TRABALHO ORIENTAÇÃO. Confira os direitos trabalhistas dos empregados domésticos após a LC 150/2015. EMPREGADO DOMÉSTICO Normas Gerais

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "TRABALHO ORIENTAÇÃO. Confira os direitos trabalhistas dos empregados domésticos após a LC 150/2015. EMPREGADO DOMÉSTICO Normas Gerais"

Transcrição

1 TRABALHO ORIENTAÇÃO EMPREGADO DOMÉSTICO Normas Gerais Confira os direitos trabalhistas dos empregados domésticos após a LC 150/2015 Neste Comentário, vamos abordar os direitos trabalhistas que foram estendidos aos empregados domésticos pela Emenda Constitucional 72/2013, regulamentada pela LC Lei Complementar 150/2015. Em próximos Fascículos, abordaremos os procedimentos relativos ao Simples Doméstico e aos benefícios previdenciários. 1. DEFINIÇÃO O empregado doméstico é definido como aquele que presta serviços de natureza contínua, subordinada, onerosa e pessoal e de finalidade não lucrativa à pessoa ou à família, no âmbito residencial destas. Para ser caracterizado como empregado doméstico, a prestação de serviços deve ocorrer por mais de 2 dias por semana, ou seja, a partir de 3 dias por semana. Estão abrangidas nesta categoria, dentre outras, as atividades de cozinheira, governanta, babá, lavadeira, faxineira, vigia, motorista particular, jardineiro, caseiro (quando o sítio ou local onde exerce sua atividade não tenha fim lucrativo) e acompanhante de idosos. Como a lei definiu que o empregador doméstico é a pessoa ou a família, há casos em que será necessário substituir o responsável pelo contrato de trabalho. É o caso, por exemplo, de uma empregada doméstica que está registrada por um dos entes da família que vem a falecer ou afastar-se do ambiente familiar, mas ela continua prestando serviços para a mesma família. Nesse caso, será necessário substituir o responsável pelo contrato de trabalho, sem alteração das demais condições pactuadas DIARISTA Considerando o exposto anteriormente, os empregados diaristas são aqueles que prestam serviço até 2 dias na semana. 2. CARTEIRA DE TRABALHO A CTPS Carteira de Trabalho e Previdência Social será obrigatoriamente apresentada, contrarrecibo, pelo empregado doméstico ao empregador que o admitir, o qual terá o prazo de 48 horas para nela anotar, especificamente, os dados mencionados posteriormente e, quando for o caso, os contratos de experiência e por tempo determinado para substituição de outro empregado doméstico afastado de suas atividades REGISTRO NA CARTEIRA DE TRABALHO O empregador procederá ao registro do contrato de trabalho do empregado, anotando na CTPS os seguintes dados: a) do empregador; b) cargo ou função a ser exercida; c) data da admissão; d) salário mensal ajustado; e e) assinatura do empregador. Na hipótese da celebração de contrato por prazo determinado, esta informação também deverá ser anotada na CTPS. 3. CONTRATO DE TRABALHO O empregador doméstico poderá firmar com seu empregado duas modalidades de contrato de trabalho, sendo por prazo determinado ou indeterminado. Além do contrato anotado na CTPS, o empregador doméstico também poderá elaborar um contrato, a ser assinado pelas partes, a fim de especificar com maior clareza as normas que regerão a relação trabalhista PRAZO DETERMINADO É facultada a contratação, por prazo determinado, do empregado doméstico: a) mediante contrato de experiência; b) para atender necessidades familiares de natureza transitória e para substituição temporária de empregado doméstico com contrato de trabalho interrompido ou suspenso. No caso da letra b, a duração do contrato de trabalho é limitada ao término do evento que motivou a contratação, obedecido o limite máximo de 2 anos. O contrato por prazo determinado deverá ser anotado, desde o início da relação, na CTPS, na página de Anotações Gerais Prorrogação O contrato de experiência não poderá exceder ao prazo total de 90 dias, podendo ser prorrogado uma vez, desde que a soma dos 2 períodos não ultrapasse o prazo limite. Assim, se um contrato de experiência for celebrado pelo prazo de 30 dias e for prorrogado por mais 30 dias, totalizando 60 dias, não será passível de nova prorrogação Transformação em Prazo Indeterminado O contrato de experiência passará a vigorar como contrato de trabalho por prazo indeterminado quando: a) houver continuidade do serviço e não for prorrogado após o decurso de seu prazo previamente estabelecido; ou b) ultrapassar o período de 90 dias Rescisão pelo Empregador Durante a vigência dos contratos por prazo determinado previstos no subitem 3.1, o empregador que, sem justa causa, despedir o empregado é obrigado a pagar-lhe, a título de indenização, metade da remuneração a que teria direito até o termino do contrato. Assim, por exemplo, um empregado contratado por 60 dias que seja despedido ao final de 40 dias, tem direito a 10 dias (20 dias divididos por 2) de remuneração a título de indenização Rescisão pelo Empregado Quando o contrato por prazo determinado é, sem justo motivo rescindido pelo empregado, este deve indenizar o empregador pelos prejuízos resultantes dessa resolução. Contudo, essa indenização não poderá exceder àquela a que o empregado doméstico teria direito, na forma examinada no subitem Aviso-Prévio Não será exigido aviso-prévio durante a vigência dos contratos de experiência e por prazo determinado para a substituição de outro empregado doméstico afastado de suas atividades EMPREGADO MENOR DE 18 ANOS É vedada a contratação de menor de 18 anos para desempenho de trabalho doméstico, de acordo com o Decreto 6.481/2008, que atualizou a lista de atividades econômicas consideradas insalubres e perigosas para o trabalho de menores de 18 anos. LEGISLAÇÃO TRABALHISTA 349

2 COAD FASCÍCULO 42/2015 TRABALHO 4. SALÁRIO/PISO SALARIAL O empregado doméstico tem direito ao salário-mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender as suas necessidades vitais básicas e às de sua família. O piso salarial proporcional à extensão e à complexidade do trabalho é um direito assegurado pela Constituição Federal a todos os trabalhadores, menos à categoria dos empregados domésticos. Entretanto, a Lei Complementar 103/2000, ao regulamentar o pagamento do piso salarial previsto na Constituição, quando autorizou os Estados e o Distrito Federal a instituí-lo, dispôs que o mesmo pode ser estendido aos empregados domésticos. Assim, os empregadores domésticos devem observar se em seu Estado ou Distrito Federal existe Lei estabelecendo o piso salarial extensivo ao doméstico APURAÇÃO DO SALÁRIO O salário-hora normal, em caso de empregado mensalista, será obtido dividindo-se o salário mensal por 220 horas, salvo se o contrato estipular jornada mensal inferior que resulte em divisor diverso, por exemplo, 200 horas. Assim, o divisor para o empregado que trabalha 44 horas semanais (8 horas diárias, de 2ª a 6ª feira, e 4 horas no sábado, por exemplo) é 220. Já para o que trabalha 40 horas semanais (8 horas diárias, de 2ª a 6ª feira, por exemplo) o divisor é 200. O salário-dia normal, em caso de empregado mensalista, será obtido dividindo-se o salário mensal por 30 e servirá de base para pagamento do repouso remunerado e dos feriados trabalhados RECIBO O empregador deve pagar, contrarrecibo, assinado pelo empregado, a remuneração devida ao empregado doméstico, no qual conste, discriminado, o valor do salário, as parcelas salariais, bem como os descontos previstos em lei. Esse procedimento deve ser adotado, uma vez que, na hipótese de ocorrer reclamação perante a Justiça do Trabalho, não é aceita prova testemunhal do pagamento dos salários, sendo exigido sempre recibo escrito EMPREGADO ANALFABETO No caso de ser o empregado analfabeto e na impossibilidade de ser obtida a aposição de sua impressão digital no recibo, o pagamento deverá ser efetuado na presença de uma pessoa que assinará o recibo, a seu rogo, diante de duas testemunhas REAJUSTE DE SALÁRIOS Cabe aos empregadores domésticos decidir se reajustarão o salário de seus empregados, seguindo a política aplicável aos trabalhadores em geral, ou se aguardarão índice para reajustamento do salário-mínimo ou do piso salarial regional, quando for o caso. No caso de pagamento de salário-mínimo ou piso salarial, o reajuste ocorrerá, sempre que o referido valor for alterado por ato do governo. 5. DESCONTOS NO SALÁRIO É vedado ao empregador doméstico efetuar descontos no salário do empregado por fornecimento de alimentação, vestuário, higiene ou moradia, bem como por despesas com transporte, hospedagem e alimentação em caso de acompanhamento em viagem. Contudo, poderão ser descontadas as despesas com moradia quando essa se referir a local diverso da residência em que ocorrer a prestação de serviço, e desde que essa possibilidade tenha sido expressamente acordada entre as partes. É facultado ao empregador efetuar descontos no salário do empregado em caso de adiantamento salarial e, mediante acordo escrito entre as partes, para a inclusão do empregado em planos de assistência médico-hospitalar e odontológica, de seguro e de previdência privada, não podendo a dedução ultrapassar 20% do salário. As despesas referidas anteriormente não têm natureza salarial nem se incorporam à remuneração do empregado doméstico para quaisquer efeitos. O fornecimento de moradia ao empregado doméstico na própria residência ou em morada anexa, de qualquer natureza, não gera ao empregado qualquer direito de posse ou de propriedade sobre a referida moradia VALE-TRANSPORTE O empregador doméstico deve adquirir o vale-transporte para fornecer ao seu empregado, a fim de atender às necessidades deste no deslocamento entre a residência e o local de trabalho e vice-versa. O empregado somente poderá ser descontado em até 6% do seu salário-base ou o custo das passagens, se inferior a este, arcando o empregador com a diferença. A Lei Complementar 150/2015 permite ao empregador doméstico a substituição do vale-transporte pelo pagamento em dinheiro para a aquisição das passagens necessárias ao deslocamento do empregado doméstico da residência-trabalho e vice-versa. O empregador poderá deixar de fornecer o vale-transporte. Nesse caso, o empregado deve comprovar não fazer uso do benefício, bem como assinar formulário próprio, vendido em papelaria especializada FALTAS AO TRABALHO Poderão ser descontados do salário do empregado doméstico os dias que tenha faltado sem apresentar justificativa legalmente admitida. Levando em conta que a Lei Complementar 150/2015 estabeleceu a aplicabilidade da Lei 605/49, e subsidiariamente, a CLT Consolidação das Leis do Trabalho, ao empregado doméstico, também são estendidas a eles, entre outras, as seguintes ausências justificadas: até 2 dias consecutivos, em caso de falecimento do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que, declarada na CTPS do empregado, viva sob sua dependência econômica; até 3 dias consecutivos, em virtude de casamento; por 5 dias, em caso de nascimento de filho, no decorrer da primeira semana; e até 2 dias consecutivos ou não, para o fim de se alistar eleitor. 6. AMPLIAÇÃO DOS DIREITOS CONSTITUCIONAIS A EC Emenda Constitucional 72/2013 alterou o parágrafo único do artigo 7º da Constituição Federal, ampliando os direitos trabalhistas para os trabalhadores domésticos. Examinamos, a seguir, os direitos que passaram a ser devidos após a EC 72/2013, e foram regulamentados pela LC 150/ JORNADA DE TRABALHO A duração do trabalho normal não pode ser superior a 8 horas diárias e 44 semanais CONTROLE DE HORÁRIO É obrigatório o registro do horário de trabalho do empregado doméstico por qualquer meio manual (livro de ponto ou folha individual de ponto), mecânico (relógio de ponto) ou eletrônico (sistemas para computador), desde que idôneo HORAS EXTRAS Hora extra é aquela que ultrapassa o limite legal ou contratual da jornada diária ou semanal. Foi garantido aos empregados domésticos remuneração do serviço extraordinário, no mínimo, 50% à superior ao valor da hora normal. O salário-hora normal, no caso do empregado mensalista e de acordo com o mencionado no subitem 4.1, será obtido dividindo-se o salário mensal por 220 horas, salvo se o contrato estipular jornada mensal inferior que resulte em divisor diverso (ex. 180 horas). Sendo assim, o valor da hora extra será calculado utilizando-se o valor do salário mensal dividido pelo número de horas mensais (220 horas). O valor encontrado será o valor correspondente a uma hora normal que deverá ser acrescido de 50% sobre este valor. O resultado é o que corresponde a uma hora extra. LEGISLAÇÃO TRABALHISTA 348

