USO URBANO E URBANO-INDUSTRIAL

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1 14 DIAGNÓSTICO SOCIOAMBIENTAL - LITORAL NORTE O outro segmento da atividade em questão é constituído por um grande número de micro e pequenas unidades de produção que ocorrem dispersas na malha urbana dos municípios da área. Integram tal segmento a maior parte das padarias e serrarias, os fabricos de móveis e produtos alimentares, confecções, gráficas, serralharias etc. que utilizam, quase sempre, a mão-de-obra da família e, eventualmente, um a três assalariados, em geral sem vínculo empregatício. Descapitalizadas e com baixo nível tecnológico, a quase totalidade dessas indústrias apresenta baixa produtividade e grande potencial degradador, contribuindo, freqüentemente, para a poluição do solo, do ar e dos recursos hídricos das áreas onde estão localizadas. Ao contrário do segmento moderno, a atividade artesanal tende a continuar expandindo-se e a manter o baixo nível tecnológico e de produtividade vigente no setor USO URBANO E URBANO-INDUSTRIAL As áreas urbanas do Litoral Norte concentram-se nas porções sul-oriental e oriental desse segmento litorâneo, avançando para o norte ao longo da BR-101 (até o limite entre os municípios de Igarassu e Itapissuma) e da PE- 05 (até a cidade de Itapissuma). Pelo litoral, a ocupação urbana estende-se ao longo da orla marítima, desde a Praia do Janga (em Paulista) até a Praia de Carne de Vaca, com uma breve interrupção no trecho compreendido entre essa última praia e a de Ponta de Pedras (ambas, no município de Goiana). Integram essas concentrações as áreas urbanas dos municípios de Paulista, Abreu e Lima, Igarassu, Itapissuma e Itamaracá e do distrito de Ponta de Pedras, no município de Goiana (mapa 02). Fora das citadas concentrações, constituindo áreas urbanas isoladas, encontram-se as cidades de Goiana, Itaquitinga e Araçoiaba e as vilas de Tejucopapo (município de Goiana) e Três Ladeiras (município de Igarassu). Com exceção da vila de Tejucopapo, que localiza-se na porção norte-oriental do Litoral Norte, os demais núcleos urbanos estão localizados na porção ocidental desse segmento do Litoral Pernambucano (mapa 02). Os dois conjuntos de áreas urbanas acima mencionados o das porções oriental e sul-oriental e o da extremidade ocidental do Litoral Norte ocupam, em geral, superfícies planas dos terraços marinhos e fluviais e, em menor escala, áreas de relevo ondulado modelado em depósitos das formações Barreiras, Beberibe e Gramame. O primeiro dos conjuntos supracitados teve sua origem vinculada a três fatores propulsores de urbanização indústria, função administrativa e pesca/lazer e, como ponto de partida, os primeiros núcleos a abrigarem essas funções, na área, quais sejam: o núcleo urbano-industrial de Paulista, o núcleo administrativo de Igarassu e as povoações de pescadores que surgiram ao longo da orla marítima e constituíram pontos de atração para veranistas e turistas. Posteriormente, os eixos viários que cortam o Litoral Norte BR-101 Norte, PE-015, PE-018, PE- 05, PE-022 e vias litorâneas funcionaram como catalizadores do processo de expansão dos núcleos originais e como motivadores da conurbação entre os núcleos urbanos em apreço e destes com Olinda e Recife.

2 DIAGNÓSTICO SOCIOAMBIENTAL - LITORAL NORTE A AGLOMERAÇÃO URBANO-INDUSTRIAL DA PORÇÃO SUL-ORIENTAL DO LITORAL NORTE A vocação urbano-industrial de Paulista nasceu no final do século XIX, com a instalação, em 1891, no município de Paulista, da Companhia de Tecidos Paulista (Lima, 2000, p. 6) e, posteriormente, da Fábrica Aurora, também do gênero Têxtil. Junto a cada uma dessas indústrias surgiram, no início do século XX, as respectivas vilas operárias (FIDEM, 1978, p. 81), ao mesmo tempo que, entre ambas, foi-se constituindo o centro comercial e administrativo do núcleo urbano em formação. Com a implantação, em 1966, do Distrito Industrial Arthur Lundgren, em Paulista e Abreu e Lima, à margem da BR-101 Norte, teve início a expansão do núcleo urbano-industrial de Paulista, fenômeno que recebeu grande impulso, a partir dos anos setenta, com a construção, pela COHAB, dos conjuntos habitacionais Arthur Lundgren I e II (entre a PE-015 e a BR-101 Norte), Jardim Paulista (a oeste do núcleo urbano-industrial), Maranguape I e II e Engenho Maranguape (à margem da PE-022) (mapa 02). A construção de conjuntos habitacionais ao longo da PE-022 transforma essa rodovia em eixo direcionador da expansão urbana de Paulista para nordeste, motivando o surgimento, nas décadas seguintes (oitenta e noventa), tanto de loteamentos populares (Nossa Senhora da Conceição, Riacho da Prata, Alameda Paulista) como de invasões (Chega Mais, Lagoa Azul e outras), em áreas alagadas e manguezais, à retaguarda da citada rodovia. A expansão da cidade para o sul e para sudoeste, no ritmo em que vem-se processando, em breve interligará o núcleo urbano de Navarro e a Vila Torres Galvão, em Paulista, com a mancha urbana norte-ocidental de Olinda, completando, assim, a conurbação dos dois centros urbanos. A expansão do núcleo urbano-industrial de Paulista, através do surgimento de novos bairros, deu lugar à constituição de subcentros comerciais e de prestação serviços, tanto no interior desses bairros como ao longo das principais vias de ligação dos mesmos com os núcleos urbanos mais antigos Paulista-sede, Navarro, Paratibe e Fragoso -, ampliando a diferenciação funcional da cidade e fortalecendo sua centralidade no sistema urbano metropolitano. A elevada taxa de crescimento demográfico aliada à valorização crescente do solo urbano em Paulista, tem motivado a ocupação irregular das áreas livres (praças, jardins, vias de circulação e espaços entre as moradias) tanto dos conjuntos habitacionais supracitados como de outros setores do tecido urbano, inclusive de áreas protegidas (alagados, manguezais) e áreas de risco (várzeas fluviais e encostas com alta declividade). A ocupação dessas áreas com moradias e instalações para comércio e serviços informais, tem contribuído para a degradação do solo e dos recursos hídricos, na medida em que provoca a sobreutilização do sistema de esgotamento sanitário e o escoamento dos dejetos diretamente para os canais, rios e estuários. Além da expansão do núcleo urbano-industrial de Paulista, a implantação do Distrito Industrial Arthur Lundgren, em 1966, impulsionou a ocupação urbano-industrial ao longo da PE-015 e da BR-101 Norte, a ponto de... vêse a área composta por Paulista, Paratibe e Abreu e Lima, formar quase uma conurbação que se estende em direção a Igarassu. (Costa, 1982, p. 84). A exemplo de Paulista, a expansão do núcleo urbano de Abreu e Lima intensificou-se a partir dos anos setenta, com a construção pela COHAB, do Núcleo Habitacional de Abreu e Lima (1974) e, posteriormente, dos conjuntos habitacionais Caetés I, II e III (mapa 02). A instalação de várias indústrias isoladas, ao longo da BR-101 e a constituição de um importante eixo de comércio e serviços, no trecho em que essa rodovia corta a cidade de Abreu e Lima, foi outro fator decisivo para a expansão acelerada desse núcleo urbano. A implantação, nas décadas de 80 e 90, de vários loteamentos (Jardim Planalto, Arco-iris, Boa Sorte, Parque Alvorada, Santo Antônio e São José) atesta o intenso ritmo de crescimento da cidade, nesse período.

