partir dessa proposta de Staiger possamos encontrar pistas para o estudo dos gêneros

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "partir dessa proposta de Staiger possamos encontrar pistas para o estudo dos gêneros"

Transcrição

1 Gêneros Jornalisticos - análise dos jornais O Estado de São Paulo e Diário de São Paulo Ana Regina Barros RÊGO Leal 1 Maria Isabel AMPHILO R. de Souza 2 RESUMO Este artigo é resultado de pesquisa empírica realizada através da observação dos gêneros jornalísticos nos dois periódicos mencionados. O objetivo foi identificar o perfil dos jornais, assim como, validar, ou não, a classificação dos gêneros proposta por Marques de Melo, através da identificação dos gêneros nos impressos. PALAVRAS-CHAVE: Gêneros, Jornalismo, Estadão, Diário de São Paulo. ABSTRACT This article is resulted of an empiric research made through observation of the journalistic genres in two journals selected. The objective was to identify the profile of the journals, as well as, to validate, or no, the classification of genres proposed by Marques de Melo, in the identification of genres in the press. KEY WORDS: Genres, Journalism, Estadão, Diário de São Paulo. INTRODUÇÃO A questão dos gêneros é discutida desde a antiguidade grega nos livros III e X da República de Platão, em que se tem notícia da primeira classificação entre três categorias: poesia épica, poesia dramática e poesia lírica. No livro III, Platão elabora essas categorias a partir da relação que cada uma delas estabelece com realidade. Dessa forma, a poesia dramática era chamada de mimética, pois imitava os homens em ação. Já a poesia lírica não era mimética, mas o que a caracterizava era sua subjetividade. A poesia épica, no entanto, era considerada mista, pois utilizava o diálogo direto e a narração. Na verdade, a teoria platônica dos gêneros literários só pode ser entendida mais radicalmente, se articulamos com o pensamento do Filósofo sobre o mundo das idéias e o mundo onde habitamos (SAMUEL p. 66). Sua categorização, portanto, parte do afastamento da verdade, do mundo das idéias à realidade. Tempos depois, o próprio Platão apresentou uma nova classificação a partir do conceito de mimesis, em que classificava os gêneros em: dramático, narrativo e misto. Seu discípulo, Aristóteles propôs uma nova classificação no IV a.c, em que elaborou o conceito que perpassou os séculos e permanece, como a essência dos gêneros estabelecendo: épico, lírico e dramático, em sua Poética, que se conhece até os dias hoje, como o princípio do estudo dos gêneros. Staiger (apud SAMUEL, p. 71) identifica o lírico com o passado (recordação), o épico com o presente (rememorização) e o dramático com o futuro (tensão). Talvez a partir dessa proposta de Staiger possamos encontrar pistas para o estudo dos gêneros 1 Jornalista. Profa. Universidade Federal do Piauí. Mestre em Comunicação e Cultura ECO/UFRJ. Doutoranda em Comunicação UMESP. 2 Mestre e Doutoranda em Comunicação Social pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Bolsista FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo).

