BASES ANATOMOFISIOLÓGICAS DO CORPO HUMANO II

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1 VICE-REITORIA DE ENSINO DE GRADUAÇÃO E CORPO DISCENTE CENTRO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA BASES ANATOMOFISIOLÓGICAS DO CORPO HUMANO II Conteudista Ana Cristina C. Vianna Rio de Janeiro / 2010 Todos os direitos reservados à Universidade Castelo Branco

2 UNIVERSIDADE CASTELO BRANCO Todos os direitos reservados à Universidade Castelo Branco - UCB Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida, armazenada ou transmitida de qualquer forma ou por quaisquer meios - eletrônico, mecânico, fotocópia ou gravação, sem autorização da Universidade Castelo Branco - UCB. Un3b Universidade Castelo Branco Bases Anatomofisiológicas do Corpo Humano II / Universidade Castelo Branco. Rio de Janeiro: UCB, p.: il. ISBN Ensino a Distância. 2. Título. CDD Universidade Castelo Branco - UCB Avenida Santa Cruz, Rio de Janeiro - RJ Tel. (21) Fax (21)

3 Apresentação Prezado(a) Aluno(a): É com grande satisfação que o(a) recebemos como integrante do corpo discente de nossos cursos de graduação, na certeza de estarmos contribuindo para sua formação acadêmica e, consequentemente, propiciando oportunidade para melhoria de seu desempenho profissional. Nossos funcionários e nosso corpo docente esperam retribuir a sua escolha, reafirmando o compromisso desta Instituição com a qualidade, por meio de uma estrutura aberta e criativa, centrada nos princípios de melhoria contínua. Esperamos que este instrucional seja-lhe de grande ajuda e contribua para ampliar o horizonte do seu conhecimento teórico e para o aperfeiçoamento da sua prática pedagógica. Seja bem-vindo(a)! Paulo Alcantara Gomes Reitor

4 Orientações para o Autoestudo O presente instrucional está dividido em cinco unidades programáticas, cada uma com objetivos definidos e conteúdos selecionados criteriosamente pelos Professores Conteudistas para que os referidos objetivos sejam atingidos com êxito. Os conteúdos programáticos das unidades são apresentados sob a forma de leituras, tarefas e atividades complementares. As Unidades 1 e 2 correspondem aos conteúdos que serão avaliados em A1. Na A2 poderão ser objeto de avaliação os conteúdos das cinco unidades. Havendo a necessidade de uma avaliação extra (A3 ou A4), esta obrigatoriamente será composta por todo o conteúdo de todas as Unidades Programáticas. A carga horária do material instrucional para o autoestudo que você está recebendo agora, juntamente com os horários destinados aos encontros com o Professor Orientador da disciplina, equivale a 90 horas-aula, que você administrará de acordo com a sua disponibilidade, respeitando-se, naturalmente, as datas dos encontros presenciais programados pelo Professor Orientador e as datas das avaliações do seu curso. Bons Estudos!

5 Dicas para o Autoestudo 1 - Você terá total autonomia para escolher a melhor hora para estudar. Porém, seja disciplinado. Procure reservar sempre os mesmos horários para o estudo. 2 - Organize seu ambiente de estudo. Reserve todo o material necessário. Evite interrupções. 3 - Não deixe para estudar na última hora. 4 - Não acumule dúvidas. Anote-as e entre em contato com seu monitor. 5 - Não pule etapas. 6 - Faça todas as tarefas propostas. 7 - Não falte aos encontros presenciais. Eles são importantes para o melhor aproveitamento da disciplina. 8 - Não relegue a um segundo plano as atividades complementares e a autoavaliação. 9 - Não hesite em começar de novo.

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7 SUMÁRIO Quadro-síntese do conteúdo programático Contextualização da disciplina UNIDADE I ESTUDO MORFOFUNCIONAL DO SISTEMA CARDIOVASCULAR Visão estrutural e funcional do sistema Estrutura e funcionamento do coração Estrutura e funcionamento dos vasos sanguíneos Vias de circulação Sangue UNIDADE II ESTUDO MORFOFUNCIONAL DO SISTEMA RESPIRATÓRIO 2.1- Generalidades: visão estrutural e funcional do sistema Ventilação pulmonar O transporte de gases respiratórios Capacidade e volume respiratório Regulação da respiração UNIDADE III ESTUDO MORFOFUNCIONAL DO SISTEMA URINÁRIO 3.1- Visão geral do sistema urinário Anatomia dos rins Funcionamento do Néfron Regulação da função renal Composição, transporte, armazenagem e eliminação da urina...34 UNIDADE IV ESTUDO MORFOFUNCIONAL DOS SISTEMAS GENITAIS 4.1- Visão geral dos sistemas genitais Anatomia e funcionalidade do sistema reprodutor feminino Anatomia e funcionalidade do sistema reprodutor masculino Fisiologia da reprodução... 39

8 UNIDADE V ESTUDO MORFOFUNCIONAL DO SISTEMA TEGUMENTAR 5.1- Estrutura da pele e anexos epidérmicos Função de proteção Função de regulação térmica Função de percepção sensorial Glossário Gabarito Referências bibliográficas... 58