3 16 DIAGNÓSTICO SOCIOAMBIENTAL - LITORAL NORTE Menos industrializada do que Paulista e apresentando porte funcional bem mais modesto do que aquele centro urbano, Abreu e Lima desempenha a função de cidade dormitório com elevado contingente de população de baixa renda. A inserção desse contingente populacional no espaço urbano em análise tem-se dado tanto pela ocupação irregular das áreas livres dos loteamentos regularizados como através de invasões em áreas de morros, a exemplo do Morro do Fosfato (Alto José Bonifácio) a maior invasão de Abreu e Lima e, mais recentemente, na periferia dos conjuntos habitacionais da COHAB, incluindo-se, nesse caso, a Invasão Frei Damião localizada na periferia norte do Conjunto Habitacional Caetés I e a ocupação das encostas com alta declividade situadas entre os conjuntos habitacionais Caetés I e II. Essas formas de ocupação desordenada do solo, além de contribuírem para a desestabilização das encostas e o aumento das áreas de risco, em conseqüência da devastação da cobertura vegetal dessas áreas, degradam o solo e os cursos de água pelo lançamento, nos mesmos, dos resíduos (excedentes ou totais) de origem doméstica e industrial. A falta de saneamento ou a precariedade desse sistema na maior parte dos bairros, agrava, em muito, o problema ambiental do núcleo urbano em apreço. O segundo núcleo gerador da aglomeração urbana sul-oriental do Litoral Norte o núcleo urbano de Igarassu surgiu no século XVII, constituindo, juntamente com Olinda e Conceição (em Itamaracá), as primeiras vilas fundadas no Nordeste (Andrade, 1977, p. 24). Guardando as características originais, em conseqüência do fraco dinamismo apresentado ao longo de sua evolução, Igarassu, com suas igrejas, seu convento, seu recolhimento de mulheres virtuosas, seu suntuoso edifício da Cadeia e da Câmara era [no século XVIII] um pequeno centro urbano, onde funcionavam dois curtumes. Na sua área de influência situavam-se as povoações de Tracunhaém e Bom Jardim (Idem, p.4). Como outras cidades nordestinas desprovidas de indústrias e dependentes da área rural que as cerca, Igarassu possuía, em 1950, habitantes, enquanto a cidade de Paulista (a sede + a vila de Navarro) e as vilas de Paratibe e Abreu e Lima possuíam, naquele ano, respectivamente 21 24, e habitantes (IBGE, 1960). Embora conte, hoje, com um parque industrial formado por 0 grandes indústrias, Igarassu apresenta níveis elevados de desemprego chegando a 40% da população [total] e taxa de analfabetismo da ordem de 6% da população adulta (Melo, 2001, p.5), a par de um crescimento urbano médio de 4,5% ao ano, no período (IBGE, 2001). Crescimento esse que, no caso específico da sede municipal, foi da ordem de 6,0% ao ano, no período e de 5,8% ao ano, no período Funcionando como zona de amortecimento dos fluxos migratórios que se dirigem da Mata Setentrional para o Núcleo Metropolitano, a cidade de Igarassu vê crescer, a cada ano, o cinturão de miséria de sua periferia. Dentre os fatores que contribuem para as elevadas taxas de crescimento do núcleo urbano de Igarassu, figuram: a) sua proximidade do mercado de trabalho metropolitano; b) o valor relativamente baixo do solo na periferia desse núcleo urbano (sobretudo se comparado àquele das áreas correlatas de Recife, Olinda e Paulista); c) a presença de granjas e sítios em torno da cidade, gerando oportunidade de emprego para uma parcela da força de trabalho não qualificada; d) a proximidade do estuário, de onde a população de baixa renda, mormente a desempregada, retira parte de seu sustento. O dinamismo demográfico de Igarassu se reflete no grande número de loteamentos implantados em seu perímetro urbano, nas décadas de oitenta e noventa (Loteamentos Encanto Igarassu ; Projeto Verde Teto e Centro Igarassu, em 1987; Condomínio Santa Cruz - 199; Padre Cícero, Frei Damião, Santa Bárbara, Rumo Leste e Privê Vila Harmonia, em 1994; Cortegada 1996; Parque Igarassu e Nova Holanda, em 1997; Bairro Novo de Monjope 1998, entre outros).

