O PAPEL DAS POLÍTICAS SOCIAIS SUJEITAS A CONDIÇÕES DE RECURSOS NO COMBATE À POBREZA DAS CRIANÇAS E DOS IDOSOS EM PORTUGAL

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1 Centro de Investigação Sobre Economia Portuguesa O PAPEL DAS POLÍTICAS SOCIAIS SUJEITAS A CONDIÇÕES DE RECURSOS NO COMBATE À POBREZA DAS CRIANÇAS E DOS IDOSOS EM PORTUGAL Equipa de Investigação Carlos Farinha Rodrigues (coord.) Rita Fernandes Rita Figueiras Vítor Junqueira Lisboa, Setembro 2008

2 ÍNDICE 1 INTRODUÇÃO OBJECTIVOS E METODOLOGIA DE ANÁLISE CARACTERIZAÇÃO DA SITUAÇÃO DE POBREZA E PRINCIPAIS MEDIDAS DE POLÍTICA SOCIAL SUJEITAS A CONDIÇÃO DE RECURSOS CARACTERIZAÇÃO DA SITUAÇÃO DE POBREZA POBREZA INFANTIL E MEDIDAS DE POLÍTICA POBREZA INFANTIL POLÍTICAS DIRIGIDAS ÀS CRIANÇAS POBREZA NOS IDOSOS E MEDIDAS DE POLÍTICA POBREZA NOS IDOSOS POLÍTICAS DIRIGIDAS AOS IDOSOS SIMULAÇÃO DOS IMPACTOS DAS MEDIDAS POLÍTICAS SIMULAÇÃO DE POLÍTICAS, METODOLOGIA E PRINCÍPIOS GERAIS SIMULAÇÃO DOS EFEITOS REDISTRIBUTIVOS DA PENSÃO SOCIAL DE VELHICE Apuramento dos recursos Fluxos SIMULAÇÃO DOS EFEITOS REDISTRIBUTIVOS DO COMPLEMENTO SOLIDÁRIO PARA IDOSOS Apuramento de recursos Fluxos SIMULAÇÃO DOS EFEITOS REDISTRIBUTIVOS DO ABONO DE FAMÍLIA PARA CRIANÇAS E JOVENS Apuramento de recursos Agregado familiar no Abono Fluxos SIMULAÇÃO DE MEDIDAS DE POLÍTICA ALTERNATIVAS POLÍTICAS DIRIGIDAS ÀS CRIANÇAS POLÍTICAS DIRIGIDAS AOS IDOSOS CONCLUSÃO COMPILAÇÃO DE INFORMAÇÃO SOBRE A POBREZA INFANTIL E DOS IDOSOS INFORMAÇÃO ESTATÍSTICA FONTES ESTATÍSTICAS DE BASE INDICADORES EUROPEUS SOBRE POBREZA E DESIGUALDADE INDICADORES DE DESIGUALDADE LEGISLAÇÃO Extractos da legislação relevante para as simulações OUTRAS POLITICAS DE APOIO ÀS CRIANÇAS E IDOSOS BIBLIOGRAFIA

3 QUADROS QUADRO 3. 1 DESPESA EM PROTECÇÃO SOCIAL, EM % DO PIB, QUADRO 3. 2 RISCO DE POBREZA NA POPULAÇÃO TOTAL E NAS CRIANÇAS, QUADRO 3. 3 RISCO DE POBREZA POR TIPO DE AGREGADOS FAMILIARES COM E SEM CRIANÇAS, QUADRO 3. 4 RISCO DE POBREZA NA POPULAÇÃO TOTAL E NOS IDOSOS, QUADRO 3. 5 RÁCIO DE RENDIMENTO MEDIANO EQUIVALENTE RELATIVO, IDOSOS (65 E MAIS ANOS) FACE A INDIVÍDUOS COM MENOS DE 65 ANOS, QUADRO LINHA DE POBREZA, QUADRO RISCO DE POBREZA NA POPULAÇÃO TOTAL, QUADRO RISCO DE POBREZA NAS CRIANÇAS POR ESCALÃO ETÁRIO, QUADRO RISCO DE POBREZA NOS IDOSOS POR ESCALÃO ETÁRIO, QUADRO RISCO DE POBREZA POR TIPO DE AGREGADO SEM CRIANÇAS DEPENDENTES, QUADRO RISCO DE POBREZA POR TIPO DE AGREGADO COM CRIANÇAS DEPENDENTES, QUADRO RISCO DE POBREZA, EM FUNÇÃO DA INTENSIDADE DE TRABALHO DO RESPECTIVO AGREGADO, QUADRO RISCO DE POBREZA NAS CRIANÇAS, EM FUNÇÃO DA INTENSIDADE DE TRABALHO DO RESPECTIVO AGREGADO, QUADRO RISCO DE POBREZA NOS IDOSOS, EM FUNÇÃO DA INTENSIDADE DE TRABALHO DO RESPECTIVO AGREGADO, QUADRO RISCO DE POBREZA PERSISTENTE POR GRUPO ETÁRIO, QUADRO RISCO DE POBREZA NA POPULAÇÃO ANTES DE TRANSFERÊNCIAS SOCIAIS, QUADRO RISCO DE POBREZA NAS CRIANÇAS ANTES DE TRANSFERÊNCIAS SOCIAIS, QUADRO RISCO DE POBREZA NOS IDOSOS ANTES DE TRANSFERÊNCIAS SOCIAIS, QUADRO INTENSIDADE DE POBREZA, QUADRO INTENSIDADE DE POBREZA NAS CRIANÇAS, QUADRO INTENSIDADE DE POBREZA NOS IDOSOS, QUADRO DISTRIBUIÇÃO DO RENDIMENTO POR DECIS (MÉDIA), QUADRO DISTRIBUIÇÃO DO RENDIMENTO POR DECIS (CUT-OFF), QUADRO DISTRIBUIÇÃO DO RENDIMENTO POR DECIS (SHARE), QUADRO RÁCIO INTERQUINTIS, QUADRO COEFICIENTE DE GINI,

