e à Ucrânia, que apresentam teores médios de 33 e 29%, respectivamente. Embora a Rússia se configure com reserva e teor médio em patamares elevados, ainda não se mostrou como um grande produtor de minério de ferro para fins de exportação e competição no mercado internacional. Questões ligadas à falta de infra-estrutura e logística, bem como a ocorrência de elementos químicos, contaminantes e indesejáveis, têm sido fatores determinantes nesse atraso. A Ucrânia também tem problemas dessa ordem, com o agravante de reservas com baixo teor. Em termos de Siderurgia Brasileira, considerando-se a demanda de minério de ferro atual e projetada, assim como as reservas do país, pode-se dizer que as 14

16 empresas desse setor estarão seguras quanto ao suprimento, em quantidade e qualidade, com benefícios para a sua competitividade. Analisando os agressivos ritmos de produção dos 3 maiores produtores e competidores no mercado transoceânico, Vale, Rio Tinto e BHPB, e as correspondentes reservas declaradas dessas empresas, observa-se que a sua exaustão poderia se dar num horizonte de até 20 anos (Tabela 1). Novos projetos em estudo, em diferentes países, têm sofrido atrasos consideráveis, em vista de desconhecimento total ou parcial dos recursos minerais, sugerindo a necessidade de maiores investimentos em Pesquisa Geológica, tanto em nível governamental quanto em privado. Analisando-se o quadro geral, constata-se que Brasil, Austrália e China são os mais importantes partícipes do negócio minério de ferro, nos últimos anos. Têm grandes reservas de minério e experimentam níveis de produção crescentes, num ritmo impressionante. Embora o minério chinês seja pobre, contenha elevado grau de contaminantes, exija processos complexos de lavra e beneficiamento (custos), a sua produção se justifica, em vista do alto preço CIF dessa matéria-prima, quando importada de outros países. É importante salientar que a China vem sendo o maior consumidor e importador de minério de ferro em nível mundial, já há bastante tempo, enquanto os demais países apresentam consumo estável ou com ligeiro crescimento (em termos absolutos). No período 2005 a 2007, a produção mundial de minério de ferro cresceu 401 milhões de toneladas, passando de 1,5 para 1,9 bilhões de toneladas. Austrália, Brasil e China responderam por 327 milhões de toneladas ou 82% dessa expansão. Esse crescimento, num ritmo, no período, de 200 milhões de toneladas / ano, era um fato inimaginável, até há pouco tempo atrás, haja vista as complexidades inerentes à expansão e ou implantação de projetos de mineração. A produção na China evoluiu de 420 para 600 milhões de toneladas por ano, nesse período, com crescimento de 43% (não há informação oficial chinesa sobre o teor de Fe médio de sua produção). Estima-se, pelo balanço de unidades metálicas de ferro na cadeia mineração-siderurgia / importação, que esse teor é muito baixo, na faixa de 30 a 40%. Verifica-se, também, que há empresas lavrando minério com conteúdo de até 20%, em Fe. Considerando-se essas estimativas, poderia ser dito que essa produção chinesa está mais relacionada ao minério bruto, tipo run of mine, antes de processos de concentração. Porém, são os números oficiais do governo Chinês. Com esse conteúdo em ferro, não poderia ser utilizado na siderurgia sem concentração, mesmo que misturado com a parcela de minério importado (este representa cerca de 50% das unidades de ferro demandadas). Por esse motivo, IISI, UNCTAD e empresas de consultoria sugerem a equalização dos números de produção oficiais chineses, calculando-se montantes equivalentes, com teor de 15

17 ferro de 62% ( média de suas importações) (12). Nessas condições, os dados da produção chinesa poderiam ser analisados com uma nova ótica de equalização, conforme consta do Quadro 2, complementando-se os dados oficiais da Tabela 1. 16

