TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 19ª REGIÃO 8ª VARA DO TRABALHO DE MACEIÓ/AL PROCESSO:

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1 TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 19ª REGIÃO 8ª VARA DO TRABALHO DE MACEIÓ/AL PROCESSO: Aos 22 dias do mês de maio do ano dois mil e doze, às 16:55 horas, estando aberta a audiência da 8ª VARA DO TRABALHO DE MACEIÓ/AL, na sala de audiências da respectiva Vara, sito à AV. DA PAZ 1994, CENTRO, com a presença do(a) Sr(a) Juiz(a) do Trabalho Substituto THAÍS GONDIM, foram por ordem do(a) Sr(a) Juiz(a) do Trabalho apregoados os litigantes: Antonio José Farias Neto, RECLAMANTE e Souza Cruz S/A, RECLAMADO. RELATÓRIO Antonio José Farias Neto, qualificado na inicial, ajuizou reclamação trabalhista em face da Souza Cruz S/A, postulando indenização por danos morais; adicional de transferência com repercussões; horas extras e intervalos intrajornada, com reflexos; benefícios da Justiça gratuita e honorários advocatícios. Regularmente notificada, a reclamada compareceu à audiência inaugural e, após recusada a primeira proposta de conciliação, apresentou a contestação de f. 21/35, acompanhada de um substabelecimento, uma carta de preposto, uma procuração e diversos documentos em várias laudas. Alçada fixada na inicial. O reclamante se manifestou sobre a defesa e documentos apresentados pela reclamada (f. 221/223) e juntou aos autos o documento de f. 224/225. O Juízo dispensou a produção de prova testemunhal e encerrou a instrução processual, sob protestos do reclamante. (f. 234/235) O Juízo proferiu a sentença de f. 239/243, que foi objeto de recurso ordinário, interposto pelo reclamante (f. 244/259). O Tribunal deu provimento ao recurso ordinário interposto pelo reclamante, acolhendo a preliminar de nulidade processual por ele arguida e determinou o retorno dos autos à Vara de origem para interrogatório das testemunhas (f. 297). Ao retornar à Vara de origem, o Juízo dispensou o interrogatório do reclamante e, após o interrogatório do preposto da reclamada e de uma testemunha, o Juízo determinou o encerramento instrução processual. Razões finais remissivas, por ambas as partes. Frustrado o acordo. É o relatório. Decide-se. 22/05/ :23:56 Sistema de Acompanhamento de Processos em 1ª Instância pág. 1 / 9

2 FUNDAMENTAÇÃO 1. Da prescrição quinquenal Acolhe-se a prescrição quinquenal arguida pela reclamada para extinguir o processo com julgamento do mérito, com fulcro no art. 7º, inciso XXIX, da Carta Federal de 1988 c/c art. 269, IV, do CPC, quanto aos créditos exigíveis por via acionária anteriores a , eis que a presente reclamação foi ajuizada em , à exceção do FGTS, cuja prescrição é trintenária. 2. Do adicional de transferência Disse que nos primeiros 11 meses do contrato trabalhou em Sergipe, depois trabalhou 2 meses em Belém do Pará e a partir de em Arapiraca, para onde foi transferido com toda a família e permaneceu até o final do contrato de trabalho. Diante de tal alegação, pediu a condenação da reclamada ao pagamento de um adicional de transferência relativamente a todo o contrato de trabalho com reflexos, sustentando que recebeu tal verba apenas durante um mês. Em sua defesa, a reclamada suscitou a inépcia do pedido de adicional de transferência, o que no entender deste Juízo não restou configurada, eis que atendidos os requisitos previstos no art. 840 da CLT. Sustentou, ainda, que a transferência do reclamante só ocorreu em 2008, a pedido do mesmo e em caráter definitivo, o que exclui o direito ao adicional pretendido. Ao ser interrogado, disse o preposto da reclamada que o reclamante trabalhou três meses em Belém-PA para substituir um empregado desligado; que o reclamante trabalhou diversas cidades no estado de Sergipe, em períodos não superiores a um mês, substituindo outros empregados por ocasião de suas férias; que a mudança do reclamante para Arapiraca-AL deu-se de forma definitiva; que não tem informação se o reclamante mudou para a cidade de Aracaju-SE ao longo do contrato; e que não sabe informar quanto tempo ao todo o reclamante passou fora de Maceió. A testemunha trazida pelo reclamante disse que o reclamante foi transferido para Arapiraca entre 2007/2008; que não sabe informar se a transferência foi provisória ou definitiva nem o tempo em que o reclamante permaneceu em Arapiraca; e que o reclamante foi transferido para Arapiraca por ordem da empresa. Pois bem. Modificando posicionamento anterior, entende este Juízo que o adicional de transferência é devido tanto nos casos de transferência provisória quanto definitiva, bastando que haja a mudança de domicílio e por necessidade do serviço 22/05/ :23:56 Sistema de Acompanhamento de Processos em 1ª Instância pág. 2 / 9