9 Quadro-síntese do conteúdo programático 9 UNIDADES DO PROGRAMA OBJETIVOS I - ESTUDO MORFOFUNCIONAL DO SISTEMA CARDIOVASCULAR 1.1- Visão estrutural e funcional do sistema 1.2- Estrutura e funcionamento do coração 1.3- Estrutura e funcionamento dos vasos sanguíneos 1.4- Vias de circulação 1.5- Sangue Reconhecer anatômica e funcionalmente os componentes do sistema cardiovascular; Compreender a atividade elétrica do coração; Entender como o sistema cardiovascular participa da manutenção da homeostasia. II - ESTUDO MORFOFUNCIONAL DO SISTEMA RESPIRATÓRIO 2.1- Generalidades: visão estrutural e funcional do sistema 2.2- Ventilação pulmonar 2.3- O transporte de gases respiratórios 2.4- Capacidade e volume respiratório 2.5- Regulação da respiração Reconhecer anatômica e funcionalmente os componentes do sistema respiratória; Entender a mecânica respiratória; Compreender os mecanismos de transporte dos gases respiratórios; Compreender os mecanismos de controle do sistema respiratório; Entender como o sistema respiratório participa da manutenção da homeostasia. III - ESTUDO MORFOFUNCIONAL DO SISTEMA URINÁRIO 3.1- Visão geral do sistema urinário 3.2- Anatomia dos rins 3.3- Funcionamento do Néfron 3.4- Regulação da função renal 3.5- Composição, transporte, armazenagem e eliminação da urina Reconhecer anatômica e funcionalmente os componentes do sistema urinário; Compreender os mecanismos de produção da urina; Entender os mecanismos de controle das funções renais; Entender como o sistema urinário participa da manutenção da homeostasia. IV - ESTUDO MORFOFUNCIONAL DOS SISTE- MAS GENITAIS 4.1- Visão geral dos sistemas genitais 4.2- Anatomia e funcionalidade do sistema reprodutor feminino 4.3- Anatomia e funcionalidade do sistema reprodutor masculino 4.4- Fisiologia da reprodução Reconhecer anatômica e funcionalmente os componentes do sistema genital; Compreender os mecanismos fisiológicos da reprodução humana. V - ESTUDO MORFOFUNCIONAL DO SISTEMA TEGUMENTAR 5.1- Estrutura da pele e anexos epidérmicos 5.2- Função de proteção 5.3- Função de regulação térmica 5.4- Função de percepção sensorial Reconhecer anatômica e funcionalmente os componentes do sistema tegumentar; Compreender os mecanismos fisiológicos de controle da temperatura; Reconhecer a função de percepção sensorial desempenhada pela pele; Compreender os mecanismos de proteção desempenhados pela pele.

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11 Contextualização da Disciplina 11 O ser humano adulto é constituído de água, numa porcentagem que se estende de 70% a 80%, quando em condições normais de saúde, sendo que o restante é constituído de material sólido que toma parte na estrutura anatômica do organismo vivo. O recém-nato apresenta uma presença de água que atinge um percentual acima de 80%, e que vai decrescendo, gradativamente, por toda a vida do indivíduo até ele atingir a senectude, quando apresenta uma quantidade hídrica em torno de 70%. Tal fato, observável ao longo do ciclo vital do homem, caracteriza o quanto somos dependentes da água, tanto para a nossa constituição e morfologia quanto para todos os nossos processos funcionais orgânicos, e que se caracteriza por ANATOMOFISIOLOGIA. Este instrucional foi organizado para servir como uma verdadeira ferramenta de trabalho para a melhor compreensão da anatomia e fisiologia humanas. Trata-se, portanto, de um estudo muito importante para o mais adequado e aprofundado entendimento do homem sobre como os seus órgãos, componentes do seu corpo, funcionam harmonicamente. O funcionamento integrado, harmônico e de modo sistêmico é o principal aspecto da eficácia dos processos anatomofisiológicos, porque os órgãos se inter-relacionam e se compensam quando algum fator externo e/ou interno ao indivíduo provoca qualquer tipo de desequilíbrio. Para o bom funcionamento dentro da complexidade anatômica, celular e histológica do ser humano, é necessário que exista um eficiente sistema bioenergético que garanta o estado de saúde, que representa o fundamental objetivo da individualidade e também da coletividade humana. A presente disciplina, portanto, solicita muito do aluno, no sentido de ele perceber como a complexidade, acima aludida, tem a sua razão de ser: busca incessante do equilíbrio perfeito entre o ser vivo (humano, no caso) e o meio ambiente onde está inserido, em constante interação para a garantia da própria vida. O profissional de Biologia é um privilegiado exatamente porque pode contemplar, panoramicamente, a evolução de todas as formas de vida e compreender como as mais complexas se organizam para funcionar em harmonia. Como aluno do Curso Semipresencial de Ciências Biológicas, você precisa adquirir uma visão panorâmica, objetiva e didática dos aspectos anatômicos relevantes dos sistemas orgânicos do homem, bem como conhecer como se processa a Fisiologia (funcionamento orgânico) Humana através dos seus vários sistemas. Para se adquirir este tipo de conhecimento, você deve exercitar a sua capacidade imaginativa, para visualizar, na mente, como o fígado, por exemplo, pode se relacionar com o pâncreas, por meio da circulação sanguínea, usando a água do plasma, bem como a que se encontra no espaço intercelular e também a que está no compartimento intracelular, e transportando assim as suas enzimas digestivas. Importante também é que você leia alguns textos sobre anatomia e fisiologia humana, não perdendo de vista que a interação dinâmica é o fundamento primeiro desse tipo de conhecimento. Para que você entenda, com correção e segurança, a anatomia e como os órgãos internos do corpo se relacionam entre si, e que entenda também que eles atuam (cada um) de acordo com o seu ritmo biológico determinado e que todos estes ritmos se harmonizam para garantir o estado de saúde de um bom desenvolvimento físico, é necessário que você aprenda a seguinte sequência fundamental: 1) É na célula que se começa e termina todo e qualquer ciclo fisiológico específico; 2) Todo e qualquer ciclo do corpo é ativado e se conclui dentro de um tempo biológico determinado;

