DIABETES MELLITUS EM CÃES E GATOS: Revisão de Literatura DIABETES MELLITUS IN DOGS AND CATS: A Review

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "DIABETES MELLITUS EM CÃES E GATOS: Revisão de Literatura DIABETES MELLITUS IN DOGS AND CATS: A Review"

Transcrição

1 ISSN Alm. Med. Vet. Zoo. 1 DIABETES MELLITUS EM CÃES E GATOS: Revisão de Literatura DIABETES MELLITUS IN DOGS AND CATS: A Review Alexandra Machado Maiochi * Daniela Caroline Machado * Victor Hugo Daineze * Felipe Gazza Romão RESUMO A diabetes mellitus, é uma endocrinopatia muito importante na clínica veterinária, por se tratar de uma doença comum em cães e gatos devido à maior incidência de animais obesos atendidos nas clínicas, e de recursos do clinico para se obter um diagnóstico precoce. Existem dois tipos de diabetes mellitus: o tipo I e II, sendo o primeiro menos comum em gatos. Os sinais clínicos de um animal com diabetes mellitus são inespecíficos podendo ser confundidos com outras patologias. Hoje, com a associação dos sinais clínicos e mais alguns exames laboratoriais, podese fechar o diagnóstico. Este trabalho tem como objetivo mostrar novos tratamentos em pesquisa, bem como descrever características do diabetes mellitus. Palavras-chave: Cães; Obesidade; Insulina; Hipoglicemiantes. ABSTRACT Diabetes mellitus is a major endocrine disorder in veterinary clinic since it is a common disease in dogs and cats due to the higher incidence of obese animals treated in clinics, and several clinical resources to obtain an early diagnosis. There are two types of diabetes mellitus, type I and II, the first being less prone in cats. The clinical signs of an animal with diabetes mellitus, are nonspecific and may be mistaken for other diseases. Today the clinical signs associated to some laboratorial exams, can help the clinician to conclude the diagnosis. This paper aims to describe novel treatments in diabetes mellitus. Keywords: Dogs; Obesity; Insulin; Hypoglycemic INTRODUÇÃO O pâncreas endócrino é responsável pela produção da insulina, do glucagon, da somatostatina e polipeptídeo pancreático. A insulina é responsável pela regulação da glicemia. As células de diversas partes do corpo realizam o processo de respiração aeróbica utilizando a glicose como fonte de energia; essas possuem receptores de insulina, que quando acionados abrem canais de membrana celular para entrada da glicose presente na circulação sanguínea (1). O glucagon ajuda a manter a glicemia constante, ou seja, quando o nível de glicemia cai, mais glucagon é secretado visando restabelecer o nível de glicose na circulação. Uma alteração na produção de insulina resulta em altos níveis de glicose no sangue, já que a mesma não é devidamente dirigida ao interior das células (2,3). O diabetes mellitus (DM) é um distúrbio endócrino complexo, resultado da incapacidade das ilhotas pancreáticas em secretar insulina (diabetes mellitus insulinodependente, ou tipo 1) ou da ação deficiente da insulina nos tecidos (diabetes mellitus não insulino dependente, ou tipo 2), causando hiperglicemia e glicosúria, e sinais clínicos clássicos de poliúria, polidipsia, polifagia e perda de peso (2). É uma doença bastante comum em cães, acometendo cerca de 5% desta espécie que frequentam clínicas e hospitais veterinários. Em gatos, a diabetes mellitus é menos frequente. A deficiência de insulina faz com que os músculos, * Discente em Medicina Veterinária. Faculdades Integradas de Ourinhos - FIO, Ourinhos, São Paulo, Brasil. E- mail: victor.daineze@hotmail.com Docente, Disciplina de Clínica Médica de Pequenos Animais. Faculdades Integradas de Ourinhos - FIO, Ourinhos, São Paulo, Brasil.

2 ISSN Alm. Med. Vet. Zoo. 2 a gordura corpórea e o fígado não consigam mais captar glicose sanguínea para produzir energia, que não é aproveitada e acaba acumulada na circulação sanguínea (1,3,4). A etiologia do diabetes mellitus é multifatorial (5). Existem diversos fatores que predispõem ao desenvolvimento da doença, sendo os mais importantes: pancreatite, insulinite imunomediada, obesidade, infecções, antagonismos hormonais (hiperadrenocorticismo, acromegalia, diestro), doenças intercorrentes (insuficiência renal, cardiopatias), fármacos (glicocorticoides, aloxano e estreptozootocina), amiloidose nas ilhotas pancreáticas, hiperlipidemia e predisposição genética (2). O reconhecimento clínico do diabetes mellitus tipo 2 é incomum. A DMNID ocorre em animais com diabetes subclínica posteriormente tratadas com medicamentos insulinoantagônicos, como por exemplo, progestágenos ou glicocorticoides ou então nas primeiras fases do distúrbio insulino-antagônico, como no diestro na cadela. Esses são incapazes de secretar uma quantidade adequada de insulina para manter a normoglicemia na presença de um antagonista à insulina. O reconhecimento precoce e a correção do antagonismo à insulina podem restabelecer a normoglicemia sem a necessidade de insulinoterapia a longo prazo. A incapacidade em corrigir rapidamente o antagonismo da insulina resultara na perda progressiva das células beta e no eventual desenvolvimento de DMID (2,4,5). As fêmeas são duas vezes mais predispostas que os machos devido ao antagonismo crônico à insulina, desenvolvido especialmente durante o diestro. Cães de pequeno porte apresentam uma maior incidência em desenvolver a doença, como Poodle miniatura, Teckel, Schnauzer, Cairn terrier e Beagle; porém, todas as raças podem ser afetadas (2). A maioria dos animais apresentam entre 4 a 14 anos de idade no momento em que a enfermidade é diagnosticada, com um pico de prevalência entre 7 a 10 anos (4). A prevalência de DM em cães vem aumentando consideravelmente nos últimos anos e uma das causas deste aumento é atribuída à maior prevalência de obesidade nos mesmos; porém, ainda não foi comprovado que a obesidade possa ocasionar a progressão do diabetes mellitus, embora esteja claro que ela determine diversas mudanças na disponibilidade de glicose e secreção a insulina (1,4). O clínico deve prestar atenção para não confundir a diabetes mellitus com outras doenças, devido à semelhança de seus sinais clínicos inespecíficos. Os primeiros seis meses são decisivos para o controle da doença. Estudos relatam que há mortalidade de quase 50% dos cães diabéticos e que as principais causas de morte são decorrentes de cetoacidose diabética severa, doenças concomitantes (insuficiência renal, pancreatite) e por tratamento inadequado (1,2). O presente trabalho tem como objetivo demonstrar uma revisão de literatura sobre o diabetes mellitus em cães e gatos, com enfoque nos novos métodos de tratamento em pesquisa. ETIOLOGIA O diabetes mellitus tipo 1, também conhecido como diabetes mellitus dependente de insulina (DMDI), se apresenta em animais com uma alta concentração basal de glicose sangüínea, incapazes de responder ao aumento da glicemia com a liberação de insulina. O diabetes mellitus tipo 2 refere-se a uma alta concentração basal de glicose sanguínea e uma concentração basal de insulina normal ou elevada, liberação retardada de insulina endógena após estímulo com a glicose (1). A etiologia da diabetes tipo 1 em cães é, sem dúvida, multifatorial. Predisposições genéticas têm sido sugerido. A presença de auto-anticorpos circulantes contra a insulina (GAD65 e IA2) e pró-insulina (molécula precursora da insulina), geralmente precede o desenvolvimento de hiperglicemia ou sinais clínicos em humanos com diabetes tipo 1. Uma sequência semelhante de eventos pode também ocorrer em cães. Aparentemente, mecanismos

