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1 I.S.E.L. Instituto Superior de Engenharia de Lisboa CURSO DE ENGENHARIA ELECTROTÉCNICA AUTOMAÇÃO INDUSTRIAL E SISTEMAS DE POTÊNCIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELECTROTÉCNICA SECÇÃO DE ECONOMIA E GESTÃO GESTÃO DA QUALIDADE E AVALIAÇÃO DE PROJECTOS VOLUME 1 - AVALIAÇÃO DE PROJECTOS Autor: CRISTINA INÊS CAMUS (Professora adjunta) Colaboração actualização 2004: EDUARDO A. EUSÉBIO (Eq. Assistente) ACTUALIZAÇÃO SETEMBRO 2004

2 ÍNDICE 1. INTRODUÇÃO O CONCEITO DE PROJECTO DE INVESTIMENTO FASES DE DESENVOLVIMENTO DO PROJECTO DE INVESTIMENTO TIPOS DE AVALIAÇÃO DE PROJECTOS ESTRUTURA DO DOSSIER DE AVALIAÇÃO FASES DO ESTUDO DE AVALIAÇÃO DO PROJECTO Identificação do projecto Formulação do projecto Avaliação e decisão AVALIAÇÃO FINANCEIRA DO PROJECTO CONTABILIDADE E FINANÇAS O Balanço A Demonstração de Resultados Mapa de Fluxos de Tesouraria (Cash Flow) ALGUNS CONCEITOS BÁSICOS DE CONTABILIDADE Amortizações Provisões Fundo de Maneio RÁCIOS Rácio de Liquidez Rácio de Liquidez Reduzida Taxa de Rotação de Stocks Prazos médios de recebimentos e pagamentos Prazo médio de recebimento Prazo médio de pagamento Rácio de autonomia financeira Rácio de solvabilidade Rácios de rentabilidade SECÇÃO DE ECONOMIA E GESTÃO GESTÃO DA QUALIDADE E AVALIAÇÃO DE PROJECTOS PÁGINA 1 DE 88

3 2.4. ORÇAMENTAÇÃO O CONCEITO DE CASH FLOW O CAPITAL INVESTIDO O CONCEITO DE VALOR ACTUAL ANUIDADES E PERPETUIDADES A ESTIMAÇÃO DOS CASH-FLOWS SEGUNDO O TIPO DE INVESTIMENTO AS AMORTIZAÇÕES E O CÁLCULO DOS CASH-FLOWS O VALOR RESIDUAL DO INVESTIMENTO EXERCICIOS PROPOSTOS CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DE PROJECTOS O CRITÉRIO DO VALOR ACTUAL LÍQUIDO (VAL) A TAXA INTERNA DE RENTABILIADE (TIR) COMPARAÇÃO ENTRE O VAL E O TIR O MÉTODO DO INDICE DE RENTABILIDADE OU RETORNO DO INVESTIMENTO O MÉTODO DO PERIODO DE RECUPERAÇÃO DO CAPITAL INVESTIDO ( PAYBACK ) EXERCÍCIOS PROPOSTOS SELECÇÃO DE PROJECTOS DE INVESTIMENTO SELECÇÃO DE PROJECTOS COM PERÍODOS DE VIDA DISTINTOS SELECÇÃO DE PROJECTOS DE SUBSTITUIÇÃO SELECÇÃO DE PROJECTOS SOB RESTRIÇÕES FINANCEIRAS EXERCÍCIOS PROPOSTOS O FINANCIAMENTO DO PROJECTO AUTO FINANCIAMENTO MEIOS DE FINANCIAMENTO EXTERIORES À EMPRESA Financiamentos de curto prazo SECÇÃO DE ECONOMIA E GESTÃO GESTÃO DA QUALIDADE E AVALIAÇÃO DE PROJECTOS PÁGINA 2 DE 88

4 Financiamentos de médio e longo prazo DECISÕES DE INVESTIMENTO E AS DECISÕES DE FINANCIAMENTO EXERCÍCIOS PROPOSTOS O CUSTO DO CAPITAL O CUSTO MÉDIO PONDERADO DO CAPITAL O CUSTO DAS DIFERENTES FONTES DE FINANCIAMENTO O custo do capital próprio O custo do capital alheio O custo do capital alheio CUSTO MARGINAL DO CAPITAL EXERCÍCIOS PROPOSTOS A ANÁLISE DO RISCO PRAZO DE RECUPERAÇÃO DO CAPITAL INVESTIDO PONTO CRÍTICO E ANÁLISE DE SENSIBILIDADE CORRECÇÃO DOS CASH-FLOWS DE INVESTIMENTO COEFICIENTE DE VARIAÇÃO O RISCO E A ANÁLISE DE PROBABILIDADES MÉTODOS DA TEORIA DA DECISÃO Critério pessimista (Maximin) Critério optimista (Maximax) Critério Minimax regret A DECISÃO DE INVESTIR FACE Á INCERTEZA. ÁRVORES DE DECISÃO EXERCÍCIOS PROPOSTOS BIBLIOGRAFIA SECÇÃO DE ECONOMIA E GESTÃO GESTÃO DA QUALIDADE E AVALIAÇÃO DE PROJECTOS PÁGINA 3 DE 88

5 1. INTRODUÇÃO 1.1. O CONCEITO DE PROJECTO DE INVESTIMENTO Um investimento é uma aplicação de fundos escassos que geram rendimento, durante um certo tempo, de forma a maximizar a riqueza da empresa. Enquanto aplicação de fundos que gera rendimento, o projecto é um negócio para a empresa, a qual se decide ou não pela sua implementação conforme a avaliação que dele faz relativamente às alternativas de investimento. Um projecto de investimento é simultaneamente uma ideia e um plano de negócios previsionais que se propõe afectar recursos escassos a uma aplicação particular, de entre as diferentes aplicações alternativas, com o objectivo de obter um rendimento durante um certo tempo, que remunere adequadamente a aplicação FASES DE DESENVOLVIMENTO DO PROJECTO DE INVESTIMENTO As fases de desenvolvimento do projecto de investimento são as seguintes: A - Fase de concepção Identificação: Identificação das oportunidades de investimento Preparação: Formulação das variantes do projecto. Pré-avaliação Avaliação: Formulação do projecto. Avaliação. Tomada de decisão. B Fase de Implementação: Planeamento. Execução. Controle. Conclusão do projecto e ligação a projectos subsequentes. SECÇÃO DE ECONOMIA E GESTÃO GESTÃO DA QUALIDADE E AVALIAÇÃO DE PROJECTOS PÁGINA 4 DE 88

