Metodologia para Análise Econômica e Identificação dos Custos da Universalização

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1 Metodologia para Análise Econômica e Identificação dos Custos da Universalização BIOGRAFIAS Moacir Giansante Moacir Giansante Fundação CpqD (Brasil) moacirg@cpqd.com.br Maria Silvina Medrano Fundação CpqD (Brasil) mmedrano@cpqd.com.br Antonio Roberto Zanoni Agência Nacional de Telecomunicações zanoni@anatel.gov.br Engenheiro Elétrico e Mestre pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Com 25 anos de experiência em telecomunicações, participou de importantes projetos de pesquisa em comunicações ópticas e redes, na Fundação CPqD, e de implantação das empresas INTELIG e TIM. Desde 2002, é consultor em planejamento estratégico na Fundação CPqD. Antonio Roberto Zanoni Engenheiro Civil e Licenciado em Matemática pela Universidade de Mogi das Cruzes (UMC) e Bacharel em Economia pela Faculdade de Economia, Finanças e Administração de São Paulo (FEFASP). Com 34 anos de experiência em telecomunicações, participou de importantes projetos técnico-econômicos de rede, sendo o projeto para atendimento de áreas rurais o de maior relevância social. Maria Silvina Medrano Engenheira civil pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Mestre e Doutora pela Universidade de São Paulo (USP). Há mais de onze anos trabalha como pesquisadora em telecomunicações na Fundação CPqD, principalmente na otimização e planejamento de redes IP multi-serviço e celulares e modelos de custos aplicados às telecomunicações. RESUMO Apresenta-se uma metodologia para calcular os custos decorrentes de projetos de universalização de serviços de telecomunicações, conforme estabelece a legislação brasileira, denominados custos líquidos em outras legislações. Tal conceito é baseado na obtenção dos custos evitáveis e, para seu cálculo, os custos atribuídos ao cumprimento das obrigações devem ser alocados de forma a guardar relação com as atividades que os geraram bem como com a quantidade de serviços/produtos produzidos. A metodologia também deve ser capaz de capturar economias de escala e de escopo decorrentes do compartilhamento de recursos e da otimização das capacidades instaladas. Por isso, propõe-se um modelo que combine os conceitos de custos incrementais e de custos prospectivos de longo prazo de forma flexível e, que permita a análise de diferentes projetos de universalização. Demonstra-se a aplicação de uma ferramenta computacional, desenvolvida para a Anatel e destinada à modelagem da estrutura eficiente de custos de uma rede de telecomunicações para o mercado brasileiro. Palavras-chaves 1. Alocação de Custos. 2. Modelagem de custos 3. Otimização de redes. 4. Sistemas de telecomunicação. 5. Universalização dos serviços. INTRODUÇÃO Muito tem sido discutido na última década com relação à universalização de serviços de telecomunicações. De fato, com a desregulamentação do setor ocorrendo em países como Estados Unidos e Estados-Membros da Comunidade Européia e, mais recentemente, nos países em desenvolvimento, o assunto ganhou maior importância, visto que, constitui infraestrutura básica Anais da V Conferência ACORN-REDECOM, Lima, de maio de

2 necessária ao desenvolvimento econômico das nações. No entanto, ao transferir à iniciativa privada a responsabilidade pelo provimento dessa infraestrutura, o Estado deve prever mecanismos para assegurar a disponibilidade e qualidade dos serviços de telecomunicações a preços justos. Nesse sentido, a imputação de obrigações para a universalização de serviços é um mecanismo que busca garantir a disponibilidade destes, de forma dissociada dos interesses econômicos das empresas que os exploram. Contudo, a universalização impõe custos adicionais às empresas responsáveis pelo provimento dos serviços e que não ocorreriam na ausência da obrigação de atendê-la. Os recursos para o ressarcimento desses custos adicionais podem ser oriundos, dentre outros, de