Transcrição da participante 3 (EXS)

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1 Transcrição da participante 3 (EXS) Pergunta: Então vamos então começar Não sei se tem mais alguma dúvida que queira colocar relativamente ao trabalho? Alguma coisa? Resposta: Não nada esteja à vontade Só lhe digo que conversei com o Professor S, porque ainda estou a terminar o Doutoramento, conhece o Professor S? Estou mesmo a terminar o doutoramento, ele já tem a minha tese, e fui lá para uns ajustes finais e depois - curioso veja lá que recebi este telefonema - e contei-lhe o que se ia passar e achou interessantíssimo a sua ideia, muito interessante mesmo. Comentário entrevistador: Ainda bem. Comentário entrevistado: Achou muito interessante a sua ideia e eu também acho, porque de facto aquela faculdade necessita de começar a sensibilizar as pessoas no fundo para o empreendedorismo, porque há muitas outras coisas que se podem fazer, para além de dar aulas e as pessoas ainda não perceberam isso. Não interrompo mais! Pergunta: A primeira questão - vamos começar pela parte das questões relacionadas com a empresa directamente - gostava de saber como é que se tornou empresária, quando é que começou a pensar em criar uma empresa, quais foram as principais motivações/expectativas? Resposta: Eu sempre trabalhei em Health Clubs desde muito nova, com 17 anos já trabalhava em Health Clubs e depois obviamente senti necessidade de ter uma formação, uma melhor formação para poder, no fundo exercer essas funções. E uma das coisas que sempre se me colocou foi a gestão do peso, porque sou de uma família que é muito gordinha, a minha irmã é muito gordinha, eu nunca tive grandes dificuldade em gerir o peso, exactamente porque de uma forma inata desde miúda tive alguns cuidados e fiz actividade física e portanto acabou por não ser para mim essa necessidade. Eu desde cedo comecei a sentir uma tendência para esse lado, porque gostava de ajudar pessoas que eu sentia que tinham dificuldades em gerir o peso, porque me eram próximas, tinha familiares próximos. Então sem querer nos Health Clubs onde trabalhava, comecei a direccionar um bocadinho a minha actividade, comecei-me a interessar por essa área, entretanto vou fazer o mestrado; no mestrado ainda estava, não estava tão sensibilizada ainda para esta área na perspectiva do exercício saúde e de aprofundar as componentes que tinha obtido na licenciatura mas confesso-lhe que uma das minhas, e disse isto há pouco quando lancei um livro, disse no discurso inicial, o que me fez voltar à faculdade para fazer o mestrado, ainda mais do que a formação que 1

2 eu ia obter, foram as saudades da faculdade, foi o tempo de estudante, eu gostava de facto do ambiente da faculdade, de estar na faculdade, dos colegas da faculdade, gostava muito daquilo, e portanto acho que foram os melhores anos da minha vida e tive necessidade de voltar Fui bastante melhor aluna no mestrado do que na licenciatura, porque já tinha obviamente uma maturidade diferente e nessa altura comecei já a ter uma maior tendência, para esta área da gestão do peso, foi nesta altura no fim do mestrado mais ou menos que decidi implementar um programa de controlo de peso, ainda que de uma forma muito pouco elaborada num Health Club. Aí, acredito que a incitativa do Director do Health Club foi importante porque eu montei uma coisa muito pequenina num ginásio de bairro, mas trabalhava num ginásio muito grande, trabalhava no L e comecei a ter clientes do L a irem-me procurar no outro ginásio por causa dessa coisa pequenina que eu tinha, que nada mais era do que 3 consultas de nutrição, com 3 avaliações da composição corporal e obviamente a prescrição do treino. Nessa altura fui ter com o Director do ginásio porque achava que podia ser pouco ético eu estar a receber pessoas doutro ginásio ali, quando eu não tinha feito nada para que isso acontecesse e para minha surpresa, ele decide montar um programa de controlo de peso do qual me pôs coordenadora no L. Foi aí que de facto tive a minha rampa de lançamento porque comecei a ter necessidade de estudar ainda mais aquela área, porque eu acredito que de facto a formação é totalmente, completamente fundamental. Na minha situação foi fundamental, obviamente que a licenciatura de uma forma muito menos importante mas que me abriu horizontes, o mestrado de uma forma mais específica, mas sem dúvida nenhuma o doutoramento foi aquilo que me permitiu eu hoje estar a exercer a função que estou a exercer. E o que aconteceu foi que montei esse programa no L, ainda não de uma forma tão elaborada como é hoje, na altura não tinha nenhuma empresa, era trabalhadora independente passava recibos verdes, recebia uma percentagem sobre cada programa vendido e senti necessidade de complementar, portanto, aprofundar a minha formação, propus-me a doutoramento na faculdade exactamente nesta área e fui uma das pessoas que implementou o Programa Peso, o primeiro Programa Peso na faculdade. Cada vez me apaixonei mais por esta área obtive conhecimento portanto até através do Professor P, depois entretanto veio dos Estados Unidos que trabalhava já naquela área e portanto através dele nós recebemos muitos conhecimentos. 2

3 Os meus colegas que integravam a equipa uns deles eram nutricionistas, médicos, todos trabalhavam na mesma área foi uma formação muito importante para mim e entretanto comecei a perceber, já fora desse contexto, comecei a perceber que aquilo de facto tinha impacto nas pessoas, que os objectivos eram atingidos e mais, que eu tinha características que convenciam as pessoas! Comecei a olhar para mim, e a perceber que como é que é possível que eu numa xafarica destas, xafarica que não era o programa, era a minha actividade em si, xafarica destas, sem recibos sem nada, como é que as pessoas me põe esta quantidade de dinheiro na mão, sem recibos sem nada e acreditam na minha palavra??. Bom o que é um facto é que eu honrava obviamente aquele compromisso que me tinha sido destinado e acabei por perceber que aquilo tinha potencial. Houve um momento decisivo que eu percebi que tinha de sair do L porque a dada altura comecei a não ter muitas possibilidades de crescimento lá dentro. E isto tem a ver com a filosofia do L, ou seja o L cresceu tornou-se uma coisa não franchisada, porque eles não são franchisados mas cresceram muito e tinham regras e filosofias de trabalho que não eram compatíveis com o meu programa, ou seja o meu programa não era adaptado a todos os L. E portanto deixava de, só seria uma coisa para um L e eles tinham uma forma uniforme de trabalhar, portanto e sentia-se que não davam suficiente importância a isto, porque isto era pouco comercial, ou seja, o formato que o L queria, era o formato que eles hoje têm, que é meia dúzia de sessões a um preço muito económico que se ajudasse, ajudamos se não ajudasse não ajudávamos, e no meu programa não era assim, nós se fosse preciso dávamos 20 sessões, se fosse preciso dávamos 30, mas havia um adequar do programa às necessidades do participante, e não ao contrário, ou seja, não era o participante que se adaptava ao programa, não é, era ao contrário e isto era difícil, em todos os L e pôr pessoas com as minhas características a fazer exactamente igual a mim. E comecei a perceber que houve um desinvestimento neste programa, tanto que começou a haver pouca publicidade, e eu senti que era altura de voar e então nessa altura aluguei gabinetes como este, dentro de outros Health Clubs, mas aí já era eu que geria o programa, com uma marca que se tornou a empresa e aí é que geríamos o programa. Tivemos uns 2/3 anos nessa situação, as coisas foram cada vez mais evoluindo, corriam muito bem, não tinha ainda nessa altura empresa também, era trabalhadora independente até que há uma altura que eu sinto que tinha que evoluir, que havia determinados projectos que eu queria fazer, que não podia fazer naquelas circunstâncias, propus aos meus sócios, na altura era uma de 4 sócios, com partes 3

