PRESCRIÇÕES E INSTRUÇÕES TÉCNICAS
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- Luzia Bayer Fontes
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1 PRESCRIÇÕES E INSTRUÇÕES TÉCNICAS 1 CONSIDERAÇÕES PRÉVIAS 1.1 CONTEXTO NORMATIVO Na elaboração do presente Manual ITED foram consideradas as Normas Internacionais aplicáveis, designadamente: EN Sistemas de distribuição por cabo destinados a sinais de televisão e radiodifusão sonora, nas suas partes: - Parte 1: Requisitos de segurança; - Parte 2: EMC para equipamento; - Parte 3: Equipamento activo de banda larga utilizado em redes coaxiais; - Parte 4: Equipamento passivo de banda larga utilizado em redes coaxiais; - Parte 5: Equipamento cabeça de rede; - Parte 6: Equipamento óptico; - Parte 7: Performance do sistema; - Parte 8: EMC para redes; - Parte 9: Interfaces CATV / MATV para fluxos de transporte DVB / MPEG2; - Parte 10: Desempenho do sistema para vias de retorno. EN Sistemas de calhas e sistemas de tubagens para instalações eléctricas. Parte 1: regras gerais. EN Sistemas de calhas e sistemas de tubagens para instalações eléctricas. Partes 2-3: regras particulares para sistemas de calhas perfuradas destinadas a instalações em armários. EN Cablagem nos locais dos utilizadores para as Tecnologias de Informação. Parte 1: Acesso básico RDIS. EN Cablagem nos locais dos utilizadores para as Tecnologias da Informação. Parte 2: Cablagem da interface de rede para linhas alugadas e para o acesso primário a 2048 Kbit/s à RDIS. EN Graus de segurança assegurados pelos invólucros para equipamentos eléctricos, contra impactos mecânicos externos (código IK). EN Cabos coaxiais para utilização em redes de distribuição por cabo, nas suas partes: - Parte 1: Especificação geral; - Parte 2: Especificação intermédia para cabos de baixada interiores; - Parte 3: Especificação intermédia para cabos de baixada exteriores; MANUAL ITED - 1ª edição 6
2 - Parte 4: Especificação intermédia para cabos de distribuição e de junção; - Parte 5: Especificação intermédia para cabos de baixada para uso interior em redes operando entre 5 e 2150 MHz; - Parte 6: Especificação intermédia para cabos de baixada para uso exterior em redes operando entre 5 e 2150 MHz. EN Tecnologias de informação sistemas genéricos de cablagem. EN Tecnologias de informação Instalação de cablagem. Parte 1: Especificação e garantia da qualidade. EN Tecnologias de informação Instalação de cablagem. Parte 2: Planeamento e práticas de instalação no interior de edifícios. EN Cabos com condutores metálicos de múltiplos elementos utilizados para comunicação e comando analógico e digital, nas suas partes: - Parte 1: Especificação genérica; - Parte 2-1: Especificação intermédia para cabos com blindagem caracterizados até 100MHz (cabos para cablagem vertical e horizontal); - Parte 2-2: Especificação intermédia para cabos com blindagem caracterizados até 100MHz (cabos para cablagem em áreas de trabalho e ligação de equipamentos); - Parte 3-1: Especificação intermédia para cabos sem blindagem, até 100 MHz; - Parte 3-2: Especificação intermédia para cabos sem blindagem, até 100 MHz (cabos para cablagem em áreas de trabalho e ligação de equipamentos); - Parte 4-1: Especificação intermédia para cabos sem blindagem, até 600 MHz (cabos para cablagem vertical e horizontal); - Parte 4-2: Especificação intermédia para cabos sem blindagem, até 600 MHz (cabos para cablagem em áreas de trabalho e ligação de equipamentos). EN Aplicação de terra equipotencial em edifícios com equipamentos de Tecnologias de Informação. EN Graus de protecção assegurados pelos invólucros (Código IP). Foram também consideradas as especificações técnicas e de qualidade de equipamentos e materiais, em vigor e aprovadas pelo ICP-ANACOM, designadamente: (2ª edição) Especificação Caixas da Rede Colectiva de Tubagens; (2ª edição) Especificação Cabo Tipo V; MANUAL ITED - 1ª edição 7
3 (2ª edição) Especificação Cabos TVV e TVHV; (2ª edição) Especificação Tomada Telefónica; (2ª edição) Especificação Caixas da Rede Individual de Tubagens; (2ª edição) Especificação Bloco Privativo de Assinante; (2ª edição) Especificação Dispositivos de Ligação e Distribuição; (1ª edição) Especificação Tomada RDIS; (1ª edição) Especificação Caixas de Rede Colectiva de Tubagens para Instalações RDIS. Para além das especificações técnicas dos materiais e equipamentos e considerando sempre os factores qualidade e segurança de utilização por parte do utente, o estabelecimento das infra-estruturas de telecomunicações em edifícios deve, ainda, tomar em linha de conta a legislação e documentação normativa portuguesa em vigor, nomeadamente: Regulamento de Segurança de Instalação de Utilização de Energia Eléctrica (RSIUEE); Regulamento de Segurança das Instalações Colectivas de Edifícios e Entradas (RSICEE); Regulamentação sobre prestações de Serviço Público