Hospital São Paulo SPDM Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina Hospital Universitário da UNIFESP

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Eduarda de Abreu Lopes
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SUMÁRIO Página: 1/5 1. OBJETIVO: Descrever as intervenções de enfermagem no extravasamento de. 2. APLICAÇÃO: Aos pacientes em infusão de quimioterápico intravenoso com indícios de extravasamento. 3.

MATERIAIS: EPIs (Luvas de procedimento, máscara com proteção de carvão ativado, avental de baixa permeabilidade), seringa 10 ml, régua e caneta para demarcação, gaze estéril, micropore, compressas,

1 2 DESCRIÇÃO AÇÕES AGENTES REFERÊNCIAS Enfermeiros, técnicos e Ao detectar extravasamento de quimioterápico, pare auxiliares de imediatamente a infusão e comunique ao enfermeiro.

1 SUMÁRIO Página: 1/5 1. OBJETIVO: Descrever as intervenções de enfermagem no extravasamento de. 2. APLICAÇÃO: Aos pacientes em infusão de quimioterápico intravenoso com indícios de extravasamento. 3. RESPONSABILIDADES: Enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem. 4. MATERIAIS: EPIs (Luvas de procedimento, máscara com proteção de carvão ativado, avental de baixa permeabilidade), seringa 10 ml, régua e caneta para demarcação, gaze estéril, micropore, compressas, material para punção venosa. 1 2 DESCRIÇÃO AÇÕES AGENTES REFERÊNCIAS Enfermeiros, técnicos e Ao detectar extravasamento de quimioterápico, pare auxiliares de imediatamente a infusão e comunique ao enfermeiro. enfermagem Mantenha o dispositivo venoso e identifique o agente extravasado. 3 Higienize as mãos, calce luvas de procedimento, a máscara com proteção de carvão ativado e o avental de baixa permeabilidade. Enfermeiro POP Higienização das mãos NR32 4 Conecte a seringa de 10 ml e aspire o máximo de droga possível. Não injete nenhuma solução no acesso. 5 Retire o dispositivo venoso periférico ou a agulha do cateter totalmente implantado, proteja o lúmen do equipo e nunca realize pressão local. 6 Se Cateter Venoso Central (CVC) comunicar equipe médica da vascular para avaliação e conduta. 7 Delimite a área afetada com caneta para demarcação e régua (diâmetro, comprimento, largura, cor e aparência) e aplique as Escalas. - Graus de extravasamento- CTCAE Infiltração e Extravasamento Flebite 8 Realize um curativo oclusivo no local. 9 Estime o volume de solução que extravasou no tecido com base na quantidade original de solução no recipiente, na quantidade restante interrompida a partir da velocidade de infusão ou força de ejeção.

2 Página: 2/5 10 Eleve o membro acometido, acima do nível do coração por 48 horas e realize analgesia se necessário conforme prescrição médica. 11 Aplique compressas frias ou mornas de acordo com as características de cada droga. 1,3,7 (Vide observação anexada). Compressa Morna: para drogas derivadas dos alcalóides da vinca. Compressa Fria: para as demais drogas. Enfermeiro Observações deste POP POP Aplicação de compressa fria POP Aplicação de compressa morna 12 Puncione outro acesso para terminar a infusão da (s) droga(s) antineoplásica(s). Priorize punção em outro membro. 13 Retire as EPIs e higienize as mãos. POP Higienização simples das mãos Monitore o local a cada 8 horas e registre. Oriente o paciente e/ou cuidador a observar o local em relação aos sinais inflamatórios: dor, calor, eritema e edema e comunicar ao enfermeiro ou médico se dificuldade de movimentar o membro, dor não aliviada por analgésico, ou dúvidas. De acordo com a avaliação e evolução da lesão, proceder às ações de cuidados com ferida aberta e em caso de dúvidas solicitar acompanhamento pelo GETRAFE. Notifique o evento no Sistema Informatizado de Indicadores da Assistência de Enfermagem. Realize a anotação de enfermagem. Assine e carimbe. Evolua diariamente o evento e seus desdobramentos clínicos e administrativos. Assine e carimbe. - Graus de extravasamento- CTCAE Infiltração e Extravasamento Flebite Sistema Informatizado de Indicadores da Assistência de Enfermagem. GETRAFE Protocolo: Anotação de Enfermagem Evolução Multiprofissional RISCOS Assistenciais: Não aplicação da compressa Aplicação da temperatura da compressa incorretamente Queimadura térmica Ocupacionais: Contaminação do profissional Avaliação (G; P) (4,1) Mitigação (nº passo) ,

