RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO DE EGRESSOS 2003 a 2011 Engenharia de Produção - BELÉM

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1 Universidade do Estado do Pará Centro de Ciências Naturais e Tecnologia Coord. do Curso de Graduação em Engenharia de Produção RELATÓRIO DE ACOMPANHAMENTO DE EGRESSOS 2003 a 2011 Engenharia de Produção - BELÉM Outubro 2011

2 SUMÁRIO Apresentação Perfil do Curso de Engenharia de Produção Perfil dos Entrevistados Instrumento de Coleta Amostra Resultados de Pesquisa Dimensão I - Informações Pessoais Dimensão II - Informações Acadêmicas Dimensão III - Informações Profissionais Dimensão IV - Conhecimentos Obtidos no Curso... 9

3 Apresentação Este documento apresenta os resultados da pesquisa realizada pela coordenação do curso sobre o posicionamento profissional dos egressos de Engenharia de Produção (Belém) da UEPA. A pesquisa abrangeu todas as turmas até o ano de 2011 e obteve grande participação de todas as gerações de engenheiros graduados na UEPA. Acredita-se que a realização deste trabalho seja relevante para auxiliar esta IES no cumprimento de sua missão de abrir novos caminhos para a sociedade através da geração de conhecimentos e da difusão de idéias. Belém, 03 de outubro de 2011 Renata Melo e Silva de Oliveira, Msc Coordenadora do Curso de Graduação em Engenharia de Produção

4 1. Perfil do Curso de Engenharia de Produção O curso de graduação em Engenharia de Produção da Universidade do Estado do Pará tem por objetivo capacitar engenheiros que, além da formação básica e profissional tecnológica, possuam conhecimentos voltados para a administração da produção, para atuarem no segmento industrial, comercial ou de prestação de serviços, objetivando o desenvolvimento de projetos, sua melhoria e a implantação de sistemas integrados envolvendo homens, materiais e equipamentos, especificamente nas áreas de Gerência da Produção (Belém-PA) e Tecnologia Agroindustrial (Redenção-PA). São objetivos específicos do curso: a) Formar profissionais da área tecnológica com sensibilidade econômico-administrativa, proporcionando o discernimento necessário para tomada de decisão nos mais diversos setores de empresas industriais, e que possam contribuir como agente de tecnologia na mudança da base produtiva da região, impulsionando a transformação dos recursos naturais; b) Promover a melhoria de tecnologias existentes e introduzir novas técnicas e metodologias, buscando o aumento de eficiência e produtividade de indústrias regionais; c) Introduzir o desenvolvimento tecnológico em regiões onde há um elevado grau de exploração de recursos naturais. Este conhecimento tecnológico permitirá que se criem condições para a implantação de pólos de industrialização, gerando renda e desenvolvimento econômico para a região; d) Capacitar profissionais com sólida formação técnica no setor agroindustrial, com habilidade gerencial, para que possa diagnosticar cada um dos complexos agroindustriais de forma sistêmica e abrangente; e) Formar profissionais capazes de compreender e intervir em todos os estágios envolvidos no agrobusiness, desde o fornecimento de insumos necessários à produção agrícola até a avaliação do consumo do produto final; f) Dotar o setor agroindustrial de maior racionalidade gerencial e de uma maior capacitação tecnológica. Conforme previsto no Projeto Pedagógico, os dois primeiros anos do curso são realizados no período matutino e os três anos restantes são realizados no período noturno. A troca de turno ocorre a fim de viabilizar a realização de estágios pelos nossos acadêmicos. 2. Perfil dos Entrevistados Os acadêmicos que ingressaram no curso de Belém eram geralmente jovens, solteiros e recém saídos do ensino médio. Os ingressantes do campus V são em sua maioria residiam zona metropolitana de Belém e nascidos no próprio Estado do Pará. Em relação ao aspecto acadêmico, os alunos são vistos pelos professores como de bom nível intelectual, no qual se ressalta o aspecto lógico aritmético e capacidade diferenciada para resolver problemas e propor soluções. A maioria dos egressos atua na sua área de formação, com grande empregabilidade no setor industrial e no serviço público federal, com renda superior a R$ 5.000,00.