6 Segue-se o fluxograma característico da sequência de actividades do estudo de avaliação do projecto de investimento: Identificação do projecto Formulação de variantes Formulação do projecto Tecnologia Capacidade Produtiva Localização Lay-out Estudo de mercado Rede de distribuição Publicidade Avaliação e decisão Plano de investimento Plano de exploração Plano de financiamento Processo escrito do projecto de investimento Implementação 1.3. TIPOS DE AVALIAÇÃO DE PROJECTOS A avaliação do projecto pode e deve fazer-se relativamente a diferentes aspectos relevantes, dando origem a diferentes tipos de avaliação a saber: Avaliação financeira A avaliação financeira do projecto de investimento é o estudo de apoio à tomada de decisão por parte do investidor (o detentor do capital próprio necessário ao projecto) e dos financiadores (os detentores do capital alheio) do projecto, estudo esse que pondera as despesas e as receitas financeiras do projecto de forma a aferir da rentabilidade em termos de mercado. SECÇÃO DE ECONOMIA E GESTÃO GESTÃO DA QUALIDADE E AVALIAÇÃO DE PROJECTOS PÁGINA 5 DE 88

7 Avaliação técnica: A avaliação técnica preocupa-se com o engineering e o design das instalações e equipamento do projecto estimando os custos de investimento e os custos operativos da construção e operação do projecto. Esta avaliação é incorporada na avaliação financeira. Avaliação comercial: A avaliação comercial trata das condições de compra de bens e serviços necessários à implementação do projecto e das condições de compra e venda (do marketing) da fase de operação do projecto. É uma avaliação que envolve, em geral, um estudo de mercado, que identifica os clientes e os concorrentes. Esta avaliação é, tal como a avaliação técnica incorporada na avaliação financeira. Avaliação Institucional: Trata questões relacionadas com a gestão do projecto em particular com o sistema de gestão e o tipo de organização do pessoal a adoptar na fase de construção e na fase de operação. Avaliação Social ( Impacte social): Avalia a contribuição do projecto para objectivos sociais tais como: A distribuição dos rendimentos; A fixação da população no território; A melhoria das condições de vida, em particular da nutrição, saúde, educação e aspectos culturais da população relacionada com o projecto. Avaliação Ambiental ( Impacte Ambiental): Avalia as implicações em termos do meio ambiente físico devido ao projecto, focando em particular aspectos relacionados com a poluição ESTRUTURA DO DOSSIER DE AVALIAÇÃO Não existe nenhuma estrutura padrão para o dossier de avaliação do projecto de investimento. Existem, no entanto, aspectos relevantes para o financiador (banco) decidir financiar o projecto. Assim, o processo escrito de avaliação deve possuir a seguinte estrutura: A - Apresentação da empresa/empresário Identificação da empresa/empresário Identificação dos responsáveis funcionais SECÇÃO DE ECONOMIA E GESTÃO GESTÃO DA QUALIDADE E AVALIAÇÃO DE PROJECTOS PÁGINA 6 DE 88

8 Identificação das actividades Identificação histórica da empresa: Produtos fabricados Tecnologia adoptada Capacidade técnica instalada Balanços dos últimos 3 anos Demonstração de resultados dos últimos 3 anos B - Apresentação do projecto Caracterização do projecto Tipo de projecto Tipo de produto Localização C - Identificação da estratégia subjacente ao lançamento do projecto D - Plano do projecto Plano de investimento Estudo técnico (identificação da tecnologia a adoptar e sua caracterização) Plano de exploração Demonstração de resultados de exercícios previsionais Estudo de mercado Estrutura de custos Políticas de amortizações e provisões Política de fundo de maneio Plano de financiamento Mapa de origem e aplicação de fundos previsional Regimes de empréstimo E - Indicadores de rentabilidade do projecto VAL TIR Payback actualizado SECÇÃO DE ECONOMIA E GESTÃO GESTÃO DA QUALIDADE E AVALIAÇÃO DE PROJECTOS PÁGINA 7 DE 88

9 1.5. FASES DO ESTUDO DE AVALIAÇÃO DO PROJECTO A avaliação de um projecto de investimento, enquanto processo sequencial, é composto de várias fases distintas, onde se realizam tarefas necessárias à avaliação do projecto. As fases distintas podem ser: Identificação Formulação Avaliação Decisão IDENTIFICAÇÃO DO PROJECTO A identificação do projecto é a primeira fase do estudo de avaliação de projectos. Existem vários procedimentos que permitem identificar um projecto de investimento potencial a saber: Identificação das necessidades existentes: Por intermédio de documentos oficiais de uma região ou do país, que identificam os ramos de actividade não desenvolvidos e que podem constituir prioridades sectoriais ou objectivos de desenvolvimento. Por intermédio das estatísticas do comércio externo podem-se identificar os bens e serviços relativamente aos quais podem ser adaptadas estratégias de substituição de importações. Pode-se estudar a forma como noutros países se resolveram problemas semelhantes. Identificação das necessidades futuras: A partir da evolução dos mercados mundiais nas últimas décadas é possível detectar as necessidades futuras, ligadas certamente ao progresso técnico e bem estar. A selecção das ideias depende da evolução da economia nacional, da sua inserção no mercado e das capacidades técnicas existentes FORMULAÇÃO DO PROJECTO As ideias de negócio, possuem, em geral, diferentes formas de serem implementadas, a que chamamos variantes; para cada uma dessas variantes torna-se necessário fazer um estudo preliminar dos aspectos técnicos e de mercado, estudos esses que permitem aferir qual a variante mais adequada para que a decisão seja um sucesso. Identificada a melhor variante, entra-se na fase de avaliação do projecto que suportará a tomada de decisão sobre a implementação ou não do projecto. SECÇÃO DE ECONOMIA E GESTÃO GESTÃO DA QUALIDADE E AVALIAÇÃO DE PROJECTOS PÁGINA 8 DE 88

10 A - Construção de variantes O aspecto fundamental da fase de formulação do projecto consiste na identificação e comparação das diferentes soluções técnicas que permitem atingir os objectivos do projecto. Estas diferentes soluções técnicas possíveis, têm de ser estudadas de forma a determinar-se custos e benefícios previsíveis que permitam identificar a solução mais prometedora que constituirá a especificação do projecto. B - Determinação de custos de investimento As rubricas mais importastes a considerar nos estudos de investimento são as seguintes: Estudos de engenharia do projecto Edifícios, instalações e equipamentos Patentes, organização Terrenos, recursos naturais. C - Previsão das necessidades de capital circulante Atendendo ao desfasamento que existe na maior parte das actividades económicas, entre o momento em que se inicia o ciclo de produção, e o momento em que o produto é vendido no mercado, a grande maioria dos projectos necessita de um certo montante de capital circulante destinado a financiar os custos de exploração e de estrutura durante o período que antecede o escoamento da produção junto dos consumidores. Este capital, que pode ser financiado a curto prazo, quer por crédito de fornecedores quer por crédito bancário a curto prazo, deve ser tomado em conta no estudo de qualquer projecto. D - Previsões de receitas e custos de exploração As previsões de receitas do investimento são feitas a partir do estudo de mercado, que, ao analisar a evolução da procura de um bem ou serviço, permite prever com maior ou menor fiabilidade o valor das vendas. Geralmente os projectos serão dimensionados para responder à procura. SECÇÃO DE ECONOMIA E GESTÃO GESTÃO DA QUALIDADE E AVALIAÇÃO DE PROJECTOS PÁGINA 9 DE 88