fundos específicos para a universalização. No Brasil, os recursos previstos para esse financiamento são provenientes do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST) e a regulamentação estabelece que as empresas sejam ressarcidas na parcela de custos exclusivamente atribuível ao cumprimento das obrigações de universalização de serviços de telecomunicações, que não possa ser recuperada com a exploração eficiente do serviço (Lei n o 9.998, 2000), à qual se dá o nome de Parcela de Custo Não- Recuperável (PCNR). Além disso, deve-se demonstrar o nível de eficiência na prestação pelo uso otimizado das redes de telecomunicações, pelo aproveitamento de recursos materiais e humanos compartilháveis e pelos ganhos de escala e de produtividade associados (Resolução nº 269, 2001). Por isso, o presente estudo visa à aplicação de modelos quantitativos na gestão dos custos decorrentes da universalização, de forma a atender a regulamentação que disciplina a utilização do FUST. A EXPERIÊNCIA INTERNACIONAL De maneira geral, os setores fornecedores de infraestrutura consolidaram-se em diversos países por meio de grandes monopólios, muitas vezes controlados pelos seus próprios governos. No caso do setor de telecomunicações não foi diferente, com seus serviços sendo prestados de forma pública e mediante preços módicos para toda a população, denotando seu caráter universal. Qualquer déficit decorrente dessa prestação era recuperado por meio de recursos diretos das administrações dos países ou por meio de subsídios cruzados entre os diferentes serviços, sendo os serviços de longa-distância os mais utilizados para subsidiar os serviços mais deficitários. A partir da abertura dos vários mercados de telecomunicações observou-se uma crescente pressão da comunidade internacional no sentido de eliminar esses subsídios velados e substituí-los por mecanismos mais objetivos, promovendo assim o desenvolvimento do setor sob bases mais transparentes e justas. Nesse sentido, organismos como a Organização Mundial do Comércio (OMC) incluíram em suas agendas, o estabelecimento de recomendações voltadas para o desenvolvimento das telecomunicações em seus países-membros, com princípios e regras específicas para o setor, expressos no seu acordo básico de telecomunicações (Basic Telecommunication Agreement - BTA) 1. Os princípios estabelecidos em seu reference paper 2, abordam temas como: 1. Salvaguarda da competição; 2. Interconexão; 3. Serviço Universal; 4. Transparência na concessão de licenças; 5. Independência dos órgãos reguladores; e 6. Alocação e uso de recursos escassos. Com isso, o reference paper busca criar uma estrutura regulatória global para garantir às empresas estrangeiras o acesso aos mercados e o compromisso de tratamento isonômico, principalmente no que diz respeito à imputação de obrigações de universalização. 1 Basic Telecommunication Agreement (BTA): assinado em fevereiro de 1997 trata-se do quarto protocolo do General Agreement on Trade in Services (GATS), de O Reference Paper é parte integrante do BTA e descreve os princípios da estrutura regulatória, com diretrizes comuns que todos os países devem seguir para promover a transição de seus mercados para um ambiente de competição plena, sem barreiras de entrada e com garantias mínimas aos investimentos estrangeiros. Anais da V Conferência ACORN-REDECOM, Lima, de maio de