2 jornalísticos. Dessa maneira, o jornalismo estaria mais próximo dos gêneros lírico e épico pela sua dedicação a trabalhar com informações do cotidiano que já aconteceram e que estão acontecendo e merece maior atenção dos meios de comunicação. Outros autores são importantes no estudo dos gêneros, como Tzvetan Todorov, que abordou os gêneros do discurso, em suas propriedades discursivas, verificando as peculiaridades da mensagem (forma/conteúdo/temática), as relações socioculturais (emissor/receptor) e político-econômicas (instituição jornalística/estado/corporações mercantis/movimentos sociais). (apud MARQUES DE MELO, 2003, p. 41). Mikhail Bakhtin (1997, p. 301) aborda a questão dos gêneros do discurso afirmando que para falar, utilizamo-nos sempre dos gêneros do discurso, em outras palavras, todos os nossos enunciados dispõe de uma forma padrão e relativamente estável de estruturação de um todo. Dessa maneira, Bakhtin destaca a importância de uma forma padrão para os enunciados em termos de ponto de partida para entender uma língua, que está inserida em um determinado contexto sócio-cultural. Para ele, os gêneros do discurso organizam nossa fala da mesma maneira que a organizam as formas gramaticais (sintáticas) (1997, p. 302). A diversidade disponível dos gêneros, porém, que é questionada por alguns pesquisadores (...) deve-se ao fato de eles variarem conforme as circunstâncias, a posição social e o relacionamento pessoal dos parceiros: há o estilo elevado, estritamente oficial, deferente, como há o estilo familiar que comporta vários graus de familiaridade e de intimidade (distinguindo-se esta da familiaridade). (BAKHTIN, 1997, p. 302). Eni Orlandi aborda a questão da linguagem enquanto um produto social em processo, ou seja, nem a sociedade, nem as línguas se modificam autonomamente. São os atos dos homens que toma parte delas que as vão transformando (ORLANDI, 1981, p. 90). Dessa forma, a língua possui um caráter histórico, pois é um fato social que está em constante processo, que obedece a certas convenções de uma determinada sociedade, ou seja, a língua, enquanto sistema lingüístico, é específico de um contexto próprio (de uma determinada nação). A partir dessa constatação podemos aferir que os gêneros modificam-se na dinâmica social. No momento em que o profissional domina a estrutura formal dos gêneros, ele pode trabalhar com outras possibilidades, objetivando a transmissão da mensagem, de forma inteligível ao seu receptor. Por isso, alguns gêneros assumem características nacionais, como, por exemplo, a crônica brasileira. Gêneros Jornalísticos A importância do estudo e atualização dos gêneros jornalísticos deve-se à necessidade de sistematização e categorização dos gêneros, com o objetivo de proporcionar bases à preparação de profissionais qualificados para a atuação na imprensa e, também, no âmbito acadêmico, como embasamento teórico-metodológico às pesquisas em comunicação. Segundo Marques de Melo (2003, p. 42) a primeira subdivisão entre gêneros jornalísticos foi elaborada no século XVIII pelo editor inglês Samuel Buckeley, que separou os news e os comments, no Daily Courant. A imprensa estadunidense, por sua vez utilizou-se em principio de dois gêneros os comments e a story. Já nos gêneros jornalísticos latinos pode-se encontrar mais de dois gêneros. A pesquisa em gênero jornalístico no Brasil tem sido abordada desde a implantação dos cursos de jornalismo. A necessidade de material didático sólido e ao mesmo tempo teórico fez com que pesquisadores da área, como Luiz Beltrão, se esmerassem por produzir textos que servissem de base para o desenvolvimento das pesquisas em Comunicação e, mais precisamente, em Jornalismo. 2

3 Dessa forma, a partir da sua experiência em sala de aula, lecionando as disciplinas técnicas e de teoria da comunicação, e de suas pesquisas acadêmicas, Luiz Beltrão publica, em 1960, Introdução à Filosofia do Jornalismo e, posteriormente, a trilogia: A Imprensa Informativa (1969), Jornalismo Interpretativo (1976) e Jornalismo Opinativo (1980), que são o resultado de suas atividades como docente na Universidade Católica de Pernambuco e de sua vivência no CIESPAL, onde lecionou Métodos de la enseñanza del periodismo (1963). O texto de Beltrão sobre o jornalismo opinativo é um dos pioneiros da área existentes no Brasil, que categoriza esse gênero jornalístico a partir da realidade brasileira e proporciona bases sólidas para o desenvolvimento das pesquisas posteriores. A questão dos gêneros jornalísticos, apesar de polêmica devido a sua hibridação e instabilidade, é de suma importância para a pedagogia do jornalismo. Na década de 1950 percebia-se a preocupação com a relação a uma bibliografia nacional sobre a teoria e prática do jornalismo, de acordo com a nossa realidade. No prefácio de Jornalismo Opinativo, de Luiz Beltrão, Rui Lopes faz o seguinte comentário: Durante o Congresso Nacional de Jornalistas, reunido em setembro de 1953 em Curitiba, apresentamos uma tese Liberdade de Imprensa e Formação Profissional em que condicionávamos a nossa concepção de liberdade a uma preparação de jornalistas a (sic) nível universitário (...) havia uma preocupação dominante de formar profissionais na universidade, (...) os poucos cursos de jornalismo então existentes funcionavam precariamente (...) havia uma falha muito mais grave do que hoje: a falta de bibliografia nacional sobre a teoria e a prática do jornalismo de acordo com a nossa realidade (...) umas poucas apostilas da pioneira Escola de Jornalismo Cásper Libero e, mais tarde, a tradução de uma obra de Fraser Bond (BELTRÃO, 1980, p. 9). grifo nosso Em Jornalismo Opinativo, Luiz Beltrão lança as bases fundamentais para a prática desta modalidade jornalística no Brasil. Beltrão preocupava-se em ensinar o jornalismo, mais precisamente a prática jornalística, de acordo com a nossa realidade sócio-políticocultural. Dessa forma, Beltrão sistematiza as categorias opinativas de maneira didática e inteligível aos estudantes e profissionais da área. Discípulo de Luiz Beltrão, Marques de Melo publica A opinião no Jornalismo Brasileiro, em 1985, como resultado de sua tese de livre-docência, que se encontra em sua terceira edição revista e ampliada, intitulada: Jornalismo Opinativo: gêneros opinativos no jornalismo brasileiro (2003), na qual propõe uma alteração nas categorias propostas por Beltrão e as atualiza, visando à realidade brasileira da década de Abaixo apresentamos uma tabela comparativa da sistematização elaborada por Beltrão e Marques de Melo: 3

