ATA DE REUNIÃO DO COMITÊ DE INVESTIMENTOS - COMIN COMIN - Nº 06/2014
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1 ATA DE REUNIÃO DO COMITÊ DE INVESTIMENTOS - COMIN COMIN - Nº 06/2014 Data: 31/03/2014 Participantes Efetivos: Edna Raquel Rodrigues Santos Hogemann Presidente, Valcinea Correia da Silva Assessora Especial, Mariana Machado de Azevedo Economista, Debora Ribeiro Duarte Arditti Diretora do Departamento de Pessoal e Roberto Franco Pereira Tesoureiro. Às dez horas do dia trinta e um de março de dois mil e quatorze, atendendo a convocação, reuniram-se os participantes supramencionados, devidamente qualificados, passando-se a ser objeto de análise pelos presentes: 1)Análise de Rentabilidade Dando início aos trabalhos, a Sra. Mariana Azevedo apresenta os demonstrativos de rentabilidade dos 3 (três) papéis atualmente operados pelo IPMDC, quais sejam: a) FIC NOVO BRASIL IMA-B RENDA FIXA, administrado pela Caixa Econômica Federal CEF. Em 28/02/2014, alcançou o montante de R$ ,39. No mês, a rentabilidade foi positiva em 3,9280%; e no ano, positiva em 1,6344%, segundo demonstrativo apensado a presente ATA. 1
2 fev-13 mar-13 abr-13 mai-13 jun-13 jul-13 ago-13 set-13 out-13 nov-13 dez-13 Percentual jan-14 fev-14 fev-13 mar-13 abr-13 mai-13 jun-13 jul-13 ago-13 set-13 out-13 nov-13 dez-13 Percentual jan-14 fev-14 Instituto de Previdência dos Servidores Públicos 5,0 4,0 FIC Novo Brasil Ima-B RF LP 3,0 2,0 1,0 0,0-1,0 Série1-2,0-3,0-4,0-5,0 Meses b) CAIXA FI BRASIL IMA-B TIT PUBL RF L, administrado pela CEF. Em 28/02/2014, alcançou o montante de R$ ,65. No mês, a rentabilidade apresentou-se positiva em 4,3641%; e no ano, positiva em 1,7260%, segundo demonstrativo apensado a presente ATA. 5,0 4,0 Caixa FI Brasil Ima-B Tít Públ 3,0 2,0 1,0 0,0 Série1-1,0-2,0-3,0-4,0-5,0 Meses 2
3 Percentual Instituto de Previdência dos Servidores Públicos c) PIATÃ FI RF LP PREVIDENCIÁRIO, administrado pela Gradual Investimentos. Em 28/02/2014, alcançou o montante de R$ ,02. No mês, a rentabilidade foi positiva em 1,87%, e no ano, alcançou uma rentabilidade de 3,06%. 3,0 2,0 Piatã - Evolução dos Rendimentos 1,0 0,0-1,0-2,0-3,0 Série1-4,0-5,0-6,0-7,0 Meses Rentabilidades (em %) Fundos de Investimentos Mês Ano 12 Meses FIC NOVO BRASIL IMA-B 3,9280 1,6344 8,3154- CAIXA FI BRASIL IMA-B 4,3641 1,7260 8,4027- PIATÃ FI RF LP PREVIDENCIÁRIO 1,87 3,06 4,82 Ainda com a palavra, a economista Mariana Azevedo, ressalta que segundo o Boletim Anbima, a recuperação dos preços dos títulos públicos no mercado doméstico, resultou na valorização das carteiras expressas pelo IMA (Índice de Mercado ANBIMA) e seus sub-índices, refletindo a melhora da percepção dos agentes no segmento. A dinâmica dos preços dos ativos, entretanto, seguiu condicionada à divulgação de indicadores econômico-financeiros, não representando uma trajetória que sugira uma tendência de valorização dos 3
4 ativos. Entre os eventos, o resultado do PIB de 2013, o anúncio da meta de 1,9% para o superávit primário de 2014 e a redução do ritmo de elevação da meta da Taxa Selic na reunião do Copom foram os fatores de maior peso nas expectativas dos investidores. Desta forma, o IMA-Geral apresentou retorno de 2,74% em fevereiro, contra uma queda de 0,88% registrada em janeiro. O grande destaque foi a performance do IMA-B, que reflete a carteira indexada, com retorno de 2,87% para os títulos até cinco anos (IMA-B 5) e 5,59% para a carteira com títulos acima desse prazo (IMA-B5+). Para os títulos prefixados, a carteira até um ano variou 1,06% (IRF-M 1) e com títulos acima de um ano houve valorização de 2,85% no período (IRF-M 1+). No mercado secundário de NTN-B, o vencimento 15/8/16 representou 24% do volume mensal negociado, equivalente a um montante de R$ 21 bilhões. A liquidez nesse segmento continua concentrada em poucas maturidades, com os três vencimentos mais líquidos de NTN-B representando 51 % do total do volume mensal negociado. A ponta mais curta da curva de juros