18 Tabela 1 - Reservas e produção de minérios de ferro (1,3,5,6,8,9) 17

19 Quadro 2 - Equalização da produção chinesa (t x 10 6 ) CONDIÇÃO Dados oficiais /%Fe 420/36,5 588/32,7 600/30,0 Equalização a 62% Fe Após equalizados, verifica-se uma substancial queda nos números de produção chinesa, haja vista os baixos teores do minério lavrado e a baixa recuperação metalúrgica nos processos de beneficiamento. De qualquer forma, para se atingir essa condição, os Chineses têm que lavrar, anualmente, cerca de 600 milhões de toneladas de run of mine. Nesse cenário, o Brasil e a Vale figuram como os maiores produtores de minério de ferro do mundo, não só em qualidade, como também em quantidade. Embora as reservas Brasileiras venham aumentando no tempo, é importante destacar que esse crescimento tem um grande peso dos itabiritos de Minas Gerais, mais especificamente, do quadrilátero ferrífero. Novas pesquisas geológicas não têm relatado ocorrências de hematita compacta, em montante apreciável. Ao contrário, muitos estudos têm mostrado que novos jazimentos serão basicamente de itabirito, podendo gerar até 100% de pellet feed, no beneficiamento. A Tabela 2 mostra, de forma genérica e qualitativa, a evolução das reservas de minério de ferro do Quadrilátero Ferrífero, a partir da década de Como colocado, a participação da hematita vem se reduzindo à medida que a de itabiriro vai crescendo. Os seguintes pontos merecem destaque, na análise desses dados: As hematitas estão em processo de exaustão nas reservas conhecidas do quadrilátero e, por conseguinte, deverá haver escassez de granulado, em futuro não muito distante, Sendo mais pobres em ferro, os itabiritos necessitam de usinas mais complexas de beneficiamento, com etapas de concentração mais sofisticadas e com menores índices de recuperação metálica, 18

20 A geração de minério ultrafino, tipo pellet feed, estará aumentando, principalmente com o advento dos novos projetos, A pelotização vai se configurando e se fortalecendo como um caminho para mineração, em vista do aumento de pellet feed, e também para a siderurgia, devido à redução da disponibilidade de granulado (pelotas como substituto). Nesse cenário, os custos de capital e operacional da mineração serão impactados negativamente. O aumento da produtividade será um fator fundamental para que não haja perda de competitividade da mineração de ferro, num ambiente cada vez mais global. De outro lado, a siderurgia estará readequando a carga metálica de seus reatores de redução, podendo tirar proveito do benefício de se usar maior quantidade de pelotas, em substituição as parcelas de granulado. Em nível mundial, também se observa uma degradação das reservas e da produção de lump, tanto em volume quanto em qualidade (11). Em 1983, a produção mundial de granulado era de 107,5 milhões de toneladas, e representava 45% do mercado transoceânico e 25% da produção total de minério de ferro. Em 2000, a despeito do crescimento considerável da produção de minério, a quantidade de lump já havia caído para 77,1 milhões, representando apenas 19% do mercado transoceânico e 7,6% da produção mundial de minério. Quanto à qualidade, constata-se uma redução progressiva na resistência e nas características químicas (Fe, Al 2 O 3, P, álcalis, etc.) dos lumps disponíveis no mercado. Quando se analisam os novos projetos de empresas estabelecidas e de potenciais emergentes (12), verifica-se que uma série relativamente grande estará gerando pellet feed (PF), em volume crescente e, por vezes, significando toda a futura produção. Nessas condições, os investimentos crescem significativamente (fator de intensidade de capital US$ / tonelada de capacidade / ano ) e, devido à maior complexidade das operações de mineração e beneficiamento, haverá acréscimos substanciais nos custos operacionais. Alguns desses projetos podem ser citados, a título de ilustração, para confirmação dessa realidade: PROJETO CAPACIDADE INVESTIMENTO PRODUTO t x 10 6 US$/t/ano % Pellet Feed Carajás/Serra Azul MMX Minas/Rio Millenium Iron Range Grange/Kermaman 6,

21 Assim, a pelotização estará se evidenciando como a tecnologia adequada para tratar e aglomerar o pellet feed em pelotas, possibilitando o seu aproveitamento como carga dos reatores de redução siderúrgicos. Como é intensiva em consumo de energia, pesquisas devem ser incentivadas, tais como: transformação prévia do pellet feed hematítico em magnetítico, melhoria da eficiência térmica dos fornos, racionalização do consumo de energia elétrica, etc. A pelotização continuará sendo a alternativa tecnológica mais viável, até que novas tecnologias de redução possam fazer uso direto desses finos, em escala econômica e comercial. Muitas tentativas e investimentos têm sido dirigidos nesse sentido, pesquisando-se rotas inovadoras e, por vezes, radicais. Até o presente momento, nenhuma delas foi provada e consagrada em caráter industrial, destacando-se as seguintes mais estudadas: DIOS, Finmet, Circored, Circofer, Iron Carbide, Hismelt, Tecnored, Finex, etc.. Pesquisas nesse sentido devem ser incentivadas, assim como as dirigidas para maior uso de pellet feed em sinterização, pelotização a frio, etc. 20

