Naturalização dos direitos da Criança e do Adolescente
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- Adriano Gusmão Brás
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1 Naturalização dos direitos da Criança e do Adolescente Autoria: DENISE DO CARMO FERREIRA Veiculação e divulgação livres para efeitos educacionais MÓDULO II Fundamentos Jurídicos de Direitos Humanos
2 FUNDAMENTOS JURÍDICOS DE DIREITOS HUMANOS DENISE DO CARMO FERREIRA Graduada em Serviço Social pela UCSAL (BA), Mestranda em Educação pela UFAL (AL) Pós-graduada em Serviço Social e Política Social pela UNB (Universidade de Brasília) Membro dos grupos de pesquisa: Relações Raciais na Educação (ERER) e Políticas Sociais e Educação Brasileira (GEPE)
3 REFLETIDO O COTIDIANO REPORTAGEM SOBRE VIOLÊNCIA INTRADOMICILIAR
4 OBJETIVOS DO MÓDULO II Princípios norteadores do ECA; Abordar as diferentes formas de violência; Estratégias de enfrentamento da violência; Funcionamento da rede de proteção; Órgãos de proteção; Papel da escola frente as violências.
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6 Código Criminal do Império Criminalizava maiores de 14 anos sanções a atos considerados antissociais Pobreza, Mendicância, Vadiagem, Furto, Roubo. Baseava-se pelo Código Filipino: Pena de morte ao arbítrio do julgador ( maior de 17 até 20 anos).
7 Os projetos legislativos tratavam com veemência os direitos do menor : 1913 Criação do Instituto Sete de Setembro Objetivo: Acolher menores abandonados e infratores.
8 1924- Criação do 1º Juizado de Menores 1927 Entra em vigor o Código de Menores 1ª legislação específica para crianças e adolescentes. Autor: juiz de Menor Mello Mattos, baiano a serviço no DF. Princípios: Código de Menores do Uruguai. Teses do início do século publicadas em Paris Publicações do Congresso Internacional de Juízes de Menores. Concepção: INTERNAR para EDUCAR e RECUPERAR
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10 (COSTA, 2004)
11 Instrumentos da Normativa Internacional: Declarações, Diretrizes, Convenções e Resoluções Declaração Universal dos Direitos do Homem: todas as crianças nascidas dentro ou fora do matrimônio gozarão da mesma proteção social. Regras Mínimas da ONU para Administração da Justiça do Menor (Beijing,1985). estabelecem condições mínimas aceitáveis para o tratamento de menores de 18 anos infratores
12 Instrumentos da Normativa Internacional: Declarações, Diretrizes, Convenções e Resoluções Diretrizes de Ryad, resolução nº45/113 de 1990 prevenção da delinquência juvenil, a partir de serviços e programas de caráter comunitários, assessoria e orientação. Regras Mínimas de proteção de jovens privados de liberdade, ONU (1990) direito a atividades e programas úteis ao desenvolvimento saudável e digno, promovendo a responsabilidade. respeito total aos direitos humanos.
13 CF/88
14 ECA
15 ECA: uma revolução em três pontos legais cruciais (COSTA,2004): 1. Revolução de Conteúdo; 2. Revolução de Método; 3. Revolução de Gestão.
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17 ESCOLA: UM ESPAÇO DE REFLEXÃO
18 Medida Socioeducativa Alinhamento conceitual Segundo o art. 2º do ECA: Criança: 0 até 12 anos incompletos; Adolescentes: entre 12 e 18 anos incompletos; Jovem adulto: 18 a 21 anos incompletos, em casos excepcionais da lei. Ato Infracional: adolescente comete conduta descrita analogamente no código Penal como crime ou contravenção. Medida socioeducativa: é uma responsabilização jurídica especial aplicada pela Justiça da Infância e Juventude através do juiz.
19 Medidas socioeducativas Classificação das medidas socioeducativas: 1. Advertência; 2. Obrigação de reparar o dano; 3. Prestação de Serviço a Comunidade (PSC); 4. Liberdade Assistida (LA); 5. Semiliberdade; 6. Internação.