4 4 BELTRÃO A) Jornalismo Informativo 1. Notícia 2. Reportagem 3. História de Interesse Humano 4. Informação pela imagem B) Jornalismo Interpretativo 5. Reportagem em profundidade C) Jornalismo Opinativo 6. Editorial 7. Artigo 8. Crônica 9. Opinião Ilustrada 10. Opinião do Leitor MARQUES DE MELO A) Jornalismo Informativo 1. Nota 2. Notícia 3. Reportagem 4. Entrevista B) Jornalismo Opinativo 5. Editorial 6. Comentário 7. Artigo 8. Resenha 9. Coluna 10. Crônica 11. Caricatura 12. Carta De acordo com esse quadro, pode se perceber que a partir de suas pesquisas em livre docência, Marques de Melo exclui o jornalismo interpretativo e assume apenas dois gêneros presentes na imprensa brasileira da década de 1980: gênero informativo e opinativo. Para Marques de Melo a imprensa brasileira além de proporcionar a informação pura ao leitor, procurava trazer informações de especialistas, intelectuais e do próprio público para que pudesse enriquecer o leitor, e, por outro lado, legitimar a imprensa. Para ele, os gêneros assumem características nacionais, o que provoca alterações nas categorias jornalísticas 3. Dessa maneira, essas categorias sofrem alterações de um país para o outro, devido a diferenças lingüísticas e sócio-culturais. Gêneros Jornalísticos estudos recentes Os gêneros jornalísticos continuam como protagonistas de estudos, debates e propostas teóricas. De um lado, encontramos os teóricos adeptos da corrente funcionalista, que procuram definir os gêneros e seus formatos a partir das funções desempenhadas pelo jornalismo, de outro, pesquisadores que procuram entendê-los para além da noção e conceituação do próprio gênero. Jean Michel Utard (2003, p.66), ao analisar o embaralhamento dos gêneros midiáticos, constata que a mobilidade de fronteiras entre a informação e a publicidade é cada vez mais bem-aceita, segundo ele existem duas ordens de representação do real que são a informação e a ficção, e que recortam as oposições implícitas como o sério e o lúdico, o político e o comercial, a obra e a série. É bom que se esclareça que este autor parte de uma hipótese de interferência generalizada que hibridiza os gêneros, calcada no estudo do desenvolvimento sobre redes digitais. Para ele, a internet parece apagar as fronteiras naturais de informação como nos propõe as mídias clássicas. O seu estudo o leva a questionar a noção de gênero, enquanto simples tipologia de enunciados, um reservatório de formas disponíveis que se pode manipular a seu modo e não como dispositivo sócio-discursivo que ultrapassa as intenções de quem o utiliza. Utard duvidando da abrangência dos gêneros procura definir que tipo de análise dos produtos pode dar conta dos embaralhamentos já mencionados acima. Segundo este autor (2003, p.69) Se se quer preservar o termo gênero para designar o ângulo sob o qual se aborda o produto informacional, ele se declina não obstante aqui sob diferentes denominações: 3 MARQUES DE MELO. Anotações de sala de aula.