22 Tabela 2 - Degradação genérica de reservas de minério de ferro no Quadrilátero Ferrífero (1) 21

23 Capítulo 3 ASPECTOS DA PRODUÇÃO DE MINÉRIO DE FERRO E PELOTAS As Figuras 4 e 5 mostram dados da produção de minério de ferro e pelotas. Foram considerados, também, aqueles referentes ao aço e ao ferro primário (gusa + DRI/HBI), devido à sua relação direta com a produção de minério. As exportações brasileiras de minério foram destacadas, junto com a produção, como forma de avaliar o peso e importância do mercado externo para a mineração brasileira. Os números que expressam os volumes de minério na estatística mundial, por convenção, incluem aqueles correspondentes às pelotas. As indústrias siderúrgicas e de mineração de ferro encontravam-se num período difícil e de moderada expansão, entre 1998 a 2001, resultado de várias incertezas e afetadas seriamente pela crise financeira da Ásia. As produções mundiais de minério de ferro e aço atingiam o patamar de 1 bilhão e 800 milhões de toneladas, respectivamente. A partir de 2002, a China faria o mundo extasiar-se, frente à maior arrancada na produção de aço de todos os tempos, saindo de um nível de produção de aço bruto de 151 milhões de toneladas em 2001, para atingir a espetacular marca de 488 milhões de toneladas, em Ou seja, em 6 anos, um crescimento absoluto de 337 milhões de toneladas (+ 56 milhões de toneladas / ano), ou relativo de 223%. Considerando-se o fato de que essa expansão chinesa se deu fundamentalmente na rota Alto forno BOF, e que seus recursos em minério de ferro eram de baixo teor, ocorreu um forte impacto na importação dessa matéria-prima, o que impulsionou com vigor acentuado a mineração de ferro, em todo o mundo. O Brasil, com a qualidade de seu minério, tem aproveitado dessa expansão vertiginosa do mercado, com crescimento de suas exportações, de 156 milhões de toneladas, em 2001, para 269 milhões de toneladas, em Um aumento absoluto de 113 milhões de toneladas, ou relativo de 72%. Para fazer frente ao seu projeto aço, a China foi obrigada a expandir, também significativamente, a produção de minério, lavrando com teores decrescentes em ferro. Em 2001, o teor lavrado era da ordem de 38 a 40% e, em 2007, caiu para 30 a 32% ( 12 ). Ou seja, volumes crescentes, ano-a-ano, na lavra e com conteúdo de ferro em queda. Essa baixa qualidade da produção de minério de ferro chinesa justifica a inflexão mais acentuada da curva de produção mundial, da Figura 4 (considerados os dados oficiais do governo Chinês). A produção mundial de pelotas também está crescendo. Avançou de 235 milhões de toneladas, em 2001, para cerca de 370 milhões de toneladas, em Um crescimento absoluto de 135 milhões de toneladas, ou relativo de 57%. É importante destacar que a maior parcela dessa produção é consumida de forma cativa, nos países ou nas regiões onde se realiza. Assim, pouco mais de um quarto 22

24 vai para o mercado transoceânico, ou seja, uma quantidade da ordem de 100 milhões de toneladas/ano. 23

25 Figura 4 Evolução das produções mundiais de minério, aço, ferro gusa+dri/hbi e pelotas (minério inclui pelotas) (6,13,14) Figura 5 Evolução da produção, exportação e consumo de minério de ferro no Brasil (dados (6,13,14, 17 ) incluem pelotas) 24

