REFLEXÕES SOBRE A PRODUÇÃO DE UMA HORTA COMUNITÁRIA MEDICINAL COMO PROJETO DE ARTE COLETIVA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "REFLEXÕES SOBRE A PRODUÇÃO DE UMA HORTA COMUNITÁRIA MEDICINAL COMO PROJETO DE ARTE COLETIVA"

Transcrição

1 REFLEXÕES SOBRE A PRODUÇÃO DE UMA HORTA COMUNITÁRIA MEDICINAL COMO PROJETO DE ARTE COLETIVA Janice Martins PPGAV /CEART/UDESC 1 Resumo Este artigo tem por objetivo apresentar reflexões sobre a proposta de desenvolvimento de uma horta medicinal comunitária como projeto de arte coletiva desenvolvido na comunidade da Barra da Lagoa. As reflexões são apresentadas a partir do entendimento de que as vivências e experiências surgidas no convívio direto com a comunidade para um projeto em arte provoquem situações de deslocamento dos saberes e descontinuidade nas ações, onde novas subjetividades acabam sendo geradas. Palavras-Chave: deslocamento; comunidade; subjetividades; projeto de arte coletiva Abstract This article has the objective to present reflections about a proposal of development of a communitary medicinal garden as a collective art project that has been developted at the community of Barra da Lagoa. The reflections are presented by the understanding that the existence and experiences arised from a direct coexistence with the community for an art project induce situations of displacement of knowledge and a break in the continuity of the actions, where new subjectivities can be generate. Keywords: displacement; community; subjectivities; collective art project. Os movimentos sociais são tua matéria prima: você faz política como quem faz arte (tanto no sentido de criar, como no de brincar aliás, indissociáveis). Outra imagem que me vem é que o exercício da micropolítica é uma espécie de bruxaria com as forças do inconsciente no campo social... 2 Movida pelo interesse em participar de encontros e de relações de convívio com a comunidade da Barra da Lagoa (região leste de Florianópolis) na retroalimentação da cultura local como na situação da horta de temperos, ervas medicinais e de outras plantas, a horta medicinal comunitária surge como projeto de arte coletiva - processo coletivo ou colaborativo e de produção do real, simbólico e imaginário coletivo que reforça o reconhecimento da cura através das plantas e do cultivo da horta como cultura local. O convívio estabelecido pelo 1 Mestranda PPGAV/CEART/UDESC, Bacharel em Artes Plásticas (UFRGS) 2 GUATTARI, Felix e ROLNIK, Suely. Micropolítica - Cartografias do desejo (p. 314)

2 cotidiano das ações na horta medicinal comunitária promove um projeto de arte coletiva formado através das relações de vínculo e de colaboração na comunidade. Neste sentido, exemplos como as experiências do coletivo dinamarquês Superflex que desenvolveu um projeto de arte coletiva chamado Supergas 3 ( ) a partir da realidade de uma comunidade específica em Camboja (África) e na Tailândia (Ásia). Sua preocupação com a preservação do meio ambiente na produção de biogás e biocombustível, levou ao projeto coletivo em arte, como uma forma de convívio e direcionamento às necessidades e recursos econômicos que acreditamos existir em economias de pequena escala. As valorizações do encontro e do convívio atuam como dispositivos e como forma para entendimento de um projeto em arte contemporânea, assim como a explanação de alguns conceitos lançados pelos autores Nicolas Bourriaud, Reinaldo Laddaga e Suely Rolnik sobre projetos coletivos em arte desenvolvidos em comunidades específicas. A arte do encontro ou o encontro na arte: vivências na comunidade da Barra. A partir da década de 90, o entendimento que abrange o contexto da arte, aponta para um campo em constante expansão, zona de limites não claros e ampliados (atravessamento ou ausência de limites) e que fazem da arte um campo em trânsito junto a diferentes campos de atuação da vida cotidiana. Este cotidiano é marcado pelo próprio cenário atual político, econômico e artístico, onde se mostra imprescindível o entendimento da transversalidade da arte. Não apenas por contextualizar o momento histórico vivido nos dias de hoje por grupos artísticos ou por integrantes de uma comunidade, mas também para compreensão da problemática urbana de uma cidade turística como Florianópolis e que preserva espaços comunitários de expressão culturais nativas e ligados à terra que possam ser espaços de produção de um projeto coletivo em arte. O projeto de arte coletiva na Barra da Lagoa, parte do espaço de convívio com a comunidade e da mobilização de diferentes elementos da comunidade para realização do projeto. O espaço do convívio é alicerce para um projeto de arte 3 SUPERFLEX (Dinamarca) Supergas (Camboja, ) 2

3 coletiva que convive com a constante restauração do sistema movimentos de resistência - e que geram novas possibilidades dentro da micropolítica comunitária e nos sistemas econômicos locais, assim como com a preservação da cultura local e atuação em um campo não específico que faz gerar a arte. Para Reinaldo Laddaga 4, é a partir dos anos 90 que artistas, escritores e músicos começavam a desenhar e executar projetos que supunham uma mobilização de estratégias complexas. Estes projetos implicavam na implementação de formas de colaboração que permitiram a associação entre artistas e comunidades durante tempos prolongados (alguns meses no mínimo ou alguns anos em geral) atingindo grandes números (dezenas, centenas) de indivíduos de diferentes procedências, lugares, idades, classes, disciplinas. Pensar uma horta medicinal comunitária como dispositivo dentro de uma realidade ou projeto artístico pode gerar certo desconforto inicial se não conseguirmos estabelecer uma relação imediata entre a horta medicinal comunitária e sua produção com projeto coletivo em arte. Neste sentido, o entendimento da horta medicinal comunitária como projeto artístico deve ser pensado a partir da noção de uma arte relacional complexa, da valorização do encontro como gerador de convívio e produtor de novas subjetividades, deslocamentos e de possibilidades de um projeto em arte que possa ser coletivo e colaborativo. O cultivo da horta medicinal remonta saberes como os de arar, semear, regar, colher, armazenar e distribuir, assim como os saberes específicos de aplicabilidade das plantas para processos de cura. A transmissão de saberes não se perde com o tempo, pois são movidos pela noção de desprendimento com sua autoria, usada ancestralmente por diversas outras culturas, que em âmbito local cuidam da cura em suas comunidades e são transmitidos de gerações em gerações. Suely Rolnik nos aponta a definição de dispositivo descrita por Deleuze como uma meada, um conjunto multilinear, composto de linhas de diferentes naturezas... Destrinchar as linhas de um dispositivo, em cada caso, é traçar um mapa, cartografar, agrimensar terras desconhecidas, e é o que Foucault chama 4 LADDAGA, Reinaldo; Estética de la emergência, 2006 (p.15) 3

4 de trabalho de campo [...] uma produção de subjetividade num dispositivo: ela deve se fazer desde que o dispositivo o permita ou o torne possível. [...] não é nem um saber nem um poder. É um processo de individuação que incide sobre grupos ou pessoas, e se subtrai das relações de forças estabelecidas como dos saberes constituídos: uma espécie de mais-valia. 5 Sendo assim, é possível compreender a horta medicinal comunitária como um dispositivo relacional no que diz respeito ao cultivo da horta como processo de investigação em arte que envolve a participação do outro convocando sua experiência de convívio como condição para a realização do projeto coletivo em arte. Conforme Bourriaud a prática do artista, seu comportamento enquanto produtor determina a relação que será estabelecida com sua obra: em outros termos, o que ele produz, em primeiro lugar, são relações entre as pessoas e o mundo por intermédio dos objetos estéticos 6, sendo assim, o fazer da horta medicinal comunitária como projeto artístico promoverá um encontro crítico entre arte e realidade através da relação de convívio entre os usuários envolvidos no projeto. Da mesma forma, para Laddaga, ao falar de projetos colaborativos, afirma que lo que se proponem los artistas que inician estos proyetos es, sobre todo, desarollar, calibrar, intensificar la coperación misma, no tanto con el objeto de materializar un objetivo particular com el de variar e intensificar la cooperacion social en un determinado entorno. 7 A crítica se faz presente por ser o encontro, promotor das relações de convívio, uma forma de renegociação entre a relação entre a arte e vida. É através da participação do outro na instituição Arte ou nos termos e contexto de um projeto artístico como objeto relacional que as relações entre arte e vida são estabelecidas. Neste sentido, afirma Bourriaud: Uma obra pode funcionar como dispositivo relacional com certo grau de aleatoriedade, máquina de provocar e gerar encontros casuais, individuais ou coletivos. 8 Ou seja, através de ações cotidianas, o artista promove o seu espaço de convivência social, assim como as 5 ROLNIK, Suely. Alteridade a céu aberto - O laboratório poético-político de Maurício Dias & Walter Riedweg, 2003 (p.8) 6 BOURRIAUD, Nicolas; Estética Relacional; 2009 (pág. 59), 7 LADDAGA, Reinaldo; Estética de la emergência, 2006 (p.138) 8 BOURRIAUD, Nicolas; Estética Relacional; 2009 (p.42) 4

