Aspectos da tolerância à corrupção no Brasil

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1 Aspectos da tolerância à corrupção no Brasil Rodrigo Alonso Vásquez Introdução: A democracia moderna do ponto de vista teórico exige que os atores políticos se comportem e ajam tendo como referência um conjunto de normas e procedimentos democráticos. A cultura, as instituições, as normas e as leis cumprem um papel fundamental no sentido de orientar as ações dos indivíduos e de concretizar os princípios básicos do regime democrático, sobretudo, os de garantir a participação política dos cidadãos considerados aptos no processo de tomada de decisões e o de controlar as ações dos governantes pelos governados. Evidentemente, a questão da participação envolve outros pontos importantes como o sufrágio universal, que permite a igualdade política de participação dos cidadãos, e também, principalmente a existência efetiva dos direitos civis e políticos que consenti aos cidadãos manifestarem, contestarem e expressarem suas idéias políticas, participarem das questões públicas, se organizarem e competirem de forma pacífica pelo poder político. Por sua vez, a questão do controle remete a outros pontos também importantes como a qualidade e efetividade das leis, mecanismos de controle - accountability vertical e horizontal e de transparência das ações dos governantes, e a existência de instituições que garantam a distribuição de poder político e atendam as demandas dos cidadãos, transformando-as em políticas públicas (Bobbio, 1986; Dahl, 1997; Diamond e Morlino, 2004; Moises, 2005). Portanto, diferentemente de outros regimes políticos, a democracia moderna se centra também na responsavidade e na transparência dos atos dos governos e dos políticos. Neste sentido, o fenômeno da corrupção política e a sua tolerância, sem dúvida se tornam um grave problema para os regimes democráticos, pois rompem diretamente com seus princípios mais básicos. A má administração pública ou a ineficiência dos governos e das instituições políticas, em razão da corrupção, provocam por parte dos cidadãos o sentimento de desconfiança e de descrédito com relação a elas. Por sua vez, a falta de confiança no governo e em suas instituições políticas facilitaria a corrupção (Della Porta, 1

2 2000). Assim, tendo em vista os recentes estudos sobre o tema e fundamentado nos dados provenientes do Survey A desconfiança dos cidadãos nas instituições democráticas 1, o presente texto irá analisar se fatores políticos como a confiança nas instituições, confiança interpessoal, desempenho do Governo e o respeito ao primado da lei, por parte dos cidadãos são relevantes para a tolerância a determinadas atividades de corrupção. Juntamente com esta análise, também busco analisar se os fatores socioeconômicos como renda, grau de instrução, faixa etária e sexo estão ou não também relacionados com a questão da tolerância dos cidadãos brasileiros às atividades de corrupção. As dificuldades do estudo sobre Corrupção: Embora seja um fenômeno antigo e presente em muitos textos históricos, a corrupção e a sua tolerância pelos cidadãos só se tornaram efetivamente objeto de estudo da Ciência Política nos últimos 30 anos. Atualmente, a preocupação com a corrupção ganhou espaço nas agendas políticas dos governos e instituições internacionais. Discute-se como diminuir a incidência do problema, as suas conseqüências e os custos sociais, econômicos e políticos, e, quais são os fatores relacionados à sua ocorrência. Ainda que o debate tenha aumentado, como se pode notar através da quantidade de notícias e comentários feitos por jornalistas, acadêmicos e políticos, seu estudo empírico e qualitativo não aumentou na mesma proporção e continua sendo uma tarefa difícil. O estudo da corrupção é difícil, pois a sua mensuração e seus efeitos não são claros nem evidentes. Várias tentativas foram feitas no intuito de quantificar o fenômeno, com destaque para três: (1) o número de denúncias divulgadas pela mídia; (2) o número de prisões e punições contabilizadas pelos órgãos judiciários; e (3) os dados obtidos através as pesquisas de opinião publica a cerca do tema. Evidentemente, todas estas tentativas apresentam problemas, no entanto, o uso destas três formas, sobretudo, da terceira se revelou como bom indicador de corrupção. Os problemas em relação à primeira tentativa se devem principalmente ao fato de que as denúncias estão mais presentes nos jornais escritos 1 O Survey A desconfiança dos cidadãos nas instituições democráticas foi desenvolvido pelo projeto temático com o mesmo nome e contou com o financiamento da Fapesp (processo 04/ ). O Survey foi realizado ao nível nacional em Junho de 2006 e ao todo foram feitas 2004 entrevistas. 2

3 e televisivos, e estes dependem da linha editorial e do grau de liberdade da imprensa do país. Já o segundo indicador apresenta como problemas o fato que os seus dados se baseiam unicamente nos registros oficiais que são fornecidos pelas instituições de investigação e de punição, como a Polícia, o Ministério Público e os Tribunais de Justiça. No entanto, a corrupção é uma atividade ilegal que necessariamente requer investigação, e muitas vezes, o número de investigações não condiz com o número real de denúncias. Apenas se toma conhecimento destas quando alguém as faz o que nem sempre ocorre - assim, o que ocorre é que muitas vezes o número de registros dos casos não são reais, ou porque não se investigaram ou porque não houve denúncias, independentemente da corrupção realmente existir ou não. As críticas ao terceiro indicador são poucas e se dirigem à dificuldade em definir e trabalhar com os dados obtidos, e à metodologia utilizada na própria pesquisa (Speck, 2000; Seligson 2002). Contudo, ao longo dos anos, os esforços em desenvolver técnicas de pesquisas eficientes para o estudo e a mensuração do fenômeno, como os Surveys que conseguem trabalhar com dados individuais, têm apresentado resultados significativos. As pesquisas de opinião pública sobre o tema da corrupção têm trabalhando com as percepções e as experiências individuais dos cidadãos em diversos países, principalmente nos democráticos. Elas demonstraram ser mais eficientes e seguras que os demais indicadores e por isso seu uso tem crescido nos últimos anos por isto também ela é utilizada neste presente estudo. Outros indicadores trabalhados na tentativa de mensuração do fenômeno da corrupção são os índices CPI (Corruption Perceptions Index) e WBI (World Bank Institute) desenvolvidos respectivamente pela ONG Transparência Internacional e pelo Banco Mundial. Embora de maneira geral apresentem diferenças metodológicas, ambos indicadores trabalham com a percepção da corrupção e são produzidos por empresas de consultoria que avaliam os países como um todo, e trabalham, com dados referentes à corrupção de maneira geral e não com aspectos específicos desta. Todavia, as amostras não são nacionais e se restringem a determinados setores profissionais da sociedade, como empresários, jornalistas e funcionários públicos. Contudo, o intuito de ambos é desenvolver um indicador capaz de mensurar a corrupção em diferentes países de forma comparativa e longitudinal (Speck, 2000; Seligson, 2002; Power e Gonzáles, 2003). Entretanto, as críticas a estes indicadores são atribuídas a valorização que estes dão à subjetividade da percepção 3