26 Na Tabela 3 (3,6,16 ), apresenta-se um quadro geral da capacidade mundial de pelotização e, também, da brasileira, além da futura expansão declarada pelas empresas do setor. No Brasil, a Vale iniciou os investimentos em pelotização na década de 1960, em vista da extinção paulatina de suas reservas de hematita e da progressiva participação dos itabiritos na lavra do minério. A geração de pellet feed cresceu de tal forma que a pelotização tornou-se o único caminho para a sobrevivência da empresa e a preservação de seu crescimento. Implantou 8 usinas, com investimento próprio ou em parceria com sócios consumidores estrangeiros, no período de 1969 a A associação com grandes siderúrgicas internacionais trouxe, a partir da década de 1970, recursos financeiros para os investimentos e segurança na demanda dos produtos pelas empresas formadas na forma de Joint Venture: Itabrasco, Hispanobrás, Nibrasco e Kobrasco. Na configuração atual, os seguintes sócios permanecem na gestão compartilhada dessas companhias: EMPRESA SÓCIO PARTICIPAÇÃO (%) Itabrasco Ilva/Itália 49 Hispanobrás Nibrasco Arcelor Mittal/Inglaterra JSM (Japanese Steel Mills)/Japão Kobrasco Posco/Coréia do Sul 50 No processo de consolidação da área de mineração, a partir de 2000, a Vale fez aquisições da Ferteco (100% / 1 planta) e parte da Samarco (50% / 2 plantas). A capacidade total brasileira é de cerca de 55 milhões de toneladas, o que representa 15% da produção mundial (377 milhões de toneladas). Nessa configuração, a Vale tem participação em todos os ativos brasileiros de pelotização. No momento atual, 2008, a empresa investe em 3 outras grandes unidades brasileiras: Vale 3, Samarco 3 e Vargem Grande, o que possibilitará a oferta ao mercado de mais 22,5 milhões de toneladas de pelotas por ano, até Nesse ano, a MMX deverá estar entrando com sua primeira unidade fabril no Brasil, com capacidade de 7 milhões de toneladas de pelotas por ano, de acordo com a concepção do seu projeto Minas- Rio. 25

27 Tabela 3 Capacidade mundial de pelotização e futura expansão (3,6,16) 26

28 Em nível mundial, considerando-se os vários projetos em andamento, a capacidade de produção deverá atingir a marca de 500 milhões de toneladas de pelotas por ano, em A China será responsável por grande parcela desse crescimento, haja vista seu plano de aumento gradual de pelotas na carga dos altos fornos de 5 a 10%, atuais, para 15 a 20%. A produção Brasileira de minério de ferro e pelotas, conforme a Figura 5 atingiu o recorde de 370 milhões de toneladas em 2007, no qual se incluem 54 milhões de toneladas de pelotas (19% e 15% das produções mundiais, respectivamente). Em relação a 2006, houve um crescimento de 16% no minério total e de 7% na pelotização. As principais empresas produtoras no Brasil, em 2007, foram (15) : EMPRESA PRODUÇÃO t x 10 6 % Vale CSN 19 5,1 MMX 3,5 0,9 MCR 2,1 0,6 Segundo o DNPM (10), há no Brasil cerca de 300 concessões de lavra e 50 minas de minério de ferro em operação, todas lavrando a céu aberto. São 32 classificadas como de grande porte, extraindo mais de 1 milhão de toneladas de ROM (Run of Mine) por ano. As designadas por médias e pequenas somam 18, com montante de ROM menor que 1 milhão de toneladas por ano. A Vale, que vem realizando intensivos investimentos nessa área ao longo do tempo, inclusive participando ativamente da consolidação do setor em nível mundial, detém o domínio absoluto da produção global de minério de ferro e pelotas, para fins de comercialização, nos mercados brasileiro e transoceânico (seaborne trade). Contando com modernos sistemas de produção e logística, escala competitiva e investindo considerável soma de recursos em pesquisa e desenvolvimento, pode assegurar ao parque siderúrgico nacional o suprimento estável de minério, em quantidade, qualidade e preços de mercado competitivos. Nesse aspecto, conforme se vê na Figura 5 (17), o consumo brasileiro de minério de ferro e de pelotas pela siderurgia cresce em ritmo lento, comparativamente à produção e à exportação. 27