4 GRÁFICOS GRÁFICO 1 - RISCO DE POBREZA POR TIPO DE AGREGADO E INTENSIDADE DE TRABALHO, 2006, PORTUGAL 14 GRÁFICO 2 - RISCO DE POBREZA INFANTIL ANTES E DEPOIS DE TRANSFERÊNCIAS SOCIAIS (EXCLUINDO PENSÕES), GRÁFICO 3 - RELATIVE MEDIAN AT-RISK-OF-POVERTY GAP DA POPULAÇÃO TOTAL E DAS CRIANÇAS, GRÁFICO 4 - RISCO DE POBREZA NOS IDOSOS ANTES E DEPOIS DE TRANSFERÊNCIAS SOCIAIS, GRÁFICO 5 - RISCO DE POBREZA NOS IDOSOS COM 75 E MAIS ANOS DE IDADE, GRÁFICO 6 - RISCO DE POBREZA NA POPULAÇÃO TOTAL E NOS IDOSOS EM PORTUGAL, POR SEXO, GRÁFICO 7 - RISCO DE POBREZA EM DOIS TIPOS DE AGREGADOS FAMILIARES COM IDOSOS, GRÁFICO 8 - RISCO DE POBREZA NOS IDOSOS, EMPREGADOS OU REFORMADOS, GRÁFICO 9 - RISCO DE POBREZA NOS IDOSOS INSERIDOS EM AGREGADOS SEM CRIANÇAS DEPENDENTES, DE ACORDO COM A INTENSIDADE DE TRABALHO NO AGREGADO, GRÁFICO 10 - RISCO DE POBREZA NOS IDOSOS, POR NÍVEL DE HABILITAÇÕES LITERÁRIAS, GRÁFICO 11 - RELATIVE MEDIAN AT-RISK-OF-POVERTY GAP DA POPULAÇÃO TOTAL E DOS IDOSOS,

5 1 INTRODUÇÃO Os estudos sobre Pobreza em Portugal têm sido fundamentais para a consolidação do reconhecimento político do problema, tendo dado origem à definição de uma estratégia de política inclusivas e de combate à pobreza. Datam do início da década de 90 os primeiros programas de luta contra a pobreza a nível nacional. No entanto, é na Cimeira de Lisboa em Março de 2000 que Portugal e os restantes Estados membros da União Europeia (UE) assumiram o compromisso de produzir um impacto decisivo na erradicação da pobreza até O compromisso assumido tem vindo a ser reafirmado em Conselhos Europeus posteriores. No contexto actual e para os próximos anos, o Plano Nacional de Acção para a Inclusão (PNAI), o qual materializa a estratégia nacional de inclusão social, estabelece como uma das três grandes prioridades políticas combater a pobreza das crianças e dos idosos, através de medidas que assegurem os seus direitos básicos de cidadania. A incidência da pobreza monetária revela que as crianças e as pessoas idosas são dois dos grupos mais vulneráveis a situações de pobreza, respectivamente 21 por cento e 26 por cento eram pobres em 2006 (face a 18 por cento da população total). Significa que cerca de 419 mil crianças e 481 mil idosos viviam abaixo de 60 por cento do rendimento equivalente mediano (4386 /ano). Apesar da ligeira diminuição da incidência de pobreza para ambos os grupos, o risco de pobreza é ainda bastante elevado, particularmente no contexto da União Europeia (19 por cento em 2006). A persistência da situação de risco para as crianças e para os idosos é também claramente superior à nacional. Dados de 2001 mostram que 22 por cento das crianças e 24 por cento dos idosos (face a 15 cento para a população em geral) eram pobres nesse ano e em pelo menos dois dos três anos anteriores. No entanto, tem sido visível uma ligeira melhoria, à qual não é alheia a introdução de um conjunto de novas medidas e metodologias de intervenção com um papel significativo na articulação e no reforço das dinâmicas de inclusão. A avaliação do impacto da intervenção estatal sobre a pobreza das crianças e dos idosos é uma tarefa complexa, na medida em que existem diversas medidas de política social e fiscal que influenciam o bem-estar dos indivíduos e dos agregados familiares. Ainda assim, analisando o impacto no risco de pobreza infantil, recorrendo apenas às prestações familiares existentes, estas transferências (à excepção de pensões) reduzem a incidência de pobreza infantil, passando o risco de pobreza de 28 por cento para 21 por cento (em 2006). No que se refere ao impacto das transferências sociais (à excepção das pensões) no risco de pobreza dos idosos, a redução é de 16 por cento em Apesar de nos últimos anos se terem desenvolvido vários estudos em torno da pobreza infantil e da pobreza dos idosos, é necessário actualizar e aprofundar a análise de ambos os fenómenos para intervir de forma antecipada, prevenindo o aparecimento de novas situações de pobreza e evitando o agravamento de outras. 5

6 O facto deste conhecimento estar a ser requisitado no quadro nacional e do processo europeu para a inclusão constitui motivação primordial deste estudo. Espera-se que este estudo contribua para o aprofundamento do conhecimento dos fenómenos da pobreza infantil e da pobreza dos idosos e sobretudo que permita a reflexão em torno das medidas de política actuais de combate à pobreza no sentido do seu reconhecimento, reformulação ou desenho de novas políticas adequadas à realidade. Nas crianças, as medidas de política actuais traduzem-se no reforço da protecção social, por um lado, através da componente monetária, nomeadamente por via das prestações familiares, em que ocorre a discriminação positiva das famílias com menos recursos e, por outro lado, através do reforço do investimento e qualificação das respostas existentes ao nível de equipamentos e serviços. No combate à pobreza nas crianças assumem ainda particular destaque as medidas no âmbito do sistema educativo, bem como as intervenções no sentido de promover a inserção profissional de grupos desfavorecidos, no quadro das políticas activas de emprego e formação profissional. Nos idosos, os baixos recursos financeiros têm sido identificados como o principal factor de pobreza dos idosos. Daí que as medidas de política presentes procurem reforçar a componente monetária dessa população. Além disso, procura-se reforçar e consolidar a rede de equipamentos e serviços no sentido de dar resposta às necessidades actuais, privilegiando-se respostas que permitam aos idosos permanecer no seu meio natural de vida, bem como respostas às crescentes situações de dependência. Este estudo centra-se na simulação e avaliação de impacto de medidas de política sujeitas a condições de recursos, designadamente o Abono de Família para Crianças e Jovens direccionada às crianças e o Complemento Solidário para Idosos (CSI), bem como a Pensão Social de Velhice dirigida aos idosos. Desta forma, espera-se ganhar conhecimento relevante para servir de base às estratégias de intervenção actuais e futuras dirigidas às crianças e aos idosos. O presente Relatório apresenta, no ponto 2, os objectivos e a metodologia de análise. No ponto 3, faz-se uma caracterização da pobreza infantil e dos idosos e analisa-se o papel das medidas de política dirigidas aos mesmos, com a descrição das principais políticas sujeitas a condições de recursos. No ponto seguinte, simula-se o impacto dessas políticas na redução da pobreza. No ponto 5, apresentam-se testes de medidas de política alternativas às actuais e a análise dos seus efeitos ao nível da redução da pobreza. No ponto 6, são traçadas as principais conclusões. Por último no ponto 7 disponibiliza-se uma compilação de informação estatística e legislativa sobre a pobreza infantil e dos idosos. 6

