II CONGRESSO INTERNACIONAL DE RISCOS VI ENCONTRO NACIONAL DE RISCOS
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- Angélica Alencar Bugalho
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1 II CONGRESSO INTERNACIONAL DE RISCOS VI ENCONTRO NACIONAL DE RISCOS Coimbra, 22 a 25 de Maio de 2010 Prisão éprisão em qualquer arte e a favela nasce em todas as partes o mundo sobrevive da favela, o submundo vive nela. (Luis Lima)
2 Objectivos História das favelas e sua expansão; Condições sociais, culturais e económicas; Aparecimento e crescimento do Crime Organizado; Implementação de Políticas de Segurança; Principais riscos existentes; Meios de combate ao Crime Organizado; Conclusão e proposta de medidas a implementar.
3 Favelas (aglomerados subnormais) Problema mundial de difícil solução; Características distintas nos diversos países onde se tem vindo a desenvolver; Principalmente caracterizadas por um crónico desequilíbrio social. Empobrecimento da população + Escassez de habitações dignas + Inexistência de políticas públicas com o objectivo de encontrar soluções Expansão de favelas em ambiente urbano (em praticamente todo mundo)
4 Evolução da população mundial de favelas População em Favelas População Mundial Valores Percentuais 12% 14% 15% 25% Fonte: Divisão de Estatística da Organização das Nações Unidas Tabela 1 Evolução da População Mundial de Favelas de 1991 a 2008 e projecção para 2030.
5 População das favelas do Rio de Janeiro Actualmente, o município do Rio de Janeiro tem habitantes; Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística Desses, cerca de vivem em favelas e loteamentos clandestinos; Fonte: Instituto Municipal de Urbanismo Pereira Passos (Prefeitura do Rio) 32% da população do Rio de Janeiro vive em aglomerados subnormais.
6 Condições sociais, culturais e económicas no seio das favelas Habitadas por pobres ou socialmente desfavorecidos; Caracterizadas pela degradação urbana e altas taxas de pobreza e desemprego; Associadas a problemas sociais como crime, toxicodependência e alcoolismo; Detentoras de elevadas taxas de doenças mentais e mesmo de suicídio, devido às péssimas condições de saneamento, desnutrição e falta de cuidados sanitários.
7 Condições precárias no seio das favelas Fig. 1 Estruturas residenciais Fig. 2 Ausência de saneamento Fig. 3 Ligações eléctricas inseguras. básico. clandestinas.
8 Aparecimento do Crime Organizado 1969 Aparecimento da primeira facção do Crime Organizado; (a 1975) Presos políticos treinam e ajudam criminosos comuns a organizarem se, criando o Comando Vermelho, no Presídio da Ilha Grande ( Caldeirão do Diabo ) 1982 Favelas transformadas em redutos intocáveis; Política populista de Leonel de Moura Brizola, eleito governador do Estado do Rio de Janeiro, tolera a expansão das favelas e a proibição da actuação policial O Crime Organizado ganha raízes. Início de nova fase: Infiltração de criminosos no Estado e constituição de milícias
9 Crime Organizado em território Brasileiro Controlado por três grandes organizações criminosas: Comando Vermelho (CV) Rio de Janeiro Primeiro Comando da Capital (PCC) São Paulo Terceiro Comando (TC) Rio de Janeiro Existência ainda de: Milícias Ilegais Máfia do Colarinho Branco
10 Organizações Criminosas Os Comandos são formados por quadrilhas que obtêm o controlo das rotas de tráfico de uma determinada região, envolvendo se frequentemente em disputas territoriais; As Milícias são grupos paramilitares, formados por polícias, militares, bombeiros, vigilantes e outros, em grande parte moradores das comunidades, que cobram taxas aos moradores por uma suposta protecção e repressão ao tráfico de drogas. A Máfia do Colarinho Branco éuma designação geral dada a várias quadrilhas formadas por autoridades legais que incorrem, geralmente, em crimes de tráfico de influência e lavagem de dinheiro.
11 Crescimento do Crime Organizado nas favelas Vantagem defensiva dos traficantes que, armados, ali se instalam; Do ponto de vista geográfico e construtivo das favelas Tolerância por parte da população residente; Chegando mesmo a considerar criminosos como beneméritos pelo preenchimento do vazio deixado pelo Poder Político Infiltração de criminosos no Estado. O Crime Organizado pressiona a população e os políticos, contra a urbanização das favelas
12 Tráfico de drogas no Brasil Embora o Brasil tenha uma produção de estupefacientes relativamente pequena, é uma escala de muitas rotas de tráfico internacional; Principais: Cocaína Jordânia Estados Unidos Cocaína e maconha Colômbia Europa e Estados Unidos
13 Implementação de Políticas de Segurança Desde a década 80, todos governadores do Rio de Janeiro adoptaram políticas permissivas e tolerantes, em relação àquestão da favelização e ao Crime Organizado; Existem soluções técnicas para a erradicação de favelas e inclusão social das suas populações, contudo, estas têm sido rejeitadas por políticos e pela população; A falta de uma política coerente de segurança pública, a longo prazo, focalizada nas causas básicas da violência e da exclusão social éum problema que se arrasta desde há muito.
