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1 [Desmantelamento de veículos em fim de vida, resíduos e a sua gestão] Relatório para a Unidade Curricular: Equipa MMM523 Outubro 2010

2 Desmantelamento de veículos em fim de vida Resíduos e a sua gestão Unidade Curricular: Coordenador: Professor Doutor Manuel Fonseca Almeida Monitora: Sara Fernandes Equipa MMM523: Carlos Leal Inês Mesquita Guilherme Cardoso Pedro Cavaleiro Pedro Teixeira EQUIPA MMM523 Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto 2

3 Agradecimentos Agradecemos à monitora do nosso projecto, Sara Fernandes, pelo apoio e ajuda prestado durante o horário indicado para a unidade curricular de. E também à Educóloga Joana Silva, pela auxílio prestado durante esse mesmo horário na execução do projecto. EQUIPA MMM523 Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto 3

4 1. Índice 1. Índice Resumo Ética da Vida Veículos em Fim de Vida O que acontece aos Veículos em Fim de Vida? Abate de Veículos em Fim de Vida Fases de desmantelamento de um veículo em fim de vida Descontaminação Desmantelamento Fragmentação Processo de trituração Reciclagem Fabrico de novos veículos Portugal e os VFV Rentabilidade da reciclagem de VFV Conclusão Referências Bibliográficas EQUIPA MMM523 Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto 4

5 2. Resumo O planeta Terra é o único porto de abrigo seguro para a consecução da vida humana. Urge agir de uma forma rápida e eficiente sob pena de já não irmos a tempo de garantir a nossa própria sobrevivência. Com a rápida evolução da ciência e da tecnologia surgiram também impactos hostis contra a natureza. O homem muito pode fazer para tentar travar a crescente e desmedida poluição ambiental. A reciclagem automóvel é uma contribuição positiva para a redução de muitos dos impactos ambientais. A utilização eficiente de recursos através de reciclagem de materiais eliminados ou da respectiva utilização como fontes de energia diminui o impacto sobre o meio ambiente devido ao esgotamento dos recursos naturais e à potencial poluição relativa à eliminação em aterros. É possível fazer muito quanto à reciclagem automóvel, em todas as fases de vida de um automóvel: durante o desenvolvimento, a produção, a utilização e a fase final de vida. Assim, não é possível fazer a reciclagem de um automóvel na sua totalidade, mas é possível reciclar e reutilizar certos componentes, dando-lhes assim uma nova vida. O que acontece hoje em dia, é que existem empresas responsáveis pelo tratamento de Veículos em Fim de Vida, desmantelando os veículos, tratando e gerindo os resíduos provenientes dessa separação. O abate de um Veículo em Fim de Vida implica assim vários processos, ora burocráticos, ora técnicos. O principal objectivo do nosso trabalho é dar a conhecer como é executado todo o processo de abate de Veículos em Fim de Vida, e esclarecer alguns dos processos aplicados para a temática. Ao longo do relatório irá ser explicado o que acontece aos veículos que o seu tempo de vida chegou ao fim (especificamente o automóvel), quais os processos e fases do abate automóvel, fabrico de novos automóveis tendo em conta as questões ambientais. Será abordada a questão de Portugal e os Veículos em Fim de Vida e a rentabilidade do processo. EQUIPA MMM523 Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto 5

6 3. Ética da Vida Segundo a ética cultural dominante das sociedades produtivistas, o ambiente encontra-se fora de nós, sendo a vida em sociedade independente da natureza e encarando-se como «danos colaterais» as devastações que lhe são aplicadas, como se o ambiente tivesse durante muito tempo ficado na periferia da consciência moderna. Esta abordagem utilitarista do ambiente reflecte-se nos indicadores clássicos relativos à criação de riqueza, tais como o crescimento e o produto interno bruto. No seu estado actual, o sistema produtivista encara a Natureza como uma simples área de extracção e como um produto descartável da economia. Ora o que doravante está em jogo assenta numa inversão dessa perspectiva: integrar a economia nos limites do ambiente e deixar de considerar a natureza como uma fonte inesgotável de crescimento económico. À escala global, a pegada ecológica da humanidade ultrapassou as capacidades do planeta no inicio da década de 1980, atingindo em 1999 mais 20% dessas capacidades. Surge então a necessidade de se falar de bioética, e ecologia. Incentivo Fiscal ao Abate de Veículos em Fim de vida Estamos perante uma crise ambiental, e não só: estamos também perante uma crise de valores ecológicos a Natureza é vista como um meio para apenas se fazer dinheiro. É neste âmbito que surge a necessidade de consciência moral. O avanço da ciência e da tecnologia permitiu a criação e a evolução dos mais variados tipos de veículos. Perante uma sociedade consumista, o sector automóvel cresceu de forma acelerada, no século XX. Por exemplo: no ano 2007, foram vendidos um total de, aproximadamente, 71,9 milhões de automóveis novos. A questão que se coloca é: o que acontecerá aos veículos que já não são desejados pelos seus donos, ou que se encontram obsoletos? EQUIPA MMM523 Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto 6