12 12 3) Que o processamento das substâncias alimentares que ingerimos (denominado de Metabolismo) visa dois aspectos básicos: a) Desenvolver a estrutura proteica (à base de proteínas) que constitui a nossa morfologia corporal - Representa o parâmetro anatômico. b) Desenvolver o tipo interativo de reações ativadoras e inibidoras, balanceadas segundo as nossas necessidades bioenergéticas - (intrateciduais ou para locomoção), sempre segundo um programa autodefensivo e econômico da energia gerada e armazenada pelas células. Representa o parâmetro fisiológico, propriamente dito. 4) Que a propriedade biológica, denominada EXCITABILIDADE CELULAR, garante que todas as reações bioquímicas se mantenham através de todas as etapas vitais (gestação, nascimento, puerpério, infância, puberdade, adolescência, adultícia (jovem e madura), terceira idade e senescência até o falecimento); 5) Que todos os órgãos do homem intercambiam as substâncias por eles produzidas, e que são necessárias para um ou mais órgãos, e recebem substâncias de outros órgãos para sobreviver, caracterizando assim a integração fisiológica; 6) Que o equilíbrio ácido-básico do organismo é fundamental para a vida humana, uma vez que o meio interno mais otimizado do organismo opera num ambiente celular com um ph em torno de 7,2 a 7,4 (ou seja, ligeiramente alcalino); 7) Que a fisiologia humana trabalha sempre utilizando as reservas bioenergéticas, induzindo ao estado de fadiga, e que, na verdade, pode não ocorrer, se o indivíduo apenas se exercitar ou se esforçar dentro das suas limitações fisiológicas; 8) Compreender que o fenômeno fisiológico denominado de ESTRESSE ( Stress ) (na verdade, um eficaz mecanismo de defesa físico) depende basicamente de uma coordenação neurofisiológica (Sistema Nervoso Autônomo) sobre alguns hormônios com atuação crítica na resolução da situação agressiva que o organismo esteja experimentando, levando a uma outra situação fisiológica de adaptação; 9) Entender como o Sistema Nervoso Autônomo (SNA), através do hipotálamo, controla todo o Sistema de Glândulas Endócrinas e, assim, consequentemente, também controla todos os hormônios. E como esse controle bioquímico é exercido pelos neurotransmissores; 10) Perceber como os nutrientes ingeridos através da alimentação são metabolizados e como contribuem com a estrutura interna morfológica, e como influenciam o funcionamento orgânico. Estes dez fundamentos anatomofisiológicos são considerados muito importantes para todo o entendimento atualizado de como se processa a Anatomia e Fisiologia Humana, portanto, cabe a você, caro aluno, estudá-los um a um, escrevendo um texto sobre cada um deles, para treinar o encadeamento destas ideias básicas, o que demonstrará que você, de fato, entende o que é e como se processa a fisiologia humana. Como você já deve ter visto em outros instrucionais, a seguinte lista de procedimentos organizacionais de sua própria atividade acadêmica é uma ferramenta muito útil, se você tentar cumpri-la à risca, pois permite organizar o seu precioso tempo de aprendizado teórico: Programe a utilização dos períodos vazios (que sempre existem) em seu dia; esteja pronto para o esforço físico. Substitua o horário de uma ou mais atividades (que você considere) não essenciais para a sua formação profissional. Dicas para obter o tão necessário tempo de estudo: Reserve um período mínimo para estudar todos os dias (vale dizer uma leitura de um Capítulo, por exemplo); Estipule metas a serem cumpridas, realize um cronograma semanal e siga-o rigidamente (no começo pode parecer difícil, porém é uma questão de hábito); Não deixe acumular as suas atividades como aluno, porque provavelmente isto afetará seu desempenho; Não se utilize de desculpas para o não cumprimento de suas metas; Nunca desista das suas metas (sobretudo as que você traçou conscientemente); Reestimule sempre a sua motivação por saber mais, sobre qualquer tema da Biologia. BONS ESTUDOS!!!!

13 UNIDADE I 13 ESTUDO MORFOFUNCIONAL DO SISTEMA CARDIOVASCULAR Visão Estrutural e Funcional do Sistema O Sistema Cardiovascular é um sistema fechado, sem comunicação com o exterior, constituído por vasos sanguíneos, que podem ser artérias, veias e capilares, e um órgão central, o coração, que funciona como uma bomba contrátil e propulsora. Funções O sistema cardiovascular permite que algumas atividades sejam executadas com grande eficiência: transporte de gases: os pulmões, responsáveis pela obtenção de oxigênio e pela eliminação de dióxido de carbono, comunicam-se com os demais tecidos do corpo por meio do sangue. transporte de nutrientes: no tubo digestivo, os nutrientes resultantes da digestão passam através de um fino epitélio e alcançam o sangue. Assim, os nutrientes são levados aos tecidos do corpo, nos quais se difundem para o líquido intersticial. transporte de resíduos metabólicos: a atividade metabólica das células do corpo origina resíduos, mas apenas alguns órgãos podem eliminá-los para o meio externo. O transporte dessas substâncias, de onde são formadas até os órgãos de excreção, é feito pelo sangue. transporte de hormônios: hormônios são substâncias secretadas por certos órgãos, distribuídas pelo sangue e capazes de modificar o funcionamento de outros órgãos do corpo. A colecistocinina, por exemplo, é produzida pelo duodeno, durante a passagem do alimento, e lançada no sangue. Um de seus efeitos é estimular a contração da vesícula biliar e a liberação da bile no duodeno. intercâmbio de materiais: algumas substâncias são produzidas ou armazenadas em uma parte do corpo e utilizadas em outra parte. Células do fígado, por exemplo, armazenam moléculas de glicogênio, que, ao serem quebradas, liberam glicose, que o sangue leva para outras células do corpo. transporte de calor: o sangue também é utilizado na distribuição homogênea de calor pelas diversas partes do organismo, colaborando na manutenção de uma temperatura adequada em todas as regiões; permite ainda levar calor até a superfície corporal, onde pode ser dissipado. distribuição de mecanismos de defesa: pelo sangue circulam anticorpos e células fagocitárias, componentes da defesa contra agentes infecciosos. coagulação sanguínea: pelo sangue circulam as plaquetas, fragmentos de um tipo celular da medula óssea (megacariócito), com função na coagulação sanguínea. O sangue contém ainda fatores de coagulação, capazes de bloquear eventuais vazamentos em caso de rompimento de um vaso sanguíneo Estrutura e Funcionamento do Coração O coração é um órgão muscular, oco, que funciona como uma bomba contrátil-propulsora (Fig. 1). Localiza-se na cavidade torácica, atrás do esterno, acima do músculo diafragma, no espaço compreendido entre os dois sacos pleurais, denominado mediastino. Sua maior porção se encontra à esquerda do plano mediano. O coração fica disposto obliquamente, de tal forma que a base é medial e o ápice, lateral. É envolvido por um saco fibroseroso chamado pericárdio que o separa dos outros órgãos do mediastino e limita sua expansão durante a diástole ventricular. O coração tem a forma aproximada de um cone truncado, apresentando uma base, um ápice e três faces (esternocostal, diafragmática e pulmonar).