5 propostas relacionais em sua forma complexa ocupando espaços convencionais da instituição Arte ou se aproximando de acontecimentos e situações inseridos vida cotidiana. Ao pensar a horta medicinal comunitária como uma situação da vida cotidiana de uma comunidade e desta como projeto em arte é que a lógica do encontro é descrita por uma arte relacional complexa. A horta medicinal comunitária gera o encontro, uma possibilidade de atuação no real em que são materializados novos espaços de vida e que geram a participação direta do outro, a constante reflexão e diálogo permanente a partir do convívio. O resultado direto deste convívio são as relações de descontinuidade onde a subjetividade dos sujeitos envolvidos pode ser reconstruída. No contexto comunitário o projeto de arte coletiva convive junto às relações de saber entre os usuários da horta: Seu João da Rua A planta guaco que é bom para a tosse de Dona Benta da rua B, que planta capim limão que é bom para as crises nervosas de Seu João A. A troca de experiências é um espaço de troca de saberes sobre interesses comuns. O desafio do projeto de arte coletiva é estabelecer junto ao processo propostas audiovisuais e coleta de relatos e de imagens como ferramentas e dispositivos utilizados durante o cultivo da horta como parte do processo coletivo e não como elemento de documentação como mono forma. A produção de um encontro tendo a horta medicinal comunitária como dispositivo em um projeto de arte coletiva cria um corte momentâneo sobre o contexto imediato e formal esperado pela instituição Arte ampliando a visão de contexto e fazendo com que a realidade possa ser vista e vivida de outras maneiras. É no cruzamento da arte com o dia-a-dia e as questões pertinentes a este convívio que surge um projeto de horta medicinal comunitária como projeto coletivo em arte. Primeiramente, o encontro provoca uma descontinuidade na própria realidade da instituição Arte, um encontro como nova forma de representação e que produz realidade. Inseridos como agentes e produtores desta descontinuidade, os envolvidos no encontro gerados pela horta medicinal comunitária e seus usuários tem que agenciar novos lugares de convivência. Desta forma, os envolvidos são deslocados de seu lugar de reconhecimento principal e são estimulados a catalisar novos processos de subjetividade em seu 5

6 cotidiano como espaço de convívio. A horta medicinal comunitária como projeto artístico reúne pessoas e colaborações em torno de um sistema de produção em comum, não orientados pelo objetivo de produzir uma obra de arte como projeto a partir da horta, mas sim de produzir o deslocamento deste objetivo para a produção de descontinuidades e de subjetividades, através de um projeto coletivo e colaborativo. Para Bourriaud, é isso que podemos chamar de lei de deslocalização, quando a arte exerce seu dever crítico diante da técnica somente quando desloca seus conteúdos ( ) Dessa maneira, a relação arte/técnica mostra-se especialmente favorável a esse realismo operatório que estrutura muitas práticas contemporâneas, e que pode ser definido como a oscilação da obra de arte em sua função tradicional de objeto a ser contemplado. 9 A comunidade da Barra da Lagoa é marcada por um universo de convivência entre diversidades culturais locais marcadas dentro da mesma comunidade. O empoderamento do universo da cura através das plantas é estabelecido pelo convívio pacífico entre benzedeiras, rezadeiras, curandeiras, médico homeopata, farmacêutico e cultivadores de hortas medicinais. As relações de convívio geradas pelo cotidiano, assim como a própria arte contemporânea como noção de convívio de rupturas e repetições, nos recolocam e nos deslocam constantemente de um espaço previamente estabelecido na relação de convívio, permitindo assim, através da incerteza e da tentativa a produção de novas subjetividades e de intersubjetividades. Ao colocarmo-nos diante de um sistema operacional promovido pelo processo do encontro e do convívio com o outro acabamos por fazer sentido a um circuito de idéias, muito mais do que afazeres ou tarefas propriamente ditas. O circuito promove a alteridade de cada parte embora permaneçam intercaladas umas às outras - cada parte não funciona sem a outra. Assim opera o senso da coletividade, em que a alteridade de cada um não faz com que cada parte possa trabalhar sozinha, mas sim em função do grupo, ou melhor, do outro. O processo do encontro inclui que cada um ocupe e desocupe um lugar no circuito e que funcionará como engrenagem do sistema como um todo. Um sistema oscilante e autônomo. Oscilante no sentido de que cada um pode substituir ao outro, assim como pode 9 BOURRIAUD, Nicolas; Estética Relacional; 2009 (p ) 6

7 permanecer em determinado ponto do sistema e sem colocar em risco ou prejuízo a produção do encontro como objeto. Não é possível prever quem vai estar presente no encontro e a incerteza da relação faz a regra do grupo. As casas na comunidade da Barra são marcadas por espaços destinados ao cultivo de espaço verde, compartilhados com o espaço de saber das tarrafas, das rendas de bilro e dos estaleiros que constroem os barcos para travessia local do canal que liga a Lagoa da Conceição ao mar através da praia da Barra da Lagoa. Quanto à alteridade, Suely Rolnik nos aponta, que a política de relação com a alteridade encontra-se na própria origem da colaboração entre os artistas que se deu a partir do contágio em mão dupla (...) ambos querendo sair de si enquanto territórios geopolíticos, existenciais, subjetivos e profissionais. 10 Desta forma, a alteridade seria aquilo que promove um deslocamento do lugar de reconhecimento em que todo o homem social interage e interdepende de outros indivíduos. Assim, a existência do indivíduo só é permitida mediante um contato com o outro (que em uma visão expandida torna-se o outro). O encontro e as relações de convívio gerado a partir de um projeto de arte coletiva como da horta medicinal comunitária medicinal, proporciona um espaço em que uma nova economia é gerada. O emprego do termo economia baseia-se naquilo que para Bourriaud é o que caracteriza a obra de arte como produto do trabalho humano, seu processo de fabricação e produção, sua posição no jogo das trocas, o lugar - ou a função que atribui ao espectador e, por fim ( ) do objeto da arte, não de sua prática; da obra tal como é tomada pela economia geral, não de sua economia própria. 11 Ou seja, no circuito compartilhado e colaborativo que a horta medicinal comunitária instaura a partir das relações de convívio, novas economias são geradas: economia de trocas reais e simbólicas como troca de experiências, relatos ou a troca de ervas medicinais e de saberes. Bourriaud define ainda, que a obra de arte representa um interstício social, termo usado por Karl Marx ( ) para designar comunidades de troca que escapavam ao quadro da economia capitalista que não obedeciam à lei do lucro. 10 ROLNIK, Suely; Alteridade a céu aberto O laboratório poético-político de Maurício Dias & Walter Riedweg (p. 07) 11 BOURRIAUD, Nicolas; Estética Relacional; 2009 (pág. 58) 7

8 O interstício seria ainda um espaço de relações humanas que sugere outras possibilidades de troca, sendo o convívio uma forma de economia. A produção de um projeto de arte coletiva promove encontros que geram como produto uma série de relatos de experiências que torna possível o deslocamento de um projeto em arte para a horta medicinal comunitária como produto para o convívio e de novas subjetividades. O cultivo da horta medicinal comunitária pode culminar em novas propostas, fruto deste convívio ou ainda da condição dos participantes como produtores inseridos em seu contexto; porém, sempre surgem adversidades quanto à finalidade dos encontros dentro de uma definição em arte ou em comunidade como realidades distintas. A forma do encontro como objeto fica refém da discussão quanto aos limites dos espaços de abrangência da instituição Arte ao questionarmos tais valores. Qual a condição do encontro, do convívio como objeto-arte e de indivíduo-artista ao os lançarmos em uma das engrenagens da crítica do sistema de artes visuais? Qual seria a condição adquirida à horta medicinal comunitária se o registro de seu processo da mesma fosse lançado em uma galeria ou espaço cultural, ocupando assim um espaço tradicional no sistema das artes visuais? A relação de convívio além de tornar possível a execução de um processo de produção do encontro, de um projeto coletivo em arte, possibilita a reflexão de novas possibilidades para este convívio assim como pensar soluções em arte e seus limites na esfera pública e privada enquanto instituição Arte. A este exemplo é possível lembrar grupos coletivos que atuam em projetos de arte colaborativa, como os coletivos Bijari 12, Superflex 13 ou o trabalho de Rirkrit Tiravanija 14 em que o espaço de convívio gera projetos coletivos em arte junto á comunidades específicas ou grupo de pessoas. Muitos projetos institucionais desenvolvem propostas e eixos curatoriais específicos que valorizem projetos coletivos em arte que desenvolvam projetos coletivos destes artistas em comunidades. A este respeito, Laddaga comenta que un número cresciente de artistas y escritores parecia comenzar a interesarse menos em construir obras que em 12 COLETIVO BIJARI (Brasil). Sustain Yourself (SP 2008) /sustentabilidade urbana 13 SUPERFLEX (Dinamarca) Supergas (Camboja, ) 14 Rirkrit Tiravanija (Buenos Aires/Tailândia)