4 DIAGNÓSTICO SOCIOAMBIENTAL - LITORAL NORTE 17 Até 1970, a área urbana do distrito-sede de Igarassu compunha-se do pequeno núcleo formado em torno do centro histórico localizado à margem da PE-05 (ao sul do ponto em que essa rodovia corta o rio Igarassu) e distava quatro quilômetros de Cruz de Rebouças, seu bairro mais importante cortado pela BR-101. O crescimento urbano pós-setenta não só preencheu os espaços vazios entre aqueles núcleos, interligando-os, como projetou a ocupação urbana para o norte ao longo da BR-101 e da PE-05, até a divisa de Igarassu com Itapissuma, para oeste e para leste desses eixos viários, agregando, ao tecido urbano, áreas até então integrantes de granjas e sítios de coco. Paralelamente, concentram-se em torno dos citados eixos viários a função comercial e os principais equipamentos de prestação de serviços. Concomitante à ocupação planejada do solo urbano, proliferaram, em Igarassu, as ocupações irregulares efetuadas tanto através de invasões em áreas de antigos e novos loteamentos (Recanto Igarassu, Cortegada, São Vicente e outros) como em áreas alagadas, margens de rios e estuários. Combinam-se, assim, no mesmo espaço, crescimento urbano, surgimento de bolsões de pobreza e ocupação desordenada do solo, como fatores de degradação sobretudo dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos com o agravante de encontrar-se esse núcleo urbano inteiramente situado sobre a superfície de afloramento da Formação Beberibe (aqüífera) e conter apenas uma comunidade com esgotamento sanitário a Vila Saramandaia, construída pela COHAB, provavelmente na década de setenta. Também sobre a Formação Beberibe, encontra-se localizado o núcleo urbano de Itapissuma, interligado a Igarassu e a Itamaracá pela PE-05 e separado do primeiro desses aglomerados apenas pelo Distrito Industrial José Ermírio de Moraes que se estende do limite sul do município de Itapissuma até a periferia da sede municipal. Tendo como origem um pequeno porto, à margem do Canal de Santa Cruz, junto ao qual se formou uma aldeia de pescadores, a povoação de Itapissuma teve sua evolução vinculada à atividade pesqueira. Mais tarde, a PE- 05, que liga Igarassu à Ilha de Itamaracá (...) vem interferir na configuração da trama urbana, atravessando o núcleo de Itapissuma. (FIDEM, 1978, p. 121). A construção, em 1940, da Ponte sobre o Canal de Santa Cruz deve ter impulsionado a expansão do aglomerado ao longo da PE-05 e da Estrada do Pasmado rodovia secundária que interliga Itapissuma à BR-101, na altura da igreja de Nossa Senhora da Boa Viagem do Pasmado. Cidade de pequeno porte, Itapissuma caracteriza-se como um núcleo residencial com um setor terciário (comércio e serviços) de reduzida expressão, concentrado ao longo da PE-05 (ruas João Pessoa, Frei Serafim e Praça Agamenon Magalhães) e do cais em cujo entorno (Bairro São Gonçalo) reside o segmento social de renda mais alta, predominando, no restante do espaço urbano, a população de renda baixa (pescadores e subempregados) e os desempregados. Ocupando terras do Patrimônio (da Igreja) e cercada por Fazendas de coco Fazenda Mulata (ao norte e a oeste) e Fazenda da Cobra (ao sul) a cidade tem formato alongado no sentido leste-oeste (mapa 02) e não dispõe de espaço para crescer, embora tenha apresentado crescimento anual moderado (2,8%), no período A partir de 1970, a expansão urbana de Itapissuma tem-se dado, sobretudo, através de invasões, sendo essa a origem de vários bairros, a exemplo de Cajueiro, Várzea, Nossa Senhora da Conceição, Grêmio, São Pedro e Barreiro. O único loteamento existente no perímetro urbano de Itapissuma o Cidade Criança surgiu na década de oitenta e já tem uma invasão em sua periferia sul e sudoeste, junto do manguezal do riacho dos Paus, afluente do rio das Pacas. Impedida de expandir-se em áreas contíguas, a cidade tem parte de seu crescimento direcionado para o Bairro Mangabeira, localizado na porção centro-sul do município, a cerca de três quilômetros do núcleo urbano, ao lado do distrito industrial. Situado na zona rural do município, em área loteada para granjas e chácaras, o bairro em apreço não tem calçamento e dispõe de poucos equipamentos e serviços para atender à população constituída, na maior parte, de desempregados, pescadores e trabalhadores rurais.

