Avaliação da Capacidade Estática de armazenagem de grãos no Brasil. Evaluation of Static Capacity of Storage of Grains in Brazil

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1 Avaliação da Capacidade Estática de armazenagem de grãos no Brasil Evaluation of Static Capacity of Storage of Grains in Brazil Aline Dias Ferreira de Jesus* Marta Cristina Marjotta-Maistro** Caetano Brugnaro*** RESUMO O Brasil é um grande produtor de grãos, porém, sem infraestrutura adequada para armazenar. O objetivo geral deste trabalho é apresentar a evolução da produção de grãos no Brasil e da capacidade estática dos armazéns, entre 2000 e Os objetivos específicos são: calcular o coeficiente de armazenagem e suas taxas de crescimento. Utilizou-se de dados secundários. Notou-se que algumas culturas, como milho, feijão e amendoim, tem sua produção total composta por duas ou mais safras, o que tenderia a melhoria da capacidade dinâmica dos armazéns. A região Sudeste apresentou a maior capacidade de armazenagem, porém com crescimento negativo no período analisado, a região Nordeste apresentou uma das menores capacidades de armazenagem, porém seu crescimento foi positivo. Palavras-chave: grãos; infraestrutura; armazenagem. ABSTRACT Brazil is a major producer of grain, but without adequate infrastructure to store. The aim of this paper is to present the evolution of grain production in Brazil and the static capacity of warehouses, between 2000 and The specific objectives are: calculate the storage coefficient and their growth rates. It used secondary data. It was noted that some crops, such as corn, beans and peanuts, have a total production comprises two or more harvests, which tends to improve the dynamic capacity of the stores. The Southeast region had the highest storage capacity, but with negative growth in the analyzed period, the Northeast region had one of the smaller storage capacity, but its growth was positive. Key-words: grains, infrastructure, storage 1. INTRODUÇÃO O Brasil apresenta grande potencial de crescimento para sua produção agrícola, pois conta com clima favorável que possibilita duas ou mais safras por ano; grandes extensões de áreas agricultáveis ainda não aproveitadas; disponibilidade de água; produtores e agroindústrias com bom nível tecnológico; demanda mundial * aline_ufscar@hotmail.com Engenheira Agronôma. Mestranda em Desenvolvimento Territorial da América Latina. Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, UNESP, Brasil. ** marjotta@cca.ufscar.br; *** brugnaro@cca.ufscar.br Docentes do Centro de Ciências Agrárias / Câmpus da UFSCar - Araras

2 por alimentos em crescimento; e, acima de tudo, um grande potencial de aumento no consumo interno. Para a formação das expectativas dos diversos agentes econômicos que atuam na economia brasileira, conhecer as principais restrições a um desempenho mais consistente do setor agrícola e avaliar as suas perspectivas para os próximos anos é fundamental. O Brasil é um dos maiores produtores de alimento, isso se deve em grande parte à produção de grãos. Para que essa produção alcance níveis elevados a cada ano, é necessário que haja uma coordenação eficiente da cadeia produtiva, desde a produção até a armazenagem. De acordo com a projeção do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), que divulgou o estudo Projeções do Agronegócio 2010/ /2021, o País disputará liderança na produção de alimentos com Estados Unidos. A safra de grãos deve crescer 23% até 2021 e a área de colheita será 9,5% maior que a de Armazenar é guardar e conservar o produto, diminuindo ao máximo as perdas, utilizando-se, da melhor maneira possível, as técnicas existentes. A armazenagem é uma das operações pelas quais os grãos passam na sua cadeia produtiva, a qual tem início na escolha da área e da cultivar a ser plantada até chegar ao consumidor final (LORINE et al., 2002). A armazenagem exerce fundamental importância para o crescimento econômico do país. Dessa forma torna-se vital o bom desenvolvimento dessa atividade. Para o país aproveitar todo o seu potencial agrícola, deve-se diminuir o hiato entre a produção e a demanda, de modo que os consumidores tenham bens e serviços quando e onde quiserem, e na condição física que desejarem (BALLOU, 1998). A armazenagem aparece como uma das funções que se agrega ao sistema logístico, pois na área de suprimento é necessário adotar um sistema de armazenagem racional de matérias-primas e insumos. No processo de produção, são gerados estoques de produtos em processo, e, na distribuição, a necessidade de armazenagem de produto acabado é, talvez, a mais complexa em termos logísticos, por exigir grande velocidade na operação e flexibilidade para atender às exigências e flutuações do mercado (AMARAL, 2011). Nesse contexto, o objetivo geral deste trabalho é realizar um levantamento histórico da produção de grãos no Brasil e da capacidade estática dos armazéns. E os objetivos específicos consistem em: - apresentar dados da safra brasileira de grãos, no Brasil, a partir de 2000, considerando as regiões separadamente; - confrontar a produção e capacidade de armazenagem; - identificar as regiões com maior ou menor problema de déficit de armazenagem; 2