4 e ao curto alcance das amostras, limitadas a percepção de alguns setores profissionais da sociedade. Todavia, a dificuldade do estudo não se está apenas no campo técnico da pesquisa, mas também no teórico, principalmente com o problema da definição do conceito de corrupção. Em grande medida, o número de estudos empíricos sobre o tema é reduzido e recente, mesmo a definição do conceito não é consensual embora a maioria dos estudiosos aceite a corrupção como o uso de bens públicos para fins privados (Speck, 2000; Seligson, 2001 e 2002; Warren, 2004). Os primeiros estudos políticos realizados demonstraram que há diferenças entre a norma escrita da lei e a sua inserção e compreensão na realidade social, nem sempre a norma é reconhecida pelos cidadãos e desta forma, não é obedecida; outras vezes, o significado do conceito pode vir a variar conforme a época e a cultura do país sendo amenizado ou agravado (Speck, 2000; Power e Gonzáles, 2003; Warren, 2004). O impacto da corrupção para a democracia: Inicialmente o estudo da corrupção se limitou ao enfoque unicamente econômico do fenômeno. A preocupação consistia em analisar os custos que a corrupção trazia para a economia do país como um todo, procurava-se compreender como tal fenômeno poderia influenciar no número de investimentos e de negócios, no crescimento econômico, no aumento dos custos e na piora de qualidade dos serviços. Nos dias de hoje, a corrupção deixou de ser uma preocupação exclusiva dos economistas e passou a ser também, objeto de estudo da Ciência Política (Speck, 2000; Seligson, 2001; Power e Gonzáles, 2003). Os principais estudos políticos sobre a corrupção podem ser divididos em duas vertentes teóricas muito distintas. A primeira ficou conhecida como a escola funcionalista, pois para esta a corrupção cumpria uma função política específica na sociedade. A segunda vertente conhecida como realista compreendia o fenômeno de uma forma não funcional e estudava seus efeitos políticos. A diferença fundamental destas duas concepções está na compreensão que fazem da corrupção, para a primeira tal fenômeno tem um papel positivo e se restringe aos países subdesenvolvidos, principalmente os com regimes autoritários. Os aspectos positivos ressaltados - cujo autor eminente foi Samuel Huntington - são que a 4

5 corrupção em regimes autoritários ou recentemente democráticos, traz benefícios concretos a grupos marginalizados da sociedade, uma vez que favorece a sua integração e garante a estes o acesso a recursos públicos até então distantes, e, todavia, estabelece vínculos entre corruptor e corrupto, ou entre as elites e os demais cidadãos frente às ações do Estado autoritário (Seligson, 2001 e 2002; Power e Gonzáles, 2003). Já para a escola realista, a corrupção não tem nenhum aspecto positivo, muito pelo contrário, e a universaliza a todos os países, independentemente do tipo de regime político e do desenvolvimento econômico. Além dos problemas econômicos acima apontados, reconhece que a corrupção exerce influência à baixa legitimidade, à baixa satisfação e à baixa confiança política e interpessoal dos cidadãos em relação ao sistema político como um todo. Para Donnatella della Porta e Alberto Vannucci (1999) a corrupção seria a causa e conseqüência da baixa performance e legitimidade 2 do governo, reduzindo desta forma, a confiança dos cidadãos nas instituições 3, no governo e na capacidade deste em atender e a solucionar as demandas e os problemas do país. A incapacidade em atender e solucionar estas demandas poderia levar aos cidadãos buscarem outros meios, não convencionais e democráticos, de realizar seus interesses. Além disto, a corrupção também teria um efeito negativo na capacidade associativa e participativa dos cidadãos, pois minaria a confiança destes nos meios democráticos de tomada de decisões coletivas e entre os próprios indivíduos. Neste cenário, a corrupção política favoreceria a desconfiança nas instituições políticas pelos cidadãos, e esta por sua vez, alimentaria a corrupção. A desconfiança dos cidadãos levaria a uma baixa expectativa em relação à eficiência e imparcialidade das ações do governo e dos políticos, o que favoreceria a ocorrência de corrupção (Della Porta, 2000). Para Seligson (2002) estes efeitos políticos negativos não são tão evidentes e somente através de estudos empíricos baseados em Surveys, que consigam trabalhar o 2 Segundo alguns autores, a legitimidade de um sistema democrático esta intimamente relacionada com a capacidade dos governos democráticos de se mostrarem aptos a responderem as principais necessidades e anseios do povo que representa (Norris, 1999; Moisés 2005; Power e Jamison, 2005). 3 No regime democrático moderno as instituições são orientadas segundo um viés ético e nor mativo de funcionamento. As instituições deveriam demonstrar, de maneira transparente, o universalismo, a imparcialidade, a justeza e a probidade de suas ações, assegurando que os interesses dos diferentes atores sejam levados em conta. A desconfiança pode significar uma atitude crítica dos cidadãos perante a ineficiência, a corrupção, a fraude ou qualquer outra forma de às instituições comportamento contrário ao ideal para a qual foram elaboradas (Dalton, 1999; Norris, 1999; Della Porta e Vannucci, 1999; Speck, 2000; Seligson, 2002; estas Warren, 2004 ; Moises, 2005 ). O fenômeno da desconfiança política com relação às instituições é um fenômeno relacional e multidimensional entre cidadãos e instituições, é uma forma de comportamento, de percepção dos primeiros, fruto de suas experiências e orientações subjetivas em relação às instituições. 5