3 Na hipótese dos autos, restou provado que a mudança de domicílio do reclamante para Arapiraca, em , decorreu de ato unilateral da reclamada, eis que não há nos autos qualquer outra prova capaz de demonstrar que o reclamante foi transferido a seu pedido. Logo, condena-se a reclamada ao pagamento do adicional de transferência relativamente a a , com reflexos sobre o aviso prévio, sobre as férias com 1/3, sobre os 13º salários, sobre o FGTS com 40%, relativamente ao período de a Indefere-se o pedido de repercussão do adicional de adicional de transferência sobre a remuneração do repouso semanal, por se tratar o reclamante de empregado mensalista. 3. Dos pedidos relacionados à jornada de trabalho Noticia a inicial que a reclamante trabalhava em regime de prorrogação de jornada, na função de motorista, das 06:30 às 20:00/21:00 horas, com 30 minutos de intervalo para o almoço, de segunda a sexta. Disse que nos primeiros 11 meses do contrato trabalhou em Sergipe, depois trabalhou 2 meses em Belém do Pará e a partir de em Arapiraca, onde permaneceu até o final do contrato de trabalho. Em face de tais horários de trabalho, pediu a condenação da reclamada ao pagamento de horas extras e intervalos intrajornada, com reflexos. Em sua defesa, a reclamada alegou que o reclamante não estava sujeito a controle de horário, enquadrando-se na exceção contida no art. 62, inciso I, do CPC, por realizar trabalho externo. Sustenta que a ausência de subordinação dos motoristas ao cumprimento e registro de horários encontra chancela em acordo coletivo de trabalho, cuja cláusula décima quinta prevê a ausência de subordinação dos trabalhadores externos a controle de horário, por aplicação do art. 62, inciso I. A reclamada pediu, ainda, a aplicação do Enunciado n. 340 do TST. Ao alegar a impossibilidade de controle de horário, a reclamada atraiu para si o ônus da prova, na forma do art. 333, inciso II, do CPC, por se tratar de fato impeditivo do direito às horas extras. De tal ônus, no entanto, não se desincumbiu. O reclamante juntou aos autos a ata de f. 224/225, lavrada nos autos da reclamação trabalhista n , ajuizada por um motorista em face da reclamada, na qual o preposto, ao ser interrogado, disse que o motorista chega na sede da reclamada às 06:30h para pegar o veículo a ser conduzido durante a jorrnada e, que, ao término do expediente externo, o reclamante, como motorista, tinha por atribuição preparar o relatório da sua atividade diária e transmitir para São Paulo por meio de 22/05/ :23:56 Sistema de Acompanhamento de Processos em 1ª Instância pág. 3 / 9