29 Capítulo 4 MERCADOS DE MINÉRIO DE FERRO E PELOTAS PERSPECTIVAS 4.1 AMBIENTE MACROECONÔMICO O ano de 2007 (6) foi marcado por uma série de acontecimentos no mundo, com impacto positivo sobre o setor mineral, em particular na mineração de ferro, mas, também, por incertezas e riscos: Rápido crescimento econômico em muitos países populosos e em desenvolvimento; Altos e crescentes níveis de consumo de minerais e de petróleo; Aumento dos preços dos minerais, minérios e energia em geral; Continuado movimento de consolidação do setor de mineração; Manifestações nacionalistas de estatização de ativos em mineração e aumento abusivo de taxas e impostos nas atividades do setor mineral, com grandes perdas para os empreendedores (Bolívia, Venezuela, China, Rússia, Romênia, países Africanos, etc.); e Crise no setor imobiliário dos Estados Unidos ( subprime loan ). No início de 2007, uma parte do mundo experimentava um robusto crescimento econômico (PIB). Isso era especialmente verdadeiro para 4 países em desenvolvimento. China e Índia lideravam a corrida, com 11 e 9%, respectivamente. Brasil e Rússia caminhavam mais moderadamente, porém com números também expressivos: 4,8 e 7,9%, respectivamente. Já, para os países desenvolvidos, o crescimento era de inexpressivo a moderado. Nos EUA, a taxa estava em declínio de 3,1%, ao final de 2006, para 2,1%, no primeiro quarto de 2007, enquanto a União Européia variava no entorno de 2,5%. No Japão, também no primeiro quarto, houve um crescimento de 2,1 para 2,3 %. Ao longo do ano, a China continuou apresentando altas taxas de crescimento, porém com índices de inflação crescentes, obrigando o banco central a aumentar as taxas de juros várias vezes. A Índia também continuou com alta taxa de crescimento do PIB ao longo de 2007, experimentando, também, aumento da inflação. O Brasil teve crescimento anual em torno de 5,0%, e, como a China, experimentou pressões inflacionárias no final do ano. Na Rússia, o crescimento manteve-se no entorno de 8% e, como China, Índia e Brasil, com inflação preocupante. Japão e União Européia apresentaram taxas de crescimento decrescentes, no segundo semestre, sendo que na União Européia houve moderado aumento de preços ao consumidor. Sendo dependentes de importação de minerais para as indústrias de transformação, os altos preços transformaram-se numa preocupação. 28

30 Nos EUA, dois fatores foram os principais responsáveis pela redução do crescimento econômico e aumento de preços: o alto preço do petróleo e a limitação do crédito. O problema do petróleo estava e continua sendo causado pelo crescimento acelerado do consumo, principalmente na China. A escassez de crédito teve como fundamento a crise do setor imobiliário no país ( subprime loans ), que se estendeu até os mercados financeiros dos países desenvolvidos. EUA, União Européia e Japão foram obrigados a injetar centenas de bilhões de dólares americanos para manter a liquidez no mercado de capitais. É importante destacar que esses problemas dos empréstimos e hipotecas residenciais começaram a restringir e a dificultar o acesso do setor de mineração ao financiamento de projetos, principalmente das empresas emergentes (Junior Companies). Nesse cenário, considerando-se que o consumo de aço e, por conseguinte, o de minério de ferro têm relação estreita com o crescimento econômico ou PIB dos países, deve-se esperar certa estabilidade de demanda per capta nos paises desenvolvidos, pelo menos no médio prazo (Figuras 6, 7 e 8). Quanto aos países em desenvolvimento, a China deverá continuar a comandar o crescimento da demanda de minerais e minérios, em especial o de ferro, haja vista seu ambicioso plano de desenvolvimento do país e da siderurgia. Embora tenha enormes reservas de minério de ferro, elas são de baixo teor, com taxa de recuperação pequena, baixa qualidade dos produtos concentrados e altos custos operacional de extração, de beneficiamento e de transporte. Na cadeia mineraçãosiderurgia chinesa, estudos técnico-econômicos indicam que esse país deverá continuar a importar grandes quantidades de minério de ferro, representando 50 a 60% de suas necessidades. Índia, Rússia e Brasil experimentarão, também, crescimento do setor de siderurgia. Porém, como são detentores de grandes reservas de minério de ferro, terão plenas condições suprir suas necessidades, sem impactar a demanda do mercado transoceânico ( seaborne trade ). Isso será verdade, claro, se esse processo for conduzido com planejamento adequado, em que sejam feitos os investimentos necessários na mineração de ferro e na infra-estrutura dos dois primeiros. Como Índia e Rússia são exportadores de minério de ferro, atualmente, terão de promover o seu crescimento de forma equilibrada, para não causar desequilíbrio na oferta de minério ao mercado mundial. 29