4 iguais, propus aos meus sócios avançar para uma empresa e abrir um espaço próprio e foi nessa altura que surge então esta clínica. Nessa altura mudámos as quotas da clínica, porque eu assumi a clínica e portanto era sócia gerente da clínica. Hoje sou sócia maioritária da clínica, e abrimos esta clínica e pronto no fundo a ideia aconteceu desta maneira, já de uma forma empresarial. Pergunta: Então actualmente embora seja a sócia maioritária/sócia-gerente e coordenadora da empresa, continuam a existir outros sócios, mais 3 sócios que começaram desde o início mas que depois então houve essa alteração Comentário entrevistado: mas continuam sócios Pergunta: E que cargos é que ocupam na empresa? A Drª X é coordenadora Resposta: Sou coordenadora e sou fisiologista dos programas e depois existe um outro sócio que tem mais quotas do que os outros, o meu marido, mas que faz toda a parte financeira da empresa, portanto no fundo acaba por ser o gestor financeiro da empresa, um director financeiro da empresa. Depois os outros 2 sócios são consultores científicos da empresa, ainda que não exerçam funções regulares na empresa, são consultores científicos porque ambos são professores universitários, em faculdades diferentes, mas os dois da mesma área, na área da psicologia, da psicologia relacionados com o exercício e com a gestão do peso. Um muito ligado com o desporto e outro mais ligado com à gestão do peso, ambos da psicologia. Pergunta: Refere no site da empresa que introduziram um conceito inovador, podia explicar um bocadinho mais? Resposta: Porque é que é inovador? É inovador porque quando nós começámos a trabalhar de forma integrada, quando eu digo de forma integrada era com todas as valências, a psicologia, a nutrição, exercício e até a médica, não existia no mercado nessa altura este trabalho integrado/ coordenado. Agora já existem algumas empresas, a trabalhar de uma forma também integrada, sendo que não existe ou se existe é apenas uma clínica, que é a Clínica das Conchas, que refere o facto de trabalhar de uma forma integrada também, no entanto devo dizer-lhe que com os workshops montados como nós temos, com programas como nós temos com empresas, com escolas, não existe ninguém, não existe ninguém com spas, com hotéis não existe ninguém a trabalhar nessa área. É um conceito de facto inovador, e é talvez por isso que tem tido, - talvez por isso não - é uma das razões porque tem tido algum impacto. Pergunta: Quais são as outras? 4

5 Resposta: As outras tem a ver com as minhas características, vou ser sincera e não vou ser humilde porque é verdade, tem a ver com facto de eu ser durante uns anos da minha vida ter falado muito e ser comunicadora, sei que foi chato para alguns professores, mas neste momento da minha vida pode ser uma mais-valia porque eu acredito esta capacidade comunicar com os outros, e quando eu digo comunicar com os outros, não é perante uma plateia, é daqui para aí também, foi talvez uma das mais-valias que eu tive, foi esta facilidade que me foi dada, atenção, pelo facto de eu desde os 17 anos dar aulas de aeróbica em ginásios a pessoas muito mais velhas do que eu. E que eu sempre tive características de faladora, mas o facto de desde miúda ser confrontada com classes à minha frente que tinha que gerir e que tinha que me dirigir e de uma forma muitas vezes de baixo para cima, porque obviamente as outras pessoas eram mais velhas e eu tinha que ter determinada forma de estar com essas pessoas, e por outro lado tinha pessoas da minha idade e por outro lado tinha pessoas mais novas, fez com que eu tivesse alguma experiência e alguma segurança a lidar com todas as faixas etárias, com pessoas de vários estratos sociais e de conhecer realmente uma panóplia e uma diversidade de pessoas que me fez hoje sentir segura no contacto humano, na identificação na empatia que estabeleço com as pessoas e acho que essa foi das grandes mais-valias que eu tive. Porque as outras coisas que me têm acontecido, os novos projectos que me têm acontecido são obviamente fruto de ideias, fruto de alguma sensibilidade para o mercado actual, mas também tem a ver com as relações humanas estabelecidas, porque o facto de eu me dar bem com determinadas pessoas que acreditam no meu trabalho e que nutrem por mim alguma simpatia, faz com que alguns projectos mais visíveis, mais mediáticos apareçam e isso é mesmo assim. Mas estas relações foram construídas com base no trabalho, não foi pelos meus lindos olhos, foi porque eu trabalhei bem, dei apoio a essas pessoas e essas pessoas sentiram que podiam confiar, que era aquilo que andavam à procura, e o contacto para as empresas onde trabalho normalmente surge aqui, fruto de um cliente meu, que é meu cliente e pensa Eh pá isto se calhar era bom para fazer na minha empresa!, os contactos dos programas de televisão que têm feito são exactamente feitos nesse contexto. Eu agora vou ter um programa meu de televisão e portanto aí, ainda vou ter muito mais oportunidade de poder dar a conhecer aquilo que faço, o que é a fisiologia, o que é um fisiologista, que hoje em dia é uma das minhas intenções, de divulgar o que é que é a minha área de trabalho, devo isso a quem me ensinou também, mas esses contactos são estabelecidos aqui, de relações humanas e acho que isso é fundamental. 5

