EXMO(A). SR(A). DR(A). JUIZ(A) DA xxx VARA FEDERAL DA JUSTIÇA FEDERAL EM xxxxxxxxxx RS: RECURSO DE APELAÇÃO ADESIVA

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1 EXMO(A). SR(A). DR(A). JUIZ(A) DA xxx VARA FEDERAL DA JUSTIÇA FEDERAL EM xxxxxxxxxx RS: XXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXXX, já qualificado nos autos do Processo em Epígrafe, AÇÃO DE CONCESSÃO DE APOSENTADORIA POR TEMPO DE SERVIÇO POR ATIVIDADE ESPECIAL C/C RECONHECIMENTO DE ATIVIDADE ESPECIAL que move contra INSS INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL, igualmente já qualificada nos mesmos autos, vem, por seus procuradores signatários, a presença de Vossa Excelência, apresentar RECURSO DE APELAÇÃO ADESIVA c/c PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA PARA A IMEDIATA IMPLANTAÇÃO DO BENEFÍCIO Com supedâneo no Artigo 500, caput, incisos e parágrafo único, do Código de Processo Civil e 997 do Novo CPC. DA ANTECIPAÇÃO DOS EFEITOS DA TUTELA Consoante expressa o NCPC, no Art. 311, havendo EVIDENCIA do DIREITO, a TUTELA DE EVIDENCIA é de ser concedida, independentemente de perigo de dano ou de risco do resultado útil do processo, mormente ainda quando ficar caracterizado o abuso do direito de defesa ou manifesto protelatório.

2 No caso em tela, a Sentença está amparada em Prova Inequivoca e em consonância com o decidido pelo STF ao analisar o TEMA 555 de Repercusão Geral ao analisar o ARE , pelo que a Egregia Suprema Corte assentou a tese de que, na hipótese de exposição do trabalhador a ruído acima dos limites legais de tolerância, a declaração do empregador, no âmbito do Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), da eficácia do Equipamento de Proteção Individual (EPI), não descaracteriza o tempo de serviço especial para aposentadoria. E, no caso dos autos, em todos os períodos em que foram NA SENTENÇA considerados como Períodos de Atividade Especial a PROVA é justamente amparada nos Formulários de PPP s e LTCAT s e/ou PPRA s, pelos quais os próprios empregadores admitiram que o Autor esteve exposto a Níveis de Ruídos acima do permitido na Legislação, Neste diapasão, utilizando-se do meio recursal refutando o Direito do Autor sem desconstituição da prova (que não ocorreu na instrução) e inclusive não sendo objeto de análise no recurso, evidente assim que o recurso está eivado de vício protelatório, pelo que o Magistrado deve (amparado na previsão da novel legislação processual) ANTECIPAR OS EFEITOS DA TUTELA, por se tratar de CASO DE TUTELA DE EVIDENCIA. Ante o exposto, requer, digne-se V.Exa. antes de intimar o réu a apresentar contrarrazões, ANTECIPE os efeitos da Tutela, por se tratar de DIREITO EVIDENTE e, somente após, determinar o encaminhamento ao Egrégio Tribunal Regional Federal da 4ª Região, para processamento e provimento no Excelso Pretório, observadas as formalidades legais.

3 Pertinente para o momento ressalta-se que a apelada goza do benefício da Assistência Judiciária Gratuita. Termos em que pede e espera deferimento. Cachoeirinha/RS, 17 de MARÇO de 2016 Márcio Zambelli da Silva OAB RS