3 Cômputo no Repouso Semanal Remunerado A integração das horas extras no repouso se dará com base na semana normal de trabalho, sendo a mesma apurada na base de 1/6 da jornada extraordinária, acrescida do respectivo adicional. Vale lembrar que há fiscais do trabalho que entendem que o cálculo do repouso da hora extra deve ser apurado considerando-se o valor das horas extras elaboradas dividindo-se pelo número de dias úteis do mês e multiplicando-se pela quantidade de domingos e feriados do mês. Cabe ao empregador doméstico adotar o procedimento que lhe pareça mais justo, já que a legislação não disciplina o assunto Exemplo Prático Uma empregada doméstica ganha a quantia de R$ 960,00, sabendo-se que ela fez 10 horas extras no mês, qual será a sua remuneração mensal? Salário Mensal: R$ 960,00 Valor da Hora Normal: R$ 960, (horas/mês) = R$ 4,36 Valor de uma Hora Extra: R$ 4,36 x 1,50 = R$ 6,54 Valor Total das Horas Extras: R$ 6,54 x 10 horas extras = R$ 65,40 Repouso Semanal s/ Horas Extras: R$ 65,40 x 1/6 = R$ 10,90 Total Bruto da Remuneração no Mês: R$ 960,00 + R$ 65,40 + R$ 10,90 = R$ 1.036,30 Veja a ressalva constante do item COMPENSAÇÃO DE HORAS Poderá ser dispensado o acréscimo de salário e instituído regime de compensação de horas, mediante acordo escrito entre empregador e empregado, se o excesso de horas de um dia for compensado em outro dia. No regime de compensação citado anteriormente, será devido o pagamento, como horas extraordinárias, das primeiras 40 horas mensais excedentes ao horário normal de trabalho; Dessas 40 horas referidas anteriormente, poderão ser deduzidas, sem o correspondente pagamento, as horas não trabalhadas, em função de redução do horário normal de trabalho ou de dia útil não trabalhado, durante o mês Banco de Horas O saldo de horas que excederem as 40 primeiras horas mensais, já deduzidas as horas não trabalhadas, quando for o caso, será compensado pelo empregado doméstico no período máximo de 1 ano. Para tanto, o empregador vai precisar elaborar um banco de horas para computar as horas que o empregado terá direito a folgar ou reduzir de sua jornada de trabalho até liquidar esse saldo num prazo máximo de 1 ano Rescisão do Contrato de Trabalho Na hipótese de rescisão do contrato de trabalho sem que tenha havido a compensação integral da jornada extraordinária, na forma citada anteriormente, o empregado fará jus ao pagamento das horas extras não compensadas, calculadas sobre o valor da remuneração na data de rescisão do contrato de trabalho Trabalho em Domingos e Feriados O trabalho não compensado prestado em domingos e feriados deve ser pago em dobro, sem prejuízo da remuneração relativa ao repouso semanal. Exemplificando, se o empregado doméstico recebe de salário R$ 1.800,00 por mês, e veio a trabalhar no domingo, sem uma folga compensatória, ele terá o repouso pago da seguinte forma: R$ 1.800,00 30 = R$ 60,00 R$ 60,00 x2=r$120,00 Remuneração devida no mês: R$ 1.920,00 [R$ 1.800,00 + R$ 120,00 (remuneração do trabalho no domingo)] Empregado que Dorme no Emprego O fato de o empregado dormir no emprego não implica necessariamente trabalho extraordinário. Contudo, se houver a solicitação de serviços do empregado doméstico serão devidos os adicionais respectivos (horas extraordinárias e/ou noturnas) REGIME DE TEMPO PARCIAL Considera-se trabalho em regime de tempo parcial aquele cuja duração não exceda 25 horas semanais. O salário a ser pago ao empregado sob regime de tempo parcial será proporcional à sua jornada, em relação ao empregado que cumpre, nas mesmas funções, tempo integral. A duração normal do trabalho do empregado em regime de tempo parcial poderá ser acrescida de horas suplementares, em número não excedente a 1 (uma) hora diária, mediante acordo escrito entre empregador e empregado, sendo aplicado, ainda, o cálculo previsto no subitem 4.1, com o limite máximo de 6 horas diárias Férias Na modalidade do regime de tempo parcial, após cada período de 12 meses de vigência do contrato de trabalho, o empregado terá direito a férias, na seguinte proporção: DURAÇÃO DO TRABALHO SEMANAL DIAS CORRIDOS DE FÉRIAS De 23 horas até 25 horas 18 De 21 horas até 22 horas 16 De 16 horas até 20 horas 14 De 11 horas até 15 horas 12 De 6 horas até 10 horas 10 Igual ou inferior a 5 horas JORNADA DE 12 POR 36 HORAS É facultado às partes, mediante acordo escrito entre essas, estabelecer horário de trabalho de 12 horas seguidas por 36 horas ininterruptas de descanso, observados ou indenizados os intervalos para repouso e alimentação. Assim, se o empregado trabalhar as 12 (doze) horas seguidas, sem intervalo para repouso ou alimentação, terá direito de receber o valor de 1 hora com o adicional de 50%. A remuneração mensal definida para a jornada de trabalho de 12x36 horas abrange os pagamentos devidos pelo descanso semanal remunerado e pelo descanso em feriados, e serão considerados compensados os feriados (nacionais e religiosos) e as prorrogações de trabalho noturno, quando houver. Essa jornada é mais comum, na relação de emprego doméstico, para os empregados que trabalham como cuidadores de idosos ou de enfermos EMPREGADO EM VIAGEM O acompanhamento do empregador pelo empregado em viagem será condicionado à prévia existência de acordo escrito entre as partes. Em relação ao empregado responsável por acompanhar o empregador prestando serviços em viagem, serão consideradas apenas as horas efetivamente trabalhadas no período, podendo ser compensadas as horas extraordinárias em outro dia, conforme examinado anteriormente. A remuneração-hora do serviço em viagem será, no mínimo, 25% superior ao valor do salário-hora normal. As horas extras em viagem poderão ser, mediante acordo, convertidas em acréscimo no banco de horas, a ser utilizado a critério do empregado. LEGISLAÇÃO TRABALHISTA 347

4 COAD FASCÍCULO 42/2015 TRABALHO Exemplo Prático Uma empregada doméstica ganha o salário mensal R$ 1.210,00. Considerando que essa empregada acompanhou o empregador doméstico numa viagem e tenha trabalhado por 8 horas, qual será a sua remuneração mensal? Salário Mensal: R$ 1.210,00 Valor da Hora Normal: R$ 1.210, (horas/mês) = R$ 5,50 Valor de uma em Viagem: R$ 5,50 x 1,25 = R$ 6,88 Valor Total das Horas em Viagem: R$ 6,88 x 8 horas = R$ 55,04 Repouso Semanal s/ Horas em Viagem: R$ 55,04 x 1/6 = R$ 9,17 Total da remuneração no mês: R$ 1.210,00 + R$ 55,04 + R$ 9,17 = R$ 1.274,21 7. PERÍODOS DE DESCANSO O empregador deve conceder ao empregado períodos para repouso ou alimentação, bem como para descanso entre as jornadas de trabalho, não sendo essas interrupções computadas na duração do trabalho DESCANSO SEMANAL É devido ao empregado doméstico descanso semanal remunerado de, no mínimo, 24 horas consecutivas, preferencialmente aos domingos, além de descanso remunerado em feriados. Os empregados contratados para trabalhar na jornada 12x36 horas já têm compensados os feriados trabalhados INTERVALO INTRAJORNADA É obrigatória a concessão de intervalo para repouso ou alimentação pelo período de, no mínimo, 1 hora e, no máximo, 2 horas, admitindo-se, mediante prévio acordo escrito entre empregador e empregado, sua redução a 30 minutos. A legislação não fixa o momento em que deve ser concedido o intervalo para o descanso. Logo, em uma jornada normal de 8 horas de trabalho, o descanso pode ser estabelecido em qualquer momento, desde que seja dentro e não após a jornada, como observamos a seguir: 8:00 h às 12:00 h (1º período) 12:00 h às 13:00 h (intervalo para descanso) 13:00 h às 17:00 h (2º período) Intervalo Desmembrado Caso o empregado resida no local de trabalho, o período de intervalo poderá ser desmembrado em 2 períodos, desde que cada um deles tenha, no mínimo, 1 hora, até o limite de 4 horas ao dia. É obrigatória a anotação no registro diário de horário na hipótese de modificação para intervalo desmembrado em 2 períodos, sendo vedada sua prenotação INTERVALO ENTRE JORNADAS Entre duas jornadas de trabalho, deve haver um período mínimo de 11 horas consecutivas para descanso. Este período de descanso deve ser rigorosamente observado, pois a sua não concessão, ou concessão parcial, poderá acarretar o pagamento como hora extra. 8. ADICIONAL NOTURNO O adicional noturno é um valor calculado sobre as horas trabalhadas no período noturno, pago ao empregado sempre que a jornada ocorrer no período compreendido entre 22 horas de um dia e 5 horas do dia seguinte. O adicional noturno também foi estendido ao empregado doméstico, sendo a hora de trabalho noturno com duração de 52 minutos e 30 segundos. A remuneração do trabalho noturno deve ter acréscimo de, no mínimo, 20% (vinte por cento) sobre o valor da hora diurna EXEMPLO Digamos que um empregado doméstico trabalhe das 17:00 às 1:30 horas de segunda a sexta-feira, com gozo de intervalo intrajornada de 21:00 às 22:00. Sabendo-se que, no mês de julho/2015, o salário mensal é de R$ 1.320,00 e o empregado trabalhou 92 horas noturnas (4 horas noturnas por 23 dias no mês, no período de 22:00 às 1:30 horas), o cálculo do adicional noturno e do Repouso Semanal Remunerado será efetuado da seguinte forma: Valor da hora normal: R$ 1.320, horas = R$ 6,00 Valor da hora noturna: R$ 6,00 x 20% = R$ 1,20 Valor total das horas noturnas: R$ 1,20 x 92 horas = R$ 110,40 Valor do Repouso Semanal s/ Horas Noturnas: R$ 110,40 6=R$18,40 Total da remuneração no mês: R$ 1.320,00 + R$ 110,40 + R$ 18,40 = R$ 1.448, JORNADA EXCLUSIVAMENTE NOTURNA Em caso de contratação, pelo empregador doméstico, de empregado exclusivamente para desempenhar trabalho noturno, o acréscimo de 20% será calculado sobre o salário anotado na CTPS. Para os empregados que cumprem jornada exclusivamente noturna (de 22 horas às 5 horas), o salário acrescido do adicional de 20% já inclui a remuneração do repouso remunerado HORÁRIOS MISTOS Nos horários mistos, assim entendidos os que abrangem períodos diurnos e noturnos, aplica-se às horas de trabalho noturno o comentado no item 8 e seus subitens. 9. FÉRIAS O empregado doméstico terá direito a férias anuais remuneradas de 30 dias, salvo no caso de duração de trabalho na modalidade do regime de tempo parcial, citada no subitem 6.5, com acréscimo de, pelo menos, 1/3 do salário normal, após cada período de 12 meses de trabalho prestado à mesma pessoa ou família PRAZO PARA CONCESSÃO As férias serão concedidas pelo empregador nos 12 meses subsequentes à data em que o empregado tiver adquirido o direito. Esse período de 12 meses subsequentes constitui o período concessivo, isto é, período em que o empregador deve conceder as férias ao empregado CONCESSÃO EM DOIS PERÍODOS A critério do empregador doméstico, o gozo das férias poderá ser fracionado em até 2 períodos, sendo 1 deles de, no mínimo, 14 dias corridos ABONO PECUNIÁRIO O abono pecuniário de férias consiste em uma quantia em dinheiro correspondente a 1/3 do período de férias a que o empregado fizer jus. Essa quantia será devida quando o empregado solicitar ao empregador a conversão daquele período de férias em valor monetário. Em outras palavras, são os dias conhecidos como de venda das férias. O abono pecuniário é uma faculdade atribuída apenas ao empregado, devendo ser concedido obrigatoriamente pelo empregador, quando requerido até 30 dias antes do término do período aquisitivo PERMANÊNCIA NO LOCAL DE TRABALHO É lícito ao empregado que reside no local de trabalho nele permanecer durante as férias FÉRIAS PROPORCIONAIS Na cessação do contrato de trabalho, o empregado, desde que não tenha sido demitido por justa causa, terá direito à remuneração relativa ao período incompleto de férias, na proporção de 1/12 avos por mês de serviço ou fração igual ou superior a 15 dias. LEGISLAÇÃO TRABALHISTA 346