3 Página: 3/5 OBSERVAÇÕES A infusão de quimioterapicos deverá ser monitorada quanto aos sinais de infiltração, antes de cada infusão intermitente e de uma forma regular para infusões contínuas. Deve-se avaliar os indicadores de extravasamento, devendo-se observar: presença de rubor, administração com resistência, queixa de dor no local, ausência de retorno venoso à aspiração e edema no sítio de inserção do dispositivo venoso. Compressas quentes Devem ser utilizadas para os citotóxicos da classe alcalóides da vinca. Aplicar compressas durante 15 a 20 minutos, 4 vezes ao dia, durante as 48 horas subsequentes ao evento ocorrido, avaliando resposta inflamatória do tecido (Tabela 01). Compressas frias/gelo No caso de extravasamento de todos os demais medicamentos antineoplásicos, aplicar compressas geladas durante 15 a 20 minutos, 4 vezes por dia, durante 48 horas subsequentes ao evento ocorrido avaliando res - posta do paciente (Tabela 01). Tabela 01 - Classificação de drogas quimioterápicas de acordo com seu potencial de citotoxicidade. VESICANTES IRRITANTES NÃO VESICANTES Ligantes ao DNA Antraciclinas Doxorrubicina Daunorrubicina Epirrubicina Idarrubicina Antibióticos Tumorais Dactinomicina Mitomicina C Mitoxantrona Não ligantes ao DNA Alcalóides da Vinca Vincristina Vindesina Vinorelbina Taxanos Docetaxel Paclitaxel Agentes Alquilantes Carmustina Ifosfamida Dacarbazina Melfalano Antraciclinas Daunorrubicina lipossomal Doxorrubicina lipossomal Inibidores da Topoisomerase II Etoposideo Antimetabólitos Fluoracil Derivados da platina Carboplatina Oxaliplatina Inibidores da Topoisomerase I Cisplatina Irinotecano Topotecano Asparaginase Bleomicina Bortezomibe Cladribina Etoposido fosfato Gencitabina Citarabina Fludarabina Interferons Interleucina-2 Metotrexato Ciclofosfamida Anticorpos Monoclonais Pemetrexede Cetuximabe Bevacizumabe Rituximabe Trastuzumabe ATENÇÃO: os fármacos Etoposide e o Tenoposide são geralmente classificadas como irritantes, porém eles podem ter um baixo potencial vesicante se o fármaco infundido estiver altamente concentrado e ocorrer o extravasamento. Proceder de acordo com drogas vesicantes para segurança do paciente.