6 aspecto individual dos cidadãos, pode-se comprová-los. O estudo realizado pelo autor na Nicarágua, Bolívia, Guatemala e El Salvador, comprovou a hipótese de que a experiência da corrupção realmente interfere na legitimidade do regime político e na confiança interpessoal. Altos índices de corrupção estão relacionados com baixos índices de legitimidade do sistema político e de confiança interpessoal. Todavia, segundo Mark Warren (2004) a corrupção causa inúmeros problemas à democracia, pois ela rompe com o pressuposto fundamental do regime democrático da participação, exatamente por restringi-lo e torná-lo excludente. A corrupção precisamente reduz a influência da população no processo de tomada de decisões, seja por fraudes nos processos decisórios, como nas eleições, seja pela desconfiança e suspeita que ela gera entre os próprios cidadãos reduzindo a capacidade associativa dos mesmos - e com relação ao governo e as instituições democráticas. A corrupção reduz também a força da publicidade e da transparência das ações dos governantes e do governo, uma vez que reduz os órgãos públicos em instrumentos de ganho privado. Ela também gera ineficiência nos serviços públicos, pois modifica o sentido dos mesmos a um meio de obter ganhos, os direitos se tornam favores e privilégios daqueles cidadãos que podem pagar o custo. Em outras palavras, a ineficiência ou a indiferença, por parte das instituições, com relação às demandas sociais e as percepções, por parte dos cidadãos, de corrupção, de fraudes ou de desrespeito de direitos, geram nestes, sentimentos de suspeição, desconfiança, descrédito e desesperança em relação às instituições e as demais estruturas que organizam e regulam a vida social (Moises, 2005; Norris, 1999). Portanto, a corrupção alimenta formas de agir e de comportamento muito distintas ao conjunto de normas e procedimentos democráticos, minando desta forma a cultura democrática (Della Porta, 2000; Seligon, 2002; Warren 2004). Frente a estes dados que tornam evidentes as conseqüências negativas da corrupção para o regime democrático, o estudo da corrupção no caso da democracia brasileira se torna muito relevante já que é um problema sempre presente. O regime democrático brasileiro desfruta de certo período de estabilidade e de fortalecimento de suas instituições. As instituições políticas brasileiras têm funcionado com uma relativa harmonia e normalidade dando claro indício de consolidação e de força. As eleições são livres e periódicas e há uma significativa participação eleitoral por parte dos cidadãos como nunca fora visto 6

7 anteriormente. E mesmo quando passando por momentos de crise e por constantes escândalos de corrupção, ações arbitrárias e autoritárias, comuns a outros períodos da história política brasileira por parte de alguns atores políticos, não se efetivaram no presente. Um dos aspectos importantes, que contribuiu para o atual quadro do regime político brasileiro, é que desde 1985 a maioria quase absoluta dos atores políticos se comporta tendo como referência o conjunto de normas e procedimentos democráticos (Kinzo, 2004; Moises, 2005; Power e Jamison, 2005). No entanto, de maneira geral, a democracia brasileira é marcada por um sentimento de insatisfação, descrédito e desconfiança, por parte dos cidadãos, às instituições políticas e ao Governo (Moisés, 1995 e 2005, Power e Jamison, 2005). Os constantes escândalos de corrupção envolvendo o Congresso Nacional, partidos políticos e políticos, e as crises provocadas pelas investigações e pela paralisia que estas provocam no Congresso através das CPIs, podem comprometer a confiança por parte dos cidadãos com relação às instituições, sobretudo a aquelas instituições envolvidas. É valido ressaltar que este cenário compromete o desempenho geral das instituições, pois desvia o enfoque e recursos humanos e econômicos destas para outras atividades para as quais não são originalmente designadas a fazer (Moisés, 2005; Power e Jamison, 2005). Tendo este cenário como pano de fundo, o presente texto busca comprovar empiricamente, a partir dos dados do Survey A desconfiança dos cidadãos nas instituições democráticas, se os fatores socioeconômicos, como baixo grau de escolaridade e baixo nível de renda, e se fatores políticos como a confiança nas instituições e interpessoal, o respeito ao primado da lei e o desempenho do governo influenciam e são relevantes para se compreender a tolerância a determinadas atividades de corrupção. Análise dos resultados: As questões do Survey A desconfiança dos cidadãos nas instituições democráticas escolhidas para serem tratadas neste artigo podem ser divididas em dois grupos: o primeiro são questões socioeconômicas como sexo, grau de escolaridade, faixa de renda mensal familiar e faixa etária; e o segundo são questões políticas, sobre confiança institucional e 7