5 18 DIAGNÓSTICO SOCIOAMBIENTAL - LITORAL NORTE Com apenas 15% da área da sede (ou cerca de 500 domicílios) atendidos com esgotamento sanitário (rede de coleta e tratamento do esgoto) à época da pesquisa (outubro de 1999), Itapissuma apresenta como principal problema ambiental o alto risco de contaminação do Aqüífero Beberibe, sobre o qual estão assentados a cidade e o Bairro Mangabeira, bem como do Canal de Santa Cruz, em cuja margem situam-se áreas urbanas (inclusive, invasões) desprovidas de esgotamento sanitário e, mesmo, de fossa séptica, utilizada apenas por 5,2% dos domicílios, em A URBANIZAÇÃO DA ORLA MARÍTIMA Disposta ao longo do litoral, a área que abriga a concentração urbana da porção oriental do Litoral Norte teve sua ocupação inicial definida pela presença, ali, de três elementos característicos do litoral nordestino o mar, os terraços marinhos e restingas e os manguezais. Esses três elementos deram origem às formas de ocupação que, por muito tempo, marcaram a paisagem da área em apreço, quais sejam: sítios de coqueiro, lavouras de subsistência e algumas fruteiras, assinalando a presença de habitações rústicas e dispersas. (Costa, 1982, p.21). Essa paisagem que predominou, em toda orla marítima norte, até o início dos anos setenta, sofreria, a partir de então, profundas modificações impulsionadas pela intensificação do processo de expansão urbana de Recife. Esse processo, que teve como um de seus eixos a faixa de praia norte da RMR, atingiu a área na década de cinqüenta, com a implantação, na orla marítima de Paulista, em 195, do primeiro loteamento... localizado no início do Janga (...) estendendo-se desde a beira-mar até próximo à Lagoa Tururu. Idem, p. 110). Com esse loteamento, iniciou-se também a expulsão dos antigos moradores da área próxima ao mar muitos dos quais, não tendo para onde ir, fixaram-se em local próximo à lagoa (...) resultando a formação no local de um pequeno aglomerado que recebeu a denominação de Tururu. O surgimento de outros loteamentos e a expulsão dos moradores que ocupavam as áreas loteadas fizeram surgir, mais adiante, um outro aglomerado denominado Ilha dos Macacos (p. 110) que, junto com Tururu, constituíram as primeiras favelas do espaço em questão. Ao longo da década de setenta, intensificou-se a ocupação da faixa litorânea, próxima à praia e à rodovia PE-001, atingindo Pau Amarelo (ao norte) e provocando o recuo, para o interior, das populações nativas forçadas a abandonarem as áreas loteadas. Nas décadas de oitenta e noventa, o processo de expansão urbana, iniciado em Paulista na década de cinqüenta, alcança as praias de Conceição e Maria Farinha e avança para o norte (fotos 6 e 7), envolvendo núcleos urbanos e povoados antigos do litoral de Igarassu, Itamaracá e Goiana, reproduzindo, na orla marítima desses municípios, a dinâmica que, nas décadas anteriores, presidiu a urbanização da orla de Paulista. Tanto em Paulista, como nos demais municípios, paralelamente ao adensamento da ocupação da faixa próxima do mar - mais valorizada e apropriada pelo segmento social de renda média e média alta efetuou-se a ocupação das áreas afastadas da orla por moradias de padrões construtivos progressivamente baixos (foto 8), evoluindo para padrões subnormais, nas áreas de mangues e alagados e nas encostas das colinas e tabuleiros que limitam, em alguns trechos, os terraços litorâneos. Não só no tocante ao padrão construtivo, mas também quanto à infraestrutura, a faixa próxima do mar diferencia-se daquelas mais interiorizadas que se apresentam progressivamente desprovidas de áreas livres, vias de circulação largas e pavimentadas, esgoto etc. Uma outra característica da concentração urbana litorânea é a existência, ali, de dois setores distintos quanto ao período de ocupação das moradias e à utilização dos serviços que atendem à população: os setores de ocupação permanente e os de veraneio. No primeiro caso, incluem-se os setores urbanos ocupados pela população nativa (residente nos núcleos antigos) ou pelo contingente de renda média e média-alta que, aos poucos, foi transferindo sua residência de Recife e Olinda para a orla litorânea dos municípios próximos dessas cidades, onde já eram veranistas. No segundo caso, situam-se as áreas cuja ocupação das moradias ocorre apenas nos meses de verão ou de alta estação (dezembro a fevereiro) bem como em feriados prolongados.

6 DIAGNÓSTICO SOCIOAMBIENTAL - LITORAL NORTE 19 FOTO 6 Início da expansão urbana (1990), à retaguarda da Praia de Catuama (Ponta de Pedras, Goiana) FOTO 7 Loteamento Porto do Sol, em fase adiantada de ocupação (1999), em Catuama (Ponta de Pedras, Goiana)

7 140 DIAGNÓSTICO SOCIOAMBIENTAL - LITORAL NORTE FOTO 8 Invasão na encosta do tabuleiro, assinalando a expansão do bairro Malvinas (comunidade de pescadores), em Ponta de Pedras, Goiana. Dentre os setores urbanos litorâneos com predominância de ocupação permanente, encontram-se: a) o trecho do litoral de Paulista que se estende da Praia do Janga até a Praia de Nossa Senhora do Ó, abrangendo tanto a orla marítima como as áreas a sua retaguarda, limitadas, a oeste, pelo Parque do Janga e pelo estuário do rio Timbó; b) os núcleos urbanos de ocupação antiga constituídos pela vila de Nova Cruz (em Igarassu), pelo conjunto urbano de Pilar-Jaguaribe (em Itamaracá) e pelas povoações de Barra de Catuama, Ponta de Pedras e Carne de Vaca (em Goiana), onde reside a população vinculada à pesca, ao comércio e à prestação de serviços. Nos setores urbanos litorâneos com predominância de ocupação temporária para veraneio ou lazer de segunda residência, incluem-se: a) a orla marítima de Paulista, no trecho entre a Praia de Nossa Senhora do Ó e o Pontal de Maria Farinha; b) a orla marítima de Igarassu que se estende do entorno da vila de Nova Cruz até o limite norte da Praia de Mangue Seco; c) a orla marítima de Itamaracá, do Forte Orange até o limite do setor de ocupação permanente de Pilar e Jaguaribe bem como da Praia do Sossego até o Pontal da Ilha; d) a orla marítima de Goiana, no trecho entre a povoação de Barra de Catuama e o limite sul da vila de Ponta de Pedras (incluindo o núcleo antigo e a Vila Malvinas) e no trecho que circunda a povoação de Carne de Vaca. A diferenciação funcional das áreas em apreço segundo momento do processo de estruturação dos núcleos urbanos caracteriza-se pelo surgimento, nas mesmas, de centros e eixos de comércio e serviços, para atendimento tanto à população permanente como ao contingente que acorre a essas áreas com objetivo de turismo e lazer. Os centros de comércio e serviços que, em geral, ocorrem no interior dos núcleos antigos (cuja constituição precedeu a urbanização recente) surgiram, com freqüência, em torno de uma praça central, dali irradiandose para as ruas próximas, dando origem ao centro expandido.