7 Gráfico 1 - Veículos para cada 1000 habitantes por país A partir do gráfico 1, observa-se que a Austrália, a América do Norte, a Europa, etc., ou seja, os países considerados desenvolvidos, possuem, para mil habitantes, pelo menos 601 automóveis. Se considerarmos que a Austrália possui em estimativa (2008) habitantes, existirão pelo menos automóveis. 4. Veículos em Fim de Vida Os automóveis que não apresentem condições para circular, por mau estado de conservação, avaria ou acidente, chegaram ao fim de vida útil, passando a designar-se por Veículos em Fim de Vida (VFV). São encarados como um resíduo complexo que necessita de ser desmantelado, e os seus resíduos tratados da forma mais conveniente. Imagem 1 e 2 VFV (à direita, veículo obsoleto; à esquerda veículo acidentado); EQUIPA MMM523 Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto 7

8 Com o grande aumento do número de automóveis a circular a partir do final do século XX, surgiu esta nova preocupação: o que fazer com o VFV?, outra razão para esta preocupação é o crescente número de plásticos agora envolvidos na produção de um automóvel, não tão fáceis de ser reciclados. Ocorreu desta forma a problemática dos Veículos em Fim de Vida que, viu reconhecida a sua importância, aquando da publicação de uma Directiva por parte da União Europeia no âmbito de se encontrar formas e metodologias, lançando soluções para o futuro. Em Outubro de 2000, a União Europeia assumiu uma directiva relativa aos VFV (2000/53/CE), que procurando acautelar e demarcar os resíduos e melhorar a reutilização, reciclagem e recuperação de VFVs e dos respectivos componentes. A directiva promove igualmente a concepção ecológica, a utilização de materiais reciclados e a melhoria do desempenho ambiental de todos os operadores envolvidos no ciclo de vida do veículo. Os objectivos da directiva são: Um mínimo de 85% do peso dos VFVs deve ser valorizado a partir de 2006, incluindo um máximo de 5% de valorização energética, e, a partir de 2015, um mínimo de 95% do peso, incluindo um máximo de 10% de valorização energética. A interdição da utilização de substâncias perigosas como, por exemplo, chumbo, mercúrio, cádmio e crómio hexavalente para novos veículos a partir de Julho de 2003, com a excepção de peças nas quais a utilização destes materiais é essencial O que acontece aos Veículos em Fim de Vida? Actualmente, cerca de 75% a 80% dos VFV, em termos de peso, na sua maioria fracções metálicas, tanto ferrosas como não ferrosas encontra-se a ser reciclado. Contudo, os restantes 20% a 25% do peso, está associado a misturas heterogéneas de materiais como, por exemplo, resinas, borracha, vidro, têxteis, etc., estes ainda se encontram a ser eliminados. As empresas de desmantelamento começam por retirar os óleos, o motor, a transmissão, os pneus, a bateria, o catalisador e outras peças que geralmente são recicláveis, ou que poderão ser reutilizáveis. De seguida, as empresas de trituração vão separar os metais ferrosos e não ferrosos e a resina das restantes fracções do veículo. Os metais ferrosos e não ferrosos são reciclados, os resíduos de trituração são depositados em aterros. EQUIPA MMM523 Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto 8

