Flavia Pacheco Alves de Souza
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- Benedito Van Der Vinne Salvado
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1 Oficina de extensão Conhecendo as árvores da cidade! Flavia Pacheco Alves de Souza
2 Feedback das visitações Parque natural nascentes de Paranapiacaba.
3 Árvores exóticas Árvores exóticas são aquelas oriundas de outros países ou continentes que não pertencem à flora original de um País. Os colonizadores portugueses foram, sem dúvida, os que introduziram no País as primeiras plantas exóticas; tanto da própria Europa como de outros países ou regiões que visitaram. LORENZI, 2003
4 Árvores exóticas Posteriormente, imigrantes europeus e orientais também contribuíram para a introdução de outras espécies, o que, ao longo do tempo, continua acontecendo (LORENZI, 2003). Tal fato representa a importância e influência cultural dos imigrantes que, além de suas bagagens e mão de obra, traziam também sementes de árvores que estimavam e admiravam (SÃO PAULO, 1988)
5 Árvores exóticas As espécies inicialmente introduzidas tinham emprego naturalmente em parques e jardins. Entre as primeiras destacam-se o cipreste português, os alfeneiros do Japão, os flamboyants de Madagascar, as figueiras da Índia, as casuarinas da Austrália, as cássias asiáticas, as astrapéias da África, as tamareiras da Ilha das Canárias, os cinamomos da China, as cicas da Indonésia e Malária e as palmeiras seatfórtias da Austrália
6 Árvores exóticas Espécies exóticas são aquelas que ocorrem em uma área fora de seu limite natural historicamente conhecido, como resultado da dispersão acidental ou intencional através de atividades humanas (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, 1992). Conceito ecológico: qualquer espécie proveniente de um ambiente ou região ecológica diferente é uma espécie exótica.
7 Cupressus lusitanica
8 Ligustrum lucidum
9 Delonix regia
10 Ficus ellastica
11 Ficus ellastica
12 Ficus benjamina
13 Casuarina equisetifolia
14 Cassia sp.
15 Phoenix canariensis
16 Melia azedarach
17 Cycas circinalis
18 Archontophoenix cunninghamii
19 Jambolão Syzigium cumini EXÓTICA
20 Árvores exóticas Todas essas árvores foram amplamente difundidas nos paisagismos das cidades pois adaptaram-se bem ao clima do nosso País e produzem grande quantidade de sementes o que facilita a dispersão dos exemplares.
21 Árvores exóticas A falta de estudos e a observação da flora brasileira levaram à distribuição desses exemplares; Edmundo Navarro de Andrade, engenheiro florestal da antiga Companhia das estradas de Ferro, consciente da devastação das matas para obtenção de madeira e lenha introduziu Eucalyptus para cultivo nos hortos florestais da Estrada de Ferro.
22 Árvores exóticas No Estado de São Paulo, na primeira metade do século XX, 80% da vegetação já era composta por eucaliptos (PEREIRA et al., 2000). Década de 60 - a Secretaria de Agricultura do Estado de São Paulo importou sementes de Pinus para obtenção de madeira e celulose.
23 Árvores exóticas Ornamental Exuberância de seu florescimento; Na beleza de sua copa; Na variação de cores das suas folhas; Desenho, forma e colorido dos seus troncos; Forma, quantidade e cor de seus frutos.
24 Árvores exóticas Madeireiro Produção de lenha, postes e estacas; Geralmente implantadas em reflorestamentos comerciais.
25 Árvores exóticas Aromático e industrial Extração de produtos aromáticos e industriais Látex, resina, óleo essencial, especiarias, etc...
26 Árvores exóticas Sombreamento e quebra-vento Na agricultura
27 Tipuana tipu
28 Spathodea nillotica
29 Pinus sp. Eucalyptus sp
30 Eucalyptus citriodora óleo Acacia mearnsi tanino
31 Grevillea robusta
32 Espécies invasoras? As espécies exóticas podem se comportar como invasoras, mas nem toda a espécie exótica é invasora. Todas as espécies que se tornam invasoras são Todas as espécies que se tornam invasoras são altamente eficientes na competição por recursos, o que leva a dominar as espécies nativas originais.possuem também alta capacidade reprodutiva e de dispersão. (PIVELLO, 2011).