4 Palmtop, além de enviar fisicamente os documentos por meio de malote; que esse trabalho interno era realizado pelo reclamante todos os dias e durava cerca de 30 minutos. Com efeito, ao ser interrogado, disse o preposto da reclamada trazido à audiência da presente reclamação, que o dispositivo de rastreamento de satélite instalado nos caminhões não era acionado a cada dez minutos e sim a cada entrega de mercadoria realizada; que esse comando poderia ocorrer até em tempo inferior se os locais das entregas fossem próximos; que o reclamante trabalhava sempre na companhia do motorista; que o reclamante recebia mercadorias para entrega cerca de duas vezes por semana; que a rota uma vez recebida é sempre a mesma; que o reclamante trabalhou três meses em Belém-PA para substituir um empregado desligado; que o reclamante trabalhou diversas no estado de Sergipe em períodos não superiores a um mês substituindo outros empregados por ocasião de suas férias; que o reclamante trabalhava das 06:30h às 17:00/19:00 horas, com uma hora de intervalo, de segunda a sexta-feira; que após o encerramento das entregas, ou seja, após as 17:00/19:00 horas o vendedor tinha ainda por atribuição transmitir um relatório da atividade diária para São Paulo-SP, por meio de Palm-top; que era possível a localização do veículo utilizado pelo reclamante qualquer hora do dia, através de telefonema para a empresa responsável pelo monitoramento via satélite; que sempre que necessário a reclamada faz o contato diretamente com o vendedor através de celular; que a média de entregas realizadas pelo reclamante chega a 35/40, o que corresponde a idêntico numero de acionamentos do monitoramento via satélite; que não há um tempo específico para acionamento do monitoramento via satélite, sendo que se não for acionado de acordo com a rota estabelecida ocorre o bloqueio do combustível do veículo; que a central de monitoramento foi instalada dentro do depósito da reclamada em Recife-PE. que antes de iniciar a jornada era necessário o acionamento do monitoramento por satélite, o mesmo ocorrendo no final da última entrega; e que o reclamante acionava o referido monitoramento por ocasião do início e término do intervalo intrajornada. Entende este Juízo que, diante das informações trazidas pelo preposto da reclamada, embora as atividades do reclamante fossem predominantemente externas não há que se falar em impossibilidade de controle de horário, razão pela qual não se aplica à hipótese dos autos o a exceção contida no art. 62, inciso I, do CPC. Quanto ao horário de trabalho, disse a testemunha trazida pelo reclamante que trabalhou quatro anos para a reclamada tendo sido desligado em 2008; que iniciou como auxiliar de motorista e depois foi promovido a motorista. De forma segura e convincente, disse a testemunha do reclamante que trabalhavam das 06:30 às 18:00/18:10 horas, quando faziam a última entrega, de segunda a sexta-feira, com trinta minutos de intervalo; que 22/05/ :23:56 Sistema de Acompanhamento de Processos em 1ª Instância pág. 4 / 9

5 após as entregas gastavam cerca de duas horas enviando relatórios das entregas bem como fazendo pedido de mercadorias, via palm-top; que o reclamante foi transferido para Arapiraca entre 2007/2008; que trabalhou com o reclamante apenas no período em que o mesmo trabalhou em Arapiraca; e que a cada dez minutos, durante toda a jornada, o apito sonoro instalado no caminhão avisa ao motorista para dar o comando de segurança através de monitoramento via satélite, sob pena de bloqueio do combustível do veículo. A testemunha e o reclamante trabalharam juntos apenas no período de a , na cidade de Arapiraca, de modo que a mencionada testemunha não pode afirmar o horário de trabalho do reclamante no período anterior a , quando trabalhava em Sergipe e no Pará. Logo, à luz do conjunto da prova, conclui-se que o reclamante trabalhava das 06:30 às 20:30 horas, de segunda a sexta-feira, com trinta minutos de intervalo, razão pela qual condena-se a reclamada ao pagamento de 6 horas extras diárias e a uma hora de intervalo intrajornada, por cada dia efetivamente trabalhado, com adicional de 50%, devendo ser excluídos os períodos de suspensão e interrupção da prestação de serviços, qualquer que seja a causa determinante. Deverá ser observado, quando do cálculo das horas extras, o disposto no Enunciado n. 340 do TST quanto à parte variável da remuneração (comissões). Por habituais no período de a , condena-se a reclamada ao pagamento dos reflexos horas extras e dos intervalos intrajornada sobre o aviso prévio, sobre as férias com 1/3, sobre os 13º salários, sobre o FGTS com 40% e sobre a remuneração do repouso semanal, na forma do Enunciado n. 172 do TST. Condena-se a reclamada, por fim, ao pagamento das diferenças de aviso prévio, diferenças de férias com 1/3, diferenças de 13º salários e diferenças de FGTS com 40%, decorrentes das diferenças de remuneração do repouso semanal, na forma da letra "i", do rol de pedidos constante na inicial. A fim de se evitar enriquecimento sem causa, determina-se a dedução dos valores pagos a idêntico título. 4. Do pedido de indenização por danos morais Alegou o reclamante que, em determinado dia, a serviço da reclamada, por volta das 11:00 horas, foi assaltando juntamente com um ajudante, nas imediações da Usina Santo Antonio, em São Luiz do Quitunde-AL. Disse que, na ocasião, cerca de cinco bandidos lhe aplicaram torturas físicas e emocionais, por várias horas, e lhe arrastaram para um canavial, sob a mira de armas de fogo, tendo levado a importância de R$ ,00, em 22/05/ :23:56 Sistema de Acompanhamento de Processos em 1ª Instância pág. 5 / 9