8 interpessoal, desempenho do governo e primazia da lei. Ambos conjuntos de questões são trabalhados como variáveis independentes, que procurarão explicar a variável dependente da tolerância à corrupção, que também é trabalhada no mesmo Survey. Esta última consiste na percepção que o cidadão brasileiro faz de si mesmo numa situação hipotética de ocupar um cargo político. Ela aborda o aspecto da tolerância a três específicas práticas de corrupção 4, por isto ela é utilizada como a variável dependente em todos os testes. Inicialmente, através da análise da freqüência simples, esta questão já traz dados relevantes. Na primeira situação colocada na questão, mudar de partido em troca de dinheiro ou cargo/ emprego para familiares/ pessoas conhecidas (Tabela 1,0), há uma porcentagem significativa de respostas sempre (5,1%), algumas vezes (8,1%), e só se não tivesse outro jeito (22,5%). Somadas as duas primeiras porcentagens se chega a 13,2%, se somarmos as três teremos 35,7%, sem dúvida nenhuma, uma porcentagem muito significativa - se levarmos em conta que o Survey trata de uma situação hipotética e relativamente distante da maioria dos cidadãos e muito preocupante! Todavia, se considerarmos unicamente a resposta Não faria de jeito nenhum, a rejeição completa, teríamos 63,1%, ou seja, mais de um terço dos entrevistados são propícios a cometerem práticas de corrupção. Todos estes valores acima são próximos aos valores das demais situações apresentadas na questão, Superfaturar obras públicas e desviar dinheiro para o patrimônio pessoal/ familiar do político (Tabela 1.1) e Usar Caixa 2 em campanhas eleitorais (Tabela 1.2), sobretudo com esta última. A segunda situação que envolve a superfaturação e desvio de dinheiro é que apresenta porcentagens mais altas de rejeição, porém ainda são valores altos. Tabela 1.0 Freqüência: Mudaria de partido em troca de dinheiro ou cargo/ emprego para familiares/ pessoas conhecidas (percepção sobre si mesmo) 4 E se o(a) sr(a) estivesse no lugar de um político, o(a) sr(a) faria isso sempre que tivesse oportunidade, faria algumas vezes outras não, faria só se não tivesse outro jeito, ou não faria de jeito nenhum? (A) Mudar de partido em troca de dinheiro ou cargo/ emprego para familiares/ pessoas conhecidas. (B) Superfaturar obras públicas e desviar dinheiro para o patrimônio pessoal/ familiar do político. (C) Usar Caixa 2 em campanhas eleitorais. 8

9 Valid Missing Total Sempre Algumas vezes Só se não tivesse outro jeito Não faria de jeito nenhum Total System Cumulative Frequency Percent Valid Percent Percent 102 5,1 5,2 5, ,1 8,2 13, ,5 22,8 36, ,1 63,8 100, ,8 100,0 24 1, ,0 Tabela 1.1 Freqüência: Superfaturar obras públicas e desviar o dinheiro para o patrimônio pessoal/ familiar do político (percepção sobre si mesmo) Valid Missing Total Sempre Algumas vezes Só se não tivesse outro jeito Não faria de jeito nenhum Total System Cumulative Frequency Percent Valid Percent Percent 62 3,1 3,1 3, ,5 5,6 8, ,4 15,6 24, ,9 75,7 100, ,9 100,0 23 1, ,0 Tabela 1.2 Freqüência: Usar caixa 2 em campanhas eleitorais e confiança nas instituições (percepção sobre si mesmo) Valid Missing Total Sempre Algumas vezes Só se não tivesse outro jeito Não faria de jeito nenhum Total System Cumulative Frequency Percent Valid Percent Percent 81 4,0 4,1 4, ,3 6,5 10, ,4 19,7 30, ,4 69,7 100, ,2 100,0 37 1, ,0 Ao realizar os primeiros testes de correlação entre as variáveis socioeconômicas (independentes) e a tolerância a corrupção (dependente), foram utilizados dois tipos de testes conforme a natureza da variável. Com relação à variável nominal independente 9

10 sexo foi feito o teste de Coeficiente de Contingência 5, nas demais variáveis por se tratarem de variáveis ordinais se utilizou os testes Gamma e Kendall s tau-b. A variável sexo apresentou significância nos três casos como se pode ver na Tabela os valores se mostraram menores que o valor de significância de 0,05. Porém, a correlação entre as variáveis se mostrou fraca, os valores foram respectivamente 0,078, 0,071 e 0,113. Isto significa que a variável testada tem uma correlação muito fraca com a tolerância à corrupção da questão, ou seja, que ela é pouco explicativa para o que se propôs. Tabela 2.0 Correlação: Mudar de partido em troca de dinheiro ou cargo/ emprego para familiares/ pessoas conhecidas; Superfaturar obras públicas e desviar o dinheiro para o patrimônio pessoal/ familiar do político; Usar caixa 2 em campanhas eleitorais e sexo Situação Coeficiente de Approx. Sig Contigência 1) Mudaria de partido em troca de dinheiro ou cargo/ 0,078 0,007 emprego para familiares/ pessoas conhecidas 2) Superfaturar obras públicas e desviar o dinheiro para o 0,071 0,019 patrimônio pessoal/ familiar do político 3) Usar caixa 2 em campanhas eleitorais 0,113 0,000 Com relação às demais variáveis socioeconômicas, que são ordinais, fizeram-se um procedimento estatístico parecido, desta vez o teste empreendido foi o Gamma 6 e Kendall s tau-b 7. A variável independente grau de instrução quando testada com a questão da tolerância à corrupção, mostrou-se em duas situações, destacadas em cinza, (Tabela 3.0) ser significante. No entanto, a correlação mais uma vez foi fraca os valores foram respectivamente Gamma 0,087 e 0,083; Kendall s tau-b -0,058 e -0,052 (o sinal negativo indica que as variáveis têm uma relação indireta, quanto maior uma menor será a 5 Este teste tem como objetivo testar a correlação da variável independente com a variável dependente, sua escala vai de 0 a 1, sendo que quanto mais próximo de um melhor a correlação. Seu uso é recomendado quando se tem pelo menos uma variável nominal. Para o caso das ciências sociais, valores superiores a 0,15 indicam uma correlação regular e valores entre 0,2 e 0,3 indicam uma correlação forte. 6 A escala deste teste vai de 1 a +1, quanto mais perto dos extremos mais forte é a correlação entre as variáveis, quanto mais próximo de zero mais fraca é a mesma. Porém, no caso das ciências sociais, valores superiores a 0,15 indicam uma correlação regular e valores entre 0,2 e 0,3 indicam uma correlação forte. 7 Os valores deste teste são os mesmos do que do teste Gamma. 10