7 2 OBJECTIVOS E METODOLOGIA DE ANÁLISE O relatório O Papel das Políticas Sociais Sujeitas a Condições de Recursos no Combate à Pobreza das Crianças e dos Idosos em Portugal tem como objectivos principais: A caracterização da situação de pobreza das crianças e dos idosos e o conhecimento da evolução dos níveis de pobreza, a partir de diferentes perspectivas. É sabido, por exemplo, que, apesar de o risco de pobreza nos idosos ser o mais elevado, a intensidade da pobreza é habitualmente a menor neste grupo etário, fruto das garantias de um patamar de rendimentos oferecidas por um sistema de pensões. Nesse sentido, importa apoiar a caracterização da situação de pobreza com base em indicadores complementares. O desenvolvimento de metodologias com vista à simulação de impactos das medidas de política social sujeitas a condições de recursos e dirigidas às crianças e aos idosos; A elaboração de testes de políticas alternativas dirigidas às crianças e aos idosos e a análise do respectivo impacto ao nível da pobreza, com particular relevo na aferição de critérios de eficácia e eficiência. Além destes objectivos, a realização deste trabalho permitirá ainda uma sistematização de fontes de informação assentes em bases de microdados e dados administrativos. A caracterização da situação de pobreza das crianças e dos idosos e o conhecimento da evolução dos níveis de pobreza tem por base o EU-SILC (Statistics on Income and Living Conditions), cuja correspondência a nível nacional e acrónimo Português é Inquérito às Condições de Vida e Rendimento (ICOR) realizado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). A análise é efectuada para o ano de 2006, sendo os rendimentos dos agregados referentes a As fontes referidas são utilizadas igualmente para a simulação de impactos das medidas de política social e para a elaboração de testes de políticas alternativas dirigidas às crianças e aos idosos. Recorre-se às mesmas para a análise do impacto ao nível da incidência, intensidade e severidade da pobreza, bem como em termos de eficiência e eficácia. O ano a utilizar para o estudo será Para uma análise de carácter temporal, e sempre que se justifique, recorre-se não só ao EU- SILC 2004 a 2006 como também à fonte de informação existente anteriormente, designadamente a informação com base no Painel Europeu de Agregados Domésticos Privados (PEADP) realizado pelo INE para o ano de Este período de tempo permitirá observar o impacto da passagem do sistema de universalidade do direito ao abono de família para um sistema de não universalidade. 7

8 Em determinadas situações, em virtude de características associadas às medidas de política que serão alvo de análise, recorre-se a dados administrativos relacionados com as prestações sociais, com o propósito de afinar os mecanismos de simulação. Adicionalmente, pretende-se realizar um inquérito junto de actuais beneficiários do Complemento Solidário para Idosos (CSI) e de potenciais requerentes do mesmo, com o objectivo de medir o impacto da prestação junto dos que a requereram, bem como aferir os motivos que levaram outros potenciais beneficiários a não requererem o apoio. 8

9 3 CARACTERIZAÇÃO DA SITUAÇÃO DE POBREZA E PRINCIPAIS MEDIDAS DE POLÍTICA SOCIAL SUJEITAS A CONDIÇÃO DE RECURSOS 3.1 CARACTERIZAÇÃO DA SITUAÇÃO DE POBREZA A pobreza assume formas complexas e multidimensionais, associadas aos rendimentos, condições de vida, acesso a serviços de saúde, educação e oportunidades de emprego. Não obstante a importância que estas dimensões assumem na avaliação das condições de vida dos indivíduos e na pobreza, este trabalho privilegiará uma análise do fenómeno que recorre à utilização dos recursos monetários para a sua medição. Na verdade, a compreensão dos níveis de pobreza monetária dos indivíduos permite complementar fortemente o conhecimento sobre a vulnerabilidade económica da população. Os indivíduos que não conseguem satisfazer as necessidades de bem-estar padrão, da sociedade em que se inserem, motivado pela escassez de recursos monetários, encontram-se em situação de pobreza monetária. Tradicionalmente, a medição da pobreza monetária recorre a um limiar que estabelece o nível monetário abaixo do qual os indivíduos se encontram em risco de pobreza. O limiar oficial, a que recorre o Eurostat e os vários Países-membros da União Europeia, refere-se a 60 por cento do rendimento equivalente mediano. O risco de pobreza em Portugal atingiu em 2006 cerca de 18 por cento da população portuguesa, um valor acima do encontrado para a média da UE (16 por cento), reflectindo o elevado nível relativo de pobreza da população portuguesa face aos restantes Paísesmembros da UE, mas que no entanto indicia um movimento de ligeira descida nos últimos anos. As diferenças de género na pobreza monetária não são particularmente significativas quando se observa globalmente os homens e as mulheres. Os homens manifestam um risco de pobreza de 18 por cento, em 2006, enquanto que as mulheres evidenciam um risco superior em um ponto percentual e ligeiramente acima do valor encontrado para o conjunto nacional. Porém, não quer por isto dizer que, especificidades próprias da mulher não a tornem mais vulnerável a este fenómeno. Aliás, como já afirmado, apenas se está a observar uma dimensão de bem-estar a monetária, sendo o fenómeno da pobreza muito mais complexo. É, no entanto, de notar que a média europeia aponta para um desfasamento do risco de pobreza entre homem e mulher superior, em torno de 2 pontos percentuais. Existem diferenças significativas na incidência da pobreza por grupos etários, designadamente as crianças, adultos em idade activa e idosos. O segmento mais velho da população é aquele que enfrenta um risco de pobreza mais elevado (26 por cento), sendo este indicador igualmente preocupante no caso das crianças cujo risco de pobreza era em 2006 cerca de 21 por cento. 9