3 A análise da experiência internacional em países como: Estados Unidos, Itália, França, Espanha, Reino Unido, Portugal, Austrália, Nova Zelândia e Japão revela uma significativa diferença na forma como esses países promovem a universalização dos serviços de telecomunicações, e na própria abrangência do conceito de universalização. Nesses países, com exceção dos Estados Unidos, existe a conceituação formal sobre a abrangência do Serviço Universal, cujas funcionalidades são restritas àquelas básicas de um serviço de telefonia local. Na Europa, em termos de fonte de financiamento para a universalização, apenas Itália, França, e Espanha constituíram seus fundos sendo que, Reino Unido e Portugal estão considerando tal possibilidade. Os países analisados da Oceania e Japão também instituíram seus fundos, sendo que, a Austrália, particularmente, admite a inclusão de serviços de dados no âmbito do Serviço Universal (Department of Communications, Information Technology and the Arts, 2004). A avaliação da prática internacional, no que tange o financiamento da universalização dos serviços de telecomunicações, mostra que a maioria dos países analisados considera a existência de externalidades de rede e seus benefícios para a identificação dos custos decorrentes da universalização normalmente denominados de custos líquidos da universalização. A exceção principal tem sido a prática americana, que, ao invés de medir os benefícios advindos da externalidade de rede, tem adotado um sistema de pagamentos e subsídios às empresas que atuam, por exemplo, em áreas de alto custo. A Identificação dos Custos Líquidos Em linhas gerais, uma metodologia voltada para a identificação dos custos líquidos deve se basear no cálculo dos custos evitáveis e das receitas renunciadas caso a imposição das obrigações fosse removida, ou seja, contrapor custos e receitas adicionadas devido às obrigações com os custos e receitas subtraídas devido à remoção de tais obrigações (WIK, 1997). Entretanto, a maior complexidade na metodologia reside na alocação dos custos atribuíveis exclusivamente às obrigações da universalização. Tal dificuldade se deve ao fato de que, ao contrário das receitas adicionais, os custos que as empresas incorrem com o cumprimento das obrigações não são, em geral, observáveis e identificados facilmente. O custo incremental guarda relação com a atividade que o gerou, ou seja, todos os custos diretos envolvidos, com perspectivas de longo prazo de forma a capturar também componentes de custo indireto, que variem com a quantidade de serviços ou produtos produzidos. Essa característica garante sua total aderência ao conceito de custos evitáveis, aqueles que seriam evitados se as obrigações de universalização fossem removidas e a empresa responsável fosse isentada de cumpri-las. Ao mesmo tempo, tal metodologia se justifica em ambientes regulatórios de mercados competitivos, nos quais a universalização é atribuída a alguns agentes ao mesmo tempo em que é financiada por todos (pay or play). Dado que, para garantir o sucesso e a sobrevivência das empresas em um mercado com ampla competição, os preços praticados devem aproximar-se de seus custos incrementais de longo prazo, é justo também que as obrigações de universalização sejam financiadas pelos seus custos incrementais de longo prazo, de forma econômica e eficiente, equivalente aos valores obtidos em um processo de licitação, caso as obrigações fossem estendidas a todos os demais agentes. Por isso, vários países têm procurado implantar modelos de engenharia que calculam os custos incrementais de forma diversa do que, convencionalmente, é feito pelos sistemas por absorção, que se limitam ao rateio simples dos custos indiretos e cuja derivação dos custos por volume é pouco precisa. Os modelos utilizados devem ainda incorporar a depreciação dos ativos e o custo do capital empregado, em decorrência das obrigações de universalização, além dos investimentos em bens de capital (Capital Expenditure CAPEX) e dos custos operacionais (Operational Expenditure OPEX). O USO DE MODELOS DE ENGENHARIA PARA A GESTÃO DOS CUSTOS LÍQUIDOS A utilização de modelos de custos baseados em processos de engenharia, inclusive para a determinação dos custos líquidos, tem se apresentado como uma alternativa às abordagens de econometria e de contabilidade tradicional. Devido ao fato dos modelos econométricos e contábeis dependerem de funções de custos observáveis e, principalmente, basearem-se em dados históricos, eles se mostram menos adequados do que os modelos de engenharia por não permitirem uma visão detalhada das estruturas de custo e uma avaliação dos custos prospectivos. Os requisitos mínimos para um modelo estimar os custos de forma adequada dizem respeito à sua capacidade de: 1. Calcular os custos dos principais eventos em uma Rede Telefônica Pública Comutada (RTPC) como, por exemplo, os custos do acesso e das chamadas locais; e Anais da V Conferência ACORN-REDECOM, Lima, de maio de