9 participar em La formación de ecologias culturais 15. A definição de ecologia cultural remete do entendimento do conceito de biorregionalismo em que se observa um local específico em termos de seus sistemas naturais e sociais, cujas relações dinâmicas ajudam a criar um senso de lugar, enraizado na história natural e cultural. Deste conceito nasce o território cultural, apresentado por onde Laddaga ao apresentar a definição de ecologia cultural - uma invenção de mecanismos que permitem articular processos de modificação de estados de coisas locais e de produção de ficções, fabulações e imagens, de maneira que ambos aspectos se reforcem mutuamente. Podem ser aleatórios e multidirecionais, trabalham na construção do outro num espaço de convívio e de colaboração direta com diferentes campos de saber dentro destes espaços de diferença. Considerações Finais: Os objetos e as instituições, o emprego do tempo e as obras são, ao mesmo tempo, resultado das relações urbanas pois concretizam o trabalho social e produtores de relações pois organizam modos de socialidade e regulam os encontros humanos 16. Como uma horta medicinal comunitária pode ser um projeto de arte coletiva? Para Guattari, a única finalidade aceitável das atividades humanas é a produção de uma subjetividade que auto-enriqueça continuamente sua relação com o mundo 17. Sendo assim, esta definição aplica-se às práticas dos artistas contemporâneos ao criar e colocar em cena dispositivos de existência que incluem métodos de trabalho e modos de ser, em vez de objetos concretos que até agora delimitavam o campo da arte. Desta forma, o espaço de uma horta medicinal comunitária é também um espaço de uso do subjetivo, já que faz uso de parte do cotidiano da produção do saber, assim como faz uso de parte do cotidiano daquilo que tange o universo 15 LADDAGA, Reinado. Estética de la Emergencia (p.29) 16 BOURRIAUD, Nicolas; Estética Relacional; 2009 (pág. 66) 17 GUATTARI In: BOURRIAUD, Nicolas; Estética Relacional; 2009 (pág. 145) 9

10 íntimo das pessoas. Na combinação entre arte e vida podemos encontrar, no espaço da horta comunitária, a possibilidade de um projeto de arte coletiva que toma como direção a esfera das interações humanas em seu contexto social mais do que a afirmação de um espaço simbólico e privado. A permanente troca de posicionamentos entre o binômio comunidade-arte culmina em intersubjetividades que se entrecruzam em movimento aleatório e contínuo dentro do espaço da horta comunitária. A arte contemporânea dentro deste espaço reflexivo passa a ser uma relação a ser experimentada, uma realidade a ser vivida. Para Bourriaud, uma forma de arte cujo substrato é dado pela intersubjetividade e tem como tema central o estar juntos, o encontro entre observador e quadro, a elaboração coletiva do sentido ( ) e da arte como lugar de produção de uma socialidade específica 18. O espaço da horta medicinal comunitária passa a ser então, o simultâneo espaço da arte e do convívio como objeto no projeto coletivo em arte, onde novos processos colaborativos adicionais tomam forma, como o mapeamento da comunidade da Barra da Lagoa, a implantação de um sistema de trocas de sementes e de mudas, a construção de um canal de comunicação em sistema aberto (blogger/linux), feira de geração de renda, oficinas para multiplicação do saber e do fazer da horta comunitária. Ao iniciarmos o plantio da horta medicinal comunitária como experiências de convívio no espaço da vida acabaram por abrir novos canais de conexão com outras estruturas existentes em nosso perímetro e campo de atuação. Sem dúvida, o entendimento de uma estrutura rizomática é procedente em um espaço que novas vivências são desencadeadoras de novos e múltiplos olhares, incluindo o nosso próprio olhar sobre nós mesmos. O pressuposto da colaboração está presente nas atividades como forma fundamental de participação de qualquer indivíduo (e não mais o espectador) no corpo do processo em análise. Com base no sentido de intermediação entre arte e vida foi criada uma interface tecnológica de interação entre o registro, a memória e o real, através da construção de um blogger, pois o surgimento de novas técnicas, como a internet 18 BOURRIAUD, Nicolas; Estética Relacional; 2009 (pág ) 10

11 e a multimídia, indica um desejo coletivo de criar novos espaços de convívio e de inaugurar novos tipos de contato com o objeto cultural 19. O blogger, neste contexto, representa a possibilidade de ferramenta que manuseia esta realidade decomposta em registro e memória e que pode ser acionada pelos usuários da horta medicinal comunitária como colaboradores diretos. Ainda assim, o blogger possibilita o lançamento do processo de plantio da horta medicinal comunitária para a rede (internet). Todas estas colaborações reafirmam a abertura do projeto para a participação da vida que não se encerra na horta medicinal comunitária como projeto, mas que estende para uma proposta de convívio e de encontro para um mundo melhor, permitindo a colaboração de outros participantesusuários. O uso do blogger também abre para outras possibilidades além do convívio direto, permitindo que outras formas de trocas de experiências sejam possíveis, ampliando o contato com o olhar do outro. É no que concerne à forma e o olhar do outro, que Bourriaud afirma que a forma só assume sua consistência (e adquire uma existência real) quando coloca em jogo interações humanas; a forma de uma obra de arte nasce de uma negociação com o inteligível que nos coube. Através dela o artista começa um diálogo. 20 Os dispositivos de publicação ou exibição permitem integrar estas colaborações de modo que possam tornar-se visíveis para a coletividade que as origina. O relato dos usuários é uma experiência e exercício da alteridade utilizado como dispositivo durante o plantio da horta medicinal comunitária e como projeto coletivo em arte. Este espaço fica caracterizado como lugar de reflexão e de idéias acerca das experiências vividas. O relato é montado pelos usuários, que de forma aleatória e alternada vão indicando roteiros de cura através do conhecimento de ervas medicinais de plantas cultivadas na horta comunitária. Este relato é construído e registrado através de experiências audiovisuais acerca das opiniões pessoais e singulares de cada um sobre o processo vivido, sendo os relatos realimentados um pelo outro. O ato colaborativo é aqui ampliado para o texto e procedimento audiovisual como ferramenta viva no percurso de registro e de reflexões quanto à produção do convívio e do encontro como projeto coletivo em arte. 19 BOURRIAUD, Nicolas; Estética Relacional; 2009 (pág. 36) 20 BOURRIAUD, Nicolas; Estética Relacional; 2009 (pág. 29) 11

12 A realização de um projeto de arte coletiva a partir de relações de convívio e de encontros abre um canal de expansão que torna possível uma horta medicinal comunitária como projeto. Neste sentido, reafirma a condição da experiência de vida e do espaço do convívio como condição presente para a produção de arte, assim como o potencial da arte para transformar o espaço social e as relações humanas. O processo coletivo de produção de uma horta coletiva promove um espaço de convívio que desencadeia novas possibilidades de produção de subjetividade e de intersubjetividades relacionadas, bem como o lançamento de dispositivos colaborativos para acompanhamento destas ações através de relatos e do blogger como interface tecnológica com a experiência. Como produto desta experiência, acabamos por multiplicar o espaço do saber para as mediações entre o projeto e seus entornos, de modo a ampliar a zona de interdiscernibilidade que se estende em torno da arte, da vida e a horta medicinal comunitária como projeto coletivo em arte. Referências BOURRIAUD, Nicolas. Estética Relacional; tradução Denise Bottmann -. São Paulo: Martins Fontes, GUATTARI, Felix e ROLNIK, Suely. Micropolítica - Cartografias do desejo 2 ed. Rio de Janeiro: Editora Vozes,1986. LADDAGA, Reinaldo. Estética de la emergência 1 ed.; Buenos Aires: Adriana Hidalgo Editora, 2006 ROLNIK, Suely. Alteridade a céu aberto - O laboratório poético-político de Maurício Dias & Walter Riedweg In: Posiblemente hablemos de lo mismo, catálogo da exposição da obra de Mauricio Dias e Walter Riedweg. Barcelona: MacBa, Museu d Art Contemporani de Barcelona,

