PROVA DAS DISCIPLINAS CORRELATAS FILOSOFIA DO DIREITO
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- João Lucas Mauro Belém Álvares
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1 P á g i n a 1 PROVA DAS DISCIPLINAS CORRELATAS FILOSOFIA DO DIREITO 1. Da justiça particular e do que é justo no sentido correspondente, uma espécie é a que se manifesta nas distribuições de honras, de dinheiro ou das outras coisas que são divididas entre aqueles que têm parte na constituição (pois aí é possível receber um quinhão igual ou desigual ao de um outro); e outra espécie é aquela que desempenha um papel corretivo nas transações entre indivíduos. Desta última há duas divisões; dentre as transações, algumas são voluntárias e outras são involuntárias voluntárias, por exemplo, as compras e vendas, os empréstimos para consumo, as arras, o empréstimo para uso, os depósitos, as locações (todos estes são chamados voluntários porque a origem das transações é voluntária); ao passo que das involuntárias, algumas são clandestinas, como o furto, o adultério, o envenenamento, o lenocínio, o engodo a fim de escravizar, o falso testemunho, e outras são violentas, como a agressão, o seqüestro, o homicídio, o roubo a mão armada, a mutilação, as invectivas e os insultos. Aristóteles, Ética a Nicômaco, V, 1131a. Com base neste trecho e na obra Ética a Nicômaco de Aristóteles, a afirmativa FALSA é: A - Uma das definições de justo para Aristóteles é o proporcional e o injusto é o que viola a proporção. B - Aristóteles, ao mencionar aqueles que têm parte na constituição, está se referindo aos considerados cidadãos nas cidades da Grécia antiga. C - Aristóteles distingue duas espécies principais de Justiça: a Justiça distributiva e a Justiça comutativa ou corretiva. D - Aristóteles distingue três espécies principais de Justiça: a Justiça distributiva voluntária, a Justiça distributiva involuntária e a Justiça corretiva. E - nenhuma das alternativas acima.
2 P á g i n a 2 2. Admitindo que a história da filosofia é uma sucessão de paradigmas, uma ordem cronológica do paradigma mais antigo para o mais contemporâneo seria: A- Paradigma da razão comunicativa, paradigma metafísico, paradigma ontológico. B- Paradigma ontológico, paradigma da consciência, paradigma da linguagem. C- Paradigma da linguagem, paradigma da consciência, paradigma ontológico. D- Paradigma da linguagem, paradigma pré-moderno, paradigma moderno. E- Paradigma da causalidade, paradigma metafísico, paradigma ontológico. 3. A norma fundamental para Kelsen é pressuposta transcendentalmente pelo sistema jurídico enquanto válido. A categoria de norma fundamental foi influenciada em Kelsen pela teoria filosófica de: A - Marx B - Frege C - Carnap D - Hegel E - Kant 4. Dos filósofos abaixo, marque aqueles que podem ser considerados os fundadores e formuladores da Teoria da Ação Comunicativa : A- Hegel e Marx B- Adorno e Parsons C- Adorno e Weber D- Karl Otto-Apel e Habermas E- Husserl e Heidegger 5. Das categorias filosóficas abaixo, marque aquela que caracteriza explicitamente a filosofia e a obra de Wittgenstein: A- Dasein, ou ser-aí B- sujeito transcendental C- espírito absoluto
3 P á g i n a 3 D- jogos de linguagem E- homo economicus 6. Questão 1. Com o giro linguístico hermenêutico de Gadamer, a aplicação passa a ser um momento constitutivo essencial do processo hermenêutico e, além disso, a ênfase da razão hermenêutica se desloca para a pragmática. 2. Segundo Kelsen, os tradicionais métodos ou técnicas de interpretação seriam a garantia da cientificidade no direito, na medida em que com eles poderia ser alcançada uma única interpretação correta ou acertada. 3. Com o giro linguístico gadameriano, a hermenêutica acentua a importância das pré-compreensões no processo interpretativo. 4. Para Kelsen, a interpretação é a combinação de um ato de conhecimento e de um ato de vontade; além disso, define a interpretação como autêntica e inautêntica. c) Somente as afirmativas 1, 3 e 4 são verdadeiras. d) Somente as afirmativas 1 e 4 são verdadeiras. e) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras. 7. Questão 1. Uma das expressões do giro linguístico é a da razão comunicativa de Habermas, que, entre outros aspectos, afirma o Princípio do Discurso como ponto de partida. Define, ainda, que, nas questões éticas, tal
4 P á g i n a 4 discurso assume a forma de Principio de Universalização, enquanto nas questões político-jurídicas assume a forma de Princípio Democracia. 2. Segundo Habermas as condições de validade do discurso são: a inteligibilidade, a sinceridade, a verdade e justiça (correção normativa). 3. Habermas formula, a partir do giro linguístico, uma teoria da verdade como consenso. 4. Segundo Habermas, os direitos básicos (fundamentais) devem ser buscados na tradição ou na estrutura da subjetividade transcendental. c) Somente as afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras. d) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras. e) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras. 8. Questão 1. Uma Teoria Crítica tem, por definição, o objetivo de descrever a realidade como ela é, mas do ponto de vista de como deveria ser, a partir das potencialidades inscritas na sociedade. 2. As três categorias de totalidade, de contradição e de mediação são encontradas na obra de Marx, e em geral são consideradas nucleares em sua concepção teórico-metodológica. 3. Segundo Boaventura de Souza Santos, é necessário renovar a teoria critica e reinventar a emancipação social porque há uma crise da modernidade a ser superada pela pós-modernidade.
5 P á g i n a 5 4. A Ética da Libertação, de Enrique Dussel, apresenta em sua parte Crítica os seguintes momentos: a crítica material, a crítica formal e a crítica factível (ou nova factibilidade). c) Somente as afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras. d) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras. e) Somente as afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras. 9. Questão 1) Segundo Norberto Bobbio, o Positivismo Jurídico é aquela doutrina segundo a qual não existe outro direito senão o positivo. 2) Segundo Mario Losano, os estudos sobre a ideia de sistema podem ser divididos em duas grandes etapas: até Luhmann, estuda-se o sistema no direito; com Luhmann, estuda-se o direito no sistema. 3) Conceitos ou expressões como práticas discursivas com efeito de verdade, práticas discursivas com efeito de poder, a verdade e as formas jurídicas são típicas do discurso histórico-filosófico de Louis Althusser. 4) Na Crítica da Razão Pura, I. Kant, entre tantas outras questões, examina as condições de possibilidade do conhecimento na subjetividade transcendental. b) Somente as afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras. c) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
6 P á g i n a 6 d) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras. e) Somente a afirmativa 2 é verdadeira. 10. Questão 1. Com a noção de paradigma, T. Kuhn mostra a passagem da pré-ciência à ciência, e a partir daí define a ciência normal e a ciência revolucionária, a crise da ciência e sua transformação de um paradigma ao outro. 2. T. Kuhn fez teoria da ciência ao mostrar que a função da ciência normal e a função da ciência revolucionária se identificam. 3. A noção de paradigma foi recepcionada pela filosofia para classificar sua história com o auxílio das palavras ser, consciência e linguagem, segundo Habermas, e com o auxílio das palavras ser, consciência, linguagem e vida (vivente) segundo Dussel. 4. A noção de paradigma também foi recepcionada pelo Direito, para classificar seus modelos em Jusnaturalismo, Positivismo e Pós- Positivismo. c) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras. d) Somente as afirmativas 1, 2 e 4 são verdadeiras. e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras. GABARITO D B E D D C D E B D
7 P á g i n a 7
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