33 Dispersão das sementes por pássaros Competição por luz, água e minerais...
34 Santo André A região onde se insere atualmente a cidade de Santo André apresentava-se originalmente recoberta basicamente por vegetação de várzea, campos e florestas (USTERI, 1911 apud TAKIYA, 2002).
35 Santo André Em decorrência do forte processo de industrialização iniciado a partir do século XX, a cobertura vegetal existente hoje no município é constituída basicamente por fragmentos de vegetação natural que ainda resistem ao processo de expansão urbana, em porções mais preservadas.
36 Árvores nativas Quaresmeira Tibouchina granulosa
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38 Árvores nativas Embaúba Cecropia sp.
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40 Árvores nativas Jequitibá Cariniana sp.
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42 Árvores nativas Palmito Juçara Euterpe edulis
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44 Árvores nativas Jatobá Hymenaea courbaril
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46 Árvores nativas Pau-brasil Caesalpinia echinata
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48 Árvores nativas Cambuci Campomanesia phaea
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50 Árvores nativas Grumixama Caesalpinia echinata
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52 Árvores nativas X exóticas Falso Pau brasil Caesalpinia sappan Exótica Pau brasil Caesalpinia echinata Nativa
53 Árvores nativas X exóticas Ficus cestrifolia nativa Ficus ellastica exótica
54 Árvores nativas X exóticas Ceiba speciosa nativa Bombax malabaricum exótica
55 Árvores nativas X exóticas Jacarandá Jacaranda macrantha Nativa Jacarandá mimoso Jacaranda mimosifolia Exótica
56 Árvores nativas X exóticas Morus celtidifolia nativa Morus nigra exótica
57 Árvores nativas X exóticas Handroanthus impetiginosus nativa Tabebuia pentaphylla exótica
58 Árvores nativas X exóticas Bauhinia forficata nativa Bauhinia variegata exótica
59 Árvores nativas X exóticas Araucaria angustifolia nativa Pinus sp. exótica
60 Tendências observadas 32% 68% Exóticas Nativas Em uma amostra de 406 exemplares
61 Tendências A predominância de espécies exóticas sobre as nativas é encontrado também em outros campi universitários que tiveram seu paisagismo implantado, como é o caso da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (MACÊDO et al., 2012), Universidade Federal Tecnológica do Paraná campus Pato Branco (OLIVEIRA et al., 2009) e Universidade Federal de Viçoca (EISENLOHR et al., 2008).
62 Tendências Analisando as espécies nativas do campus, foi observado que as espécies encontradas também são utilizadas com freqüência nas ruas da cidades brasileiras, como os paus-ferro (Caesalpinia ferrea Mart. ex Tul. var. ferrea), sibipirunas (Caesalpinia pluviosa DC) e paineiras (Ceiba speciosa (St.-Hill.) Ravenna).
63 Libidibia ferrea
64 Ceiba speciosa
65 Caesalpinia pluviosa
66 Levantamento florístico O que é? Listagem de todas espécies de árvores existentes em uma determinada área (LORENZI et al., 2003). Importância Classificar quanto à origem, conhecer a história e o desenvolvimento da região estudada (LORENZI, 2008), conhecer o estágio de desenvolvimento das árvores (AMARAL et al.,1998). Subsídio Estudos taxonômicos, acesso a banco de dados contendo informações de ecofisicologia, fitossociologia, fenologia, distribuição geográfica, e dados tecnológicos, o que facilita trabalhos de professores e alunos (MARTINS DA SILVA, 2001).
67 Levantamento florístico IFAM (KINUPP et al ) Criação de um herbário para o conhecimento da flora amazonense. IFSC (OLIVEIRA e BRENTANO 2010) Projeto paisagístico dentro do campus. UFAM (CÔRREA et al., 2011) Elaboração de trilha interpretativa
68 Levantamento florístico Busca listar todas as espécies com DAP superior a 5 cm existentes em determinada área e nos permite também classificar estas espécies quanto à sua origem; isto é, se são nativas do território brasileiro ou se são exóticas, introduzidas e cultivadas no território, mas oriunda de outros países
69 Levantamento florístico considera-se vegetação de porte arbóreo aquela composta por espécimes ou espécimes vegetais lenhosos, com diâmetro do caule à altura do peito DAP, superior a 0,05 m (cinco centímetros).