11 outra, no caso quanto maior a escolaridade menor a tolerância a corrupção). Na segunda situação as variáveis nem sequer apresentaram valor de significância, o que significa não haver nenhuma correlação entre as variáveis. De maneira geral, pode-se afirmar que a variável grau de instrução apresenta uma baixíssima relação com a tolerância à corrupção, mesmo quando apresenta valor de significância. Tabela 3.0 Correlação: Mudar de partido em troca de dinheiro ou cargo/ emprego para familiares/ pessoas conhecidas; Superfaturar obras públicas e desviar o dinheiro para o patrimônio pessoal/ familiar do político; Usar caixa 2 em campanhas eleitorais e grau de instrução Situação Gamma Kendall s tau-b Approx. Sig 1)Mudaria de partido em troca de dinheiro -0,087-0,058 0,001 ou cargo/ emprego para familiares/ pessoas conhecidas 2) Superfaturar obras públicas e desviar o -0,045-0,027 0,141 dinheiro para o patrimônio pessoal/ familiar do político 3) Usar caixa 2 em campanhas eleitorais -0,083-0,052 0,004 Por sua vez, a variável independente faixa de renda mensal familiar, obteve resultados ainda menos expressivos. Em nenhuma das situações os testes indicaram valor de significância entre as variáveis (Tabela 4.0), deixando claro que as variáveis não tem relação nenhuma. Tabela 4.0 Correlação: Mudar de partido em troca de dinheiro ou cargo/ emprego para familiares/ pessoas conhecidas; Superfaturar obras públicas e desviar o dinheiro para o patrimônio pessoal/ familiar do político; Usar caixa 2 em campanhas eleitorais e faixa de renda mensal familiar Situação Gamma Kendall s tau-b Approx. Sig 1)Mudaria de partido em troca de dinheiro ou cargo/ emprego para familiares/ pessoas conhecidas 0,017 0,011 0,589 11

12 2) Superfaturar obras públicas e desviar o 0,043 0,024 0,231 dinheiro para o patrimônio pessoal/ familiar do político 3) Usar caixa 2 em campanhas eleitorais -0,007-0,004 0,840 Por fim, a última variável socioeconômica testada foi a da faixa etária, esta em todas as situações apresentou significância e diferentemente das demais variáveis socioeconômicas, apresentou também uma correlação forte na primeira situação, e regular nas demais, respectivamente os valores de Gamma foram 0,212, 0,161 e 0,178 (Tabela 5.0). Isto significa que as duas variáveis testadas estão associadas e que a faixa etária apresenta uma significativa relação com a questão da tolerância à corrupção. Em comparação com as demais variáveis socioeconômicas, somente entre aquelas que apresentaram significância, há uma considerável diferença entre os valores Gamma - os valores com o teste Kendall s tau-b também foram mais altos em comparação aos valores das demais variáveis socioeconômicas, embora, sempre mais baixos comparativamente com os valores Gamma. Desta forma, pode-se afirmar que a única variável socioeconômica com uma correlação de regular para forte (estatisticamente relevante) foi a faixa etária. Tabela 5.0 Correlação: Mudar de partido em troca de dinheiro ou cargo/ emprego para familiares/ pessoas conhecidas; Superfaturar obras públicas e desviar o dinheiro para o patrimônio pessoal/ familiar do político; Usar caixa 2 em campanhas eleitorais e faixa etária Situação Gamma Kendall s tau-b Approx. Sig 1)Mudaria de partido em troca de dinheiro 0,212 0,137 0,000 ou cargo/ emprego para familiares/ pessoas conhecidas 2) Superfaturar obras públicas e desviar o 0,161 0,090 0,000 dinheiro para o patrimônio pessoal/ familiar do político 3) Usar caixa 2 em campanhas eleitorais 0,178 0,108 0,000 Através dos testes de correlação, vistos acima, e da análise das freqüências das tabelas de cruzamentos abaixo (tabelas 6.0, 6.1 e 6.2), pode-se afirmar de maneira geral, 12