11 As previsões dos custos de exploração serão feitas mediante a atribuição de preços aos recursos a utilizar, quantificados pelo estudo técnico. Nomeadamente: Matérias primas e outros materiais Energia e combustíveis Mão de obra operária e técnica Seguros, impostos e arrendamentos Gastos administrativos Amortizações técnicas AVALIAÇÃO E DECISÃO Os critérios de avaliação de projectos são medidas ou indicadores de rentabilidade dos projectos de investimento que servem de suporte à tomada de decisão de implementar ou não o projecto. Todos os processos de tomada de decisão são estabelecidos em termos relativos, i.e., num contexto de alternativas; no âmbito da avaliação de projectos as alternativas designam-se por variantes. Existem dois procedimentos alternativos para a tomada de decisão no contexto da avaliação de projectos: a tomada de decisão em termos de cash-flows absolutos e em termos de cash flows relativos. Quando a tomada de decisão se faz em termos de implementar o projecto vs. não implementar o projecto, compara-se o cash-flow do projecto com um cash flow nulo, pelo que o cash flow do projecto é tomado em termos absolutos. Quando se comparam os cash flows de dois projectos de investimento alternativos, podemos determinar o cash flow absoluto actualizado de cada um deles à mesma taxa de actualização ou o cash flow relativo isto é o cash flow da diferença entre os dois projectos. SECÇÃO DE ECONOMIA E GESTÃO GESTÃO DA QUALIDADE E AVALIAÇÃO DE PROJECTOS PÁGINA 10 DE 88

12 2. AVALIAÇÃO FINANCEIRA DO PROJECTO 2.1. CONTABILIDADE E FINANÇAS As empresas funcionam através de fluxos de tesouraria (cash-flow). Acumulam capital para comprar activos para poderem desempenhar operações que produzem e fornecem produtos e serviços para clientes, o que por sua vez gera lucros para a empresa. No processo de funcionamento, a empresa precisa de capital para comprar materiais e pagar aos empregados pelo seu trabalho. O capital transforma-se em produtos, que se tornam o inventário da empresa. Quando este é vendido transforma-se de novo em capital. Este movimento de capital é denominado ciclo de fundo de maneio. A contabilidade fornece à empresa um meio de controlo do seu desempenho. A auditoria, outro mecanismo de controlo, garante a precisão da contabilidade. Os relatórios financeiros auditados são considerados confiáveis. Os documentos básicos usados pela maioria das empresas, publicas e privadas, grandes ou pequenas, incluem: Balanço Demonstração de resultados Mapa de fluxos de tesouraria O BALANÇO O Balanço fornece uma fotografia da empresa num dado momento do tempo e mostra os activos (o que possui), os passivos ( o que deve) e os capitais próprios do accionista. A equação do balanço é: ACTIVO = PASSIVO + SITUAÇÃO LIQUIDA SECÇÃO DE ECONOMIA E GESTÃO GESTÃO DA QUALIDADE E AVALIAÇÃO DE PROJECTOS PÁGINA 11 DE 88

13 Exemplo 2.1 Balanço da empresa ABC de 31 Dezembro 2001 (milhares de dólares) ACTIVO Activo fixo Imobilizado corpóreo Terrenos Fábrica e equipamentos Amortizações (560) (440) Total do activo fixo Activo circulante Existências Dívidas de clientes Caixa Total do activo circulante TOTAL ACTIVO PASSIVO + SITUAÇÃO LÍQUIDA SITUAÇÃO LÍQUIDA Capital Resultados transitados Total da situação líquida PASSIVO Dívidas de médio e longo prazo Passivo de curto prazo Dívidas de curto prazo Fornecedores Total Passivo de curto prazo Total Passivo TOTAL PASSIVO + SITUAÇÃO LIQUIDA Quadro 2.1 SECÇÃO DE ECONOMIA E GESTÃO GESTÃO DA QUALIDADE E AVALIAÇÃO DE PROJECTOS PÁGINA 12 DE 88

14 A DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS A demonstração de resultados, também conhecida como conta de proveitos e custos, mostra como a empresa realizou lucros- diferença entre o capital que proveio das vendas e o capital necessário para fazer funcionar o negócio. RESULTADO LÍQUIDO = VENDAS CUSTOS TOTAIS Exemplo 2.2 Demonstração de resultados da empresa ABC de 31 Dezembro 2001 (milhares de dólares). PROVEITOS Receitas das vendas Custo da mercadoria vendida (2667) (2553) Resultados brutos CUSTOS Vendas Gerais e administrativos Amortizações Custos totais RESULTADO OPERACIONAL Custos financeiros RESULTADO ANTES DE IMPOSTOS Impostos (35%) RESULTADO LIQUIDO Quadro 2.2 Os números analisados individualmente têm pouco significado. É a relação entre vários números que se transforma em informação útil. A demonstração de resultados da empresa ABC em 2001 e 2000 apresenta um modesto aumento nas vendas e uma queda significativa nos custos totais. Em 2001 a empresa conseguiu melhorar o seu desempenho e, como resultado, os lucros aumentaram em relação ao ano anterior. SECÇÃO DE ECONOMIA E GESTÃO GESTÃO DA QUALIDADE E AVALIAÇÃO DE PROJECTOS PÁGINA 13 DE 88

15 MAPA DE FLUXOS DE TESOURARIA (CASH FLOW) O mapa de fluxos de Tesouraria mostra de onde vem o dinheiro e como é utilizado num período fixo do tempo. Permite aos gestores observar o montante de fundo de maneio ou liquidez disponível na empresa para pagar as contas e manter-se no mercado. A empresa obtém capital de fontes internas e externas à empresa. O capital flui de 3 áreas principais: Actividades operacionais Actividades de investimento Actividades financeiras Vejamos o mapa de tesouraria da empresa ABC. Os números entre parênteses representam capital despendido. Este mapa é constituído com base no balanço e demonstração de resultados. Exemplo 2.3 Mapa de fluxos de tesouraria da empresa ABC de 2001 Actividades Operacionais Resultado líquido 220 Amortizações 120 Dívidas de clientes 40 Fornecedores (30) Existências 50 Dívidas de curto prazo (80) Cash Flow líquido 320 Actividades de investimento Imóveis, fábrica e equipamento (60) Actividades de financiamento Dívida de longo prazo (30) Cash-flow 230 Saldo de caixa no início do ano 50 Saldo de caixa no fim do ano 280 Quadro 2.3 SECÇÃO DE ECONOMIA E GESTÃO GESTÃO DA QUALIDADE E AVALIAÇÃO DE PROJECTOS PÁGINA 14 DE 88