4 2. Considerar o compartilhamento da rede com serviços como, por exemplo, telefones de uso público, serviços não comutados (Linhas Privativas), etc. De maneira geral, a modelagem exige uma extensa quantidade de informação que deve ser fornecida pelas empresas. Entretanto, se o fornecimento não se dá em tempo hábil ou é recusado, o modelo deve ser adequado para calcular os custos a partir de informação pública, tais como: 1. Distribuição dos usuários dentro da rede local de acesso: que podem ser obtidas junto aos institutos de geoestatística; e 2. Preços de equipamentos: que podem ser obtidas junto às associações de fabricantes. Os resultados devem ser confrontados com as informações fornecidas pelas empresas e, se necessário, conciliados para revelar se o modelo está subestimando algumas componentes de custos relevantes ou se as empresas estão investindo excessivamente e de forma ineficiente. Um desses modelos de engenharia é o Hybrid Cost Proxy Model (HCPM) desenvolvido pela Federal Communication Commission (FCC) 3 para avaliar os custos prospectivos da rede telefônica urbana. O HCPM é um modelo computacional 4 que utiliza informações sobre a localização geográfica real dos usuários, bem como sobre a topografia da região, e aplica princípios de engenharia e econômicos voltados para a otimização de redes (acesso, comutação e transmissão) e para a minimização de custos, respectivamente. Contudo, a legislação americana não exige a identificação de custos líquidos e, portanto, o HCPM não foi desenvolvido para o cálculo de custos evitáveis, ainda que permita o cálculo dos custos incrementais. A comprovação de sua adequação ocorre a partir da adaptação do modelo HCPM para determinação dos custos líquidos de universalização na Nova Zelândia. O modelo neozelandês utiliza o módulo de rede de acesso do HCPM para otimização e custeio dos componentes desse segmento de rede, e um modelo próprio, o CostPro, para modelagem e custeio de elementos de comutação e transmissão, conforme (Webb, Rebstock e Curtin, 2003)5. Um dos diferenciais demonstrados pelo HCPM, em relação a outras ferramentas, diz respeito ao planejamento dos segmentos de rede de alimentação e de distribuição, conforme Figura 1. Troncos para Trunks to outros centros Other de fios Wirecenters Exchange Limite Area da área Boundary de estação Serving Seçãode Area serviço AD SAI Serving Seçãode Area serviço AD SAI RT AO Centro Wire de Center fios Seçãode Serving Area serviço Feeder Cabode Cable (Copper alimentação or Fiber) Distribution Cabode Cable distribuição (Copper) RT AO AD SAI Terminação Terminal/Splice Drop or Fiodrop Service Wire Serving Seçãode Area serviço TR NID LEGEND Legenda AO NID = Network Armário Interface óptico Device AD RT = Remote Armáriode Terminal distribuição TR SAI = Serving Terminaçãode Area Interface rede Adapted from Engineering and Operations in the Bell System, 2 nd Edition, 1983 Adaptado de Engineering and Operations in the bell System 2ªedição, 1983 Figura 1 Topologia da rede de acesso (alimentação e distribuição) 5 Por meio da aplicação de algoritmos de otimização e com a possibilidade de considerar a localização geográfica real dos usuários, bem como a topografia da região, a ferramenta se mostra adequada para suportar órgãos reguladores em suas decisões, em diferentes níveis de disponibilidade de informação (Benitez, Estache, Kennet e Ruzzier, 2000). 3 Com o Telecommunications Act of 1996 ("1996 Act"), a FCC estabelece os procedimentos para a regulação, entre outros, do Serviço Universal. Um desses procedimentos refere-se ao uso de metodologias voltadas para a definição de subsídios do Serviço Universal, baseadas em modelos de custos forward-looking. 4 O modelo HCPM, da forma como é utilizado pela FCC, é de domínio público e pode ser obtido a partir do sítio eletrônico da FCC: 5 Adaptado de (Rey, 1983). Anais da V Conferência ACORN-REDECOM, Lima, de maio de