Palavras-chave: deslocamentos; dispositivo relacional; cotidiano, comunidade, arte coletiva

Palavras-chave: deslocamentos; dispositivo relacional; cotidiano, comunidade, arte coletiva Dispositivos relacionais em processos coletivos e prática artística em comunidades: hortas comunitárias e canteiros como possibilidade. Janice Martins Sitya Appel * Resumo: O processo artístico atende

Leia mais

Gestão da Informação e do Conhecimento

Gestão da Informação e do Conhecimento Gestão da Informação e do Conhecimento Aula 05 Aquisição da Informação Dalton Lopes Martins dmartins@gmail.com 2sem/2014 Aquisição da Informação PROCESSO 2 - A aquisição da informação envolve as seguintes

Leia mais

BEM-VINDO AO ESPAÇO DO PROFESSOR

BEM-VINDO AO ESPAÇO DO PROFESSOR BEM-VINDO AO ESPAÇO DO PROFESSOR APRESENTAÇÃO Nosso objetivo é inaugurar um espaço virtual para o encontro, o diálogo e a troca de experiências. Em seis encontros, vamos discutir sobre arte, o ensino da

Leia mais

Hiperconexão. Micro-Revoluções. Não-dualismo

Hiperconexão. Micro-Revoluções. Não-dualismo ESTUDO SONHO BRASILEIRO APRESENTA 3 DRIVERS DE COMO JOVENS ESTÃO PENSANDO E AGINDO DE FORMA DIFERENTE E EMERGENTE: A HIPERCONEXÃO, O NÃO-DUALISMO E AS MICRO-REVOLUÇÕES. -- Hiperconexão 85% dos jovens brasileiros

Leia mais

Elvira Cristina de Azevedo Souza Lima' A Utilização do Jogo na Pré-Escola

Elvira Cristina de Azevedo Souza Lima' A Utilização do Jogo na Pré-Escola Elvira Cristina de Azevedo Souza Lima' A Utilização do Jogo na Pré-Escola Brincar é fonte de lazer, mas é, simultaneamente, fonte de conhecimento; é esta dupla natureza que nos leva a considerar o brincar

Leia mais

PROGRAMA ULBRASOL. Palavras-chave: assistência social, extensão, trabalho comunitário.

PROGRAMA ULBRASOL. Palavras-chave: assistência social, extensão, trabalho comunitário. PROGRAMA ULBRASOL Irmo Wagner RESUMO Com a intenção e o propósito de cada vez mais fomentar e solidificar a inserção da Universidade na Comunidade em que encontra-se inserida, aprimorando a construção

Leia mais

Paula Almozara «Paisagem-ficção»

Paula Almozara «Paisagem-ficção» Rua da Atalaia, 12 a 16 1200-041 Lisboa + (351) 21 346 0881 salgadeiras@sapo.pt www.salgadeiras.com Paula Almozara «Paisagem-ficção» No âmbito da sua estratégia internacional, a Galeria das Salgadeiras

Leia mais

EDUCAÇÃO E PROGRESSO: A EVOLUÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO DA ESCOLA ESTADUAL ELOY PEREIRA NAS COMEMORAÇÕES DO SEU JUBILEU

EDUCAÇÃO E PROGRESSO: A EVOLUÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO DA ESCOLA ESTADUAL ELOY PEREIRA NAS COMEMORAÇÕES DO SEU JUBILEU 1 EDUCAÇÃO E PROGRESSO: A EVOLUÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO DA ESCOLA ESTADUAL ELOY PEREIRA NAS COMEMORAÇÕES DO SEU JUBILEU Resumo Rodrigo Rafael Pinheiro da Fonseca Universidade Estadual de Montes Claros digasmg@gmail.com

Leia mais

A constituição do sujeito em Michel Foucault: práticas de sujeição e práticas de subjetivação

A constituição do sujeito em Michel Foucault: práticas de sujeição e práticas de subjetivação A constituição do sujeito em Michel Foucault: práticas de sujeição e práticas de subjetivação Marcela Alves de Araújo França CASTANHEIRA Adriano CORREIA Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Filosofia

Leia mais

INSTITUCIÓN: Programa Primeira Infância Melhor. Departamento de Ações em Saúde Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul

INSTITUCIÓN: Programa Primeira Infância Melhor. Departamento de Ações em Saúde Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul EXPERIENCIA PRESENTADA EN FORMATO PÓSTER: Primeira Infância Melhor Fazendo Arte: Relato de experiência da Política Pública do Estado do Rio Grande do Sul/ Brasil na formação lúdica de visitadores domiciliares

Leia mais

Projeto Incubadora no SecondLife

Projeto Incubadora no SecondLife Projeto Incubadora no SecondLife Motivação do Projeto Ilhas de produção de conteúdo de qualidade no Second Life Um dos problemas encontrados atualmente na Internet é a enorme quantidade de conteúdos de

Leia mais

O ORIENTADOR FRENTE À INCLUSÃO DA PESSOA COM DEFICIENCIA NA ESCOLA REGULAR DE ENSINO

O ORIENTADOR FRENTE À INCLUSÃO DA PESSOA COM DEFICIENCIA NA ESCOLA REGULAR DE ENSINO O ORIENTADOR FRENTE À INCLUSÃO DA PESSOA COM DEFICIENCIA NA ESCOLA REGULAR DE ENSINO Flávia Fernanda Vasconcelos Alves Faculdades Integradas de Patos FIP flaviavasconcelos.edu@hotmail.com INTRODUÇÃO Observa-se

Leia mais

PROCESSO SELETIVO PARA PROFESSORES SUBSTITUTOS EDITAL

PROCESSO SELETIVO PARA PROFESSORES SUBSTITUTOS EDITAL EDUCAÇÃO INFANTIL 01) Tomando como base a bibliografia atual da área, assinale a alternativa que destaca CORRE- TAMENTE os principais eixos de trabalho articuladores do cotidiano pedagógico nas Instituições

Leia mais

34 respostas. Resumo. 1. Qual sua principal ocupação ou vínculo institucional? 2. Como tomou conhecimento desta oficina? 1 of 7 15-06-2015 17:22

34 respostas. Resumo. 1. Qual sua principal ocupação ou vínculo institucional? 2. Como tomou conhecimento desta oficina? 1 of 7 15-06-2015 17:22 opensocialsciences@gmail.com 34 respostas Publicar análise Resumo 1. Qual sua principal ocupação ou vínculo institucional? Estudante d Estudante d Professor e Professor ou Trabalho e Funcionário Profissional

Leia mais

Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT

Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT Dúvidas e Esclarecimentos sobre a Proposta de Criação da RDS do Mato Verdinho/MT Setembro/2013 PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A CRIAÇÃO DE UNIDADE DE CONSERVAÇÃO 1. O que são unidades de conservação (UC)?

Leia mais

Rompendo os muros escolares: ética, cidadania e comunidade 1

Rompendo os muros escolares: ética, cidadania e comunidade 1 PROGRAMA ÉTICA E CIDADANIA construindo valores na escola e na sociedade Rompendo os muros escolares: ética, cidadania e comunidade 1 Ulisses F. Araújo 2 A construção de um ambiente ético que ultrapasse

Leia mais

metas e escolhas traçadas por cada um, pelo amor ao que construiu durante a vida e

metas e escolhas traçadas por cada um, pelo amor ao que construiu durante a vida e Apresentação Justificativa Objetivo Metas e Resultados Previstos Fases Iniciais Atividades Extras Retorno de Interesse Público Oficinas Avaliação dos Resultados Contatos Público Alvo é um termo designado

Leia mais

O trabalho voluntário é uma atitude, e esta, numa visão transdisciplinar é:

O trabalho voluntário é uma atitude, e esta, numa visão transdisciplinar é: O trabalho voluntário é uma atitude, e esta, numa visão transdisciplinar é: a capacidade individual ou social para manter uma orientação constante, imutável, qualquer que seja a complexidade de uma situação

Leia mais

LURDINALVA PEDROSA MONTEIRO E DRª. KÁTIA APARECIDA DA SILVA AQUINO. Propor uma abordagem transversal para o ensino de Ciências requer um

LURDINALVA PEDROSA MONTEIRO E DRª. KÁTIA APARECIDA DA SILVA AQUINO. Propor uma abordagem transversal para o ensino de Ciências requer um 1 TURISMO E OS IMPACTOS AMBIENTAIS DERIVADOS DA I FESTA DA BANAUVA DE SÃO VICENTE FÉRRER COMO TEMA TRANSVERSAL PARA AS AULAS DE CIÊNCIAS NO PROJETO TRAVESSIA DA ESCOLA CREUSA DE FREITAS CAVALCANTI LURDINALVA