70 Área Legenda: Amarelo: área do campus do IFSP / Vermelho: área de estudo - bosque do IFSP Figura 1 Imagem de satélite do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo (IFSP) campus São Paulo, modificado de:
71 Legenda: Área hachurada em preto: bosque do campus do IFSP / elipse vermelha: ponto inicial das coletas / elipse verde: ponto final das coletas
72 O que coletar? O maior número de indivíduos em período reprodutivo, isto é, com flores e/ou frutos, pertencentes ao clado das gimnospermas e angiospermas. Geralmente se realizam os levantamentos no período mínimo de 01 ano.
73 Caderno de campo Anota-se todas as informações do exemplar, como por exemplo: CAP. DAP, localização, formato das flores, frutos, tronco, altura estimada, bem como o nome do coletor e a data.
74 Exemplo Coletor e data: F.P.A.SOUZA 2011 (24 de maio). Localização: Bosque do campus do IFSP, alameda de acesso ao Bloco D, segunda árvore do lado direito do campo. Vegetação implantada, solo concretado. S W Características:Árvore com aproximadamente 15m de altura, tronco rugoso pardo-escuro. Copa arredondada. Folhas simples, opostas, aromáticas, verdes. Inflorescências axilares em panículas curtas com flores brancas, pequenas. Frutos drupa, lisos e roxos quando maduros. CAP 72 cm. DAP: 23cm Nome popular: Jambolão
75 DAP = CAP/ O DAP é uma medida tomada a 1,3m da base do tronco Figura 1: Ilustração de medição do diâmetro de árvores, extraída de COUTO et al., 1989.
76 Medidas O DAP é uma medida tomada a 1,3m da base do tronco podendo ser obtida através de suta (compasso florestal) ou com o auxílio de uma fita métrica ou diamétrica.
77 CAP para DAP Utilizado fita métrica para as medidas de CAP, considera-se a secção transversal do tronco como uma circunferência Com as medidas de CAP, se obtém o diâmetro da árvore, através da equação: DAP = CAP/
78 Prensagem Os espécimes coletados devem ser prensados com o auxílio de uma prensa de madeira de medida 42cm de largura e 30cm de altura. A prensa deve ser amarrada com corda de sisal para comprimir fortemente a pilha formada pela sobreposição do material botânico.
79 Montagem da prensa A seqüência da montagem do conjunto prensado será: folha de papelão, folha de jornal contendo o material botânico e folha de papelão. Esta seqüência será repetida o número de vezes que a prensa comportar espécimes.
80 Modelo de prensa
81 Secagem Estufa a uma temperatura de 60ºC por cerca de horas, dependendo da característica do material botânico condicionado na prensa. Depois de seco em estufa, cada indivíduo deve ser costurado por pontos, com linha e agulha em cartolina branca de tamanho 29,5cm de altura e 42cm de largura.
82 Montagem Cartolina padrão - além de permitir um manuseio mais seguro do material, é uma dimensão padronizada, que permite que as exsicatas sejam doadas, permutadas ou mesmo enviadas para identificação em todo o mundo. Frutos ou flores que por ventura se soltem do material a ser costurado, serão afixados em pequenos envelopes no canto superior esquerdo da cartolina.
83 Montagem Após a confecção das exsicatas, estas receberão no canto inferior direito uma etiqueta, conforme padrão do herbário em que irão ser anexadas
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85 Prensagem Secagem Montagem Quadriplicatas Fonte: MARTINS DA SILVA, 2001
86 Herbário É um conjunto de plantas preservadas, organizadas segundo um sistema determinado, e que servem como material de pesquisa para todas as áreas da ciência que utilizam os vegetais como seu objeto de estudo.
87 Identificação Especialistas Literatura especializada Comparação com outras exsicatas
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89 Identificação Literatura especializada LORENZI (2008), LORENZI (2008), LORENZI et al. (2003), Index Plantarum (2010). Especialistas Herbário
90 Próxima aula Preparando uma visita monitorada Visita à Pracinha do Carrefour Vertentes contemporâneas da educação ambiental
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