3 ISSN Alm. Med. Vet. Zoo. 3 autoimunes, em conjunto com fatores genéticos e ambientais, condições antagônicas à insulina, drogas e pancreatite, desempenham um papel potencial na iniciação e progressão da diabetes em cães. O resultado final é uma perda da função das células-β, hipoinsulinemia, e transporte deficiente da glicose circulante na maioria das células, o que acelera a gliconeogênese e glicogenólise hepáticas, levando a subsequente desenvolvimento de hiperglicemia e glicosúria, quando os valores de glicemia ultrapassam o limiar de reabsorção renal (cerca de 250 miligramas/decilitro no cão) (6). Os cães são principalmente carnívoros, e têm menos e menores ilhotas que os humanos. Pode então ser especulado que uma dieta rica em carboidratos pode induzir uma resposta ao estresse do retículo endoplasmático, se a demanda por insulina substitui a capacidade de produção, levando à vacuolização de algumas células beta (7). O diabetes do tipo 1 é considerado rara em gatos. Infiltração de linfócitos nas ilhotas (insulite) como um marcador da doença mediada por resposta imune tem sido somente descrito em alguns gatos. Aproximadamente 80% dos gatos diabéticos sofrem de diabetes mellitus tipo 2, que é uma doença heterogênea atribuída a uma combinação da ação prejudicada da insulina em fígado, músculo e tecido adiposo (resistência à insulina), e insuficiência de células-β. Sugere-se que fatores ambientais e genéticos possuam um papel no desenvolvimento de ambos os defeitos. Fatores genéticos estão apenas começando a ser investigados (6). FISIOPATOLOGIA As manifestações clínicas da diabetes mellitus ocorrem devido à deficiência da insulina no organismo, seja por insuficiência absoluta ou relativa, causando diminuição na utilização de glicose, ácidos graxos e aminoácidos, acúmulo de glicose na circulação sanguínea, estimulação da neoglicogênese e glicogenólise, ocasionando hiperglicemia (2,5). Devido ao aumento da concentração de glicose na corrente sanguínea, a capacidade das células tubulares renais em reabsorverem a glicose pelo filtrado glomerular é extrapolado, resultando em glicosúria. Nos cães, normalmente esse fenômeno ocorre quando a glicemia está acima de 250 milligramas/decilitro. A glicosúria cria uma diurese osmótica, causando poliúria seguida de polidpsia compensatória para prevenir a desidratação (1,4). A diminuição de glicose nos tecidos periféricos causa perda de peso, decorrente da queima de proteínas e gordura para obtenção de energia (neoglicogênese), já que a glicose não está sendo aproveitada como substrato energético. A polifagia resulta da falha no centro da saciedade no eixo hipotálamo-hipófise, resultando na incapacidade da glicose em entrar nas células do centro da saciedade durante a deficiência insulínica (4). A deficiência de insulina também exerce efeito sobre o metabolismo de gordura. Normalmente, a gordura é utilizada como fonte de armazenamento de energia alimentar. O tecido adiposo e o fígado convertem carboidratos em gordura para armazenagem. No animal com deficiência de insulina, a utilização da glicose é deprimida e o animal será forçado a mobilizar gordura dos depósitos corporais para fornecer energia para a função celular. O tecido adiposo catabolizado e os ácidos graxos resultantes são oxidados no fígado em dois carbonos de acetil coenzima A, e esta quando acumulada, é convertida em B-hidroxibutírico, ácido acetoacético e acetona, constituindo os corpos cetônicos. A cetonemia e cetunúria resultante, contribuem para a perda urinária de sódio, aumentando a desidratação e causando hálito cetônico (1,3). A manutenção dos níveis glicêmicos é crítica para a sobrevivência do animal, pois a glicose plásmatica é o substrato energético principal utilizado pelo sistema nervoso central. A hiperglicemia crônica exerce efeitos degenerativos sobre os vasos que culminam com a morte dos tecidos e órgãos envolvidos (8). SINAIS CLÍNICOS

4 ISSN Alm. Med. Vet. Zoo. 4 Os sinais clínicos mais comuns de um paciente com diabetes são os 4 P s: poliúria, polidpsia compensatória, polifagia e perda de peso. Ocorre com freqüência de os proprietários se queixarem que o animal passou a urinar dentro de casa e/ou apresentou uma cegueira repentina devido à formação de catarata, a complicação mais comum no cão diabético. Lipidose hepática ocorre devido à mobilização de gordura e, conseqüentemente, hepatomegalia. (1). A urina do animal apresenta-se adocicada devido a glicosúria. A incapacidade de concentração de urina nos tecidos renais leva o animal a apresentar poliúria e consequentemente polipsia compensatória. Devido ao comprometimento renal, o animal não consegue reabsorver a glicose levando a glicosúria. A incapacidade da insulina de remover o açúcar da corrente sanguínea, provoca hierglicemia e portanto a glicose é eliminada em grande quantidade na urina (9). O diabetes mellitus é classificado como não cetótico, cetoácidótico e hiperosmolares não cetóticas (9). Níveis elevados de glicose, podem causar desidratação, pois a dificuldade da difusão da glicose nos poros da membrana celular e a pressão osmótica aumentada nos líquidos extracelulares provoca a saída da água para fora da célula (10). Cães e gatos são tipicamente resistentes ao desenvolvimento de aterosclerose, uma vez que são "mamíferos HDL (lipoproteínas de alta densidade), e HDL é a lipoproteína de transporte de colesterol predominante (ao contrário dos humanos). No entanto, ocorrências naturais de aterosclerose, tem sido relatadas em cães com diabetes mellitus. A aterosclerose nas artérias aorta abdominal, renal, arqueada, carótidas e coronárias foi observada na necropsia em um cão com diabetes mellitus mal controlado. Em um estudo mais recente de 30 cães com aterosclerose confirmado na necropsia, os cães com aterosclerose estavam 53 vezes mais propensos a ter diabetes mellitus (11). A maioria dos gatos diabéticos tem os sintomas clássicos de diabetes, ou seja, poliúria, polidipsia, polifagia e perda de peso. Cerca de 10% têm sintomas de neuropatia diabética, que se manifesta como fraqueza dos membros posteriores, diminuição da capacidade de saltar e postura plantígrada. Os gatos são propensos a hiperglicemia por estresse, que tem de ser diferenciado de hiperglicemia devido ao diabetes (12), O diabetes mellitus pode ocorrer secundariamente a algumas doenças, como a pancreatite, prostatite, tumores testiculares, piometra, alopecia de aspecto endócrino, e insuficiência cardíaca congestiva (1). DIAGNÓSTICO O diagnóstico do diabetes mellitus é fácil, mas o clínico deve prestar atenção para que não a confunda com outras doenças, em razão da semelhança dos sinais clínicos. É importante a realização de uma ótima anamnese de um exame físico em todos animais com suspeita de diabetes mellitus, devido à alta prevalência de complicações concorrentes (13,14). Os animais com diabetes mellitus podem apresentar uma variedade de sinais clínicos que irão depender do intervalo entre o aparecimento da hiperglicemia e o diagnóstico, da gravidade da hiperglicemia, da presença e gravidade de cetonemia e da natureza e gravidade de doenças concorrentes, como a pancreatite (9). Quando as concentrações de glicose sanguínea superam o seu limiar renal de reabsorção ( mg/dL) os sinais clínicos começam a se manifestar (15). Muitas vezes, o motivo da consulta é devido ao aparecimento de alguma complicação de diabetes mellitus, sem que previamente tenha sido detectado os sinais clínicos típicos da doença. Umas das complicações mais freqüente é a formação de cataratas, causando cegueira de rápida evolução (15). As alterações encontradas no exame físico irão depender da gravidade da doença e da existência de complicações. Em cães diabéticos sem alterações secundárias, o exame físico é praticamente normal, embora na maioria das vezes serão animais obesos, raramente aparecem muito magros ou caquéticos, a menos que exista uma doença concorrente (1,14). Na palpação