14 Medidas de segurança a aplicar Segundo especialistas e analistas, seria necessário aplicar medidas como: A introdução de um policiamento baseado nos direitos humanos; Um programa combinado para reduzir e prevenir os homicídios policiais; Uma reforma penitenciária com o objectivo de garantir a segurança de guardas prisionais e de reclusos.
15 Riscos existentes nas favelas Além de toda a tensão gerada pelo Crime Organizado, no Rio de Janeiro, muitos são os riscos associados à verticalização das favelas; O facto de a favela ser terra de ninguém e território livre de leis, levou ao aparecimento de empreendedores que, àmargem da lei e da boa técnica, erguem prédios habitacionais; Por detrás da construção desses prédios há políticos influentes actuando em associação com o Crime Organizado.
16 Graves riscos existentes nas favelas Construções erguidas àmargem das normas de engenharia e construção civil; Inexistência de engenheiros responsáveis; Inexistência de projectos de estruturas, fundações ou instalações eléctricas; Incumprimento das normas para prevenção de incêndio; Arruamentos extremamente estreitos impossibilitam o acesso de meios de socorro; Falta de infra estruturas de saneamento; Falta de políticas de responsabilização dos construtores, em caso de acidentes.
17 Risco permanente de colapsos estruturais Fig. 4 Verticalização de favelas. Fig. 5 Desmoronamento de um edifício.
18 Meios de combate ao Crime Organizado O Crime Organizado é investigado pelas Delegacias de Repressão e Investigação ao Crime Organizado (DEIC Polícia Civil), pela Polícia Federal (PF) e pela Agência Brasileira de Inteligência (ABIN); No terreno, além da Polícia Federal, da Polícia Civil, da Polícia Militar, de Forças de Defesa Nacional e de outras forças de intervenção, a cidade carioca conta com uma força de operações especiais da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro perita em actuações em favelas, o Batalhão de Operações Policiais Especiais (BOPE).
19 BOPE Batalhão de Operações Policiais Especiais Unidade especializada em patrulhas, progressões e combates em ambientes confinados e restritos; Considerada a mais eficiente tropa de combate urbano do mundo; Actua em operações de risco extremo, seja no patrulhamento de locais de alto risco, combates em locais de difícil acesso, operações em montanhas, ocorrências com reféns localizados, ocorrências envolvendo explosivos, incursões em favelas e situações de confronto com traficantes de drogas.
20 Características e equipamentos do BOPE Desenvolveu a técnica progressão em favelas, como resposta à necessidade de agir no caos das ruas estreitas de morros e encostas; Conquistou o respeito de unidades militares estrangeiras por agir em ambientes urbanos de alta dificuldade; Equipado com veículos blindados, popularmente conhecidos como "Caveirões", preparados para suportar fortes disparos de grandes calibres.
21 BOPE Batalhão de Operações Policiais Especiais Fig. 6 Militares do BOPE. Fig. 7 Veículo blindado Caveirão.
22 Visão em jeito conclusivo As favelas do Rio de Janeiro são, na sua grande maioria, locais de elevado risco e verdadeiros feudos do Crime Organizado e do tráfico de drogas; Pobreza e condições precárias atingem praticamente todos os habitantes destes aglomerados subnormais, levando os, por vezes, a enveredar pelo caminho do crime, procurando a sua própria subsistência; Construções ilegais e incumpridoras de normas de segurança, escassez de água potável, inexistência de redes de saneamento, instalações eléctricas clandestinas, falta de acessos para meios de socorro, ausência de políticas de segurança pública e a presença de pressões impostas pelas organizações criminosas, caracterizam as favelas como um mundo subdesenvolvido.
23 Proposta de medidas a implementar Apenas com o arrancar de um processo de desfavelização associado a uma política de segurança pública bem estruturada, seria possível quebrar a espinha dorsal do Crime Organizado que ao longo dos tempos se foi enraizando nas áreas suburbanas do Rio de Janeiro. Fig. 8 Vista aérea sobre o Rio de Janeiro.
24 OBRIGADO PELA VOSSA ATENÇÃO!... Bruno Emanuel Ferreira de Almeida Anadia Aveiro PORTUGAL
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