5 3. Instrumento de Coleta A pesquisa foi realizada entre os dias 18 de agosto e 30 de setembro de 2011 através de um questionário online semi-aberto. A divulgação do questionário foi realizada diretamente pela coordenação do curso aos egressos que se formaram entre 2003 e O questionário foi composto por 4 dimensões, dentro das quais convidava-se os participantes a informarem dados sócio-econômicos, profissionais e pessoais. Dessa forma, com o objetivo de auxiliar as ações acadêmicas foram estudas as seguintes dimensões: a) Informações Pessoais b) Informações Acadêmicas c) Informações Pessoais d) Satisfação com o Curso 3.1. Amostra Foi utilizada uma amostra aleatória simples, com participação de 64 alunos de uma população de 320 formados no período de 8 anos, representando 2 do total. Por meio dessa amostra foi traçado o perfil dos egressos deste curso. 4. Resultados de Pesquisa 4.1. Dimensão I - Informações Pessoais Em relação ao gênero, a grande maioria dos profissionais formados, é do sexo masculino e solteira. O gráfico I a seguir, apresenta os percentuais de cada grupo. Masculino 75% Feminino 25% Figura 1 - Distribuição da amostra segundo gênero Em relação a faixa etária, verificou que o público de egressos é jovem e em sua maioria com idade inferior a 31 anos. Até 25 anos - 33% de 26 a 30 anos - 5 de 31 a 35 anos - 16% mais de 35 anos - 2% Figura 2 Faixa Etária dos Entrevistados Como todos os participantes são brasileiros, neste relatório apresenta-se a distribuição da naturalidade dos participantes da pesquisa, a qual revela que os egressos formados em Belém são predominantemente oriundos do próprio Estado e da Região Metropolitana. O quadro a seguir exibe os resultados da procedência dos egressos, segundo a região de Integração Paraense.

6 METROPOLITANA (Ananindeua; Belém; Benevides; Marituba; Santa Bárbara) GUAMÁ (Castanhal; Colares; Curuçá; Igarapé Açu; Inhangapi; Magalhães Barata; Maracanã; Marapanim; Santa Isabel do Pará; Santa Maria do Pará; Santo Antônio do Tauá; São Caetano de Odivelas; São Domingos do Capim; São Francisco do Pará; São João da Ponta; São Miguel do Guamá; Terra Alta; Vigia. ) CAETÉS (Augusto Corrêa; Bonito; Bragança; Cachoeiras do Piriá; Capanema; Nova Timboteua; Peixe Boi; Primavera; Quatipuru; Salinópolis; Santa Luzia do Pará; Santarém Novo; São João de Pirabas; Tracuateua; Viseu) CAPIM (Abel Figueiredo; Aurora do Pará; Bujaru; Capitão Poço; Concórdia do Pará; Dom Eliseu; Garrafão do Norte; Ipixuna do Pará; Irituia; Mãe do Rio; Nova Esperança do Piriá; Ourém; Paragominas; Rondon do Pará; Tomé-Açu; Ulianópolis) LAGO DE TUCURUÍ (Breu Branco; Goianésia do Pará; Itupiranga; Jacundá; Nova Ipixuna; Novo Repartimento; Tucuruí ) XINGU (Altamira; Anapu; Brasil Novo; Gurupá; Medicilândia; Pacajá; Placas; Porto do Moz; Senador José Porfírio; Uruará; Vitória do Xingu. ) CARAJÁS (Bom Jesus do Tocantis; Brejo Grande do Araguaia; Canaã dos Carajás; Curionópolis; Eldorado dos Carajás; Marabá; Palestina do Pará; Parauapebas; Piçarra; São Domingos do Araguaia; São Geraldo do Araguaia; São João do Araguaia. ) ARAGUAIA (Água Azul do Norte; Bannach; Conceição do Araguaia; Cumaru do Norte; Floresta do araguaia; Ourilândia do Norte; Pau d Arco; Redenção; Rio Maria; Santa Maria das Barreiras; Santana do Araguaia; São Félix do Xingu; Sapucaia; Tucumã; Xinguara) BAIXO AMAZONAS (Alenquer; Almerim; Belterra; Curuá; Faro; Juruti; Monte Alegre; Óbidos; Oriximiná; Prainha; Santarém; Terra Santa. ) TAPAJÓS (Aveiro; Itaituba; Jacareacanga; Novo Progresso; Rurópolis; Trairão) TOCANTIS (Abaetetuba; Acará; Baião; Barcarena; Cametá; Igarapé-Miri; Limoeiro do Ajuru; Mocajuba; Moju; Oeiras do Pará; Tailândia) MARAJÓ (Afuá; Anajás; Bagre; Breves; Cachoeira do Arari; Chaves; Curralinho; Melgaço; Muaná; Ponta de Pedras; Portel; Salvaterra; Santa Cruz do Arari; São Sebastião da Boa Vista; Soure) Quadro 1 Distribuição da Naturalidade da Amostra segundo a região de Integração do Pará 8 6% 3% 2% 2% 6% 2% 4.2. Dimensão II - Informações Acadêmicas A pesquisa comprovou que os participantes ingressaram na universidade predominantemente via processo seletivo (vestibular) e Prise. As distribuições da amostra estão exibidas no quadro a seguir. Forma de Ingresso % Prosel 44 Prise 42 Transferência Externa 8 Transferência Interna 6 Quadro 2 Forma de Ingresso no Curso Verificou-se através da pesquisa que o tempo em que se concluiu a graduação na UEPA está dentro do limite de 4 a 6 anos. Aqueles que responderam ter concluído a graduação em menos de 5 anos, provavelmente se beneficiaram do aproveitamento de créditos cursados em outras Instituições de Ensino.