10 Em termos de composição familiar os agregados constituídos por um adulto com crianças (41 por cento), os idosos a viver sós (40 por cento), e as famílias compostas por dois adultos e três ou mais crianças dependentes (38 por cento), apresentavam taxas de riscos de pobreza bastante superiores à taxa de risco para o global da população. De acordo com algumas análises efectuadas 1 aparentemente a presença de crianças no agregado familiar cujos membros estejam a trabalhar não parece alterar a incidência do risco de pobreza dos mesmos. No entanto, a presença de crianças aumenta significativamente o risco de pobreza das famílias onde os adultos não estejam a trabalhar ou onde apenas um trabalha. O carácter persistente das situações de risco de pobreza em Portugal é particularmente notório quando se analisa a percentagem de indivíduos que estando em risco de pobreza num determinado ano, também o haviam estado em dois dos três anos anteriores. Entre 1997 e 2001 é constante em cerca de 15 por cento a percentagem de indivíduos nesta situação, confirmando a natureza estrutural destas situações em Portugal (9 por cento na UE25). As mulheres, as crianças e os idosos continuam a ser dos grupos mais vulneráveis quando observados numa dinâmica do fenómeno da pobreza. Nesta perspectiva tem-se assistido a uma atenuação da persistência da pobreza monetária dos idosos e a um acentuado aumento desta situação no grupo infantil. A intensidade da pobreza monetária relative median at-risk-of poverty gap 2, enquanto indicador que reflecte o grau de desigualdade entre os mais pobres (distância dos indivíduos de rendimentos mais baixos à linha de pobreza), acompanha a tendência caracterizadora dos últimos anos. A desigualdade entre os indivíduos com maiores dificuldades monetárias agravou-se entre 2004 e 2005, para voltar a melhorar em 2006, em particular entre os homens. Grupos, por si só, mais vulneráveis, como as crianças e os idosos, apresentam uma melhoria nas divergências monetárias, entre estes dois anos. Torna-se pertinente evidenciar que a intensidade da pobreza monetária é bastante mais reduzida no grupo dos idosos, captando o poder do sistema de segurança social dirigido aos idosos, nomeadamente mediante pensões, por permitirem um rendimento mais uniforme aos idosos que se encontram em risco de pobreza monetária. O sistema de segurança social assume um papel importante na redução das desigualdades e risco de pobreza monetária. Em 2006, as transferências sociais (exceptuando as pensões) são responsáveis por um decréscimo do risco de pobreza da ordem de 7 pontos percentuais. Além do mais, é relevante notar que o risco de pobreza antes de transferências sociais (incluindo ou 1 Commission Proposal for a Draft Chapter on the Monitoring of the OMC on social protection and social inclusion Exercise (Indicators Sub Group of Social Protection Committee). 2 Na metodologia empregue pelo Eurostat, o relative median at risk-of-poverty gap representa a distância relativa entre o rendimento monetário equivalente mediano dos indivíduos que estão abaixo da linha de pobreza (60 por cento do rendimento equivalente mediano) e a própria linha de pobreza, expressa em percentagem da linha de pobreza. 10

11 não pensões) registado em Portugal é muito próximo do estimado para a média europeia a 25 países. Este ponto vem constatar o menor efeito das prestações sociais do sistema Português no combate à pobreza, por comparação à maioria dos países europeus. No conjunto das pessoas em situação de pobreza, as crianças representam em 2006 cerca de 21 por cento, sendo que 24 por cento tem mais de 65 anos. Os principais factores de pobreza nestas categorias exigem abordagens diversas e medidas de políticas direccionadas, pelo que o estudo aqui desenvolvido procurará simular o grau de eficácia das políticas, entretanto no terreno, para fazer face à pobreza destes indivíduos. A informação mais recente demonstra um aumento das despesas com protecção social, sendo que no caso dos benefícios sujeitos a condição de recursos, Portugal apresenta recentemente valores idênticos aos apresentados pela média da UE27. Quadro 3. 1 Despesa em protecção social, em % do PIB, Fonte: Eurostat, European System of integrated Social Protection Statistics (ESSPROS) [Data visualização: Julho 2008]. 3.2 POBREZA INFANTIL E MEDIDAS DE POLÍTICA POBREZA INFANTIL Caracterização da pobreza monetária nas crianças A incidência da pobreza monetária infantil (0-17 anos de idade) revela-se uma característica comum entre os 25 membros da União Europeia, apresentando-se as crianças como um dos 11

12 grupos mais vulneráveis à pobreza. Em 2006, e segundo dados do EU-SILC, o risco de pobreza nas crianças é de 19 por cento, face aos 16 por cento da população total. Curiosamente a diferença entre ambos os valores para a realidade Portuguesa é exactamente igual (3 pontos percentuais), mas com valores superiores, respectivamente 21 e 18 por cento. Significa que, em Portugal cerca de 419 mil crianças viviam abaixo de 60 por cento do rendimento equivalente mediano (4386 /ano). Ao efectuar uma análise longitudinal para os dados nacionais constata-se que, apesar de ainda superior ao valor nacional, se assistiu à diminuição da incidência de pobreza nas crianças 3. Quadro 3. 2 Risco de pobreza na população total e nas crianças, Fonte: Eurostat, Statistics of Income and Living Conditions (EU-SILC) [Data visualização: Julho 2008] Para melhor caracterizar este grupo interessa perceber qual a tipologia de agregados que apresenta maior vulnerabilidade face ao risco de pobreza. Em termos globais, para Portugal, não se evidencia muita diferença em termos de risco de pobreza entre agregados com e sem crianças face ao valor total da população (18 e 19 por cento contra 18 por cento, respectivamente). No que respeita os agregados formados por uma só pessoa, o risco aumenta consideravelmente situando-se nos 35 por cento em situação de isolado e nos 41 por cento quando existe pelo menos uma criança a cargo. Ambos os valores muito acima quer no nível nacional, quer no nível da União Europeia, apesar de apresentarem a mesma tendência de subida face ao total da população. Quando se subdivide em maior detalhe os agregados com crianças, surge outro valor bastante relevante: nos agregados constituídos por duas pessoas e três ou mais crianças dependentes, 3 Os dados anteriores a 2003 foram calculados utilizando um conceito de criança que compreendia idades dos 0+ aos 16 anos, diferente daquele utilizado no EU-SILC (0+ aos 17 anos). 12