31 Figura 6 Evolução e projeção da taxa de crescimento do PIB de países desenvolvidos e em desenvolvimento (FMI) (19) 30

32 Figura 7 Relação entre PIB e consumo Figura ( 17, 19 ) aparente de aço, em base per capita/ano. 8 Evolução e projeção do PIB per capita ano para alguns países desenvolvidos e em desenvolvimento ( 19 ) 31

33 A situação brasileira é bastante diferente, haja vista que o consumo interno de minério pela siderurgia é de cerca de 15% da quantidade produzida no país. Portanto, o setor siderúrgico nacional estará suprido, no médio e longo prazo, com o melhor produto disponível no mercado mundial. O Brasil, com suas grandes reservas em quantidade e qualidade, seu moderno parque produtor, instalações de grande escala e integrada no conceito minaferrovia-porto, continuará a beneficiar-se do crescimento da mineração de ferro e de sua liderança no mercado mundial desse insumo. 4.2 OS PREÇOS DO MINÉRIO DE FERRO E PELOTAS O preço de referência minério de ferro ( benchmarking price ) é definido, mundial e anualmente, em complexas negociações entre grupos de siderúrgicas e os principais fornecedores. A Vale e as anglo-australianas, Rio Tinto e BHPB, (the big 3), que detêm em torno de 75% do mercado transoceânico, lideram as discussões pelo lado da oferta. Pelo lado da demanda, as siderúrgicas organizam-se em grupos e, normalmente, com as seguintes representações: a Thyssen-Krupp lidera as alemãs, negociando os preços para a Europa e a Nippon Steel, coordenando as japonesas, assume as discussões para definição dos preços na Ásia. Com o advento da expansão acelerada da produção de aço na China, e conseqüente aumento da demanda de minério de ferro no seaborne, as siderúrgicas chinesas têm participado das negociações nos últimos anos, sob a liderança da Baosteel. Definidos os acordos, e ajustadas as condições em base FOB/porto de referência do fornecedor, os preços passam a vigorar em todos os mercados. No caso das pelotas, a Vale toma a liderança da oferta nas negociações, tanto na Europa quanto na Ásia, em vista de sua participação no mercado transoceânico de pelotas (40%, incluindo sua participação na Samarco). No caso do Brasil, os preços de referência para o mercado interno são definidos, excluindo-se do FOB/porto os preços de transporte mina-porto de embarque. Ou seja, é definido um preço de referência FOB/mina, servindo de base para as negociações com as siderúrgicas nacionais. Na definição dos preços dos diferentes minérios, fatores como localização dos portos de embarque, preços dos fretes marítimos, conteúdo em ferro, ultrafinos e impurezas, dentre outros, são levados em consideração. No contexto da logística, os minérios das Américas e África, em especial os Brasileiros, dominam o mercado Europeu, os Australianos têm maior presença nos mercados Asiáticos. Como explicado anteriormente, a produção de minério de ferro gera 3 produtos básicos: granulado (lump), sinter feed e pellet feed. O sinter feed constitui-se, atualmente, na carga metálica mais importante para a Siderurgia. Passa pelo 32

