da Tarefa (objetivos, as regras e equipamento) ORGANISMO Movimento x Habilidade motora Voluntário Involuntário COMPORTAMENTO (GRECO; BENDA, 1999)
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- Otávio Amorim de Almeida
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1 Comportamento motor ao longo da vida Desenvolvimento motor do nascimento à fase adulta Prof. Cláudio M. F. Leite Seres humanos apresentam a capacidade de interagir com o ambiente através dos movimentos. Esta capacidade sofre alterações ao longo do ciclo de vida do indivíduo devido às características: do Indivíduo (crescimento, maturação, capacidade física) do Ambiente (espaços, superfícies; sócio-culturais) da Tarefa (objetivos, as regras e equipamento) Gallahue; Ozmun, 2005; Newell, 1986 Comportamento motor ao longo da vida ORGANISMO Movimento x Habilidade motora Movimento COMPORTAMENTO Involuntário? Voluntário AMBIENTE TAREFA Newell, 1986 (GRECO; BENDA, 1999) Habilidade motora Habilidade motora Fases de desenvolvimento Habilidade motora: Movimento voluntário realizado de forma a atingir uma meta com máxima certeza e o mínimo de esforço e tempo. (SCHMIDT; WRISBERG, 2001) Ações complexas e intencionais que, através da prática, se tornam organizadas e coordenadas de forma a alcançarem objetivos predeterminados com máxima certeza e mínimo esforço. (WHITING, 1975) GALLAHUE; OZMUN,
2 Movimentos Rudimentares São as primeiras formas de movimentos voluntários Movimentos Rudimentares São as primeiras formas de exploração voluntária do ambiente Ocorre do nascimento aos 2 anos Possuem uma seqüência de aparecimento altamente previsível, que é consistente em condições normais, porém o momento das mudanças é dependente do ambiente e do indivíduo. Movimentos Rudimentares Estabilizadores Movimentos rudimentares: 1 2 anos: - Estabilizadores: sustentações sentado 1. Controla cabeça em linha reta com o tronco final do 1o. mês 2. Sentar 3-8 meses Locomotores Manipulativos Movimentos rudimentares: 1 2 anos: - Estabilizador: sustentações de pé 1. Ficar de pé meses Movimentos rudimentares: 1 2 anos: Locomoção: Arrastar engatinhar - caminhar 1. Arrastar-se 6 meses 2. Engatinhar 9-11 meses 3. Caminhar11 15 meses 2
3 Movimentos rudimentares: 1 2 anos: - Manipulação: alcance preensão soltura 1. Alcançar 4 5 (final) meses 2. preender 5 14 meses 3. Soltar meses Movimentos Rudimentares Inter-relação entre as habilidades. Ex.: engatinhar X controle tronco; andar x ficar de pé Associada a maturação e crescimento mas a estimulação socio-ambiental desempenha papel importante (GALLAHUE; OZMUN, 2005; TANI et al. 1988) Encaminhamento precoce de crianças a creches e escolas (BENDA, 1999) Vivência = exploração ambiental: O professor manipula o espaço e instiga a exploração (BARELA et al. 2008) -Distribuição de objetos no espaço -Tipo de piso Fases de desenvolvimento Movimentos Fundamentais Movimentos Fundamentais estabilizadores Equilíbrio dinâmico Equilíbrio estático Movimentos Axiais Locomotores Andar Correr Saltar Saltito Manipulativos Alcançar, segurar e soltar Lançar Receber Chutar Habilidades Motoras Básicas (OLIVEIRA; PEROTI JÚNIOR; TANI, 2008) Movimentos Fundamentais Inicial - primeiras tentativas (pouco controle) - Maturação insuficiente Elementar - aumento do controle, sem fluência - aquisição de sincronia espaço-temporal Maduro - bom nível de controle - fluência e eficiência = (ou similar) adulto 3
4 Estabilizadores Estabilizadores (2 7 anos) Criança Criança (2 7 anos) estabilização axial: rolamento Equilíbrio estático: Apoio reduzido Estabilizadores (2 7 anos) Criança Estabilizadores Criança (2 7 anos) Equilíbrio Estático: Apoio invertido Equilíbrio Dinâmico: Caminhada direcionada Locomoção (2 7 anos) Correr Criança Locomoção Criança (2 7 anos) Salto horizontal 4