14 14 A parede do coração apresenta três camadas, sendo elas, epicárdio (externa), miocárdio (média, formada pelo músculo estriado cardíaco) e endocárdio (interna). A cavidade do coração é subdividida em quatro câmaras, dois átrios direito e esquerdo e dois ventrículos direito e esquerdo, pelos septos interatrial, interventricular e atrioventricular (Fig. 1). Os septos atrioventriculares direito e esquerdo possuem orifícios, um à direita e outro à esquerda, os óstios atrioventriculares direito e esquerdo, possibilitando a comunicação entre átrio e ventrículo do mesmo lado. Os óstios atrioventriculares são providos de dispositivos que permitem a passagem do sangue somente do átrio para o ventrículo: são as valvas atrioventriculares. A valva atrioventricular direita é chamada tricúspide e a esquerda é chamada bicúspide ou mitral. Quando ocorre a sístole ventricular (contração), a tensão nesta câmara aumenta consideravelmente, o que poderia provocar a eversão da valva para o átrio e consequente refluxo de sangue para esta câmara. Tal fato não ocorre porque cordas tendíneas prendem a valva a músculos papilares, que são projeções do miocárdio nas paredes internas do ventrículo. Figura 1. Coração Humano. Fonte: A Atividade Elétrica do Coração O estímulo para contração do músculo cardíaco é gerado pelas células marca-passos, ou seja, independe do suprimento nervoso. As células marca-passos estão localizadas no Nódulo Sinoatrial (SA), região especial do coração, que controla a frequência cardíaca (Fig. 02). Localiza-se perto da junção entre o átrio direito e a veia cava superior e é constituído por um aglomerado de células musculares modificadas as células marca-passos.

15 15 Figura 2. Coração humano evidenciando a presença do Nódulo Sino-atrial (1), Nódulo Átrio-ventricular (2) e Feixe de His (3). Embora o impulso cardíaco possa percorrer perfeitamente todas as fibras musculares cardíacas, o coração possui um sistema especial de condução denominado sistema de Purkinje ou fascículo átrio-ventricular, composto de fibras musculares cardíacas especializadas, ou fibras de Purkinje (Feixe de Hiss ou miócitos átrio-ventriculares), que transmitem os impulsos com uma velocidade aproximadamente 6 vezes maior do que o músculo cardíaco normal, cerca de 2m por segundo, em contraste com 0,3m por segundo no músculo cardíaco. As células marca-passos são miócitos modificados, que têm a propriedade da excitabilidade espontânea! Mas, afinal, o que isso quer dizer? QUER DIZER QUE: essas células geram potenciais de ação espontaneamente, sem haver estímulo do sistema nervoso. Nesse momento, você pode estar se fazendo outra pergunta: COMO AS CÉLULAS MARCA-PASSOS GERAM POTENCIAIS DE AÇÃO ESPONTANEA- MENTE? Para responder a essa pergunta, devemos nos recordar do que estudamos sobre excitabilidade celular na unidade II desse instrucional. Já relembrou como ocorre a geração do potencial de ação? Então vamos seguir demonstrando o que há de diferente nas células marca-passos. Na membrana plasmática das células marca-passos também estão presentes os canais iônicos dependentes de voltagem para o sódio e para o potássio. No entanto, o canal iônico dependente de voltagem para o sódio não é controlado por um receptor na face extracelular (Fig. 03). Figura 3. Membrana plasmática da célula marca-passo representando os canais iônicos dependentes de voltagem. 1) Canal iônico dependente de voltagem para o sódio (Na+), cuja comporta de inativação (interna) está aberta quando a célula está no repouso (potencial de membrana). Note que esse canal não possui, na face extracelular, um receptor que para controlar a abertura do canal. 2) Canal iônico dependente de voltagem para o potássio (K+), com a comporta de inativação fechada quando a célula está no potencial de membrana.

16 16 Não havendo receptor na face extracelular do canal iônico dependente de voltagem para o sódio, sempre que a célula estiver no seu potencial de membrana, esse canal estará aberto, permitindo a entrada de íons cálcio na célula e, consequentemente, gerando um novo potencial de ação! A Contração do Músculo Cardíaco A contração muscular segue praticamente os mesmos passos da contração no músculo estriado esquelético, com algumas diferenças: os túbulos T são mais largos que os do músculo esquelético; retículo sarcoplasmático menor; as células musculares cardíacas possuem reservas intracelulares de íons cálcio mais limitadas. Tanto o cálcio intracelular quanto o extracelular estão envolvidos na contração cardíaca: o influxo de cálcio externo age como desencadeador da liberação do cálcio armazenado na luz do retículo sarcoplasmático, provocando a contração ao atingir as miofibrilas e levando ao relaxamento ao serem bombeados de volta para o retículo. Ciclo Cardíaco As câmaras cardíacas contraem-se e dilatam-se alternadamente 70 vezes por minuto, em média. O processo de contração de cada câmara do miocárdio (músculo cardíaco) denomina-se sístole. O relaxamento, que acontece entre uma sístole e a seguinte, é a diástole (Fig. 04). Figura 4. Ciclo cardíaco. Controle Nervoso do Coração Embora o coração possua seus próprios sistemas intrínsecos de controle e possa continuar a operar sem quaisquer influências nervosas, a eficácia da ação cardíaca pode ser muito modificada pelos impulsos reguladores do sistema nervoso central. O sistema nervoso é conectado com o coração através de dois grupos diferentes de nervos, o sistema nervoso autônomo parassimpático e simpático. A estimulação dos nervos parassimpáticos causa os seguintes efeitos sobre o coração:

17 (1) diminuição da frequência dos batimentos cardíacos; (2) diminuição na velocidade de condução dos impulsos através do nódulo AV (átrio-ventricular), aumentando o período de retardo entre a contração atrial e a ventricular; (3) diminuição do fluxo sanguíneo através dos vasos coronários que mantêm a nutrição do próprio músculo cardíaco. 17 Todos esses efeitos podem ser resumidos, dizendose que a estimulação parassimpática diminui todas as atividades do coração. Usualmente, a função cardíaca é reduzida pelo parassimpático durante o período de repouso, juntamente com o restante do corpo. Isso talvez ajude a preservar os recursos do coração; pois, durante os períodos de repouso, indubitavelmente há um menor desgaste do órgão. A estimulação dos nervos simpáticos apresenta efeitos exatamente opostos (antagônicos) sobre o coração: (1) aumento da frequência cardíaca; (2) aumento da força de contração; (3) aumento na velocidade de condução dos impulsos através do nódulo AV (átrio-ventricular), diminuindo o período de retardo entre a contração atrial e a ventricular; (4) aumento do fluxo sanguíneo através dos vasos coronários visando a suprir o aumento da nutrição do músculo cardíaco. Esses efeitos podem ser resumidos dizendo-se que a estimulação simpática aumenta a atividade cardíaca como bomba, algumas vezes aumentando a capacidade de bombear sangue em até 100 por cento. Esse efeito é necessário quando um indivíduo é submetido a situações de estresse, tais como exercício, doença, calor excessivo, ou outras condições que exigem um rápido fluxo sanguíneo através do sistema circulatório. Por conseguinte, os efeitos simpáticos sobre o coração constituem o mecanismo de auxílio utilizado numa emergência, tornando mais forte o batimento cardíaco quando necessário. Os neurônios pós-ganglionares do sistema nervoso simpático secretam principalmente noradrenalina. A estimulação simpática do cérebro também promove a secreção de adrenalina pelas glândulas adrenais ou suprarrenais. A adrenalina é responsável pela taquicardia (batimento cardíaco acelerado), aumento da pressão arterial e da frequência respiratória, aumento da secreção do suor, da glicose sanguínea e da atividade mental, além da constrição dos vasos sanguíneos da pele. O neurotransmissor secretado pelos neurônios pós-ganglionares do sistema nervoso parassimpático é a acetilcolina. Dessa forma, a estimulação parassimpática do cérebro promove bradicardia (redução dos batimentos cardíacos), diminuição da pressão arterial e da frequência respiratória, relaxamento muscular e outros efeitos antagônicos aos da adrenalina. Em geral, a estimulação do hipotálamo posterior aumenta a pressão arterial e a frequência cardíaca, enquanto que a estimulação da área pré-óptica, na porção anterior do hipotálamo, acarreta efeitos opostos, determinando notável diminuição da frequência cardíaca e da pressão arterial. Esses efeitos são transmitidos através dos centros de controle cardiovascular da porção inferior do tronco cerebral, a partir de onde passam a ser transmitidos através do sistema nervoso autônomo.