5 9.6. REDUÇÃO DOS DIAS POR MOTIVO DE FALTAS Considerando que a Lei Complementar 150/2015 utiliza subsidiariamente as normas previstas na CLT, entendemos que as faltas injustificadas ao serviço acarretarão a diminuição do número de dias de férias a que o doméstico tiver direito. 10. AVISO-PRÉVIO O aviso-prévio é a notificação de que, na relação de emprego, uma das partes confere à outra, comunicando a rescisão do contrato de trabalho por prazo indeterminado. Sendo assim, não havendo prazo estipulado no contrato, a parte que, sem justo motivo, quiser rescindi-lo deverá avisar a outra de sua intenção PRAZO DE DURAÇÃO O aviso-prévio será concedido na proporção de 30 dias ao empregado que conte com até 1 ano de serviço para o mesmo empregador AVISO-PRÉVIO PROPORCIONAL Ao aviso-prévio de 30 dias devido ao empregado serão acrescidos 3 dias por ano de serviço prestado para o mesmo empregador, até o máximo de 60 dias, perfazendo um total de até 90 dias. Digamos, por exemplo, que um empregado doméstico com 2 anos e 4 meses de tempo de serviço no mesmo empregador tenha sido dispensado, sem justa causa. Neste caso, o referido empregado terá direito a 30 dias pelo primeiro ano de serviço, acrescidos de 6 dias (2 anos x 3 dias), perfazendo um total de 36 dias de aviso-prévio REDUÇÃO EM HORAS Se a iniciativa da rescisão do contrato partir do empregador, a jornada de trabalho do empregado doméstico, durante o curso do aviso-prévio, será reduzida em 2 horas diárias, sem prejuízo do salário integral. Contudo, a legislação vigente não define o momento da redução da jornada de trabalho, no decorrer do aviso-prévio trabalhado. Isto é, quando deve iniciar a redução, ou seja, se nas horas iniciais da jornada diária, ou nas horas finais da jornada diária. Exemplo: a jornada de trabalho do empregado é de 8:00 às 17:00 horas, com 1 hora de intervalo para repouso. Com a redução ocorrendo no início da jornada, esta passará a ser de 10:00 às 17:00 horas, ou, caso seja no final da jornada, das 8:00 às 15:00 horas, sendo mantido o intervalo para repouso REDUÇÃO EM DIAS É facultado ao empregado trabalhar sem a redução de 2 horas diárias, caso em que poderá faltar ao serviço, sem prejuízo do salário integral, por 7 dias corridos, nas hipóteses de aviso-prévio de 30 dias e proporcional ao tempo de serviço limitado a 90 dias. Também nessa hipótese, a redução poderá ocorrer tanto no início quanto no fim do aviso-prévio, sendo que o procedimento mais adotado é reduzir os dias no final do aviso. 11. JUSTA CAUSA A justa causa para a rescisão do contrato de trabalho por parte do empregador doméstico caracteriza-se pela prática por parte do empregado de atos que implicam violação de obrigações contratuais, bem como da necessária confiança que deve existir entre patrão e empregado, tornando inviável o prosseguimento da relação empregatícia APLICADA AO EMPREGADO O artigo 27 da LC 150/2015 relaciona as faltas que implicam a rescisão do contrato por justa causa por iniciativa do empregador doméstico. As faltas específicas que implicam a rescisão do contrato de trabalho são as seguintes: a) submissão a maus tratos de idoso, de enfermo, de pessoa com deficiência ou de criança sob cuidado direto ou indireto do empregado; b) prática de ato de improbidade caracteriza-se pela prática de atos desonestos; são geralmente os crimes contra o patrimônio; c) incontinência de conduta ou mau procedimento a incontinência de conduta se mostra pelas atitudes do empregado incompatíveis com a moral sexual. Já o mau procedimento ocorre quando o empregado toma atitudes incompatíveis com o ambiente de trabalho, mas sem importar em incontinência de conduta, como, por exemplo, excessos verbais e brincadeiras inoportunas; d) condenação criminal do empregado transitada em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena as condenações criminais somente serão motivos de justa causa, quando impedirem a continuidade física da prestação do trabalho; e) desídia no desempenho das respectivas funções configura-se pela violação de deveres e obrigações contratuais, por parte do empregado, como exemplo podemos citar as faltas e atrasos reiterados ao serviço, sem justificativa; f) embriaguez habitual ou em serviço; g) ato de indisciplina ou de insubordinação; h) abandono de emprego, assim considerada a ausência injustificada ao serviço por, pelo menos, 30 dias corridos; i) ato lesivo à honra ou à boa fama ou ofensas físicas praticadas em serviço contra qualquer pessoa, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem é aquele previsto no Código Penal, como a injúria, a difamação e a calúnia; j) ato lesivo à honra ou à boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador doméstico ou sua família, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; k) prática constante de jogos de azar são aqueles que envolvem apostas e que a sorte é o único elemento determinante para se ganhar ou perder APLICADA AO EMPREGADOR O contrato de trabalho poderá ser rescindido por culpa do empregador quando: a) o empregador exigir serviços superiores às forças do empregado doméstico, defesos por lei, contrários aos bons costumes ou alheios ao contrato; b) o empregado doméstico for tratado pelo empregador ou por sua família com rigor excessivo ou de forma degradante; c) o empregado doméstico correr perigo manifesto de mal considerável; d) o empregador não cumprir as obrigações do contrato; e) o empregador ou sua família praticar, contra o empregado doméstico ou pessoas de sua família, ato lesivo à honra e à boa fama; f) o empregador ou sua família ofender o empregado doméstico ou sua família fisicamente, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem; g) o empregador praticar qualquer das formas de violência doméstica ou familiar contra mulheres, a saber, qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial. 12. SEGURO-DESEMPREGO O empregado doméstico que for dispensado sem justa causa ou de forma indireta fará jus ao benefício do seguro-desemprego no valor de 1 salário-mínimo, por período máximo de 3 meses, de forma contínua ou alternada, a cada período aquisitivo de 16 meses, contados da data da dispensa que originou habilitação anterior. Terá direito a perceber o Seguro-Desemprego o empregado doméstico que comprove: a) ter sido empregado doméstico, por pelo menos 15 meses nos últimos 24 meses que antecedem à data da dispensa que deu origem ao requerimento do Seguro-Desemprego; b) não estar em gozo de qualquer benefício previdenciário de prestação continuada da previdência social, exceto auxílio-acidente e pensão por morte; c) não possuir renda própria de qualquer natureza, suficiente à sua manutenção e de sua família. LEGISLAÇÃO TRABALHISTA 345