6 Por muita formação que nós tenhamos, há determinadas características que muitas vezes não são desenvolvidas nas faculdades, que são desenvolvidas depois cá fora nos sítios onde nós trabalhamos e que fazem com que as coisas aconteçam, é evidente que esses valores têm a ver com a nossa formação pessoal e com as pessoas que nos criaram mas também tem muito a ver com, e por isso é que eu acredito neste modelo de trabalho que têm as faculdades, em que os miúdos ainda estão a tirar o seu curso e já vêm fazer estágios, e este contacto permanente com o mundo de trabalho e com as pessoas, fá-los de facto de terem esta capacidade desenvolvida, que eu acho que de facto é fundamental. Pergunta: Ou seja aqui para concluir a parte da inovação, a Drª X considera que inovaram na altura e actualmente continuam a inovar em alguns aspectos relativamente aos serviços que ofereciam aos clientes e aos próprios processos utilizados para os conceber? Resposta: Sim. Pergunta: Mudou de concelho de residência ou concelho de trabalho por causa da Empresa? Resposta: Não mas mudei de casa, portanto neste momento moro aqui por cima, mas tinha a ver com a logística, quando abri a empresa tinha o filho acabado de nascer e portanto logisticamente era muito complicado e portanto tentei ficar muito próxima. Por outro lado mas sempre vivi no concelho de Oeiras. Pergunta: Que factores /recursos/apoios/formação contribuíram para a criação da empresa? Podia dar exemplos? Resposta: Os congressos científicos que vou, têm um impacto grande, tento ir pelo menos a 2 por ano: um nos Estados Unidos e outro na Europa, normalmente vou à Naso nos Estados Unidos e à Eco aqui na Europa agora em Abril, fui em Outubro à Naso e irei outra vez em Outubro à Naso e aqui na Europa é nesta altura do ano, portanto vai ser em Maio e tento ir pelo menos a 1 por ano, mas gosto de ir a 2 por ano, para me manter actualizada. O facto de estar a terminar o doutoramento obriga-me a isso também, ou seja cada artigo que faço para o doutoramento, porque nós agora temos aquele modelo de tese com 3 artigos, obriga-me obviamente a estar actualizada, mas sinto que essa formação adicional que tenho nos congressos me é útil na tomada de decisão aqui em algumas coisas. Por outro lado acho que a intuição é fantástica ou seja, o ter faro para perceber o que é que as pessoas querem, isso é fundamental, muitas vezes a gente vai, faz-se à coisa e leva um não, aí nessa altura tem que perceber que o 6

7 não está sempre garantido e portanto não tem que baixar a cabeça, porque eu não entro numa loja, todas as pessoas que entram numa loja não compram carro, não é? Portanto é mesmo assim, tem que estar habituados a isso preparados para isso mas essencialmente acho que foi, as formações que tenho a esse nível e muito a formação que...a intuição, que eu acho que é / foi fundamental neste processo todo também. Pergunta: Com quantos empregados é que começou e quantos tem actualmente? Resposta: Quando comecei tinha éramos, 3 pessoas, neste momento somos 6, mais 11 estagiários que todos trabalham cá. Pergunta: Estagiários das faculdades? Resposta: De várias faculdades, da vossa da Faculdade de Motricidade Humana, da Lusófona, e da Egas Moniz, do outro lado da Nutrição, ou seja, neste momento tenho a trabalhar na Clínica 6+11=17 sendo que são 11 deles são estagiários têm um horário muito mais Ah! Não, somos mais, somos 18 temos uma médica também a prestar serviço - portanto no fundo temos pessoas pertencentes à Clínica mesmo somos 7: uma recepcionista, uma nutricionista, 3 fisiologistas uma psicóloga e uma médica; e depois temos os 11 estagiários, que a grande maioria deles são todos fisiologistas e depois nutricionistas e psicólogos estagiários também, mas que todos eles já trabalham e que desempenham funções aqui. Pergunta: Relativamente ao volume de negócios como é que evoluiu e actualmente a empresa gera lucros suficientes que a sustentem a si própria e a todos os gastos? Resposta: A empresa nunca teve nunca perdeu dinheiro, essa parte não sou a melhor pessoa para lhe explicar porque não é a minha área, mas vou tentar dentro daquilo que me é possível, porque quando começámos tínhamos os encargos, ganhávamos à percentagem (se vendêssemos vendíamos, se não vendêssemos, não vendíamos), portanto aí o risco era muito diminuto, quando começámos a ter alguns encargos financeiros mensais, já estávamos num patamar que eles eram perfeitamente cobertos, e que gerou durante esses anos. Conseguimos obter no fundo algum financiamento, fruto desse trabalho que fazíamos para depois mais tarde fazermos o investimento aqui na clínica, fizemos o investimento que não foi obviamente todo financiado pelos anos todos de trabalho que tínhamos tido nos outros sítios. Ou seja, os sócios tiveram que pôr/colocar do seu dinheiro para a formação da empresa. Como já tínhamos uma carteira de clientes desde que a empresa enquanto esta clínica existiu, nós fizemos sempre face às despesas que tivemos, portanto vai fazer agora em Maio 4 anos que estamos nesta clínica e é aqui de facto que nós temos as grandes despesas fixas, é agora 7

8 neste processo da clínica com este aspecto, o que eu lhe posso dizer é que nunca perdemos dinheiro. Fizemos sempre face às despesas, há alguma sazonalidade mais ou menos compensada, os meses de Agosto e de Dezembro são verdadeiramente maus, mas que são atenuados por outros meses muito bons, quando fazemos um saldo anual, neste momento a empresa está melhor do que alguma vez na vida teve, o mês de Fevereiro que passou foi o melhor mês de todos os tempos da clínica, e portanto fazemos uma média financeira que nos permite abater o financiamento em 2 anos, ou seja, pagarmos as despesas todas que temos mensalmente e ainda cobrir o financiamento durante 2 anos ou pagar o financiamento que fizemos em 2 anos/3 anos, 2 anos e meio talvez, neste momento obviamente já pagámos o financiamento, e a clínica tem dinheiro que foi gerado, após o terminus desse investimento mas que fica retido na clínica porque temos intenções de abrir um outro, com o financiamento deste. Pergunta: Como é que foi relativamente à adesão das pessoas e as mentalidades das pessoas nesta questão da gestão de peso e da adopção de hábitos de vida saudáveis? Acha que tem vindo a evoluir? Como foi no início e como é agora? Resposta: Acho que sim. Acho que foi necessário o trabalho da aculturação, as pessoas estavam habituadas ao imediatismo, àquelas publicidades que "perca 10kgs em 2 meses" e nós tivemos que desmistificar isso, é óbvio que a conjuntura actual proporcionou-nos essa vantagem, ou seja, as pessoas estavam fartas do imediatismo, estavam habituadas, mas já estavam a ficar fartas e percebiam que não era essa a solução, por outro lado o próprio país e a forma como estas coisas se encontram actualmente, reclamava por processos mais sensatos, e portanto nós aparecemos numa altura em que as pessoas estão saturadas do imediatismo e das coisas pouco sensatas, com um projecto muito sensato, porque as pessoas levam um ano a perder peso, porque perdem muito pouco peso por mês, porque lhes são dados novos hábitos porque tem um factor educacional muito forte, portanto é comprovadamente sensato e acho que tem sido um bocadinho essa, uma também das mais-valias do processo enquanto técnico, ou seja, processo técnico. Mas é obvio que eu tive que fazer muito trabalho, na aculturação das pessoas, ou seja aquilo que muita vezes nos parecia que não nos ia dar frutos directos, eu escrevo frequentemente para revistas, sem ter nenhuma contrapartida financeira, eu faço uma rubrica num programa na Sic Mulher sem contrapartida financeira, porque acredito que as pessoas que me vêem mais tarde ou mais cedo, apercebem-se que é por aqui que eu tenho que ir e não pelos 10 kg em 2 meses, portanto há um trabalho da aculturação feita ao longo destes anos todos que agora se 8