7 0 a 3 anos 34% 4 a 6 anos 59% 7 anos ou mais 6% Figura 3 Tempo de conclusão da graduação. Obs: Verificou-se ainda que 19% dos participantes receberam auxílio financeiro da Instituição durante seu curso. Em relação as atividades extra-curriculares, identificou-se na pesquisa a seguinte distribuição da amostra Estágio Não Obrigatório 61% Congressos Científicos 8 Monitoria 23% Bolsa de Pesquisa 13% Bolsa de Extensão 28% Iniciação Científica 19% Centro acadêmico 3 Semana Acadêmica 86% Competição Esportiva 33% Outros 11 Quadro 3 Participação em atividades extra-curriculares. Como 17% dos egressos do curso possuem outra graduação, investigou-se a razão para que esses profissionais buscassem outra formação acadêmica. As respostas são exibidas a seguir. Para ingressar no Público Mudança de País/Cidade Preferência Pessoal 64% Dificuldades de ingresso no mercado de trabalho Em decorrência de atividade profissional atual 14% Outros 21% Figura 4 Razões para buscar outra graduação. Em relação do ingresso na Pós-Graduação, os resultados foram bastante expressivos, com profissionais buscando altos níveis de escolaridade. A pergunta foi: você ingressou na Pós-graduação? Em qual? Especialização - Cursando 8% Especialização - Concluída 28% Mestrado - Cursando 8% Mestrado - Completo 19% Doutorado - Cursando 2% Doutorado - Completo Não Ingressei 36% Quadro4 Ingresso em Pós-graduação Em simultaneidade com a situação de ingresso na pós-graduação, foi pesquisado o interesse dos egressos em aumentar sua qualificação e, conseqüentemente, sua empregabilidade.

8 Figura 5 Cursos de Interesse dos egressos Nenhuma 9% Especialização 44% Aperfeiçoamento 9% Outra Graduação 3% Cursos de Curta Duração 13% Mestrado ou Doutorado em Outra Area 22% Mestrado ou Doutorado em Engenharia de Produção 4.3. Dimensão III - Informações Profissionais As informações profissionais pesquisadas junto aos egressos do curso de graduação relacionam-se com o registro profissional, satisfação com a atividade desenvolvida, renda bruta, dentre outros. Nesse sentido, verificou-se que o tempo médio entre a formatura e o primeiro emprego como Engenheiro é curto. Isso significa que o graduado na UEPa possui rápida absorção no mercado de trabalho. 38% até 3 meses 61% de 3 a 6 meses 9% de 6 a 12 meses 14% acima de 12 meses 16% Figura 6 Tempo entre a formatura e o primeiro Emprego. Outro dado interessante levantado consiste no fato de 77% dos participantes atuarem dentro de sua área de atuação, mas somente 72% da amostra possui registro no CREA. A esfera de atuação dos profissionais concentra-se no Governo Federal e no ramo da indústria. Governo Federal 2 Governo Estadual 13% Governo Municipal Indústria 34% Comércio 6% Serviços em Geral 11% Other 16% Quadro5 Esfera de atuação profissional