20 A escola na medida socioeducativa de LA: Que papel é este? Escola como medida protetiva. Espaço comunitário de atuação social real. Tudo que serve para trabalhar com adolescentes, serve para trabalhar com o adolescente em conflito com a lei. (COSTA, 2004) As práticas educativas, portanto, devem ser como sólido aporte para a vida social do educando em situação de conflito com a lei (IMBERT,2003)
21 ECA LEI 8.069/1990 DIREITO À EDUCAÇÃO E AO ATENDIMENTO SOCIOEDUCATIVO Tudo que serve para trabalhar com adolescentes, serve para trabalhar com o adolescente em conflito com a lei. (COSTA, 2004) As práticas educativas, portanto, devem ser como sólido aporte para a vida social do educando em situação de conflito com a lei (IMBERT,2003)
22 Múltiplas formas de violência
23 EXPRESSÕES DA VIOLÊNCIA Violência física Violência sexual Violência psicológica Exploração do trabalho infantil/exploração sexual Negligência ou abandono
24 Criança e Adolescente Como propriedade privada Coisificação Posse Desprovida de Direitos Exercício de Poder Naturalização da Violência
25 Hábito culturalmente aceito Punição física como Ação disciplinadora e educacional Pais vitimizados Comportamento explosivo violento perverso Pais donos de seus filhos Abuso de autoridade Solução de conflitos pela força 03
26 VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA Rejeição Depreciação Cobranças exageradas Discriminação Desrespeito Punições humilhantes Bulling
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28 NEGLIGÊNCIA E ABANDONO Negligência: omissão de cuidados básicos para o desenvolvimento físico, emocional e social: > privação de alimentos e medicamentos > falta de atendimento e cuidados > descuido com a higiene >ausência de proteção contra frio ou calor > falta de estímulo para escolarização Abandono: forma extrema de negligência
29 O termo bullying surgiu na Noruega, na década de 80, e é originário da palavra inglesa bully, que quer dizer ameaçar, intimidar, amedrontar, tiranizar, oprimir, maltratar. O primeiro a relacionar a palavra ao fenômeno foi Dan Olweus, professor da Universidade da Noruega. Ao pesquisar as tendências suicidas entre adolescentes, Olweus descobriu que a maioria desses jovens tinha sofrido algum tipo de ameaça e que, portanto, bullying era um mal a combater. ( 2005).
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31 VIOLÊNCIA NO AMBIENTE ESCOLAR Orientação educacional ou Caso de polícia Ato Infracional: conduta descrita analogamente no código Penal como crime ou contravenção.
32 A VIOLÊNCIA CONTRA OS NEGROS NO CÉNARIO ESCOLAR BRASILEIRO.
33 Negros e o Bullying: Violências Físicas e Simbólicas. De acordo com a pesquisa sobre preconceito e discriminação no ambiente escolar, realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas econômicas (Fipe), a pedido do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), negros, pobres e homossexuais estão entre as principais vítimas de agressões físicas, acusações injustas e humilhações nas escolas públicas. Segundo a pesquisa o bullying contra negros chega a 19% dos casos. A pesquisa ouviu cerca de 10,5% dos alunos, pais, diretores, professores e funcionários de 501 escolas públicas do país, entre outubro e novembro de (AFROBRASNEWS)
34 LEI "Art. 26-A. Nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio, oficiais e particulares, torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira. 1 o O conteúdo programático a que se refere o caput deste artigo incluirá o estudo da História da África e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negra brasileira e o negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo negro nas áreas social, econômica e política pertinentes à História do Brasil. 2 o Os conteúdos referentes à História e Cultura Afro-Brasileira serão ministrados no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Educação Artística e de Literatura e História Brasileiras. 3 o (VETADO)" "Art. 79-A. (VETADO)" "Art. 79-B. O calendário escolar incluirá o dia 20 de novembro como Dia Nacional da Consciência Negra. Art. 2 o Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 9 de janeiro de 2003; 182 o da Independência e 115 o da República. LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA Cristovam Ricardo Cavalcanti Buarque Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de
35 Lei /2003 Princípios e construção da identidade etnicorracial
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37 MEDIDAS DE PREVENÇÃO E ASSISTENCIA
38 Maus-tratos: suspeita, Notificação e Conduta
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40 Órgãos de Proteção a Criança e Ao adolescente Maceió - AL Conselho Tutelar Ministério Público ( Poço) Vara da Infância e Juventude (Ponta Verde ) Delegacia especializada ( Jacintinho ) Disque 100 ( violência sexual) PETI ( Centro - SEMAS) DPSE ( Centro- SEMAS)
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42 MUITO OBRIGADO
43 REFERÊNCIAS BAZÍLIO, Luiz Cavalcante. Infância, educação e direitos humanos, Ed. Cortez, BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente. Brasília: Senado, COSTA, Antônio Carlos Gomes. LIMA, Isabel Maria Sampaio Oliveira. Estatuto e LDB: direito à educação. In: Pela Justiça na educação. Brasília, MEC, 2000, COSTA, Antônio Carlos Gomes da. Caminhos e descaminhos de uma ação educativa, 2ª ed., Belo Horizonte: Modus Faciendi, FALEIROS, Vicente de Paula. Infância e processo político no Brasil. In: A arte de governar crianças: a história das políticas sociais, da legislação e da assistência à infância do Brasil. Rio de janeiro: Instituto Interamericano Del Nino, Ed. Universitária Santa Ursula, Amais Livraria e Editora, cap. II, 1995,
44 REFERÊNCIAS IMBERT, Francis. Para uma práxis pedagógica. Tradução de Rogério de Andrade Córdova, Brasília: Plano Editora, MUNANGA, Kabengele. Negritude. Usos e sentidos. São Paulo: Ática, SANTOS, Ana Katia Alves dos. Infância e afrodescendente: Epistemologia Crítica no ensino fundamental, Salvador: EDUFAL, SILVA JR., Hédio. Discriminação Racial nas Escolas: Entre a Lei e as Práticas Sociais, Brasília, UNESCO, SILVA, Roberto da. Os filhos do governo: A formação da identidade criminosa em crianças órfãs e abandonadas. Ed. Ática,1997. Sociedade Brasileira de Pediatria.
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