4 EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL FEDERAL DA 4ª REGIÃO CÔLENDA CÂMARA CÍVEL. CONTRA-RAZÕES DE APELO. APELANTE adesivo: XXXXXXXXXXXXXXXXX, já qualificado nos autos APELADO adesivo: INSS - INSTITUTO NACIONAL DE SEGURIDADE SOCIAL, já qualificado nos autos. O apelante, na forma Adesiva, por seu procurador infra signatário, inconformado com a sentença, em dois pontos em que considera vencido, sendo Um no que se refere à Antecipação de Tutela e Outro no ponto em que fixou os honorários sucumbenciais com valor totalmente irrisório busca a majoração. Para tal, apresenta a seguir as razões pelas quais a sentença deve ser reformada no que tange à CONCESSÃO DA ANTECIPAÇÃO DE TUTLEA e ao QUANTUM dos honorários sucumbenciais. I - DA ANTECIPAÇÃO DE TUTELA Neste aspecto a sentença, ainda que reconhecendo o Direito do Autor, que é Inequívoco, deixou de Antecipar os Efeitos da Tutela com a seguinte Fundamentação:

5 Por fim, indefiro o pedido de antecipação de tutela, considerando que não restaram comprovadas as hipóteses permissivas constantes no art. 273 do CPC - fundado receio de dano irreparável ou de difícil reparação e caracterização do abuso de direito de defesa ou o manifesto propósito protelatório do réu. De fato, até o momento da expedição da Sentença, não há de se falar em efeitos protelatórios cometidos pelo réu. Entretanto, ao apresentar Recurso Manifestamente INADIMÍSSIVEL a teor do que dispõe o Art.557 1ºA do CPC e 932, IV e V do NCPC, o propósito protelatório está instado. Explica-se o Recurso Manifestamente INADIMISSÍVEL: a) O réu, em Sede de Apelação, não ataca os fundamentos da sentença; b) O réu, em Sede de Apelação, contraria Jurisprudência Dominante desta Corte e ACORDÃO DO STF em julgamento de Recurso Repetitivo com TEMA DE REPERCUSSÃO GERAL, no caso o TEMA 555, ARE Neste ponto: 1 A Súmula 09 Turma Nacional de Uniformização dos Juizados Especiais Federais, inclusive citada na Sentença: "SÚMULA Nº 09 - Aposentadoria Especial - Equipamento de Proteção Individual O uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI), ainda que elimine a insalubridade, no caso de exposição a ruído, não descaracteriza o tempo de serviço especial prestado." 2 A tese fixada no JULGAMENTO com TEMA DE REPERCUSSÃO GERAL, no caso o TEMA 555, ARE , como constou do Item 14 do INTEIRO NTEOR DO ACORDÃO: 14. Desse modo, a segunda tese fixada neste Recurso Extraordinário é a seguinte: na hipótese de exposição do trabalhador a ruído acima dos limites legais de tolerância, a declaração do empregador, no âmbito do Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), no

6 sentido da eficácia do Equipamento de Proteção Individual - EPI, não descaracteriza o tempo de serviço especial para aposentadoria. Desta forma, no caso em tela, a Sentença está amparada em Prova Inequivoca e em consonância com o decidido pelo STF ao analisar o TEMA 555 de Repercusão Geral ao analisar o ARE , pelo que a Egregia Suprema Corte assentou a tese de que, na hipótese de exposição do trabalhador a ruído acima dos limites legais de tolerância, a declaração do empregador, no âmbito do Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), da eficácia do Equipamento de Proteção Individual (EPI), não descaracteriza o tempo de serviço especial para aposentadoria. E, no caso dos autos, em todos os períodos em que foram NA SENTENÇA considerados como Períodos de Atividade Especial a PROVA é justamente amparada nos Formulários de PPP s e LTCAT s e/ou PPRA s, pelos quais os próprios empregadores admitiram que o Autor esteve exposto a Níveis de Ruídos acima do permitido na Legislação. Ou seja, a Sentença está em consonância como teor Neste diapasão, utilizando-se do meio recursal refutando o Direito do Autor sem desconstituição da prova (que não ocorreu na instrução) e inclusive não sendo objeto de análise no recurso, evidente assim que o recurso está eivado de vício protelatório, pelo que o Magistrado deve (amparado na previsão da novel legislação processual) ANTECIPAR OS EFEITOS DA TUTELA, por se tratar de CASO DE TUTELA DE EVIDENCIA. Logo, a Antecipação dos Efeitos da Tutela, por se tratar de TUTELA DE EVIDENCIA, é de ser concedido imediatamente, o que se requer desde já. II DOS HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS

