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1 Incidência de pacientes com fraturas atendidos na emergência de um hospital público na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro que realizaram procedimento cirúrgico. MACHADO, Jomar de Souza*; DUARTE, Marcelo Silva**, * Fisioterapeuta, especialista em traumato-ortopedia FRASCE RJ **Fisioterapeuta, Professor Celso Lisboa e FRASCE, Mestre em fisioterapia UNIMEP SP. RESUMO Os acidentes de transito e agressões produzindo fraturas, são os principais eventos que afetam a população mais jovem potencialmente produtiva, por outro lado, o aumento da população senil; fenômeno que o Brasil vem experimentando nas duas ultima décadas corrobora para com a morbidade. Identificar o publico que tem maior incidência dessas injurias parece ser um dos caminhos para centralizar recursos a fim de prestar maior e melhor tratamento. O objetivo do presente estudo foi verificar a incidência e prevalência de fraturas que realizaram procedimentos cirúrgicos no hospital estadual Albert Schweitzer no período de junho de 2008 a maio de A metodologia aplicada foi a verificação dos mapas cirúrgicos da unidade hospitalar durante esse período. Os dados foram tratados através da planilha Excel R Os resultados demonstraram haver uma semelhança quanto ao gênero atendido, com maior prevalência no masculino (54,7%), sendo que 44% dos procedimentos cirúrgicos efetuados, referiram-se a fraturas de fêmur. Quando separados por gênero, houve uma prevalência de 53% de fratura de fêmur nas mulheres e de 40% nos homens. A população mais acometida foram os idosos de ambos os sexos, com 30,2% somente nas fraturas de fêmur. Conclui-se que os idosos são a maior população atendida cirurgicamente, com maior destaque as fraturas de fêmur. Devemos orientar a população a medidas preventivas a fim de minimizar a incidência dessas lesões, alem de prover os órgãos responsáveis pela capacitação e qualificação dos profissionais que atuam nos hospitais. Palavras-chave: Fraturas, Hospital, Procedimento Cirúrgico, Fêmur. ABSTRACT. The accidents of transit and aggression producing breakings, are the main events that affect the potentially productive population youngest, on the other hand, the increase of the senile population; phenomenon that Brazil comes trying in the two finishes decades corroborates stops with the morbid. I publish to identify it that it has greater incidence of these injuries seems to be one of the ways to center resources in order to give to greater and better treatment. The objective of the present study was to verify the incidence and prevalence of breakings that had carried through surgical procedures in the state hospital Albert Schweitzer in the period of June of 2008 the May of The applied methodology was the verification of the surgical maps of the hospital unit during this period. The data had been treated through the spread sheet Excel R the results had demonstrated to have a similarity how much to the taken care of sort, with bigger prevalence in the masculine (54.7%), being that 44% of the effected surgical procedures, had mentioned breakings to it of femur. When separate for sort, it had a prevalence of 53% of breaking of femurs in the women and 40% in the men. The population more attack had been aged of both the sex, with 30,2% only in the breakings of femurs. One concludes that the aged ones are the biggest surgically taken care of population, with bigger prominence the breakings of femurs. We must guide the population the writs of prevention in order to minimize the incidence of these injuries, beyond providing the responsible agencies for the qualification and qualification with the professionals who act in the hospitals Word-key: Breakings, Hospital, Surgical Procedure, Fêmur. Introdução Fratura, por definição, é a perda da continuidade do tecido ósseo, evento bastante comum desde os primórdios, atualmente as fraturas tem correspondido à maior parcela de

2 agravos ortopédicos atendidos nos serviços de emergência hospitalar da rede pública das grandes metrópoles. Os acidentes de transito/transporte, agressão/violência produzindo fraturas, são os principais eventos que afetam a população mais jovem potencialmente produtiva, por outro lado, o aumento da população senil; fenômeno que o Brasil vem experimentando nas duas ultima décadas corrobora para com a morbidade. Os agravos ortopédicos tornam o indivíduo vulnerável em diversos aspectos, causando perda da mobilidade, da privacidade e do auto cuidado, gerando afastamento do trabalho, da vida social, e alterando a imagem corporal. No Brasil acidentes, violência e hospitalizações por causas externas ocupam o sexto lugar entre os motivos de internações, representando 8,6% do total dos gastos públicos com saúde, (HURBA et al 2009). Identificar as lesões pode direcionar recursos governamentais, tornando uma referencia no cuidado dos casos mais comuns de maior acometimento. O presente estudo tem como objetivo o levantamento epidemiológico dos atendimentos de emergência procedidos em setor de traumatologia