6 COAD FASCÍCULO 42/2015 TRABALHO Os requisitos mencionados anteriormente serão verificados a partir das informações registradas no CNIS Cadastro Nacional de Informações Sociais e, se insuficientes, por meio das anotações na CTPS, por meio de contracheques ou documento que contenha decisão judicial que detalhe a data de admissão, demissão, remuneração, empregador e função exercida pelo empregado. Para se habilitar ao benefício do seguro-desemprego, o trabalhador doméstico deverá comparecer perante uma das Unidades da rede de atendimento vinculadas ou autorizadas pelo Ministério do Trabalho, no prazo de 7 a 90 dias contados da data da dispensa, munido dos seguintes documentos: a) CTPS, na qual deverão constar a anotação do contrato de trabalho doméstico e a data de dispensa, de modo a comprovar o vínculo empregatício, como empregado doméstico, durante pelo menos 15 meses nos últimos 24 meses; b) TRCT Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho atestando a dispensa sem justa causa; c) declaração de que não está em gozo de benefício de prestação continuada da Previdência Social, exceto auxílio-acidente e pensão por morte; e d) declaração de que não possui renda própria de qualquer natureza suficiente à sua manutenção e de sua família. As declarações mencionadas nas letras c e d serão firmadas pelo trabalhador no documento de RSDED Requerimento do Seguro-Desemprego do Empregado Doméstico fornecido pelo MTE na unidade de atendimento. É obrigatória a identificação do empregado doméstico no NIS Número de Identificação Social, NIT Número de Identificação do Trabalhador ou no PIS Programa de Integração Social, cujo número de inscrição deverá ser indicado em campo próprio do RSDED e do formulário de CDED Comunicado de Dispensa do Empregado Doméstico. Caberá ao agente público ou atendente vinculado ao Ministério do Trabalho, após conferir se o requerente preenche os critérios de habilitação ao benefício, fornecer a CDED, devidamente preenchido. O pagamento da 1ª parcela será agendado para 30 dias após a data do protocolo do RSDED e as demais a cada intervalo de 30 dias, contados da emissão da parcela anterior. O pagamento do benefício poderá ser efetuado mediante crédito em conta simplificada ou conta poupança na Caixa Econômica Federal ou, ainda, a partir de apresentação do cartão cidadão ou outro documento de identificação com foto. O requerente que não satisfizer os requisitos legais para habilitar-se ao benefício terá o pedido indeferido, podendo interpor recurso administrativo da decisão de indeferimento. 13. LICENÇA-MATERNIDADE A empregada doméstica gestante tem direito à licença-maternidade de 120 dias, sem prejuízo do emprego e do salário. A empregada deve, mediante atestado médico, notificar o seu empregador da data do início do afastamento do emprego, que poderá ocorrer entre o 28º dia antes do parto e a ocorrência deste. A licença-maternidade também será devida à segurada que adotar ou obtiver guarda judicial para fins de adoção de criança ESTABILIDADE A Lei /2006 já havia estendido a garantia de estabilidade no emprego a empregada doméstica gestante desde a confirmação da gravidez até 5 meses após o parto. De acordo com a LC 150/2015, a confirmação do estado de gravidez durante o curso do contrato de trabalho, ainda que durante o prazo do aviso-prévio trabalhado ou indenizado, garante à empregada gestante a estabilidade provisória. 14. PARCELAS RESCISÓRIAS Ocorrendo a dispensa, sem justa causa, do empregado doméstico, este faz jus às seguintes parcelas: c) aviso-prévio; d) 13º salário, integral ou proporcional. e) salário-família, integral ou proporcional; f) saldo do FGTS depositado; g) saldo do valor recolhido mensalmente pelo empregador doméstico a título de indenização compensatória (3,2%) pela perda do emprego. O empregado doméstico tem direito ao seguro-desemprego, caso atendido os requisitos legais. => Pedido de Demissão Caso a rescisão do contrato de trabalho seja promovida pelo empregado doméstico (pedido de demissão), as parcelas rescisórias serão as seguintes: d) salário-família, integral ou proporcional. O empregado não tem direito ao seguro-desemprego e não saca o FGTS depositado, que poderá ser sacado nos casos previstos em lei, como por exemplo: aposentadoria, acometimento de doença grave, 3 anos fora do sistema do FGTS etc. A indenização de 3,2% depositada é sacada pelo empregador. Se o empregado doméstico não tiver dado o aviso-prévio ao empregador doméstico, ele pode ter descontado de suas verbas rescisórias o valor dos 30 dias relativos ao período do aviso-prévio CONTRATO POR PRAZO DETERMINADO As verbas rescisórias devidas ao empregado doméstico no término do contrato por prazo determinado são as seguintes: d) salário-família, integral ou proporcional; e) saldo do FGTS depositado. A indenização compensatória de 3,2% depositada no decorrer do contrato é sacada pelo empregador. O empregado doméstico não tem direito ao seguro-desemprego. => Rescisão, sem justa causa, pelo Empregador Já na hipótese de rescisão antecipada do contrato por prazo determinado, por iniciativa do empregador, serão devidas ao empregado doméstico as seguintes verbas rescisórias: b) férias vencidas e proporcionais, acrescidas de mais 1/3; d) salário-família, integral ou proporcional; e) indenização correspondente à metade do valor dos dias que faltam para o término do contrato; f) saldo do FGTS depositado; g) saldo do valor recolhido mensalmente pelo empregador doméstico a título de indenização compensatória (3,2%) pela perda do emprego. O empregado tem direito ao seguro-desemprego, caso atendido os requisitos legais. => Pedido de Demissão As verbas rescisórias devidas ao empregado doméstico na rescisão antecipada do contrato por prazo determinado, por iniciativa do empregado serão: b) férias vencidas e proporcionais, acrescidas de mais 1/3; d) salário-família, integral ou proporcional. O empregado tem de indenizar o empregador dos prejuízos que lhe causou em decorrência de ter rescindido o contrato. O valor da indenização é limitado ao que o empregado receberia, se a rescisão tivesse ocorrido por iniciativa do empregador (50% do valor dos dias que restam para encerrar o contrato). O empregado não saca o FGTS depositado, que poderá ser sacado nas hipóteses previstas em lei. A indenização de 3,2% depositada é sacada pelo empregador. O empregado doméstico não tem direito ao seguro-desemprego. LEGISLAÇÃO TRABALHISTA 344

7 14.2. RESCISÃO POR JUSTA CAUSA As verbas rescisórias devidas ao empregado doméstico dispensado por justa causa são: b) férias vencidas, acrescidas de mais 1/3. c) salário-família, integral ou proporcional; O empregado não saca o FGTS depositado, que poderá ser sacado nas hipóteses previstas em lei. A indenização de 3,2% depositada será sacada pelo empregador. O empregado doméstico não tem direito ao seguro-desemprego. Observação: A Lei Complementar 150/2015 determinou, expressamente, que na cessação do contrato de trabalho, o empregado, desde que não tenha sido demitido por justa causa, terá direito à remuneração relativa ao período incompleto de férias, contudo a Convenção 132 OIT estabelece que o empregado faz jus às férias proporcionais quando da cessação do contrato de trabalho, mesmo na hipótese da rescisão contratual a pedido do empregado ou por justa causa. Sendo assim, entendemos que o empregador deverá agir com cautela a fim de se resguardar e evitar transtornos futuros. => Rescisão, por justa causa, pelo Empregado (Rescisão Indireta) Ocorrendo a dispensa, com justa causa, pelo empregado doméstico, este faz jus às seguintes parcelas: c) aviso-prévio indenizado; d) 13º salário, integral ou proporcional; e) salário-família, integral ou proporcional; f) saldo do FGTS depositado; g) saldo do valor recolhido mensalmente pelo empregador doméstico a título de indenização compensatória (3,2%) pela perda do emprego. O empregado doméstico tem direito ao seguro-desemprego, caso atendido os requisitos legais FORMA DE PAGAMENTO O pagamento a que fizer jus o empregado deverá ser efetuado em dinheiro ou depósito bancário, conforme acordem as partes, salvo se o empregado for analfabeto, quando o pagamento somente poderá ser feito em dinheiro Prazo O pagamento das verbas rescisórias constantes do instrumento de rescisão ou recibo de quitação deverá ser efetuado nos seguintes prazos: a) no primeiro dia útil seguinte à rescisão contratual, nos casos de término de contrato por prazo determinado ou de aviso-prévio trabalhado; b) até o 10º dia contado do dia seguinte ao da rescisão, nos casos de ausência do aviso-prévio, indenização deste ou dispensa do seu cumprimento. Se o 10º dia não for dia útil, o prazo deve ser antecipado para o dia útil imediatamente anterior RECOLHIMENTO RESCISÓRIO DO FGTS Para recolhimento rescisório do FGTS referente aos desligamentos ocorridos até , todos os empregadores que já recolhiam o FGTS ou que não recolhiam o FGTS devem utilizar o aplicativo simplificado do FGTS (Guia FGTS GRRF WEB DOMÉSTICO), disponível no site Nas rescisões ocorridas a partir de , os valores de FGTS devidos ao mês da rescisão, ao aviso-prévio indenizado, quando for o caso, e ao mês imediatamente anterior, que ainda não houver sido recolhido, devem ser recolhidos por meio do DAE Documentos de Arrecadação do esocial e obedecer ao prazo para arrecadação definido conforme o tipo de aviso-prévio, a saber: Aviso-Prévio Trabalhado o prazo para recolhimento das parcelas, mês anterior à rescisão, mês da rescisão e multa rescisória é o 1º dia útil imediatamente posterior à data do efetivo desligamento. Em se tratando do mês anterior à rescisão, se este dia útil for posterior ao dia 7 do mês da rescisão, a data de recolhimento desta parcela deverá ser até o dia 7. Aviso Prévio Indenizado e Ausência/Dispensa de Aviso-Prévio o prazo para recolhimento do mês anterior à rescisão é até o dia 07 do mês da rescisão. O prazo para recolhimento do mês da rescisão, aviso-prévio indenizado e multa rescisória é até o 10º dia corrido a contar do dia imediatamente posterior ao desligamento. Caso o 10º dia corrido seja posterior ao dia 7 do mês subsequente, o vencimento do mês da rescisão e do aviso-prévio indenizado ocorre no dia Documento de Arrecadação No caso de rescisão que gere direito ao saque do FGTS, o empregador pode gerar dois DAE: a) o primeiro relativo ao depósito do FGTS e à indenização pela perda de emprego (3,2%), incidentes sobre as verbas rescisórias cujo vencimento coincide com o prazo para o pagamento dessas verbas, mencionado no subitem ; e b) o relativo aos tributos incidentes (contribuição previdenciária, imposto de renda retido na fonte, seguro de acidente de trabalho) sobre as verbas rescisórias, cujo vencimento será no dia 7 do mês seguinte ao da rescisão. Nos demais casos, ou seja, nas rescisões que não geram direito ao saque do FGTS, o prazo para quitação do DAE será o dia 7 do mês seguinte ao da rescisão Termo de Rescisão do Contrato de Trabalho A geração do Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho pode ser feita mediante a utilização do Módulo do Empregador Doméstico, disponível no Portal do esocial: FUNDAMENTAÇÃO LEGAL: Constituição Federal, de artigo 7º, parágrafo único (Portal COAD); Emenda Constitucional 72, de (Fascículo 14/2013); Lei Complementar 150, de (Fascículo 22/2015); Lei 7.418, de (Portal COAD); Decreto-Lei 5.452, de CLT Consolidação das Leis do Trabalho (Portal COAD); Decreto , de (Portal COAD); Resolução 754 Codefat, de (Fascículo 35/2015); Resolução 780 CCFGTS, de (Fascículo 39/2015); Circular 692 Caixa, de (Fascículo 40/2015); Circular 694 Caixa, de (Fascículo 39/2015). LEI , DE (DO-U DE ) EMPREGADOR RURAL Enquadramento Alterada a Lei 5.889/73 que trata das normas do trabalho rural O referido Ato altera o 1º doartigo 3º da Lei 5.889, de (Portal COAD), para incluir entre as atividades econômicas do empregador rural a exploração do turismo rural auxiliar à exploração agronômica. LEGISLAÇÃO TRABALHISTA 343