34 processo de aglomeração em sinterização, gerando o sinter que alimenta os altosfornos. O sinter é um aglomerado relativamente friável que não resiste a grande manuseio e transporte, o que poderia degradá-lo, gerando finos indesejáveis para o alto forno. Por essas razões, via de regra, as plantas de sinterização estão localizadas dentro das Siderúrgicas, compondo seu ativo produtivo. De sua vez, o pellet feed é aglomerado nas pelotizações, gerando as pelotas para alto-forno e redução direta. As pelotas constituem-se num material muito mais resistente a manuseio que o granulado e o sinter, apresentando alto nível de qualidade químicofísico-metalúrgica. Por ajustes no processo produtivo, é possível produzi-las com ampla variedade de composição química, variando-se, por exemplo: os teores de sílica e de alumina, ganga básica (CaO +MgO), elementos deletérios (P,S,V,Ti,Pb,Cl). No caso das pelotizações, os ativos estão, em parte, dentro dos complexos siderúrgicos ou em minas de sua propriedade, e parte em instalações dos fornecedores de minério de ferro (nas minas e nos portos). Sendo os investimentos em ativos de pelotização de grande monta, as mineradoras têm assumido essa atividade e dominado o mercado mundial de pelotas. Para se ter uma idéia da importância desses minérios na Siderurgia, o que impacta as negociações de preços, as cargas médias dos altos-fornos, em diferentes países, no início dos anos 2000, são apresentadas no Quadro 3. É importante caracterizar que a carga básica dos reatores de redução direta é a pelota, usada em mais de 90% dos reatores no mundo. O complemento é feito com lump de boa qualidade, cuja ocorrência no mundo vem diminuindo. A tendência nessa área é de uso de 100% de pelotas, de alto conteúdo em ferro (% Fe > 67). Vê-se a importância do sinter feed para a Siderurgia, por ser o produto base na negociação anual e o primeiro a ter o preço definido (benchmarking price). Em função do seu peço, definem-se os preços dos demais produtos, caracterizando-se os prêmios para o lump e pelota (premium values). No caso do pellet feed, sendo um produto ultrafino e de uso limitado em sinterização, normalmente há uma depreciação em relação ao sinter feed, da ordem de até 10%, dependendo da sua qualidade. Pellet feed muito puro, rico em ferro (% Fe > 68%) e de baixa impureza, próprios para a produção de pelotas para redução direta (em franca expansão), poderão ter seus preços muito valorizados, sobre passando aqueles básicos do sinter feed. 33

35 Quadro 3 - Carga média dos altos-fornos (início dos anos 2000) PAÍS % SINTER % LUMP % PELOTA Estados Unidos Europa Japão China Brasil (Integradas) Brasil (Guseiros) A pelotização está passando por momento de grande expansão e ganhará mais espaço na carga dos altos-fornos. O crescimento dessa atividade na China tem sido muito acelerado, prevendo-se que as pelotas estarão participando da carga dos altos-fornos em proporção de 15 a 20%, por volta de Isso impactará o mercado de pellet feed, haja vista que os chineses dependerão da importação desse ultrafino para a alimentação de seu parque pelotizador. As minerações, por seu lado, estão implantando novas unidades, e estudando outras mais, para aproveitar as oportunidades que vão surgindo. A pelotização é intensiva em capital e energia, porém é o único processo existente para tratar os minérios ultrafinos e destiná-los aos altos-fornos e reatores de redução direta. Em face dessa importância crescente, nos últimos anos os preços das pelotas foram elevados consideravelmente. A grande escalada da China, em direção ao aço, impulsionou sobremaneira o mercado de minério de ferro e pelotas. Na Figura 9, pode-se verificar a evolução de preços, no período de 2000 a 2008, para o sinter feed e pelotas da Vale, em base FOB, porto de Tubarão (1). Naquela figura, observa-se, também, a tendência de aumento do prêmio das pelotas, em relação ao sinter feed. É convenção, no mercado, definir-se o preço da unidade metálica (1% Fe), para 1 tonelada, em base seca. Isto se deve ao fato de que os minérios terem diferentes teores de ferro. Assim se expressa esse preço como: Centavos de Dólares Americanos (USD Cents) / 1% Fe / 1 tonelada seca. Na figura 10 é mostrada a evolução dos preços de frete spot nas rotas Brasil- China e Austrália-China, entre 2000 e Subiram, vertiginosamente, com a expansão chinesa e com o grande volume de produtos em importação, em especial o minério de ferro. Os oceanos navegáveis vão se congestionando e navios e portos de maiores tamanhos são demandados. 34