16 2.2. ALGUNS CONCEITOS BÁSICOS DE CONTABILIDADE AMORTIZAÇÕES A amortização permite às empresas distribuir o custo de um activo ao longo da vida do activo. Em vez de deduzir o montante total dos custos de activos fixos, como fábricas e equipamento, num ano, a amortização permite à empresa determinar a vida útil de um activo e distribuir os custos ao longo desse período. Em cada ano as amortizações entram na demonstração de resultados como um custo apesar de não haver um fluxo de saída de dinheiro PROVISÕES Provisões são resultados cativos (custos), que fazem face a possíveis perdas que podem ocorrer no futuro. Assim temos: Provisões para clientes de cobrança duvidosa Provisões para depreciação de existências Provisões para riscos e encargos (pensões, impostos, processos judiciais, acidentes de trabalho, etc.) FUNDO DE MANEIO As empresas precisam de fundo de maneio para funcionar FUNDO DE MANEIO = ACTIVO CIRCULANTE - PASSIVO DE CURTO PRAZO Exemplo 2.4 Empresa ABC Anos Activo circulante Passivo de curto prazo Fundo de Maneio SECÇÃO DE ECONOMIA E GESTÃO GESTÃO DA QUALIDADE E AVALIAÇÃO DE PROJECTOS PÁGINA 15 DE 88

17 O fundo de maneio aumentou em 250 milhões de dólares por diminuição em 30 milhões de dívidas a fornecedores e 80 milhões de dívidas de curto prazo. O activo circulante aumentou em 140 milhões. Regra de equilíbrio financeiro ACTIVO FIXO Imobilizações ACTIVO CIRCULANTE Existências Créditos Disponibilidades FM = 0 CAPITAIS PERMANENTES Capitais próprios Dívidas de médio e longo prazo EXIGÍVEL A CURTO PRAZO Dívidas de curto prazo Fornecedores O cumprimento desta regra pode não ser suficiente, porque para muitas empresas verifica-se que não basta a igualdade entre o activo circulante a o exigível a curto prazo. É necessário que os capitais circulantes excedam o exigível a curto prazo, pois é possível existirem naqueles, elementos cuja rotação é lenta e em que o seu baixo grau de liquidez não permite fazer face às dívidas de curto prazo. Além disso, os valores do exigível a curto prazo são certos nos seus montantes, enquanto a rotação de muitos valores dos capitais circulantes é aleatória: Os clientes podem não liquidar todas as dívidas nem cumprir os prazos estabelecidos; A rotação dos stocks de materiais e produtos fabricados pode ser inferior à prevista. É necessário então que os capitais circulantes excedam, em valor, as dívidas de curto prazo, constituindo assim uma margem de segurança fundo de maneio RÁCIOS Através dos números das demonstrações financeiras podem desenvolver-se rácios financeiros que serão testes para medir a solvabilidade da empresa a curto e a longo prazo e a sua lucratividade. Existem padrões para cada sector de actividade e os gestores devem conhecer os melhores padrões do seu sector. Devem comparar os seus rácios com os do sector como um todo e ainda com os rácios da própria empresa em anos anteriores. SECÇÃO DE ECONOMIA E GESTÃO GESTÃO DA QUALIDADE E AVALIAÇÃO DE PROJECTOS PÁGINA 16 DE 88

18 RÁCIO DE LIQUIDEZ RÁCIO DE LIQUIDEZ = ACTIVO CIRCULANTE / PASSÍVO DE CURTO PRAZO É desejável que este rácio seja superior a 1. Se uma empresa possui um rácio de liquidez baixo, significa que não dispõe de fundo de maneio suficiente para lidar com dívidas em vencimento. É frequente afirmar-se que este rácio não deve ser inferior a 2, contudo convém salientar que a liquidez da empresa depende: Da relação entre os montantes dos capitais circulantes e do exigível a curto prazo; Dos prazos de disponibilização dos primeiros e de exigibilidade dos segundos. Assim, o valor óptimo para este rácio, varia conforme o sector, a dimensão da empresa e a sua própria política de tal modo que existem empresas bem geridas em que a liquidez aceitável situa-se entre 1.3 e 1.5. O rácio de liquidez geral, embora importante, é insuficiente. Ele não permite, só por si, uma informação completa sobre a verdadeira liquidez da empresa pelo que é necessário recorrer a outros indicadores RÁCIO DE LIQUIDEZ REDUZIDA É corrente considerar a liquidez da empresa com base num outro indicador, denominado indicador de tesouraria ou da liquidez reduzida. RÁCIO LIQUIDEZ REDUZIDA = (CAP. CIRCULANTES EXISTÊNCIAS) / EXÍGIVEL A CURTO PRAZO Rácios de liquidez reduzida superiores a 1 são os desejáveis. A liquidez dos activos é importante porque os activos que podem ser transformados facilmente em capital permitem às empresas gerir negócios sem necessidade de angariar capital no curto prazo TAXA DE ROTAÇÃO DE STOCKS Para garantir uma boa gestão de stocks e consequentemente melhorar a sua rentabilidade, a empresa deve conciliar 2 princípios básicos: SECÇÃO DE ECONOMIA E GESTÃO GESTÃO DA QUALIDADE E AVALIAÇÃO DE PROJECTOS PÁGINA 17 DE 88

19 Reduzir ao mínimo os stocks sem prejudicar a actividade produtiva e comercial da empresa. Tentar obter a velocidade de rotação dos stocks mais elevada possível. TAXA DE ROTAÇÃO = CUSTO DOS PRODUTOS / SALDO MÉDIO DE DE EXISTÊNCIAS VENDIDOS EXISTÊNCIAS Exemplo 2.5 Para a empresa ABC Saldo médio de existências = ( ) / 2 = 805 Custo dos produtos vendidos = 2667 Taxa de rotação de stocks = 2667 / 805 = 3.3 Isto significa que cada produto possui um tempo de vida médio em stock de 12/3.3 meses (3 meses e meio) PRAZOS MÉDIOS DE RECEBIMENTOS E PAGAMENTOS PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO Exprime o tempo médio que a empresa demora a receber os créditos concedidos aos clientes e ainda não vencidos. PRAZO MÉDIO DE RECEBIMENTO = ( CRÉDITOS / VENDAS ANUAIS ) X 12 Exemplo 2.6 Para a empresa ABC Prazo médio de recebimento = (660 / 4000) x 12 = 2 meses PRAZO MÉDIO DE PAGAMENTO PRAZO MÉDIO DE PAGAM. = ( DÍVIDAS A FORNEC. / COMPRAS ANUAIS ) X 12 Exemplo 2.7 Para a empresa ABC Compras anuais = = 2617 Prazo médio de pagamento = (190 / 2617) x 12 = 0.9 meses SECÇÃO DE ECONOMIA E GESTÃO GESTÃO DA QUALIDADE E AVALIAÇÃO DE PROJECTOS PÁGINA 18 DE 88

