PN ; Ag: TC P. Varzim, 4º J ( Acordam no Tribunal da Relação do Porto I. INTRODUÇÃO:

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1 PN ; Ag: TC P. Varzim, 4º J ( Ag.e: Agª: Acordam no Tribunal da Relação do Porto I. INTRODUÇÃO: (1) A ag.e não se conforma com a rejeição parcial da ex ecução, por litispendência; (2) Do despacho recorrido: 1 Adv: Dr A. (a) Os aceites 093 e 100 estão em causa nos presentes autos de execução, uma vez que fazem parte do objecto da sentença exequenda, ou seja, não obstante haver diferença nos títulos executivos, a obrigação subjacente aos mesmos, coincide nestas duas letras (coincidência parcial, pois a sentença dada à execução declarou o direito, tendo em vista outras letras de câmbio que não estão agora em causa); (b) Nos autos de execuçã o que correm termos nas varas Cíveis do Porto, a exequente é a mesma, e um dos executados também repete, por isso, facilmente se constata q ue as duas acções executivas são idênticas: o pedido no Porto está contido no pedido da presente execução e a causa de pedir tem por base, em parte, a mesma obrigação subjacente (a mesma dívida); (c) N estes termos, fica a purado que se encontram reunidas as condições essenciais de que depende o sucesso da excepção de litispendência, do 2 Adv: Dr 1

2 conhecimento oficioso, artº 811A/1.b e 820 CPC, citada a executada posteriormente nestes autos; (d) Assim, julga-se verificada a dita excepção de litispendência no que diz respeito às quantias tituladas, nºs 093 e 100, nos termos dos artºs 494i, 495, CPC: em consequência, vai rejeitada parcialmente a presente execução e no que tange ao montante de , 90 ( , , 98), visto o artº 820 CPC, d evendo ser deduzida tal quantia ao total da quantia exequenda, para prosseguir a execução apenas pelo remanescente. II. MATÉRIA ASSE NTE: (a) A exequente, em , deu entrada, no Tribunal Judicial da Comarca da Póvoa de Varzim, a uma acção declarativa de condenação contra a executada, que terminou pela condenação desta a pagar-lhe , 96; (b) A referida acção, cuja sentença é o título executivo da presente, tinha como fundamento notas de débito e títulos cambiários, entre os quais o saque nº 093, no montante de , 92, com vencimento em , e o saque 100, no montante de 4 987, 90, com vencimento em ; (c) Mais tarde, a exequente, em , intentou nas varas cíveis do Porto uma acção executiva contra a ora executada e que corre termos na 6ª Vara, 1ª Sec3: tem por título ex ecutivo duas letras de câmbio aceites pela parte contrária, mas base em reformas dos dois saques da causa de pedir da acção declarativa apensa, letras que foram tidas em conta aqui, na sentença que foi dada à execução (d) O saque nº 122, no montante de , 22, com data de vencimento em , executado nas varas cíveis do Porto, é uma reforma do saque 093 e o saque nº 123, no montan te de 2 493, 99, com vencimento em é uma reforma do saque 100; 3 PN157/0 3.9 TVPRT. 2

3 (e) As notificaçõ es para deduzir embargos foram expedidas quer nos presentes autos, quer na execução das varas cíveis do Porto em , mas o aviso de recepção da 1ª foi devolvido em (f) No processo que corre termos nas Varas Cíveis do Porto, VJC e outro interpuseram agravo no seguinte enquadramento, segundo o acórdão: (i) dadas à execução duas letras de câmbio aceites pelos executados e sacadas pela exequente, constando delas mesmo que se trata de reformas de aceites anteriores, nº 122 de 093, nº 123 de 100, antes, já a exequente havia intentado acção declarativa condenatória dos executados, obtendo sucesso, sendo que aí fora pedido o pagamento dos saques 093 e 100, iniciais; (ii) ora, também a sentença do Tribunal da P. de Varzim foi dada à execução, onde a notificação foi posterior à citação levada a cabo no Porto; (g) Ao agravo, foi negado provimento: na execução que corre pelo Porto, nada se pode fazer, a não ser esperar pelo que o Tribunal da Póvoa de Varzim venha a decidir. III. CLS/ALEGAÇÕE S: (1) A agª, em , deu entrada no TC P: Var zim a uma acção declarativa de condenação contra a ag.e; (2) Na sequência, esta foi condenada a pagar à outra a quantia de , 96; (3) A referida acção4 tinha como fundamento notas de débito e títulos cambiários, entre os quais o saque 093 e o saque 100; (4) Mais tarde, , intentou nas varas cíveis do Porto acção executiva contra os ag.es; (5) Baseia-se em duas letras de câmbio aceites para reforma de saques já levados à PI na acção da Póvoa de Varzim: assim, o saque 122 é reforma do saque 093 e o saque 123 é reforma do saque 100 [ , , 98 ]; (6) A agª deu, portanto, à ex ecução quer uma sentença condenatória, quer dois títulos cambiários em que, no limite, aquela se tinha baseado: ex cepção dilatória de litispendência no que diz respeito àquelas quantias tituladas pelas letras 093 e 100; 4 PN 382/02, 4º J, TC P. Varzim. 3