5 ISSN Alm. Med. Vet. Zoo. 5 pode ser encontrado hepatomegalia, devido a lipidose hepática. Alterações do cristalino compatíveis com cataratas são comuns em diabéticos. Em caso de cetoacidose diabética, podem ser obervados sinais de desidratação, letargia, debilidade e odor de acetona na cavidade oral (9,15). O diagnóstico da Diabetes Mellitus requer a presença de sintomatologia característica (polidipsia, poliúria, polifagia e perda de peso) associada a uma hiperglicemia de aparecimento agudo e persistente e de glicosúria. Alguns animais podem manifestar hiperglicemia em situações de estresse, no entanto, não apresentam glicosúria. O teste de fructosamina permite que o médico veterinário possa distinguir hiperglicemia ocasionada pela diabete mellitus ou por estresse (9). A frutosamina é uma das principais ferramentas de controle a longo prazo da glicemia em animais diabético. É uma proteína glicolisada resultante de uma reação não enzimática e irriversível entre a glicose e as proteínas séricas (1). No cão, uma única determinação de frutosamina reflete a média da concentração de glicose sanguínea entre uma a duas semanas anteriores a determinação (13). A sua concentração sérica não é afetada por hiperglicemia agudas, como acontece em situações de excitação ou estresse. Os níveis elevados de fructosamina indicam hiperglicemia crônica nos últimos 7 a 9 dias. É considerado um teste rápido, fácil e econômico para o controle da glicemia em paciente diabéticos (15). Nos casos duvidosos onde os níveis de glicose sanguínea estão entre 120 a 175mmol/L e ocorre glicosúria sem hiperglicemia aparente, ou quando não ocorre glicosúria consistente, pode ser realizado o teste de tolerância a glicose, porém, não é necessário esse teste como rotina, além de poder preciptar cetoacidose em animais diabéticos (9). TRATAMENTO As opções terapêuticas são semelhantes àquelas disponíveis na medicina humana e incluem aplicações de insulina (normalmente administradas duas vezes por dia em intervalos de 12 h), modificações dietéticas, perda de peso em animais obesos, exercício moderado em cães, e medicamentos hipoglicemiantes orais em gatos. A abordagem para tratamento difere entre cães e gatos, em parte, porque difere a etiologia subjacente (6). O manejo bem sucedido ao paciente é amplamente definido pela manutenção de um peso corporal estável e melhora dos sinais clínicos, tais como polidipsia, poliúria e polifagia juntamente com a prevenção de cetose ou hipoglicemia (16). Atualmente, a insulina NPH é a forma mais utilizada. Após a administração subcutânea da insulina NPH, o início da ação nos cães ocorre aproximadamente após 1 a 3 horas; o pico sanguíneo acontece em 4 a 8 horas e a duração total do efeito é de 12 a 24 horas (1). A insulina regular é a terapia de escolha para casos de cetoacidose diabética, pois possui ação rápida e potente. A meia-vida da insulina regular, administrada pela via intramuscular, é de duas horas; portanto, baixas doses, assim como descrito em humanos podem ser usadas como método efetivo e seguro no tratamento da cetoacidose diabética (17). O tratamento com insulina não é indicado em cães e gatos com doença sub-clínica, a menos que a hiperglicemia e glicosúria se agravem. Veterinários usam uma variedade de produtos de insulina, mas apenas dois são atualmente aprovados pela Food and Drug Administration (FDA), nos Estados Unidos, para utilização em cães e gatos. Um deles é a insulina lenta porcina, a qual é a primeira escolha para cães, pois ajuda a minimizar a hiperglicemia pós-prandial. A outra insulina aprovado para uso pela FDA é um produto de ação mais prolongada (insulina recombinante humana de protamina zinco [PZI]) e está aprovado para uso em gatos. A insulina glargina também pode ser utilizada para utilização na veterinária,

6 ISSN Alm. Med. Vet. Zoo. 6 especialmente em gatos, por apresentar duração de ação prolongada sem grandes picos de ação (18). Outra opção terapêutica envolve a utilização de hormônios denominados de incretina,ls que em seres humanos são liberados por células endócrinas do intestino em resposta a uma refeição, a fim de regullar os níveis de glicose no sangue por estimular a secreção de insulina dependente de glicose (19). As duas principais incretinas são o polipeptídeo inibitório gástrico (GIP), também conhecido como polipeptídeo trópico insulínico dependente de glicose, e peptídeo 1 tipo glucagon (GLP-1). O conhecimento de sua secreção e ações levou ao desenvolvimento de terapias baseadas em incretinas para o diabetes tipo 2. A incretina predominante é a GLP-1, que além de estimular a secreção de insulina, suprime a liberação de glucagon, diminui o esvaziamento gástrico, melhora a sensibilidade à insulina e reduz o consumo de alimentos (20). Mais recentemente descreve-se também as incretinas para tratamento do diabetes mellitus tipo1, porém originalmente apenas para tipo 2. Contudo, o potencial terapêutico do GLP-1 e GIP endógeno é limitada, por causa da rápida inativação pela enzima dipeptidil peptidase-4 (DPP-4). Preparações incretinas aprimoradas, tais como os inibidores da DPP-4 e DPP-4 resistente GLP-1 análogos, surgiram como novas classes de agentes anti-hiperglicêmicos. O primeiro agente da classe é a sitagliptina que trabalha para aumentar e estabilizar os níveis das formas ativas de incretinas, por inibição competitiva da DPP-4. Estudos realizados com cães beagles saudáveis revelaram efeitos semelhantes aos observados após uso de sitagliptina em seres humanos saudáveis. Mais testes com diferentes doses em cães saudáveis devem revelar mais informações sobre a dose correta para se administrar em cães que apresentem diabetes mellitus do tipo 1. Além disso, estudos futuros envolvendo a administração de sitagliptina em cães com insuficiente secreção de insulina oferecem uma validação adicional para o uso deste fármaco como um agente hipoglicêmico em cães. (19). Em gatos, o uso de agonistas GLP-1 e dos inibidores da DPP-4 também foram investigados recentemente em pacientes saudáveis, obtendo-se bons resultados com aumento significativo na secreção de insulina. Embora resultados de estudos clínicos ainda não estejam disponíveis e os custos possam caracterizar obstáculos, a terapia baseada em incretina para diabetes em felinos é uma importante área a ser explorada (21). A resistencia à insulina associada a gravidez em humanos e cães, ocorre em resposta a supressão do transporte de glicose intracelular e a sua crescente concentração no sangue. Progesterona, estradiol, hormonio do crescimento (GH), lactogénio placentário e citocinas placentárias desempenham papéis importantes como antagonistas da insulina. Para provar tal fato, foi feito um estudo com administração de aglepristone (antagonista da progesterona) em cadelas, onde foi contstatado decréscimo significativo do GH no sangue, o que resultou consequentemente em diminuição progressiva da glicemia. No entanto, o melhor e tratamento definitivo para a resistência à insulina devido a progesterona é a castração feita com relativa urgência, enquanto que o uso de aglepristone deve ser reservado apenas aos casos em que a cirurgia não seka possível ou autorizada pelos proprietários (22). Gatos com diabetes melitus subclínica podem atingir euglicemia, sem a utilização de insulina através apenas de um controle dietético. Uma dieta de alta proteína maximiza a taxa metabólica, melhora a saciedade, evita a perda de massa muscular magra, normaliza o metabolismo da gordura e fornece uma fonte de energia consistente. A arginina estimula a secreção de insulina. É necessário também fornecer a menor quantidade de níveis de carboidratos na dieta para se reduzir a hiperglicemia. Para isso alimentos enlatados têm preferência sobre alimentos secos pois possuem níveis de carboidratos inferiores, baixa densidade calórica e consumo adicional de água (18). O manejo dietético adequado permite atingir e manter a condição corporal ideal. As refeições devem, idealmente, ser cronometradas para que a atividade da insulina exógena

7 ISSN Alm. Med. Vet. Zoo. 7 máxima ocorra durante o período pós-prandial (23). Os objetivos da terapia dietética incluem também manutenção corporal ou perda de peso em diabéticos obesos, e em caso de cães com baixo peso, a prioridade da terapia dietética é normalizar o peso corporal, aumentar a massa muscular, e estabilizar os requisitos do metabolismo e de insulina. Elevados níveis de fibras solúveis e insolúveis na dieta podem melhorar o controle glicêmico através da redução pósprandial da hiperglicemia (18). A resposta glicêmica prandial inferior depende da fonte de carboidratos na dieta, o amido em forma de farinha é muito mais digestivel do que em grãos. Restrição de carboidratos reduz a hiperglicemia pós-prandial. Dietas com restrições de gordura são recomendaveis para todos os cães diabéticos, pois melhoraram a sensibilidade à insulina. Entretanto, maiores níveis de restrição energética podem levar a perda de peso indesejável. Dietas adequadas possuem níveis mais elevados de proteína podendo ter níveis baixos para cães diabéticos com microalbuminúria (23). Iniciar um programa de exercício diário ajuda a promover a perda de peso e reduzir as concentrações de glicose sérica secundária para o aumento da utilização da glicose. Exercícios duas vezes por dia após a alimentação é ideal para minimizar a hiperglicemia pós-prandial (18). CONCLUSÃO O diabetes mellitus é uma doença complexa e progressiva, com diversas etiologias, de tratamento contínuo, tornando o seu controle um tanto quanto dificultoso. O principal objetivo do tratamento é a diminuição dos sinais clínicos, já que não existe cura para tal enfermidade. Por isso, são extremamente necessárias novas pesquisas relacionadas a terapêuticas para proporcionar uma melhor qualidade de vida e maior longevidade aos pacientes. REFERÊNCIAS 1. FARIA PF. Diabetes mellitus em cães. Acta Vet Bras. 2007; 1: OLIVEIRA DT, CAMERA L, MARTINS DB. Diabetes mellitus em cães. In: XVI Seminário Interinstitucional de Ensino, Pesquisa e Extensão. Universidade no Desenvolvimento Regional PEREIRA FRG. Diabettes melito em pequenos animais [monografia]. Curitiba: Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde da Universidade Tuitui do Paraná; MOONEY CT, PETERSON ME. Endocrinologia Canina e Felina. São Paulo: Roca Ltda; RICHARD W, NELSON C, COUTO G. Medicina Interna de Pequenos Animais. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; NELSON RW, REUSCH CE. Classification and etiology of diabetes in dogs and cats. J. Endoc. 2014; 222, T1 T9. 7. AHLGREN KM, FALL T, LANDEGREN N, GRIMELIUS L, EULER HV, SUNDBERG K. ET AL. Lack of Evidence for a Role of Islet Autoimmunity in the Aetiology of Canine Diabetes Mellitus. PLOS ONE, Autoimmunity and Diabetes in Dogs. 2014; 9: HARDY RM. Diabetes mellitus em el perro y em el gato. In: V jornadas de AMVAC, Madrid, Febrero, SANTORO NA. Diabetes mellitus em cães [monografia]. São Paulo: Centro Universitário das Faculdades Metropolitanas Unidas; 2009.