3 - calcular o coeficiente de armazenagem disponível em relação à produção e sua taxa de variação. 1.1 Conceituação de Logística Nos últimos anos, a logística vem apresentando uma evolução constante, sendo hoje um dos elementos-chave na estratégia competitiva das empresas. No início, era confundida com o transporte e a armazenagem de produtos. Hoje, é o ponto nevrálgico da cadeia produtiva integrada, atuando em estreita consonância com o moderno Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos (NOVAES, 2001). Ainda de acordo com o Novaes (2001), logística é a parte do gerenciamento da cadeia de suprimentos que inclui os processos de planejar, implementar e controlar de maneira eficiente e eficaz o fluxo e a armazenagem de produtos, bem como os serviços e informações associados, cobrindo desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atender aos requisitos do consumidor. Segundo Alves (1997), o setor agroindustrial brasileiro vem passando por inúmeras transformações no processo de integração ao mercado. Observa-se crescente preocupação com a qualidade, busca de expansão da linha de produtos com maior valor agregado, adequação das formas organizacionais às necessidades do mercado, globalização, novos hábitos de consumo alimentar, mais rapidez na transmissão de informações. Isso tudo leva a consequentes mudanças nas estratégias de produção e distribuição das empresas, em busca de melhoria da capacidade competitiva. Lima (1998) chama a atenção para os desafios da gestão dos custos na logística. Um deles é conseguir gerenciar a relação entre custo e nível de serviço (trade-off). O maior obstáculo é que cada vez mais os clientes estão exigindo melhores níveis de serviço; mas, ao mesmo tempo, não estão dispostos a pagar mais por isso. Assim, imputa-se a logística a tarefa de agregar valor ao produto por meio do serviço por ela oferecido. Entre estas exigências por serviço, o autor destaca: redução do prazo de entrega; maior disponibilidade de produtos; entrega com hora determinada; maior cumprimento dos prazos de entrega; maior facilidade de colocação do pedido. Sendo assim, torna-se importante ressaltar que um sistema logístico eficiente permite que uma determinada região geográfica supere suas dificuldades, seja elas relacionadas ao plantio, ou à colheita, ou à mão de obra, entre outros, além de permitir que seus produtos possam ser comercializados em outras regiões com melhores preços. 1.2 Histórico da armazenagem no Brasil De acordo com Ferrari (2006), o primeiro cadastro dos armazéns realizado pela Companhia Brasileira de Armazenamento (CIBRAZEM), em meados da década de 1970, constatou uma capacidade estática dos armazéns em torno de 35,8 milhões. Nesta mesma década, houve uma expansão da rede de armazenagem em todo território. 3