5 Manipulação Manipulação Criança (2 7 anos) Quicar Criança (2 7 anos) Arremesso Manipulação Criança (2 7 anos) Manipulação Criança (2 7 anos) Chutar Recepção Movimentos Fundamentais Os estágios dos movimentos fundamentais podem variar entre os movimentos. Correr = maduro Rebater = Elementar Apoio invertido = Inicial GALLAHUE; OZMUN, 2005; TANI et al Movimentos Fundamentais Crianças têm pleno potencial para atingir o final do estágio fundamental em todas as classes de movimento. Mas não é verificado em muitas crianças e adultos. GALAHUE; OZMUN (2005) Práticas orientadas são inadequadas ou inexistentes. OLIVEIRA et al. (2008) O alcance do estágio maduro apesar de relacionado ao avanço da idade cronológica, não depende dela, mas de crescimento, maturação e vivência/estimulação. JOHNSON, 1962, CRATTY E MARTIN, 1969, WILLIAM, 1970 Programas de instrução podem aumentar o desenvolvimento dos padrões motores fundamentais, além do nível atingido apenas pela maturação. Além de ser mais efetivo do que um programa de brincadeiras livres, mesmo quando realizado pelos pais. ROBERTON (1978) e BURTON (1993) 5
6 Movimentos Fundamentais Fases de desenvolvimento O tamanho, forma, e textura do objeto utilizado, e as características da tarefa podem influenciar dramaticamente o desempenho dos movimentos fundamentais PAYNE E ISAACS, 1995; BARREIROS et al. (2008): Diâmetro do Lápis, preensão e padrão gráfico. OWINGS et al. (2003): TR x Recepção em crianças Fundamentais Especializados Refinamento e acoplamento dos movimentos fundamentais resultando no surgimento de novos padrões motores (GALLAHUE; OZMUN, 2005). + = Fundamentais Especializados + Especializados + = = 6
7 Especializados Especializados + = + = : - Estágio de transição: 7 10 anos - Estágio de aplicação: anos - Estágio de utilização ao longo da vida: 14 anos em diante Dependente dos movimentos fundamentais, porém não é necessário estar no estágio maduro em todos para se chegar à fase motora especializada. Movimentos Especializados Estágio de transição 7 à 10 anos Início da tentativa de combinação dos movimentos fundamentais Aumento no interesse por práticas mais complexas (esportes, lutas, danças) Movimentos Especializados Estágio de Aplicação - 11 à 13 anos. Reconhecimento real do seu potencial motor; Melhora da performance; (+) Interesse na prática esportiva e de treinamento; Melhor execução de técnicas esportivas específicas. (+) Crescimento Adolescência - Estatura - Massa - Idade em anos Meninos Meninas Adaptado de Malina e Bouchard (1991) 7
8 Estágio de aplicação: anos A satisfação cognitiva e experiências aumentadas possibilitam ao indivíduo fazer numerosas decisões de aprendizagem, e decisões baseadas em uma variedade de fatores relacionados a tarefa, indivíduo e ambiente (GALLAHUE; OZMUN, 2005). Ex.: Garoto 12 anos, 165cm, boas capacidades coordenativas, gosto por atividades coletivas. Possibilidade: BASQUETE Utilização ao longo da vida: 14 anos em diante Ápice da performance motora Procura por necessidades, áreas experiência anteriores específicas disponibilidade, de interesse, habilidades Utilização do repertório motor adquirido ao longo da vida Atividades cotidianas, rendimento esportivo recreação/lazer, e alto Fases de desenvolvimento Intervenção é fundamental principalmente na transição: auxiliar e potencializar a ampliação de acoplamentos Varias habilidades = mesmos objetivo Mesma habilidade = vários objetivos objetivos(oliveira et al. 2008) Evitar especialização e restrição do repertório motor (GALAHUE; OZMUN, 2005, TANI, 1987; OLIVEIRA et al ) Especialização precoce x iniciação precoce E aí finaliza o desenvolvimento... Comportamento motor ao longo da vida Desenvolvimento Finaliza?! Desempenho 0 Idade 8