8 ISSN Alm. Med. Vet. Zoo GUYTON AC, HALL JE. Tratado de Fisiologia Médica. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; SCHENCK PA. Trans Fatty Acids Role in Pet Diabetes Mellitu. North American Vet Conf. Ithaca NY, 13-Jan REUSCH CE. DIAGNOSIS AND MANAGEMENT OF FELINE DIABETES MELLITUS (PART I). Proceedings of the Southern European Veterinary Conference & Congreso Nacional AVEPA, Barcelona, Spain. 13. MACHADO PES. Diabetes mellitus no cão [monografia]. Vila Real: Escola de Ciências Agrárias e Veterinárias Departamento de Ciências Veterinárias; MORAES LF, THOMAZINI CM, TAKAHIRA RK, CARVALHO LR. Avaliação dos níveis de frutosamina em gatos sob estresse agudo e crônico. Braz. J. Vet. Res. Anim. SCi. 2011; 48: POPPL AG, GONZÁLEZ FHD. Aspectos epidemiológicos e clínicos-laboratorias da Diabetes Mellitus em cães. Acta. Scient. Vet. 2005; 33(1): COOK AK. Monitoring Methods for Dogs and Cats with Diabetes Mellitus. J Diabetes Sci Technol. 2012; 6: (3): CRIVELENTI LZ, BORIN S, BRUM AM, COSTA MT. Cetoacidose Diabética Canina. Ciên. Rur., Santa Maria, Online, RUCINSKY R, COOK A, HALEY S, NELSON R, ZORAN DL, POUNDSTONE M. AAHA Diabetes Management Guidelines for Dogs and Cats. J. Amer. An. Hosp. Assoc. 2010; 46: ODA H, MORI A, LEE P, SAEKI K, ARAI T, SAKO T. Preliminary study characterizing the use of Sitagliptin for glycemic control in healthy beagle dogs with normal glucohomeostasis. J. Vet. Medical Science. J-STAGE. 16 Jun CHACRA AR. Efeito Fisiológico Das Incretinas. Johns Hopkins Advanced Studies in Medicine. 2006; 6: 7B. 21. REUSCH CE, PADRUTT I. New Incretin Hormonal Therapies in Humans Relevant to Diabetic Cats. Vet Clin Small Anim ; BIGLIARDI E, BRESCIANI C, CALLEGARI D, DI LANNI F, MORINI G, PARMIGIANI E. ET. AL. Use of aglepristone for the treatment of P4 induced insulin resistance in Dogs. J Vet Sci. 2014; 15(2), FLEEMAN LM, RAND JS. Diabetes Mellitus: Nutritional Strategies. Enc. Can. Clin. Nut. International Veterinary Information Service, Ithaca NY, 31-Mar-2008; A Recebido em 10/09/2015 Publicado em 21/10/2015

Abordagem Diagnóstica e Terapêutica da Diabete Melito Não Complicada em Cães

Abordagem Diagnóstica e Terapêutica da Diabete Melito Não Complicada em Cães Abordagem Diagnóstica e Terapêutica da Diabete Melito Não Complicada em Cães Cecilia Sartori Zarif Residente em Clínica e Cirurgia de Pequenos Animais da UFV Distúrbio do Pâncreas Endócrino Diabete Melito

Leia mais

Diabetes Mellitus em animais de companhia. Natália Leonel Ferreira 2º ano Medicina Veterinária

Diabetes Mellitus em animais de companhia. Natália Leonel Ferreira 2º ano Medicina Veterinária Diabetes Mellitus em animais de companhia Natália Leonel Ferreira 2º ano Medicina Veterinária O que é Diabetes Mellitus? É uma doença em que o metabolismo da glicose fica prejudicado pela falta ou má absorção

Leia mais

EXERCÍCIO E DIABETES

EXERCÍCIO E DIABETES EXERCÍCIO E DIABETES Todos os dias ouvimos falar dos benefícios que os exercícios físicos proporcionam, de um modo geral, à nossa saúde. Pois bem, aproveitando a oportunidade, hoje falaremos sobre a Diabetes,

Leia mais

Diabetes mellitus em felinos Ricardo Duarte www.hospitalveterinariopompeia.com.br

Diabetes mellitus em felinos Ricardo Duarte www.hospitalveterinariopompeia.com.br Diabetes mellitus em felinos Ricardo Duarte www.hospitalveterinariopompeia.com.br Síndrome que abrange uma série de doenças de etiologia diferente e clinicamente heterogêneas, que se caracterizam pela

Leia mais

Diabetes mellitus em felinos

Diabetes mellitus em felinos Definição Diabetes mellitus em felinos Profa Mestre Leila Taranti (NAYA Endocrinologia&VESP/FESB) Diabetes mellitus é definido como hiperglicemia persistente causada pela relativa ou absoluta deficiência

Leia mais

DIABETES MELLITUS. Prof. Claudia Witzel

DIABETES MELLITUS. Prof. Claudia Witzel DIABETES MELLITUS Diabetes mellitus Definição Aumento dos níveis de glicose no sangue, e diminuição da capacidade corpórea em responder à insulina e ou uma diminuição ou ausência de insulina produzida

Leia mais

Alterações Metabolismo Carboidratos DIABETES

Alterações Metabolismo Carboidratos DIABETES 5.5.2009 Alterações Metabolismo Carboidratos DIABETES Introdução Diabetes Mellitus é uma doença metabólica, causada pelo aumento da quantidade de glicose sanguínea A glicose é a principal fonte de energia

Leia mais

Células A (25%) Glucagon Células B (60%) Insulina Células D (10%) Somatostatina Células F ou PP (5%) Polipeptídeo Pancreático 1-2 milhões de ilhotas

Células A (25%) Glucagon Células B (60%) Insulina Células D (10%) Somatostatina Células F ou PP (5%) Polipeptídeo Pancreático 1-2 milhões de ilhotas Instituto Biomédico Departamento de Fisiologia e Farmacologia Disciplina: Fisiologia II Curso: Medicina Veterinária Pâncreas Endócrino Prof. Guilherme Soares Ilhotas Células A (25%) Glucagon Células B

Leia mais

CENTRO DE APOIO OPERACIONAL DE DEFESA DA SAÚDE CESAU

CENTRO DE APOIO OPERACIONAL DE DEFESA DA SAÚDE CESAU ORIENTAÇÃO TÉCNICA N.º 50 /2015 - CESAU Salvador, 23 de março de 2015 Objeto: Parecer. Promotoria de Justiça GESAU / Dispensação de medicamentos. REFERÊNCIA: Promotoria de Justiça de Conceição do Coité/

Leia mais

DIABETES MELLITUS. Ricardo Rodrigues Cardoso Educação Física e Ciências do DesportoPUC-RS

DIABETES MELLITUS. Ricardo Rodrigues Cardoso Educação Física e Ciências do DesportoPUC-RS DIABETES MELLITUS Ricardo Rodrigues Cardoso Educação Física e Ciências do DesportoPUC-RS Segundo a Organização Mundial da Saúde, existem atualmente cerca de 171 milhões de indivíduos diabéticos no mundo.

