A partir da década de 70 do século XVII e durante quase cinquenta anos, importaram-se dos Países Baixos conjuntos monumentais de azulejos.
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- Luca Aranha Vilarinho
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1 As importações da Holanda I O Azul e Branco A partir da década de 70 do século XVII e durante quase cinquenta anos, importaram-se dos Países Baixos conjuntos monumentais de azulejos. Concebidos por pintores qualificados, a superioridade técnica dos azulejos holandeses bem com a sua pintura a azul, citando a porcelana da China, foram do agrado do público português.
2 Século XVII/XVIII I As Importações da Holanda Palácio dos Marqueses de Fronteira Sala dos Painéis C. 1670
3 O Século XVIII I As importações da Holanda Igreja da Madre de Deus Museu Nacional do Azulejo 1686
4 O século XVIII I O Ciclo dos Mestres As importações de azulejos holandeses obrigaram à reacção das oficinas nacionais, que chamam a si pintores com formação na pintura académica, permitindo dar resposta a uma clientela cada vez mais exigente. Trata-se de um período áureo da azulejaria portuguesa, com a duração de cerca de três décadas, tendo os pintores aplicado às suas obras uma original espontaneidade na utilização mais livre das gravuras, e na criatividade das composições ajustadas aos espaços arquitectónicos. Destacam-se os nomes do espanhol Gabriel del Barco, do Mestre P.M.P, António Pereira, Manuel dos Santos, António de Oliveira Bernardes e seu filho Policarpo de Oliveira Bernardes.
5 O Século XVIII I O Ciclo dos Mestres Cena Mitológica Gabriel del Barco Lisboa, c Museu Nacional do Azulejo, inv. nº 900
6 O Século XVIII I O Ciclo dos Mestres Senhora ao Toucador Atribuído ao Mestre PMP Lisboa, Museu Nacional do Azulejo, Inv. nº 6341
7 O Século XVIII I O Ciclo dos Mestres Martírio de S. Lourenço Policarpo de Oliveira Bernardes Lisboa, c Museu da Cidade, Lisboa
8 O Século XVIII I O Ciclo dos Mestres Igreja de S. Lourenço, Almancil Policarpo de Oliveira Bernardes Lisboa, c. 1715
9 O Século XVIII I A Grande Produção Joanina No segundo quartel do século XVIII assistiu-se a um grande aumento no fabrico de azulejos, também em resultado de encomendas chegadas do Brasil. O aumento da produção conduziu à repetição das figurações, ao recurso a motivos seriados como as albarradas e à simplificação da pintura das cenas, ganhando as molduras grande importância cenográfica. Temas religiosos são encomendados pela Igreja enquanto que a Nobreza continua a encomendar cenas galantes, guerreiras, bucólicas, mitológicas e de caça.
10 O Século XVIII I A Grande Produção Joanina Palácio dos Marqueses de Minas Cena de Caça Lisboa, 2º quartel do séc. XVIII
11 O Século XVIII I A Grande Produção Joanina Capela de Santo António Antigo convento da Madre de Deus, Museu Nacional do Azulejo 2º quartel do séc. XVIII
12 O Século XVIII I A Gravura Palácio dos Marqueses de Tancos Pã e Sirinx Lisboa, 1º quartel do séc. XVII Pâ e Sirinx Gravura de Jean Lepautre
13 O Século XVIII I A Gravura Alexandre combatendo os Persas Lisboa, 2º quartel do séc. XVIII MNAz inv. nº 680 La Vertu Surmonte tout Obstacle Gravura de I. Audran, sobre pintura de Charles Le Brun
14 O Século XVIII I O Rocócó Em meados do século XVIII dão-se mudanças no gosto da sociedade portuguesa com a adopção de uma gramática decorativa influenciada pelo estilo Rocócó, através de gravuras europeias, nomeadamente cena galantes e bucólicas concebidas por Watteau. A preferência por formas orgânicas cujo exemplo típico é o concheado irregular, verifica-se em composições delicadas, muitas delas aplicadas em jardins, onde os efeitos decorativos são alcançados pelo emprego de dois tons contrastantes de azul, e depois pelo uso de várias cores.
15 O Século XVIII I O Rocócó Palácio dos Condes de Mesquitela Colégio Militar, Lisboa 3º quartel do séc. XVIII
16 O Século XVIII I O Rocócó Palácio dos Condes de Oeiras Escadaria, Jardins Lisboa, 3º quartel do séc. XVIII
17 O Século XVIII I O Rocócó Quinta dos Azulejos Colégio Manuel Bernardes, Lisboa Banco Lisboa,
18 O Século XVIII I O Rocócó Quinta dos Azulejos Colégio Manuel Bernardes, Lisboa Pérgula Lisboa,
19 O Século XVIII I O padrão pombalino Padrão Pombalino Lisboa, c Museu Nacional do Azulejo Inv. nº 925
20 O Século XVIII I O padrão pombalino Azulejos de padrão Pombalino Edifício na Baixa Lisboa, c
21 O Século XVIII I O Neoclássico No final do século XVIII, a azulejaria assimila o neoclassicismo, estilo internacional divulgado através das gravuras de Robert e James Adam, associado, no azulejo português, com paisagens de Jean Pillement. Os painéis são preenchidos com ornatos leves e são, sobretudo, silhares baixos que se articulam com pintura a fresco. Correspondendo ao gosto da nova burguesia, os azulejos narram histórias de ascensões sociais, embora a Igreja e a Nobreza mantenham a encomenda dos seus temas anteriormente preferidos.
22 O Século XVIII I O Neoclássico História do Chapeleiro António Joaquim Carneiro Lisboa, Real Fábrica de Louça, ao Rato MNAz. Inv. nº 227
23 O Século XVIII I O Neoclássico Silhar e enxalço com águias Lisboa, Real Fábrica de Louça (?) MNAz. Inv. nº 226
24 O Século XVIII I O Neoclássico Igreja de Santo António, Lisboa Sacristia Real Fábrica de Louça, ao Rato
25 O Século XVIII I O Neoclássico Antigo Convento de S. Francisco, Regimento de Infantaria, Estremoz Escadaria Real Fábrica de Louça, ao Rato
26 O Século XIX I As fachadas de azulejo Com a afirmação definitiva de uma burguesia ligada ao Comércio e à Indústria existe um novo uso do azulejo. Na segunda metade do século XIX, o azulejo de padrão, de menor custo, cobre milhares de fachadas, produzido por fábricas de Lisboa Viúva Lamego, Sacavém, Constância, Roseira do Porto e Gaia Massarelos e Devezas. A produção de motivos repetitivos não impediu a realização de composições de autor destacando-se Luís Ferreira, conhecido por Ferreira das Tabuletas.
27 O Século XIX I As fachadas de azulejo Fachadas de azulejos Rua Marquês de Abrantes, Lisboa 2ª metade do séc. XIX
28 O Século XIX I As fachadas de azulejo Fachada de azulejos, Porto Fábrica de Massarelos ou Devezas 2º metade do séc. XIX
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