8 DIAGNÓSTICO SOCIOAMBIENTAL - LITORAL NORTE 141 Enquanto isso, nas áreas de ocupação recente, o comércio e os serviços tendem a concentrar-se ao longo dos eixos viários que cortam essas áreas, a exemplo das vias litorâneas PE-001 e PE-05 a primeira, em Paulista e no trecho sul do litoral de Itamaracá e a segunda, na porção centro-oriental desse último município. Em torno desses eixos, localiza-se a maior parte do comércio e dos serviços de apoio às atividades de turismo e lazer supermercados, padarias, casas de material de construção, restaurantes, bares, lanchonetes, hotéis, pousadas, marinas etc. Sendo a faixa litorânea área de rápida valorização do solo, o adensamento da ocupação urbana, no setor, traz consigo problemas relacionados à apropriação de áreas públicas (privatização da praia através da instalação de barracas e da construção de muros (foto 9) e rampas, motivando a erosão acelerada e o recuo da linha de costa; obstrução das vias de acesso à praia) e à degradação dos recursos naturais. Contribui também para a urbanização desordenada da orla marítima, a especulação imobiliária responsável pela manutenção de extensas glebas desocupadas, próximo à praia, enquanto ocorre o adensamento e a apropriação irregular de outras áreas. FOTO 9 Avanço de muro e de cercas na faixa de praia (Catuama, Goiana). A degradação ambiental da orla marítima urbanizada tem como causa principal a inexistência de esgotamento sanitário, na maior parte das áreas de ocupação recente, tendo como conseqüência inevitável a poluição do solo, dos recursos hídricos superficiais e subterrâneos e da própria praia, onde deságuam pequenos rios (maceiós) que, transformados em esgotos, lançam na praia dejetos domésticos, sem qualquer tratamento (foto 40). Muitos desses cursos de água foram aterrados após o loteamento da área, o mesmo ocorrendo com mangues e alagados que separavam restingas e terraços marinhos antigos e recentes.

9 142 DIAGNÓSTICO SOCIOAMBIENTAL - LITORAL NORTE A DINÂMICA DOS NÚCLEOS URBANOS DA PORÇÃO OCIDENTAL DO LITORAL NORTE Separados espacialmente, os núcleos urbanos da porção ocidental da área refletem, em sua estrutura socioespacial, a dinâmica das áreas rurais onde estão inseridos. Dentre estes, apenas a cidade de Goiana sobressai em porte demográfico e funcional, apresentando, em 1991, uma população residente de 750 habitantes que, no ano 2000, deve situar-se abaixo de habitantes, considerando-se a taxa de crescimento anual da população urbana do município, no período - 0,8% - (IBGE, Resultados Preliminares do Censo Demográfico de 2000). FOTO 40 Maceió poluído por lixo e esgoto (Praia de Jaguaribe, Itamaracá). Na área de influência urbana de Goiana, situam-se Itaquitinga e Tejucopapo, cuja população, no ano 2000 totalizava, respectivamente, e habitantes, esta última estimada com base na taxa de variação anual da população urbana do município de Goiana ao qual vincula-se, administrativamente, a vila de Tejucopapo. Araçoiaba, situada na área de influência urbana de Igarassu, possuía, então, habitantes, tendo crescido à taxa de,6% ao ano, no período , enquanto Itaquitinga crescera, no mesmo período, 1,5% ao ano. Os quatro núcleos urbanos têm como traço comum a forte dependência da agroindústria açucareira cujo dinamismo econômico presidiu-lhes a evolução. A constituição do núcleo populacional, que daria origem à cidade de Goiana remonta ao século XVI. Surgiu com a exploração do pau-brasil e, posteriormente, da cana-de-açúcar no vale do rio Goiana, transformando-se em vila, no final do século XVII (IPECONSULT, 1999, p. 42). O vigor da economia da área reflete-se na expansão do núcleo urbano de Goiana e no expressivo patrimônio histórico-religioso, ali, existente no século XVIII, constituído pela Santa Casa de Misericórdia e pelas igrejas localizadas na área central da cidade e no seu entorno, testemunhando, nos dias atuais, o esplendor daquela época (p. 44).