Leia mais

Projetos como alternativa de ensino e aprendizagem 1

Projetos como alternativa de ensino e aprendizagem 1 Projetos como alternativa de ensino e aprendizagem 1 Dos projetos individuais, aos projetos de grupo e aos projetos das organizações, dos projetos profissionais, aos projetos de formação; dos projetos

Leia mais

POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL

POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE E RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL Banco Cooperativo Sicredi S.A. Versão: Julho/2015 Página 1 de 1 1 INTRODUÇÃO O Sicredi é um sistema de crédito cooperativo que valoriza a

Leia mais

introdução Trecho final da Carta da Terra 1. O projeto contou com a colaboração da Rede Nossa São Paulo e Instituto de Fomento à Tecnologia do

introdução Trecho final da Carta da Terra 1. O projeto contou com a colaboração da Rede Nossa São Paulo e Instituto de Fomento à Tecnologia do sumário Introdução 9 Educação e sustentabilidade 12 Afinal, o que é sustentabilidade? 13 Práticas educativas 28 Conexões culturais e saberes populares 36 Almanaque 39 Diálogos com o território 42 Conhecimentos

Leia mais

Educação Permanente e gestão do trabalho

Educação Permanente e gestão do trabalho São Bernardo,março de 2013 Educação Permanente e gestão do trabalho Laura Camargo Macruz Feuerwerker Profa. Associada Faculdade de Saúde Pública da USP Trabalho em saúde O trabalho em saúde não é completamente

Leia mais

COMPETÊNCIAS E SABERES EM ENFERMAGEM

COMPETÊNCIAS E SABERES EM ENFERMAGEM COMPETÊNCIAS E SABERES EM ENFERMAGEM Faz aquilo em que acreditas e acredita naquilo que fazes. Tudo o resto é perda de energia e de tempo. Nisargadatta Atualmente um dos desafios mais importantes que se

Leia mais

FORMULÁRIO DAS AÇÕES DE EXTENSÃO

FORMULÁRIO DAS AÇÕES DE EXTENSÃO FORMULÁRIO DAS AÇÕES DE EXTENSÃO 1. IDENTIFICAÇÃO DA ORIGEM 1.1. TÍTULO DO PROJETO: Programa História e Memória Regional 1.2. CURSO: Interdisciplinar 1.3. IDENTIFICAÇÃO DO(A) PROFESSOR(A) /PROPONENTE 1.3.1.

Leia mais

XVI Congresso Brasileiro de Biblioteconomia e Documentação 22 a 24 de julho de 2015

XVI Congresso Brasileiro de Biblioteconomia e Documentação 22 a 24 de julho de 2015 XVI Congresso Brasileiro de Biblioteconomia e Documentação 22 a 24 de julho de 2015 Modelo 2: resumo expandido de relato de experiência Resumo expandido O Sistema Estadual de Bibliotecas Públicas de São

Leia mais

PRAXIS. EscoladeGestoresdaEducaçãoBásica

PRAXIS. EscoladeGestoresdaEducaçãoBásica PRAXIS A palavra práxis é comumente utilizada como sinônimo ou equivalente ao termo prático. Todavia, se recorrermos à acepção marxista de práxis, observaremos que práxis e prática são conceitos diferentes.

Leia mais

Pedagogia. Objetivos deste tema. 3 Sub-temas compõem a aula. Tecnologias da informação e mídias digitais na educação. Prof. Marcos Munhoz da Costa

Pedagogia. Objetivos deste tema. 3 Sub-temas compõem a aula. Tecnologias da informação e mídias digitais na educação. Prof. Marcos Munhoz da Costa Pedagogia Prof. Marcos Munhoz da Costa Tecnologias da informação e mídias digitais na educação Objetivos deste tema Refletir sobre as mudanças de experiências do corpo com o advento das novas tecnologias;

Leia mais

Educação Patrimonial Centro de Memória

Educação Patrimonial Centro de Memória Educação Patrimonial Centro de Memória O que é história? Para que serve? Ambas perguntas são aparentemente simples, mas carregam uma grande complexidade. É sobre isso que falarei agora. A primeira questão

Leia mais

PENSE NISSO: Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um é capaz de começar agora e fazer um novo fim.

PENSE NISSO: Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um é capaz de começar agora e fazer um novo fim. Abril 2013 Se liga aí, se liga lá, se liga então! Se legalize nessa c o m u n i c a ç ã o. Se liga aí, se liga lá, se liga então! Se legalize a liberdade de expressão! Se Liga aí - Gabriel Pensador PENSE

Leia mais

Metodologia e Prática de Ensino de Ciências Sociais

Metodologia e Prática de Ensino de Ciências Sociais Metodologia e Prática de Ensino de Ciências Sociais Metodologia I nvestigativa Escolha de uma situação inicial: Adequado ao plano de trabalho geral; Caráter produtivo (questionamentos); Recursos (materiais/

Leia mais

APRENDER A LER PROBLEMAS EM MATEMÁTICA

APRENDER A LER PROBLEMAS EM MATEMÁTICA APRENDER A LER PROBLEMAS EM MATEMÁTICA Maria Ignez de Souza Vieira Diniz ignez@mathema.com.br Cristiane Akemi Ishihara crisakemi@mathema.com.br Cristiane Henriques Rodrigues Chica crischica@mathema.com.br

Leia mais

CURSO: LICENCIATURA DA MATEMÁTICA DISCIPLINA: PRÁTICA DE ENSINO 4

CURSO: LICENCIATURA DA MATEMÁTICA DISCIPLINA: PRÁTICA DE ENSINO 4 CAMPUS CARAGUATUBA CURSO: LICENCIATURA DA MATEMÁTICA DISCIPLINA: PRÁTICA DE ENSINO 4 PROFESSOR: ANDRESSA MATTOS SALGADO-SAMPAIO ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS PARA A PRÁTICA DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO NO CURSO

Leia mais

Estudos da Natureza na Educação Infantil

Estudos da Natureza na Educação Infantil Estudos da Natureza na Educação Infantil Referenciais Curriculares Nacionais da Educação Infantil (RCNEI) parte 3 Prof. Walteno Martins Parreira Jr www.waltenomartins.com.br waltenomartins@yahoo.com 2015

Leia mais

O eu e o outro no grupo Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida

O eu e o outro no grupo Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida O eu e o outro no grupo Maria Elizabeth Bianconcini de Almeida Considerando-se que nosso trabalho se desenvolve em uma dança que entrelaça atividades em grupo e individuais, é importante analisarmos o

Leia mais

GESTÃO, SINERGIA E ATUAÇÃO EM REDE. Prof. Peter Bent Hansen PPGAd / PUCRS

GESTÃO, SINERGIA E ATUAÇÃO EM REDE. Prof. Peter Bent Hansen PPGAd / PUCRS GESTÃO, SINERGIA E ATUAÇÃO EM REDE Prof. Peter Bent Hansen PPGAd / PUCRS Agenda da Conferência O que são redes? O que são redes interorganizacionais? Breve histórico das redes interorganizacionais Tipos

Leia mais

VIII JORNADA DE ESTÁGIO DE SERVIÇO SOCIAL

VIII JORNADA DE ESTÁGIO DE SERVIÇO SOCIAL VIII JORNADA DE ESTÁGIO DE SERVIÇO SOCIAL CONSIDERAÇÕES SOBRE O TRABALHO REALIZADO PELO SERVIÇO SOCIAL NO CENTRO PONTAGROSSENSE DE REABILITAÇÃO AUDITIVA E DA FALA (CEPRAF) TRENTINI, Fabiana Vosgerau 1

Leia mais

Transporte compartilhado (a carona solidária)

Transporte compartilhado (a carona solidária) Quer participar da Semana de Economia Colaborativa, mas você não sabe qual atividade organizar? Este guia fornece algumas sugestões de atividades e informações gerais sobre como participar neste espaço

Leia mais

Organizando Voluntariado na Escola. Aula 1 Ser Voluntário

Organizando Voluntariado na Escola. Aula 1 Ser Voluntário Organizando Voluntariado na Escola Aula 1 Ser Voluntário Objetivos 1 Entender o que é ser voluntário. 2 Conhecer os benefícios de ajudar. 3 Perceber as oportunidades proporcionadas pelo voluntariado. 4

Leia mais

Sistemas de Gerenciamento do Relacionamento com o Cliente (Customer Relationship Management CRM)

Sistemas de Gerenciamento do Relacionamento com o Cliente (Customer Relationship Management CRM) CRM Definição De um modo muito resumido, pode definir-se CRM como sendo uma estratégia de negócio que visa identificar, fazer crescer, e manter um relacionamento lucrativo e de longo prazo com os clientes.