5 Outro tipo de modelo de engenharia que a metodologia exige destina-se à avaliação de custos prospectivos da rede telefônica rural, conforme aplicado ao estudo de caso descrito neste trabalho. Nesse caso, a metodologia deve prever a utilização de soluções baseadas em sistemas celulares, rádio ponto a ponto e satélite, que podem representar alternativas técnico-econômicas mais adequadas à realidade de atendimento de algumas regiões do país. Nesse sentido, são necessários modelos específicos voltados para dimensionar a transmissão utilizando tais soluções. Para fins da seleção da alternativa tecnológica mais eficiente e economicamente viável são adotados critérios de engenharia baseados na cobertura geográfica obtida com cada tecnologia, segundo suas distâncias máximas. Adicionalmente, a metodologia para o cálculo dos custos líquidos deve incluir as receitas renunciáveis relativas ao projeto sob análise, representadas pelas receitas diretas e outros benefícios indiretos muitas vezes intangíveis decorrentes do projeto. Em termos gerais, as componentes de receitas diretas previstas são: Habilitação; Assinatura; Chamadas tarifadas; Chamadas recebidas e a cobrar; Remuneração de interconexão; Serviços Adicionais. Já os benefícios indiretos são aqueles auferidos pela prestadora de telecomunicações responsável pela universalização, mas que incorrem de maneira indireta. Segundo estudo realizado pelo OFCOM (OFCOM Office of Communications, 2005), os benefícios indiretos podem ter origem nos seguintes efeitos: Ubiquidade da rede: benefício obtido pela sua presença em todo o território pelo fato de ser o provedor de serviços responsável pela universalização. Efeito positivo do ciclo de vida de grupos não-rentáveis: relacionado à possibilidade do provedor servir a um determinado grupo não rentável cujo potencial de se tornar economicamente lucrativo muda com o passar do tempo. Reforço da marca e no aumento da reputação da empresa: possibilidade de a empresa provedora de serviços universalizados ser vista de maneira positiva pelo usuário, podendo potencialmente afetar a escolha do consumidor em favor deste provedor. Publicidade em telefones de uso público: uso deste para propaganda e identificação da marca da empresa em áreas potencialmente não rentáveis (Giansante, 2007). Descontos por uso em grande volume. Analogamente, no caso brasileiro, pode-se considerar como benefício indireto o desconto obtido na carga tributária da prestadora responsável pela universalização, ao se considerar o efeito do resultado deficitário do projeto sob análise no cálculo da tributação sobre lucro/prejuízo 6, conforme análise de sensibilidade realizada0. Custos econômicos versus custos contábeis De acordo com (Giansante, 2007)9, os custos que podem sofrer reavaliação do ponto de vista econômico com o objetivo de melhorar o processo de tomada de decisão são: capital empregado, depreciação, matérias-primas em estoque e infraestruturas subutilizadas. O capital empregado apresenta um custo (de capital) a seus investidores que é medido pelo custo de oportunidade do investimento e representa a taxa de retorno prevista para uma atividade econômica com mesmo nível de risco associado. Por sua vez, a depreciação econômica dos ativos, ao contrário da depreciação contábil, deve expressar os investimentos iniciais como uma função ao longo do tempo, de forma a garantir o retorno do capital e cobrir adequadamente o montante inicialmente alocado. O período de tempo deve ser condizente com a expectativa de vida econômica do ativo, quando sua capacidade produtiva diminui e seus custos operacionais aumentam. Para fins de regulação econômica tem-se utilizado a vida técnica do ativo como fator preponderante para a determinação de sua vida econômica. Ou seja, para a depreciação de um ativo se leva em consideração o período de tempo após o qual é 6 Como os projetos sob análise sempre se mostram deficitários, o efeito da tributação sobre lucro é favorável ao investidor, pois reduz a carga tributária da operação global, que inclui os projetos superavitários. Anais da V Conferência ACORN-REDECOM, Lima, de maio de