13 que os indivíduos das duas faixas mais velhas, de 45 a 59 anos e de 60 ou mais são os indivíduos mais intolerantes às ações sugeridas no enunciado da questão. Respectivamente, olhando para a porcentagem dentro da Faixa Etária, são as faixas que menos responderam sempre, algumas vezes, só senão tivesse outro jeito e os que mais responderam não faria de jeito nenhum. Em todas as três tabelas, fica claro também, que entre estas duas faixas a mais velha é a mais intolerante. Com relação às demais faixas etárias as mais novas não são necessariamente as mais tolerantes à questão da tolerância da corrupção. Conforme a situação (Tabelas 6.1 e 6.2), as faixas etárias intermediárias são mais tolerantes que a faixa mais nova, de 16 a 24 anos, a porcentagem de resposta Não faria de jeito nenhum é maior entre a faixa etária mais nova do que na faixa de 25 a 34 anos. Nas três situações a porcentagem de resposta sempre é menor na faixa etária mais nova do que na faixa de 25 a 34 anos. Tabela 6.0 Cruzamento: Mudar de partido em troca de dinheiro ou cargo/ emprego para familiares/ pessoas conhecidas por faixa etária Total Sempre Algumas vezes Só se não tivesse outro jeito Não faria de jeito nenhum % within P5IIC % within P5IIC % within P5IIC % within P5IIC % within P5IIC FAIXA ETÁRIA De 16 a De 25 a De 35 a De 45 a De 60 anos 24 anos 34 anos 44 anos 59 anos ou mais Total ,5% 37,3% 21,6% 12,7% 5,9% 100,0% 5,7% 7,9% 5,4% 3,1% 2,3% 5,2% 1,2% 1,9% 1,1%,7%,3% 5,2% ,2% 25,8% 22,1% 20,9% 3,1% 100,0% 11,4% 8,7% 8,9% 8,0% 1,9% 8,2% 2,3% 2,1% 1,8% 1,7%,3% 8,2% ,3% 24,8% 20,8% 21,7% 7,3% 100,0% 28,1% 23,3% 23,2% 23,2% 12,5% 22,8% 5,8% 5,7% 4,7% 4,9% 1,7% 22,8% ,6% 22,9% 20,1% 22,0% 17,5% 100,0% 54,8% 60,1% 62,6% 65,7% 83,4% 63,8% 11,2% 14,6% 12,8% 14,0% 11,2% 63,8% ,5% 24,3% 20,5% 21,4% 13,4% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 20,5% 24,3% 20,5% 21,4% 13,4% 100,0% 13

14 Tabela 6.1 Cruzamento: Superfaturar obras públicas e desviar dinheiro para patrimônio pessoal/ familiar do político por faixa etária Total Sempre Algumas vezes Só se não tivesse outro jeito Não faria de jeito nenhum % within P5XIIC % within P5XIIC % within P5XIIC % within P5XIIC % within P5XIIC FAIXA ETÁRIA De 16 a De 25 a De 35 a De 45 a De 60 anos 24 anos 34 anos 44 anos 59 anos ou mais Total ,7% 33,9% 25,8% 17,7% 4,8% 100,0% 2,7% 4,4% 4,0% 2,6% 1,1% 3,1%,6% 1,1%,8%,6%,2% 3,1% ,4% 31,8% 22,7% 14,5% 4,5% 100,0% 7,1% 7,3% 6,2% 3,8% 1,9% 5,6% 1,5% 1,8% 1,3%,8%,3% 5,6% ,0% 25,2% 23,6% 19,7% 8,4% 100,0% 17,5% 16,2% 18,1% 14,5% 9,7% 15,6% 3,6% 3,9% 3,7% 3,1% 1,3% 15,6% ,7% 23,2% 19,3% 22,3% 15,5% 100,0% 72,7% 72,2% 71,8% 79,1% 87,3% 75,7% 14,9% 17,6% 14,6% 16,9% 11,8% 75,7% ,5% 24,3% 20,4% 21,3% 13,5% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 20,5% 24,3% 20,4% 21,3% 13,5% 100,0% 14

15 Tabela 6.2 Cruzamento: Usar caixa 2 em campanhas eleitorais por faixa etária Total Sempre Algumas vezes Só se não tivesse outro jeito Não faria de jeito nenhum % within P5IXC. % within P5IXC. % within P5IXC. % within P5IXC. % within P5IXC. FAIXA ETÁRIA De 16 a De 25 a De 35 a De 45 a De 60 anos 24 anos 34 anos 44 anos 59 anos ou mais Total ,3% 35,8% 22,2% 18,5% 6,2% 100,0% 3,5% 6,1% 4,4% 3,6% 1,9% 4,1%,7% 1,5%,9%,8%,3% 4,1% ,3% 30,7% 22,8% 12,6% 5,5% 100,0% 9,0% 8,2% 7,2% 3,8% 2,7% 6,5% 1,8% 2,0% 1,5%,8%,4% 6,5% ,2% 26,8% 21,9% 19,1% 9,0% 100,0% 22,4% 21,8% 21,0% 17,5% 13,5% 19,7% 4,6% 5,3% 4,3% 3,8% 1,8% 19,7% ,1% 22,3% 19,9% 23,1% 15,5% 100,0% 65,2% 64,0% 67,4% 75,1% 81,9% 69,7% 13,3% 15,6% 13,9% 16,1% 10,8% 69,7% ,4% 24,3% 20,6% 21,5% 13,2% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 100,0% 20,4% 24,3% 20,6% 21,5% 13,2% 100,0% Os testes que se seguem abaixo são entre a mesma variável dependente, já utilizada acima de tolerância à corrupção, com as questões políticas sobre confiança institucional e interpessoal, desempenho do governo e primazia da lei. Com relação à variável confiança institucional 8 (Tabela 7.0), pode-se afirmar de maneira geral que mesmo as respostas com significância estatística (destacadas em cinza) possuem uma correlação fraca com a variável da tolerância da corrupção, mesmo no teste Gamma. As respostas que apresentam uma maior correlação são as variáveis Poder Judiciário (-0,143), Congresso Nacional (- 0,130) e Leis do País (-0,131). Isto significa que a confiança nestas instituições, que apresentaram valor de significância, estão relacionadas, ainda que de uma maneira fraca, 8 Vou citar alguns órgãos públicos e particulares e gostaria de saber qual é o grau de confiança que o Sr(a) tem em cada um deles: na igreja; nas forças armadas; no poder judiciário; na polícia; no congresso nacional; nos partidos políticos; na televisão; nos sindicatos; nos empresários; no governo; no presidente; nos bombeiros; nas leis do país. 15