Leia mais

FACULDADE KENNEDY BACHARELADO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

FACULDADE KENNEDY BACHARELADO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO FACULDADE KENNEDY BACHARELADO EM SISTEMAS DE INFORMAÇÃO A Faculdade Kennedy busca sempre melhorar a qualidade, oferecendo serviços informatizados e uma equipe de profissionais preparada para responder

Leia mais

Pesquisa Etnográfica

Pesquisa Etnográfica Pesquisa Etnográfica Pesquisa etnográfica Frequentemente, as fontes de dados têm dificuldade em dar informações realmente significativas sobre a vida das pessoas. A pesquisa etnográfica é um processo pelo

Leia mais

INTRODUÇÃO. Sobre o Sou da Paz: Sobre os Festivais Esportivos:

INTRODUÇÃO. Sobre o Sou da Paz: Sobre os Festivais Esportivos: 1 INTRODUÇÃO Sobre o Sou da Paz: O Sou da Paz é uma organização que há mais de 10 anos trabalha para a prevenção da violência e promoção da cultura de paz no Brasil, atuando nas seguintes áreas complementares:

Leia mais

Com-Vida. Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de Vida

Com-Vida. Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de Vida Com-Vida Comissão de Meio Ambiente e Qualidade de Vida Com-Vida Comissao de Meio Ambiente e Qualidade de Vida Depois de realizar a Conferência... Realizada a Conferência em sua Escola ou Comunidade, é

Leia mais

Market Access e a nova modelagem de Negócios da Indústria Farmacêutica no Brasil.

Market Access e a nova modelagem de Negócios da Indústria Farmacêutica no Brasil. Market Access e a nova modelagem de Negócios da Indústria O fortalecimento do pagador institucional de medicamentos, seja ele público ou privado, estabelece uma nova dinâmica nos negócios da indústria,

Leia mais

EDUCANDO COM A HORTA ESCOLAR PEDAGÓGICA

EDUCANDO COM A HORTA ESCOLAR PEDAGÓGICA EDUCANDO COM A HORTA ESCOLAR PEDAGÓGICA Sabrina Sgarbi Tibolla 1 ;Sabrina dos Santos Grassi 2 ; Gilson Ribeiro Nachtigall 3 INTRODUÇÃO A horta escolar é uma estratégia de educar para o ambiente, para a

Leia mais

Sheet1. Criação de uma rede formada por tvs e rádios comunitárias, para acesso aos conteúdos

Sheet1. Criação de uma rede formada por tvs e rádios comunitárias, para acesso aos conteúdos Criação de um canal de atendimento específico ao público dedicado ao suporte de tecnologias livres. Formação de comitês indicados por representantes da sociedade civil para fomentar para a ocupação dos

Leia mais

A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE Universidade Estadual De Maringá gasparin01@brturbo.com.br INTRODUÇÃO Ao pensarmos em nosso trabalho profissional, muitas vezes,

Leia mais

PLANTANDO NOVAS SEMENTES NA EDUCAÇÃO DO CAMPO

PLANTANDO NOVAS SEMENTES NA EDUCAÇÃO DO CAMPO PLANTANDO NOVAS SEMENTES NA EDUCAÇÃO DO CAMPO Alunos Apresentadores:Aline Inhoato; Rafhaela Bueno de Lourenço; João Vitor Barcelos Professor Orientador: Mario Ubaldo Ortiz Barcelos -Email: muobubaldo@gmail.com

Leia mais

Projeto Pedagógico. por Anésia Gilio

Projeto Pedagógico. por Anésia Gilio Projeto Pedagógico por Anésia Gilio INTRODUÇÃO Esta proposta pedagógica está vinculada ao Projeto Douradinho e não tem pretenção de ditar normas ou roteiros engessados. Como acreditamos que a educação

Leia mais

PROJETO ARARIBÁ. Um projeto que trabalha a compreensão leitora, apresenta uma organização clara dos conteúdos e um programa de atividades específico.

PROJETO ARARIBÁ. Um projeto que trabalha a compreensão leitora, apresenta uma organização clara dos conteúdos e um programa de atividades específico. PROJETO ARARIBÁ Um projeto que trabalha a compreensão leitora, apresenta uma organização clara dos conteúdos e um programa de atividades específico. ARARIBÁ HISTÓRIA O livro tem oito unidades, divididas

Leia mais

DEMOCRÁTICA NO ENSINO PÚBLICO

DEMOCRÁTICA NO ENSINO PÚBLICO O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO COMO INSTRUMENTO DE GESTÃO ROSINALDO PANTOJA DE FREITAS rpfpantoja@hotmail.com DEMOCRÁTICA NO ENSINO PÚBLICO RESUMO: Este artigo aborda o Projeto político pedagógico e também

Leia mais

Construção, desconstrução e reconstrução do ídolo: discurso, imaginário e mídia

Construção, desconstrução e reconstrução do ídolo: discurso, imaginário e mídia Construção, desconstrução e reconstrução do ídolo: discurso, imaginário e mídia Hulda Gomides OLIVEIRA. Elza Kioko Nakayama Nenoki do COUTO. Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Letras. huldinha_net@hotmail.com

Leia mais

29º Seminário de Extensão Universitária da Região Sul A CIDADE E UMA UNIVERSIDADE: NARRATIVAS POSSÍVEIS

29º Seminário de Extensão Universitária da Região Sul A CIDADE E UMA UNIVERSIDADE: NARRATIVAS POSSÍVEIS A CIDADE E UMA UNIVERSIDADE: NARRATIVAS POSSÍVEIS Área temática: Preservação do Patrimônio Cultural Brasileiro Professora Drª Adriane Borda (coordenador da Ação de Extensão) Vanessa da Silva Cardoso 1,

Leia mais

Projeto Pedagógico Institucional PPI FESPSP FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL PPI

Projeto Pedagógico Institucional PPI FESPSP FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL PPI FUNDAÇÃO ESCOLA DE SOCIOLOGIA E POLÍTICA DE SÃO PAULO PROJETO PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL PPI Grupo Acadêmico Pedagógico - Agosto 2010 O Projeto Pedagógico Institucional (PPI) expressa os fundamentos filosóficos,

Leia mais

A IMPRENSA E A QUESTÃO INDÍGENA NO BRASIL

A IMPRENSA E A QUESTÃO INDÍGENA NO BRASIL FACULDADE SETE DE SETEMBRO INICIAÇÃO CIENTÍFICA CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL COM HABILITAÇÃO EM PUBLICIDADE E PROPAGANDA ALUNA: NATÁLIA DE ARAGÃO PINTO ORIENTADOR: PROF. DR. TIAGO SEIXAS THEMUDO A IMPRENSA

Leia mais

FAMÍLIA E DEPENDÊNCIA QUÍMICA. VERA LUCIA MORSELLI vmorselli@uol.com.br

FAMÍLIA E DEPENDÊNCIA QUÍMICA. VERA LUCIA MORSELLI vmorselli@uol.com.br FAMÍLIA E DEPENDÊNCIA QUÍMICA VERA LUCIA MORSELLI vmorselli@uol.com.br A Posição de Não-Saber Termo proposto por Anderson e Goolishian (1993) ao designar o profissional que desconhece como as pessoas da

Leia mais

PROJETO MEIO AMBIENTE NA SALA DE AULA

PROJETO MEIO AMBIENTE NA SALA DE AULA PROJETO MEIO AMBIENTE NA SALA DE AULA Conceito: PROJETO: -Proposta -Plano; Intento -Empreendimento -Plano Geral de Construção -Redação provisória de lei; Estatuto Referência:Minidicionário - Soares Amora

Leia mais

PROJETO MEIO AMBIENTE NA SALA DE AULA

PROJETO MEIO AMBIENTE NA SALA DE AULA PROJETO MEIO AMBIENTE NA SALA DE AULA Conceito: PROJETO: -Proposta -Plano; Intento -Empreendimento -Plano Geral de Construção -Redação provisória de lei; Estatuto Referência:Minidicionário - Soares Amora

Leia mais

FUNDAMENTOS DE MARKETING

FUNDAMENTOS DE MARKETING FUNDAMENTOS DE MARKETING Há quatro ferramentas ou elementos primários no composto de marketing: produto, preço, (ponto de) distribuição e promoção. Esses elementos, chamados de 4Ps, devem ser combinados