18 Estrutura e Funcionamento dos Vasos Sanguíneos 1. Artérias: São tubos cilindroides, por meio dos quais o sangue é levado do coração ao restante do corpo. Tendo em vista o calibre, as artérias podem ser classificadas em artérias de grande, médio, pequeno calibre e arteríolas. As arteríolas são os menores ramos das artérias e oferecem maior resistência ao fluxo sanguíneo; contribuem, assim, para reduzir a tensão do sangue antes de sua passagem pelos capilares. As artérias possuem elasticidade a fim de manter o fluxo sanguíneo constante. Podem dilatar-se no sentido transversal para conter maior volume de sangue e distender-se no sentido longitudinal, atendendo aos deslocamentos dos segmentos corpóreos. O número de artérias que irriga um determinado órgão é muito variável: depende do volume do órgão, da sua importância funcional e da sua atividade em determinados momentos. 2. Veias: São tubos nos quais o sangue circula dos pulmões (circulação pulmonar) e do corpo (circulação sistêmica) para o coração. Podem ser classificadas em veias de grande, de médio e de pequeno calibre e vênulas, estas últimas seguem-se aos capilares. O retorno venoso é auxiliado pelas válvulas venosas, pela contração muscular e pela mecânica respiratória. 3. Capilares: São vasos microscópicos, interpostos entre artérias e veias. Neles se processam as trocas entre o sangue e os tecidos. Sua distribuição é universal no corpo humano, e sua ausência em tecidos e órgãos é rara como é o caso da epiderme, da cartilagem hialina, da córnea e da lente. Vasos da Base Os vasos, através dos quais o sangue chega e sai do coração, situam-se na base deste órgão. No átrio direito desembocam as veias cavas superior e inferior. No átrio esquerdo desembocam as quatro veias pulmonares superiores direita e esquerda e inferiores direita e esquerda, sendo duas de cada pulmão. Do ventrículo direito sai o tronco pulmonar, que se bifurca em artérias pulmonares direita e esquerda, para os respectivos pulmões. Do ventrículo esquerdo sai a artéria aorta. Nos orifícios de saída do tronco pulmonar e da artéria aorta existe um dispositivo valvar para impedir o retorno do sangue por ocasião do enchimento dos ventrículos (diástole ventricular): são as valvas pulmonar e aórtica. Circulação do Sangue A circulação é a passagem do sangue através do coração e dos vasos sanguíneos. A circulação se faz por meio de duas correntes sanguíneas, as quais partem ao mesmo tempo do coração com destinos diferentes, que são para os pulmões e para o corpo. Circulação Pulmonar ou Pequena Circulação Circulação Sistêmica ou Grande Circulação Quando o sangue é bombeado pelos ventrículos e penetra nas artérias, elas se relaxam e se dilatam o que diminui a pressão sanguínea. Caso as artérias não se relaxem o suficiente, a pressão do sangue em seu interior sobe, com risco de ruptura das paredes arteriais. Assim, a cada sístole ventricular é gerada uma onda de relaxamento que se propaga pelas artérias, desde o coração até as extremidades das arteríolas. Durante a diástole ventricular, a pressão sanguínea diminui. Ocorre, então, contração das artérias, o que mantém o sangue circulando até a próxima sístole. Pressão arterial é a pressão exercida pelo sangue contra a parede das artérias. Em um adulto com boa saúde, a pressão nas artérias durante a sístole ventricular pressão sistólica ou máxima é da ordem de 120 mmhg (milímetros de mercúrio). Durante a diástole, a pressão diminui, ficando em torno de 80 mmhg. Essa é a pressão diastólica ou mínima.