10 DIAGNÓSTICO SOCIOAMBIENTAL - LITORAL NORTE 14 Expandindo-se a partir dos monumentos religiosos construídos nos séculos XVII e XVIII, o tecido urbano de Goiana foi-se estruturando a custa do parcelamento das áreas de sítios localizadas em torno ou nas proximidades desses monumentos (p. 51). Elevada à categoria de cidade em 05 de maio de 1840, Goiana constituiu, no século XIX, importante centro comercial, exportador de produtos agrícolas e importador de artigos da Europa para consumo de sua elite. A inauguração, em 1870, do Canal de Goiana atesta esse fato, ao mesmo tempo que favorece a ampliação do comércio e o fortalecimento da cidade como centro comercial, ensejando a instalação, em 1882, da Associação Comercial de Goiana (IPECONSULT, 1999, p. 46). A pujança econômica da cidade, no século XIX, impulsiona a expansão da área urbanizada, reduzindo os vazios que separavam os núcleos iniciais de urbanização. Apesar das crises conjunturais que atingiram o setor açucareiro e abalaram a economia do município, no século XIX, Goiana mantém sua importância econômica e política a ponto de ser contemplada com a instalação, em 1894, de uma das cinco indústrias têxteis implantadas em Pernambuco, no período de a Fiação de Tecidos Goiana (FITEG) que impulsionará a expansão da malha urbana para o norte, para leste e nordeste, motivando a ocupação das áreas próximas do complexo urbano-têxtil (...) composto pela fábrica, casa do proprietário e pela vila operária [com 76 casas]. (Idem, p ). O dinamismo urbano-demográfico de Goiana prossegue nas duas primeiras décadas do século XX, motivando o adensamento das áreas ocupadas e dando início à formação do centro urbano atual (p. 54). Esse processo, no entanto, vê-se interrompido pela forte crise que atinge o setor açucareiro, no início dos anos 20 e continua nas décadas subseqüentes, repercutindo na economia regional e, por extensão, no crescimento da cidade, desacelerando-o e desarticulando a malha urbana que, a partir de então, terá sua estruturação marcada pela segregação socioespacial e pela ocupação desordenada do solo traços característicos da organização do espaço urbano de Goiana, nos dias atuais. Reflexo da estagnação da base econômica regional, o crescimento de Goiana, na segunda metade do século XX, terá como motivação principal a expulsão da força de trabalho do campo e sua inserção na malha urbana através da ocupação dos vazios periféricos e daqueles existentes no interior das áreas ocupadas, o que dar-se-á de forma não planejada, contribuindo para a proliferação de bolsões de ocupação irregular e para a desarticulação do tecido urbano. O padrão de ocupação do solo existente, em Goiana, no final da década de 70, diversifica-se com a implantação dos conjuntos habitacionais Castelo Branco e Vila Mutirão (na década de setenta) e do Conjunto da Caixa Econômica (na década de oitenta), ambos construídos com recursos do Sistema Financeiro de Habitação (SFH). A construção desses conjuntos a oeste da mancha urbana, então, existente, projeta o crescimento da cidade, naquela direção, ao mesmo tempo que cria novos vazios, reproduzindo o padrão de urbanização descontínua característico daquele núcleo urbano (IPECONSULT, 1999, p ). A expansão de Goiana para oeste se dá também através dos loteamentos populares Nova Goiana e Flexeiras, ambos implantados na década de 80, tendo como referência a PE-062 que interliga as cidades de Goiana e Condado. Na década de 90, os conjuntos habitacionais Castelo Branco e Mutirão interligam-se aos bairros de Nova Goiana e Flecheiras, formando um tecido urbano contínuo, ao mesmo tempo que a cidade projeta-se para noroeste com os loteamentos Boa Vista 01 e 02. A implantação, nos anos 80, da PE-075, ligando a BR-101 a Itambé, impulsionou a expansão de Goiana para o sul e para sudeste, com a ocupação de novas áreas e o surgimento dos bairros Nova Soledade, Nossa Senhora da Conceição e Cidade Nova um bairro de classe média, onde reside parte da elite urbana e do Loteamento Paraíso, este ainda em fase de ocupação. Para leste, o crescimento urbano tem-se dado em direção à BR-101, embora a cidade conte com poucos espaços para expandir-se nessa direção, em conseqüência da reduzida extensão do terreno situado acima das áreas alagáveis, tendo no loteamento Bom Tempo a projeção da área urbana mais a leste (Idem, p. 64).

11 144 DIAGNÓSTICO SOCIOAMBIENTAL - LITORAL NORTE Como resultado da evolução acima descrita, a malha urbana de Goiana apresenta três tipos de textura representativos dos três padrões de ocupação do solo urbano: a do core ou centro urbano, compreendendo a área central restrita e o centro urbano expandido, onde concentram-se as atividades de comércio e prestação de serviços; a dos conjuntos habitacionais implantados pelo BNH; e a dos núcleos residenciais independentes. Bastante reduzida na década de setenta, a área comercial da cidade abrigava, então, um comércio de pequeno porte e alguns serviços, distribuídos nas ruas da Misericórdia, Trapiche do Meio e em parte das ruas das Porteiras, Silvino Macedo e Soledade, nas quais as atividades supracitadas conviviam com a função comercial. A saturação da área central, nas décadas posteriores, expandiu a ocupação comercial pelas ruas próximas, originando a área central expandida, ao mesmo tempo que a área central restrita foi-se tornando apenas comercial. A expansão da malha urbana nas diferentes direções motivou o surgimento de subcentros e eixos comerciais secundários ao longo da PE-075, nas proximidades da BR-101, no início da Rua Nunes Machado e adjacências bem como nas proximidades do acesso principal de Goiana (Idem, p. 68 e 11). As áreas residenciais diferenciam-se, sobretudo, em função do nível social de seus ocupantes, concentrando-se o padrão residencial médio e médio alto na Av. Marechal Deodoro da Fonseca, no bairro Cidade Nova e na Rua Duque de Caxias. O padrão residencial popular, típico das áreas ocupadas pela população de renda média baixa e baixa, tem sua melhor representação nos conjuntos residenciais do BNH bem como nos bairros Nova Goiana, Flexeiras, Bom Tempo e Nossa Senhora da Conceição, sendo encontrado em vários segmentos do espaço urbano (Idem, p. 10). Finalmente, vem ganhando expressão na periferia oeste da cidade, a ocupação por invasão, a exemplo da Invasão Frei Damião, que teve início há cerca de cinco anos, na área do distrito industrial (entre a PE- 062 e a PE-075), cuja população vive de biscate e do cultivo de roças na área contígua às habitações. Não obstante o porte médio a pequeno dos equipamentos comerciais e de prestação de serviços, a cidade possui um setor terciário diversificado que inclui serviços bancários (cinco agências, entre bancos públicos e privados), de saúde (dois hospitais, uma maternidade e três clínicas especializadas), educacionais (uma faculdade de formação de professores, dez escolas de segundo grau e um grande número de escolas de primeiro grau), jurídicos (forum e vários cartórios), de lazer (dois clubes grandes), escritório da CELPE e da COMPESA, posto do IPSEP e do INSS, agência dos correios, vários postos telefônicos, um expressivo comércio de alimentos (vários supermercados, cinco restaurantes grandes e vários pequenos), seis lojas de tecidos, várias confecções etc., além da feira livre (de grande porte) que tem lugar no sábado. Em termos de indústria, Goiana conta apenas com uma empresa de grande porte e cinco de porte médio, das quais somente uma localizada na área urbana a Fiação e Tecidos de Goiana (FITEG). As demais localizam-se na zona rural e desempenham importante papel na economia municipal. São elas: a Papelão Ondulado do Nordeste S/A (PONSA), localizada no km 4,5 da PE-075; a Companhia Agroindustrial de Goiana (Usina Santa Tereza), dois quilômetros ao sul da cidade e a Usina Nossa Senhora das Maravilhas, à margem da BR-101, próximo à várzea do rio Capibaribe Mirim, ambas produtoras de açúcar e álcool; a Indústria e Comércio Megaó Ltda., localizada na Fazenda Megaó de Cima, ao norte da vila de Tejucopapo (produz cal e pigmentos); e a Itapessoca Agroindustrial, indústria de grande porte localizada na Ilha de Itapessoca (produz cimento da marca Nassau). Esse perfil funcional confere a Goiana a posição de centro de zona (IBGE, 1987, p. 55), tendo em sua área de influência os municípios pernambucanos de Condado, Itaquitinga e Itambé e municípios paraibanos fronteiriços (Alhandra, Caaporã e Pitimbu). Em decorrência do fraco dinamismo econômico, Goiana vem perdendo parte de sua área de influência para as cidades de Timbaúba e Carpina, esta última consolidando-se como principal pólo urbano da Mata Setentrional Pernambucana.