13 o risco de pobreza situa-se nos 38 por cento, mais do dobro do valor da população total e também superior aos 24 por cento da UE. Quadro 3. 3 Risco de pobreza por tipo de agregados familiares com e sem crianças, 2006 Fonte: Eurostat, Statistics of Income and Living Conditions (EU-SILC) [Data visualização: Julho 2008] O risco de pobreza associado à situação dos agregados com crianças no mercado de trabalho, é outro indicador que permite aferir sobre a vulnerabilidade das crianças a situações de pobreza. O risco de pobreza por tipo de agregado e intensidade de trabalho indica a percentagem de indivíduos (0+ anos) com rendimento monetário equivalente (após transferências sociais) inferior à linha de pobreza por diferentes categorias de intensidade de trabalho do agregado familiar. A intensidade de trabalho refere-se ao número de meses de trabalho de todos os membros do agregado em idade activa durante o ano de referência do rendimento, em proporção do total de meses de trabalho que teoricamente existiriam dentro do agregado. As categorias de intensidade do trabalho variam entre WI=0 (agregado que não trabalha) e WI=1 (intensidade de trabalho completa) 4. Os valores Portugueses seja em agregados com crianças, seja sem crianças não se afastam muito daqueles registados para a União Europeia a 25. Excepção feita para a situação limite dos agregados que não trabalham e que têm crianças dependentes, cujos valores são de 62 por cento para a UE25 e de 74 por cento para Portugal. No caso em que os agregados não têm crianças dependentes a diferença é de três pontos percentuais, 30 e 33 por cento, respectivamente. 4 A intensidade de trabalho no agregado toma o valor 0 quando nenhum dos elementos que constituem este trabalhou no ano de referência e 1 quando todos trabalharam durante o ano inteiro. Se apenas parte do agregado trabalhou durante o ano ou se parte ou a totalidade dos membros trabalharam em menos num período inferior aos doze meses em análise, a intensidade toma um valor entre 0 e 1. 13

14 Contudo, se a análise for efectuada da perspectiva nacional e comparando o risco de pobreza entre os diferentes tipos de agregado outras ilações enfatizam a problemática da pobreza associada aos agregados com crianças dependentes. No caso em que nenhum membro do agregado trabalha e existem crianças o risco de pobreza atinge os 74 por cento contra 33 por cento quando o agregado está nas mesmas condições de trabalho, mas não tem crianças a cargo. Quando se está perante uma intensidade de trabalho entre 0 e 0,5, a diferença entre o tipo de agregados e a sua relação com o risco de pobreza é na ordem dos 20 pontos percentuais, sendo os agregados com crianças aqueles que apresentam o risco mais elevado. A tendência é para este risco descer e se aproximar entre o tipo de agregados conforme a intensidade de trabalho dos agregados se vai elevando, permitindo criar situações mais confortáveis e de maior bem-estar. Gráfico 1 - Risco de pobreza por tipo de agregado e intensidade de trabalho, 2006, Portugal 5 % Agregados sem crianças Agregados com crianças WI=0 0<WI<0,5 0,5<WI<1 WI=1 Fonte: Eurostat, Statistics of Income and Living Conditions (EU-SILC) [Data visualização: Julho 2008] Na caracterização geral da pobreza infantil é interessante perceber qual o impacto das medidas de política social que têm vindo a ser implementadas ao longo dos anos. O Abono de Família para Crianças e Jovens é um exemplo disso e será objecto de estudo de simulação e análise mais aprofundada posteriormente neste trabalho. Assim, recorrendo às prestações familiares e ao papel que desempenham na redução da pobreza antes e depois de serem contempladas pode-se afirmar que a sua função é importante dado que: quando estas são excluídas do rendimento (juntamente com as pensões) o risco de 5 Significado de WI: denominação inglesa para as palavras intensidade do trabalho Work Intensity. 14

15 pobreza associado é de 28 por cento para as crianças; contudo, quando as transferências sociais são consideradas o risco de pobreza das crianças diminui para 21 por cento. Apesar deste movimento ascendente na redução do risco de pobreza das crianças, que também se reflecte para a população total e para os idosos (ver caracterização dos idosos), é importante destacar que a nível da União Europeia o efeito redutor do risco de pobreza, quando comparados os níveis antes e depois das transferências sociais, é maior. Gráfico 2 - Risco de pobreza infantil antes e depois de transferências sociais (excluindo pensões), 2006 % UE25 UE15 PT Antes de transferências sociais (pensões excluídas das prestações sociais) Depois de transferências sociais Fonte: Eurostat, Statistics of Income and Living Conditions (EU-SILC) [Data visualização: Julho 2008] Para enriquecer a análise seria interessante perceber quais as habilitações literárias dos indivíduos que compõem agregados cujo risco de pobreza seja mais elevado, no sentido de perceber qual o nível de possível influência desta variável nos níveis de pobreza. O risco de pobreza permite aferir a proporção de indivíduos cujos rendimentos por adulto equivalente são inferiores ao limiar de pobreza estabelecido. A intensidade, por seu turno, ajuda a perceber a distância desses mesmos indivíduos ao limiar. O indicador utilizado no EU- SILC é o relative median at-risk-of-poverty gap. No caso português, este indicador correspondia, em 2006, a 23 por cento para o total da população (22 por cento a nível europeu) e a 24 por cento para as crianças. Os dados do PEADP e do EU-SILC revelam uma ligeira tendência para a diminuição da intensidade da pobreza nos últimos anos, embora no caso das crianças se notem algumas oscilações. 15

16 Gráfico 3 - Relative median at-risk-of-poverty gap da população total e das crianças, 2006 % 24, , , , UE25 UE15 PT População total Crianças Fonte: Eurostat, Statistics of Income and Living Conditions (EU-SILC) [Data visualização: Julho 2008] A persistência da situação de risco para as crianças e para os idosos é também claramente superior à nacional. Dados de 2001 mostram que 22 por cento das crianças (face a 15 por cento para a população em geral) eram pobres nesse ano e em pelo menos dois dos três anos anteriores POLÍTICAS DIRIGIDAS ÀS CRIANÇAS Pretende-se neste ponto caracterizar as medidas de política sujeitas a condições de recursos dirigidas às crianças, em particular as Prestações por Encargos Familiares. Abono de Família para Crianças e Jovens e Majoração No âmbito das prestações por encargos familiares, o Abono de Família para Crianças e Jovens é uma prestação atribuída, mensalmente, para compensar os encargos familiares relacionados com o sustento e a educação das crianças e jovens. Têm direito a esta prestação, as crianças e os jovens inseridos em agregados familiares que disponham de rendimentos de referência inferiores ou iguais a 5 vezes o valor do Indexante dos Apoios Sociais (IAS) 6. Além disso, as crianças e os jovens considerados pessoas isoladas têm igualmente direito a esta prestação desde que cumpram as seguintes condições: (i) nascimento com vida; (ii) não exercício de actividade laboral; (iii) verifiquem determinados limites de idade. 6 A Lei n.º 53-B/2006, de 29 de Dezembro estabelece o IAS que substitui a Retribuição Mínima Mensal Garantida (RMMG), enquanto referencial para efeitos de fixação, cálculo e actualização de prestações sociais. 16