19 1.4 - Vias de Circulação 1.Circulação Pulmonar ou Pequena Circulação: tem início no ventrículo direito, de onde o sangue pobre em O2 e rico em CO2 é bombeado para a artéria tronco pulmonar, que logo se divide em artérias pulmonares direita e esquerda, indo uma para cada pulmão. Nos pulmões ocorre a hematose (troca de CO2 por O2) e retorna ao átrio esquerdo rico em O2 através das quatro veias pulmonares (veias pulmonares superior e inferior direitas e veias pulmonares superior e inferior esquerdas). Em síntese: Coração Pulmões Coração. 2. Circulação Sistêmica ou Grande Circulação: tem início no ventrículo esquerdo, de onde o sangue rico em O2 e pobre em CO2 é bombeado para a artéria aorta, que irriga todos os tecidos do corpo. Após as trocas na rede capilar tecidual, o sangue rico em CO2 e pobre em O2 é transportado pelas veias cavas superior e inferior até o átrio direito. Em síntese: Coração Tecidos Coração. 3. Circulação Porta-hepática: Sua importância funcional reside no fato de permitir que os produtos da absorção do estômago, dos intestinos delgado e grosso, do baço e do pâncreas passem através dos capilares para a veia porta que vai até o fígado, sem passar pela circulação do coração e dos pulmões. Ao penetrar no fígado, a veia porta divide-se em numerosos capilares que estão em contato íntimo com as células hepáticas. A veia porta é formada pela anastomose das veias mesentérica superior e esplênica; a veia mesentérica inferior é uma tributária da veia esplênica. 4. Circulação Fetal: A circulação no feto em desenvolvimento é diferente da circulação no adulto porque no feto os pulmões estão em colapso e sem funcionar. É a placenta que assume as funções do pulmão. O sangue oxigenado da placenta passa para a veia umbilical e entra na cavidade abdominal do feto. A veia umbilical se dirige ao fígado, onde a maior parte do sangue circula no órgão através do ducto venoso (vaso que conecta a veia umbilical com a veia cava inferior). Na veia cava inferior o sangue oxigenado mistura-se com o sangue venoso que provem da metade inferior do corpo. Entrando no átrio direito, o sangue da veia cava inferior é desviado para dentro do átrio esquerdo através do forame oval, que é a comunicação interatrial. O sangue passa do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo através do óstio átrio-ventricular esquerdo. O ventrículo esquerdo ejeta sangue para a artéria aorta oxigenando o feto. O sangue desoxigenado da metade superior do corpo passa através da veia cava superior para o átrio direito e, a seguir, para o ventrículo direito, de onde entra o tronco pulmonar. Esse sangue circula, através do ducto arterial, pela artéria aorta. Grandes ramos da aorta, as artérias umbilicais, transitam no funículo umbilical para a placenta, onde o sangue é oxigenado novamente. 5. Vasos da Circulação Linfática: nesse tipo de circulação fazem parte os vasos e os órgãos linfóides, formando um sistema auxiliar de drenagem, ou seja, auxiliar do sistema venoso. Nem todas as moléculas do líquido tecidual passam para os capilares sanguíneos e, assim, estas são recolhidas em capilares linfáticos, de onde a linfa segue para vasos linfáticos e destes para troncos linfáticos. O maior tronco linfático é o ducto torácico, que drena a linfa de quase todo o corpo desembocando na junção da veia jugular interna com a veia subclávia esquerda. Outro ducto importante é o ducto linfático direito, que desemboca a linfa na veia braquiocefálica direita Sangue O sangue promove o transporte e a distribuição de substâncias diversas dentro do organismo, além de participar ativamente do mecanismo de defesa do corpo. Dessa maneira, contribui de forma significativa para a manutenção do equilíbrio interno, assegurando uma atividade metabólica adequada nos diversos órgãos que constituem o organismo. O tecido sanguíneo ou simplesmente sangue é constituído por uma parte líquida denominada plasma e pelos elementos figurados. Dica de estudo!!! Para revisar a composição do plasma sanguíneo e os tipos celulares encontrados no sangue, revise o seu Instrucional de Biologia Celular e Tecidual.

20 20 A medula óssea vermelha é o local de formação das células sanguíneas e ocupa a cavidade dos ossos esponjosos. Nela são encontradas as células precursoras que originam os elementos figurados do sangue glóbulos brancos, glóbulos vermelhos (hemácias ou eritrócitos) e plaquetas (Fig. 5). Figura 5. Formação dos diversos tipos celulares do sangue. Fonte: No plasma pode-se verificar a presença de determinadas proteínas, como o fibrinogênio (que participa da coagulação sanguínea), as globulinas (que atuam como anticorpos) e as albuminas (que participam da regulação do sangue). Os elementos figurados do sangue compreendem os glóbulos vermelhos eritrócitos ou hemácias, os glóbulos brancos ou leucócitos neutrófilos, eosinófilos, basófilos, linfócitos e monócitos e as plaquetas. As plaquetas são fragmentos celulares, incolores e portadores de tromboplastina ou tromboquinase, enzima que participa do mecanismo da coagulação do sangue. Formam-se na medula óssea, onde, supõe-se, tenham origem na fragmentação de certas células denominadas megacariócitos. Na corrente sanguínea humana são encontradas em média plaquetas por mm³ de sangue. Uma das mais importantes propriedades do sangue é, sem dúvida, a capacidade de coagular-se. Não fos- se isso, o sangue poderia escorrer, indefinidamente, através de qualquer vaso lesado. No sangue circulante existe uma proteína solúvel denominada fibrinogênio, que tem função estrutural. Logo que o sangue começa a sair do vaso, na região do corte, o fibrinogênio se converte em fibrina, uma proteína insolúvel que adere às paredes do vaso. Assim, organiza-se uma verdadeira rede de fibrinas. Essa rede promove a retenção de glóbulos sanguíneos de tal maneira que se forma massa densa em torno da região lesada, denominada coágulo. Nessas condições, a hemorragia é paralisada. Para que o fibrinogênio se transforme em fibrina, no entanto, é necessária uma enzima denominada trombina, que por sua vez, provém de uma substância produzida no fígado chamada protrombina. A produção de protombina ocorre em presença da vitamina K. Por isso, essa vitamina tem importante participação na coagulação sanguínea. Para que a protrombina se converta em trombina são necessários, como catalisadores, os íons Ca ++ e a enzima tromboplastina, que provém das plaqutas e dos tecidos lesados.

21 Exercícios de Fixação 1 - Quais são as funções do sistema cardiovascular? Localize o coração. 3 - Cite as valvas cardíacas. 4 - Explique a atividade elétrica do coração. 5 - Explique porque as células marca-passo são espontaneamente excitáveis. 6 - Cite e descreva os vasos sanguíneos. 7 - Disserte sobre a circulação pulmonar e sistêmica.

22 22 UNIDADE II ESTUDO MORFOFUNCIONAL DO SISTEMA RESPIRATÓRIO Generalidades: Visão Estrutural e Funcional do Sistema O sistema respiratório humano (Fig. 01) é constituído por um par de pulmões e por vários órgãos que conduzem o ar para dentro e para fora das cavidades pulmonares. Esses órgãos são as fossas nasais, a boca, a faringe, a laringe, a traqueia, os brônquios, os bronquíolos e os alvéolos, os três últimos localizados nos pulmões. Figura 1. Sistema respiratório humano. Fonte: Funções O Sistema Respiratório tem como funções: 1. Absorção pelo organismo de oxigênio e eliminação do gás carbônico; 2. Fonação; 3. Olfação. Cavidade Nasal A cavidade nasal é revestida pela membrana mucosa e tem como funções aquecer, umidecer e filtrar o ar inspirado. Comunica-se com o meio externo através das narinas, situadas anteriormente, e com a porção nasal da faringe posteriormente, através das coanas. É dividida em metades direita e esquerda pelo septo nasal. Em cada parede lateral da cavidade nasal pode-se observar as conchas nasais superior, média e inferior, que são lâminas ósseas recurvadas recobertas pela mucosa nasal. As conchas nasais existem para aumentar a superfície mucosa da cavidade nasal, pois é esta superfície que condiciona o ar inspirado para que seja mais bem aproveitado na hematose que se dá ao nível dos pulmões.