4 Segundo Puzzi (2000), essa pesquisa realizada pela CIBRAZEM, além de servir como subsídio para equacionar a infraestrutura de armazenamento tanto nas regiões do Sul como no Centro-Oeste, contribuiu para as análises dos fluxos de comercialização de produtos agropecuários, revelando a infraestrutura de transporte, bem como o nível tecnológico empregado nessas regiões. Na mesma década, também houve a criação do Programa Nacional de Armazenagem (PRONAZEM), com o objetivo de ampliar o número e a capacidade dos armazéns subterminais, terminais e dentro das fazendas (PUZZI, 2000). Na verdade, mudanças mais significativas começaram a ocorrer no final do século XX, devido às mudanças na estratégia das políticas públicas para o armazenamento com a criação da Nova Lei de Armazenagem n (de 29 de maio de 2000), que tem como objetivo padronizar as atividades desenvolvidas pelos armazéns, certificar os armazéns, definindo regras e procedimentos para sua qualificação, regulamentação oficial pelo governo da emissão de títulos de comercialização pelos armazenadores, que poderão ser utilizados como ativos financeiros (FERRARI, 2006). 1.3 Aspectos teóricos da armazenagem Segundo D Arce (2011), uma unidade armazenadora, técnica e convenientemente localizada, constitui uma das soluções para tornar o sistema produtivo mais econômico. Além de propiciar a comercialização da produção em melhores períodos, evitando as pressões naturais do mercado na época da colheita, a retenção de produto na propriedade, quando bem conduzida, apresenta inúmeras vantagens. Dentre elas devem ser citadas: Minimização das perdas quantitativas e qualitativas que ocorrem no campo, pelo atraso da colheita ou durante o armazenamento em locais inadequados; Maior rendimento na colheita por evitar a espera dos caminhões nas filas nas unidades coletoras ou intermediárias; Melhor qualidade do produto, evitando o processamento inadequado devido ao grande volume a ser processado por período da safra, por exemplo, a secagem à qual o produto é submetido, nas unidades coletoras ou intermediárias; Obtenção de financiamento por meio das linhas de crédito específicas para a pré-comercialização. Segundo Bowersox e Closs (2001), existem cinco vantagens básicas de serviço que podem ser obtidas por meio da armazenagem: estoque ocasional, sortimento, combinação, apoio à produção e presença de mercado. As vantagens de serviço não estão diretamente ligadas com redução de custos. Com a finalidade de reduzir custos de transporte e de produção, coordenar suprimentos e demanda, auxiliar o processo de produção, auxiliar o processo de marketing, adota-se a armazenagem para atender tais necessidades, alcançando assim uma maior lucratividade do sistema como um todo (BOWERSOX E CLOSS, 2001). 4

5 1.4 Caracterização do setor brasileiro de grãos A classificação dos grãos, segundo padrões pré-fixados, constitui um requisito básico para racionalizar a comercialização e proporciona elementos que facilitam a guarda daqueles produtos (PUZZI, 1973). A padronização favorece o manuseio e o armazenamento do produto a granel e uma rede de silos, por sua vez, incentiva a padronização. Ainda de acordo com Puzzi (1973), segundo a padronização oficial adotada no Brasil, os grãos, de acordo com sua qualidade, são classificados em tipos, de valores decrescentes, resultantes do exame de amostras representativas do lote. A cada tipo correspondente um determinado teor de umidade dos grãos, uma quantidade maior ou menor de grãos defeituosos, grau de impurezas e de matérias estranhas presentes na massa de grãos etc. A Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB), nos seus levantamentos da produção das safras agrícolas, inclui 14 espécies de grãos, a saber: caroço de algodão, amendoim, arroz, aveia, centeio, cevada, feijão, girassol, mamona, milho, soja, sorgo, trigo e triticale. A produção de girassol e o triticale passaram a ser levantados a partir de 2002 (CONAB, 2011). O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), não emprega a denominação de grãos para esse conjunto de produtos e em seu lugar usa a expressão produtos das lavouras de cereais (arroz, aveia, centeio, cevada, milho, sorgo, trigo e triticale), leguminosas (feijão) e oleaginosas (amendoim, caroço de algodão, girassol, mamona e soja). O feijão é produzido em três safras (águas, seca e inverno), o amendoim em duas (águas e seca) e o milho em duas (normal e safrinha) (IBGE, 2011). A importância dos grãos nas Unidades da Federação (UF) é muito variável, dependendo do grau de diversificação das atividades agropecuárias desenvolvidas, que por seu lado, depende de vários fatores, como aptidão edafoclimática da região, preço da terra, infraestrutura de transporte, armazenagem e portuária, proximidade de mercados etc. De acordo com a Conab (2010), a safra de grãos do Brasil, no período 2010/2011, deve ser de 159,5 milhões de toneladas. O valor confirma recorde na produção, de acordo com oitavo levantamento da Conab (CONAB, 2011). Podemos observar esse recorde na produção, de acordo com o levantamento da Conab (2010), por meio da Figura 1, que mostra a série histórica da produção de grãos no Brasil, no período de 1999/2000 até a estimativa de safra 2010/2011. A produção dos grãos relacionados cresceu cerca de 57% no período 2000 a 2011, o que representa 5,1% como taxa média geométrica anual, com algumas safras, como as de 2003/04 e 2007/08, destoando da tendência geral de crescimento da produção (CONAB, 2011). 5