de Telecomunicações; Especificações Técnicas dos interfaces de acesso às redes públicas de telecomunicações publicadas pelos operadores ao abrigo do DL 192/2000 de 18 de Agosto; Normas Regulamentares de Inscrição de Empresas e Técnicos Projectistas, Instaladores, Entidades Certificadoras ou Instaladores-certificadores; Normas Portuguesas aplicáveis, nomeadamente: NP 1071 Tubos para canalizações eléctricas ou de telecomunicação. Partes 2, 3, 4 e 5. As normas, regulamentos e especificações técnicas referidas neste ponto, são as que se encontravam em vigor na data de aprovação da presente edição deste Manual. Proceder-se-á ao seu ajuste sempre que tal se torne necessário, designadamente com a saída de outras normas europeias aplicáveis, ou com a revisão das presentes. 1.2 NÍVEIS DE QUALIDADE (NQ) A evolução tecnológica permanente e as necessidades subjacentes a uma cada vez maior largura de banda, levam à criação dos chamados Níveis de Qualidade. Com este modelo assim criado, pretendese uma caracterização das obrigatoriedades, o apoio à actividade de certificação e o aperfeiçoamento tecnológico deste tipo de infra-estruturas. Como referência são resumidas na tabela seguinte as Classes e as Categorias de cabos de pares de cobre e respectivos componentes, em termos das frequências máximas de trabalho: MANUAL ITED - 1ª edição 8
4 CLASSE CATEGORIA FREQUÊNCIA MÁXIMA (MHz) A 1 0,1 B 2 1 C D 5, 5e 100 E F Tabela 1 - Categorias de cabos de pares de cobre e classes correspondentes As ITED subdividem-se em vários níveis de qualidade (NQ), os quais devem ser fiscalizados e certificados nos termos do artº 21º e das alíneas a) e b) do artº 27º do DL 59/2000. Considera-se neste momento a existência de 4 NQ (e respectivos sub-níveis, quando existam). São definidos na tabela seguinte, baseados na tecnologia e nas normas actualmente existentes e aplicáveis, adequados aos serviços previstos, sem prejuízo da introdução de novos níveis ou da modificação dos indicados. Níveis (NQ) Sub nível TIPO DE CABO CLASSIFICAÇÃO DO CABO EXEMPLOS DE SERVIÇOS POSSÍVEIS 1 Pares de cobre Classes A e B 2 3 a b a b Coaxial Pares de cobre 4 Fibras ópticas Largura de banda: 5MHz a 1GHz Largura de banda: 5 a 2150MHz Classe C (Categorias 3 e 4) Classes D, E e F (Categorias 5, 5e, 6 e 7) Multimodo Monomodo Tabela 2 - Definição dos níveis de qualidade -POTS -RDIS -ADSL -Radiodifusão sonora e televisiva do tipo A (MATV) -RDC (CATV) -DVB-T -DVB-C -T-DAB -Todos os serviços do nível 2a -Radiodifusão sonora e televisiva do tipo B (SMATV) -DVB-S -S-DAB -FWA -ATM -Os mesmos do nível 1 -Ethernet, Fast Ethernet -ATM-25, ATM-52 e ATM 155 -IS-LAN -FWA -xdsl -Os mesmos do nível 3a -High Speed Token Ring -Gigabit Ethernet -ATM-155 -Os mesmos do nível 3b -ATM-622 -Canal de fibra a 133, 266, 531 e 1062 Mbit/s -FDDI -10GBASE MANUAL ITED - 1ª edição 9
5 A certificação de conformidade incidirá sobre os diversos níveis de qualidade, de acordo com o tipo de infra-estrutura e de acordo com a capacidade demonstrada de cada entidade certificadora, segundo o capítulo 7 do presente Manual. 1.3 TIPOS DE CABLAGEM E OBRIGATORIEDADES Torna-se necessário diferenciar os diversos edifícios, sob o ponto de vista das infra-estruturas de telecomunicações a instalar, com vista à caracterização da obrigatoriedade de instalação das ITED, prevista no artigo 4º do DL 59/2000. Na tabela seguinte estão indicados os diversos tipos de cablagem a instalar nos diferentes edifícios. Como MÍNIMO entende-se a instalação das infra-estruturas exigidas ao abrigo do DL 59/2000. O ICP-ANACOM sugere, no entanto, a adopção de soluções tecnicamente mais avançadas e que estão indicadas como ACONSELHADO. Também se prevê que possam existir soluções mistas, em que se combinam soluções mínimas e aconselhadas. EDIFÍCIOS TIPOS DE CABLAGEM MÍNIMO - Unifamiliar (moradia) - 2 e 3 fracções autónomas (fogos) Adequados aos NQ1 e NQ2a 4 ou mais fracções autónomas (fogos) Adequados aos NQ1, NQ2a ACONSELHADO - Unifamiliar (moradia) - 2 e 3 fracções autónomas (fogos) Adequados aos NQ 2b e 3b 4 ou mais fracções autónomas (fogos) Adequados aos NQ 2b e 3b Edifícios de grande complexidade tecnológica Adequados aos NQ 2b, 3b e 4 Referências importantes: Tabela 3 - Tabela de tipos de cablagem, consoante os edifícios Obrigatoriedade da existência, para todos os edifícios, de duas cablagens: uma em par de cobre (NQ1) e uma outra em cabo coaxial (NQ2a). Obrigatoriedade da existência, para um edifício de 4 ou mais fracções autónomas, de sistemas de recepção e distribuição de sinais do tipo A (MATV), suportados em cabo coaxial. Estes sistemas, embora destinados preferencialmente à distribuição referida, têm as características necessárias à transmissão de sinais até 1GHz. Poderão assim ser usados na distribuição de sinais de CATV. MANUAL ITED - 1ª edição 10
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