6 necessária a sua substituição por um ativo com tecnologia mais eficiente. Dessa forma, o novo valor a ser depreciado é definido pelo custo de reposição do ativo, ou seja, o custo atualizado (CCA), necessário para se adquirir o mesmo ativo nas condições existentes. Nas circunstâncias de obsolescência técnica, o custo de reposição é calculado como sendo o valor de aquisição de Ativo Moderno Equivalente (MEA), que deve apresentar o mesmo nível de funcionalidade e capacidade do ativo existente. Nesse caso, a metodologia utilizada deve ser flexível o suficiente para permitir a adoção dos conceitos de manutenção do capital financeiro (FCM) e de manutenção do capital operacional (OCM). No primeiro caso, a depreciação acumulada ao final da vida (econômica) do ativo se iguala ao valor inicial do ativo. No segundo caso, a depreciação acumulada no final da vida (econômica) do ativo permite a substituição do ativo depreciado por outro que assegure a capacidade operacional original. ESTUDO DE CASO O estudo de caso analisado se baseia no PMU II (Plano de Metas para a Universalização do Serviço Telefônico Fixo Comutado), aprovado pela Anatel e que amplia o acesso aos Terminais de Uso Público - TUPs (orelhões), com a instalação e manutenção desses terminais nas localidades com menos de cem habitantes 7. Considerando a extensão deste estudo de caso, restringe-se a análise para o caso mais representativo das empresas responsáveis pelo cumprimento das obrigações, ou seja, o cálculo da PCNR é feito para a Região I do Plano Geral de Outorgas (PGO), na qual se encontram cadastradas localidades pertencentes a municípios (de um total em torno de localidades com menos de cem habitantes). Para realizar esse cálculo é necessário comparar diferentes soluções tecnológicas para a ampliação das redes das empresas responsáveis pelas obrigações, visto que as suas redes metálicas podem não representar a melhor solução econômica ou não apresentar viabilidade técnica. Assim, a metodologia faz uso de um modelo bottom-up capaz de identificar a tecnologia mais eficiente para cada localidade a ser atendida. Os resultados obtidos são decorrentes dos investimentos necessários ao cumprimento da política pública, definindo-se como critério de corte para o conjunto de municípios população inferior a 50 habitantes, ou seja, para localidades (cerca de 60% do total da região I) com população entre 50 e 100 habitantes. Em seguida, uma análise de sensibilidade permite identificar o método de depreciação econômica mais adequado para os cenários com diferentes variações nos custos de reposição dos ativos. Resultados Obtidos Após dimensionar a expansão de rede necessária para o atendimento dessas localidades, utilizando diferentes tecnologias (sistema celular, rádio ponto a ponto, rede metálica e satélite) são determinados os valores de CAPEX e OPEX decorrentes do projeto bem como suas receitas diretas e indiretas para cada município. Todos esses valores financeiros, incluindo os tributos previstos, são consolidados e expressos em base trimestral no fluxo de caixa do projeto, que tem duração de 10 anos. Em seguida, a PCNR é calculada pelo método de mensuração de resultados coorporativos Market Value Added (MVA), que combina conceitos de Economic Value Added (EVA ) e de Valor Presente Líquido (VPL), conforme descrito no Anexo I de (Stern Stewart & Co, 2004)Error! Reference source not found.. Sendo que, para este cálculo são considerados valores nulos de capital de giro, de depreciação acumulada no início do período de estudo e variação nula dos valores de custo de reposição dos ativos empregados a cada ano. Os principais resultados são consolidados a Valor Presente, conforme a seguir: PCNR = R$ 30,3 Mi (PCNR / acesso = R$ 7,3 custo de capital de 12%, conforme (Bragança, 2006)Error! Reference source not found.; PCNR = R$ 28,4 Mi (PCNR / acesso = R$ 6,8 custo de capital de 14,22%, conforme (Stern Stewart & Co, 2004)11. 