6 O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) estimou que a área total cultivada no país, na safra 2010/2011, é de aproximadamente de 49,9 milhões de hectares. A estimativa é 5,3% (ou 2,5 milhões de hectares) superior à safra passada (47,4 milhões de hectares). O Centro-Sul representou 79% da área plantada de grãos. A região obteve crescimento de 3,3% (1,2 milhão de hectares), passando de 38,1 milhões para 39,4 milhões de hectares, em comparação ao ciclo anterior. A Figura 2 ilustra a evolução da área cultivada com os principais grãos no Brasil no período analisado (MAPA, 2011). O levantamento da safra 2010/2011, segundo a Conab, relatou que o Sul do país detém 44,9% da área total (17,7 milhões de hectares); o Sudeste, 12,2% (4,7 milhões de hectares) e o Centro-Oeste, 42,9% (16,9 milhões de hectares). As regiões Norte e Nordeste respondem por 21% (10,4 milhões de hectares). No Norte-Nordeste, foi registrado aumento de 13,5% (1,24 milhão de hectares) em relação ao ciclo agrícola anterior. Desse total, a região Nordeste plantou 83,59% (8,7 milhões de hectares) e o Norte, 16,41% (1,7 milhões de hectares) (CONAB, 2011). milhões de t Outros 150 Trigo 140 Arroz Milho Soja * * Estimativa. Figura 1. Série histórica de produção de grãos no Brasil, 2000 a Fonte: elaborado pelos autores com dados da Conab (2011) 6

7 milhões de ha Outros Trigo Arroz Milho Soja * * Estimativa. Figura 2. Série histórica de área cultivada com grãos no Brasil, 2000 a Fonte: elaborado pelos autores com dados de MAPA(2011) e Conab (2011) E, por fim, a Figura 3 mostra a série histórica da produtividade das lavouras de arroz, milho, soja, trigo e outros. kg/ha Arroz Milho Soja Trigo Outros * * Estimativa. Figura 3. Série histórica de produtividade de grãos no Brasil, 2000 a Fonte: elaborado pelos autores com dados da Conab (2011) 7