9 está obviamente a ver. No fundo estas coisas actualmente vêem-se mais e tem tido um maior chamamento e as coisas parece que se avolumam e acontecem todas na mesma altura, mas não é o caso, porque as coisas começam acontecer, porque foi portanto um trabalho de base que permitiu que agora existam muitos contactos não é? Tem a ver com isso mas eu sinto que as pessoas actualmente já pedem programas deste género porque percebem é este o caminho, mas teve que lhes ser dado a entender que era por aqui, por isso é que eu acredito que actualmente é mais fácil vender um programa do que era há 4 anos atrás, porque as pessoas hoje já se apercebem que isto é um investimento e já não se importam tanto de gastar dinheiro. Pergunta: Além da televisão e dos programas que já referiu quais são os projectos que tem para a empresa? Resposta: Abrir uma outra, já ainda este ano, e abrir uma outra ainda este ano com o mesmo conceito, se calhar com uma imagem mais bonita ainda, se calhar com as coisas muito melhores do ponto de vista, organizadas do ponto de vista estrutural, porque já tem saída, porque vou buscar reforços a pessoas para trabalhar comigo e estes programas de televisão e estas coisas todas, e outras que neste momento ainda estão um bocadinho escondidas mas que vão acontecer, livros e revistas e essas coisas todas que vão acontecer, são a forma de ajudar esse novo projecto que vem aí, porque é óbvio que acaba por se tornar mais conhecido e mas são basicamente esses os projectos da empresa e obviamente gostava no futuro de ter muito coisa maior ainda. Um conceito novo mas que envolve financeiramente um grande volume, que neste momento na nossa vida é completamente impossível, completamente. Nem sei que não passará de um sonho, aquilo que gostaria de fazer é de facto uma coisa muito, muito dispendiosa, se calhar teria que ter algum grupo financeiro por detrás disso tudo, não é que já não tivessem sido feito contactos nesse sentido, dessas pessoas para comigo, mas eu não quero arranjar um patrão, quero ser patroa de mim mesmo, e por isso eu prefiro esperar e na altura então arrancar. Pergunta: Portanto escusado será perguntar se as suas expectativas iniciais foram superadas? Pergunta: Sim, sem dúvida nenhuma. Pergunta: Para além da empresa tem outras actividades profissionais actualmente, além de desenvolver os programas de educação para a saúde nas escolas? Resposta: Não, neste momento não, faço/estou a terminar o doutoramento e portanto tenho a vertente da investigação, mas não assumidamente, a tempo inteiro não, tenho os 9

10 projectos na televisão. Ser apresentadora de um programa não é bem a minha área, mais na área da comunicação, mas é obviamente por ser desta área, não era porque era comunicadora que me vieram buscar, é porque querem uma pessoa que fale dos temas com conhecimento de causa, mas não, neste momento já não consigo. Pergunta: Podia-me dar um exemplo de empreendedorismo que para si seja representativo na sua área? Resposta: Na minha área? Na minha área... deixe-me ver, é difícil, porque eu não conheço, não conheço, conheço nesta área de gestão do peso? Comentário entrevistador: Na área da gestão do peso. Resposta: Ah não conheço. Conheço um projecto novo que vai surgir mas que neste momento ainda não é representativo, acho a ideia fabulosa, representa de facto, mas não passa ainda de uma ideia, e eu não considero isso empreendedorismo, considero empreendedorismo quando o projecto está perfeitamente implementado, não é? Portanto aí já se considera acho uma ideia fabulosa acho que tem tudo, se eu pusesse a mão naquilo tenho a certeza absoluta que aquilo se fazia. Acredito que a pessoa também o faça, eu própria vou estar no projecto a ajudar. Mas a ideia não é minha, mas ainda não está montado. Conheço alguns exemplos de empreendedorismo em pessoas ligadas ao fitness mas não especificamente ligadas à gestão do peso. Pergunta: Relativamente agora aos atributos pessoais, às qualidades - já referiu que realmente acha e é da opinião que tem características que convenciam as pessoas - então quais são as qualidades que considera importantes para se criar e desenvolver uma empresa e depois uma empresa nesta área? Resposta: Acho que é preciso a pessoa ter uma autoconfiança grande, isto quer dizer, eu tenho que ter noção de que sou capaz de fazer para nos momentos difíceis ter vontade de continuar, quando me dizem um não, eu sei que consigo fazer na mesma, e disseram um não agora, mas se calhar daqui a um ano dizem-me sim, e isto é a perseverança que depende muito da nossa auto-estima, ou seja se eu acredito de facto em mim, que consigo fazer eu torno-me muito mais perseverante eu diria que a perseverança é de facto uma mais-valia neste negócio ou nesta área, no entanto, eu só acredito que existam pessoas perseverantes quando são pessoas com uma boa autoestima, porque a pessoa acredita em si, acredita no que consegue fazer, porque senão é tudo tão difícil, tão difícil que é uma área completamente nova, há tantas portas a fechar que a dada altura se a pessoa não confia nas suas capacidades e em si, acaba por deixar de ser perseverante, o que não quer dizer que essa pessoa não seja perseverante, não sei 10