7 Neste ponto a Sentença assim definiu: Face à sucumbência do autor em parte mínima do pedido, arcará o INSS com os honorários advocatícios devidos aos procuradores do autor, que fixo em R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais), atualizáveis até a data do efetivo pagamento pela variação do IPCA-E. Deixo de fixar a verba honorária em percentual incidente sobre o valor da causa ou sobre o valor da condenação diante do elevado montante envolvido na presente demanda, o que faço considerando a matéria versada nestes autos, bem como o trabalho então desenvolvido (CPC, art. 20, 4º). Sem condenação a ressarcimento de custas, uma vez que o demandante não as recolheu, face ao benefício da assistência judiciária gratuita concedido (evento 4). 1. Ora, em tal ponto a Sentença igualmente deve ser reformada, para a teor do que dispõe o NCPC, em seu Artigo 85 3º I, uma vez que a Condenação não ultrapassa e nem mesmo chega a 200 (duzentos) salários mínimos. 2. Ademais, dispensa dizer que o advogado é indispensável à administração da justiça e deve ser obrigatório em todo o tipo de processo. Corroborando esse entendimento, vejamos o que preceitua o art. 133 da Constituição Federal: O advogado é indispensável à administração da justiça, sendo inviolável por seus atos e manifestações no exercício da profissão, nos limites da lei. 3. A Magistrada a quo ao fixar o valor da sucumbência em R$ 1.500,00 (Mil e Quinhentos Reais) assim justificou: Deixo de fixar a verba honorária em percentual incidente sobre o valor da causa ou sobre o valor da condenação diante do elevado montante envolvido na presente demanda, o que faço considerando a matéria versada nestes autos, bem como o trabalho então desenvolvido (CPC, art. 20, 4º). 4. Ocorre que ao fixar um valor nominal, o Magistrado a quo aplica um numerário de honorários de sucumbências muito abaixo do patamar que enseja o valor da profissão e dada a observância do tempo de decurso do Processo e do trabalho realizado no presente feito, diga-se de passagem com análise e explicitação pormenorizada de cada Tempo de Vinculo de Contratos e, em cada tempo, análise e explicação pormenorizada dos Agentes de Risco de Exposição do Autor, bem como de ANALISE LEGISLATIVA A CADA TEMPO, inclusive

8 demonstrado em TABELAS na Inicial e em Petições de Manifestação de Produção de Provas, Réplica, Contrarrazões e Apelação Adesiva. 5. Desta forma, o presente recurso deve ser provido para condenar o réu ao pagamento de Verba Honorária de Sucumbência à razão de 20% (Vinte por Cento) sobre o valor da condenação, incidindo sobre os valores apurados a títulos de prestações mensais devidas durante o decurso da presente ação. 6. Por fim, repita-se, que em razão do empenho e do profissionalismo dedicado a causa, levando em consideração o decurso de tempo e o trabalho desenvolvido, que essa Douta Turma reforme a sentença, majorando o valor da sucumbência, possibilitando a valorização e a dignidade da profissão de advogado, função indispensável à realização da Justiça e do Estado Democrático de Direito. EX POSITIS, requer o Apelado que esse Douto Tribunal, por uma de suas Turmas: a) Que LIMINARMENTE, seja Deferido os EFEITOS da Tutela de Evidencia, consoante a fundamentação supra e, de imediato, condenado o réu a implementar o Beneficio do Autor de Aposentadoria por Tempo de Contribuição em Atividade Especial B-46; b) Que seja provido o presente recurso para majorar os honorários sucumbenciais para o patamar correspondente a 20% (Vinte por Cento) sobre o valor da condenação, incidindo sobre os valores apurados a títulos de prestações mensais devidas durante o decurso da presente ação. TERMOS EM QUE PEDE DEFERIMENTO. NESTES TERMOS, PEDE E ESPERA DEFERIMENTO Cachoeirinha / RS, 17 de MARÇO de Márcio Zambelli da Silva OAB/RS