17 O Abono de Família é atribuído às crianças menores de 16 anos ou com idade entre os 16 e os 18 anos, desde que estejam matriculados no ensino básico, em curso equivalente ou de nível subsequente, bem como estejam a frequentar estágio de fim de curso obrigatório. Garante-se também aos jovens dos 18 aos 21 anos e dos 21 aos 24 anos, desde que estejam nas condições anteriormente referidas. Constitui também um direito dos jovens até aos 24 anos, no caso de crianças ou jovens portadores de deficiência com direitos a prestações por deficiência. Por último, convém referir que poderá eventualmente ser concedido um alargamento até 3 anos caso os jovens estejam a estudar no nível de ensino superior ou curso equivalente, bem como a frequentar estágio curricular indispensável à obtenção de diploma. O montante do Abono é determinado em função da idade da criança ou jovem com direito à prestação e do nível de rendimento de referência do agregado familiar em que a criança ou jovem está inserida, por sua vez agrupado em escalões indexados ao valor do IAS. A cada escalão de rendimentos de referência do agregado familiar (total de rendimentos de cada elemento desse agregado a dividir pelo número de titulares de direito ao abono inseridos nesse agregados acrescidos de um) corresponde um determinado montante. Escalões de rendimento de referência do agregado familiar Escalões Rendimentos de Referência 1º Iguais ou inferiores a 0,5 x IAS x 14 2º Superiores a 0,5 x IAS x 14 e iguais ou inferiores a 1 x IAS x 14 3º Superiores a 1 x IAS x 14 e iguais ou inferiores a 1,5 x IAS x 14 4º Superiores a 1,5 x IAS x 14 e iguais ou inferiores a 2,5 x IAS x 14 5º Superiores a 2,5 x IAS x 14 e iguais ou inferiores a 5 x IAS x 14 Fonte: O valor do IAS é estabelecido para o ano a que se referem os rendimentos do agregado familiar que estiveram na base do apuramento do rendimento de referência do mesmo agregado. Para determinar o escalão, são considerados os rendimentos ilíquidos anuais do agregado familiar auferidos no território nacional ou no estrangeiro resultantes de trabalho dependente, actividades empresariais e profissionais, capitais, rendimentos prediais, incrementos patrimoniais, pensões, prestações sociais compensatórias de perda ou inexistência de rendimentos de trabalho. Como já foi dito, o montante de Abono de Família varia consoante a idade da criança ou jovem e o nível de rendimento de referência do agregado familiar onde a criança ou jovem está inserida. Convém, no entanto, salientar que existe a possibilidade de majoração do montante 17

18 de Abono de família das crianças entre os 12 e 36 meses inseridas em famílias mais numerosas. O montante pode duplicar com o nascimento ou integração no agregado familiar de uma segunda criança ou pode triplicar com o nascimento ou integração no agregado familiar de uma terceira criança e seguintes. Além disso, existe também um montante adicional de valor igual ao do Abono de Família atribuído no mês de Setembro que visa compensar as despesas escolares das crianças com direito à prestação e que se situem no 1º escalão de rendimentos, tenham idade entre os 6 e os 16 anos, bem como estejam matriculados em estabelecimentos de ensino. Montantes de Abono de Família para Crianças e Jovens (Euros) Montantes Escalões de rendimentos Abono de família para crianças e jovens Idade <= 12 meses Idade > 12 meses Majoração do Abono de Família Agregados com 2 titulares de abono Agregados com mais de 2 titulares de abono 1º 135,84 33,96 33,96 67,92 2º 112,66 28,17 28,17 56,34 3º 89,69 25,79 25,79 51,58 4º 55,13 22,06 22,06 44,12 5º 33,09 11,03 11,03 22,06 Fonte: Além do Abono de Família para Crianças e Jovens e Majoração, interessa salientar que existem outras prestações no âmbito das prestações por encargos familiares, tais como o Abono de Família Pré-Natal e as Prestações para Crianças e Jovens com Deficiência e/ou em situação de dependência. Apesar de não serem consideradas neste estudo para efeitos de simulação e avaliação, estas prestações encontram-se descritas no Ponto

19 3.3 POBREZA NOS IDOSOS E MEDIDAS DE POLÍTICA POBREZA NOS IDOSOS Tanto no contexto nacional como no europeu, os idosos representam um dos grupos populacionais onde o risco de pobreza é mais elevado. Os dados do EU-SILC 2006 revelam que, no espaço da União Europeia a 25 membros, o risco de pobreza para os indivíduos com 65 ou mais anos de idade é de 19 por cento, ao passo que a população total enfrenta um risco inferior em três pontos percentuais. Em Portugal, apesar da evolução positiva ocorrida nos últimos anos, e sentida tanto ao nível da população total, como nos idosos, os níveis de pobreza encontram-se entre os mais elevados da União Europeia. De acordo com o EU-SILC 2006, os idosos portugueses enfrentavam um risco de pobreza na ordem dos 26 por cento, superior em oito pontos percentuais ao risco de pobreza da população total. Naturalmente, os rendimentos da população idosa são tendencialmente mais baixos que os da população em geral, mas esta diferença assume contornos mais significativos ao nível nacional. Quadro 3. 4 Risco de pobreza na população total e nos idosos, Fonte: Eurostat, Statistics of Income and Living Conditions (EU-SILC) [Data visualização: Julho 2008] 19

20 Em Portugal, o rendimento equivalente mediano dos idosos correspondia, em 2006, a cerca de 79 por cento do rendimento equivalente mediano daqueles que tinham menos de 65 anos de idade, uma proporção que era inferior em seis pontos percentuais à média europeia. Quadro 3. 5 Rácio de rendimento mediano equivalente relativo, Idosos (65 e mais anos) face a indivíduos com menos de 65 anos, Fonte: Eurostat, Statistics of Income and Living Conditions (EU-SILC) [Data visualização: Julho 2008] Seja qual for o contexto geográfico em análise, as transferências sociais desempenham um papel essencial na redução da pobreza entre a população, com particular evidência no caso dos idosos, dada a relevância das transferências sociais (em particular, as pensões) enquanto fonte de rendimento privilegiada deste grupo etário. Se forem excluídas as transferências sociais do rendimento dos indivíduos, mas mantendo as pensões, o risco de pobreza nos idosos aumenta para cerca de 31 por cento, mais cinco pontos percentuais do que o risco de pobreza estimado a partir da totalidade dos rendimentos. O impacto das pensões na redução da pobreza torna-se particularmente evidente quando adicionalmente se excluem estas do rendimento considerado. Assim, não se considerando qualquer tipo de transferências sociais no rendimento, o risco de pobreza nos idosos é de 84 por cento, sendo que ao nível europeu, este risco é ainda superior: 90 por cento. Em suma, no caso português, antes da consideração de qualquer transferência social, existiam cerca de 84 por cento de idosos em risco de pobreza, sendo que as pensões permitiam a atenuação do risco para cerca de 31 por cento, contribuindo as restantes transferências sociais para um risco final de pobreza na ordem dos 26 por cento, como se referiu acima. Apesar do panorama da pobreza monetária aferida antes de quaisquer transferências sociais ter contornos mais favoráveis no caso português que na Europa, as transferências têm no caso nacional um efeito menos eficaz do que na Europa. Por 20