5 em classe (categorias, classificação), códigos (convenções), conteúdos, vestígio(produtos culturais ou históricos). O gênero é apresentado como uma caracterização da mensagem, considerada como um produto : ela teria uma dimensão estrutural (classe, código) e uma dimensão de processo (traço histórico). A concepção estrutural do gênero entra em contradição com a idéia de uma transformação, ou, pelo menos, só pode se abrir sobre a idéia de transgressão de fronteiras ou de manipulação dos códigos: os gêneros são aqueles sobre os quais incidem as transformações (hibridação de gêneros).o processo abre ao contrário sobre uma dinâmica de metamorfose e até inversão, onde os gêneros são o resultado ( o traço, vestígio) dos processos de confusão/hibridação/criação... Em seu percurso analítico Utard (2003, p.70) se dispõe a estudar a noção de gênero a partir da oposição em categorias de texto e tipos de discurso. Segundo o autor, quando consideramos as classificações das categorias de textos em função de critérios, elas nos fornecem uma descrição estática dos gêneros. Por exemplo, se utilizamos critérios materiais: textos curtos/longos (nota curta/reportagem), ou ainda, critérios sintáticos, semânticos ou enunciativos. Por outro lado, quando consideramos os gêneros como construções discursivas vamos encontrar além dos traços textuais, elementos que relevam da situação da enunciação e do dispositivo de comunicação. Greimas apud Utard (2003, p.70) afirma que o estudo dos gêneros no modernismo e no contexto europeu parece vir de dois pontos. O primeiro que parte de uma teoria clássica, que repousa sobre a definição não-científica da forma e do conteúdo de certas classes de discurso literários ( por exemplo a comédia, a tragédia..), e, o segundo, a partir de um paradigma que o autor denomina de pós-clássico, e se encontra embasado em certa visão de mundo, que permite divisar diferentes mundos possíveis, a partir de encadeamentos narrativos mais ou menos conformes a uma norma subjacente( conforme gêneros fantásticos, maravilhosos, realistas, surrealistas, etc.). Utard (2003, p.71,72), no entanto, diante da noção de gênero de Greimas conclui que se deve renunciar a esta enquanto conceito operacional, pois a mesma não comporta os fenômenos da hipótese de embaralhamento dos gêneros midiáticos. Ou, deve-se rejeitar o gênero como categoria relativa a um universo cultural que não consegue abarcar as formas das construções do discurso, Segundo ele, o gênero é um sistema articulado hierarquicamente de propriedades manifestas nos textos e desse fato são rejeitadas como não fazendo parte do gênero todas as determinações do contexto de produção ou de comunicação. Por outro prisma, o autor vai considerar que muitos estudiosos do tema consideram o texto como um nível inadequado para a construção de categorias genéricas. O texto é uma entidade muito heterogênea para constituir a base de uma tipologia em gêneros, assim, se faz necessário ascender ao nível do discurso para realizar tal feito. Em outro estudo, Lia Seixas (2004, p.1) ao analisar gêneros jornalísticos digitais a partir das dimensões interdiscursivas estudadas em análise de discurso, afirma que a principal crítica que se faz hoje ao gênero jornalístico é que não acomoda a grande variedade produzida pela evolução da atividade jornalística, da qual surgem gêneros mistos, influenciados pelas novas mídias (digitais). A autora afirma que os estudos sobre gêneros em sua maioria estão calcados na separação entre forma e conteúdo, o que gerou a divisão por temas, pela relação do texto com a realidade (opinião e informação) e deu vazão ao critério de intencionalidade do autor, que realiza uma função (opinar, informar, interpretar, entreter) (SEIXAS, 2004, p.3). Ela afirma ainda que as propostas tradicionais acerca do objeto em pauta, procuram atender através do texto a função e finalidade do veículo jornalístico via estilo, estrutura (forma) e conteúdo, e ainda buscam estar sincronizadas com a geografia, com o contexto econômico, social, político e cultural, com os modos de produção, com as correntes de pensamento e ainda com as noções de objetividade e neutralidade. (SEIXAS, 2004, p.3). No que concerne à mídia digital a autora analisa características como personalização dos textos, multimidialidade, memória 5

6 múltipla, instantânea e cumulativa, hipertextualidade, tempo multicrônico, dentre outras, para ir de encontro a sua hipótese, ou seja, de que os gêneros, como estão hoje configurados, não dão conta dos novos processos jornalísticos encontrados dentro da rede mundial de computadores. Adriana Carvalho e Miriam Puzzo, por sua vez, partem do conceito bakhtiniano sobre gêneros discursivos para analisar como o editorial e o artigo se configuram atualmente, e concluem que os dois constituem um gênero e tipo discursivo opinativo, no entanto, considerando os aspectos descritos por Bakhtin (1992) que configuram um gênero, o editorial e o artigo são gêneros discursivos distintos, embora considerados pelas normas jornalísticas dentro de um mesmo gênero opinativo.(2003, p.159). Martin-Barbero apud Dias, Mendez, Villalta & Batista (1997) enfatiza que os gêneros atuam estrategicamente na produção e como leitura de si mesmo, permitindo que o sentido da narrativa seja produzido e consumido.(1997, p.3). Anabela Gradim (2002) no contexto português enumera como gêneros jornalísticos: notícia, lead, pirâmide invertida, norma e desvio, estilo codificado, títulos, editorial, reportagem, fotojornalismo, legenda, fait-divers, crônica, entrevista e fotolegenda, diferindo bastante da classificação brasileira proposta primeiro por Beltrão e depois reformulada por Marques de Melo na década de 1980 e mencionada acima. Geane Alzamora (2006) em estudo acerca do jornalismo cultural on-line propõe uma revisão dos gêneros informativo, interpretativo e opinativo e sugere uma possível convergência entre estes sob o enfoque da semiótica. Em se tratando especificamente da abordagem cultural no jornalismo praticado dentro do suporte on-line, autora ressalta: Teríamos, então, três grandes tipos de textos em Jornalismo Cultural. Em nível de predominância de primeiridade, estariam as crônicas e charges, por serem, estes, textos que ampliam as possibilidades da linguagem jornalística, sugerindo interpretações metafóricas(alusão à primeiridade) da realidade. Em nível de secundidade, ou seja, na predominância da arena do cotidiano, teríamos as críticas e reportagens, por serem tipos de textos que indicam (marca da secundidade) os objetos aos quais se relacionam. Em terceiridade estariam as colunas e editoriais, por serem esses os textos que representam simbolicamente( característica da terceiridade) a opinão do jornal ou do articulista. (2006, p. 4). Em seu raciocínio a autora, destaca que as crônicas e as charges, por suas características específicas, possuem maior liberdade ao tratar os acontecimentos, já que a relação destas, com a realidade não é literal, não havendo um compromisso com a fidedignidade dos fatos. Por outro lado, as colunas e editoriais fundamentam-se nas notícias veiculadas, assim como, em críticas, charges e crônicas, procurando direcionar o curso da interpretação desses fatos a partir da argumentação opinativa de seus autores. Desse modo, representam, simbolicamente, a opinião do jornal e de seus articulistas.(alzamora, 2006, p.5) A atual classificação de Marques de Melo 4 sugere, no entanto, cinco gêneros jornalísticos brasileiros. Além do informativo e opinativo, cujos formatos já foram apresentados acima, temos ainda o interpretativo com os formatos: dossiê, perfil, enquete e cronologia. E mais o utilitário composto por: indicador, cotação, roteiro e serviço, e, por último, o diversional, no qual se encontram, história de interesse humano e história colorida. No que concerne ao gênero diversional, há que se ponderar, mesmo considerando a abordagem de funcionalistas como Fraser Bond, que trazem para o jornalismo uma função que seria da comunicação, e, não especificamente do jornalismo, como proporcionar entretenimento. Que a primeira vista, o problema estaria na nomenclatura ou denominação 6 4 MARQUES DE MELO.Anotações em sala de aula (2006)