4 Página: 4/5 Graus de extravasamento no local de infusão de acordo com Critérios de Terminologia Comum para Eventos Adversos -CTCAE (V4.0 maio de 2009) Grau Evento Adverso Extravasamento no local de infusão - Eritema com sintomas associados (ex; edema, dor endurecimento, flebite) Ulceração ou necrose; dano grave ao tecido; indicada intervenção cirúrgica Consequências fatais; indicada intervenção urgente Definição: Evento caracterizado por vazamento de uma substância farmacológica ou biológica do local de infusão para o tecido circunjacente. Os sinais e sintomas incluem induração, eritema, edema, queimação e desconforto no local da infusão. Óbito Escala de Classificação de Infiltração e Extravasamento Grau 0 Sem sinais clínicos. Grau 1 Pele fria e pálida, edema menor que 2,5 cm, em qualquer direção, com ou sem dor local. Grau 2 Pele fria e pálida, edema entre 2,5 cm e 15 cm, em qualquer direção, com ou sem dor local. Grau 3 Pele fria, pálida e translúcida, edema maior que 15 cm em qualquer direção, dor local variando de média a moderada, possível diminuição da sensibilidade. Grau 4 Pele fria, pálida, translúcida, edema maior que 15 cm em qualquer direção, dor local variando de moderada a grave, diminuição da sensibilidade, comprometimento circulatório. Ocorre na infiltração de derivados sangüíneos, substâncias irritantes ou vesicantes (extravasamento). Fonte: Alexander M. Infusion Nursing: Standards of Practice Infusion related complications. J Infus Nurs 2006; 23(1S);S58-S59. Escala de Classificação de Flebite Grau 0 Sem sinais clínicos. Grau 1 Presença de eritema, com ou sem dor local. Grau 2 Presença de dor, com eritema e ou edema. Grau 3 Presença de dor, com eritema e/ou edema, com endurecimento e cordão fibroso palpável. Grau 4 Presença de dor, com eritema e/ou edema, com endurecimento e cordão fibroso palpável maior que 2,5 cm de comprimento; drenagem purulenta. Fonte: Alexander M. Infusion Nursing: Standards of Practice Infusion related complications. J Infus Nurs 2006; 23(1S);S58-S59. Referências Bibliográficas: 1. Adami NP, Gutiérrez MGR, Fonseca SM, Almeida EPM. Risck management of extravasation of citostatic drugs at the adult chemotherapy outpatient clinic of a University Hospital. J Clin Nurs, Bonasa EMA. Enfermagem em Terapêutica Oncológica. Ed. Atheneu, Borges GG et al. Biossegurança na Central de Quimioterapia: o Enfermeiro frente ao Risco Químico. Rev Bras de Cancerologia 2014; 60(3): Chanes et al. Extravasamento de Drogas Antineoplásicas em Pediatria: Algoritmos para Prevenção, Tratamento e Seguimento. Revista Brasileira de Cancerologia 2008; 54(3): COFEN- Conselho Federal de Enfermagem. Resolução nº 210 de 01 de julho de Dispõe sobre a atuação dos profissionais de enfermagem que trabalham com antineoplásicos dentro das normas de

5 Página: 5/5 biossegurança estabelecidas pelo Ministério da Saúde conforme Portaria n. 170/SAS. In: COFEN. Documentos Básicos de Enfermagem. São Paulo, Common Terminology Criteria for Adverse Events (CTCAE) Version 4.0 Published: May 28, 2009 (v4.03: June 14, 2010). U.S.DEPARTMENT OF HEALTH AND HUMAN SERVICES. National Institutes of Health. National Cancer Institute. 7. European Oncology Nursing Society (EONS). Extravasion Guideline Firas et al. Overview, prevention and management of chemotherapy extravasation. World J Clin Oncol Feb 10; 7(1): Publicação online 2016 Feb 10. DOI: /wjco.v7.i Fonseca SM et al. Manual de Quimioterapia Antineoplásica. Ed. Reichmman & Affonso, Rio de Janeiro, Infusion Nursing Society. Infusion Therapy Standards of Practice. J of Infus Nurs. 2016; 39(1S):S98-S National Cancer Institute (US). Division of cancer treatment and diagnosis. Commom toxicity criteria (Computer Program). Version 4.0 NCI; Disponível em: ANVISA Perez Fidalgo JA et al. Management of chemotherapy extravasation: ESMO-EONS Clinical Practice Guidelines. Annals of Oncology. 2012; 23(7): vii167-vii173. ELABORAÇÃO Elaborado por: Revisado por: Aprovado por: Lilian Lestingi Labbadia COREN/SP: Daniela Bicudo Angelieri COREN/SP: Profa. Dra. Maria Isabel S. Carmagnani Coren/SP Profa. Dra. Maria Isabel S. Carmagnani Coren/SP Edvane Birelo Lopes De Domenico COREN/SP: SP Alessandra Esquivel Sales COREN/SP Keilla Regina Santos Louzada COREN/SP Nathallia Caroline dos Santos COREN/SP Nathalia Perazzo Tereran COREN/SP:99953 Leila Blanes - COREN/SP: Adriana Figueiredo de Almeida Santos Coren-SP Enf. Cristiane M.V.Alféri Coren/SP: Profa. Dra. Angélica Belasco COREN: Diretora de Enfermagem do HSP

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