21 um lado, as despesas em protecção social 7, designadamente nas funções velhice e exclusão social 8 são ligeiramente inferiores, em percentagem do PIB, que aquelas verificadas na União Europeia (ver dados em anexo). Por outro, existem ainda factores de ineficiência que serão alvo de estudo no ponto 4 deste trabalho. Gráfico 4 - Risco de pobreza nos idosos antes e depois de transferências sociais, 2006 % UE25 UE15 PT 26 Antes de quaisquer transferências sociais Antes de transferências sociais (pensões excluídas das transf. sociais) Depois de transferências sociais Fonte: Eurostat, Statistics of Income and Living Conditions (EU-SILC) [Data visualização: Julho 2008] Os níveis de pobreza assumem contornos ainda mais graves com o avanço da idade dos indivíduos. Para indivíduos com 75 ou mais anos de idade, o risco de pobreza era de 32 por cento em Portugal, ou seja, mais dez pontos percentuais do que a média europeia. 7 Fonte: Eurostat, European System of integrated Social Protection Statistics (ESSPROS) [Julho 2008]; Dados relativos a Com relevância no âmbito da população em estudo, a função sobrevivência apresenta, pelo contrário, valores ligeiramente superiores à média europeia. 21

22 Gráfico 5 - Risco de pobreza nos idosos com 75 e mais anos de idade, 2006 % UE25 UE15 PT População idosa total População idosa masculina População idosa feminina Fonte: Eurostat, Statistics of Income and Living Conditions (EU-SILC) [Data visualização: Julho 2008] Ao contrário do que acontece na população total, onde se verifica a tendência, entretanto atenuada com o tempo, para o risco de pobreza ser mais elevado junto das mulheres do que nos homens, os dados do EU-SILC revelam que, no caso dos idosos, existe, pelo menos no ano em análise, um maior equilíbrio. O risco de pobreza é semelhante entre mulheres e homens idosos: 26 por cento em ambos os casos. Contudo, as diferenças foram visíveis noutros anos, como demonstram os dados do anterior inquérito, o PEADP, com as mulheres idosas em Portugal a registarem um risco de pobreza na ordem dos 31 por cento em 2001, cerca de três pontos percentuais acima do risco de pobreza nos homens idosos. Gráfico 6 - Risco de pobreza na população total e nos idosos em Portugal, por sexo, % Pop. total (H) Pop. total (M) Idosos (H) Idosos (M) Fontes: Eurostat, European Community Household Panel (ECHP) [Data visualização: Julho 2008]; Eurostat, Statistics of Income and Living Conditions (EU-SILC) [Data visualização: Julho 2008] (Quebra de série entre 2003 e 2004) 22

23 A pobreza nos idosos assume níveis substancialmente mais elevados nos casos dos indivíduos que vivem isolados, que representam, em Portugal, cerca de quatro por cento da população total. Entre estes, o risco de pobreza sobe aos 40 por cento, ao passo que na União Europeia a 25 membros o risco representa 26 por cento. Quando o idoso vive com mais uma pessoa, idosa ou não, o risco de pobreza é de 26 por cento, em Portugal, e de 16 por cento na Europa. Gráfico 7 - Risco de pobreza em dois tipos de agregados familiares com idosos, 2006 % UE25 UE15 PT Agregado composto apenas por um indivíduo idoso 26 Agregado composto por dois indivíduos, onde pelo menos um seja idoso Fonte: Eurostat, Statistics of Income and Living Conditions (EU-SILC) [Data visualização: Julho 2008] Ainda que este universo de idosos esteja em grande medida, por razões naturais, afastado do mercado de trabalho, é ainda possível encontrar casos de carreiras profissionais desenvolvidas até idades mais tardias. E nesse grupo de idosos que declararam ter trabalhado no ano a que se refere a inquirição do EU-SILC, existiu uma profunda divergência entre a situação portuguesa e a situação mais abrangente da União Europeia. Em Portugal, cerca de 31 por cento dos idosos nestas condições estavam em risco de pobreza, um valor muito superior ao evidenciado no âmbito europeu (12 por cento) e superior, aliás, à generalidade dos idosos, aludida previamente. No universo dos idosos que se encontravam inseridos no mercado de trabalho, já existia uma clara diferenciação ao nível do género: 34 por cento das mulheres, face a 28 por cento dos homens, estavam em risco de pobreza. Curiosamente, o risco de pobreza é inferior no grupo dos idosos que já se encontravam reformados no ano de inquirição, no caso português (25 por cento), não se passando o mesmo ao nível europeu (17 por cento). Entre os idosos, e em Portugal, a situação de reforma aparenta menores risco de pobreza do que a situação de emprego. Este fenómeno merece um estudo mais aprofundado da base de dados do EU-SILC, o que permitirá entender as razões que levam a que este indicador assuma estes valores neste sub-grupo de idosos, até porque existem leituras aparentemente contrárias relativamente a outros indicadores fornecidos pelo Eurostat, como é o caso daqueles que estão relacionados com o tipo de rendimentos auferidos, já que, neste contexto, verifica-se claramente que os rendimentos de trabalho do agregado familiar representam, ainda assim, um 23

24 importante factor de atenuação do risco de pobreza. Em agregados sem crianças dependentes onde ninguém tem um emprego, o risco de pobreza nos idosos assume valores na ordem dos 24 por cento, em Portugal (21 por cento na Europa), descendo para os 13 por cento (10 por cento na Europa) nos casos em que nem todos os elementos desse agregado trabalham 9 e para os 10 por cento (6 por cento na Europa) nos casos em que todos trabalham. Gráfico 8 - Risco de pobreza nos idosos, empregados ou reformados, 2006 % UE25 UE15 PT Idosos empregados Idosos reformados Fonte: Eurostat, Statistics of Income and Living Conditions (EU-SILC) [Data visualização: Julho 2008] Gráfico 9 - Risco de pobreza nos idosos inseridos em agregados sem crianças dependentes, de acordo com a intensidade de trabalho no agregado, 2006 % UE25 UE15 PT 10 Intensidade de trabalho igual a 0 Intensidade de trabalho entre 0 e 1 Intensidade de trabalho igual a 1 Fonte: Eurostat, Statistics of Income and Living Conditions (EU-SILC) [Data visualização: Julho 2008] O nível de habilitações adquirido pelos indivíduos idosos é um claro factor distintivo de diferentes níveis de pobreza. Em Portugal, para os idosos que atingiram no máximo o nível do 9 Ou não estiveram empregados durante todo o ano de referência. 24