9 Comportamento motor ao longo da vida Concluindo Desenvolvimento motor Alterações nas formas de movimento Ocorre em fases específicas desde antes do nascimento: reflexos mov. Voluntários especiaizados Dependem de crescimento, Experiências motoras (prática) maturação e Periódicos Capes: Capes acesso livre: Scielo: GEDAM; Revista portuguesa de ciências do desporto: /pid_ /lng_pt/nrm_iso Revista brasileira de educação física e esporte: =sci_serial&pid= &nrm=iso&rep= Revista Paulista de Educação Física: paulista-educacao-fisica Revista da Educação Física/UEM: s/issue/archive 9
10 Utilização do Comportamento motor na EF escolar Primeiro Se há uma seqüência normal de desenvolvimento motor ela deve ser seguida pois: 1) Permite atender as necessidades dos alunos Força, flexibilidade e outras capacidades não são nada sem controle!! 2) Permite estabelecer objetivos realistas, e métodos e conteúdos apropriados (OLIVEIRA et al., 2008; TANI et al., 1988; TANI et al, 2008); Segundo A Utilização do Comportamento motor na EF escolar adoção de parâmetros (concretos) possibilita: mais objetivos 1) Avaliação mais precisa do estado do aluno 2) Melhor acompanhamento das mudanças (OLIVEIRA et al., 2008; TANI et al., 1988; TANI et al, 2008); Terceiro Utilização do Desenvolvimento motor na EF escolar O estabelecimento de intervenções motoras adequadas e possibilidades concretas de acompanhamento de mudanças permite: 1) Aquisição de alto rendimento motor 2) Alto rendimento motor Alto rendimento esportivo Referências Básicas: GALLAHUE, D.L; OZMUN, J.C. Compreendendo o desenvolvimento motor: Bebê, Criança, adolescente e adulto. 3ed., TANI, G. Comportamento Motor: Aprendizagem e desenvolvimento. Rio de Janeiro: Guabara Koogan Referências Complementares: BARREIROS, J.; CORDOVIL, R.; CUNHA, M.; FIGUEIREDO, H.; REIS, C. (2008) Conhecimento e aplicação em desenvolvimento motor A transposição de barreiras: Efeitos morfológicos, desenvolvimento e segurança infantil. (p ) In: CORRÊA, U. Comportamento motor: a intervenção profissional em perspectiva. BENDA (1999) O desenvolvimento motor e a EF escolar. Ver. Min. De EF. V7,n1, BURTON; GREER; WIESE-BJORNSTAL (1993) Variations in grasping and throwing patterns as a function of ball size. Pediatric Exercise Science, 5, pp GRECO; BENDA. Iniciação esportiva universal: da aprendizagem motora ao treinamento técnico OWINGS; LANCIANESE; LAMPE; GRABINER. Influence of Ball Velocity, Attention, and Age on Response Time for a Simulated Catch. Med. Sci. Sports Exerc., Vol. 35, No. 8, pp , PAYNE, ISAACS. Desenvolvimento motor humano: uma abordagem vitalícia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 6. ed. c
11 Referências Complementares: PIKUNAS, J. Desenvolvimento humano. São Paulo: McGraw Hill do Brasil, ROBERTON, M. (1978) Longitudinal evidence for developmental stages in the forceful overarm throw. Journal of Human Movement Studies, 4, pp SCHMIDT; WRISBERG. Aprendizagem e performance motora: uma abordagem da aprendizagem baseada no problema. Porto Alegre: Artmed, TANI, G.; MANOEL, E.J.;.; KOKUBUN, E.; PROENÇA, J.E. Educação Física escolar - Fundamentos de uma abordagem desenvolvimentista. São Paulo: EPU- EDUSP, TANI, G. Abordagem desenvolvimentista: 20 anos depois. R. da Educação Física. Maringá, v. 19, n. 3, p , 3, 2008 WHITING, 1975 Human movement and physical education. In: E. Hahn (ed.) Die Meschlich bewegung. Schondorf: Karl Hofmann. 11
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