Leia mais

EFICÁCIA DA INSULINA GLARGINA NO TRATAMENTO DA DIABETES MELLITUS TIPO I EM CÃES

EFICÁCIA DA INSULINA GLARGINA NO TRATAMENTO DA DIABETES MELLITUS TIPO I EM CÃES 26 a 29 de outubro de 2010 ISBN 978-85-61091-69-9 EFICÁCIA DA INSULINA GLARGINA NO TRATAMENTO DA DIABETES MELLITUS TIPO I EM CÃES Veruska Martins da Rosa Buchaim 1 ; Carlos Maia Bettini 2 RESUMO: A diabetes

Leia mais

Conheça mais sobre. Diabetes

Conheça mais sobre. Diabetes Conheça mais sobre Diabetes O diabetes é caracterizado pelo alto nível de glicose no sangue (açúcar no sangue). A insulina, hormônio produzido pelo pâncreas, é responsável por fazer a glicose entrar para

Leia mais

DIABETES MELLITUS EM CÃES E GATOS: Revisão de Literatura DIABETES MELLITUS IN DOGS AND CATS: A Review

DIABETES MELLITUS EM CÃES E GATOS: Revisão de Literatura DIABETES MELLITUS IN DOGS AND CATS: A Review ISSN 2447-0716 Alm. Med. Vet. Zoo. 1 DIABETES MELLITUS EM CÃES E GATOS: Revisão de Literatura DIABETES MELLITUS IN DOGS AND CATS: A Review Alexandra Machado Maiochi * Daniela Caroline Machado * Victor

Leia mais

0800 30 30 03 www.unimedbh.com.br

0800 30 30 03 www.unimedbh.com.br ANS - Nº 34.388-9 0800 30 30 03 www.unimedbh.com.br Março 2007 Programa de Atenção ao Diabetes O que é diabetes? AUnimed-BH preocupa-se com a saúde e o bem-estar dos seus clientes, por isso investe em

Leia mais

PERFIL PANCREÁTICO. Prof. Dr. Fernando Ananias. MONOSSACARÍDEOS Séries das aldoses

PERFIL PANCREÁTICO. Prof. Dr. Fernando Ananias. MONOSSACARÍDEOS Séries das aldoses PERFIL PANCREÁTICO Prof. Dr. Fernando Ananias MONOSSACARÍDEOS Séries das aldoses 1 DISSACARÍDEO COMPOSIÇÃO FONTE Maltose Glicose + Glicose Cereais Sacarose Glicose + Frutose Cana-de-açúcar Lactose Glicose

Leia mais

Tipos de Diabetes. Diabetes Gestacional

Tipos de Diabetes. Diabetes Gestacional Tipos de Diabetes Diabetes Gestacional Na gravidez, duas situações envolvendo o diabetes podem acontecer: a mulher que já tinha diabetes e engravida e o diabetes gestacional. O diabetes gestacional é a

Leia mais

estimação tem diabetes?

estimação tem diabetes? Será que o seu animal de estimação tem diabetes? Informação acerca dos sinais mais comuns e dos factores de risco. O que é a diabetes? Diabetes mellitus, o termo médico para a diabetes, é uma doença causada

Leia mais

Incretinomiméticos e inibidores de DPP-IV

Incretinomiméticos e inibidores de DPP-IV Bruno de Oliveira Sawan Rodrigo Ribeiro Incretinomiméticos e inibidores de DPP-IV Liga de Diabetes - UNIUBE GLP-1 GLP-1 é normalmente produzido pelas células neuroendócrinas L da mucosa intestinal Sua

Leia mais

Que tipos de Diabetes existem?

Que tipos de Diabetes existem? Que tipos de Diabetes existem? -Diabetes Tipo 1 -também conhecida como Diabetes Insulinodependente -Diabetes Tipo 2 - Diabetes Gestacional -Outros tipos de Diabetes Organismo Saudável As células utilizam

Leia mais

Hormonas e mensageiros secundários

Hormonas e mensageiros secundários Hormonas e mensageiros secundários Interrelação entre os tecidos Comunicação entre os principais tecidos Fígado tecido adiposo hormonas sistema nervoso substratos em circulação músculo cérebro 1 Um exemplo

Leia mais

Os efeitos endocrinológicos na cirurgia da obesidade.

Os efeitos endocrinológicos na cirurgia da obesidade. Os efeitos endocrinológicos na cirurgia da obesidade. Dr. Izidoro de Hiroki Flumignan Médico endocrinologista e sanitarista Equipe CETOM Centro de Estudos e Tratamento para a Obesidade Mórbida. Diretor

Leia mais

HIPERADRENOCORTICISMO EM CÃES

HIPERADRENOCORTICISMO EM CÃES 25 a 28 de Outubro de 2011 ISBN 978-85-8084-055-1 HIPERADRENOCORTICISMO EM CÃES Veruska Martins da Rosa 1, Caio Henrique de Oliveira Carniato 2, Geovana Campanerutti Cavalaro 3 RESUMO: O hiperadrenocorticismo

Leia mais

Tópicos da Aula. Classificação CHO. Processo de Digestão 24/09/2012. Locais de estoque de CHO. Nível de concentração de glicose no sangue

Tópicos da Aula. Classificação CHO. Processo de Digestão 24/09/2012. Locais de estoque de CHO. Nível de concentração de glicose no sangue Universidade Estadual Paulista DIABETES E EXERCÍCIO FÍSICO Profª Dnda Camila Buonani da Silva Disciplina: Atividade Física e Saúde Tópicos da Aula 1. Carboidrato como fonte de energia 2. Papel da insulina

Leia mais

47 Por que preciso de insulina?

47 Por que preciso de insulina? A U A UL LA Por que preciso de insulina? A Medicina e a Biologia conseguiram decifrar muitos dos processos químicos dos seres vivos. As descobertas que se referem ao corpo humano chamam mais a atenção

Leia mais

Curso: Integração Metabólica

Curso: Integração Metabólica Curso: Integração Metabólica Aula 9: Sistema Nervoso Autônomo Prof. Carlos Castilho de Barros Sistema Nervoso Sistema Nervoso Central Sistema Nervoso Periférico Sensorial Motor Somático Autônomo Glândulas,

Leia mais

Disciplina de BIOQUÍMICA do Ciclo Básico de MEDICINA Universidade dos Açores. 1º Ano ENSINO PRÁTICO DIABETES MELLITUS

Disciplina de BIOQUÍMICA do Ciclo Básico de MEDICINA Universidade dos Açores. 1º Ano ENSINO PRÁTICO DIABETES MELLITUS Disciplina de BIOQUÍMICA do Ciclo Básico de MEDICINA Universidade dos Açores 1º Ano ENSINO PRÁTICO DIABETES MELLITUS Diabetes Mellitus É a doença endócrina mais comum encontrada na clínica; - Caracterizada

Leia mais

TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DO DIABETES MELLITUS: SULFONILUREIAS E BIGUANIDAS

TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DO DIABETES MELLITUS: SULFONILUREIAS E BIGUANIDAS UNIVERSIDADE DE UBERABA LIGA DE DIABETES 2013 TRATAMENTO MEDICAMENTOSO DO DIABETES MELLITUS: SULFONILUREIAS E BIGUANIDAS PALESTRANTES:FERNANDA FERREIRA AMUY LUCIANA SOUZA LIMA 2013/2 CRITÉRIOS PARA ESCOLHA

Leia mais

06/05/2012. Ausência das manifestações clínicas da doença, apesar da suspensão do tratamento Possibilidade de recidiva Remissão cura (?

06/05/2012. Ausência das manifestações clínicas da doença, apesar da suspensão do tratamento Possibilidade de recidiva Remissão cura (? Prof. Dr. Ricardo Duarte Ausência das manifestações clínicas da doença, apesar da suspensão do tratamento Possibilidade de recidiva Remissão cura (?) Etiologia multifatorial 80% diabetes tipo 2 em seres

Leia mais

APOSTILA AULA 2 ENTENDENDO OS SINTOMAS DO DIABETES

APOSTILA AULA 2 ENTENDENDO OS SINTOMAS DO DIABETES APOSTILA AULA 2 ENTENDENDO OS SINTOMAS DO DIABETES 1 Copyright 2014 por Publicado por: Diabetes & Você Autora: Primeira edição: Maio de 2014 Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta apostila pode

Leia mais

Diabetes - Introdução

Diabetes - Introdução Diabetes - Introdução Diabetes Mellitus, conhecida simplesmente como diabetes, é uma disfunção do metabolismo de carboidratos, caracterizada pelo alto índice de açúcar no sangue (hiperglicemia) e presença

Leia mais

Câncer de Próstata. Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho

Câncer de Próstata. Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho Câncer de Próstata Fernando Magioni Enfermeiro do Trabalho O que é próstata? A próstata é uma glândula que só o homem possui e que se localiza na parte baixa do abdômen. Ela é um órgão muito pequeno, tem

Leia mais

ALTERAÇÕES METABÓLICAS NA GRAVIDEZ

ALTERAÇÕES METABÓLICAS NA GRAVIDEZ ALTERAÇÕES METABÓLICAS NA GRAVIDEZ CUSTO ENERGÉTICO DA GRAVIDEZ CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO FETAL SÍNTESE DE TECIDO MATERNO 80.000 kcal ou 300 Kcal por dia 2/4 médios 390 Kcal depósito de gordura- fase

Leia mais

OS 5 PASSOS QUE MELHORAM ATÉ 80% OS RESULTADOS NO CONTROLE DO DIABETES. Mônica Amaral Lenzi Farmacêutica Educadora em Diabetes

OS 5 PASSOS QUE MELHORAM ATÉ 80% OS RESULTADOS NO CONTROLE DO DIABETES. Mônica Amaral Lenzi Farmacêutica Educadora em Diabetes OS 5 PASSOS QUE MELHORAM ATÉ 80% OS RESULTADOS NO CONTROLE DO DIABETES Mônica Amaral Lenzi Farmacêutica Educadora em Diabetes TER DIABETES NÃO É O FIM... É o início de uma vida mais saudável, com alimentação

Leia mais

DIABETES MELLITUS. Caracteriza-se pela DESTRUIÇÃO das cel s beta, c/ PERDA PROGRESSIVA e eventualmente COMPLETA da secreção de INSULINA.