representada pelo IRF M apresentou retorno mais modesto, mas acima do apresentado em janeiro. O IRF 1 que reflete a ponta mais curta da curva de juros, apresentou retorno positivo de 1,06%, já o IRF M 1+ que representa o retorno dos títulos prefixados com prazos acima de 1 ano apresentou retorno de 2,845%. Entretanto ainda é cedo para afirmar que esta alta representa uma tendência para este segmento de investimentos de renda fixa. O mês de março iniciou com todos os olhares voltados para a divulgação da ata do Copom. No documento destaca-se a menção sobre a defasagem, e a forma cumulativa de atuação da política monetária, indicando uma clara preferência do Banco Central em não alongar muita mais o ciclo de aperto 4
5 monetário. Aliado a este fato, o IPCA de fevereiro mostrou-se acima das expectativas dos especialistas. Contudo, pior do que o número em si, foram as revisões dos economistas para cima, das próximas divulgações. A pressão de alimentos continua sendo o vilão no curto prazo. De acordo com o Boletim Focus, o mercado financeiro continua não acreditando que o governo será capaz de domar a inflação. Pela quarta vez consecutiva, os principais analistas financeiros do país pioraram suas avaliações sobre o crescimento dos preços ao consumidor brasileiro. O mercado agora estima que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da inflação brasileira, alcançará 6,30% de crescimento em 2014, ficando muito próximo do teto da meta inflacionária estabelecida pelo Banco Central do Brasil (BC) para o ano. Em 2010, a variação dos preços ao consumidor atingiu 5,91% de alta, passando para 6,50% em 2011, para 5,84% em 2012 e para 5,91% em Dado tal cenário, os economistas mantiveram sua perspectiva para a Selic, taxa básica de juros, neste ano em 11,25%. A perspectiva para a inflação é um dos componentes que mais pesam na avaliação do Comitê de Política Monetária (Copom) em suas reuniões periódicas, em que são definidos os rumos da taxa de juros do país. A expectativa é de que o Copom eleve ainda mais os juros - que estão em 10,75% - diante de uma inflação persistente. Para 2015, o mercado manteve também sua expectativa média para o IPCA e para a Selic em 5,80% e 12% ao ano, respectivamente. Ainda segundo o Bacen, o mercado diminuiu de 1,70% para 1,69% sua estimativa média para o crescimento da economia brasileira neste ano. Para 2015, a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) não foi alterada, permanecendo em 2%. 5
6 No Relatório Trimestral de Inflação, o BC projeta alta de 2% para o PIB neste ano, menor que o resultado de 2013 (2,3%) e mais baixo também do que a estimativa da Fazenda, de 2,5%. 2) Cenário Econômico Os países desenvolvidos continuaram sinalizando recuperação do crescimento econômico entre fevereiro e março. Na China os dados econômicos de fevereiro foram desanimadores e fracos, sugerindo uma maior desaceleração da economia. Fatores pontuais como o inverno rigoroso que assolou os EUA explicam a fraqueza recente dos principais indicadores da economia americana. Hipótese esta que sustenta as expectativas de crescimento moderado dos EUA a partir do segundo trimestre de Os indicadores econômicos da economia norte-americana reforçaram percepção de que a fraqueza dos dados no início do ano decorreu das fortes nevascas. Para os mercados mundiais, o principal foco de atenção sobre a economia americana tem sido a taxa de desemprego, por ser o gatilho que o FED colocou para o aumento das taxas de juros. Com a estabilização da taxa de desemprego em torno de 6,7% nos últimos meses e o gatilho está fixado em 6,5%. Toda esta situação tem aumentado o timing do aumento da taxa de juros americana tendo em vista sua grande influência sobre o mercado de câmbio global, incluindo o brasileiro, que convive com uma grande volatilidade do Real. As estatísticas de mercado de trabalho e demais indicadores de atividade econômica apontam para uma possível recuperação em fevereiro. Contudo, a fraqueza nos dados neste início de ano levou os analistas a reduzirem suas projeções para o crescimento do PIB no 1º Trimestre de Segundo especialistas o risco até então era de crescimento mais forte do PIB 6