9 A questão do Vínculo profissional com essas esferas de atuação foi investigada e os resultados são apresentados a seguir. Servidor/ Empregado Público 36% Empregado de Empresa Privada 47% Não estou trabalhando 5% Empresário 5% Profissional Liberal 6% Figura 7 tipologia do vínculo empregatício dos egressos O grau de satisfação com a remuneração dos egressos foi medido, em uma pergunta de escala semântica que variava de 1 a 5, na qual o participante deveria opinar em que nível se encontrava seu grau de satisfação. Os resultados estão expressos a seguir. 1 - totalmente insatisfeito - 8% 2-17% 3-34% 4-27% 5 - Totalmente Satisfeito 14% Figura 8 Grau de Satisfação com a remuneração alcançada Remuneração bruta Até R$ 720,00 5% de R$ 721,00 a R$1.200,00 8% de R$ 1.201,00 a R$2.400,00 13% de R$2.401,00 a R$ 5.000,00 25% acima de R$5.000, Dimensão IV - Conhecimentos Obtidos no Curso Nesta seção, foram pesquisados dados sobre as habilidades necessárias ao engenheiro de produção formado, as Quais foram definidas pela ABEPRO e aceitas pelo CONFEA. Também foram levantados dados sobre a percepção dos egressos em relação a qualidade do Ensino ofertado pela UEPA. Os resultados são apresentados a seguir. A ABEPRO estabelece 10 competências próprias do Engenheiro de Produção. Assinale na lista abaixo foram assinaladas que o egresso acredita que adquiriu no seu curso de graduação Dimensionar e integrar recursos físicos, humanos e financeiros a fim de produzir, com 91% eficiência e ao menor custo, considerando a possibilidade de melhorias contínuas; Utilizar ferramental matemático e estatístico para modelar sistemas de produção e auxiliar 53% na tomada de decisões; Projetar, implementar e aperfeiçoar sistemas, produtos e processos, levando em 61% consideração os limites e as características das comunidades envolvidas; Prever e analisar demandas, selecionar tecnologias e know-how, projetando produtos ou 53% melhorando suas características e funcionalidade; Incorporar conceitos e técnicas da qualidade em todo o sistema produtivo, tanto nos seus 75%

10 aspectos tecnológicos quanto organizacionais, aprimorando produtos e processos, e produzindo normas e procedimentos de controle e auditoria; Prever a evolução dos cenários produtivos, percebendo a interação entre as organizações e 59% os seus impactos sobre a competitividade; ' Acompanhar os avanços tecnológicos, organizando-os e colocando-os a serviço da demanda 44% das empresas e da sociedade; Compreender a inter-relação dos sistemas de produção com o meio ambiente, tanto no que 5 se refere à utilização de recursos escassos quanto à disposição final de resíduos e rejeitos, atentando para a exigência de sustentabilidade; Utilizar indicadores de desempenho, sistemas de custeio, bem como avaliar a viabilidade 72% econômica e financeira de projetos; Gerenciar e otimizar o fluxo de informação nas empresas utilizando tecnologias adequadas 61% Quadro 6 Habilidades desenvolvidas no Curso de Graduação Foram pesquisadas as percepções dos Engenheiros sobre as áreas da engenharia de Produção em franca expansão no campo profissional. Essa pergunta é relevante para dar subsídios à coordenação do curso em avaliar a pertinência as áreas de ênfase ofertadas pela UEPA (gerencia da produção e tecnologia de Alimentos). Os resultados estão expostos a seguir. ENGENHARIA DE OPERAÇÕES E PROCESSOS DA PRODUÇÃO 75% LOGÍSTICA 72% PESQUISA OPERACIONAL 19% ENGENHARIA DA QUALIDADE 44% ENGENHARIA DO PRODUTO 16% ENGENHARIA ORGANIZACIONAL 28% ENGENHARIA ECONÔMICA 3 ENGENHARIA DO TRABALHO 27% EDUCAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO 16% Quadro 7 Áreas da Engenharia de Produção em Franca Expansão no Mercado. A última pergunta de múltipla escolha do formulário consistia na seguinte, Você recomendaria o Curso de Graduação em Engenharia de Produção da UEPA para um Conhecido? Como resultado verificou-se que 10 dos participantes disseram que sim. As Perguntas Abertas foram parcialmente respondidas pelos participantes. Conseqüentemente, seus resultados serão exibidos na versão final deste relatório, diretamente no instrumento de pesquisa. As perguntas propostas foram: a) Analisando a matriz Curricular do Seu curso ( existem disciplinas que você considera desnecessárias ou ultrapassadas? Quais? b) Na sua Opinião, quais são os pontos fortes do curso de graduação em Engenharia de Produção da UEPA? c) Na sua opinião, quais são os pontos a melhorar neste curso? d) Campo para observações gerais