DIABETES MELLITUS. Caracteriza-se pela DESTRUIÇÃO das cel s beta, c/ PERDA PROGRESSIVA e eventualmente COMPLETA da secreção de INSULINA. DIABETES MELLITUS Ilhotas de Langerhans: cél s alfa que secretam glucagon horm hiperglicemiante; E as cél s beta que secretam insulina horm hipoglicemiante; Glicose para o sg entra dentro das células (PELO

Leia mais

à diabetes? As complicações resultam da de açúcar no sangue. São frequentes e graves podendo (hiperglicemia).

à diabetes? As complicações resultam da de açúcar no sangue. São frequentes e graves podendo (hiperglicemia). diabetes Quando Acidente a glicemia vascular (glicose cerebral no sangue) (tromboses), sobe, o pâncreas uma das principais O que Quais é a diabetes? as complicações associadas à diabetes? produz causas

Leia mais

METABOLISMO DE LIPÍDEOS

METABOLISMO DE LIPÍDEOS METABOLISMO DE LIPÍDEOS 1. Β-oxidação de ácidos graxos - Síntese de acetil-coa - ciclo de Krebs - Cadeia transportadora de elétrons e fosforilação oxidativa 2. Síntese de corpos cetônicos 3. Síntese de

Leia mais

Saiba quais são os diferentes tipos de diabetes

Saiba quais são os diferentes tipos de diabetes Saiba quais são os diferentes tipos de diabetes Diabetes é uma doença ocasionada pela total falta de produção de insulina pelo pâncreas ou pela quantidade insuficiente da substância no corpo. A insulina

Leia mais

Veículo: Jornal da Comunidade Data: 24 a 30/07/2010 Seção: Comunidade Vip Pág.: 4 Assunto: Diabetes

Veículo: Jornal da Comunidade Data: 24 a 30/07/2010 Seção: Comunidade Vip Pág.: 4 Assunto: Diabetes Veículo: Jornal da Comunidade Data: 24 a 30/07/2010 Seção: Comunidade Vip Pág.: 4 Assunto: Diabetes Uma vida normal com diabetes Obesidade, histórico familiar e sedentarismo são alguns dos principais fatores

Leia mais

REGULAÇÃO HORMONAL DO METABOLISMO

REGULAÇÃO HORMONAL DO METABOLISMO REGULAÇÃO HORMONAL DO METABOLISMO A concentração de glicose no sangue está sempre sendo regulada A glicose é mantida em uma faixa de 60 a 90 g/100ml de sangue (~4,5mM) Homeostase da glicose Necessidade

Leia mais

Cartilha de Prevenção. ANS - nº31763-2. Diabetes. Fevereiro/2015

Cartilha de Prevenção. ANS - nº31763-2. Diabetes. Fevereiro/2015 Cartilha de Prevenção 1 ANS - nº31763-2 Diabetes Fevereiro/2015 Apresentação Uma das missões da Amafresp é prezar pela qualidade de vida de seus filiados e pela prevenção através da informação, pois esta

Leia mais

Tratamento de diabetes: insulina e anti-diabéticos. Profa. Dra. Fernanda Datti

Tratamento de diabetes: insulina e anti-diabéticos. Profa. Dra. Fernanda Datti Tratamento de diabetes: insulina e anti-diabéticos Profa. Dra. Fernanda Datti Pâncreas Ilhotas de Langerhans células beta insulina células alfa glucagon células gama somatostatina regulação das atividades

Leia mais

TÍTULO: AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA TERAPÊUTICA E POSOLOGIA DO TRILOSTANO MANIPULADO EM CÃES COM HIPERADRENOCORTICISMO ESPONTÂNEO

TÍTULO: AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA TERAPÊUTICA E POSOLOGIA DO TRILOSTANO MANIPULADO EM CÃES COM HIPERADRENOCORTICISMO ESPONTÂNEO TÍTULO: AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA TERAPÊUTICA E POSOLOGIA DO TRILOSTANO MANIPULADO EM CÃES COM HIPERADRENOCORTICISMO ESPONTÂNEO CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E SAÚDE SUBÁREA: MEDICINA VETERINÁRIA

Leia mais

DROGAS HIPOGLICEMIANTES

DROGAS HIPOGLICEMIANTES DROGAS HIPOGLICEMIANTES Secreção da insulina Insulina plasmática Receptor de insulina Ações da insulina DIABETES: Síndrome de múltipla etiologia, decorrente da falta de insulina e/ou sua incapacidade

Leia mais

Sistema endócrino. Apostila 3 Página 22

Sistema endócrino. Apostila 3 Página 22 Sistema endócrino Apostila 3 Página 22 Sistema mensageiro Hormônios: informacionais, produzidas pelas glândulas endócrinas e distribuídas pelo sangue. Órgão-alvo: reage ao estímulo do hormônio. Sistema

Leia mais

VI CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM DIABETES DIETOTERAPIA ACADÊMICA LIGA DE DIABETES ÂNGELA MENDONÇA

VI CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM DIABETES DIETOTERAPIA ACADÊMICA LIGA DE DIABETES ÂNGELA MENDONÇA VI CURSO DE ATUALIZAÇÃO EM DIABETES DIETOTERAPIA ACADÊMICA ÂNGELA MENDONÇA LIGA DE DIABETES A intervenção nutricional pode melhorar o controle glicêmico. Redução de 1.0 a 2.0% nos níveis de hemoglobina

Leia mais

A patroa quer emagrecer

A patroa quer emagrecer A patroa quer emagrecer A UU L AL A Andando pela rua, você passa em frente a uma farmácia e resolve entrar para conferir seu peso na balança. E aí vem aquela surpresa: uns quilinhos a mais, ou, em outros

Leia mais

Azul. Novembro. cosbem. Mergulhe nessa onda! A cor da coragem é azul. Mês de Conscientização, Preveção e Combate ao Câncer De Próstata.

Azul. Novembro. cosbem. Mergulhe nessa onda! A cor da coragem é azul. Mês de Conscientização, Preveção e Combate ao Câncer De Próstata. cosbem COORDENAÇÃO DE SAÚDE E BEM-ESTAR Novembro Azul Mês de Conscientização, Preveção e Combate ao Câncer De Próstata. Mergulhe nessa onda! A cor da coragem é azul. NOVEMBRO AZUL Mês de Conscientização,

Leia mais

CAD. choque! CAD. Ricardo Duarte www.hospitalveterinariopompeia.com.br. hiperglicemia - + H + glicose. glucagon. catecolaminas cortisol GH

CAD. choque! CAD. Ricardo Duarte www.hospitalveterinariopompeia.com.br. hiperglicemia - + H + glicose. glucagon. catecolaminas cortisol GH Ricardo Duarte www.hospitalveterinariopompeia.com.br hiperglicemia CAD acidose cetose neoglicogênese glicogenólise + amino ácidos insulina insuficiente suspensão da insulina resistência insulínica deficiência

Leia mais

Insulinoterapia em cães diabé4cos

Insulinoterapia em cães diabé4cos Insulinoterapia em cães diabé4cos Profa Dra Viviani De Marco (NAYA Endocrinologia&VESP/UNISA) Profa Mestre Leila TaranF (NAYA Endocrinologia&VESP/Fundação Municipal de Ensino Superior de Bragança Paulista)

Leia mais

Diabetes mellitus tipo I. Classificação e Etiologia 26/08/2010. Terapia do Diabetes mellitus em cães e gatos. Diabetes mellitus tipo I

Diabetes mellitus tipo I. Classificação e Etiologia 26/08/2010. Terapia do Diabetes mellitus em cães e gatos. Diabetes mellitus tipo I Terapia do Diabetes mellitus em cães e gatos X Profa Dra Viviani De Marco Universidade Guarulhos Hospital Veterinário Pompéia SP Patofisiologia do Diabetes Hiperglicemia do estresse Doenças x resistência

Leia mais

Retinopatia Diabética

Retinopatia Diabética Retinopatia Diabética A diabetes mellitus é uma desordem metabólica crónica caracterizada pelo excesso de níveis de glicose no sangue. A causa da hiper glicemia (concentração de glicose igual ou superior

Leia mais

ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSOR PRESENCIAL

ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSOR PRESENCIAL ORIENTAÇÕES PARA O PROFESSOR PRESENCIAL Componente Curriculares Educação Física Professores Ministrantes: Kim Raone e Marcus Marins Série/ Ano letivo: 2º ano/ 2014 Data: 26/03/2014 AULA 5.1 Conteúdo: Doenças

Leia mais

Teste seus conhecimentos: Caça-Palavras

Teste seus conhecimentos: Caça-Palavras Teste seus conhecimentos: Caça-Palavras Batizada pelos médicos de diabetes mellitus, a doença ocorre quando há um aumento do açúcar no sangue. Dependendo dos motivos desse disparo, pode ser de dois tipos.