11 se me fiz entender. Porque até noutras áreas da sua vida pode ser. Portanto, eu diria que é preciso ter-se uma boa auto-estima, a pessoa acreditar que consegue, acho que fruto dessa autoconfiança vem uma perseverança que acho que é muito importante, acho que é fundamental ser-se um ser humano empático, perceber o que é que sente a pessoa que está desse lado aí, perceber o que é que sentem as pessoas que estão no mercado nesta altura e isto também é ser empático de uma forma um pouco mais global, mas é ser empático, ou seja perceber o que é que o mercado precisa neste momento e é estar na pele dessas pessoas e perceber o que é que eles precisam. É evidente que parece pouco humilde eu dizer que sou uma pessoa empática, que sou uma pessoa perseverante e que tenho boa autoconfiança, mas isto também não é fruto de eu não nasci assim é evidente que estas coisas vão-se construindo com a ajuda de outras pessoas, é um facto e acho que isso é, fundamental porque depois quando se é empático é-se intuitivo na minha perspectiva, porque a pessoa percebe muito bem os outros acaba por desenvolver uma intuição para aquela área, que aquilo vai dar certo, porque obviamente tem empatia pelos outros e sente o que é que as outras pessoas/percebe o que é que as outras pessoas/identifica-se com elas, percebe o que elas estão a sentir. É de facto ter intuição para uma coisa nova por isso é perceber eu acho que isto vai dar certo, mas porquê? Porque eu já percebi bem o outro lado e percebi que esta pessoa queria isto. Depois passam-me aqui centenas de pessoas pelas mãos em vários lados se eu tiver a sensação do que é estar naquele outro lado, e ouvir bem as pessoas porque eu falo muito mas também oiço muito, se eu sentir muito o que é estar do outro lado começo a ver que existe um padrão, que há muita gente a fazer a mesma coisa e que é fácil depois tornarse intuitiva nessa altura e dizer que eu acho que é por aqui, porque eu ouvi, não é porque Deus me deu um dom, é porque no fundo é fruto de muitas vezes ouvir a mesma coisa que a pessoa começa a perceber que é por ali, porque é importante, acho que basicamente estas são e depois é preciso ser trabalhadora, é preciso a pessoa ser muito pouco preguiçosa, porque há dias que a pessoa trabalha de facto muitas, muitas horas, e outra característica principal - e eu de todas estas não estou a dizer que as tenho na totalidade -, estou a dizer que acho que é importante e que algumas delas ainda me encarrego de as desenvolver e acho que é extremamente importante saber gerir a minha vida. E quando digo a minha vida não é só a minha carreira, é a minha vida, é completamente diferente, é eu saber criar prioridades na minha vida, e passa também pela vida emocional, familiar, profissional, passa por todas as vidas, passa pela vida do meu 11

12 corpo, ou seja, se eu não tiver saúde, eu não consigo trabalhar 14 horas por dia, portanto escuso de pensar em ser trabalhadora, porque eu não aguento fisicamente, portanto eu tenho que saber, tenho que perceber, que se calhar mais vale roubar ao meu dia-a-dia, durante muitas vezes na semana, uma hora ou duas, para tratar do meu corpo, e quando eu digo tratar do meu corpo, eu digo isto por dentro e por fora porque a imagem nesta profissão também é importante e que eu depois mais tarde vou ganhar com isso, e eu desde cedo percebi isso, senão também não estava nesta área. Eu percebi que nem que o carmo nem a trindade caiam, eu vou treinar, eu vou comer bem, eu vou andar arranjada, porque eu não venho para aqui como se tivesse acordado agora não é? Portanto eu tenho que arranjar na minha vida maneira de me cuidar, isto é saber gerir a vida, por outro lado eu tenho que criar prioridades na minha vida. Se eu estiver mal com os meus filhos ou com o meu marido, eu chego aqui e não tenho cabeça para isto, portanto eu também tenho que estar atenta ao que se passa lá em casa e tenho que perceber que se eles me causarem mau estar porque estão infelizes eu não vou trabalhar da mesma maneira, e portanto mais vale andar um bocadinho menos depressa aqui, fazer as coisas mais devagar, mas ter a outra parte estabilizada e pensar neles também. Depois também percebi que também era importante envolver o marido nisto, porque nenhum casal na minha perspectiva aguenta se só um é que crescer principalmente se é a mulher, quando é o homem que depois dá banho às crianças todos os dias. Portanto eu desde cedo percebi que ou eu envolvia o meu marido no meu projecto, pelas mais valias que ele me dava e que isto era um projecto familiar também, ou então eu ia ter problemas porque eu fazia intenções de estar casada com ele durante muitos anos - como faço - e acho que ele também faz -, isto é muito importante e não há nada melhor que saber que o meu filho tem excelentes notas, porque eu fico descansada porque revela também ele está equilibrado, Não é? Portanto todas estas coisas, uma pessoa vir para aqui trabalhar sem complexo de culpa que fez mal aos filhos, como muitas vezes senti, mas como tinha outras coisas boas, relativizava. É muito importante para este projecto porque eu à mínima coisa que sentisse que estava a destruir a minha família, eu desistia, portanto é fundamental tomar a opção certa também aí. E por outro lado é perceber que e houve momentos que fiz essas opções, e ter que perceber se eu quero a carreira académica ou quero a carreira empresarial, o que é que é melhor para mim, olhar para frente, o que é que vai ser mais proveitoso para mim, vai ser eu tentar ficar a dar aulas numa faculdade, é isto que eu quero? Ou não? Ou identifico-me com a vida cá fora e sei que vou passar por isto, isto e aquilo? E houve momentos em que eu 12