INFORMATIVO 14/2015 LEI COMPLEMENTAR REGULAMENTA DIREITO DOS EMPREGADOS DOMÉSTICOS

INFORMATIVO 14/2015 LEI COMPLEMENTAR REGULAMENTA DIREITO DOS EMPREGADOS DOMÉSTICOS Data do boletim informativo Volume 1, Edição 1 Digite o título aqui INFORMATIVO 14/2015 LEI COMPLEMENTAR REGULAMENTA DIREITO DOS EMPREGADOS DOMÉSTICOS Lei Complementar nº 150, de 1º de junho de 2015 -

Leia mais

Empregado Doméstico Normatização da Profissão

Empregado Doméstico Normatização da Profissão Empregado Doméstico Normatização da Profissão 3 DE JUNHO DE 2015 CONTSUL A Lei complementar nº150, publicada no DOU de 02.06.2015, dispôs sobre o trabalho doméstico no que tange ao contrato de trabalho,

Leia mais

Direitos do Empregado Doméstico

Direitos do Empregado Doméstico Direitos do Empregado Doméstico Com a aprovação da Emenda Constitucional n 72, que ocorreu em 02/04/2013, o empregado doméstico passou a ter novos direitos. Alguns deles independem de regulamentação e,

Leia mais

TRABALHADORES DOMÉSTICOS

TRABALHADORES DOMÉSTICOS Trabalho realizado pela advogada dra. Marília Nascimento Minicucci, do escritório do conselheiro prof. Cássio de Mesquita Barros Júnior TRABALHADORES DOMÉSTICOS Foi publicado, no Diário Oficial da União

Leia mais

ATUALIZAÇÃ ÇÃO TRABALHISTA. Alexandre Corrêa

ATUALIZAÇÃ ÇÃO TRABALHISTA. Alexandre Corrêa ATUALIZAÇÃ ÇÃO TRABALHISTA Alexandre Corrêa ATUALIZAÇÃ ÇÃO O TRABALHISTA PROGRAMA EMPREGADO DOMÉSTICO (Aspectos Legais) EMPREGADO DOMÉSTICO A Lei 5859/72 regulamentada pelo Decreto 71885/73 tornou reconhecida

Leia mais

CARTILHA SOBRE A EMENDA CONSTITUCIONAL DOS EMPREGADOS DOMÉSTICOS

CARTILHA SOBRE A EMENDA CONSTITUCIONAL DOS EMPREGADOS DOMÉSTICOS 2 de abril de 2013 CARTILHA SOBRE A EMENDA CONSTITUCIONAL DOS EMPREGADOS DOMÉSTICOS Hoje foi promulgada uma Emenda Constitucional que amplia os direitos trabalhistas dos empregados domésticos. Alguns direitos

Leia mais

13º SALARIO Posteriormente, a Constituição Federal de 1988, em seu art. 7º,

13º SALARIO Posteriormente, a Constituição Federal de 1988, em seu art. 7º, 13º SALARIO Trabalhadores beneficiados Farão jus ao recebimento do 13º salário os seguintes trabalhadores: a) empregado - a pessoa física que presta serviços de natureza urbana ou rural à empresa, em caráter

Leia mais

Departamento pessoal do Empregador doméstico PEC 66/2012 EC 72 /2013

Departamento pessoal do Empregador doméstico PEC 66/2012 EC 72 /2013 Departamento pessoal do Empregador doméstico PEC 66/2012 EC 72 /2013 A PEC n 66 de 2012 Veio com O OBJETIVO de alterar a redação do parágrafo único do art. 7º da Constituição Federal para estabelecer a

Leia mais

Está em vigor a Lei Complementar n. 150, de 1º de junho de 2015, que dispõe sobre o trabalho doméstico.

Está em vigor a Lei Complementar n. 150, de 1º de junho de 2015, que dispõe sobre o trabalho doméstico. RESUMO INFORMATIVO SOBRE TRABALHO DOMÉSTICO Está em vigor a Lei Complementar n. 150, de 1º de junho de 2015, que dispõe sobre o trabalho doméstico. Lei Complementar n. 150/2015 Jul 2015 Este resumo informativo

Leia mais

SEGURO-DESEMPREGO - EMPREGADO DOMÉSTICO - Considerações

SEGURO-DESEMPREGO - EMPREGADO DOMÉSTICO - Considerações SEGURO-DESEMPREGO - EMPREGADO DOMÉSTICO - Considerações Matéria elaborada com base na legislação vigente em: 26/10/2012. Sumário: 1 - Introdução 2 - Seguro-Desemprego 3 - Finalidade 4 - Requisitos 4.1

Leia mais

CÁLCULOS TRABALHISTAS

CÁLCULOS TRABALHISTAS CÁLCULOS TRABALHISTAS Remuneração - Salário acrescido da média das variáveis (exemplo: comissões) dos últimos 12 meses. - Média: soma das 6 maiores parcelas variáveis mês a mês, divididas por 6, dentro

Leia mais

Empregado Doméstico. Hilário Corrêa Assessoria Empresarial www.hilariocorrea.com.br. Lei 150/2015 Novas determinações Legais. Contratação.

Empregado Doméstico. Hilário Corrêa Assessoria Empresarial www.hilariocorrea.com.br. Lei 150/2015 Novas determinações Legais. Contratação. 2015 Contratação Empregado Doméstico Lei 150/2015 Novas determinações Legais Jornada de Trabalho Hora Extra Adicional Noturno Férias Décimo terceiro INSS FGTS Aviso Prévio Rescisão Seguro Desemprego Hilário

Leia mais

CARTILHA DIREITOS E DEVERES DO EMPREGADOR DOMÉSTICO E DA EMPREGADA DOMÉSTICA NO ESTADO DE PERNAMBUCO

CARTILHA DIREITOS E DEVERES DO EMPREGADOR DOMÉSTICO E DA EMPREGADA DOMÉSTICA NO ESTADO DE PERNAMBUCO Projeto Legalize sua doméstica e pague menos INSS = Informalidade ZERO CARTILHA DIREITOS E DEVERES DO EMPREGADOR DOMÉSTICO E DA EMPREGADA DOMÉSTICA NO ESTADO DE PERNAMBUCO Realização Jornal Diario de Pernambuco

Leia mais

Férias Individuais e Coletivas; Período Aquisitivo e Concessivo; Remuneração; Abono; Efeitos na Rescisão Contratual

Férias Individuais e Coletivas; Período Aquisitivo e Concessivo; Remuneração; Abono; Efeitos na Rescisão Contratual Lição 6. Férias Férias Individuais e Coletivas; Período Aquisitivo e Concessivo; Remuneração; Abono; Efeitos na Rescisão Contratual 6.1. FÉRIAS INDIVIDUAIS: arts. 129 a 138 da CLT. As férias correspondem

Leia mais

EMPREGADO DOMÉSTICO (Aspectos Legais)

EMPREGADO DOMÉSTICO (Aspectos Legais) Le f is c L e g i s l a c a o F i s c a l CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE DO RIO GRANDE DO SUL MINÁRIO DE ASSUNTOS CONTÁBEIS DE PORTO ALEGRE SEMINÁRIO ASSUNTOS CONTÁBEIS DE PORTO ALEGRE SEMINÁRIO DE

Leia mais

PONTO CERTO OAB por ISADORA ATHAYDE E THIAGO ATHAYDE

PONTO CERTO OAB por ISADORA ATHAYDE E THIAGO ATHAYDE PONTO CERTO OAB por ISADORA ATHAYDE E THIAGO ATHAYDE O nosso item do edital de hoje será: EMPREGADO DOMÉSTICO Algo que devemos atentar de início é ao fato de não aplicarmos a CLT ao empregado doméstico,

Leia mais

Informativo 26/2015. SEGURO-DESEMPREGO PARA EMPREGADOS DOMÉSTICOS Resolução nº 754, de 26.08.15

Informativo 26/2015. SEGURO-DESEMPREGO PARA EMPREGADOS DOMÉSTICOS Resolução nº 754, de 26.08.15 Data do boletim informativo Volume 1, Edição 1 SEGURO- DESEMPREGO Resolução Nº 754, de 28.08.15 Informativo 26/2015 SEGURO-DESEMPREGO PARA EMPREGADOS DOMÉSTICOS Resolução nº 754, de 26.08.15 O Ministério

Leia mais

Auxiliar Jurídico. Módulo IV. Aula 01

Auxiliar Jurídico. Módulo IV. Aula 01 Auxiliar Jurídico Módulo IV Aula 01 1 CÁLCULOS TRABALHISTAS Neste módulo você irá aprender a realizar os cálculos de verbas rescisórias e Liquidação de Sentença. I. VERBAS RESCISÓRIAS Podemos entender

Leia mais

SEGURO-DESEMPREGO - NOVOS VALORES - MARÇO/2011. Matéria elaborada com base na legislação vigente em: 09/03/2011.

SEGURO-DESEMPREGO - NOVOS VALORES - MARÇO/2011. Matéria elaborada com base na legislação vigente em: 09/03/2011. SEGURO-DESEMPREGO - NOVOS VALORES - MARÇO/2011 Matéria elaborada com base na legislação vigente em: 09/03/2011. Sumário: 1 - Introdução 2 - Requisitos 3 - Comprovação 4 - Parcelas 4.1 - Parcelas Adicionais

Leia mais

A NOVA REGULAMENTAÇÃO DO TRABALHO DOMÉSTICO

A NOVA REGULAMENTAÇÃO DO TRABALHO DOMÉSTICO A NOVA REGULAMENTAÇÃO DO TRABALHO DOMÉSTICO Sara Costa Benevides 1 Advogada Sócia de Homero Costa Advogados Lorena Efigênia da Cruz Silva Estagiária de Homero Costa Advogados INTRODUÇÃO No Diário Oficial

Leia mais

Disciplina: Direito e Processo do Trabalho 4º Semestre - 2011 Professor Donizete Aparecido Gaeta Resumo de Aula. 15º Ponto Aviso Prévio.

Disciplina: Direito e Processo do Trabalho 4º Semestre - 2011 Professor Donizete Aparecido Gaeta Resumo de Aula. 15º Ponto Aviso Prévio. Aviso Prévio 1. Conceito 2. Cabimento 3. Prazo 4. Início da contagem do prazo 5. Ausência do aviso prévio 6. Anotação na CTPS da data do encerramento do contrato de trabalho 7. Renúncia do período de aviso

Leia mais

DEPARTAMENTO PESSOAL

DEPARTAMENTO PESSOAL DEPARTAMENTO PESSOAL DÚVIDAS MAIS FREQUENTES 1 1. Documentos necessários para admissão Para o processo de admissão, o novo funcionário deverá apresentar a relação de documentos abaixo: *Carteira de Trabalho

Leia mais

ÍNDICE CURSO DE DEPARTAMENTO PESSOAL. DEPARTAMENTO PESSOAL ONLINE www.departamentopessoalonline.com - 3 -

ÍNDICE CURSO DE DEPARTAMENTO PESSOAL. DEPARTAMENTO PESSOAL ONLINE www.departamentopessoalonline.com - 3 - ÍNDICE CURSO DE DEPARTAMENTO PESSOAL INTRODUÇÃO... 008 DISPOSIÇÕES GERAIS... 009 Conceito de empregador... 009 Conceito de empregado... 009 Direitos do empregado... 010 ASSÉDIO MORAL E SEXUAL NO TRABALHO...