8 Por meio das informações analisadas nos gráficos sobre as séries históricas (período da safra 1999/2000 até a estimativa 2010/2011), pode-se verificar que o panorama é positivo para o Brasil se tornar uma grande potência na produção de grãos, mas, para que esse quadro se confirme, é necessário também que o país consiga suprir suas carências na infraestrutura logística, de maneira a acompanhar o ritmo da produção. 2. MATERIAL E MÉTODOS O cálculo do coeficiente da armazenagem em relação à produção foi feito através da relação entre a capacidade estática dos armazéns pela produção de grãos das regiões brasileiras. Para avaliar a evolução da capacidade de armazenagem das regiões, foi calculada também a taxa de crescimento para as mesmas, considerando a taxa geométrica. O período de análise foi entre os anos de 2000 e Os resultados são apresentados em figuras e tabelas. As informações básicas têm origem em dados da Conab e IBGE. Essas informações contêm séries históricas de produção além de apresentar a capacidade estática dos armazéns distribuídos no país. 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO Com o levantamento da produção e capacidade estática de armazenagem, nos principais estados produtores brasileiros, notou-se a existência de regiões mais carentes de espaço armazenador. Essa constatação já nos permite considerar que a infraestrutura de armazenagem do Brasil não tem acompanhado o ritmo de crescimento da produção agrícola e é importante identificar as regiões críticas para melhor adequação e expansão da rede de armazenagem. Considerando os valores publicados pela Conab (2011), referentes à capacidade estática dos armazéns para grãos (soja, feijão, milho, arroz, cevada, algodão, canola, centeio, amendoim, aveia, girassol, mamona, sorgo, trigo e triticale), podese realizar uma avaliação da relação entre capacidade estática dos armazéns e a produção agrícola, no período de 2000 a 2009 (Figura 4). Nota-se que a produção, no geral, foi maior em relação à capacidade estática. No entanto, em períodos anteriores, como os anos 1999/2000, a capacidade estática era maior, ou seja, os armazéns supriam a necessidade de estocagem, panorama esse que se modificou ao longo dos anos. Os dados, dessa mesma fonte, também possibilitam apontar que, em termos regionais, a maior capacidade de armazenagem é alcançada pela região Sul, seguida da região Centro-Oeste. O cálculo do coeficiente de armazenagem foi obtido através da relação entre a capacidade estática dos armazéns e a produção de grãos das regiões brasileiras ao longo do período de 2000 a Esse coeficiente mostra o percentual da produção que seria possível armazenar em cada região, desconsiderando a 8

9 capacidade dinâmica dos armazéns existentes. Para avaliar a evolução da capacidade de armazenagem das regiões, foi calculada também a taxa geométrica anual de crescimento para as mesmas, para o mesmo período avaliado (2000 a 2009), conforme anotado na Tabela 1. milhões de t Produção Capacidade estática Figura 4. Comparação entre capacidade estática de armazenagem e produção de grãos, Brasil, 2000 a Fonte: elaborado pelos autores com dados da Conab (2011) Nota-se que, conforme dados apresentados na Tabela 1, que a região Norte apresentou, em 2008/09, menor coeficiente de armazenamento, ou seja, de toda produção de grãos que essa região produz apenas 60,67% em média pode ser armazenado de uma única vez, gerando um déficit potencial de armazenamento de quase 40%. No entanto, convém lembrar que aquela região participou com menos de 3% da produção nacional de grãos na safra considerada. Por outro lado, a região Sudeste, possui a maior folga (122%), ou seja, essa região consegue armazenar toda a sua produção e ainda sobra espaço. Observa-se ainda que, apesar de a região Sudeste apresentar o maior coeficiente de armazenagem, não houve crescimento no período analisado, uma vez que o valor obtido através do calculo da média geométrica foi negativo, ou seja, ao longo de 10 anos o crescimento da região sudeste foi negativo ( 1,96% ao ano). Esse resultado demonstra que em um curto período de tempo, a região Sudeste não conseguirá suprir a demanda na armazenagem de grãos se mantiver esse ritmo de crescimento negativo da disponibilidade de armazenagem em relação à produção. 9