13 tive que parar e ver se vou para ali ou vou para ali, invisto mais aqui ou invisto mais ali? Depois não vou conseguir investir da mesma maneira, e decidi investir por aqui, porque era isto que eu queria, não deixei nunca de lado o doutoramento, por isso estou a fazer há muitos anos, e estou mesmo a terminar. Tenho a tese entregue, entregue ao meu orientador que já corrigiu, que está nas coisas finais. Isto para dizer que acho que há momentos em que eu tenho que olhar para a minha vida e pensar isto dá-me nisto e aquilo dá-me aquilo mas com isto eu perco isto e com isto eu perco aquilo, o que é que é melhor? E esta gestão é muito difícil, é muito difícil porque eu acho que estamos sozinhos a decidir. Eu não tenho ninguém a dizer-me como é que eu devo decidir e o que é que é melhor para mim, essa é a minha angústia é que quando eu decido fazer um programa de televisão, quase não tenho ninguém a perguntar como é que faço, não é? Porque confiam em mim para o fazer. Quando eu tenho um livro para escrever como eu escrevi, não tenho ninguém a quem perguntar acha que eu devo ir por aqui? É por aqui que eu devo ir? Não tenho ninguém. Como vou escrever agora um segundo - era isso que eu estava a falar com esta senhora que estava aqui agora -, tenho aqui um projecto de um livro que não quero fazer igual, sei eu, mas como, para quem é que eu me viro? Será que este é o passo certo? Era este o livro mesmo que agora fazia sentido? Não tenho ninguém com quem falar, e esta gestão é muito complicada, é preciso dar-se-lhe tempo na minha opinião, dar-se-lhe importância para se gerir bem o momento porque é difícil, porque eu não tenho exemplos na minha área e tenho muito pouca gente com tempo para me ouvir ou seja para me ouvir. Você está aqui porque tem interesses nisso, se me viesse ouvir apenas porque eu preciso de partilhar o que é que vou fazer com a minha vida você não estava aqui. A vida é assim e eu sei que é assim e é muito difícil porque essa é talvez a parte mais angustiante, é não ter ninguém que eu sinta que posso perguntar àquela pessoa tenho e não tenho, mas é difícil e não sei se me fiz entender. Pergunta: Relativamente à sua família, acha que a sua família a influenciou na escolha deste percurso? Apoiou-a ou não? Resposta: A família? Está-se a referir ao pai/mãe? Influenciou directamente porque eu vivia numa família obesa, influenciou porque me deram felizmente - determinadas características humanas como pessoa e formaram-me evidentemente eu não seria a pessoa que sou se não fossem eles e porque sempre incentivaram a minha formação, porque sempre acharam que o importante era eles formarem-me, era eu ter estudos e isso ficou-me cá dentro tanto que eu tenho muito essa noção com os meus filhos também actualmente. A partir de dada altura deixaram de conseguir dar-me esse apoio 13

14 pelas próprias limitações deles não é? Porque eu evolui mas já era uma mulher, mas já lá estava sem dúvida nenhuma. Pergunta: Acha que eles a apoiaram nesta tarefa da criação da empresa? Resposta: Mais ou menos, tiveram medo, muito medo, eu era professora na escola tinha um emprego para a vida, o ter que deixar o emprego da escola foi muito duro para eles porque eu estava a perder uma coisa segura para ir para uma coisa incerta, o que para eles era complicado. Pergunta: Houve alguém na sua família que tivesse um percurso semelhante de criação da própria empresa? Resposta: Não, não. Pergunta: Relativamente agora a aspectos sociais, acha que a nossa sociedade actualmente e de uma forma geral apoia ou não os empreendedores? Resposta: Acho que está a ser feito algo nesse sentido, acho que as pessoas se estão abrir, acho que estão a perceber que é importante. Acho que ainda não se promove isso e acho que isso tem que ser promovido desde cedinho nos miúdos pequenos nas escolas, logo desde pequeninos e acho que não porque as pessoas/as próprias pessoas ainda têm muito medo e como é lógico e natural primeiro abre-se o mercado e as empresas, porque elas próprias já são empreendedoras e têm mais facilidade em perceber que isto é assim, depois começam-se a abrir as faculdades e depois vão-se abrir as escolas, daí para frente não? Acho que ainda há muita coisa para fazer, acho que é preciso ser-se muito carola para se meter numa coisa destas e toda a gente tem muito medo, tem muito medo e põe os travões a toda a hora, como eles próprios têm medo não incentivam ninguém a avançar. Não é? Quando as coisas já estão montadas e feitas as pessoas aplaudem não é? Mas acho que ainda temos um grande caminho para percorrer. Pergunta: Ou seja também é da opinião que as políticas actuais relativamente aos mecanismos que existem para a criação de empresas também podem ser melhoradas? Que não fomentam muito? Resposta: Sem dúvida nenhuma. Embora acho que já existem oportunidades, ou seja, já existem cursos de empreendedorismo, eu conheço pessoas que estão a fazer cursos de empreendedorismo, mas isso tem que ser passado lá atrás, porque eu tenho estagiários a chegarem-me aqui, miúdos com 20 anos a pedirem-me um emprego para a vida. Portanto as pessoas são formatadas para isso, só que depois mesmo que o estado crie cursos de empreendedorismo, não vale a pena porque eles estão formatados desde 14

15 miúdos para isso. Ou seja, no fundo isto tem começar logo desde pequeninos para as pessoas não terem medo e avançarem e lançarem-se e depois sim, vão fazer os tais cursos de empreendedorismo já com outra cabeça, não é faz-se uma faculdade, formatase a pessoa daquela maneira para ter um emprego para a vida e depois a seguir faz-se um curso de empreendedorismo, porque não se tem mais nada para fazer, porque não se conseguiu arranjar emprego e então vai-se fazer um curso desses, não é assim, acho eu, isto tem que vir lá de trás. Pergunta: Teve algum tipo de apoio para a criação da empresa? Resposta: Não. Pergunta: Acha que eventualmente as pessoas que forem criar este tipo de empresas no norte ou no interior teriam mais apoios do que aqui? Acha que aqui é mais difícil arranjar apoios ou foi uma questão que nem se pôs? Resposta: Nem se quer pus. Mas acredito que seja semelhante, mas um projecto desta natureza no interior é difícil se for no Porto por exemplo sim, mas agora no interior, acho difícil, as pessoas não têm cabeça para uma coisa destas ainda, tem que ser numa grande metrópole, tem que ser num sítio em que as pessoas já estejam abertas a um projecto destes. Pergunta: Quais foram os maiores obstáculos, as maiores dificuldades a nível de contexto social que encontrou ao longo do seu percurso? Resposta: Foi por exemplo a abertura às empresas, as empresas perceberem que estes projectos eram importantes e ainda encontro uma grande dificuldade, nas empresas portuguesas em gastarem dinheiro com estas coisas, neste projecto, e mesmo as escolas curiosamente, eu acho que este é um projecto que deve ser trabalhado na prevenção da obesidade e não só na obesidade e acho que as pessoas ainda estão muito reticentes em trabalhar na prevenção, só trabalham no tratamento. As pessoas só trazem aqui os filhos quando eles estão gordos, para pagarem uma actividade extracurricular muito mais barata numa escola, preferem que eles tenham mais umas calças, e essa é a tal aculturação de que eu lhe falo, de que é de facto difícil chegar; essa é uma, a outra eu acho de facto é muito mais generalista, e que é muito mais transversal a várias áreas, mas que é difícil, é esta perspectiva do português de ser muito pouco às vezes profissional. Ou seja, eu marco uma consulta como ainda marquei ontem com um senhor, o senhor de manhã confirma a consulta e eu às 5h da tarde em ponto estou à espera dele e eram 5h30 e ele não vinha, e eu telefonei, eu é que quis telefonar não foi a recepcionista, telefonei -lhe e perguntei-lhe, e ele que não sabia quem eu era, porque 15