23 Faringe É um tubo muscular associado a dois sistemas: respiratório e digestório, situando-se posteriormente à cavidade nasal, oral e à laringe, e superior ao esôfago. Apresenta-se subdividida em três partes: parte nasal, parte oral e parte laríngica. Funciona como uma via de passagem de ar e de alimento. Laringe É um órgão tubular, situado no plano mediano e anterior do pescoço que, além de via aerífera, é órgão da fonação, ou seja, da produção do som. Posiciona-se anteriormente à faringe e é continuada pela traqueia. No interior da laringe encontram-se duas pregas: uma superior, a prega vestibular, e outra inferior, a prega vocal. A laringe apresenta um esqueleto cartilaginoso (cartilagens tireoidea, cricoidea, epiglótica, aritenoideas, corniculadas e cuneiformes) unido por ligamentos e, ainda, possui numerosos músculos que movimentam as pregas vocais. Traqueia Estrutura cilindroide constituída por uma série de anéis cartilaginosos incompletos, em forma de C, sobrepostos e ligados entre si pelos ligamentos anulares. A parede posterior, desprovida de cartilagem, constitui a parede membranácea da traqueia, que apresenta musculatura lisa, o músculo traqueal. Tem como função conduzir o ar inspirado da laringe para os brônquios. Inferiormente bifurca-se em dois brônquios principais, o direito e o esquerdo, em um ponto denominado de carina. Brônquios Cada brônquio principal dá origem no pulmão a uma série de ramificações conhecidas, em conjunto, como árvore brônquica. Existem os brônquios de 1ª ordem ou principais, os de 2ª ordem ou lobares e os de 3ª ordem ou segmentares. Os brônquios segmentares sofrem sucessivas divisões antes de terminarem nos alvéolos pulmonares. Pulmões Os pulmões direito e esquerdo são órgãos principais da respiração, que captam o oxigênio do ar atmosférico e desprendem o dióxido de carbono. Localizam-se na cavidade torácica e cada um deles está envolto por um saco seroso chamado pleura. A pleura apresenta dois folhetos, a pleura parietal, que recobre a face interna da parede do tórax e que é contínua com a pleura pulmonar, que reveste a superfície do pulmão. Entre essas pleuras há um espaço virtual, a cavidade da pleura, contendo uma película de líquido de espessura capilar que permite o deslizamento entre esses folhetos durante as variações de volume do pulmão nas fases respiratórias. Os pulmões são órgãos de forma cônica, e apresentam um ápice superior, uma base inferior e duas faces: costal (em relação as costelas) e mediastinal (voltada para o mediastino). A base apoia-se no músculo diafragma, que divide o tórax do abdome e é o principal músculo inspiratório, sendo assim, também é chamada de face diafragmática. Os pulmões se subdividem em lobos separados por fendas ou fissuras: O pulmão direito possui três lobos, o superior, o médio e o inferior separados pelas fissuras oblíqua e horizontal; o pulmão esquerdo possui dois lobos, o superior e o inferior, separados pela fissura oblíqua. Na face mediastinal de cada pulmão apresenta um fenda chamada de hilo pulmonar, pelo qual entram ou saem brônquios, vasos sanguíneos e nervos Ventilação Pulmonar A inspiração (Fig. 02), que promove a entrada de ar nos pulmões, dá-se pela contração da musculatura do diafragma e dos músculos intercostais. O diafragma abaixa e as costelas elevam-se, promovendo o aumento da caixa torácica, com consequente diminuição da pressão interna, trazendo o ar para dentro dos pulmões (Fig. 02).

24 24 Figura 2. Inspiração. Fonte: A expiração (Fig. 03), que promove a saída de ar dos pulmões, dá-se pelo relaxamento da musculatura do diafragma e dos músculos intercostais. O diafragma eleva-se e as costelas abaixam, o que diminui o volume da caixa torácica, com consequente aumento da pressão interna, forçando o ar a sair dos pulmões (Fig. 03). Na expiração forçada ocorre a contração dos músculos abdominais. Figura 3. Expiração. Fonte:

25 2.3 - O Transporte de Gases Respiratórios O transporte de gás oxigênio está a cargo da hemoglobina, proteína presente nos eritrócitos (hemácias). Cada molécula de hemoglobina combina-se com quatro moléculas de gás oxigênio, formando a oxihemoglobina. No entanto, a hemoglobina apresenta afinidade variável pelo O2, ou seja, sob determinadas condições, a hemoglobina pode aumentar ou diminuir a sua afinidade pelo O2. É essa capacidade de alterar a sua afinidade pelo O2 que faz da hemoglobina a proteína perfeita para realizar esse transporte, pois dessa forma, ela capta o O2 nos capilares pulmonares e é capaz de liberá-lo nos tecidos metabolicamente ativos. Nos alvéolos pulmonares o gás oxigênio do ar difunde-se para os capilares sanguíneos e penetra nos eritrócitos, onde se combina com a hemoglobina, enquanto o gás carbônico (CO2) é liberado para o ar, processo chamado hematose. Nos tecidos ocorre um processo inverso: o gás oxigênio dissocia-se da hemoglobina e difunde-se pelo líquido tissular, atingindo as células. A maior parte do gás carbônico (cerca de 70%) liberado pelas células no líquido tissular penetra nas hemácias e reage com a água, formando o ácido carbônico, que logo se dissocia e dá origem a íons H+ e bicarbonato (HCO3-), difundindo-se para o plasma sanguíneo, onde ajudam a manter o grau de acidez do sangue. Cerca de 23% do gás carbônico liberados pelos tecidos associam-se à própria hemoglobina, formando a carboemoglobina. O restante dissolve-se no plasma (Fig. 04). 25 Figura 4. Esquema do transporte dos gases respiratórios. Fonte: Quais são os fatores que influenciam a afinidade da hemoglobina pelo O 2? Concentração de O 2 Temperatura ph

