Relatório PMO NOTÍCIAS FATOS RELEVANTES. Copom prevê recuo de 3,5% nos preços de energia

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1 M A R A N G O N E N G E N H A R I A L T D A. Relatório PMO I N F O R M E M E N S A L J U N H O / I N D I C E : Preço de Liquidação das Diferenças PLD Balanço Energético Mensal Energia Natural Afluente Precipitação Observada - Previsão Trimestral de Precipitação Projeção do Preço do PLD NOTÍCIAS A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) adiou para o dia 7 de junho a aprovação do edital da segunda etapa do leilão de transmissão nº 13, para refinar o cálculo dos preços-teto das instalações que serão ofertadas, como afirmou Romeu Rufino - "a ideia de uma RAP mais atrativa, conceitualmente falando, está mais alinhada com o que nós pensamos. O que levaria à modicidade tarifaria é a competição no leilão. Os lotes vendidos têm investimento total previsto de R$ 6,9 bilhões na implantação de 3.42 km de linhas e outras instalações de transmissão nos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Maranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins. FONTE: Copom prevê recuo de 3,5% nos preços de energia Pedro Aurélio Teixeira, da Agência CanalEnergia, Consumidor 16/6/216 O Comitê de Política Monetária do Banco Central projetou uma queda de 3,5% nos preços de energia elétrica após a realização da 199ª reunião do Copom. Para o conjunto de preços administrados por contrato e monitorados, a variação prevista será de 6,8% em 216, mesmo valor da reunião do Copom de abril. FONTE: Analise de Expansão de Oferta de Geração 6 FATOS RELEVANTES Previsão de Carga 7 Projeção dos Níveis de Energia Armazenada Níveis dos Reservatórios Considerações Finais A carga prevista para o mês de junho para os subsistemas Sul e Sudeste/Centro-Oeste apresentou um aumento quando comparada ao mesmo período do ano anterior. Esse aumento ocorre devido ao impacto do aumento tarifário sucedido em 215 e também, pelas baixas temperaturas registradas no sul do país, em função da utilização de equipamentos de condicionamento ambiental. O crescimento de carga no subsistema Nordeste decorre das elevadas temperaturas nas capitais desta região e pelo baixo nível de precipitação. O aumento da carga no subsistema Norte é influenciada pela interligação do sistema Macapá, desde outubro de 215, ao SIN. Variação Prevista de Carga SE/CO 2,2% S 5,5% NE 4,1% N 2,3% Tabela I: Variação de Previsão de Carga. FONTE: Relatório Executivo do PMO de Jun/216, pág. 6.

2 MWmédio P Á G I N A 2 Preço de Liquidação das Diferenças PLD A Tabela II abaixo apresenta os valores do PLD médio para os meses de março a maio deste ano, e a média para as três primeiras semanas de junho de acordo com as saídas do modelo Decomp. Nota-se uma redução no PLD do subsistema Nordeste para os meses de maio e junho quando comparado aos demais meses, devido a alteração da representação das usinas não-simuladas no modelo Newave ocorrida no mês de maio. Já no subsistema Norte devido a uma alteração da política de operação do ONS que continuou a despachar usinas termelétricas com o objetivo de conservar o armazenamento da UHE Tucuruí, que este ano não verteu no período de cheia, influenciou um aumento do PLD. PLD (R$/MWh) Subsistema Março Abril 1 - Sem 2 - Sem 3 - Sem Sudeste 33,26 47,4 78,67 59,68 59,54 58,29 Sul 33,26 47,4 78,17 55,8 49,13 5,22 Nordeste 242,84 271,16 1,64 143,67 113,72 13,78 Norte 33,26 47,4 81,18 143,67 9,74 87,19 Tabela II: Preço de Liquidação das Diferenças - PLD. FONTE: Simulação do Decomp com Deck da CCEE Balanço Energético Mensal O Gráfico 1 retrata a geração total e demanda de energia para as semanas de maio e para as três primeiras semanas de junho, conforme dados obtidos com a utilização do modelo Decomp. O aumento de demanda de energia observado para a terceira semana do mês de junho está associado principalmente ao aumento da carga nos subsistemas Sul e Sudeste/Centro-Oeste. 68 Balanço Energético do SIN Geração Carga Gráfico I: Balanço Energético do SIN. FONTE: Simulação do Decomp com Deck da CCEE