20 RÁCIO DE AUTONOMIA FINANCEIRA Uma das medidas mais comuns para testar a solvabilidade da empresa a longo prazo é o rácio de autonomia financeira. Compara o montante do financiamento do activo fornecido por credores por oposição ao financiamento dos accionistas. RÁCIO DE AUTON. FINANCEIRA = PASSIVO TOTAL / SITUAÇÃO LÍQ. As margens de segurança para os rácios de autonomia financeira variam consoante o sector de actividade, mas geralmente convém que sejam baixos para não tornar a empresa muito dependente dos seus credores. Por exemplo para a empresa ABC: Rácio de autonomia financeira = ( 2070 / 1410 ) = RÁCIO DE SOLVABILIDADE O rácio de solvabilidade da empresa mostra qual a percentagem dos activos que é financiada por capital alheio. RÁCIO DE SOLVABILIDADE = PASSIVO TOTAL / ACTIVO TOTAL Por exemplo para a empresa ABC: Rácio de solvabilidade = ( 2070 / 3480 ) = 0.59 Isto significa que os credores financiam 59% dos activos da empresa. Esta empresa apoia-se de forma pesada sobre os credores. Se continuar a aumentar os resultados antes de impostos e de encargos financeiros não tem problemas RÁCIOS DE RENTABILIDADE A rentabilidade líquida dos activos ROA (Return On Assets) mede a capacidade da gestão na utilização de todos os activos da empresa relativamente ao resultado líquido. SECÇÃO DE ECONOMIA E GESTÃO GESTÃO DA QUALIDADE E AVALIAÇÃO DE PROJECTOS PÁGINA 19 DE 88

21 R.O.A. = RESULTADO LÍQUIDO / ACTIVOS TOTAIS A rentabilidade do investimento ROI (Return On Investment) mede a lucratividade face ao investimento em activos e é usada para determinar se uma empresa está a operar de forma eficiente. R.O.I. = RESULTADO OPERACIONAL / ACTIVO Por exemplo para a empresa ABC: R.O.A. = ( 220 / 3480 ) = 6.3 % R.O.I. = ( 453 / 3480 ) = 13 % 2.4. ORÇAMENTAÇÃO Os orçamentos resultam de previsões feitas no curto prazo (até um ano). O orçamento global anual de uma empresa industrial inclui os respectivos orçamentos: 1) Orçamento de vendas 2) Orçamento de produção (quantidade) 3) Orçamento de consumo de matérias primas 4) Orçamento de compras 5) Orçamento de custos de mão de obra directa 6) Orçamento de despesas Indirectas de fabrico 7) Orçamento de custo de mercadorias vendidas 8) Orçamento de despesas administrativas e comerciais Com base nos orçamentos anteriores elaboram-se os seguintes documentos: I) Demonstração de resultados previsional II) Mapa de tesouraria III) Balanço previsional Para as empresas de certa dimensão é usual que a base de toda a sua orçamentação seja a previsão de vendas quer em quantidade quer em valor. Uma vez estabelecido o orçamento de vendas, pode-se elaborar a previsão dos custos que variam com as mesmas (transportes, comissões, etc.). Considerando a política de aprovisionamento de SECÇÃO DE ECONOMIA E GESTÃO GESTÃO DA QUALIDADE E AVALIAÇÃO DE PROJECTOS PÁGINA 20 DE 88

22 produtos fabricados e as quantidades a vender, é possível elaborar o orçamento das quantidades a produzir ou programa de fabricação. Para se produzir é necessário consumir matérias primas e actividade das secções fabris. O orçamento dos consumos de matérias primas e a política de aprovisionamento respectivos permitem elaborar o orçamento de compras (primeiro em quantidade e depois em valor). As secções produtivas ou directas da área fabril para trabalharem necessitam de determinados consumos e do recurso a secções auxiliares ou de apoio. Após se calcularem os custos de Mão de Obra e Encargos Gerais respectivos, pode completar-se o orçamento de custos de produção e determinar-se os custos unitários dos produtos. Exemplo 2.8 Uma empresa fabrica dois produtos conhecidos como produtos alfa e beta. Alfa é produzido no departamento 1 e beta é produzido no departamento 2. Para o ano de 2003 dispõe-se da seguinte informação: Custo standard de matérias primas e mão de obra Matéria prima X 1.8 por unidade Matéria prima Y 4.0 por unidade Mão de obra directa 3.0 por unidade Os encargos gerais de fabrico são imputados proporcionalmente ao número de horas de mão de obra directa: Consumo standard de matérias primas e mão de obra Alfa Beta Matéria prima X 10 unidades 8 unidades Matéria prima Y 5 unidades 9 unidades Mão de obra directa 10 horas 15 horas SECÇÃO DE ECONOMIA E GESTÃO GESTÃO DA QUALIDADE E AVALIAÇÃO DE PROJECTOS PÁGINA 21 DE 88

23 Balanço final de 2002: Activo Circulante Tesouraria Clientes Produtos acabados Matérias primas Activo Fixo Passivo Situação Líquida Terrenos Capital Edifícios e equipamentos Reservas TOTAL TOTAL Previsão para 2003 relativa a produtos acabados: Alfa Beta Previsão de vendas (quant.) Preço unitário de venda ( ) Objectivo de stock final Stock inicial Previsão para 2003 relativa a matérias primas: Matéria prima X Matéria prima Y Objectivo de stock final Stock inicial Taxas de imputação de EGF variáveis por hora de mão de obra directa Departamento 1 Departamento 2 Materiais indirectos Mão de Obra indirecta Energia (variável) Manutenção (variável) Orçamento de EGF fixos Departamento 1 Departamento 2 Amortizações Supervisão Energia (Fixa) Manutenção (Fixa) SECÇÃO DE ECONOMIA E GESTÃO GESTÃO DA QUALIDADE E AVALIAÇÃO DE PROJECTOS PÁGINA 22 DE 88

24 Orçamento de custos gerais e administrativos Materiais Administrativos Despesas com o pessoal vendas Serviços administrativos Comissões Transportes Publicidade Diversos TOTAL previsão de Vendas: Alfa Beta Quantidade Valor Quantidade Valor Norte Sul Este Oeste TOTAL Previsão de cobranças e pagamentos: Trimestres Cobranças Pagamentos Mat. Primas Salários Outras desp Resolução 1) Orçamento de vendas Produto Quantidade Preço Valor Alfa Beta Total SECÇÃO DE ECONOMIA E GESTÃO GESTÃO DA QUALIDADE E AVALIAÇÃO DE PROJECTOS PÁGINA 23 DE 88