12 DIAGNÓSTICO SOCIOAMBIENTAL - LITORAL NORTE 145 Apresentando características similares às de outras cidades da região canavieira do Estado, Goiana tem como principais problemas: a) o crescimento de bolsões de pobreza em sua periferia, motivado pela estagnação da economia rural e pela incipiente base produtiva urbana; b) falta de espaço para expandir a área urbana, comprimida entre o rio e os canaviais, o que provoca a saturação do espaço nas áreas centrais e a ocupação desordenada do solo nas demais áreas, com riscos para a preservação do patrimônio histórico-cultural; c) falta de esgotamento sanitário em praticamente toda a área urbana; d) manutenção, no interior do espaço urbano, de formas de ocupação do solo pouco compatíveis com as funções desse espaço, tais como o matadouro e o cemitério. Apesar de tais problemas, a cidade conta com expressivo patrimônio histórico-cultural que, adequadamente utilizado como atração turística, pode dinamizar a economia urbana, desde que sejam removidos os obstáculos que inviabilizam tal utilização. O segundo núcleo urbano, em extensão, na porção ocidental do Litoral Norte, a cidade de Araçoiaba, localiza-se à margem da PE-041 a meio caminho das cidades de Igarassu e Carpina, no ponto de convergência daquela rodovia com a PE-027 que interliga a cidade em apreço às áreas urbanas de Camaragibe e Recife. Núcleo urbano de pequeno porte elevado à categoria de cidade em 1995, Araçoiaba teve sua origem e dinâmica associadas à agroindústria açucareira que continua a ser a principal fonte de emprego de sua população, secundada pelo pequeno comércio e pelo modesto setor de prestação de serviço constitutivos do setor terciário local. A organização espacial de Araçoiaba revela o papel da rodovia PE-041 na estruturação de sua malha urbana, concentrando ao longo desse eixo viário o comércio e os principais equipamentos de prestação de serviços, enquanto a ocupação residencial distribui-se paralelamente ao referido eixo, ocorrendo, nas ruas vizinhas, a ocupação de padrão médio. À medida que se afasta do centro, o padrão residencial evolui para o popular e, desse, para o padrão baixo e subnormal, na periferia urbana, sobretudo ao longo da PE-027, onde as invasões prolongam, para sudeste, esse tipo de ocupação. Cercada por terras das usinas São José e Santa Tereza ao norte, a leste, a oeste e a sudeste bem como pelo Campo de Instrução Mal. Newton Cavalcante (CIMNIC) ao sul, Araçoiaba carece de área para expandir-se. Dos habitantes do município no ano 2000, 84,4% vivem na área urbana cuja população crescera a uma taxa de,6% ao ano, no período , enquanto a população do município cresceu 5,8% ao ano, de 1996 a Desprovida de indústria, banco e serviços médicos especializados, a cidade conta, entre seus equipamentos mais importantes, uma escola de segundo grau, um hospital (municipal) com vinte e cinco leitos, agência de correios, um posto telefônico, delegacia de polícia, mercadinhos, mercearias, padarias, armarinhos, farmácias e armazéns de material de construção. Desempenhando as funções de centro local, Araçoiaba tem sua área de influência restrita aos engenhos e povoados do entorno (Canaã, Vinagre, Chã do Conselho e Aldeia), dividindo com Igarassu a polarização de Três Ladeiras e, com Camaragibe, a de Chã de Cruz. Tendendo a manter o ritmo de crescimento da última década, alimentado sobretudo pela migração da força de trabalho expulsa do campo, Araçoiaba tem como principais problemas: a) a falta de emprego para o segmento da população urbana que continua a depender da oferta de trabalho no setor canavieiro; b) a falta de área para expandir-se; c) a inexistência de esgotamento sanitário; d) a fraca receita do município, inviabilizando a ampliação da infra-estrutura e restringindo os investimentos na área social; e) a dependência de Igarassu para atendimento a grande parte da demanda da população por bens e serviços. Elevada à categoria de cidade em dezembro de 196, Itaquitinga contava, então, pouco mais de habitantes. Encravada em área canavieira e distante dos eixos viários principais, a cidade apresentou sua mais elevada taxa de crescimento no período (4,2% ao ano), caindo para 1,5% ao ano, no período , quando a população atingiu habitantes.