7 O PMU II tem como foco as localidades com menos de cem habitantes e implementa a política pública estabelecida pelo Ministério das Comunicações por meio da Portaria nº 555/2007, que visa complementar o atendimento previsto no Plano Geral de Metas para a Universalização do Serviço Telefônico Fixo Comutado (PGMU). Anais da V Conferência ACORN-REDECOM, Lima, de maio de

7 Análise de Sensibilidade Para observar o efeito decorrente do método de depreciação econômica empregado, OCM ou FCM, é estabelecida uma variação nos valores dos custos de reposição dos ativos empregados, com excursão entre -10% e 10% ao ano e, em seguida, são verificadas as variações em relação aos valores obtidos com 0% de variação anual do CAPEX. Nas Tabelas 1 e 2 são apresentadas essas variações referentes ao valor total depreciado ao longo do período (VP), ao benefício gerado em relação à tributação sobre o lucro/prejuízo (VP) e, por fim, ao valor de PCNR (VPL), seja para o método OCM bem como FCM. Custo de Capital Variação Anual CAPEX VP Total Depreciação VP Tributação sobre Lucro VPL PCNR 10 60,7 29,1 24,4 5 26,6 12,7 10, ,0 0,0 0, ,7-9,9-8, ,9-17,7-15, ,8 28,2 23,1 5 25,8 12,4 10,2 14,22 0 0,0 0,0 0, ,2-9,7-8, ,1-17,3-14,6 Tabela 1 Método de depreciação OCM Custo de Capital Variação Anual CAPEX VP Total Depreciação VP Tributação sobre Lucro VPL PCNR 10 18,8 9,0 18,2 5 9,3 4,4 8, ,0 0,0 0,0-5 -8,7-4,2-7, ,8-8,0-13, ,0 8,1 18,4 5 8,5 4,1 8,5 14,22 0 0,0 0,0 0,0-5 -8,1-3,9-7, ,5-7,5-13,3 Tabela 2 Método de depreciação FCM Observa-se para o método OCM, que a variação nos valores de reposição dos ativos provoca variações significativas nos valores de depreciação acumulada que, por sua vez, são capturadas no cálculo da tributação sobre o lucro/prejuízo e se mostram relevantes para o cálculo da PCNR, principalmente, em cenários nos quais os custos de reposição podem sofrer elevação. Enquanto, no método FCM, a influência da variação nos valores de reposição dos ativos é minimizada, no que diz respeito às variações nos valores de depreciação acumulada. Por sua vez, essas variações atenuam os efeitos no cálculo da tributação sobre o lucro/prejuízo e da PCNR. Anais da V Conferência ACORN-REDECOM, Lima, de maio de

8 Do ponto de vista do investidor, o método OCM é desejável somente em cenários nos quais os custos de reposição podem sofrer elevação, visto que os valores atualizados são maiores do que aqueles históricos e, portanto, os valores reembolsados pela PCNR resultam maiores. Porém, face à obsolescência tecnológica acelerada que o setor de telecomunicações enfrenta, tais cenários se mostram improváveis 8. Ainda sob o mesmo ponto de vista, o método FCM se mostra mais conveniente nos cenários com redução de custos de reposição, os mais prováveis. Apesar de resultar em valores maiores de PCNR, por garantir a depreciação total do valor inicial investido, sua utilização minimiza a incerteza de como os custos de reposição sofrerão redução. Por fim, observa-se que a taxa de custo de capital, mesmo sendo uma componente importante para o cálculo dos custos econômicos, sua variação não interfere na variação do cálculo da PCNR. CONCLUSÃO Este estudo teve por objetivo realizar a modelagem analítica da estrutura eficiente de custos de uma RTPC, voltada para o cálculo da PCNR, a ser ressarcida pelos recursos do FUST, por ocasião de imputação adicional de metas de universalização às empresas responsáveis por seu cumprimento. Para essa modelagem