3 P Á G I N A 3 Energia Natural Afluente De acordo De o acordo modelo o Decomp, modelo Decomp, o Gráfico o 1 Gráfico apresenta I1 apresenta o comportamento o comportamento da Energia da Natural Energia Afluente Natural (ENA) Afluente (ENA) e do PLD e do para PLD cada para subsistema cada subsistema, observadas observados nas semanas semanas de maio de e projetadas maio e para para as junho. três primeiras semanas de junho, e projetadas para as demais. SE/CO S ,45 8,39 74,51 73,31 59,68 59,54 58,29 59,37 59, ,45 8,39 72,54 73,31 55,8 49,13 5,22 5,7 53, Sem-5 Sem-5 ENA (MWmédio) ENA proj (MWmédio) PLD (R$/MWh) PLD proj (R$/MWh) ENA (MWmédio) ENA proj (MWmédio) PLD (R$/MWh) PLD proj (R$/MWh) N NE , , ,2 99,79 99,79 99,79 113,72 13,78 112,76 112, ,9 82,12 76,7 77,98 9,74 87,19 19,15 19, Sem-5 ENA (MWmédio) ENA proj (MWmédio) PLD (R$/MWh) PLD proj (R$/MWh) Sem-5 ENA (MWmédio) ENA proj (MWmédio) PLD (R$/MWh) PLD proj (R$/MWh) Gráfico II: ENA e PLD por Subsistema. FONTE: Simulação do Decomp com Deck Nota-se que os subsistemas Sul e Sudeste/Centro-Oeste apresentaram queda no valor do PLD devido ao aumento das precipitações. No subsistema Norte, o aumento do PLD ocorrido na primeira semana de junho foi consequência do acionamento de termoelétricas para a conservação do nível do reservatório da UHE Tucuruí. FONTE: O submercado Nordeste apresentou queda do PLD no mês de maio devido à mudança da representação da usinas não-simuladas no deck de dados do modelo Newave, o pico no PLD do começo de junho demostra na queda das afluências na região. FONTE:

4 PÁGINA 4 Precipitação Observada do Mês de 216 Título do Artigo Principal Figura I: Precipitação Total e Anomalia de Precipitação de. FONTE: INPE Previsão Trimestral de Precipitação A Figura 1 apresenta a precipitação e a anomalia ocorrida no mês de maio no Brasil. Observa-se que as maiores volumes de precipitações ocorreram no extremo norte da Amazônia, Roraima, Amapá e também, o mês de maio foi caracterizado pela atuação de áreas de instabilidade nos estados do Paraná e de Santa Catarina, e a passagem de frentes frias pelas regiões Sul e Sudeste, acarretando valores significativos de precipitação nas bacias dos rios Iguaçu e Paranapanema e Tietê e na incremental a UHE Itaipu. A região central passou por um período de pequenos volumes de chuvas. Na análise das anomalias indica que áreas com índices positivos estão sobre as mesmas áreas de chuvas mais intensas. FONTE: Relatório Executivo do PMO de Jun/216, pg A Figura II ilustra a precipitação, temperatura máxima e mínima para o trimestre junho, julho e agosto (JJA), no Brasil. Observa-se que os maiores totais de chuva permanecem sobre o extremo norte do Amazonas e norte de Roraima, associados principalmente à atuação da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) e à formação de Linhas de Instabilidade (LI's). No leste do Nordeste, os totais acumulados de precipitação declinam para valores em torno de 5 mm entre o litoral do Rio Grande do Norte e Alagoas. Na Região Sul, os totais de chuva variam entre 4 mm, no Rio Grande do Sul, e 1 mm, no norte do Paraná, climatologicamente, nesta época do ano, os maiores totais de precipitação são observados no sul do país, nas bacias dos rios Jacuí e Uruguai, e na região litorânea do Nordeste. A entrada de massas de ar frio aumenta durante este trimestre, mantendo-se a ocorrência de declínios significativos de temperatura e episódios de geadas, principalmente nas regiões serranas do Sudeste e Sul do país. FONTE: infoclima.cptec.inpe.br Figura II: Previsão Trimestral de Precipitação. FONTE: INPE RELATÓRIO PMO