25 ensino básico (ISCED ), o risco de pobreza atinge os 19 por cento. Este risco desce substancialmente quando a análise é dirigida a níveis de educação superiores. Naqueles que têm, no máximo, o ensino secundário ou pós-secundário não superior (ISCED ), o risco de pobreza é de apenas 5 por cento, descendo cerca de um ponto percentual no caso dos indivíduos que frequentaram o ensino superior. Gráfico 10 - Risco de pobreza nos idosos, por nível de habilitações literárias, 2006 % UE25 UE15 PT Com algum nível de habilitações até 9º ano de escolaridade Entre o 10º e o 12º ano de escolaridade Com frequência de ensino superior Fonte: Eurostat, Statistics of Income and Living Conditions (EU-SILC) [Data visualização: Julho 2008] A análise da pobreza monetária nos idosos deve ser ainda complementada por uma medida da intensidade da mesma. No caso português, e utilizando o indicador presente no EU-SILC, o relative median at-risk-of-poverty gap correspondia, em 2006, a 23 por cento para o total da população (22 por cento a nível europeu) e, considerando-se apenas os idosos, a 17 por cento (mais um ponto percentual a nível europeu). Tanto na população total, como no caso dos idosos, os dados do PEADP e do EU-SILC revelam que a intensidade da pobreza tem vindo a diminuir ao longo dos últimos anos isto é, os indivíduos em risco estão mais próximos do limiar ainda que nos idosos tenha havido um ligeiro aumento entre 2005 e International Standard Classification of Education. 25

26 Gráfico 11 - Relative median at-risk-of-poverty gap da população total e dos idosos, 2006 % UE25 UE15 PT População total População idosa Fonte: Eurostat, Statistics of Income and Living Conditions (EU-SILC) [Data visualização: Julho 2008] POLÍTICAS DIRIGIDAS AOS IDOSOS Pretende-se neste ponto caracterizar as medidas de política sujeitas a condições de recursos dirigidas aos idosos, em particular o Complemento Solidário para Idosos e a Pensão Social de Velhice. Pensão Social de Velhice O regime não contributivo garante a protecção social na velhice, através da concessão da Pensão Social de Velhice e do Complemento Extraordinário de Solidariedade. Destina-se a indivíduos com idade igual ou superior a 65 anos, cujos rendimentos mensais ilíquidos não sejam superiores a 30 por cento do valor do Indexante dos Apoios Sociais ou 50 por cento desse valor, tratando-se de casal. Além do montante da pensão propriamente dito 11, é atribuído a todos os beneficiários o Complemento Extraordinário de Solidariedade, cujo montante varia em função da idade 12. Tanto a Pensão Social de Velhice como o Complemento Extraordinário de Solidariedade que lhe está associado farão parte integrante das simulações que serão efectuadas no âmbito dos pontos seguintes. Já fora destas simulações, uma vez que os dados disponíveis não permitem a sua modelização, encontra-se o Complemento por Dependência, uma majoração à pensão que é atribuída a idosos que se encontrem em estado de dependência de terceiros ,19 em 2008 (pago em 14 vezes) ,83 para pensionistas com menos de 70 anos de idade e 33,65 para os restantes, em 2008 (pago em 14 vezes). 26

27 Complemento Solidário para Idosos (CSI) O CSI é uma prestação monetária, de montante diferencial, destinada a idosos com baixos recursos. Em termos sucintos, destina-se a pensionistas com idade igual ou superior a 65 anos e residentes em território nacional, com recursos anuais inferiores ao Valor de Referência instituído anualmente 13. Considera-se como pensionistas, para os efeitos desta medida, os indivíduos que sejam beneficiários de pensão atribuída pela Segurança Social ou por qualquer outro sistema nacional ou estrangeiro, nas eventualidades de velhice, sobrevivência ou equiparada, e ainda os titulares de subsídio mensal vitalício. Os indivíduos não pensionistas que não reúnam as condições de atribuição da pensão social de velhice por não preencherem a respectiva condição de recurso (exemplo: o cônjuge já aufere uma pensão social que, em conjugação com os rendimentos do casal, impedem o indivíduo de auferir igualmente uma pensão com aquelas características) estão também abrangidos pelo CSI, desde que tenham nacionalidade portuguesa. A idade mínima para o requerimento do CSI foi implementada de forma progressiva. Durante 2006, o primeiro ano da medida, esta dirigia-se apenas a indivíduos com 80 ou mais anos de idade. Em 2007, foram abrangidos os que perfizessem 70 ou mais anos. A partir de 1 de Janeiro de 2008, a medida encontra-se totalmente implementada no que diz respeito às idades mínimas, podendo requerer todos os indivíduos com 65 ou mais anos de idade. Por ser uma prestação sujeita a condição de recursos e de montante diferencial, o CSI está associado a um Valor de Referência que é alvo de actualização no início de cada ano, em função de critérios políticos baseados na evolução dos preços, o crescimento da economia e a distribuição da riqueza. Em 2006, este Valor de Referência era 4200 (em termos anuais). No ano seguinte, foi actualizado para 4338,6 e, em 2008, corresponde a Os recursos anuais, tipicamente observados no ano anterior ao da apresentação do requerimento, devem ser, portanto, inferiores a este Valor de Referência, no caso de idosos que não tenham cônjuge ou não vivam com pessoa em união de facto. Caso contrário, a condição de recursos determina ainda que, cumulativamente, o casal não tenha um total de recursos anuais inferior a 1,75 vezes o Valor de Referência. Entende-se por recursos do idoso requerente não só os seus rendimentos e os do seu cônjuge ou pessoa que com ele viva em união de facto, mas também uma componente de solidariedade familiar, determinada a partir dos rendimentos dos filhos do requerente, bem como rendimentos estimados a partir da frequência de equipamentos e serviços sociais e de propriedade de património mobiliário e imobiliário. O montante mensal de prestação atribuído é actualizado a 1 de Janeiro de cada um dos dois anos seguintes ao início da atribuição, através de um parâmetro publicado anualmente. Nos 13 Adicionalmente, os requerentes de CSI devem ainda observar um conjunto de outras condições, como seja o caso da residência em território nacional há seis ou mais anos, da disponibilidade para o reconhecimento de direitos e para a cobrança de créditos e da autorização à Segurança Social para acesso à informação fiscal e bancária do agregado familiar. 27

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