16 com a tolerância à corrupção, os indivíduos que mais confiam nestas são mais intolerantes à situação de corrupção da questão. No caso da tabela 7.1, o cenário é ainda pior, a única variável com uma correlação regular foi a variável Leis do País (-0,133). Já a análise da tabela 7.2, apresentou um maior número de variáveis com correlações, e com correlações mais fortes em relação às duas tabelas anteriores. As variáveis Congresso Nacional (- 0,157) e Leis do País (-0,158) apresentaram uma correlação regular com a variável de tolerância de corrupção. Embora a questão da confiança nas instituições apresente significâncias com a questão da tolerância às situações de corrupção descritas no enunciado da questão, estas são entre fracas e regulares, o que pouco ajuda a explicar o fenômeno estudado. Em outras palavras, isto sugere que o fato de confiar ou não nas instituições tem pouca relação com a tolerância à corrupção. Contudo, um dado que vale a pena ser ressaltado, ainda que de forma breve, é que em todas as três situações da questão da tolerância, a Igreja, o Poder Judiciário, o Congresso Nacional e as Leis no País apresentaram valores de significância; Governo, Partidos Políticos e Policia apresentaram duas vezes, com exceção destas última instituição e da Igreja as demais estão intimamente relacionadas com a política. Tabela 7.0 Correlação: Mudaria de partido em troca de dinheiro ou cargo/ emprego para familiares/ pessoas conhecidas e confiança nas instituições Symetric Measures Teste de correlação Gamma e Kendall s tau-b Instituição Value Gamma Value Kendall s tau-b Approx. Sig. Igreja -0,113-0,068 0,001 Forças Armadas -0,023-0,014 0,480 Poder Judiciário -0,143-0,086 0,000 Polícia -0,107-0,065 0,000 Congresso Nacional -0,130-0,077 0,000 Partidos Políticos -0,120-0,070 0,001 Televisão -0,022-0,013 0,521 Sindicatos -0,028-0,017 0,426 Empresários -0,034-0,020 0,334 16

17 Governo -0,116-0,070 0,001 Presidente -0,110-0,068 0,001 Bombeiros -0,015-0,090 0,682 Leis do País -0,131-0,079 0,000 Tabela 7.1 Correlação: Superfaturar obras públicas e desviar o dinheiro para o patrimônio pessoal/ familiar do político e confiança nas instituições Symemtric Measures Instituição Value Value Kendall s tau-b Approx. Sig. Igreja -0,092-0,048 0,021 Forças Armadas 0,019-0,010 0,624 Poder Judiciário -0,090-0,047 0,023 Polícia -0,070-0,037 0,076 Congresso Nacional -0,092-0,047 0,022 Partidos Políticos -0,080-0,040 0,053 Televisão 0,010-0,005 0,798 Sindicatos -0,002-0,010 0,960 Empresários -0,065-0,033 0,114 Governo -0,065-0,035 0,104 Presidente -0,013-0,070 0,740 Bombeiros 0,027 0,013 0,533 Leis do País -0,133 0,070 0,001 Tabela 7.2 Correlação: Usar caixa 2 em campanhas eleitorais e confiança nas instituições Symemtric Measures Instituição Value Value Kendall s tau-b Approx. Sig. Igreja -0,116-0,066 0,001 Forças Armadas -0,020-0,011 0,578 Poder Judiciário -0,137-0,078 0,000 17

18 Polícia -0,132-0,075 0,000 Congresso Nacional -0,157-0,088 0,000 Partidos Políticos -0,126-0,069 0,001 Televisão -0,019-0,010 0,616 Sindicatos -0,037-0,021 0,333 Empresários -0,097-0,054 0,009 Governo -0,086-0,049 0,017 Presidente -0,048-0,028 0,172 Bombeiros 0,020-0,010 0,621 Leis do País -0,158-0,091 0,000 O teste com relação à variável confiança interpessoal 9, nas três situações, não apresentou nenhuma relação com a questão da tolerância, ou seja, não houve nenhum valor de significância. Praticamente o mesmo ocorreu com a variável política da desempenho do governo 10, com exceção da terceira situação de Usar caixa 2 em campanhas eleitorais (Tabela 9.0) os testes não indicaram nenhuma relação, valor de significância, entre as 2 variáveis. Todavia, apresentou valores muito baixos tanto no teste Gamma (0,072) quanto no Kendall s tau-b (0,041). Tabela 8.0 Correlação: Mudar de partido em troca de dinheiro ou cargo/ emprego para familiares/ pessoas conhecidas; Superfaturar obras públicas e desviar o dinheiro para o patrimônio pessoal/ familiar do político; Usar caixa 2 em campanhas eleitorais e desempenho do Governo Lula Situação Gamma Kendall s tau-b Approx. Sig 1)Mudaria de partido em troca de dinheiro -0,020-0,013 0,0530 ou cargo/ emprego para familiares/ pessoas conhecidas 9 Você acha que se pode confiar na maioria das pessoas ou, pelo contrário, que todo cuidado é pouco no trato com os outros? 10 Na sua opinião, o presidente Lula está fazendo um governo: muito bom, bom, ruim, muito ruim? 18