10 Tabela 1. Fração da produção total de grãos atendida pela capacidade estática de armazenagem, por região do Brasil, 2000 a Região geral média Norte 0,62 0,65 0,62 0,54 0,59 0,51 0,64 0,64 0,68 0,58-6,89-0,79 Nordeste 0,56 0,71 0,63 0,48 0,59 0,57 0,70 0,71 0,64 0,57 1,68 0,19 Centro-Oeste 1,07 0,98 0,93 0,81 0,80 0,79 1,02 0,97 0,89 0,93-13,23-1,56 Sudeste 1,34 1,17 1,09 0,95 0,97 1,00 1,26 1,25 1,22 1,22-9,16-1,06 Sul 1,09 0,80 0,93 0,72 0,89 1,18 0,97 0,88 0,91 0,96-12,60-1,49 Brasil 1,06 0,89 0,93 0,76 0,84 0,93 1,00 0,94 0,91 0,93-11,71-1,37 Obs. geral: variação total no período, em %; média: média geométrica anual (%). Fonte: elaborado pelos autores com dados da Conab (2011) A região Nordeste, que também apresentou um baixo coeficiente de armazenagem (57%), mostrou um crescimento positivo, sendo a única região analisada em que se verificou tal comportamento. Esse resultado demonstra que futuramente, se a região mantiver o crescimento positivo e com valores mais expressivos, provavelmente irá conseguir suprir a demanda de capacidade de armazenagem de grãos. Vale ressaltar que tanto a região Norte, como a Nordeste, são áreas de expansão, cuja produção de grãos vem se destacando nos últimos anos. Neste trabalho considerou-se apenas a capacidade estática de armazenamento cadastrada na Conab. A situação talvez seja algo mais confortável do que o quadro exposto se lembrado que o milho é colhido em duas safras, sendo na primeira colhido 58% e, na segunda, 42%, de acordo com a estimativa da Conab (2011). Embora menos representativos na produção nacional de grãos, o amendoim também é colhido em duas safras e o feijão, em três. Se forem considerados, segundo Abiove (2012), que entre 35% e 40% da soja é retirada do mercado, via processamento industrial e exportação de grãos nos meses de fevereiro a maio, antes, portanto, da entrada no mercado da produção de milho safrinha (junho-julho), poderia se ter menor pressão na demanda potencial por capacidade de armazenagem. Uma outra questão que não foi tratada neste estudo foi a localização dos armazéns em relação aos principais pontos de consumo interno e de escoamento de exportações, o que poderá, eventualmente, despertar a atenção para outras pesquisas. Além disso, sugere-se pesquisas mais abrangentes sobre capacidade de armazéns efetivamente ocupada, com quais produtos, em que períodos e qual a rotatividade das cargas nos armazéns. 4. CONCLUSÃO O presente trabalho teve como objetivo realizar um levantamento histórico da produção de grãos no Brasil e da capacidade estática dos armazéns, com a finalidade de verificar se as regiões brasileiras estão preparadas para atender a demanda por armazenagem de grãos produzidos. Utilizou se como referência para capacidade estática de armazenagem os dados disponíveis na Conab (2011) sobre armazéns cadastrados. 10