hospital público na região oeste da cidade do Rio de Janeiro no período entre junho de 2008 ao mesmo mês de 2009, enfatizando as fraturas que foram eleitas para tratamento cirúrgico na unidade. Revisão Bibliográfica Fraturas em idosos têm sido uma constante na sociedade, com causas diversas. Fabrício et al (2002) verificaram através de prontuários hospitalares e visitas domiciliares, na cidade de São Paulo as incidências de fraturas entre idosos com mais de 60 anos. 66% das lesões eram do sexo feminino, com media de 76 anos. A queda, com 54% das injurias foi o principal mecanismo de lesão tendo como maior complicação as fraturas de fêmur, ocorrendo no ambiente domestico. Avaliações domiciliares com medidas preventivas podem diminuir esse índice, implantando políticas de saúde e capacitação dos profissionais de saúde com maior atenção ao idoso. Novaes et al (2009) investigaram as causas e consequencias de acidentes de quedas em 40 idosos de Minas Gerais, através de questionario de identificção aos próprios ou a seus cuidadores. 40% das quedas ocorrem na própria residência e as demais fora do domicilio, com causa principal de aclives ou declives. As quedas provocaram complicações diversas, em que 42% apresentaram fraturas e 37% escoriações. Estratégias preventivas, assim como exercícios físicos, devem ser implantadas para que ocorra a diminuição da ocorrência de quedas. Muitos são as incidências e prevalências das emergências hospitalares. Existe uma grande presença de fraturas de fêmur em pacientes jovens, devido aos avanços tecnológicos nos meios de transporte e aumento das vítimas por arma de fogo (Rossetti et al 2003). Giraldi et al (2004), verificou a incidência de fraturas por acidente de transito de Goiás, através das fichas de ocorrências dos bombeiros. 69% dos atendimentos foram feitos para socorrer vitimas de aatropelamentos de caroo ou moto, com maioria (73%) do sexo masculino, com 44% de incidencia de fraturas de membros inferiores. Acidentes de transito tem sido um problema de saúde publica, e medidas de implantação para reeducação do transito deve mostrar-se eficaz a população. Koizume, (1992) em um hospital público de São Paulo através de listagem de atendimento médico, analisou os padrões de injúrias sofridos por acidentados em queda de motocicleta de janeiro a dezembro de Constatou-se que a maioria das lesões foram no sexo masculino, entre 9 e 54 anos, de grau leve, sendo mais freqüentes as fraturas de membros e pelve, ferimento de superfície externa, trauma crânio encefálico e luxação de membros e pélvis. Melione; Jorge (2008) descreveram o perfil da morbidade das internações hospitalares no município de São José dos Campos no primeiro semestre de 2003, através de 775 prontuários de internações. Os resultados demonstraram que 31,8% foram relacionados a causas externas, e 26,7% de quedas como principais ocorrências que levassem a injúrias ortopédicas. Conclui-se que um maior empenho dos profissionais em

3 diagnosticar e registrar as causas das lesões, impões uma necessidade de implantar uma rotina de registro, podendo ser útil ao planejamento urbano. Deslandes; Passos da Silva (2000) analisaram casos de acidentes de transito em dois hospitais públicos de emergência do Estado do Rio de Janeiro em 1996, situados em áreas distintas (zona norte e sul). Foi aplicado um questionário direto aos pacientes paciente, ao socorrista ou ao acompanhante. AS cusas externas corresponderam a aproximadamente 16% em ambos os hospitais, e que 11,8% decorreram por acidente de transito, com maioria masculina + 25 anos. Medidas preventivas, com campanhas subsidiadas pelo governo tendem a produzir uma diminuição desses índices. Deslandes et al (2002) analisaram a distribuição da violência domestica em dois hospitais do Rio de Janeiro, a partir de fichas de ocorrência das emergências. Diversas lesões traumáticas também ocorrem devido ao relacionamento familiar, e devem ser notificados ao sistema único de saúde a fim de registro, visto que não há um acompanhamento posterior a violência contra a mulher. Mattos (2001), através de boletins de atendimento, investigou as causas que levou crianças de 0 aos 12 anos a emergência dos hospitais do Rio de Janeiro no ano de Constatou haver predomínio de atendimentos aos menores do sexo masculino, a faixa etária, mas envolvida foi de 5 e 9 anos, As quedas com probabilidade de fraturas se destacaram como a principal causa de morbidade em todas as faixas etárias. Quanto a lesões produzidas por arma de fogo Domit (1997), afirma ser a segunda causa de trauma na coluna vertebral, sendo superada apenas pelos acidentes de transito. Com relação às lesões que atingem os membros, o tratamento cirúrgico restringe-se a retirada do projétil quando este esta intra-articular ou quando a fratura requer implante metálico e não suporta o uso de fixador externo. Sanches et al (2007) analisaram 233 prontuarios de vitimas de armas de fogo das emergências no município de Campo Grande-MS. 94% dos atendimentos eram do sexo masculino, sendo a maioria adultos jovens. A área do corpo mais