6 dinheiro, que estava guardada no cofre do veículo. Sustentou que, mesmo após o assalto, ele e seu colega foram obrigados a continuar trabalhando, mesmo sem condições emocionais; e que, em outras situações, sofreu perseguições de bandidos pelo fato de transportar vultosa quantia. A reclamada, em sua defesa, confirmou que o reclamante sofreu "alguns" assaltos, todos registrados em Boletim de Ocorrência, mas nunca foi agredido ou torturado fisicamente. Informou que investe em medidas de segurança com vistas a evitar a investida de ladrões e seqüestradores, a exemplo de instalação de sistema de rastreamento do veículo, travas eletrônicas, cofres "boca de lobo" e serviço de escolta para os carros que atuam em áreas mais perigosas, embora admita que não há escolta para todos os carros, "sob pena de inviabilizar a atividade". No mais, sustenta que possui programa de amparo psicológico aos empregados vítimas de assalto, e seus familiares, e que a empresa também é vítima da violência. Inquirido pelo Juízo, disse o preposto da reclamada que de acordo com a petição inicial durante o assalto sofrido pelo reclamante desapareceu apenas o dinheiro; que não sabe informar detalhes acerca do assalto sofrido pelo reclamante uma vez que toda informação por ele obtida decorreu da leitura da petição inicial; que normalmente o reclamante transportava cerca de 150 milheiros de cigarros, o que corresponde a carteiras, o que representa uma quantidade média da carga; que o valor unitário médio da carteira de cigarro, atualmente, corresponde a R$5,00, não sabendo informar quanto custava na época em que o reclamante trabalhava, eis que anualmente há aumento; que a partir da utilização do sistema de monitoramento via satélite, em 2000, bem como da adoção de sistemas de segurança (sistema autotrack; escolta; equipe de segurança; etc) houve uma grande redução na incidência de assaltos; que antes no estado de Pernambuco chegaram a sofrer 200 assaltos/ano e esse ano sofreram apenas três assaltos até então; e que desconhece os números de Alagoas e de Sergipe relativamente a assaltos. Já a testemunha trazida pelo reclamante disse que não sabia informar se o reclamante sofreu algum assalto no decorrer do contrato, embora tal fato não tenha sido negado pela reclamada, em sua defesa. Pois bem. Entende este Juízo que para a configuração do dano moral faz necessária a concorrência de três requisitos, sem exclusão de nenhum desses elementos configurativos: (a) a ilicitude ou abusividade da conduta dolosa; (b) o desrespeito à dignidade psíquica; e, por fim, (c) o dano psíquico-emocional. A reclamada, ao expor o reclamante a completa ausência de segurança nas estradas, transportando cargas superiores a R$ ,00, além de grande soma de dinheiro, em espécie, praticou conduta abusiva, de forma dolosa, eis que conhece os riscos do trabalho 22/05/ :23:56 Sistema de Acompanhamento de Processos em 1ª Instância pág. 6 / 9