9 Fases de vida de um automóvel: Fabricantes de automóveis veículos Utilizadores veículos não registados Concessionário Vendedores de automóveis usados Utilizadores Veículos em Fim de Vida Exportação Abandonados Remoção (25% a 30%) Prensa (75% a 80%) Motores, pneus, transmissões, baterias, catalisadores, óleos e combustíveis, CFCs, HFCs, airbags, etc. Triagem (45% a 55%) Resíduo (20% a 25%) Metais ferrosos, não ferrosos 2 milhões de toneladas de Resíduos de Trituração Automóvel (ASR - Automotive Shredder Residue) por ano são eliminados em aterros (valor calculado para a Europa). Empresas de desmantelamento Empresas de trituração Esquema 1 Esquema relativo às fases a que um automóvel está sujeito; EQUIPA MMM523 Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto 9

10 Os fabricantes automóveis produzem as viaturas que vão ser compradas pelos utilizadores e estes podem voltar a vender os seus veículos ora a concessionários, ora a outros utilizadores. Quando o veículo deixa de ter condições para circular, torna-se um VFV. Este pode ser abandonado/exportado, ou então inicia-se o processo do seu abate: em primeiro lugar ocorre o desmantelamento ou remoção, e depois a prensa. Ocorrendo depois a triagem e por fim obtêm-se os resíduos. O processo de remoção e prensa diz respeito às empresas de desmantelamento, a triagem e os resíduos são da responsabilidade das empresas de trituração. 5. Abate de Veículos em Fim de Vida Imagem 3 e 4 Centros de abate de VFV As taxas de reciclagem automóvel actuais variam de país para país, devido às diferenças existentes nos mercados de materiais reciclados, custo de mão-de-obra, custos de deposição em aterros, assim como diferenças nos níveis de qualificação na recolha e desmantelamento em fábricas de processamento e na tecnologia utilizada. Tal facto explica a necessidade de recorrermos à reciclagem automóvel como prática sustentável na economia actual. EQUIPA MMM523 Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto 10

11 5.1. Fases de desmantelamento de um veículo em fim de vida Descontaminação Desmantelamento Fragmentação Esquema 2 Esquema relativo às fases de desmantelamento EQUIPA MMM523 Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto 11

12 Descontaminação O primeiro passo no processo de desmantelamento de um veículo é a sua descontaminação, ou seja, a extracção de todos os componentes que possam prejudicar o meio ambiente. Em primeiro lugar são extraídos cuidadosamente os líquidos dos travões, óleos do motor e da transmissão, líquidos do sistema de arrefecimento, etc. Todos estes componentes são armazenados de forma individual e seguem para posterior tratamento por parte dos gestores autorizados de resíduos. De seguida são retirados os sistemas de ar, como o gás do equipamento de ar condicionado e os airbags. Ao mesmo tempo são retirados os componentes que contêm metais pesados como os calibradores das rodas, os catalisadores, interruptores que utilizam mercúrio e a bateria, componentes estes constituídos por chumbo mercúrio, cádmio e crómio que são metais prejudiciais ao ambiente. Estes metais são depois enviados para entidades que gerem a sua reciclagem Desmantelamento Dos restantes componentes do veículo alguns são reaproveitados para utilização directa noutros veículos. Estes componentes são retirados, limpos, verificados por um processo de qualidade e são considerados (ou não) como aptos para a sua reutilização Fragmentação Finalmente, o resto do veículo, uma vez descontaminado e sem as peças e componentes susceptíveis de ser reutilizados é separado por tipos de materiais. Estes materiais são fragmentados e encaminhados para reciclagem, sendo então transformados em novos elementos. Embora estas etapas se refiram ao desmantelamento de automóveis, o desmantelamento de outros veículos, como motas, comboios e até mesmo aviões, é feito de forma semelhante. É retirado em primeiro lugar todos os componentes que contaminam o ambiente, de seguida os componentes que podem ser reaproveitados EQUIPA MMM523 Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto 12