acometido foi a cabeça e pescoço, seguido pelo abdômen e torax. É de fundamental importância a discussão dos órgãos governamentais sobre a escalada da violência e a realização de políticas em prol do crescimento econômico, podendo diminuir a incidência de violência. Metodologia Foi encaminhado ao centro de estudos do Hospital Albert Schweitzer uma solicitação para realização de pesquisa junto ao mapa cirúrgico do mesmo em junho de 2009 (anexo 1). Em setembro de 2009 foi autorizado a realização da analise no setor proposto (anexo 2). No período de 01 a 30 de outubro de 2009, foram levantados dados epidemiológicos dos mapas de programação das cirurgias ortopédicas nos meses de junho de 2008 a maio de 2009, contendo as seguintes informações: sexo, idade e diagnostico com seu procedimento cirurgico. Os dados estatísticos foram realizados na planilha Excel para quantificação dos resultados. Resultados Houve uma incidência de 669 atendimentos, em que 367 (54,7%) eram do sexo masculino e 302 (45,3%) do feminino. Deste total, as fraturas de fêmur foi maioria, com 4 de ocorrências, seguidas de (), perna e ante-braço com 9% cada. As figuras 1 e 2 ilustram os resultados

4 4 Masculino Feminino 5 4%2% 1% 7% 9% 9% 4 Femur perna ante-braço punho umero joelho cotovelo mão pé No gênero feminino, foram encontradas 302 fraturas e intervenções cirúrgicas, sendo 166 fraturas de fêmur, 37 de, 29 de punho, perna 17, ante-braço 16, braço 15, joelho 14, cotovelo 13, pé 5, mão 3. a figura 3 ilustra os resultados. 9% 4% 4% 2% 1% 12% 53% Femur Punho perna ante braço umero joelho Cotovelo Pé Mão Dentre as fraturas de fêmur, foram analisadas as ocorridas em indivíduos idosos acima de 60 anos e no geral. As tabelas 1 e 2 ilustram os resultados. Outras ocorrências de maiores prevalências foram as de (12%) e punho (9%). As tabelas 3 e 4 ilustram os resultados. Tabela 1 - fraturas fêmur geral max 95 min 11 méd 72,7533 dp 17,4804 frq 166 Tabela 2 fratura femur + 60 max 95 min 60 média 78,7968 dp 7,0592 frq 129 Tabela 3 fraturas max 75 min 17 média 44,1667 dp 15,3203 frq 37 Tabela 4 fraturas de punho max 89 min 11 média 54,6428 dp 20,3036 frq 29 No gênero masculino, foram encontradas 367 ocorrencias, sendo 137 de fêmur, 44 de ante braço, 44, 43 perna, 24 de punho, 21 de braço, 21 de joelho, 16 de cotovelo, 13 de mão e 4 de pé. A figura 2 ilustra os resultados.

5 6% 4%1% 39% 6% Femur ante-braço Perna umero joelho cotovelo mão pé Dentre as fraturas de fêmur, foram analisadas as ocorridas em indivíduos idosos acima de 60 anos e no geral. As tabelas 5 e 6 ilustram os resultados. Outras ocorrências de maiores prevalências foram as de, ante-braço e perna, todos com cada. As tabelas 7, 8 e 9 ilustram os resultados. Tabela 5 fraturas fêmur geral Max 95 Min 13 Média 54,8455 Dp 23,5924 Frq 137 Tabela 6 fraturas fêmur + 60 anos max 95 min 60 média 76,00411 dp 8,4827 frq 73 Tabela 7- fraturas Max 86 Média 36,3409 Mín 4 Dp 19,0579 Frq 44 Tabela 8 - fraturas perna max 63 min 12 média 29,81,39 dp 12,938 frq 43 Tabela 9 fraturas de ante-braço Max 75 Min 6 Média 22,90244 Dp 15,7604 Frq 42 Discussão Identificar a população com maior incidência foi um dos objetivos do presente estudo. Este fato torna-se de suma importância, principalmente corroborando com Deslandes et al (2008), em que o autor afirma que este fato possa garantir suporte conveniente aos procedimentos pré e pós-cirúrgico, aos centros cirúrgicos, mão de obra especializada, material e equipamentos necessários, atendendo o ritmo exigido pela crescente morbidade gerada pelo envelhecimento da população. Das fraturas e procedimentos encontradas, a maioria (4), foram de fêmur, principalmente nas mulheres. Tal fato justifica-se provavelmente por processos patológicos devido a idade, visto que os idosos foram maioria nos atendimentos dessa enfermidade. Os dados corroboram com Novaes et al (2009) e Perracini; Ramos (2002) que afirmam as maiores ocorrências de quedas surgem na terceira idade, devido a quedas da própria altura, sendo a maior ocorrência de internações hospitalares. Os autores afirmam ainda que medidas preventivas devam ser incentivadas a fim de minimizar essa incidência. Muitos dos procedimentos realizados necessitam de acompanhamrento posterior de reabilitação. Porem, no presente estudo, verificou-se que o setor de acompanhamento foi fechado, devido a nova gestão. Esse fato reflete todo o estado do Rio de Janeiro, em que Deslandes et al (2008) afirmam ter o menor numero de rotina e protocolo de atendimento a esses pacientes do país. Tal rotina, segundo o autor, poderia orientar, racionalizar e reduzir custos dos serviços clínicos. Foi observado um grande numero de procedimentos em idosos, não somente de fratura de fêmur, como de punho, e outras injurias. Situações clinicas de piora do quadro geral podem surgir devido a morbidade que esses idosos se encontram. Peixoto et al (2004) afirmam uma equiparação nos dados epidemiológicos em relação ao gênero, relatam que o custo de internações e o tempo de permanência oneram de forma acentuada quanto maior a idade do paciente.