19 2) Superfaturar obras públicas e desviar o 0,050 0,026 0,187 dinheiro para o patrimônio pessoal/ familiar do político 3) Usar caixa 2 em campanhas eleitorais 0,072 0,041 0,038 A última bateria de testes que este trabalho se propõe a fazer é com a variável do primado da lei 11. As questões aqui usadas são novamente a da tolerância à corrupção, e a questão referente ao quão respeitadas devem ser as leis. Em todas as três situações as variáveis apresentaram significância e uma correlação regular nos casos da primeira e terceira situação, respectivamente -0,157 e 0,160 (teste Gamma) e uma correlação fraca para o caso da segunda tabela (-0,101). Isto significa que as duas variáveis testadas estão associadas, embora não seja uma associação forte, sugerindo que a forma como os cidadãos encaram o primado da lei influencia na tolerância às ações do enunciado da questão, quanto mais concordam com afirmação da questão mais intolerantes são a tolerância à corrupção. Tabela 9.0 Correlação: Mudar de partido em troca de dinheiro ou cargo/ emprego para familiares/ pessoas conhecidas; Superfaturar obras públicas e desviar o dinheiro para o patrimônio pessoal/ familiar do político; Usar caixa 2 em campanhas eleitorais e primado da lei Situação Gamma Kendall s tau-b Approx. Sig 1)Mudaria de partido em troca de dinheiro -0,157-0,079 0,000 ou cargo/ emprego para familiares/ pessoas conhecidas 2) Superfaturar obras públicas e desviar o -0,101-0,044 0,046 dinheiro para o patrimônio pessoal/ familiar do político 3) Usar caixa 2 em campanhas eleitorais -0,160-0,076 0, Por favor, diga se o Sr(a) concorda ou discorda da seguinte afirmação: a lei deve ser obedecida sempre, qualquer que seja a circunstância.. 19

20 Conclusão: Através do estudo empírico ficou claro que muitas das variáveis socioeconômicas pré-concebidas pelo senso-comum como explicativas do fenômeno da corrupção tem peso explicativo muito fraco. Idéias como que os indivíduos menos escolarizados e de menor renda são os mais propensos a tolerarem certas atividades corruptas não se comprovaram. Outro estudo com resultados próximos, porém com objeto de estudo diferente foi o de Speck (2003) sobre o fenômeno da compra de votos. Como foi visto, com a exceção da variável faixa etária, este conjunto de variáveis socioeconômicas não apresentaram uma correlação significativa com a variável da tolerância as ações corruptas, levantadas pelas perguntas do Survey. Isto indica que há uma diferença entre as gerações com relação à tolerância destes comportamentos corruptos, e que a renda, sexo e escolaridade, de maneira geral, não influenciam para o fenômeno como o fator idade. Vale lembrar que os indivíduos mais velhos tiveram a experiência de dois regimes políticos distintos, o regime autoritário dos militares e a Nova República, pós-1985, e em ambos houve problemas com a corrupção, talvez a diferença esteja na transparência e nas possibilidades de investigação do regime atual em relação ao anterior. Todavia, outras variáveis políticas importantes nos estudos sobre o tema como a confiança nas instituições e interpessoal, o desempenho do Governo Lula (atual) e o respeito às leis por parte dos cidadãos, não mostraram ter o mesmo impacto que em outros estudos. Ambas variáveis, com exceção da confiança interpessoal, se mostraram de alguma maneira correlacionadas com a tolerância a determinadas ações de corrupção, no entanto, apresentam um grau de correlação ora fraco, ora regular. Isto pode sugerir que tal comportamento esteja mais correlacionado a outros aspectos culturais, além destes aspectos. Porém, antes de qualquer afirmação precipitada são necessários novos estudos e maiores explorações de outras questões do Survey, que este texto inicial não se propôs a realizar. 20

21 Bibliografia: BOBBIO, Norberto O futuro da democracia: uma defesa das regras do jogo. Rio de Janeiro: Paz e Terra. DAHL, Robert Poliarquia. São Paulo: Edusp. DALTON, Russell J Political Support in Advanced Industrial Democracies. In: NORRIS, P. Critical citizens. Oxford: Oxford University Press. DELLAPORTA, Donnatella, VANNUCCI, Alberto Corrupt Exchanges: actors, resources, and mechanisms of political corruption. Aldine de Gruyter, New York. DELLA PORTA, Donnatella Social capital, beliefs in government, and political corruption, in S. J. PHARR, and R. PUTNAM, eds., Disaffected Democracies: What s Troubling the Trilateral ries? Princeton: Princeton University Press. KINZO, Maria D Alva Partidos, eleições e democracia no Brasil pós Revista Brasileira de Ciências Sociais, vol. 19, n 54. MOISÉS, José Álvaro Os Brasileiros e a Democracia. São Paulo, Ática. MOISES, José Álvaro A desconfiança nas instituições democráticas. Revista Opinião Pública, v. 11, n 1. MORLINO, Larry; MORLINO, Leonardo The quality of democracy: an overview. Journal of democracy, v. 15, n 4. NORRIS, P Institutional explanations for political support. In: NORRIS, P. Critical citizens. Oxford: Oxford University Press. POWER, Thimothy J.; GONZALES, Júlio Cultura política, capital social e percepções sobre corrupção: uma investigação quantitativa em nível mundial. Revista de Sociologia e Política, Curitiba, n 21. POWER, Thimothy J.; JAMISON, Giselle D Desconfiança política na América Latina. Revista Opinião Pública, Campinas, v. 11, n 1. SELIGSON, Mitchell Tranparency and Anti-Corruption Activities in Colombia: a Survey of citizen experiences. Casals&Associates, Pittsburgh The impact of corruption on regime legitimacy: a comparative study of four Latin American countries. Journal of politics. Columbia, v. 64, n 2. SPECK, Bruno Wilhelm Mensurando a Corrupção: uma revisão de dados provenientes de pesquisas empíricas. In: Cadernos Adenauer, Fundação Konrad Adenauer, São Paulo, n A compra de votos: uma aproximação empírica. Revista Opinião Pública, Campinas, v. 9, n 1. WARREN, Mark E What does corruption mean in a democracy? American Journal of Political Science, v.48, n 2. 21

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