7 para 2014 (3,0%), o que acabou sendo ajustado ligeiramente (atualmente em 2,7%). A projeção para o PIB americano é de 2,8% para 2014 e 3,1% para A inflação segue baixa, sem indícios de aceleração. Há uma expectativa que o banco central norte-americano (Federal Reserve) dê prosseguimento ao programa de retirada de liquidez da economia ao ritmo de US$ 10 bilhões/mensais. No Brasil, o risco de um possível desabastecimento de energia devido aos baixos níveis das hidrelétricas causou incerteza ao cenário econômico interno em março e tem preocupado o governo. Segundo alguns especialistas do setor, a estiagem mantém altas as chances de haver um racionamento de energia em A chance de ocorrer tal situação ficará mais clara até o final de abril, quando se encerra o período das chuvas. Se as chuvas ficarem inferiores à média histórica até lá, e os reservatórios com níveis, a probabilidade começar racionamento de energia sobe consideravelmente. Sendo assim, o cenário econômico doméstico continua com incertezas, uma vez que a estiagem terá um impacto relevante sobre os preços dos alimentos. Por conta disso, projeta-se uma elevação do IPCA para 2014 de 6,2% para 6,4% e para 2015 de 5,5% para 6,0%. No setor externo, a taxa de câmbio mais depreciada reforça algumas expectativas de reversão de deterioração do déficit das transações correntes até o final de A balança comercial voltou a ter um déficit de US$ 2,1 bilhões em fevereiro, pior resultado para o mês na série histórica. Aliado ao resultado de janeiro, o déficit do primeiro bimestre de 2014, US$ 6,2 bilhões, também é o pior da série histórica. Em virtude da decepção do nosso saldo comercial nestes primeiros meses do ano, estamos cada vez mais dependentes do fluxo de investimentos em portfólio para melhorarmos o nosso balanço de pagamento. Desse modo 7
8 apesar do alto fluxo de investimentos estrangeiros a procura de retornos mais altos, a dependência deste tipo de movimento fica cada vez mais necessária para fechar as contas. Sabe-se que este tipo de aplicação pode ser interrompida rapidamente, principalmente se as taxas de retorno americana aumentar. Segundo alguns analistas do mercado financeiro, o mês de março foi marcado pela forte entrada de recursos estrangeiros no mercado brasileiro. Até o dia 27/03, o saldo líquido de recursos estrangeiros na BM&F Bovespa era de R$ 2,2 bilhões. No ano, a atuação do investidor estrangeiro nas compras superaram as vendas em aproximadamente R$ 2,6 bilhões. No final de março a agência de classificação de risco Standard & Poor's rebaixou a nota de crédito soberano do Brasil de "BBB" para "BBB-", com perspectiva estável, a anterior era negativa. Segundo a S&P, piora na política fiscal e o menor crescimento econômico justificaram o movimento. Apesar do rebaixamento da nota, o país se mantém como grau de investimento. Um assunto que dominou a roda de investidores no mês de março foi a corrida às eleições presidenciais. Se por um lado a confirmação do rebaixamento da nota de crédito brasileira fez pouco eco entre os investidores, a pesquisa CNI/Ibope mostrando queda na avaliação positiva da presidente Dilma Rousseff foi recebida com destaque pelo mercado financeiro. 3) Considerações Gerais Foi marcada a próxima reunião do Comitê de Investimentos para o dia 15 de abril de 2014, às 10 horas. Nada mais. 8
9 Edna Raquel R. Santos Hogemann Valcinea Correia de Silva Presidente Assessor Especial Débora Ribeiro Duarte Arditti Mariana Machado de Azevedo Diretora do Departamento de Pessoal Economista Roberto Franco Pereira Tesoureiro Anexos: Extrato Piatã FI RF LP Prev Crédito Privado Extrato FIC Novo Brasil IMA-B Renda Fixa LP Extrato Caixa FI Brasil IMA-B Tit Publ RF LP Boletim Anbima Março/2014 9
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