7 do gênero, ou seja, a palavra diversional. Não é neste ponto, porém, que nos detemos ao divergirmos da classificação proposta por Marques de Melo e concernente ao diversional. Na verdade, considerando que o que se propõe como história de interesse humano, um dos formatos do gênero em pauta, mais se assemelha a uma reportagem, cujo estilo jornalístico apresenta traços literários e detalhes do cotidiano, e, não são necessariamente produzidos em cima de fatos que se incluem como news value de primeira grandeza, nem necessitam de um processo de temporalidade veloz para ser veiculados.não se verifica nenhuma nuance específica do texto que o leve para distante do gênero informativo, aliás, como propôs Beltrão, uma vez que o texto se detém sim, a informar. É bom frisar que o gênero proposto nasceu a partir do que se denomina nos EUA de new jornalism e, que carrega em si, traços literários visíveis. Desta forma, é que no Brasil especificamente o gênero diversional enfrenta problemas de várias naturezas e que são intrínsecas a sua própria gênese, como a confusão entre a função do veículo e do texto, entre forma e conteúdo, entre estilo e intencionalidade, dentre outros. Ainda no que concerne à classificação de Marques de Melo, ponderamos, também, sobre o gênero interpretativo, principalmente, sobre os formatos perfil, cronologia e enquete, que em nosso ponto de vista, não configuram como formatos individualizados, mas são unidades informativas que fazem parte de um contexto geral, podendo estar agregados a uma notícia, reportagem, entrevista ou dossiê. Os gêneros nos jornais o Estado de São Paulo e Diário de São Paulo É, portanto, diante desse contexto que o processo analítico percorrido no presente trabalho buscou analisar os dois jornais já citados a partir da conceituação dos gêneros e formatos do jornalismo conforme Marques de Melo (2003, 2006) tendo como metodologia de análise quantitativa a UI - unidade de informação - proposta por Violett Morin (1974). É válido ressaltar que a pesquisa empreendida, entre os dias 24 e 30 de abril de 2006, procurou, sobretudo, verificar se os gêneros e formatos propostos continuam vigentes nos veículos impressos analisados, já que, como verificamos, muito se contesta na questão dos gêneros, em relação a outros suportes midiáticos. A pesquisa procurou, também, determinar o espaço ocupado por cada gênero dentro dos jornais. O Estado de São Paulo Um dos jornais mais antigos e que gozam de grande credibilidade junto ao público leitor brasileiro, O Estado de São Paulo, é, em essência, um jornal conservador que mantém como característica principal a informação, buscando, sempre que possível, trabalhá-la de forma precisa e extensa, procurando oferecer ao seu leitor um horizonte amplo acerca dos temas sobre os quais trata diariamente. Ao lado da informação encontramos a opinião também valorizada pelo veículo com espaço bem definido e bem ocupado em todo o jornal. Invariavelmente, encontramos um artigo ou comentário logo ao lado de uma grande reportagem, tratando exatamente do objeto da reportagem. O recurso é utilizado com o intuito de fornecer ao leitor um panorama que vai além da informação e da opinião, e que cria contextos para uma interpretação do interlocutor. O jornal conta com cadernos diários fixos que são: 1º caderno, Economia, Metrópole, Caderno 2 e Esportes. Além destes, existem os cadernos semanais, como por exemplo, os que localizamos ao longo da semana analisada, como Viagem, na segunda; Agrícola, na terça; Paladar, na quinta; Autos e Imóveis, no sábado; dentre outros. O Estadão, como é conhecido, possui ainda o guia cultural que circula às sextas-feiras, constituindo importante veículo do jornalismo utilitário do impresso. No tocante ao espaço destinado para opinião o jornal dispõe diariamente de 02 Artigos no 1º Caderno, 03 Editoriais no 1º Caderno, 01 Comentário no 1º Caderno, 01 7