Leia mais

Cálculo das férias proporcionais e faltas

Cálculo das férias proporcionais e faltas Informativo 0 Página 0 Ano 2013 Cálculo das férias proporcionais e faltas FÉRIAS Após cada 12 meses de vigência do contrato de trabalho (período aquisitivo), o empregado tem direito ao gozo de um período

Leia mais

2 - Quais são os direitos que entraram em vigor imediatamente após a publicação da Emenda Constitucional n.º 72, de 2013?

2 - Quais são os direitos que entraram em vigor imediatamente após a publicação da Emenda Constitucional n.º 72, de 2013? TRABALHADOR DOMÉSTICO 1 - Quem pode ser considerado trabalhador doméstico? Resposta: É considerado trabalhador doméstico aquele que presta serviços de natureza contínua e de finalidade não lucrativa à

Leia mais

CONTRATO DE TRABALHO. Empregado Preso

CONTRATO DE TRABALHO. Empregado Preso CONTRATO DE TRABALHO Empregado Preso Muitas dúvidas surgem quando o empregador toma conhecimento que seu empregado encontra-se preso. As dúvidas mais comuns são no sentido de como ficará o contrato de

Leia mais

Fim do contrato por prazo determinado: este contrato termina no fim do prazo ou quando finda a obra para a qual foi o empregado contratado.

Fim do contrato por prazo determinado: este contrato termina no fim do prazo ou quando finda a obra para a qual foi o empregado contratado. Legislação Social Profª Mestre Ideli Raimundo Di Tizio p 25 RESCISÃO DO CONTRATO DE TRABALHO Na doutrina não há unanimidade no uso dos termos qualificadores do término do contrato de trabalho, são empregadas

Leia mais

Base Legal (Perguntas e Respostas 02.01)

Base Legal (Perguntas e Respostas 02.01) HOMOLOGNET Base Legal (Perguntas e Respostas 02.01) Portaria Nº 1.620, de 14/07/2010: Institui o sistema Homolognet; Portaria Nº 1.621, de 14/07/2010: Aprova modelos de TRCT e Termos de Homologação; Instrução

Leia mais

Mini Curso de Setor de Recursos Humanos

Mini Curso de Setor de Recursos Humanos Mini Curso de Setor de Recursos Humanos Carlos Antônio Maciel Luciano Nóbrega Cerqueira Maio/Junho 2009 1 SUMÁRIO 1 Admissões 2 Elaboração da Folha de Pagamento 3 Rescisões Contratuais 4 Obrigações Acessórias

Leia mais

Dispensa Sem Justa Causa. Dispensa com Justa Causa. (**) Culpa Recíproca ou Força Maior. Rescisão Indireta. Pedido de Demissão

Dispensa Sem Justa Causa. Dispensa com Justa Causa. (**) Culpa Recíproca ou Força Maior. Rescisão Indireta. Pedido de Demissão RESCISÃO DE CONTRATO DE TRABALHO VERBAS RESCISÓRIAS (Antes de qualquer procedimento rescisório, importante ler os cuidados especiais ao final Verbas adicionais) Dispensa Sem Justa Causa AvisoPrévio Dispensa

Leia mais

Direitos do(a) Empregado(a) Doméstico(a)

Direitos do(a) Empregado(a) Doméstico(a) Direitos do(a) Empregado(a) Doméstico(a) Carteira de Trabalho e Previdência Social, devidamente anotada Devidamente anotada, especificando- se as condições do contrato de trabalho (data de admissão, salário

Leia mais

Diário Oficial da União - Seção 1-3/4/2013, Página 6 (Publicação Original)

Diário Oficial da União - Seção 1-3/4/2013, Página 6 (Publicação Original) Diário Oficial da União - Seção 1-3/4/2013, Página 6 (Publicação Original) Proposição Originária: PEC 478/2010 PODER LEGISLATIVO Título EMC 72 de 02/04/2013 - EMENDA CONSTITUCIONAL Data 02/04/2013 Ementa

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº 253 DE 4 DE OUTUBRO DE 2000

RESOLUÇÃO Nº 253 DE 4 DE OUTUBRO DE 2000 RESOLUÇÃO Nº 253 DE 4 DE OUTUBRO DE 2000 Estabelece procedimentos para a concessão do benefício do Seguro-Desemprego ao Empregado Doméstico. O Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador CODEFAT,

Leia mais

mesmo empregador recebendo

mesmo empregador recebendo AULA 6: Salário e Remuneração: a partir do art. 457, CLT Equiparação Salarial empregado que almeja ganhar um salário maior, deseja o salário de outro, que é o chamado paradigma ou modelo idêntica função

Leia mais

NOVA LEI DOS EMPREGADOS DOMÉSTICOS LC 150/2015

NOVA LEI DOS EMPREGADOS DOMÉSTICOS LC 150/2015 Prof. Antonio Daud Jr NOVA LEI DOS EMPREGADOS DOMÉSTICOS LC 150/2015 SUMÁRIO PÁGINA 1. Introdução 02 2. Desenvolvimento 03 2.1. Quem é considerado empregado doméstico? 03 2.2. Contrato por prazo determinado

Leia mais

- GUIA DO EMPRESÁRIO - ABANDONO DE EMPREGO

- GUIA DO EMPRESÁRIO - ABANDONO DE EMPREGO - GUIA DO EMPRESÁRIO - ABANDONO DE EMPREGO Planeta Contábil 2008 Todos os Direitos Reservados (www.planetacontabil.com.br) 1/8 NOTA: Para todos os efeitos os textos deste artigo são fundamentos na legislação

Leia mais

PAUTA DE REIVINDICAÇÕES PATRONAL 2015 (Federação)

PAUTA DE REIVINDICAÇÕES PATRONAL 2015 (Federação) PAUTA DE REIVINDICAÇÕES PATRONAL 2015 (Federação) CLÁUSULAS PARA DISCUSSÃO CLÁUSULA PRIMEIRA - VIGÊNCIA E DATA-BASE As partes fixam a vigência da presente Convenção Coletiva de Trabalho no período de 1º

Leia mais

SÍNTESE DO PLP 302/2013 (PLS 224/2013) SUBEMENDA SUBSTITUTIVA GLOBAL DE PLENÁRIO COMENTÁRIOS CAPÍTULO I

SÍNTESE DO PLP 302/2013 (PLS 224/2013) SUBEMENDA SUBSTITUTIVA GLOBAL DE PLENÁRIO COMENTÁRIOS CAPÍTULO I SÍNTESE DO PLP 302/2013 (PLS 224/2013) SUBEMENDA SUBSTITUTIVA GLOBAL DE PLENÁRIO COMENTÁRIOS CAPÍTULO I DO CONTRATO DE TRABALHO DOMÉSTICO Capítulo I Do Contrato de Trabalho Doméstico Art. 1º Ao empregado

Leia mais

Trabalho Doméstico: as mudanças e os impactos da nova lei. Zilma Aparecida da Silva Ribeiro Abril de 2013

Trabalho Doméstico: as mudanças e os impactos da nova lei. Zilma Aparecida da Silva Ribeiro Abril de 2013 Trabalho Doméstico: as mudanças e os impactos da nova lei Zilma Aparecida da Silva Ribeiro Abril de 2013 Legislação Aplicável * LEI Nº 5.859, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1972 * CONSTITUIÇÃO FEDERAL ART. 7º, PARÁGRAFO

Leia mais

DIREITO NAS ORGANIZAÇÕES MÓDULO 3 OUTROS TIPOS DE CONTRATOS DE TRABALHO

DIREITO NAS ORGANIZAÇÕES MÓDULO 3 OUTROS TIPOS DE CONTRATOS DE TRABALHO DIREITO NAS ORGANIZAÇÕES MÓDULO 3 OUTROS TIPOS DE CONTRATOS DE TRABALHO Índice 1. Outros Tipos de Contratos de Trabalho...3 1.1. Trabalho Rural... 3 1.2. Estagiário... 4 1.3. Trabalho Temporário... 5 1.4.

Leia mais

Pessoa ou família que admite a seu serviço empregado doméstico (Decreto nº 71.885/1973, art. 3º, II).

Pessoa ou família que admite a seu serviço empregado doméstico (Decreto nº 71.885/1973, art. 3º, II). FONTE: www.iobonlineregulatorio.com.br EMPREGADO DOMÉSTICO: Considera-se doméstico o empregado que presta serviços de natureza contínua e de finalidade não lucrativa a pessoa ou família, no âmbito residencial

Leia mais

RELAÇÃO DE EMPREGO DOMÉSTICO

RELAÇÃO DE EMPREGO DOMÉSTICO RELAÇÃO DE EMPREGO DOMÉSTICO FELIPE VASCONCELLOS CAVALCANTE Universidade Federal de Goiás UFG Pró-Reitoria de Desenvolvimento Institucional e Recursos Humanos Departamento de Desenvolvimento de Recursos

Leia mais

Legislação. Lei Complementar n 150/2015. Art. 7, parágrafo único, da Constituição Federal

Legislação. Lei Complementar n 150/2015. Art. 7, parágrafo único, da Constituição Federal Simples Doméstico Legislação Lei Complementar n 150/2015 Art. 7, parágrafo único, da Constituição Federal Quem é empregado doméstico? Art. 1 o da LC n 150/2015 Ao empregado doméstico, assim considerado

Leia mais

CAPÍTULO I - VIGÊNCIA E ABRANGÊNCIA CAPÍTULO II - REMUNERAÇÃO E PAGAMENTO

CAPÍTULO I - VIGÊNCIA E ABRANGÊNCIA CAPÍTULO II - REMUNERAÇÃO E PAGAMENTO CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO, QUE ENTRE SI FAZEM, DE UM LADO O SINDICATO DOS CONDUTORES DE VEÍCULOS RODOVIÁRIOS E TRABALHADORES EM TRANSPORTES DE CARGAS EM GERAL E PASSAGEIROS NO MUNICÍPIO DO RIO DE

Leia mais

FEVEREIRO 2015 BRASÍLIA 1ª EDIÇÃO

FEVEREIRO 2015 BRASÍLIA 1ª EDIÇÃO Secretaria de Políticas Públicas de Emprego Departamento de Emprego e Salário Coordenação-Geral do Seguro-Desemprego, do Abono Salarial e Identificação Profissional SEGURO-DESEMPREGO E ABONO SALARIAL NOVAS