25 2) Orçamento de produção (quantidade) Descrição Departamento 1 Departamento 2 Vendas Obj.stock final Total necessidades Stock inicial Produção ) Orçamento de consumo de matérias primas Descrição Matéria prima X Matéria prima Y Total Departamento 1 Produção Consumo unitário 10 5 Consumo total Custo unitário 1,8 4 Custo total Departamento 2 Produção Consumo unitário 8 9 Consumo total Custo unitário 1,8 4 Custo total Total Quantidade Valor ) Orçamento de compras Descrição Matéria prima X Matéria prima Y Total Consumos Stock final Stock inicial Compras (quant.) Preço 1,8 4 Compras (valor) ) Orçamento de custos de mão de obra directa Descrição Departamento 1 Departamento 2 Total Produção Consumo unitário Consumo total Custo/hora 3 3 Valor total MOD SECÇÃO DE ECONOMIA E GESTÃO GESTÃO DA QUALIDADE E AVALIAÇÃO DE PROJECTOS PÁGINA 24 DE 88

26 6) Orçamento de despesas indirectas de fabrico Descrição Departamento 1 Departamento 2 Total Actividade em horas Encargos gerais variáveis Materiais indirectos Mão de obra indirecta , ,5 Energia (variável) , ,5 Manutenção (variável) ,5 7507,5 Total , ,5 Taxa de imputação 0,8 0,7 Encargos gerais fixos Amortizações Supervisão Energia (fixa) Manutenção (fixa) Total Encargos gerais totais , ,5 7) Orçamento de custo de mercadorias vendidas Cálculo dos custos unitários Alfa Beta Consumo Custo unitário Consumo Custo unitário Matéria prima X ,4 Matéria prima Y Mão de Obra directa EGF variáveis ,5 Custo variável unitário ,9 8) Orçamento de despesas administrativas e comerciais Custos de Comercialização Custos Administrativos Total Salários Materiais 1000 Comissões Salários 7000 Transportes 5500 Diversos 2000 Publicidade Total ) Demonstração de resultados previsional Vendas Custo mercadoria vendida (variável) EGF fixos Custos Comerciais e Administrativos Resultado Previsional SECÇÃO DE ECONOMIA E GESTÃO GESTÃO DA QUALIDADE E AVALIAÇÃO DE PROJECTOS PÁGINA 25 DE 88

27 10) Orçamento de tesouraria Trimestres Total Saldo inicial Cobranças Pagamentos Compras Salários Outras despesas Saldo Final ) Balanço Previsional Activo Circulante Passivo Tesouraria Fornecedores 6352 Clientes Produtos Acabados Matérias primas Situação Liquida Activo Fixo Capital Terrenos Reservas Edifícios e equip Resultados TOTAL O CONCEITO DE CASH FLOW A realização ou não de um projecto de investimento depende essencialmente da sua rentabilidade futura, ou por outras palavras, da capacidade daquele gerar fluxos financeiros (receitas) num futuro mais ou menos próximo, de modo a cobrir as despesas efectuadas com a sua realização e funcionamento. Neste sentido há que apurar quais os fluxos anuais gerados pela exploração do projecto que devem ser comparados com as despesas realizadas. São estes fluxos anuais ao longo do período de vida do projecto de investimento que se convencionou chamar de cash-flow e obtém-se anualmente através do somatório RESULTADOS VALOR LÍQUIDOS + AMORTIZAÇÕES + RESIDUAL SECÇÃO DE ECONOMIA E GESTÃO GESTÃO DA QUALIDADE E AVALIAÇÃO DE PROJECTOS PÁGINA 26 DE 88

28 FLUXOGRAMA DE DETERMINAÇÃO DO CASH FLOW SECÇÃO DE ECONOMIA E GESTÃO GESTÃO DA QUALIDADE E AVALIAÇÃO DE PROJECTOS PÁGINA 27 DE 88

29 Como o valor residual dá normalmente origem à libertação de fluxos monetários, este deve ser adicionado ao último cash-flow previsional, caso a libertação de fundos se justifique O CAPITAL INVESTIDO O capital investido mede o montante de fundos que a empresa consagra à realização de um projecto de investimento. O montante investido compreende principalmente as despesas de aquisição e construção, mas igualmente todos os custos para pôr em funcionamento os equipamentos, tais como as despesas de transporte, de instalação e de montagem, devendo também ser incluídos os estudos e as despesas com a formação de pessoal. Por outro lado é necessário acrescentar ao montante investido, os acréscimos em fundo de maneio necessário para fazer face a um aumento de produção. Exemplo 2.9 Capital investido em milhares de euros - Infra-estruturas Construção Bens de equipamento Transporte Despesas de instalação Estudos e projectos Necessidades de fundo de maneio Capital Investido O CONCEITO DE VALOR ACTUAL Na definição do cash-flow é importante não só identificar os recebimentos e pagamentos do projecto em numerário, mas também o período de tempo em que se verifica esse fluxo, dado que o dinheiro tem valor no tempo. O valor actual diz-nos qual o valor, no momento presente, de uma receita ou despesa realizada no futuro, (um escudo hoje vale mais do que um escudo amanhã). Neste sentido é possível comparar as receitas e despesas previsionais geradas por um projecto de investimentos, referindo-as a um mesmo período, geralmente o momento da decisão (período zero ou momento de entrada em funcionamento do projecto. SECÇÃO DE ECONOMIA E GESTÃO GESTÃO DA QUALIDADE E AVALIAÇÃO DE PROJECTOS PÁGINA 28 DE 88

30 Exemplo daqui a um ano a uma taxa de 10% vale hoje = 1000 / (1 + i) i = 10% Sendo i a taxa de actualização ou desconto. Exemplo hoje valem, daqui a um ano a uma taxa de 10%, = 1000 x (1 + i) i = 10% Esta operação designa-se por capitalização e permite projectar no futuro fluxos de rendimento actuais. A operação inversa é a actualização que permite projectar no presente fluxos de rendimentos futuros. Cada fluxo de rendimento do período n terá de ser multiplicado por um factor de actualização 1 /( 1 + i ) n. Periodos t 0 t 1 t 2 t 3 Cash-flow. Actualizado x x /( 1 + i ) x /(1 + i ) 2 x /(1 + i ) ANUIDADES E PERPETUIDADES Anuidades são fluxos de rendimentos constantes durante um certo período de tempo: Períodos n Rendimento x x x x Actualizando fica: Períodos n Fluxo Rendim.act x /(1+i) x /(1+i) 2 x /(1+i) 3 x /(1+i) n SECÇÃO DE ECONOMIA E GESTÃO GESTÃO DA QUALIDADE E AVALIAÇÃO DE PROJECTOS PÁGINA 29 DE 88