8 Artigo no Caderno Economia, 01 Editorial no Caderno Economia, 01 Comentário no Caderno Economia, 01 Coluna Caderno Economia, 01 Coluna Caderno 2, Cartas no 1º Caderno, Cartas no Caderno Esportes, Caricatura no 1º Caderno, 01 Coluna no Caderno de Esporte, Cartas Caderno Metrópole. Essa estrutura é flexível e modificada a partir, sobretudo, da sexta-feira, com um maior número de artigos, e, com o aparecimento das resenhas e crônicas, além do aumento do número de cartas dos leitores. Como afirmamos acima, o Estadão tem como principal característica a informação, o quadro I abaixo nos mostra a quantidade de UI encontradas nos formatos do gênero informativo no período da análise. QUADRO I INFORMATIVO NOTA NOTÍCIA REPORTAGEM ENTREVISTA Os dados apresentados nos dão conta de que as notas ocupam 21,11% das unidades de informação do jornal, enquanto que as notícias ocupam 24,73%. Já o formato reportagem é o mais utilizado pelo veículo mostrando que o aprofundamento da notícia é praxe no processo de construção da notícia, assim temos, 29,33% das UI do Estadão distribuídas em reportagens. As entrevistas, por sua vez, são mais freqüentes nos finais de semana e ocupam somente 2,30% das UI. No que se refere ao gênero opinativo, no quadro II, podemos visualizar a quantidade de material de opinião veiculado pelo jornal em cada formato definido por Marques de Melo (2003, 2006), o que nos leva a concluir que em termos de impressos, e, sobretudo, no tocante ao jornal em pauta, a classificação ainda é válida, muito embora, encontremos em alguns casos como na coluna da Sônia Racy outro tipo de texto do que o previsto para aquele espaço como a entrevista veiculada no dia 30 de abril, na página A16, com Helio Lima Vice-Presidente do Itaú, ou ainda, o estilo de Daniel Piza, que invariavelmente mescla comentário e coluna no mesmo espaço, seja na coluna Boleiros no caderno Esportes, seja na coluna Culturobrás veiculada, também, no dia 30 de abril, no Caderno 2, na página D3. QUADRO II OPINATIVO EDITORIAL COMENTÁRIO ARTIGO RESENHA COLUNA CARICATURA CARTA CRÔNICA Em termos percentuais o jornalismo opinativo ocupa 13% das UI do Estadão durante o período de observação. Destes 2,05% são dedicados aos editoriais, 2,38% aos comentários, 2,95% aos artigos, 2,13% às resenhas, 1,23% as caricaturas, 1,72% as cartas e 0,32% as crônicas. 8

9 O gênero interpretativo nos formatos propostos por Marques de Melo não aparece com muita freqüência no jornal. Muito embora, se identifique dentro das reportagens, características interpretativas com argumentações, ponto e contraponto de informações, às vezes aliadas a artigos e comentários que dão um panorama completo acerca do assunto tratado. Como exemplo, citamos a reportagem Lei prevê igualdade racial por cotas veiculada no dia 30 de abril no primeiro caderno, página A10, na qual encontramos dados interpretativos. À reportagem, se segue um artigo de Mônica Grin, professora de História Social da UFRJ, intitulado A quem serve o Estado da Igualdade Racial?. No quadro III abaixo verificamos a quantidade de UI deste gênero encontradas no jornal durante o estudo. QUADRO III INTERPRETATIVO DOSSIÊ/ANÁLISE PERFIL ENQUETE CRONOLOGIA Em termos relativos os números acima podem ser traduzidos em 2,46% da quantidade de UI do Estadão destinadas ao dossiê, sendo que o perfil e a enquete empatam em 0,08% das unidades de informação. No que se refere ao jornalismo diversional, mesmo discordando da classificação proposta por Marques de Melo, como explicitamos acima, realizamos a análise conforme seus conceitos. Aqui, no entanto, enfatizamos mais uma vez, que deslocaríamos as histórias de interesse humano localizadas, para o gênero informativo. Mas não o fizemos, propositalmente, a fim de atestarmos o pouco uso que se faz do gênero em pauta, ou, do que para nós, reflete tão somente uma mudança de estilo do autor e não de intencionalidade. Vejamos então os números que mostram que o diversional somente ocupa 0,49% das unidades de informação encontradas no jornal no período de estudo. 9 QUADRO IV JORNALISMO DIVERSIONAL HISTÓRIA DE INTERESSE HUMANO HISTÓRIA COLORIDA TT Por último, o gênero utilitário, que tem crescido bastante no jornalismo, e que encontra espaço em O Estado de São Paulo. Ressalte-se que embora seja um espaço restrito, é um dos maiores motivadores de compra do veículo, por parte dos leitores, ávidos por informações úteis. O quadro abaixo nos dá uma idéia de como se comporta o veículo em relação ao gênero em análise. Lembrando ainda que a metodologia é pautada na unidade de informação e que não reflete o espaço ocupado pelos textos utilitários na mancha gráfica ao longo do jornal, mas tão somente a quantidade de UI. QUADRO V UTILITARIO INDICADOR COTAÇÃO ROTEIRO