Leia mais

Férias Proporcionais Até 5 faltas 6 a 14 faltas 15 a 23 faltas 24 a 32 faltas

Férias Proporcionais Até 5 faltas 6 a 14 faltas 15 a 23 faltas 24 a 32 faltas FÉRIAS ASPECTOS GERAIS Férias é o período de descanso anual, que deve ser concedido ao empregado após o exercício de atividades por um ano, ou seja, por um período de 12 meses, período este denominado

Leia mais

CALENDÁRIO DE OBRIGAÇÕES MENSAIS

CALENDÁRIO DE OBRIGAÇÕES MENSAIS Data Vencimento 07 Obrigação Salário Mensal Fato Gerador e Fundamento Legal Pagamento mensal da remuneração. (ver nota 1) Salário-Mínimo Valor atual de R$ 788,00 - Decreto nº 8.381/14. Pró-labore Código

Leia mais

Módulo Recursos Humanos

Módulo Recursos Humanos Módulo Recursos Humanos Ponto Eletrônico Objetivo O objetivo deste artigo é dar uma visão geral sobre o Módulo Recursos Humanos Ponto Eletrônico. Todas informações aqui disponibilizadas foram retiradas

Leia mais

CARTILHA PARA EMPREGADORES E TRABALHADORES DIREITOS E DEVERES COM A PEC DAS DOMÉSTICAS

CARTILHA PARA EMPREGADORES E TRABALHADORES DIREITOS E DEVERES COM A PEC DAS DOMÉSTICAS DESONERAÇÃO DA FOLHA DE PAGAMENTO DO EMPREGADOR DOMÉSTICO = MENOS DEMISSÕES E MAIS FORMALIDADE Dê seu voto em www.domesticalegal.org.br CARTILHA PARA EMPREGADORES E TRABALHADORES DIREITOS E DEVERES COM

Leia mais

NORMA DE PROCEDIMENTOS. Férias

NORMA DE PROCEDIMENTOS. Férias pág.: 1/6 1 Objetivo Estabelecer critérios e procedimentos para programação, concessão e pagamento de férias aos empregados da COPASA MG. 2 Referências Para aplicação desta norma poderá ser necessário

Leia mais

PAUTA DE REIVINDICAÇÕES PATRONAL 2015 (Fetquim)

PAUTA DE REIVINDICAÇÕES PATRONAL 2015 (Fetquim) PAUTA DE REIVINDICAÇÕES PATRONAL 2015 (Fetquim) CLÁUSULAS PARA DISCUSSÃO CLÁUSULA PRIMEIRA - VIGÊNCIA E DATA-BASE As partes fixam a vigência da presente Convenção Coletiva de Trabalho no período de 1º

Leia mais

VARGAS CONTABILIDADE atendimento@vargascontabilidaders.com.br ORIENTAÇÃO

VARGAS CONTABILIDADE atendimento@vargascontabilidaders.com.br ORIENTAÇÃO VARGAS CONTABILIDADE atendimento@vargascontabilidaders.com.br ORIENTAÇÃO PREVIDÊNCIA SOCIAL Décimo Terceiro Salário Nesta orientação, vamos apresentar como deve ser preenchida a declaração do SEFIP Sistema

Leia mais

Alternativas da legislação trabalhista para o enfrentamento da crise

Alternativas da legislação trabalhista para o enfrentamento da crise Alternativas da legislação trabalhista para o enfrentamento da crise Maria Lúcia L Menezes Gadotti Telefone : (11) 3093-6600 e-mail: marialucia.gadotti@stussinevessp.com.br Constituição Federal CLT e outras

Leia mais

Perguntas e Respostas do esocial Empregador Doméstico

Perguntas e Respostas do esocial Empregador Doméstico Perguntas e Respostas do esocial Empregador Doméstico Versão 1.0 29/09/2015 Alterações em relação à versão anterior Não se aplica Simples Doméstico esocial 1. O que é o SIMPLES Doméstico? Vivemos um momento

Leia mais

CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO 2006 / 2007

CONVENÇÃO COLETIVA DE TRABALHO 2006 / 2007 2006 / 2007 O SINDICATO NACIONAL DAS EMPRESAS DE AVIAÇÃO AGRÍCOLA SINDAG e o SINDICATO DOS TÉCNICOS AGRÍCOLAS DE NÍVEL MÉDIO NO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL SINTARGS, firmam a presente CONVENÇÃO COLETIVA

Leia mais

ACORDO COLETIVO DE TRABALHO 2012/2014

ACORDO COLETIVO DE TRABALHO 2012/2014 ACORDO COLETIVO DE TRABALHO 2012/2014 NÚMERO DE REGISTRO NO MTE: PE000264/2013 DATA DE REGISTRO NO MTE: 08/03/2013 NÚMERO DA SOLICITAÇÃO: MR005909/2013 NÚMERO DO PROCESSO: 46213.003630/2013-64 DATA DO

Leia mais

Seguro Desemprego : art. 7º, II da CRFB

Seguro Desemprego : art. 7º, II da CRFB AULA 10: Seguro Desemprego : art. 7º, II da CRFB Amparo legal: art. 7º, II da CRFB. * urbanos e rurais: Lei nº 7.998/90, Lei nº 8.900/94 e Resolução do CODEFAT 467/05. * domésticos: artigo 6º-A da Lei

Leia mais

Menor Aprendiz Perguntas Frequentes

Menor Aprendiz Perguntas Frequentes Menor Aprendiz Perguntas Frequentes A aprendizagem é regulada pela CLT e passou por um processo de modernização com a promulgação das Leis nºs. 11.180/2005, 10.097/2008 e 11.788/2008. O Estatuto da Criança

Leia mais

JORNADA DE TRABALHO SINDIREPA LUCIANA CHARBEL GERÊNCIA DE RELAÇÕES TRABALHISTAS 20 DE JUNHO DE 2013

JORNADA DE TRABALHO SINDIREPA LUCIANA CHARBEL GERÊNCIA DE RELAÇÕES TRABALHISTAS 20 DE JUNHO DE 2013 JORNADA DE TRABALHO SINDIREPA LUCIANA CHARBEL GERÊNCIA DE RELAÇÕES TRABALHISTAS 20 DE JUNHO DE 2013 DURAÇÃO DA JORNADA DE TRABALHO DIÁRIA: 8 HORAS SEMANAL: 44 HORAS MENSAL: 220 HORAS INTERVALOS PARA DESCANSO

Leia mais

TIRE SUAS DÚVIDAS SOBRE A SEGUNDA PARCELA DO 13º. 13º Salário - Gratificação Natalina. Adiantamento do 13º Salário nas férias

TIRE SUAS DÚVIDAS SOBRE A SEGUNDA PARCELA DO 13º. 13º Salário - Gratificação Natalina. Adiantamento do 13º Salário nas férias 1 TIRE SUAS DÚVIDAS SOBRE A SEGUNDA PARCELA DO 13º - Gratificação Natalina A Gratificação de Natal, popularmente conhecida como, foi instituída pela Lei 4.090, de 13/07/1962, regulamentada pelo Decreto

Leia mais

ASPECTOS TRABALHISTAS DA LEI COMPLEMENTAR Nº 150/2015 (REGULAMENTAÇÃO DO TRABALHO DOMÉSTICO) COMPARATIVO E NOTAS INICIAIS RICARDO RESENDE

ASPECTOS TRABALHISTAS DA LEI COMPLEMENTAR Nº 150/2015 (REGULAMENTAÇÃO DO TRABALHO DOMÉSTICO) COMPARATIVO E NOTAS INICIAIS RICARDO RESENDE REGULAMENTAÇÃO ANTIGA MANTIDA É vedada a contratação de menor de 18 (dezoito) anos para desempenho de trabalho doméstico, de acordo com a Convenção n o 182, de 1999, da Organização Internacional do Trabalho

Leia mais

DEPARTAMENTO JURÍDICO TRABALHISTA BOLETIM 091/2015

DEPARTAMENTO JURÍDICO TRABALHISTA BOLETIM 091/2015 DEPARTAMENTO JURÍDICO TRABALHISTA ADM 223/2015-29/09/2015 BOLETIM 091/2015 Fixados os critérios sobre o recolhimento obrigatório do FGTS pelo empregador doméstico e divulgada a versão 2 do manual de recolhimento

Leia mais

A Lei 6.019/74 que trata da contratação da mão de obra temporária abrange todos os segmentos corporativos ou há exceções?

A Lei 6.019/74 que trata da contratação da mão de obra temporária abrange todos os segmentos corporativos ou há exceções? LUANA ASSUNÇÃO ALBUQUERK Especialista em Direito do Trabalho Advogada Associada de Cheim Jorge & Abelha Rodrigues - Advogados Associados O CONTRATO TEMPORÁRIO DE TRABALHO São as conhecidas contratações

Leia mais

A expressão contrato individual de trabalho tem o mesmo significado das expressões contrato de trabalho e contrato de emprego.

A expressão contrato individual de trabalho tem o mesmo significado das expressões contrato de trabalho e contrato de emprego. 1 Aula 02 1 Contrato individual de trabalho A expressão contrato individual de trabalho tem o mesmo significado das expressões contrato de trabalho e contrato de emprego. 1.1 Conceito O art. 442, caput,

Leia mais

NORMA DE FÉRIAS. RES. nº 1628/09. Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba

NORMA DE FÉRIAS. RES. nº 1628/09. Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba Vinculada ao Ministério da Integração Nacional - M I. nº 1628/09 FOR-101 1/5 S U M Á R I O 1 Objetivo, 2/5 2 Definição, 2/5 3 Competências,

Leia mais

INFORMAÇÕES IMPORTANTES SOBRE O SEGURO DESEMPREGO

INFORMAÇÕES IMPORTANTES SOBRE O SEGURO DESEMPREGO INFORMAÇÕES IMPORTANTES SOBRE O SEGURO DESEMPREGO Benefício temporário concedido ao trabalhador desempregado dispensado sem justa causa é composto por 3 a 5 parcelas mensais, pagas em dinheiro, de valores

Leia mais

Desenvolvimento Sustentável para o Cerrado Brasileiro N. VALEC NGL-03-01-002

Desenvolvimento Sustentável para o Cerrado Brasileiro N. VALEC NGL-03-01-002 Rev./ VALEC INDICAR NESTE QUADRO EM QUE REVISÃO ESTÁ CADA FOLHA Rev. / 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1-1 1 1 1 0 0 0 16 2 17 3 18 4 19 5 20 6 21 7 22 8 23 9 24 10 25 11 26 12 27 13 28 14 29

Leia mais

NORMA DE FÉRIAS - NOR 304

NORMA DE FÉRIAS - NOR 304 MANUAL DE GESTÃO DE PESSOAS COD. 300 ASSUNTO: SOLICITAÇÃO, PROGRAMAÇÃO, CONCESSÃO E PAGAMENTO DE FÉRIAS APROVAÇÃO: Resolução DIREX nº 023, de 04/02/2013 VIGÊNCIA: 04/02/2013 NORMA DE FÉRIAS - NOR 304 1/12

Leia mais

PERDA INVOLUNTÁRIA DE EMPREGO

PERDA INVOLUNTÁRIA DE EMPREGO PERDA INVOLUNTÁRIA DE EMPREGO 1. OBJETIVO DA COBERTURA O objetivo desta cobertura é garantir ao beneficiário, dentro dos limites estabelecidos e observadas as demais condições contratuais, o pagamento

Leia mais

Cartilha de Extensão de Benefício do Plano Empresarial aos Beneficiários.