16 era do meu telefone pessoal e eu disse-lhe eu sou a doutora que estou à sua espera à meia hora ele não sabia onde se havia de meter, mas isto para lhe dizer que isto acontece sucessivamente, acontece em clientes que me vem à clínica - era a primeira vez que ele vinha - acontece em contactos com empresas, acontece em contactos com n pessoas, porque as pessoas não cumprem, não cumprem, é dificílimo, eu no momento sei que se quero fazer um projecto sou eu que o faço, ou me meto nele e faço tudo e peço ajuda à pessoa, mas controlo a situação ou então se entrego isto para outros fazerem sem o meu controlo, é difícil e isso é uma dificuldade imensa, eu podia dar n exemplos que nunca mais saíamos daqui, mas também não quero fazê-lo porque não quero por em causa outras pessoas, mas é um facto, eu sinto que se não for eu a fazer é um caso sério. Uma escola contactou-me para nós implementarmos uma actividade extracurricular lá, andaram através de um contacto, a querer que a gente fosse lá. Assim que puseram o contacto na minha mão eu de imediato liguei, fui eu que fiz a ponte, liguei para a directora da escola porque me interessava, em ter a actividade em mais sítios possíveis, falei com a directora da escola e organizei tudo e disse, eu agora vou delegar isto numa colaboradora minha, que há-de ir fazer uma reunião consigo explicar-lhe a actividade toda a dizer como as coisas se iam processar, tudo bem. A minha colaboradora telefonou-lhe, marcou uma reunião com ela, foi para a reunião esta semana quando lá chegou, a empregada da escola, - estamos a falar de uma escola que nos procurou, que ainda não abriu e que só vai abrir em Setembro e que por isso a professora tem muito tempo, uma escola privada -, e então quando chegou lá foi daqui para a Expo, gastar gasolina, gastar portagens, gastar tempo dela e quando lá chegou, disseram que não havia reunião porque a professora estava doente, e eu ainda não fiz, porque foi ontem ou anteontem, mas vou pegar no telefone e falar com a senhora porque acho isto uma falta de respeito tremenda. Porque a senhora tinha obrigação de atempadamente desmarcar a reunião e isto é constantemente, não faz ideia, não é uma nem duas nem três nem dez, é constantemente as pessoas não têm o mínimo de respeito pelos outros, as pessoas dizem que fazem, não fazem, as pessoas dizem que chegam a horas e não chegam e as pessoas, enfim, é um total desrespeito pelos outros em algumas coisas, que faz com que as coisas tenham dificuldade muitas vezes em avançar, e isto é a nossa cultura é verdade. Pergunta: Pronto de uma forma geral e relativamente não só às mentalidades das pessoas da sociedade relativamente ao empreendedorismo, mas também aos apoios 16

17 dados, acha que as coisas não estão actualmente como eram na altura em que a empresa abriu, mas que podiam evoluir muito mais? Resposta: Sem dúvida nenhuma! Pergunta: Se tivesse que escolher um aspecto que mais tivesse influenciado o seu percurso de empreendedora, qual seria? Ou se pudesse pôr por ordem vários, qual seria a sua ordem? Resposta: Bom os critérios que eu considerei mais importantes neste processo eu diria que foi o ter sabido gerir a minha carreira, não diria a minha carreira, mas o ter sabido gerir prioridades, prioridades de coisas que tinha para fazer, acho que foi fundamental isso, nos momentos certos ter sabido gerir as coisas, não sei se o farei daqui para a frente, mas até agora acho que foi muito importante. Por outro lado acho que outra das coisas fundamentais foi o ser empática, como eu lhe disse, acho que foi fundamental e por outro lado acho que por ter uma excelente formação nesta área foi eu tenho dificuldade em priorizar isso, mas acho que é por esta ordem Pergunta: Com que idade é que começou a trabalhar e em que actividade e foi remunerada ou em regime de voluntariado? Resposta: Comecei a trabalhar com 14 anos, como auxiliar de acção educativa numa escola, ou seja nos tempos livres, havia daqueles cursos de CEE que havia na altura, em que a gente ia para as colónias de férias e tomava conta dos meninos, foi para aí aos 14/15 anos e remunerada. Pergunta: Relativamente ao período da licenciatura porque é que foi para esta licenciatura? Teve outras opções de candidatura? Resposta: Tive, eu primeiro tive em Engenharia de Máquinas, mas por mero acaso, foi por mero acaso, nunca foi uma opção e eu na altura quando eu entrei para a faculdade, na altura era o ISEF deixei passar o período de candidatura dos testes físicos que se tinha que fazer e então não pude entrar por isso. Tinha média para entrar, mas não pude entrar e não quis estar um ano sem fazer nada e então concorri para qualquer coisa e fui parar a Engenharia de Máquinas. Andei lá no primeiro ano, mas percebi que não era aquela a minha vocação, então vi-me embora, atempadamente tratei das coisas, e entrei nesta/ fiz a opção de desporto, gostava muito de desporto nunca foi com esta perspectiva de gestão do peso, mas porque gostava muito de desporto e via-me nessa altura como professora de Educação Física, mas depois obviamente o percurso tem vindo a mudar. 17