7 desenvolvido pelo reclamante. Tanto, que segundo informações do preposto da reclamada, até o ano 2000, a reclamada chegou a sofrer, apenas no estado de Pernambuco, cerca de 200 assaltos/ano; e que a partir da utilização do sistema de monitoramento via satélite, em 2000, bem como da adoção de sistemas de segurança (sistema autotrack; escolta; equipe de segurança; etc) houve uma grande redução na incidência de assaltos, embora, eis que esse ano, até então, sofreram apenas três assaltos em Pernambuco. A adoção dos mecanismos de segurança, portando, não tem se mostrado eficaz contra os assaltos sofridos, mas apenas reduziu a incidência, de modo que a conduta da reclamada revela flagrante desrespeito a dignidade psíquica do trabalhador. Desse modo, tratando-se a reclamada de uma empresa de grande porte, e observado o caráter punitivo, profilático e pedagógico da indenização por danos morais, que deve servir para a adoção de mecanismos mais eficazes de proteção do trabalhador, no que diz respeito a segurança, condena-se a reclamada ao pagamento de uma indenização por danos morais no valor de R$ ,00 (cinquenta mil reais), considerando a alegação contida na inicial no sentido de que o reclamante sofreu apenas um único assalto no decorrer do contrato de trabalho. 5. Dos honorários advocatícios e da Justiça gratuita A condenação em honorários advocatícios na Justiça do Trabalho não decorre unicamente da sucumbência, sendo necessário que o empregado compareça a Juízo assistido por advogado do sindicato a que pertence, que receba salário inferior ao dobro do mínimo legal ou, ainda, que alegue a insuficiência de recursos para demandar sem prejuízo do sustento próprio e de sua família, tal como prevê o art. 14 da Lei n /70, c/c art. 789, 10, da CLT. Neste sentido, aliás, a orientação contida nos Enunciados 219 e 329 do Colendo TST. Na hipótese dos autos, não foram preenchidos os requisitos da Lei n /70, eis que o reclamante compareceu em Juízo acompanhado de advogado particular. Logo, indefere-se o pedido de honorários advocatícios. Diante da declaração de pobreza contida na inicial, defere-se em favor da reclamante os benefícios da Justiça gratuita. CONCLUSÃO Isto posto, decide a 8ª Vara do Trabalho de Maceió - AL, rejeitar a preliminar de inépcia da inicial, suscitada pela reclamada, quanto ao adicional de transferência; acolher a prescrição quinquenal arguida pela reclamada para extinguir o processo com julgamento 22/05/ :23:56 Sistema de Acompanhamento de Processos em 1ª Instância pág. 7 / 9

8 do mérito, com fulcro no art. 7º, inciso XXIX, da Carta Federal de 1988 c/c art. 269, IV, do CPC, quanto aos créditos exigíveis por via acionária anteriores a , à exceção do FGTS, cuja prescrição é trintenária; e julgar PROCEDENTES EM PARTE os pedidos formulados na reclamação trabalhista ajuizada por ANTONIO JOSÉ FARIAS NETO em face da SOUZA CRUZ S/A para condená-la a pagar ao reclamante, no prazo de 48 horas após a publicação da presente decisão, a quantia de R$ ,34, correspondente às seguintes verbas: a) adicional de transferência relativamente a a , com reflexos sobre o aviso prévio, sobre as férias com 1/3, sobre os 13º salários, sobre o FGTS com 40%, relativamente ao período de a ; b) 6 horas extras diárias e a uma hora de intervalo intrajornada, por cada dia efetivamente trabalhado, com adicional de 50%, devendo ser excluídos os períodos de suspensão e interrupção da prestação de serviços, e observado o disposto no Enunciado n. 340 do TST quanto à parte variável da remuneração (comissões); c) reflexos horas extras e dos intervalos intrajornada sobre o aviso prévio, sobre as férias com 1/3, sobre os 13º salários, sobre o FGTS com 40% e sobre a remuneração do repouso semanal, na forma do Enunciado n. 172 do TST; d) diferenças de aviso prévio, diferenças de férias com 1/3, diferenças de 13º salários e diferenças de FGTS com 40%, decorrentes das diferenças de remuneração do repouso semanal, na forma da letra "i", do rol de pedidos constante na inicial; e) indenização por danos morais no valor de R$ ,00 (cinquenta mil reais). Tudo em fiel observância aos termos da fundamentação supra e à planilha de cálculos em anexo, as quais passam a integrar o presente dispositivo como se nele estivessem transcritas. Juros e correção monetária na forma da lei e do Enunciado n. 381 do TST. Contribuições fiscais e previdenciárias a serem recolhidas na forma do Provimento 01/96 da Corregedoria Geral da Justiça do Trabalho. Para fins previdenciários, integram o salário de contribuição as horas extras e os adicionais noturnos com reflexos sobre o 13 salário e sobre a remuneração do repouso semanal, bem como o adicional de transferência, com repercussão sobre o 13º salário, em razão da natureza de tais verbas. Custas de R$ 4.121,91, pela reclamada, calculadas sobre R$ ,34, valor atribuído à condenação, para fins de direito. Após o trânsito em julgado, expeça-se ofício ao INSS. Encerrada a audiência. 22/05/ :23:56 Sistema de Acompanhamento de Processos em 1ª Instância pág. 8 / 9

9 Intimem-se as partes. E para constar, foi lavrada a presente ata, que vai assinada na forma da lei. THAÍS GONDIM - Juiz(a) do Trabalho MARCELO FRAXE PESSOA- Diretor(a) de Secretaria 22/05/ :23:56 Sistema de Acompanhamento de Processos em 1ª Instância pág. 9 / 9