31 Como o fluxo de rendimento é constante podemos obter a soma dos fluxos como a soma dos n primeiros termos de uma série geométrica de razão 1/(1+i) S a = x ( 1/(1+i) + 1/(1+i) /(1+i) n ) = x ( (1+i) n 1 ) / ( i (1+i) n ) S a = x ( 1/ i - 1 / ( i (1+i ) n ) Perpetuidade são fluxos constantes durante um período de tempo que é considerado infinito. Assim fazendo n O valor actual da perpetuidade vem S p = x / i Exemplo 2.12 Suponha um investimento que liberta cash-flows uniformes de 100 euros anuais por um periodo de 5 anos, o seu valor actual, para uma taxa de actualização i =10% será o seguinte: VA = 100 ( 1 / / ( 0.1 ( 1.1 ) 5 ) = euros Logo, o valor actual do somatório dos cinco cash-flows anuais de 100 euros, é de euros, para uma taxa de actualização de 10 % e não de 500 euros, caso não houvesse depreciação monetária. Se tivéssemos uma perpetuidade de 100 euros anuais o seu valor actual seria VA = 100 / 0.1 = 1000 euros Exemplo 2.13 Suponha agora que o valor de uma perpetuidade é crescente no tempo a uma taxa de 4% ao ano. Se o valor da perpetuidade for de 100 euros no 1º ano, qual o valor actual da perpetuidade? Sejam i Taxa de actualização g Taxa de crescimento da perpetuidade SECÇÃO DE ECONOMIA E GESTÃO GESTÃO DA QUALIDADE E AVALIAÇÃO DE PROJECTOS PÁGINA 30 DE 88

32 VA = x (1/(1+i) + (1+g) /(1+i) 2 + (1+g) 2 /(1+i) ) VA = x ( (1/(1+i)) / ( 1- (1+g) /(1+i) ) ) = x /(i-g) VA = 100 / ( ) = euros Exemplo 2.14 Um projecto produz os seguintes cash-flows em milhares de euros: Anos Cash-flow Se o custo do capital for 15% qual o valor actual dos fluxos? VA = 432 / / / = mil euros Conclui-se, portanto, que na actualização de fluxos, quando se tem: - Fluxos constantes para um período finito utiliza-se as anuidades - Fluxos constantes para um período infinito utiliza-se a perpetuidade - Fluxos variáveis para períodos finitos actualizam-se os valores ano a ano A ESTIMAÇÃO DOS CASH-FLOWS SEGUNDO O TIPO DE INVESTIMENTO De acordo com o tipo de projecto, as previsões dos cash-flows tornam-se mais ou menos difíceis; há mesmo casos onde a apreciação quantitativa se torna quase impossível, não sendo pois aplicável, o cálculo da rentabilidade. - Nos investimentos de substituição os custos, nomeadamente os de conservação e reparação são geralmente conhecidos e a sua previsão pode ser feita com uma precisão satisfatória. - Os investimentos de modernização e inovação são sobretudo destinados a diminuírem os custos, nomeadamente a mão de obra. Os seus cash-flows são apreciados sobretudo em termos de redução de custos operativos. SECÇÃO DE ECONOMIA E GESTÃO GESTÃO DA QUALIDADE E AVALIAÇÃO DE PROJECTOS PÁGINA 31 DE 88

33 - Os investimentos de expansão visam o crescimento da capacidade produtiva ou acrescentar um novo produto à gama já existente; neste caso a empresa espera obter ganhos suplementares. - Os investimentos estratégicos e os de interesse geral são difíceis de avaliar; os efeitos de tais despesas não aparecem tão rapidamente quanto seria de desejar e são sobretudo indirectos. Não podemos apreciar os cash-flows resultantes da introdução de um sistema antipoluição de uma fábrica através dos procedimentos habituais de avaliação de um projecto AS AMORTIZAÇÕES E O CÁLCULO DOS CASH-FLOWS O investimento permite à empresa proceder a amortizações, isto é, registar na contabilidade as reintegrações do activo imobilizado (perdas de valor) em função do tempo. a) Sob o ponto de vista económico, esta prática dá à empresa a possibilidade de reconstruir o montante de fundos iniciais, de modo a renovar o seu activo e conservar um potencial de produção adequado. b) Por sua vez as amortizações não estão sujeitas a imposto fiscal. A amortização constitui um custo de exploração, mas não representa uma saída de dinheiro, isto é, reflecte o consumo do factor de produção (imobilizado) Exemplo 2.15 Uma empresa adquiriu um determinado equipamento pelo montante de , amortizável em 5 anos. Os cash flows relativos à sua exploração são os seguintes: Anos Resultado Exploração Vamos utilizar dois critérios de amortização: 1º Quotas constantes /5 = anuais 2º Método dos dígitos 1) (5/15) = ) (4/15) = SECÇÃO DE ECONOMIA E GESTÃO GESTÃO DA QUALIDADE E AVALIAÇÃO DE PROJECTOS PÁGINA 32 DE 88

34 3) (3/15) = ) (2/15) = ) (1/15) = Cálculo dos cash-flows considerando que os lucros são tributados a uma taxa de 40% 1º caso. Amortizações constantes 2º caso. Método dos dígitos Anos Cashflow Amortizações Lucro antes Impostos Lucro dep. Cash-flow líquido Bruto impostos Impostos Anos Cashflow Amortizações Lucro antes Impostos Lucro dep. Cash-flow líquido Bruto impostos Impostos (26 666) (10 666) (16 000) Podemos observar que os cash flows anuais líquidos apresentam valores anuais diferentes conforme o método utilizado. Aplicando a técnica da actualização observar-se-ia que o método dos dígitos apresentaria um valor actual mais elevado porque os cash flows dos primeiros anos são mais elevados neste método. SECÇÃO DE ECONOMIA E GESTÃO GESTÃO DA QUALIDADE E AVALIAÇÃO DE PROJECTOS PÁGINA 33 DE 88

35 2.11. O VALOR RESIDUAL DO INVESTIMENTO O valor residual do investimento é estimado em função do seu período de funcionamento. empresa fica na posse de máquinas que pode vender ou utilizar para outros fins. A O mais frequente é que chegando ao fim do período de vida do investimento, a empresa proceda a uma entrada de fundos que resulta em geral de duas situações: a) Venda de equipamentos b) A recuperação da totalidade, ou parte das necessidades suplementares em fundo de maneio de que tinha necessidade no projecto. Venda de equipamentos É necessário ter em conta o valor residual do novo equipamento no fim da sua exploração, devendo ser adicionado ao último cash flow do período considerado para estudo. Devemos, no entanto, verificar se o valor residual é ou não passível de imposto de mais valia, o que se verifica em certos casos, indo afectar negativamente o último cash flow. Fundo de Maneio O valor residual pode igualmente resultar da recuperação das necessidades de fundo de maneio necessário ao investimento. Os stocks podem ser liquidados, os créditos recuperados, as dívidas de curto prazo regularizadas, permitindo obter uma entrada de dinheiro apreciável. Esta soma, isenta de impostos, é adicionada ao último cash flow do investimento. SECÇÃO DE ECONOMIA E GESTÃO GESTÃO DA QUALIDADE E AVALIAÇÃO DE PROJECTOS PÁGINA 34 DE 88