13 e, finalmente, os materiais que sobram são fragmentados e reciclados. Para facilitar o desmantelamento dos veículos em fim de vida, várias empresas da indústria automóvel desenvolveram um sistema internacional de informações sobre o desmantelamento de veículos, o International Dismantling Information System (IDIS) Processo de trituração O procedimento aplicado a Veículos em Fim de Vida após o desmantelamento é o processo de trituração. Que consiste, como o nome indica, na trituração de materiais provenientes do desmantelamento automóvel. Este processo é constituído por várias fases: uma trituração primária, em seguida, a trituração principal. Até que obtemos três tipos de resíduos: metal ferroso triturado, metal não ferroso e os resíduos de Trituração automóvel, que ainda vão sofrer mais um conjunto de processos até que se encontrem separados. Esquema 3 Esquema relativo ao processo de trituração está sujeito Resíduos de trituração automóvel: Os resíduos de trituração automóvel, também podem ser designados por ASR. Estes podem ser os mais variados compostos: EQUIPA MMM523 Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto 13

14 Composição dos resíduos de trituração (peso em %) Resinas - 16 Espuma de Uretano Mas como são utilizados os resíduos de trituração Tecido - 15automóvel Borracha - 7 ASR? Madeira - 3 Papel - 2 Ferro - 8 Conjuntos de Fios - 5 Após todos os processos de trituração, obtêm-se resíduos que podem voltar a ser Metais não Ferrosos - 4 utilizados e assim ganhar uma nova vida. Vidro - 7 Gráfico 2 Composição dos resíduos de trituração (peso em %) Por análise do gráfico, é possível concluir que a maior percentagem de resíduos extraídos são resinas, espuma de uretano e tecidos, seguido do ferro e de borracha. Esquema 4 Esquema relativo aos resíduos obtidos a partir do processo de trituração Pela análise de esquema, é possível compreender que os resíduos provenientes da trituração automóvel são, geralmente, metais não ferrosos, vidro, borracha, espuma de uretano, resinas, etc. Esquema 5 Esquema relativo à aplicação de resíduos provenientes do processo de trituração: vidro, ferro, cobre e tecido e espuma de uretano; EQUIPA MMM523 Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto 14

15 O vidro, o ferro, o cobre e o tecido e espuma de uretano, são alguns dos componentes provenientes do processo de trituração que são reutilizados. 6. Reciclagem Hoje em dia, com a necessidade de existência de um fim de vida sustentável para os veículos, procurou-se criar um conjunto de processos que permitissem ora reciclar, ora reaproveitar componentes de automóveis e reutilizá-los. Um veículo é constituído por peças do mais variado tipo, e constituição. Algumas delas podem ser recicladas: Esquema 6 Esquema relativo aos componentes recicláveis num automóvel No esquema anteriormente exposto é possível observar o que é feito com alguns componentes automóveis. Por exemplo: o óleo do motor é reutilizado como combustível alternativo para caldeiras e inceneradoras. EQUIPA MMM523 Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto 15

16 7. Fabrico de novos veículos Os materiais utilizados no fabrico de um veículo, bem como os respectivos métodos de concepção e de montagem, influenciam a forma como decorrerá o seu tratamento quando este se converte num VFV (Veículos em Fim de Vida). Por esse motivo, há já vários anos que os Fabricantes têm vindo a realizar trabalhos de investigação neste domínio, tendo sido acumulada uma experiência considerável. Nessa sequência, logo nas fases de concepção e produção de veículos, os fabricantes de veículos, em colaboração com os fabricantes de materiais e equipamentos: * Evitam a utilização de substâncias perigosas, como por exemplo: já não se utilizam metais pesados como o chumbo, o cádmio, o mercúrio e o crómio hexavalente, salvo em reduzidas aplicações para as quais ainda não existem substitutos; * Tomam em consideração a necessidade de desmantelamento, reutilização e reciclagem dos VFV e dos seus componentes e materiais, como por exemplo: produzindo peças facilmente desmontáveis, evitando a proliferação de materiais diferentes na mesma peça, utilizando materiais recicláveis; * Utilizam as normas ISO de codificação para rotular alguns componentes e materiais, a fim de que estes possam ser facilmente separados no desmantelamento, como por exemplo: os plásticos e os elastómeros; * Integram, progressivamente, uma quantidade crescente de materiais reciclados, com vista ao desenvolvimento deste mercado (actualmente, quase 15% dos componentes plásticos são compostos por materiais reciclados, percentagem essa que deverá aumentar com a evolução das condições do mercado e da viabilidade técnica). Por outro lado, foi já aprovada a Directiva 2004/64/CE que introduz no sistema de homologação comunitário a avaliação do potencial de reutilização/reciclagem/valorização dos novos veículos ligeiros. Assim, quando solicita a homologação de um novo veículo, o fabricante tem que fornecer informações EQUIPA MMM523 Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto 16