4 (7) Contudo, a litispendência não deveria ter sido conhecida na presente execução, mas sim na execução das Varas C íveis do Porto5; (8) É que a executada foi primeiramente citada, aqui, aquando da acção declarativa que deu origem à execução; (9) Por isso, a excepção da litispendência tinha de ser conhecida e d ecidida pelo processo das Varas Cíveis do Porto; (10) Trata-se, por conseguinte, segundo os elementos carreados para o processo, de um mero erro da julgadora, mas que terá de dar lugar à revogação do despacho recorrido, substituído por outra decisão que declar e verificada a existência e relevância da excepção dilatória de litispendência, não nesta execução, mas sim na execução portuense; (11) De qualquer modo, ao decidir em sentido contrário, o despacho inf ringe o artº 499 CPC : será revogado, para que a execução prossiga po r inteiro. IV. CONTRA-ALEGAÇÕES: (1) No processo da 6ª v ara, 1ª Secção, do Tribunal C ível do Porto6, os ag.es (executados) interpuseram recurso, mas não obtiveram reconhecimento; (2) Pretendem, agora, com este recurso, que nos presentes autos seja proferida uma decisão que venha a produzir efeitos na execução das varas cíveis do Porto, quando aí o caso está encerrado; (3) Por conseguinte, o despacho recorrido deve ser mantido. V. APRECIAÇÃO INTERCALAR: (1) O agravo tem por objecto rejeitar o despacho da 1ª instância, que, julgando procedente de ofício excepção de litispendência, teve como resultado fazer reduzir o pedido executivo apresentado contra a ag.e; (2) Portanto, se esta, porventura, obtivesse vencimento, seria executada, aqui, por uma quantia mais elevada; (3) Tanto basta para demonstrar que não tem legitimidade recursiva: não foi por isso que não fez vencimento no despacho recorrido; 5 PN 157/03.9 TVPRT 6 Idem. 4

5 (4) Assim, visto o artº 680/1 CPC, este agravo terá de ser julgado findo, por não conhecimento do seu objecto, nos termos do artº 700/1e do mesmo diploma legal; (5) Por conseguinte, foram notificadas as partes para se pronunciarem sobre este tema em particular. VI. RESPOSTA DA AG.TE: (1) Como princípio geral, só tem legitimidade recursiva a parte vencida; (2) Sucede que no tribunal recorrido apenas se atendeu à citação levada a cabo no processo executivo e não à citação do processo declarativo que, posteriormente, àquele deu origem; (3) Assim sendo, requer-se que seja tida em conta a citação levada a cabo no processo declarativo com a consequência de ser apreciado o presente agr avo. VII. RESPOSTA DA AG.ª: não houve. VII. RECURSO: pronto para decisão VIII. SEQUÊNCIA: co ncordando com os argumentos do despacho intercalar que aqui fazem do colectivo, decidem não tomar conhecimento do agravo, po rquanto s, Lda não tem interesse directo e imediato no recurso, por se não apresentar, aqui mesmo, como parte vencida, ou retirar prejuízo derradeiro do despacho que impugna, art.700/1e. CPC [ e não se vê como é que a citação no p rocesso declarativo pode ou não ter influência para solução diversa do caso, como, em boa verdade, parece não ter, desde logo, por que a controvérsia emerge apenas aqui e só aqui no âmbito e alcance deste processo de execução de uma sentença, naturalmente, já tr ansitada e que àquele primeiro diz respeito]. IX. CUSTAS: pela ag.te, que deu causa ao indeferimento. 5