10 10 SERVIÇO O gênero utilitário que figura com 6% das UI, ocupa na verdade o terceiro lugar no ranking dos gêneros do Estadão só perdendo para o informativo e o opinativo. Assim encontramos indicadores e cotação ocupando cada um 0,57% das UI, os roteiros com 1,56% e os serviços com 3,20%. O gráfico I nos fornece uma visão panorâmica do veículo e reflete a distribuição das matérias em gêneros, atestando porque o jornal é realmente informativo. GRÁFICO I OPINATIVO 13% UT 6% INTDV 3% 0% INFORMATIVO 78% O Estado de São Paulo apresenta, desta forma, como gêneros principais o informativo, o opinativo e o utilitário, deixando o interpretativo, na forma proposta por Marques de Melo, em segundo plano e, relegando o diversional, também conforme o autor citado, ao esquecimento.

11 Diário de São Paulo O Diário de São Paulo pertence às Organizações Globo e é publicado pela empresa jornalística Diário de São Paulo S. A. O Diário de São Paulo somou, no período analisado, 565 páginas, com 33 cadernos, mais dois cadernos semanais aos domingos: um tem como foco a televisão e denomina-se Já TV, o outro é o caderno de Negócios, que inclui empregos e outros temas. Há também, um caderno especial, no período, destinado ao Feirão da Casa Própria, no dia 27 de abril. No período analisado, o Diário de São Paulo contou com a contribuição de 6 comentaristas, 3 articulistas e 12 colunistas. Sendo que os comentaristas sobressaem no caderno de Esportes. O jornal foi analisado a partir da classificação dos gêneros jornalísticos, elaborada por Marques de Melo (2003, 2006), que classificou os gêneros presentes na imprensa brasileira, sendo: informativo, interpretativo, opinativo, diversional e utilitário. De linha popular, o Diário de São Paulo é destinado aos profissionais assalariados, que em sua maioria, não dispõem de muito tempo para o ócio. Por isso, a necessidade de informações rápidas em forma de notas (25,44%), notícias (24,63%) e um número mais reduzido, porém, expressivo de reportagens (19,76%), abordando assuntos de interesse da população. Dessa maneira, o gênero informativo tem supremacia no jornal com 69, 97%. Nesse período, a ênfase dada foi ao Feirão da Casa Própria, promovido pela Caixa Econômica Federal. A Reportagem aparece, por vezes, não somente com intuito de informar, mas algumas vezes surge com caráter explicativo (gênero informativo). (2006, p. B2), esclarecendo as possíveis dúvidas do leitor, oferecendo um material inteligível ao seu público. Na realidade, a entrevista, como também as categorias do gênero interpretativo, enquete e cronologia, aparecem como suporte à reportagem. QUADRO VI INFORMATIVO NOTA NOTÍCIA REPORTAGEM ENTREVISTA O gênero opinativo tem uma participação tênue, porém, sedimentada com seu espaço reservado no jornalismo brasileiro. A opinião aparece, sendo: 0,95% de editorial, 1,08% de comentário, 0,68% artigo, 1,08% de resenha, 10,15% de coluna, 0,00% de caricatura, 2,17% carta, 0,0% crônica. Dessa forma, a preservação opinativa é de 16,11%. Conferimos abaixo os números absolutos em relação à quantidade de unidades de informações referentes à opinião no Diário. QUADRO VII OPINATIVO EDITORIAL COMENTÁRIO ARTIGO RESENHA COLUNA CARICATURA CARTA CRÔNICA