17 técnicas detalhadas sobre os componentes/materiais utilizados e recomendar uma estratégia para garantir a desmontagem e a reutilização dos componentes, bem como a reciclagem e a valorização dos materiais. Esta estratégia é baseada nas tecnologias disponíveis ou em desenvolvimento no momento em que é apresentado o pedido de homologação. As autoridades competentes só atribuirão a homologação após terem comprovado que o veículo é reciclável a um nível mínimo de 85%, em massa, e valorizável a um nível mínimo de 95%, em massa. Estes dados passarão também a constar do modelo de certificado de homologação CE. No entanto, é necessário não esquecer que a segurança rodoviária e a protecção do ambiente não poderão ser prejudicadas pela reutilização de alguns componentes. Por exemplo: * Não existe a garantia que determinados componentes retirados dos VFV (Veículos em Fim de Vida), como os catalisadores ou os silenciadores de escape, ofereçam o nível de protecção do ambiente exigido; * Alguns dos componentes retirados de veículos envolvidos em acidentes podem ter sofrido danos que põem em causa a sua reutilização em segurança; * A utilização intensiva de alguns componentes durante o período de vida útil do veículo poderá inviabilizar a sua reutilização em segurança. Por essa razão, a referida directiva prevê ainda a proibição de reutilização de alguns componentes, como por exemplo os airbags, os catalisadores, os silenciadores de escape e os cintos de segurança. EQUIPA MMM523 Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto 17

18 8. Portugal e os VFV Com a legislação em vigor relativamente ao desmantelamento, tratamento de resíduos e sua gestão, em Portugal, os responsáveis por estas tarefas são unicamente empresas privadas, com missões e objectivos bem definidos. De um modo geral, todas as empresas responsáveis por este tipo de tarefas, pretendem assegurar que a gestão dos VFV é feita de uma forma económica e responsável, contribuindo assim para a riqueza do país, bem como para a melhoria das condições de vida dos seus trabalhadores e para a boa conservação do meio ambiente. Em Portugal, a REDE VALORCAR assume-se como a Sociedade de Gestão de Veículos em Fim de Vida, à qual pertence um vasto conjunto de empresas. Imagem 3 Logótipo da Empresa VALORCAR Objectivos nacionais: Até 1 de Janeiro de 2015, espera-se que sejam garantidos os seguintes objectivos: - A reutilização e a valorização de todos os VFV aumentem para um mínimo de 95%; - A reutilização e a reciclagem de todos os VFV aumentem para um mínimo de 85%. Em matéria de gestão de Baterias de Veículos Usadas: o Decreto-Lei n.º 6/2009 estabelece que os operadores que intervêm no ciclo de vida das baterias de veículos devem adoptar as medidas adequadas para que, até 26 de Setembro de 2011, seja garantida a reciclagem de 65%, em massa, das baterias de chumbo-ácido, incluindo a reciclagem do mais elevado teor possível de chumbo que seja tecnicamente viável, evitando simultaneamente custos excessivos. EQUIPA MMM523 Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto 18

19 Empresas pertencentes à VALORCAR: Imagem 4 Logótipo da empresa Renascimento A Renascimento é uma das empresas pertencentes à VALORCAR. Este é um dos exemplos, mas existem outras. A missão da Renascimento é assegurar, de uma forma regular, contínua e eficiente a gestão global de resíduos, nomeadamente, a recepção, a recolha, transporte, triagem, processamento, reciclagem e tratamento dos resíduos dos seus clientes e parceiros, maximizando a criação de valor dos capitais investidos, tendo sempre como linhas orientadoras, o respeito pelo ser humano, a segurança, a qualidade e o desenvolvimento sustentável. Objectivo: Recepcionar e armazenar os VFV s de forma a rentabilizar os meios humanos e materiais existentes, nunca pondo em causa as instalações e/ou meio ambiente, nem os materiais e peças nele contidos. 9. Rentabilidade da reciclagem de VFV Após a introdução do abate de veículos em fim de vida, e gestão dos resíduos provenientes deste processo, é necessário continuar a incentivá-lo, mas também é imprescindível tomar-se medidas que facilitem este processo, como o designado Ecodesign. Torna-se necessário aumentar as taxas de reciclagem actuais. Segundo o cenário actual é possível aumenta-las aproximadamente mais 7%. EQUIPA MMM523 Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto 19