36 A Austrália e suas mineradoras, em face da sua privilegiada posição geográfica, têm grande vantagem em relação ao Brasil, no tocante à competitividade na China. A diferença atual de frete, no transporte de minério de ferro, é altamente relevante. Para que as empresas de mineração brasileiras possam continuar fortemente presentes nesse mercado, alguns pontos serão fundamentais: Conceituar o diferencial positivo de qualidade dos minérios de ferro brasileiros, com definição clara de valor de uso (value in use); Aumentar a produtividade e racionalizar os custos operacionais; Incentivar e ou desenvolver a indústria naval, criando os meganavios de capacidade maior que 500 mil toneladas de carga, como já estuda a Vale (1). Com relação ao primeiro ponto, a Geometalurgia poderá dar uma contribuição relevante, por meio da caracterização das reservas de minério de ferro e definição da performance dos minérios no beneficiamento e na siderurgia. Aqui, os centros de pesquisa e desenvolvimento privados e governamentais, em especial as Universidades, terão um papel relevante. Os fundamentos assim gerados são essenciais para os desenvolvimentos de negócios, tanto em momento de expansão quanto de retração de mercado. Considerando-se os preços de fretes no seaborne, pesquisas devem ser incentivadas para agregação de valor aos minérios de ferro, por exemplo, a préredução, com eliminação parcial do oxigênio e concentração de ferro nos produtos minerais. A grande escalada de preços dos minérios de ferro e pelotas tem incomodado sobremaneira os siderurgistas e impulsionado as pesquisas minerais, mundo afora. 35

37 Figura 9 Evolução dos preços de sinter feed e pelotas de minério de ferro, em base FOB, porto de Tubarão da Vale (1) Figura 10 Evolução dos preços spot de frete em navios tipo Cape Size para a China ( 11, 20, 21 ) (minério de ferro) 36

38 Nesse aspecto, as seguintes tendências têm sido constatadas: Grandes siderúrgicas e/ou grupos estão investindo em ativos de mineração de ferro como forma de garantir, pelo menos, parte de seu suprimento e redução dos custos de matéria-prima. Nesse segmento, podem ser citados: grupo Arcelor Mittal (deseja atingir até 40% de sua demanda), grupo Tata- Corus, JSM, Posco, Baosteel, grupo Usiminas-Cosipa, grupo Gerdau, etc.. Viabilização de recursos minerais de ferro, antes inimaginável, no médio prazo. Destacam-se, nesse caso, os projetos geradores de 100% de pellet feed, intensivos em capital e em fatores de custo operacional. No Brasil, a aquisição recente da mineração J.Mendes pelo grupo Usiminas-Cosipa, com investimento superior ao bilhão de dólares americanos, fez acender as discussões sobre o papel dos setores de mineração de ferro e siderurgia no desenvolvimento nacional. E algumas questões têm sido levantadas nas mídias nacional e internacional: O atual mercado de minério de ferro Brasileiro compromete a competitividade da siderurgia nacional frente aos de outros países? A Siderurgia, desviando recursos de investimento para a mineração, não estaria fugindo de seu core business e perdendo oportunidades no mercado de aço? Há muitas controvérsias nas opiniões sobre esse tema, não havendo um consenso a respeito. De qualquer forma, outros grupos siderúrgicos desenvolvem ações na direção das minas de minério de ferro. Ainda com relação à definição de preços dos minérios e pelotas, em que a unidade metálica (1% Fe) é precificada, há de se tecer algumas considerações sobre o caso específico das pelotas. Embora haja uma diferenciação entre as pelotas de redução direta e as de alto-forno, sendo aquelas premiadas em 10% devido aos altos teores de ferro e pureza, não há qualquer diferenciação estabelecida para os diferentes tipos de pelotas para alto-forno. A Figura 11 (3) mostra a relação entre o teor de ferro e a basicidade quaternária das pelotas, para diferentes tipos teores de ganga ácida (SiO 2 +Al 2 O 3 ), na qual fica caracterizada a grande gama de pelotas possíveis de se produzir, destacando se os grupos das pelotas ácidas, fundentes e superfundentes. Assim, definindo-se um preço base para a unidade metálica das pelotas para alto-forno ou mesmo redução direta, há um desestímulo ao desenvolvimento de pelotas fundentes ou superfundentes, de melhor performance nos reatores siderúrgicos (cadeia redução-aciaria), haja vista que o aumento da basicidade da pelota implica 2 pontos negativos para os produtores: 37

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