26 26 A hemoglobina tem alta afinidade pelo O2 quando: concentração de O2 é elevada; temperatura amena; ph próximo ao neutro. Agora uma informação importante para você: O monóxido de carbono, liberado pela queima incompleta de combustíveis fósseis e pela fumaça dos cigarros, entre outros, combina-se com a hemoglobina de uma maneira mais estável do que o oxigênio, formando o carboxiemoglobina. Dessa forma, a hemoglobina fica impossibilitada de transportar o oxigênio, podendo levar à morte por asfixia. Veja as tabelas abaixo, retiradas da prova do Enem de 98. Um dos índices de qualidade do ar diz respeito à concentração de monóxido de carbono (CO), pois esse gás pode causar vários danos à saúde. A tabela abaixo mostra a relação entre a qualidade do ar e a concentração de CO. Para analisar os efeitos do CO sobre os seres humanos, dispõe-se dos seguintes dados: Capacidade e Volume Respiratório O sistema respiratório humano comporta um volume total de aproximadamente 5 litros de ar a capacidade pulmonar total. Desse volume, apenas meio litro é renovado em cada respiração tranquila, de repouso. Esse volume renovado é o volume corrente. Se no final de uma inspiração forçada, executarmos uma expiração forçada, conseguiremos retirar dos pulmões uma quantidade de aproximadamente 4 litros de ar, o que corresponde à capacidade vital, e é dentro de seus limites que a respiração pode acontecer.

27 Mesmo no final de uma expiração forçada, resta nas vias aéreas cerca de 1 litro de ar, o volume residual (Fig. 05). 27 Figura 5. Volume respiratório humano. Fonte: Nunca se consegue encher os pulmões com ar completamente renovado, já que mesmo no final de uma expiração forçada o volume residual permanece no sistema respiratório. A ventilação pulmonar, portanto, dilui esse ar residual no ar renovado, colocado em seu interior. O volume de ar renovado por minuto (ou volume-minuto respiratório VMR) é obtido pelo produto da frequência respiratória (FR) pelo volume corrente (VC): VMR = FR x VC Em um adulto em repouso, temos: FR = 12 movimentos por minuto VC = 0,5 litros Portanto: volume-minuto respiratório = 12 x 0,5 = 6 litros/minuto Os atletas costumam utilizar o chamado segundo fôlego. No final de cada expiração, contraem os músculos intercostais internos, que abaixam as costelas e eliminam mais ar dos pulmões, aumentando a renovação Regulação da Respiração No repouso, a frequência respiratória é da ordem de 10 a 15 movimentos por minuto. A respiração é controlada automaticamente por um centro nervoso localizado no bulbo. Desse centro partem os nervos responsáveis por estimular a contração dos músculos respiratórios (diafragma e músculos intercostais). Os sinais nervosos são transmitidos desse centro através da medula espinal para os músculos da respiração. O mais importante músculo da respiração, o diafragma, recebe os sinais respiratórios através de um nervo especial, o nervo frênico, que deixa a medula espinal na metade superior do pescoço e dirigese para baixo, através do tórax até o diafragma. Os sinais para os músculos expiratórios, especialmente os músculos abdominais, são transmitidos para a porção baixa da medula espinal, para os nervos espinhais que inervam os músculos. Impulsos iniciados pela estimulação psíquica ou sensorial do córtex cerebral podem afetar a respiração. Em condições normais, o centro respiratório (CR) produz, a cada 5 segundos, um impulso nervoso

28 28 que estimula a contração da musculatura torácica e do diafragma, fazendo-nos inspirar. O CR é capaz de aumentar e de diminuir tanto a frequência como a amplitude dos movimentos respiratórios, pois possui quimiorreceptores que são bastante sensíveis ao ph do plasma. Essa capacidade permite que os tecidos recebam a quantidade de oxigênio que necessitam, além de remover adequadamente o gás carbônico. Quando o sangue torna-se mais ácido devido ao aumento do gás carbônico, o centro respiratório induz a aceleração dos movimentos respiratórios. Dessa forma, tanto a frequência quanto a amplitude da respiração tornam-se aumentadas devido à excitação do CR. Em situação contrária, com a depressão do CR, ocorre diminuição da frequência e amplitude respiratórias. A respiração é ainda o principal mecanismo de controle do ph do sangue. O aumento da concentração de CO2 desloca a reação para a direita, enquanto sua redução desloca para a esquerda. Dessa forma, o aumento da concentração de CO2 no sangue provoca aumento de íons H+ e o plasma tende ao ph ácido. Se a concentração de CO2 diminui, o ph do plasma sanguíneo tende a se tornar mais básico (ou alcalino). Se o ph está abaixo do normal (acidose), o centro respiratório é excitado, aumentando a frequência e a amplitude dos movimentos respiratórios. O aumento da ventilação pulmonar determina eliminação de maior quantidade de CO2, o que eleva o ph do plasma ao seu valor normal. Caso o ph do plasma esteja acima do normal (alcalose), o centro respiratório é deprimido, diminuindo a frequência e a amplitude dos movimentos respiratórios. Com a diminuição na ventilação pulmonar, há retenção de CO2 e maior produção de íons H+, o que determina queda no ph plasmático até seus valores normais. A ansiedade e os estados ansiosos promovem liberação de adrenalina que frequentemente levam também à hiperventilação, algumas vezes de tal intensidade que o indivíduo torna seus líquidos orgânicos alcalóticos (básicos), eliminando grande quantidade de dióxido de carbono, precipitando, assim, contrações dos músculos de todo o corpo. Se a concentração de gás carbônico cair a valores muito baixos, outras consequências extremamente danosas podem ocorrer como o desenvolvimento de um quadro de alcalose que pode levar a uma irritabilidade do sistema nervoso, resultando, algumas vezes, em tetania (contrações musculares involuntárias por todo o corpo) ou mesmo convulsões epilépticas. Existem algumas ocasiões em que a concentração de oxigênio nos alvéolos cai a valores muito baixos. Isso ocorre especialmente quando se sobe a lugares muito altos, onde a concentração de oxigênio na atmosfera é muito baixa ou quando uma pessoa contrai pneumonia ou alguma outra doença que reduza o oxigênio nos alvéolos. Sob tais condições, quimiorreceptores localizados nas artérias carótida (do pescoço) e aorta são estimulados e enviam sinais pelos nervos vago e glossofaríngeo, estimulando os centros respiratórios no sentido de aumentar a ventilação pulmonar. Exercícios de Fixação 1 - Quais as funções do sistema respiratório? 2 - Escreva em ordem todos os órgãos que formam o sistema respiratório. 3 - Quais as funções da faringe?

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