11 Foi calculado também o coeficiente de armazenagem das regiões brasileiras e sua média geométrica, para avaliar a taxa de crescimento deste coeficiente. De acordo com os dados apresentados, pode-se concluir que para o Brasil se tornar uma grande potência na produção de alimentos frente a outros países, deve investir em infraestrutura de armazenagem, a fim de aumentar a capacidade estática de armazenamento, pois como apresentado nos resultados, a única região que apresentou crescimento ao longo de 10 anos foi à região Nordeste, mesmo assim, esse crescimento não foi significativo. Também se deve destacar que o sistema logístico nacional merece investimentos como um todo, ou seja, em estradas, aeroportos, portos. Conclui-se, ainda, que a evolução da capacidade estática dos armazéns, no período considerado, não tem acompanhado o crescimento da produção, o que acarretará em futuras perdas ao longo de todo o sistema relacionadas ao produtor chegando até ao consumidor final. Em termos gerais, os investimentos na infraestrutura de armazenagem não foram proporcionais ao crescimento e ao potencial agrícola brasileiro. Notou-se um déficit na armazenagem, sendo que somente a região Sudeste apresentou capacidade estática superior a sua produção, o que não quer dizer que a situação seja adequada uma vez que, observamos o crescimento negativo da mesma ao longo de 10 anos, contrapondo com o aumento na produção. Pode-se apontar ainda, que as maiores necessidades de expansão estão concentradas nas regiões em que o processo produtivo está tomando forma mais recentemente, como as regiões Norte e Nordeste. Também é necessário o monitoramento da situação da armazenagem no Brasil, uma vez que esse levantamento poderá auxiliar o crescimento da produção agrícola, garantindo qualidade aos produtos armazenados, e um preço melhor para o produtor que terá a oportunidade de vender seus produtos na época de alta dos preços, além de reduzir custos com transporte, garantindo melhores condições de comercialização. Ressalta-se que há necessidade também da modernização das estruturas de armazenagens já existentes com a finalidade de aumentar a capacidade de armazenamento. Como no caso da região Sudeste que possui estrutura de armazenagens suficientes para atender a demanda de grãos, porém essa estrutura não está acompanhando o ritmo de crescimento da produção de grãos. Dessa forma torna-se necessário e imprescindível, investimentos no setor, para que o país consiga acompanhar o ritmo crescente na produção de grãos e ocupar assim, uma posição de destaque na produção de alimentos frente a outros países. Como ilustração, registre-se que os armazéns oficiais, gerenciados pela Conab, nas modalidades convencional, graneleiro e silo, representam apenas cerca de 1,7% da capacidade estática total cadastrada, o que mostra que o armazenamento de grãos vem sendo providenciado quase que exclusivamente pela iniciativa privada. Finalizando, deve-se ressaltar que este trabalho ateve-se apenas à capacidade 11

12 estática dos armazéns cadastrados na Conab vis a vis a produção total anual de grãos registrada pela mesma entidade. Desta forma, não foram considerados o uso efetivo dos armazéns (rotatividade das cargas) nem a redução da demanda total pela não coincidência no tempo das colheitas, por exemplo, de soja e milho safrinha, dois dos produtos que mais demandam capacidade potencial de armazenagem. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ABIOVE. Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais. Acesso em: 20/03/2012. ALVES, M. R. P. A. Logística agroindustrial. In: BATALHA, M. O. Gestão Agroindustrial. São Paulo: Atlas, AMARAL, D. Capacidade de armazenamento da safra brasileira está abaixo do nível de segurança. Disponível em: < Acesso em: 02 Nov BALLOU, R. H. Logística Empresarial, Transporte, Administração de Materiais e Distribuição Física. São Paulo: Atlas BOWERSOX, D. J; CLOSS, D. J. Logística empresarial: o processo de integração da cadeia de suprimento. Disponível em: < Acesso em: 24 out COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECIMENTO (CONAB). Armazenagem Agrícola no Brasil. Disponível em: < >. Acesso em 20 out D Arce, R. B. M. Pós Colheita e Armazenamento de Grãos. Disponível em: < Acesso em: 20 set EMBRAPA, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Conferência aborda escoamento de safra. Disponível em: < /noticia.2006Conferência%20aborda%20escoamento%20de%20safra >.Acesso em: 02/Nov/2011. FERRARI, R. Utilização de modelos matemáticos de otimização para a identificação de locais para a instalação de unidades armazenadoras de soja no estado do Mato Grosso. Dissertação. Esalq/USP IBGE, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em: < >. Acesso em: 21 set LIMA, Maurício Pimenta. Custos Logísticos Uma visão gerencial. Disponível em: < eco.unne.edu.ar/contabilidad/costos/viiicongreso/005.doc>. Acesso em: 21 12

13 set LORINE, I.; MIIKE. L. H. & SCUSSEL, V. M. Armazenagem de Grãos. Armazéns em Unidades Centrais de Armazenamento. Campinas - São Paulo MAPA Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Grãos. Disponível em < 162-milhoes-de-toneladas>. Acesso em 19 set NOVAES, A. G. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos. Rio de Janeiro: Editora Campus PUZZI, D. Conservação de Grãos Armazenados. São Paulo: Editora Agronômica geres, PUZZI, D. Abastecimento de Armazenamento de Grãos. Campinas: instituto Campineiro de Estudos Agrícolas,

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