5 R$/MWh R$/MWh R$/MWh R$/MWh P Á G I N A 5 Projeção do Preço do PLD O Gráfico III apresenta a projeção do PLD para cada submercado. SE/CO S 12, 12, 1, 8, 78, , 8, 78, , 4, 2, 33,26 47, , 4, 2, 33,26 47, , Março Abril Julho Agosto, Março Abril Julho Agosto PLD MÉDIO LI Base LS PLD MÉDIO LI Base LS 3, 25, 2, 15, 1, 5,, NE 271,16 242,84 1, Março Abril Julho Agosto PLD MÉDIO LI Base LS 12, 1, 8, 6, 4, 2,, N 11 81, , , Março Abril Julho Agosto PLD MÉDIO LI Base LS Gráfico III: Projeção do PLD para cada Subsistema. FONTE: Simulação do Newave e Decomp com o Deck da CCEE

6 P Á G I N A 6 Análise de Expansão de Oferta de Geração O Gráfico IV indica a variação da expansão de oferta de hidrelétricas (a), térmicas (b) e fontes não simuladas. O Gráfico IV.a apresenta as principais mudanças decorrentes dos atrasos no sistema de transmissão do Madeira e postergação do início de operação comercial das UHE's Teles Pires e Baixo Iguaçu. Para a oferta das Usinas térmicas e Usinas não simuladas não houve alteração entre os cronogramas dos PMO s dos meses de maio e junho. (a) (c) (b) Gráfico IV: Expansão da Oferta de Geração das Usinas Hidrelétricas (a), Usinas Térmicas (b) e Usinas não simuladas. FONTE: Relatório Executivo do PMO de Jun/216, pág. 3.

7 MW Médio P Á G I N A 7 Previsão de Carga O Gráfico V exibe a previsão de carga para os próximo anos para cada subsistema. Carga Média Anual SE/CO S NE N Gráfico V: Carga Média Anual. FONTE: Projeção dos Níveis de Energia Armazenada A Tabela III traz a projeção da energia armazenada máxima para o fim de cada mês por subsistema. Armazenamento ao fim de cada mês (% EARM_máximo) Subsistema Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Sudeste 54,8 5,1 45, 38,3 33,8 31,5 35,2 Sul 74,6 82,8 76,1 74,4 72,6 65,6 62,8 Nordeste 26,1 21,5 16,3 1,7 5,9 5,4 12,8 Norte 63,6 63,8 6,1 51,6 36,3 27,6 25,7 Tabela III: Nível de Energia Armazenada. FONTE: Simulação do Newave com Deck da CCEE

8 P Á G I N A 8 Níveis dos Reservatórios A Tabela IV apresenta a atual situação dos níveis dos Reservatórios Equivalentes por Subsistemas. Situação doso Reservatórios Equivalentes Sudeste Sul Nordeste Norte 56,93% 89,75% 28,57% 61,27% Tabela IV: Níveis dos Reservatórios Equivalentes por Subsistema. FONTE: Considerações Finais O fenômeno El Niño influencia o clima no Brasil até o mês de junho causando baixas precipitações nas regiões Norte e Nordeste e elevando as precipitações na região Sul, sendo que o fim do mesmo anuncia um inverno mais rigoroso em comparação com o ano de 215. O Efeito da La Niña será percebida no Sul do Brasil a partir da primavera, provocando baixas precipitações (Fonte: goo.gl/j8ugce). A combinação desses eventos acarretará em uma grande diminuição dos níveis dos reservatórios para todos os subsistemas a partir do mês de agosto, o que pode ser visto na Tabela III. Observada essa condição, a manutenção dos níveis dos reservatórios terá um forte impacto nas políticas de operação dos meses que se seguem, provavelmente ocasionando aumentos no PLD para todos os subsistemas.