6 Embora a localidade do hospital seja considerada uma área de violência que acerca as grandes cidades, os resultados demonstram uma contradição com os segmentos da mídia. Pelo contrario, os dados corroboram com o ministério da saúde, que apresenta números significativos em que cerca de 7 das ocorrências não são oriundas de violência populacional, seja agressões ou projéteis de arma de fogo. Nossos resultados comprovam esse índice. As quedas destacam-se como a principal morbidade, e quando confrontamos os resultados da pesquisa que apontou as fraturas de fêmur em idosos como morbidade de maior prevalência em relação às outras morbidades ocorridas no mesmo período se pode refletir que grande parte destes eventos ocorreu em seus domicílios. Fabrício et al (2002) refere-se a tomada de medidas preventivas no âmbito privado e público reduziriam a freqüência desta morbidade. Medidas de orientação e conscientização do paciente quanto a sua prevenção é de extrema importância para minimizar os dados que apresentados. Porém, o acompanhamento pós operatória também é fundamental para que o individuo não tenha reincidva das lesões, com isso, diminuindo os custos evitando novas internações por motivos decorrentes do trauma inicial. O serviço de fisioterapia é de extrema relevância para o pronto restabelecimento desses pacientes, e deve ser implantado como rotina em todos os hospitais da rede publica. Medidas junto aos órgãos governamentais e gestores devem ser incentivadas para que esses o fisioterapeuta possa participar de forma ativa junto aos pacientes, familiares e sociedade. Conclusão A maior incidência de procedimentos cirúrgicos em uma enfermaria masculina e feminina são as fraturas de fêmur, e os idosos são a população mais acometida. Medidas preventivas devem ser estimuladas junto a sociedade a fim de minimizar as lesões ocorridas. Os profissionais que atuam nesses hospitais devem ser orientados ao atendimento e acompanhamento desses pacientes, a fim de centralizar os esforços na reabilitação do individuo. Desta forma, espera-se uma redução nos custos hospitalares e melhora da qualidade de vida. Novos estudos necessitam ser realizados a fim de autenticar nossos resultados e assim potencializar campanhas de prevenção e tratamento. Referencias Bibliográficas Caixeta, Carlos Roberto; Oliveira, Lizete Malagoni de Almeida Cavalcante; Brasil, Virginia Visconde. Morbidade por acidentes de transporte entre jovens de Goiânia, Goiás. Revista Ciência & Saúde Coletiva, Disponível em http//:www. Abrasco.org.br/cienciaesaudecoletiva/artigos/artigo_int.php?Id_artigo=2072. Acesso em Conceição, Paulo Sergio de Andrade; Nascimento, Itayane Bispo de Oliveira; Oliveira, Patrícia Silva; Cerqueira, Maria Ruth Moreira. Acidentes de trabalho atendidos em serviço de emergência. Cad. de Saúde Pública. Vol. 19 no. 1 Rio de Janeiro Jan/Fev Cunha, Fernando Milton Da; Braga, Gilbert Ferreira; Junior,Sergio Nogueira Drumond; Figueiredo; Cristina Tony O. Epidemiologia de fraturas expostas. Revista Brasileira de Ortopedia, Junho Deslandes, Suely Ferreira; Minayo, Maria Cecília de Souza; Lima, Maria Luiza Carvalho. Atendimento de emergência às vítimas de acidentes e violência no Brasil. Revista Panamericana de Salud Pública. Vol. 24 no. 6 Washington Dec

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