20 - Design para reciclagem; - Manuais de desmantelamento. Vão permitir: Aumentar a fracção de materiais que poderá ser recuperada; Diminuir os custos de operação. Isto vai influenciar: A existência ou não de mercado secundário para estes materiais. Estratégias Criação de redes de empresas recicladoras; Criar prémios á utilização de materiais reciclados; Taxas a materiais virgens; Prémios monetários pagos aos operadores de reciclagem; O sistema financiado por imposto da matrícula ou por uma taxa paga aquando da compra de um veículo novo. De modo a: Aumentar o valor do VFV Esquema 7 Esquema relativo à rentabilidade dos FVF Hoje em dia, os fabricantes automóveis produzem veículos tendo em consideração o processo que vão ter de passar quando chegarem ao seu fim de vida. Assim, os automóveis são produzidos com um design que permita facilitar todo o processo de abate, recorrendo também a materiais reciclados. Outra das medidas tomadas pelos fabricantes, é a existência de um manual de desmantelamento, que permita facilitar todo o processo. Estas medidas vão permitir aumentar a quantidade de materiais reutilizados, evitando que muitos destes contribuam para poluição ambiental. EQUIPA MMM523 Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto 20

21 10. Conclusão Os veículos, bens imprescindíveis nas sociedades modernas, são produtos complexos e altamente poluentes que contêm diferentes materiais e componentes, tanto perigosos como inertes; não só durante o seu prolongado ciclo de vida, como após o mesmo, quando se torna um VFV Veículo em Fim de Vida. A não despoluição dos VFV tem impactos paisagísticos e ambientais graves, como por exemplo o impacto do derrame de óleos, um resíduo perigoso, passível de contaminar solos e águas. Assim, é importante uma consciencialização colectiva, quer da parte dos fabricantes e fornecedores, quer da parte dos utilizadores e público em geral para, em conjunto, optar por soluções que permitam diminuir o impacto ambiental e ecológico que a vida actual moderna e a utilização de automóveis implicam. Assim, hoje em dia, os VFV são expostos a um conjunto processos (descontaminação, desmantelamento e desfragmentação) que permitirão dar uma utilização aos resíduos e componentes resultantes de todo o processo. Apesar da existência do processo de abate de VFV, a sociedade actual tem ainda um longo caminho para percorrer em termos de educação e boas práticas ambientais. Existem, ainda, enumeras sucatas ao ar livre, onde os automóveis são abandonados. Não sendo estes tratados como resíduos complexos, contribuindo para um aumento da poluição ambiental. Assim, é necessária uma maior informação e sensibilização da população para aumentar o número de VFV reaproveitados. EQUIPA MMM523 Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto 21

22 11. Referências Bibliográficas 1. Nissan: (accessed October 9, 2010) 2. Instituto da Mobilidade e Transportes Terrestres: ARDOFURTADO_VALORCAR.pdf (accessed October 9, 2010) 3. The International Dismantling Information System (IDIS): (accessed October 10, 2010) 4. Departamento de Engenharia Mecânica, Instituto Superior Técnico, Universidade Técnica de Lisboa: (accessed October 13, 2010) 5. Wikipédia, Logística Inversa: (accessed October 6, 2010) 6. Toyota, Reciclagem Automóvel: (accessed October 8, 2010) 7. Ambigroup: temid=96 (accessed October 12, 2010) 8. VALORCAR: (accessed October 2, 2010) 9. Oficina da Inovação: (accessed September 29, 2010) 10. RENASCIMENTO: (accessed October 2, 2010) EQUIPA MMM523 Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto 22

Em seguida, são enunciadas algumas dessas linhas de trabalho: 1. Design para a despoluição e para promover a utilização dos materiais

Em seguida, são enunciadas algumas dessas linhas de trabalho: 1. Design para a despoluição e para promover a utilização dos materiais O ECODESIGN NOS NOVOS VEÍCULOS Os materiais utilizados no fabrico de um veículo, bem como os respectivos métodos de concepção e de montagem, influenciam directamente a quantidade e tipo de resíduos gerados

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