18 Pergunta: E depois de estar na faculdade não pensou em mudar para outro? Estava satisfeita? Resposta: Muito, adorava, tanto é que adorava que quis ir para lá outra vez Pergunta: Durante a sua licenciatura tinha alguma actividade paralela ou algum tipo experiência que proporcionasse o contacto com o mundo empresarial? Resposta: Tinha, trabalhava em Health Clubs, trabalhei desde cedo em Health Clubs desde os 17 anos. Pergunta: O que é que acha que ganhou com isso? Resposta: A tal facilidade de comunicação, a tal versatilidade em dar-me com várias faixas etárias e perceber pessoas de várias faixas etárias e perceber que não há negócios senão houver dinheiro. Ou seja, que a dada altura por muito boa professora que eu seja, existe sempre uma vertente comercial nisso, porque se o ginásio não tem dinheiro eles fecham a porta e eu não tenho emprego. Portanto desde cedo percebi que o dinheiro não era uma coisa tão negativa como as pessoas pensavam e como nos faziam crer e que o facto de as pessoas pagarem o serviço era uma coisa boa para elas, boa para muita gente, era bom para quem estava à frente daquilo e que tinha tido a coragem de montar uma coisa daquelas, era boa porque eu (e tantas outras pessoas) tinha emprego e era boa porque estávamos a prestar um serviço bom a uma pessoa que se não houvesse aquilo não tinha. Resposta: Voltando à sala de aula, ao período da licenciatura se conseguir lembrar, lembra-se quando fazia trabalhos de grupo que aspectos é que considerava importantes? Resposta: O meu trabalho de grupo? Pergunta: Na organização do trabalho de grupo, em tudo, na vivência, na dinâmica do grupo, em tudo? Resposta: Quer que eu seja sincera? Eu fazia os trabalhos de grupo pelos colegas que gostava mais ou seja, eu sempre tive esta eu vou ser sincera e não lhe vou mentir, eu sempre privilegiei as relações humanas, ou seja, o que eu gostava mais nos trabalhos de grupo, mais que tudo era estar com os meus amigos, era os colegas, era o ir estar com eles, eu privilegiava a relação humana acima de tudo e depois vinha o trabalho, daí nunca ter sido uma aluna brilhante, fiquei com uma média de 14. Mas na altura lembrome que era isso que eu privilegiava e não lhe vou mentir e não me pergunte porque eu privilegiava mais, porque eu não me lembro porque não fazia sentido para mim naquela altura, eu fazia o trabalho de grupo porque apenas queria estar com os meus amigos e 18

19 escolhia as pessoas do trabalho de grupo pelas amizades e não pela mais-valia que ela podia acrescentar ao trabalho, no fundo era isso. Pergunta: E lembra-se se gostava de organizar/liderar ou isso para si não era...? Resposta: Eu sempre fui naturalmente uma líder mas não era, curiosamente - lá está -, mas não era uma líder qualquer, não era uma líder dos trabalhos de grupo, eu era a cheer leader, nós tínhamos a equipa de futebol e eu era a líder da claque. Era sempre relacionado com relações humanas, eu era a líder dos jantares, como ainda hoje sou, sou eu que organizo os jantares, eu era aquela que se punha em cima de um banco e cantava, - como sou conhecida por isso, agora já não - mas era conhecida por a dada altura na noite punha-me em cima de um banco e cantava Sobe, sobe, balão sobe, era assim, ou seja, no fundo o que eu gostava era de gerir relações, de gerir a parte humana das coisas/das pessoas, não era eu vou/vamos fazer um trabalho de grupo e eu sou a líder do trabalho, eu é que digo como o trabalho se faz, não, isso delegava nos outros totalmente, não era a pessoa que agora vamos/estamos no meio do México como fomos e eu é que digo porque entrada é que vamos, não, levem-me que eu vou, não/ tenho nada dessas características, agora estamos num jantar e vamos ver o que vamos cantar, era eu, vamos ver quais as músicas que vamos fazer na claque, era eu, ou seja gerir relações humanas era eu e não projectos, relações humanas era eu. Pergunta: Houve algum colega ou algum docente ou alguma disciplina que tivesse influência na sua decisão de criação da empresa? Resposta: Deixe-me lá pensar Pergunta: Algum professor que pela sua postura, as suas atitudes influenciassem ou alguma colega, alguma disciplina? Resposta: Não, para ser honesta não, foi um conjunto de pessoas/atitudes/de coisas, mas não nunca houve ninguém que me influenciasse ao ponto de eu pensar vou ver/fazer isto por causa daquela pessoa. Pergunta: Nem nessa altura talvez e numa faculdade ainda por cima que não tem qualquer tipo de relações com gestão, com marketing, ainda mais difícil? Resposta: Não, não. Pergunta: Em que âmbito e local realizou o seu estágio e seminário? Comentário: Ah! Se me perguntar se houve alguma pessoa, peço desculpa, fora da faculdade que me tenha influenciado, definitivamente, mas não foi na faculdade, foi o meu marido, é uma pessoa da área dos negócios. Pergunta: Qual o curso dele? 19

20 Resposta: Gestão. Pergunta: Então acha que ele teve um papel muito importante na influência de... Resposta: Fundamental! Eu tinha medo, é evidente que este medo que eu perdi, que toda a gente tem, eu também o tinha, deixei de o ter, há duas pessoas fora da faculdade que tiveram muita importância nisso, o meu marido e uma grande amiga minha que trabalhou comigo que se chama C. É uma empreendedora nata nesta área, mas na área não da gestão de peso, mas na área do fitness, também professora de Educação Física, mas não formada aqui, brasileira com uma outra cabeça, uma mulher gira, muito, muito gira, uma grande empreendedora, das melhores entrevistas que podia receber era desta mulher, é fantástica. Pergunta: Onde é que realizou o seu estágio de seminário e acha que eles a ajudaram alguma coisa nessa decisão? Resposta: Não, nada, completamente o oposto, não tem nada a ver. Pergunta: Foi nas escolas? Resposta: Foi, não tem nada haver, muito pelo contrário, se eu tivesse que dizer quem é que me desincentivaria seria exactamente nesse processo. Pergunta: O que houve no seu curso pronto acha que no seu curso e então na licenciatura no período em que foi não houve nada que incentivasse a saída e criação de uma empresa? Resposta: Não, por gosto de estudar o corpo humano, eu gosto das pessoas, acima de tudo e eu gostava de perceber, gosto das relações humanas e uma da coisas que mais me apaixona na vida é perceber o que é que se passa no corpo humano fisiologicamente, adoro, adorava perceber, adoro, adorava ser cirurgiã, adorava ser médica, perceber tudo, ver as coisas todas dentro do corpo. Talvez porque tenha alguma facilidade nas relações pessoais com as pessoas, a minha paixão nem é a psicologia, a minha paixão é o fisiológico, é perceber o que se passa dentro do corpo humano é o meu desconhecido portanto é aquilo que me apaixona, que me promove interesse. Pergunta: Relativamente às razões que a levaram a realizar o mestrado na área em que foi e o doutoramento já respondeu que é exactamente para aprofundar conhecimentos na área que gosta. Alguma vez sentiu necessidade de ter conhecimentos na área da gestão de empresas? Resposta: Sim sim, o mais possível. Pergunta: Mesmo tendo o seu marido na área? 20

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