Leia mais

Disciplina de Fisiologia Veterinária. GH e PROLACTINA. Prof. Fabio Otero Ascoli

Disciplina de Fisiologia Veterinária. GH e PROLACTINA. Prof. Fabio Otero Ascoli Disciplina de Fisiologia Veterinária GH e PROLACTINA Prof. Fabio Otero Ascoli GH Sinônimos: Hormônio do crescimento ou somatotrópico ou somatotropina Histologia: Em torno de 30 a 40% das células da hipófise

Leia mais

Cetoacidose Diabética. Prof. Gilberto Perez Cardoso Titular de Medicina Interna UFF

Cetoacidose Diabética. Prof. Gilberto Perez Cardoso Titular de Medicina Interna UFF Cetoacidose Diabética Prof. Gilberto Perez Cardoso Titular de Medicina Interna UFF Complicações Agudas do Diabetes Mellitus Cetoacidose diabética: 1 a 5% dos casos de DM1 Mortalidade de 5% Coma hiperglicêmico

Leia mais

Pesquisa revela que um em cada 11 adultos no mundo tem diabetes

Pesquisa revela que um em cada 11 adultos no mundo tem diabetes Pesquisa revela que um em cada 11 adultos no mundo tem diabetes O Dia Mundial da Saúde é celebrado todo 7 de abril, e neste ano, o tema escolhido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para conscientização

Leia mais

Disciplina: FISIOLOGIA CELULAR CONTROLE DA HOMEOSTASE, COMUNICAÇÃO E INTEGRAÇÃO DO CORPO HUMANO (10h)

Disciplina: FISIOLOGIA CELULAR CONTROLE DA HOMEOSTASE, COMUNICAÇÃO E INTEGRAÇÃO DO CORPO HUMANO (10h) Ementário: Disciplina: FISIOLOGIA CELULAR CONTROLE DA HOMEOSTASE, COMUNICAÇÃO E INTEGRAÇÃO DO CORPO HUMANO (10h) Ementa: Organização Celular. Funcionamento. Homeostasia. Diferenciação celular. Fisiologia

Leia mais

AS MODERNAS INSULINAS

AS MODERNAS INSULINAS AS MODERNAS INSULINAS II Congresso para Diabéticos promovido pela Aliança de Atenção ao Diabetes do Rio de Janeiro - Foto molecular da insulina humana - Izidoro de Hiroki Flumignan - médico endocrinologista

Leia mais

VI - Diabetes hiperglicémia

VI - Diabetes hiperglicémia VI - Diabetes A Diabetes mellitus é uma doença caracterizada por deficiência na produção da insulina, aumento da sua destruição ou ineficiência na sua acção. Tem como consequência principal a perda de

Leia mais

Diabetes INVESTIGAÇÕES BIOQUÍMICAS ESPECIALIZADAS

Diabetes INVESTIGAÇÕES BIOQUÍMICAS ESPECIALIZADAS DIABETES Diabetes INVESTIGAÇÕES BIOQUÍMICAS ESPECIALIZADAS Homeostasia da glucose ACÇÃO DA INSULINA PÂNCREAS Gluconeogénese Glicogenólise Lipólise Cetogénese Proteólise INSULINA GO GO GO GO GO Absorção

Leia mais

BENEFÍCIOS DO EXERCÍCIO FÍSICO E DIETA HIPOCALÓRICA EM DIABÉTICOS

BENEFÍCIOS DO EXERCÍCIO FÍSICO E DIETA HIPOCALÓRICA EM DIABÉTICOS BENEFÍCIOS DO EXERCÍCIO FÍSICO E DIETA HIPOCALÓRICA EM DIABÉTICOS Autora: Márcia de Fátima Ferraretto Pavan Resumo: Diabetes mellitus é uma doença crônica e está associada a complicações que comprometem

Leia mais

Como prescrever o exercício no tratamento do DM. Acad. Mariana Amorim Abdo

Como prescrever o exercício no tratamento do DM. Acad. Mariana Amorim Abdo Como prescrever o exercício no tratamento do DM Acad. Mariana Amorim Abdo Importância do Exercício Físico no DM Contribui para a melhora do estado glicêmico, diminuindo os fatores de risco relacionados

Leia mais

A SAÚDE DO OBESO Equipe CETOM

A SAÚDE DO OBESO Equipe CETOM A SAÚDE DO OBESO Dr. Izidoro de Hiroki Flumignan Médico endocrinologista e sanitarista Equipe CETOM Centro de Estudos e Tratamento para a Obesidade Mórbida. Diretor do Instituto Flumignano de Medicina

Leia mais

Protocolo para controle glicêmico em paciente não crítico HCFMUSP

Protocolo para controle glicêmico em paciente não crítico HCFMUSP Protocolo para controle glicêmico em paciente não crítico HCFMUSP OBJETIVOS DE TRATAMENTO: Alvos glicêmicos: -Pré prandial: entre 100 e 140mg/dL -Pós prandial: < 180mg/dL -Evitar hipoglicemia Este protocolo

Leia mais

Biomassa de Banana Verde Integral- BBVI

Biomassa de Banana Verde Integral- BBVI Biomassa de Banana Verde Integral- BBVI INFORMAÇÕES NUTRICIONAIS Porção de 100g (1/2 copo) Quantidade por porção g %VD(*) Valor Energético (kcal) 64 3,20 Carboidratos 14,20 4,73 Proteínas 1,30 1,73 Gorduras

Leia mais

CORRELAÇÃO DA INSUFICIÊNCIA RENAL E ANEMIA EM PACIENTES NORMOGLICEMICOS E HIPERGLICEMICOS EM UM LABORATÓRIO DA CIDADE DE JUAZEIRO DO NORTE, CE

CORRELAÇÃO DA INSUFICIÊNCIA RENAL E ANEMIA EM PACIENTES NORMOGLICEMICOS E HIPERGLICEMICOS EM UM LABORATÓRIO DA CIDADE DE JUAZEIRO DO NORTE, CE CORRELAÇÃO DA INSUFICIÊNCIA RENAL E ANEMIA EM PACIENTES NORMOGLICEMICOS E HIPERGLICEMICOS EM UM LABORATÓRIO DA CIDADE DE JUAZEIRO DO NORTE, CE Janaína Esmeraldo Rocha, Faculdade Leão Sampaio, janainaesmeraldo@gmail.com

Leia mais

Sistema endócrino + Sistema nervoso. integração e controle das funções do organismo

Sistema endócrino + Sistema nervoso. integração e controle das funções do organismo Sistema endócrino Sistema endócrino + Sistema nervoso integração e controle das funções do organismo Sistema endócrino Conjunto de glândulas endócrinas que secretam hormônio Relembrando Glândulas que liberam

Leia mais

COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA CARNE. Profª Sandra Carvalho

COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA CARNE. Profª Sandra Carvalho COMPOSIÇÃO QUÍMICA DA CARNE Profª Sandra Carvalho A carne magra: 75% de água 21 a 22% de proteína 1 a 2% de gordura 1% de minerais menos de 1% de carboidratos A carne magra dos diferentes animais de abate

Leia mais

Proteger nosso. Futuro

Proteger nosso. Futuro Proteger nosso Futuro A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) é uma entidade sem fins lucrativos criada em 1943, tendo como objetivo unir a classe médica especializada em cardiologia para o planejamento

Leia mais

PALAVRAS CHAVE Diabetes mellitus tipo 2, IMC. Obesidade. Hemoglobina glicada.