foi descrita uma metodologia para a apuração de custos evitáveis, cuja ocorrência seja exclusivamente devida à execução das obrigações de universalização sob análise, a partir de modelos de engenharia que reproduzem a estrutura de CAPEX e OPEX de uma RTPC. Da experiência internacional observou-se que tais metodologias são indicadas para a gestão de custos dos serviços suportados por uma RTPC e que a ferramenta HCPM descreve adequadamente a estrutura de custos das redes de acesso, de comutação e de transmissão. A utilização do HCPM como ferramenta para o cálculo dos custos, relacionados à construção da infraestrutura de rede envolvida em obrigações de universalização, permite total controle sobre as diferentes fases de cálculo, e dos diferentes segmentos da rede, propiciando um profundo entendimento sobre a estrutura de custos de uma RTPC eficiente, atendendo os requisitos da legislação e da regulamentação. Além disso, a utilização de métodos modernos de avaliação econômica de projetos como o MVA permite a adoção de diferentes métodos de depreciação econômica dos ativos, conforme exige a regulamentação por custos a ser implantada no Brasil. Do estudo de caso proposto, é possível observar as consequências da adoção do método de depreciação FCM sendo a principal aquela de minimizar os efeitos da variação nos valores de reposição dos ativos no cálculo da tributação sobre o lucro/prejuízo e, consequentemente, da PCNR. AGRADECIMENTOS Os autores gostariam de agradecer o Engenheiro Rodrigo Alves Hodgson pelo excelente trabalho no desenvolvimento e na integração dos modelos técnicos e econômicos utilizados neste estudo, por meio das funções financeiras, matemáticas, lógicas e da linguagem de programação Macro-VBA do EXCEL. Obviamente, os erros decorrentes das análises são de exclusiva responsabilidade dos autores. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. Lei no (2000). Institui o Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações, Brasil. 2. Resolução nº 269 (2001). Regulamento de Operacionalização da Aplicação de Recursos do FUST, Brasil. 3. Department of Communications, Information Technology and the Arts (2004). Review of the operation of the universal service obligation and customer service guarantee, Parts 2 and 5 of the Telecommunications (Consumer Protection and Service Standards) Act 1999, Austrália. 4. WIK (1997). Costing and Financing Universal Service Obligations in a Competitive Telecommunications Environment in the European Union. Bad Honnef, Alemanha. 8 Mesmo em situações de substituição por ativos modernos equivalentes, a redução nos custos dos ativos é prevista devido à normalização que se deve fazer em relação às capacidades envolvidas e funcionalidades presentes. Anais da V Conferência ACORN-REDECOM, Lima, de maio de

9 5. Webb, D., Rebstock, P. e Curtin, D. (2003). Draft Determination for TSO Instrument for Local Residential Service for period between 20 December 2001 and 30 June 2002, Nova Zelândia. 6. Rey, R. F. (1983). Engineering and Operations in the Bell System, 2ª edição, AT&T Bell Laboratories, Nova Jersey, EUA. 7. Benitez, D. A., Estache, A., Kennet, D. M. e Ruzzier, C. A. (2000). Are cost models useful for telecoms regulators in developing countries?, World Bank Policy Research Working Paper No. 2384, Washington, EUA. 8. OFCOM Office of Communications (2005). Review of the Universal Service Obligation. Londres, Inglaterra. 9. Giansante, M. (2007). Aplicação de modelos de engenharia para a identificação. Dissertação de mestrado, Universidade Estadual de Campinas, Campinas. 118p. 10. Stern Stewart & Co (2004). Análise da rentabilidade do setor de telefonia fixa no Brasil, Brasil. 11. Bragança, G. F., Rocha K. e Camacho. F. (2006) A taxa de remuneração do capital e a nova regulação das telecomunicações, Texto para Discussão, 1.160, IPEA, Brasil Anais da V Conferência ACORN-REDECOM, Lima, de maio de

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