13 146 DIAGNÓSTICO SOCIOAMBIENTAL - LITORAL NORTE Não dispondo de área para crescer, Itaquitinga vem-se expandindo pela encosta oeste do retalho de tabuleiro que abriga o sítio urbano original, ocupando áreas de alta declividade e o leito aterrado dos riachos que descem dessas encostas (foto 41). Cidade de pequeno porte, possui um comércio de reduzida expressão e alguns equipamentos de prestação de serviços básicos - que não incluem banco nem consultório médico - distribuídos ao longo da rua principal, sendo a maior parte da demanda local por bens e serviços atendida por Goiana. FOTO 41 Expansão urbana através da ocupação de encosta com alta declividade (Itaquitinga). A população urbana trabalha nas usinas, no comércio local e na Prefeitura. A paralisação da Usina Matari, no vizinho município de Nazaré da Mata, agravou o desemprego da força de trabalho vinculada ao setor canavieiro. A existência de três favelas na periferia urbana e o elevado contingente de população de baixa renda atestam o nível de pobreza da cidade. Esses problemas têm sido, em parte, atenuados pelos assentamentos rurais Engenhos Gutiúba, Santo Antônio do Norte e Pituaçu, localizados no município, cuja produção, vendida na feira livre de Itaquitinga, tem contribuído para baixar o preço dos gêneros agrícolas, ali, comercializados, além de reterem no campo e empregarem uma parcela (ainda que pequena) da população municipal. Dentre os problemas do núcleo urbano em apreço, sobressaem: a) o elevado desemprego da força de trabalho; b) crescimento das favelas; c) ocupação de encostas com alta declividade e aterro dos riachos que banham as áreas ocupadas; d) inexistência de esgotamento sanitário; e) degradação do solo e dos recursos hídricos por dejetos domésticos. Duas vilas integram os núcleos urbanos isolados da porção ocidental da área: Tejucopapo e Três Ladeiras a primeira, localizada no município de Goiana, à margem da PE-049, a meio caminho entre a BR-101 e a vila de Ponta de Pedras, no litoral; a segunda, localizada no município de Igarassu, à margem da rodovia vicinal que liga a Usina São José à cidade de Itaquitinga (mapa 02).

14 DIAGNÓSTICO SOCIOAMBIENTAL - LITORAL NORTE 147 Situada entre os estuários dos rios Megaó e Itapessoca, Tejucopapo tem na pesca estuarina a ocupação principal de sua população, secundada pelo trabalho nas usinas (na cana-de-açúcar), nos sítios de coqueiro e nas granjas e chácaras. Com um contingente de 4 20 habitantes, em 1991, a vila apresentou crescimento lento de 1950 a 1970 e cresceu a uma taxa anual de,0%, no período 1970 a Como resultado desse crescimento populacional, Tejucopapo expandiu-se para oeste, leste, sul e, sobretudo, para o norte, alcançando atualmente os limites da Fábrica Megaó e da Mata de Megaó de Cima. Dotada de um comércio incipiente e de poucos equipamentos de prestação de serviços, distribuídos ao longo da rua principal, a vila caracteriza-se pelo predomínio de moradias simples tipo popular, na área central, passado a moradias de baixo padrão construtivo, na periferia ( pontas de rua ), onde a presença de favelas evidencia as precárias condições sociais de uma parcela expressiva da população. Ao contrário de Tejucopapo, que situa-se próximo ao litoral, em área de contato da cana-de-açúcar com as formas pré-litorâneas de uso do solo (monocultura do coqueiro, granjas e chácaras), Três Ladeiras, tal como os demais núcleos urbanos da porção ocidental do Litoral Norte, localiza-se em plena área açucareira, nos domínios fundiários da Usina São José. Tendo na cana-de-açúcar a única fonte de trabalho, a população de Três Ladeiras padece o fenômeno do desemprego sazonal, dependendo, na entressafra, dos programas assistenciais do Governo. Em 1991, a população da vila totalizava 1 7 habitantes, tendo crescido a taxa anual de 5,0%, no período Precariamente equipada em termos de comércio (reduzido a duas ou três barracas) e de infra-estrutura de prestação de serviços, Três Ladeiras tem porte e perfil funcional de povoado, sendo polarizada por Igarassu e Araçoiaba e ligada à principal vias de acesso àqueles centros urbanos (PE-041) por estrada sem pavimentação. Desprovidas de base produtiva e dependentes de atividades rurais pouco dinâmicas, Tejucopapo e Três Ladeiras apresentam problemas comuns, ainda que de intensidades diversas, quais sejam: a) falta de espaço para expansão da área ocupada, de sorte a absorver adequadamente o contingente que migra do campo para esses aglomerados; b) desemprego, alcoolismo e prostituição; c) falta de esgotamento sanitário e de serviço de coleta de lixo (em Três Ladeiras), ocasionando a poluição do solo e dos recursos hídricos; d) proliferação de doenças decorrentes da falta de saneamento e da desnutrição; e) deficiência dos equipamentos comerciais e de prestação de serviços básicos; inexistência de associações comunitárias; f) situação precária do matadouro de Tejucopapo, com risco de poluição do rio Guaribas que banha a vila, ao sul. Muitos desses problemas são comuns também aos inúmeros povoados existentes nos municípios do Litoral Norte. O quadro, a seguir, contém a síntese das principais características, bem como dos problemas e tendências atuais dos padrões de uso e ocupação do solo do Litoral Norte de Pernambuco.

15 148 DIAGNÓSTICO SOCIOAMBIENTAL - LITORAL NORTE QUADRO-SÍNTESE DO DO LITORAL NORTE DE PERNAMBUCO

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