PALAVRAS CHAVE Diabetes mellitus tipo 2, IMC. Obesidade. Hemoglobina glicada. 11. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 ÁREA TEMÁTICA: ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( X ) SAÚDE ( ) TRABALHO ( ) TECNOLOGIA AVALIAÇÃO

Leia mais

VIVER BEM OS RINS DO SEU FABRÍCIO AGENOR DOENÇAS RENAIS

VIVER BEM OS RINS DO SEU FABRÍCIO AGENOR DOENÇAS RENAIS VIVER BEM OS RINS DO SEU FABRÍCIO AGENOR DOENÇAS RENAIS Leia o código e assista a história de seu Fabrício Agenor. Este é o seu Fabrício Agenor. Ele sempre gostou de comidas pesadas e com muito tempero

Leia mais

FISIOLOGIA RENAL EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM

FISIOLOGIA RENAL EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM FISIOLOGIA RENAL 01. A sudorese (produção de suor) é um processo fisiológico que ajuda a baixar a temperatura do corpo quando está muito calor ou quando realizamos uma atividade

Leia mais

IDENTIFICANDO AS COMPLICAÇÕES DO DIABETES MELLITUS EM FREQÜENTADORES DE UM CENTRO REGIONAL DE ESPECIALIDADES (CRE) 1

IDENTIFICANDO AS COMPLICAÇÕES DO DIABETES MELLITUS EM FREQÜENTADORES DE UM CENTRO REGIONAL DE ESPECIALIDADES (CRE) 1 IDENTIFICANDO AS COMPLICAÇÕES DO DIABETES MELLITUS EM FREQÜENTADORES DE UM CENTRO REGIONAL DE ESPECIALIDADES (CRE) 1 Ariana Rodrigues Silva CARVALHO 2 Karina Isabel VIVIAN 3 Marister PICCOLI 4 INTRODUÇÃO:

Leia mais

Convivendo bem com a doença renal. Guia de Nutrição e Diabetes Você é capaz, alimente-se bem!

Convivendo bem com a doença renal. Guia de Nutrição e Diabetes Você é capaz, alimente-se bem! Convivendo bem com a doença renal Guia de Nutrição e Diabetes Você é capaz, alimente-se bem! Nutrição e dieta para diabéticos: Introdução Mesmo sendo um paciente diabético em diálise, a sua dieta ainda

Leia mais

O Câncer de Próstata. O que é a Próstata

O Câncer de Próstata. O que é a Próstata O Câncer de Próstata O câncer de próstata é o segundo tumor mais comum no sexo masculino, acometendo um em cada seis homens. Se descoberto no início, as chances de cura são de 95%. O que é a Próstata A

Leia mais

Dia Mundial da Diabetes - 14 Novembro de 2012 Controle a diabetes antes que a diabetes o controle a si

Dia Mundial da Diabetes - 14 Novembro de 2012 Controle a diabetes antes que a diabetes o controle a si Dia Mundial da Diabetes - 14 Novembro de 2012 Controle a diabetes antes que a diabetes o controle a si A função da insulina é fazer com o que o açúcar entre nas células do nosso corpo, para depois poder

Leia mais

Congresso do Desporto Desporto, Saúde e Segurança

Congresso do Desporto Desporto, Saúde e Segurança Congresso do Desporto Desporto, Saúde e Segurança Projecto Mexa-se em Bragança Organização: Pedro Miguel Queirós Pimenta Magalhães E-mail: mexaseembraganca@ipb.pt Web: http://www.mexaseembraganca.ipb.pt

Leia mais

Excreção. Manutenção do equilíbrio de sal, água e remoção de excretas nitrogenadas.

Excreção. Manutenção do equilíbrio de sal, água e remoção de excretas nitrogenadas. Fisiologia Animal Excreção Manutenção do equilíbrio de sal, água e remoção de excretas nitrogenadas. Sistema urinario Reabsorção de açucar, Glicose, sais, água. Regula volume sangue ADH: produzido pela

Leia mais

RESPOSTA RÁPIDA 219/2014 Insulina Glargina (Lantus ) e tiras reagentes

RESPOSTA RÁPIDA 219/2014 Insulina Glargina (Lantus ) e tiras reagentes RESPOSTA RÁPIDA 219/2014 Insulina Glargina (Lantus ) e tiras reagentes SOLICITANTE NÚMERO DO PROCESSO DATA SOLICITAÇÃO Dra. Herilene de Oliveira Andrade Juiza de Direito da Comarca de Itapecirica/MG Autos

Leia mais

Displasia coxofemoral (DCF): o que é, quais os sinais clínicos e como tratar

Displasia coxofemoral (DCF): o que é, quais os sinais clínicos e como tratar Displasia coxofemoral (DCF): o que é, quais os sinais clínicos e como tratar A displasia coxofemoral (DCF) canina é uma doença ortopédica caracterizada pelo desenvolvimento inadequado da articulação coxofemoral.

Leia mais

Programa Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) Campanha de Prevenção e Controle de Hipertensão e Diabetes

Programa Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) Campanha de Prevenção e Controle de Hipertensão e Diabetes Programa Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) Campanha de Prevenção e Controle de Hipertensão e Diabetes Objetivos: - Desenvolver uma visão biopsicossocial integrada ao ambiente de trabalho, considerando

Leia mais

Abra as portas da sua empresa para a saúde entrar. Programa Viva Melhor

Abra as portas da sua empresa para a saúde entrar. Programa Viva Melhor Abra as portas da sua empresa para a saúde entrar. Programa Viva Melhor Apresentação Diferente das operadoras que seguem o modelo assistencial predominante no mercado de planos de saúde e focam a assistência

Leia mais

CONTROLE E INTEGRAÇÂO

CONTROLE E INTEGRAÇÂO CONTROLE E INTEGRAÇÂO A homeostase é atingida através de uma série de mecanismos reguladores que envolve todos os órgãos do corpo. Dois sistemas, entretanto, são destinados exclusivamente para a regulação

Leia mais

INTRODUÇÃO. Diabetes & você

INTRODUÇÃO. Diabetes & você INTRODUÇÃO Diabetes & você Uma das coisas mais importantes na vida de uma pessoa com diabetes é a educação sobre a doença. Conhecer e saber lidar diariamente com o diabetes é fundamental para levar uma

Leia mais

NECESSIDADES NUTRICIONAIS DO EXERCÍCIO

NECESSIDADES NUTRICIONAIS DO EXERCÍCIO Departamento de Fisiologia Curso: Educação Física NECESSIDADES NUTRICIONAIS DO EXERCÍCIO Aluno: Anderson de Oliveira Lemos Matrícula: 9612220 Abril/2002 Estrutura de Apresentação Líquidos Eletrólitos Energia

Leia mais

RESPOSTA RÁPIDA /2014

RESPOSTA RÁPIDA /2014 RESPOSTA RÁPIDA /2014 SOLICITANTE Curvelo - Juizado Especial NÚMERO DO PROCESSO DATA 3/3/2014 SOLICITAÇÃO 0209 14001499-1 Solicito de Vossa Senhoria que, no prazo de 48 horas, informe a este juízo,acerca

Leia mais

24 de Outubro 5ª feira insulinoterapia Curso Prático Televoter

24 de Outubro 5ª feira insulinoterapia Curso Prático Televoter 2013 Norte 24 de Outubro 5ª feira insulinoterapia Curso Prático Televoter António Pedro Machado Simões-Pereira Descoberta da insulina Insulina protamina Insulina lenta Lispro - análogo de acção curta Glulisina

Leia mais

Diabetes Gestacional

Diabetes Gestacional Diabetes Gestacional Introdução O diabetes é uma doença que faz com que o organismo tenha dificuldade para controlar o açúcar no sangue. O diabetes que se desenvolve durante a gestação é chamado de diabetes

Leia mais

ATIVIDADE FÍSICA E DIABETES. Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior

ATIVIDADE FÍSICA E DIABETES. Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior ATIVIDADE FÍSICA E DIABETES Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior O QUE É DIABETES? Trata-se de uma doença crônica que ocorre quando o pâncreas não produz insulina ou quando o corpo não consegue utilizar

Leia mais

METABOLISMO. - ATP é a moeda energética da célula

METABOLISMO. - ATP é a moeda energética da célula INTEGRAÇÃO DO METABOLISMO ESTRATÉGIAS DO METABOLISMO - ATP é a moeda energética da célula - ATP é gerado pela oxidação de moléculas de alimento: * as macromoléculas da dieta são quebradas até suas unidades

Leia mais

PÂNCREAS ENDÓCRINO E A REGULAÇÃO DA GLICEMIA. Prof. Hélder Mauad

PÂNCREAS ENDÓCRINO E A REGULAÇÃO DA GLICEMIA. Prof. Hélder Mauad PÂNCREAS ENDÓCRINO E A REGULAÇÃO DA GLICEMIA Prof. Hélder Mauad PÂNCREAS SOMATOSTATINA ENDÓCRINO A somatostatina é classificada como um hormônio inibitório, cujas principais ações Além são: da

Leia mais