36 2.12. EXERCICIOS PROPOSTOS Exercício 2.1 Dados os seguintes mapas relativamente à empresa X BALANÇO ACTIVO Imobilizado Existências Clientes Caixa + depósitos à ordem TOTAL DO ACTIVO PASSIVO Dívidas de médio e longo prazo Dívidas de curto prazo Fornecedores TOTAL DO PASSIVO SITUAÇÃO LÍQUIDA Capital social Resultados TOTAL DA SITUAÇÃO LÍQUIDA TOTAL DO PASSIVO + SIT.LIQUIDA DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS Vendas Custo da mercadoria vendida Outros custos Resultado operacional Custos financeiros Resultado antes de impostos Impostos (40%) Resultado líquido SECÇÃO DE ECONOMIA E GESTÃO GESTÃO DA QUALIDADE E AVALIAÇÃO DE PROJECTOS PÁGINA 35 DE 88

37 a) Elabore o mapa de fluxos de tesouraria b) Calcule os seguintes rácios: Liquidez geral Liquidez reduzida Rotação de stocks Prazo médio de pagamentos Prazo médio de recebimentos Autonomia financeira Solvabilidade ROA ROI Exercício 2.2 A Sociedade CRATER, S.A. foi constituída no início do mês de dezembro de 2000 com um capital social de euros, totalmente realizado (valor depositado no banco Y). O seu objecto social consiste na comercialização de computadores, fotocopiadoras, faxes, centrais telefónicas, etc. Até ao fim do exercício económico a sociedade realizou as seguintes operações: 1. Aquisição de imobilizado no valor de , dos quais com empréstimo bancário. 2. Aquisição de uma viatura no valor de valor totalmente liquidado pela empresa 3. Aquisição de materiais (computadores, faxes, etc.) no valor de ficando a dever a fornecedores. 4. Venda de de equipamento por , recebendo a pronto. 5. Pagamento de de dívidas a fornecedores 6. Recebimento de de clientes 7. Aquisição de de equipamento para revenda a pronto pagamento 8. Venda de de equipamento por , recebendo a pronto. 9. Pagamento de salários no valor de , para o que se contraiu uma dívida de curto prazo no valor de Venda de de equipamento por , recebendo a pronto 11. Pagamento de juros no valor de Recebimento de dívidas no valor de Constituição de uma provisão para clientes de cobrança duvidosa no valor de 500. SECÇÃO DE ECONOMIA E GESTÃO GESTÃO DA QUALIDADE E AVALIAÇÃO DE PROJECTOS PÁGINA 36 DE 88

38 14. Constituição de uma provisão para depreciação de existências no valor de Considera-se para o imobilizado uma amortização no valor de Pretende-se: a) O registo das operações utilizando o esquema da equação fundamental; b) A composição e valor do património após a realização das operações e ainda a demonstração de resultados do exercício. Exercício 2.3 Pretende-se elaborar o orçamento anual da empresa M. Após o exame de todos os factores relevantes, os executivos esperam o seguinte para o próximo ano: Produto Acabado Produto F Produto G Custo unitário (conteúdo unitário) Tipo especial Tipo de luxo Material unidades 12 unidades 1.2 u.m./unidade Material unidades 8 unidades 2.6 u.m./unidade Mão de Obra directa 14 horas 20 horas 2.05 u.m./hora O balanço para o ano recém terminado: Activo Circulante Passivo Tesouraria Clientes Produtos acabados Matérias primas Activo Fixo Fornecedores Imposto s. Rend Situação Líquida Terrenos Edifícios e equipamentos Amort.acum. (75 000) Capital Reservas TOTAL TOTAL SECÇÃO DE ECONOMIA E GESTÃO GESTÃO DA QUALIDADE E AVALIAÇÃO DE PROJECTOS PÁGINA 37 DE 88

39 Informação adicional referente a previsão de vendas e níveis de stock: Produto Acabado Vendas esperadas Preço unitário Stock final desejado Stock inicial Matéria Prima Stock final desejado Stock inicial F u.m G u.m Prevê-se ainda a ocorrência dos seguintes custos: Despesas Indirectas de Fábrica Despesas comerciais e administrativas Materiais indirectos Mão de obra indirecta Encargos sociais Energia (variável) Manutenção (variável) Amortizações Imposto predial Seguros 500 Supervisão Energia (fixa) Manutenção (fixa) Comissões de Vendas Publicidade Salários de vendedores Despesas de viagens Salários de pes. Escritório Salários de executivos Diversos TOTAL TOTAL Os fluxos de caixa previstos são: Trimestres Recebimentos Pagamentos Materiais Salários Outras desp. Impost.rend. Compras Pede-se o orçamento global anual: 1) Orçamento de vendas 2) Orçamento de produção (quantidade) SECÇÃO DE ECONOMIA E GESTÃO GESTÃO DA QUALIDADE E AVALIAÇÃO DE PROJECTOS PÁGINA 38 DE 88

40 3) Orçamento de Consumo de Matérias Primas 4) Orçamento de Compras 5) Orçamento de Custos de Mão de Obra Directa 6) Orçamento de Encargos Gerais de Fabrico 7) Orçamento de Custo de Mercadorias Vendidas 8) Orçamento de Despesas Administrativas e Comerciais 9) Demonstração de Resultados Previsional 10) Mapa de Tesouraria 11) Balanço Previsional Exercício 2. 4 Se investe 100 euros a uma taxa de juro de 15% quanto terá ao fim de 8 anos? (Resposta: euros) Exercício 2.5 Um investimento de euros vale em 2 anos euros. Qual a taxa de rentabilidade anual? (Resposta: 16%) Exercício 2.6 Se investir 500 euros no final de cada um dos próximos 9 anos a uma taxa de juro de 13% quanto terá no final? (Resposta: euros) Exercício 2.7 Um investimento de euros de onde se espera obter um cash-flow de euros no 1º ano, euros no 2º e euros no 3º. Se o custo de oportunidade do capital for 12% qual o valor actual do investimento? (Resposta: euros) SECÇÃO DE ECONOMIA E GESTÃO GESTÃO DA QUALIDADE E AVALIAÇÃO DE PROJECTOS PÁGINA 39 DE 88

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