Leia mais

Estrutura e Metodologia da Oficina 1: Sensibilização de Agentes Multiplicadores

Estrutura e Metodologia da Oficina 1: Sensibilização de Agentes Multiplicadores Estrutura e Metodologia da Oficina 1: Sensibilização de Agentes Multiplicadores Oficina 1: Sensibilização de Agentes Multiplicadores Integração do grupo; Sensibilização para os problemas e potencialidades

Leia mais

estão de Pessoas e Inovação

estão de Pessoas e Inovação estão de Pessoas e Inovação Luiz Ildebrando Pierry Secretário Executivo Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade Prosperidade e Qualidade de vida são nossos principais objetivos Qualidade de Vida (dicas)

Leia mais

MESTRADO EM MEMÓRIA SOCIAL E BENS CULTURAIS. 1.1 Matriz Curricular Disciplinas obrigatórias

MESTRADO EM MEMÓRIA SOCIAL E BENS CULTURAIS. 1.1 Matriz Curricular Disciplinas obrigatórias MESTRADO EM MEMÓRIA SOCIAL E BENS CULTURAIS 1.1 Matriz Curricular Disciplinas obrigatórias C/H Memória Social 45 Cultura 45 Seminários de Pesquisa 45 Oficinas de Produção e Gestão Cultural 45 Orientação

Leia mais

Engenharia de Software III

Engenharia de Software III Engenharia de Software III Casos de uso http://dl.dropbox.com/u/3025380/es3/aula6.pdf (flavio.ceci@unisul.br) 09/09/2010 O que são casos de uso? Um caso de uso procura documentar as ações necessárias,

Leia mais

PRÁTICA PROFISSIONAL INTEGRADA: Uma estratégia de integração curricular

PRÁTICA PROFISSIONAL INTEGRADA: Uma estratégia de integração curricular PRÁTICA PROFISSIONAL INTEGRADA: Uma estratégia de integração curricular Daiele Zuquetto Rosa 1 Resumo: O presente trabalho objetiva socializar uma das estratégias de integração curricular em aplicação

Leia mais

SONHO BRASILEIRO // O JOVEM BOX 1824 JOVENS-PONTE

SONHO BRASILEIRO // O JOVEM BOX 1824 JOVENS-PONTE JOVENS-PONTE QUEM ESTÁ AGINDO PELO SONHO COLETIVO? Fomos em busca de jovens que estivessem de fato agindo e realizando pelo coletivo. Encontramos jovens já t r a n s f o r m a n d o, c o t i d i a n a

Leia mais

EMPREENDEDORISMO DE. Professor Victor Sotero

EMPREENDEDORISMO DE. Professor Victor Sotero EMPREENDEDORISMO DE NEGÓCIOS COM INFORMÁTICA Professor Victor Sotero 1 OBJETIVOS DA DISCIPLINA Esta disciplina apresenta uma metodologia para formação de empreendedores. Aberta e flexível, baseada em princípios

Leia mais

SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS ÀS AÇÕES DE FORMAÇÃO CONTINUADA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DO RECIFE/PE

SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS ÀS AÇÕES DE FORMAÇÃO CONTINUADA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DO RECIFE/PE SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS ÀS AÇÕES DE FORMAÇÃO CONTINUADA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DO RECIFE/PE Adriele Albertina da Silva Universidade Federal de Pernambuco, adrielealbertina18@gmail.com Nathali Gomes

Leia mais

Capítulo 2 Objetivos e benefícios de um Sistema de Informação

Capítulo 2 Objetivos e benefícios de um Sistema de Informação Capítulo 2 Objetivos e benefícios de um Sistema de Informação 2.1 OBJETIVO, FOCO E CARACTERÍSTICAS DOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO. Os Sistemas de Informação, independentemente de seu nível ou classificação,

Leia mais

ESCOLA ESTADUAL JOAQUIM GONÇALVES LEDO

ESCOLA ESTADUAL JOAQUIM GONÇALVES LEDO 1 ESCOLA ESTADUAL JOAQUIM GONÇALVES LEDO PROJETO INTERDISCIPLINAR HORTA EM GARRAFA PET: UMA ALTERNATIVA PARA A EDUCAÇÃO AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE IVINHEMA/MS - DISTRITO DE AMANDINA 2013 2 ESCOLA ESTADUAL

Leia mais

DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL

DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FNDE PROINFÂNCIA BAHIA UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA - UFBA FACULDADE DE EDUCAÇÃO - FACED DIRETRIZES CURRICULARES NACIONAIS PARA A

Leia mais

7º ano - Criação e percepção - de si, do outro e do mundo

7º ano - Criação e percepção - de si, do outro e do mundo RELATÓRIO DE ARTES 1º Semestre/2015 Turma: 7º ano Professora: Mirna Rolim Coordenação pedagógica: Maria Aparecida de Lima Leme 7º ano - Criação e percepção - de si, do outro e do mundo Sinto que o 7º ano

Leia mais

TEXTO 2. Inclusão Produtiva, SUAS e Programa Brasil Sem Miséria

TEXTO 2. Inclusão Produtiva, SUAS e Programa Brasil Sem Miséria TEXTO 2 Inclusão Produtiva, SUAS e Programa Brasil Sem Miséria Um dos eixos de atuação no Plano Brasil sem Miséria diz respeito à Inclusão Produtiva nos meios urbano e rural. A primeira está associada

Leia mais

SUA ESCOLA, NOSSA ESCOLA PROGRAMA SÍNTESE: NOVAS TECNOLOGIAS EM SALA DE AULA

SUA ESCOLA, NOSSA ESCOLA PROGRAMA SÍNTESE: NOVAS TECNOLOGIAS EM SALA DE AULA SUA ESCOLA, NOSSA ESCOLA PROGRAMA SÍNTESE: NOVAS TECNOLOGIAS EM SALA DE AULA Resumo: O programa traz uma síntese das questões desenvolvidas por programas anteriores que refletem sobre o uso de tecnologias

Leia mais

Formação: o Bacharel em Sistemas de Informações (SI); o MBA em Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC).

Formação: o Bacharel em Sistemas de Informações (SI); o MBA em Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC). DOCENTE PROFESSOR CELSO CANDIDO Formação: o Bacharel em Sistemas de Informações (SI); o MBA em Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC). Conhecimentos: o Web Designer; o Arquitetura de Máquina; o Implementação

Leia mais

Vendas - Cursos. Curso Completo de Treinamento em Vendas com Eduardo Botelho - 15 DVDs

Vendas - Cursos. Curso Completo de Treinamento em Vendas com Eduardo Botelho - 15 DVDs Vendas - Cursos Curso Completo de Treinamento em Vendas com - 15 DVDs O DA VENDA Esta palestra mostra de maneira simples e direta como planejar o seu trabalho e, também, os seus objetivos pessoais. Através

Leia mais

Arquitetura dos ambientes de saúde

Arquitetura dos ambientes de saúde Arquitetura dos ambientes de saúde Todos os olhares do ambiente de saúde A palavra arquitetura não traduz a dimensão do que produzimos nessa área. Nosso trabalho vai além da planta. Aqui, são os fluxos

Leia mais

1. Quem somos nós? A AGI Soluções nasceu em Belo Horizonte (BH), com a simples missão de entregar serviços de TI de forma rápida e com alta qualidade.

1. Quem somos nós? A AGI Soluções nasceu em Belo Horizonte (BH), com a simples missão de entregar serviços de TI de forma rápida e com alta qualidade. 1. Quem somos nós? A AGI Soluções nasceu em Belo Horizonte (BH), com a simples missão de entregar serviços de TI de forma rápida e com alta qualidade. Todos nós da AGI Soluções trabalhamos durante anos

Leia mais

COMO ENGAJAR UM FUNCIONÁRIO NO PRIMEIRO DIA DE TRABALHO?

COMO ENGAJAR UM FUNCIONÁRIO NO PRIMEIRO DIA DE TRABALHO? COMO ENGAJAR UM FUNCIONÁRIO NO PRIMEIRO DIA DE TRABALHO? COMO ENGAJAR UM FUNCIONÁRIO NO PRIMEIRO DIA DE TRABALHO? Engajar funcionários é conseguir envolver as pessoas em um mesmo propósito que a empresa

Leia mais

ASSESSORIA DE IMPRENSA 1 Felipe Plá Bastos 2

ASSESSORIA DE IMPRENSA 1 Felipe Plá Bastos 2 ASSESSORIA DE IMPRENSA 1 Felipe Plá Bastos 2 RESUMO: O presente trabalho tem como objetivo saber como é desenvolvido o trabalho de Assessoria de Imprensa, sendo um meio dentro da comunicação que através

Leia mais

www.startercomunicacao.com startercomunic@gmail.com

www.startercomunicacao.com startercomunic@gmail.com 7 DICAS IMPERDÍVEIS QUE TODO COACH DEVE SABER PARA CONQUISTAR MAIS CLIENTES www.startercomunicacao.com startercomunic@gmail.com As 7 dicas imperdíveis 1 2 3 Identificando seu público Abordagem adequada

Leia mais

universidade de Santa Cruz do Sul Faculdade de Serviço Social Pesquisa em Serviço Social I

universidade de Santa Cruz do Sul Faculdade de Serviço Social Pesquisa em Serviço Social I universidade de Santa Cruz do Sul Faculdade de Serviço Social Pesquisa em Serviço Social I ELABORAÇÃO DO PROJETO DE PESQUISA: a escolha do tema. Delimitação, justificativa e reflexões a cerca do tema.