Cartilha de Extensão de Benefício do Plano Empresarial aos Beneficiários. Cartilha de Extensão de Benefício do Plano Empresarial aos Beneficiários. Contributários demitidos ou exonerados sem justa causa e/ou aposentados. www.saolucassaude.com.br 01_ DIREITOS E DEVERES DO BENEFICIÁRIO

Leia mais

NORMA CORPORATIVA DEPARTAMENTO PESSOAL

NORMA CORPORATIVA DEPARTAMENTO PESSOAL 1. OBJETIVO Estabelecer a sistemática para rotinas de Departamento Pessoal. 2. DEFINIÇÕES TRCT: Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho. DP: Departamento Pessoal; DP Central: Departamento Pessoal de

Leia mais

FÉRIAS DEFINIÇÃO INFORMAÇÕES GERAIS INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES FUNDAMENTAÇÃO LEGAL PERGUNTAS FREQUENTES

FÉRIAS DEFINIÇÃO INFORMAÇÕES GERAIS INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES FUNDAMENTAÇÃO LEGAL PERGUNTAS FREQUENTES FÉRIAS DEFINIÇÃO INFORMAÇÕES GERAIS INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES FUNDAMENTAÇÃO LEGAL PERGUNTAS FREQUENTES DEFINIÇÃO Período de descanso remunerado com duração prevista em lei (Lei 8.112/90 artigos 77 a 80).

Leia mais

CONVENÇÃO COLETIVA 2015/2016

CONVENÇÃO COLETIVA 2015/2016 CONVENÇÃO COLETIVA 2015/2016 A seguir reproduzimos as cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho entre o SINPROCIM e SINDPRESP, em relação a convenção anterior. REAJUSTE SALARIAL A partir de 1º de março

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº 372, DE 31 DE JULHO DE 2008

RESOLUÇÃO Nº 372, DE 31 DE JULHO DE 2008 RESOLUÇÃO Nº 372, DE 31 DE JULHO DE 2008 Dispõe sobre as férias dos servidores do Supremo Tribunal Federal. O PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, no uso das atribuições que lhe confere o art. 363,

Leia mais

Gestão de Pessoas - 4w

Gestão de Pessoas - 4w P á g i n a 1 Gestão de Pessoas - 4w Modulo Administração de Pessoal (Rubi) Processo: Férias P á g i n a 2 Sumário 1 Conceito... 3 1.1 Parametrizações no Sistema... 3 1.1.1 - Sindicato... 3 1.1.2 - Situações...

Leia mais

O empregado doméstico deverá apresentar, por ocasião da sua admissão, os seguintes documentos:

O empregado doméstico deverá apresentar, por ocasião da sua admissão, os seguintes documentos: Empregado Doméstico- Aspectos Gerais 1. Introdução A Lei nº 5.859/72, no seu art. 1o, define empregado doméstico como aquele que presta serviços de natureza contínua e de finalidade não lucrativa à pessoa

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº 555, DE 19 DE JUNHO DE 2015

RESOLUÇÃO Nº 555, DE 19 DE JUNHO DE 2015 Publicada no DJE/STF, n. 122, p. 1-2 em 24/6/2015. RESOLUÇÃO Nº 555, DE 19 DE JUNHO DE 2015 Dispõe sobre as férias dos servidores do Supremo Tribunal Federal. O PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL,

Leia mais

Confira a autenticidade no endereço http://www3.mte.gov.br/sistemas/mediador/.

Confira a autenticidade no endereço http://www3.mte.gov.br/sistemas/mediador/. ACORDO COLETIVO DE TRABALHO 2014/2015 NÚMERO DE REGISTRO NO MTE: MT000334/2014 DATA DE REGISTRO NO MTE: 08/07/2014 NÚMERO DA SOLICITAÇÃO: MR039626/2014 NÚMERO DO PROCESSO: 46210.001278/2014-33 DATA DO

Leia mais

NORMA 1 OBJETIVO. Estabelecer diretrizes para concessão e pagamento de férias. 2 CONCEITOS. 2.1 Abono Pecuniário

NORMA 1 OBJETIVO. Estabelecer diretrizes para concessão e pagamento de férias. 2 CONCEITOS. 2.1 Abono Pecuniário 1/6 1 OBJETIVO Estabelecer diretrizes para concessão e pagamento de férias. 2 CONCEITOS 2.1 Abono Pecuniário Valor pago ao beneficiário que optar expressamente por converter 1/3 (um terço) do seu período

Leia mais

Lei Complementar n. 150, de 1º de Junho de 2015

Lei Complementar n. 150, de 1º de Junho de 2015 Atualização - 1 Atualização sobre Contrato de Trabalho Doméstico Lei Complementar n. 150, de 1º de Junho de 2015 Dispõe sobre o contrato de trabalho doméstico; altera as Leis n. 8.212, de 24 de julho de

Leia mais

Recursos Humanos. Cálculos de Folha de Pagamento - Férias e Décimo-Terceiro. Férias - Finalidade. Férias - Direito. Patrícia Ramos Palmieri

Recursos Humanos. Cálculos de Folha de Pagamento - Férias e Décimo-Terceiro. Férias - Finalidade. Férias - Direito. Patrícia Ramos Palmieri Recursos Humanos Patrícia Ramos Palmieri Cálculos de Folha de Pagamento - Férias e Décimo-Terceiro 1 Férias - Finalidade A finalidade básica da concessão das férias é o restabelecimento das forças físicas

Leia mais

Perguntas Frequentes - Trabalhista

Perguntas Frequentes - Trabalhista Perguntas Frequentes - Trabalhista 01) O empregador poderá descontar do empregado as importâncias correspondentes a danos por eles causados? 1º do art. 462 da CLT prevê a possibilidade de que, em caso

Leia mais

5. JORNADA DE TRABALHO

5. JORNADA DE TRABALHO 5. JORNADA DE TRABALHO 5.1 DURAÇÃO DA JORNADA A duração normal do trabalho não pode ser superior a oito horas diárias e 44 semanais, sendo facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante

Leia mais

Contratos de trabalho por tempo determinado, previstos na CLT

Contratos de trabalho por tempo determinado, previstos na CLT Contratos de trabalho por tempo determinado, previstos na CLT O contrato de trabalho por prazo determinado é aquele cuja duração dependa de termo prefixado ou da execução de serviços específicos ou ainda

Leia mais

Filiada à. Lei Complementar Nº 150, de 14 de Junho de 2015 Atos do Poder Legislativo

Filiada à. Lei Complementar Nº 150, de 14 de Junho de 2015 Atos do Poder Legislativo LEI COMPLEMENTAR Nº 150, DE 1º DE JUNHO DE 2015 Dispõe sobre o contrato de trabalho doméstico; altera as Leis no 8.212, de 24 de julho de 1991, no 8.213, de 24 de julho de 1991, e no 11.196, de 21 de novembro

Leia mais

TRABALHADOR DOMÉSTICO

TRABALHADOR DOMÉSTICO TRABALHADOR DOMÉSTICO Guia SESI-FIEMG dos Direitos e Deveres do Trabalhador Doméstico Edição 1.0 Outubro de 2015 1 SUMÁRIO O EMPREGADO DOMÉSTICO... 3 DIREITOS DO EMPREGADO DOMÉSTICO... 3 PRINCIPAIS PONTOS

Leia mais

EMPREGADO DOMÉSTICO INOVAÇÕES LEGISLATIVAS DA LEI COMPLEMENTAR 150 CAPÍTULO I PRINCIPAIS EVOLUÇÕES LEGISLATIVAS A categoria dos empregados domésticos tem como principais regulamentações legislativas, por

Leia mais

DIREITOS DOS TRABALHADORES DOMÉSTICOS

DIREITOS DOS TRABALHADORES DOMÉSTICOS DIREITOS DOS TRABALHADORES DOMÉSTICOS SAIBA QUEM SÃO OS TRABALHADORES BENEFICIADOS COM A APROVAÇÃO DA CHAMADA PEC DAS DOMÉSTICAS Todos os trabalhadores contratados para trabalhar para uma pessoa física

Leia mais

Unidade II CONTABILIDADE FINANCEIRA. Prof. Carlos Barretto

Unidade II CONTABILIDADE FINANCEIRA. Prof. Carlos Barretto Unidade II CONTABILIDADE FINANCEIRA Prof. Carlos Barretto Contabilidade financeira Na Unidade II veremos as peculiaridades da folha de pagamento de uma empresa com funcionários mensalistas No Modulo I

Leia mais

PREVIDÊNCIA SOCIAL INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL. Educação Previdenciária

PREVIDÊNCIA SOCIAL INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL. Educação Previdenciária Todo(a) brasileiro(a), a partir de 16 anos de idade, pode filiar-se à Previdência Social e pagar mensalmente a contribuição para assegurar os seus direitos e a proteção à sua família. Vejamos com isso

Leia mais

NORMAS E PROCEDIMENTOS SOBRE JORNADA DE TRABALHO

NORMAS E PROCEDIMENTOS SOBRE JORNADA DE TRABALHO NORMAS E PROCEDIMENTOS SOBRE JORNADA DE TRABALHO 1. OBJETIVO O departamento de Recursos Humanos da FECAP pretende com esse manual de normas e procedimentos sobre a jornada de trabalho, informar os seus

Leia mais

ACORDO COLETIVO DE TRABALHO/2006 SESCOOP SINDAF/DF

ACORDO COLETIVO DE TRABALHO/2006 SESCOOP SINDAF/DF ACORDO COLETIVO DE TRABALHO/2006 SESCOOP SINDAF/DF ACORDO COLETIVO DE TRABALHO, que celebram de um lado, o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo SESCOOP NACIONAL - CNPJ N.º 03.087.543/0001-86,

Leia mais

MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO FEDERAL E REFORMA DO ESTADO SECRETARIA DE RECURSOS HUMANOS PORTARIA NORMATIVA SRH Nº 2, DE 14 DE OUTUBRO DE 1998

MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO FEDERAL E REFORMA DO ESTADO SECRETARIA DE RECURSOS HUMANOS PORTARIA NORMATIVA SRH Nº 2, DE 14 DE OUTUBRO DE 1998 MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO FEDERAL E REFORMA DO ESTADO SECRETARIA DE RECURSOS HUMANOS PORTARIA NORMATIVA SRH Nº 2, DE 14 DE OUTUBRO DE 1998 Dispõe sobre as regras e procedimentos a serem adotados pelos

Leia mais