Leia mais

O desafio do choque de gerações dentro das empresas

O desafio do choque de gerações dentro das empresas O desafio do choque de gerações dentro das empresas Sabe aquele choque de gerações que você vê na sua casa, quando a sua mãe simplesmente não consegue ligar um DVD ou mandar um email no computador? Pois

Leia mais

Disciplina: Didática do Ensino Superior Docentes: Silvana Ferreira e Rina

Disciplina: Didática do Ensino Superior Docentes: Silvana Ferreira e Rina PÓS Disciplina: Didática do Ensino Superior Docentes: Silvana Ferreira e Rina Discentes: Bruno Lima, Daniela Bulcão, Erick Farias, Isabela Araújo, Rosieane Mércia e Válber Teixeira Salvador, 04 de julho

Leia mais

A INTERNET COMPLETOU 20 ANOS DE BRASIL EM 2015.

A INTERNET COMPLETOU 20 ANOS DE BRASIL EM 2015. A INTERNET COMPLETOU 20 ANOS DE BRASIL EM 2015. Isso nos permite afirmar que todas as pessoas nascidas após 1995 são consideradas NATIVAS DIGITAIS, ou seja, quando chegaram ao mundo, a internet já existia.

Leia mais

Marcello Chamusca Márcia Carvalhal. Públicos Híbridos em Relações Públicas Marcello Chamusca Márcia Carvalhal

Marcello Chamusca Márcia Carvalhal. Públicos Híbridos em Relações Públicas Marcello Chamusca Márcia Carvalhal Marcello Chamusca Márcia Carvalhal Públicos híbridos Tipologia das organizações com base no seu nível de envolvimento com as mídias pós-massivas A hipótese das três palavras-chave Contextualização - Inserção

Leia mais

A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ESCOLA PERMEIA MUDANÇAS DE ATITUDES NA SOCIEDADE

A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ESCOLA PERMEIA MUDANÇAS DE ATITUDES NA SOCIEDADE A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ESCOLA PERMEIA MUDANÇAS DE ATITUDES NA SOCIEDADE INTRODUÇÃO José Izael Fernandes da Paz UEPB joseizaelpb@hotmail.com Esse trabalho tem um propósito particular pertinente de abrir

Leia mais

Princípios, valores e iniciativas de mobilização comunitária. Território do Bem - Vitória/ES

Princípios, valores e iniciativas de mobilização comunitária. Território do Bem - Vitória/ES Princípios, valores e iniciativas de mobilização comunitária. Território do Bem - Vitória/ES O Ateliê de Idéias é uma organização social, sem fins lucrativos, fundada em 2003, que tem como missão desenvolver

Leia mais

Nesta IV edição o Encontro nacional de Juventude e Meio Ambiente vêm contribuir,

Nesta IV edição o Encontro nacional de Juventude e Meio Ambiente vêm contribuir, Introdução O IV Encontro Nacional de Juventude e Meio Ambiente é uma continuidade do processo de fortalecimento dos Movimentos de Juventude e Meio Ambiente que ocorre desde 2003. Em suas edições anteriores

Leia mais

PROJETO DE LEITURA E ESCRITA LEITURA NA PONTA DA LÍNGUA E ESCRITA NA PONTA DO LÁPIS

PROJETO DE LEITURA E ESCRITA LEITURA NA PONTA DA LÍNGUA E ESCRITA NA PONTA DO LÁPIS PROJETO DE LEITURA E ESCRITA LEITURA NA PONTA DA LÍNGUA E ESCRITA NA PONTA DO LÁPIS A língua é um sistema que se estrutura no uso e para o uso, escrito e falado, sempre contextualizado. (Autor desconhecido)

Leia mais

44% 56% 67.896 respostas no Brasil. 111.432 respostas na América Latina. 0,5% Margem de erro. Metodologia e Perfil. homens.

44% 56% 67.896 respostas no Brasil. 111.432 respostas na América Latina. 0,5% Margem de erro. Metodologia e Perfil. homens. Brasil A pesquisa em 2015 Metodologia e Perfil 111.432 respostas na América Latina 44% homens 67.896 respostas no Brasil 0,5% Margem de erro 56% mulheres * A pesquisa no Uruguai ainda está em fase de coleta

Leia mais

EDUCAÇÃO E CIDADANIA: OFICINAS DE DIREITOS HUMANOS COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NA ESCOLA

EDUCAÇÃO E CIDADANIA: OFICINAS DE DIREITOS HUMANOS COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NA ESCOLA EDUCAÇÃO E CIDADANIA: OFICINAS DE DIREITOS HUMANOS COM CRIANÇAS E ADOLESCENTES NA ESCOLA Autores: FIGUEIREDO 1, Maria do Amparo Caetano de LIMA 2, Luana Rodrigues de LIMA 3, Thalita Silva Centro de Educação/

Leia mais

Educação para a Cidadania linhas orientadoras

Educação para a Cidadania linhas orientadoras Educação para a Cidadania linhas orientadoras A prática da cidadania constitui um processo participado, individual e coletivo, que apela à reflexão e à ação sobre os problemas sentidos por cada um e pela

Leia mais

Plan International e IIDAC com recursos do Fundo União Europeia

Plan International e IIDAC com recursos do Fundo União Europeia INSTITUTO INTERNACIONAL PARA O DESENVOLVIMENTO DA CIDADANIA TERMO DE REFERÊNCIA No. 012/2015 PARA CONTRATAÇÃO DE PESSOA FÍSICA/JURÍDICA CONSULTOR POR PRODUTO 1. PROJETO Pontes para o Futuro 2. RECURSOS

Leia mais

COMO ENVIAR AS CONTRIBUIÇÕES?

COMO ENVIAR AS CONTRIBUIÇÕES? FORMULÁRIO PARA ENVIO DE CONTRIBUIÇÃO AO APERFEIÇOAMENTO DO TEXTO DA PROPOSTA DE PROJETO DE LEI QUE ALTERA, REVOGA E ACRESCE DISPOSITIVOS DÀ LEI Nº 8.159, DE 1991, QUE DISPÕE SOBRE A POLÍTICA NACIONAL

Leia mais

A Arquivologia como campo de pesquisa: desafios e perspectivas. José Maria Jardim Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO

A Arquivologia como campo de pesquisa: desafios e perspectivas. José Maria Jardim Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO A Arquivologia como campo de pesquisa: desafios e perspectivas José Maria Jardim Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO A indissociabilidade entre ensino/produção/difusão do conhecimento

Leia mais

Pais, avós, parentes, adultos, professores, enfim, educadores de forma geral.

Pais, avós, parentes, adultos, professores, enfim, educadores de forma geral. Entre os dias 30 de agosto e 6 de setembro de 2014, a PUC Minas no São Gabriel realiza a VI Semana de Ciência, Arte e Política, com a temática Cidades Aqui tem gente? Dentro da programação, a SCAP Lá e

Leia mais

Apresentações Impactantes e Atractivas! 28 de Abril

Apresentações Impactantes e Atractivas! 28 de Abril EXPRESS SESSIONS CURTAS, EXPERIENCIAIS ENERGIZANTES! As Express Sessions são cursos intensivos (120 minutos) e altamente práticos e experienciais, focados em competências comportamentais específicas, desenvolvidos

Leia mais

CAIXAS DE MEMÓRIAS. O que guarda o Centro de Arte Moderna? Quem pensa e faz obras de arte? escultor. Sobre o que nos fala uma obra de arte?

CAIXAS DE MEMÓRIAS. O que guarda o Centro de Arte Moderna? Quem pensa e faz obras de arte? escultor. Sobre o que nos fala uma obra de arte? CAIXAS DE MEMÓRIAS No CAM existem muitas obras de arte, cheias de ideias e histórias para nos contar, tantas que nem sempre nos conseguimos lembrar de todas... a não ser que elas se transformem em memórias!

Leia mais