12 A opinião revela-se um tanto tímida no período analisado. O comentário, por exemplo, aparece com mais freqüência no Caderno de Esportes. Há, porém, que se destacar o comentário de Miriam Leitão, que está no formato coluna, porém, seu conteúdo tem todas as características de um comentário, explicitadas por Marques de Melo (2003). O artigo aparece de forma muito tímida. São 5 artigos na semana, com assuntos relacionados a medicina e esclarecimento ao público. A coluna é a categoria mais evidente do gênero opinativo, aparecendo com informação aliada à opinião. Já a resenha aumenta na sexta-feira (7) pela proximidade do final de semana, indicando filmes para consumo. A ausência total de caricatura mostra uma deficiência de ilustração visual, ou textual com carga opinativa, que tem como característica ridicularizar, satirizar ou criticar principalmente políticos. Não há, portanto, uma preocupação em estimular a consciência crítica do leitor, a partir de uma ilustração visual, ou textual. Da mesma forma, outra categoria opinativa, não aparece no Diário de São Paulo, é a Crônica. Por outro lado, o gênero interpretativo aparece bem mais reduzido, sendo: 0,00% de análise/dossiê, 0,68% de perfil, 0,14% de enquête e 0,27% de cronologia. Assim, o gênero interpretativo aparece bem reduzido no jornal, com cerca de 1,09%. QUADRO VIII INTERPRETATIVO DOSSIÊ/ANÁLISE PERFIL ENQUETE CRONOLOGIA O reduzido percentual do gênero interpretativo revela que as categorias de gênero não satisfazem o público alvo do jornal, por isso sua presença reduzida. Por outro lado, algumas categorias têm se tornado híbridas, servindo de complemento ao entendimento da mensagem. Assim, a cronologia e a enquête, assim como os infográficos, têm servido de suporte à Reportagem (2006, p. A8). O perfil tem mostrado algumas celebridades que tem se destacado na televisão em personagens desenvolvidos nas novelas, como: Bia Falcão, personagem de Fernanda Montenegro (Belíssima); Foguinho, personagem de Lázaro Ramos (Cobras & Lagartos); e Letícia, personagem de Cléo Pires (Cobras & Lagartos). A ausência de análise/dossiê no percentual, não significa necessariamente a extinção desta categoria na imprensa, mas somente uma tendência desse veículo. É bom frisar ainda, que a análise foi elaborada a partir da Unidade de Informação de Violette Morin, em que os elementos de uma reportagem se complementam em uma única UI. Dessa forma, os elementos típicos do dossiê, ou seja, os boxes, ilustrados com gráficos, mapas, ou tabelas, aparecem em complemento às reportagens e notícias, tornando-se uma única unidade de informação. O jornalismo diversional quase não aparece. É um gênero que emergiu nos Estados Unidos, mas que não se desenvolveu na imprensa brasileira. No período analisado, temos: 0,68% história de interesse humano e 0,00% de história colorida. Estas, sim, são categorias praticamente inexistentes na imprensa brasileira. QUADRO IX DIVERSIONAL HISTÓRIA DE INTERESSE HUMANO HISTÓRIA COLORIDA

13 13 O jornalismo utilitário aparece com ênfase, sendo que o formato roteiro ocupa 4,60% das UI e serviços ficam 6, 63%. Como é um jornal mais popular, a cotação não aparece e o indicador tem 0,95% de presença, totalizando 12,18% de jornal utilitário. QUADRO X UTILITARIO INDICADOR COTAÇÃO ROTEIRO SERVIÇO GRÁFICO II UT 12% INTDV 1% 1% OPINATIVO 16% INFORMATIVO 70% Diante dos dados apresentados verifica-se a supremacia do gênero informativo no jornal em análise. A opinião e os serviços aparecem em percentual reduzido, porém, são expressivos. Dessa forma, entendemos o Diário de São Paulo, como um jornal voltado à população de São Paulo, tendo como prioridade informá-la sobre os principais acontecimentos de interesse deste público. O que se percebe pela presença, ou ausência, de outras categorias jornalísticas. O interesse da população é o principal foco do jornal. Conclusão Os jornais O Estado de São Paulo e Diário de São Paulo apesar de possuir perfis de público aparentemente diferentes, apresentaram no período em que foram observados, o mesmo perfil, no que concerne aos gêneros jornalísticos, o que vem a contestar as previsões mais recentes e referentes a um novo fazer jornalístico, muito mais ameno e direcionado as necessidades do mercado. Esta é, no entanto, uma análise superficial. Se não vejamos, o Diário de São Paulo é, como já afirmamos, um veículo direcionado a um leitor popular, não tão exigente ou intelectualizado, ao passo que O Estadão seria o seu oposto. Em verdade, um dos jornais de perfil mais conservador do país. Em ambos, a informação vai ser privilegiada ocupando aproximadamente 70% no Diário e 78% no Estadão. No entanto, aqui temos que considerar que tipo de informação esta sendo privilegiada. No Estadão, a informação é mais trabalhada, o objetivo é ir fundo no acontecimento, apurando tudo e oferecendo ao público leitor um diferencial em relação aos meios eletrônicos, sobretudo, que dificilmente podem trabalhar a notícia com mais tempo e precisão. Assim, neste veículo é a reportagem que sobressai. Já no Diário de São Paulo, as

14 notas são as mais freqüentes, o que reflete o tipo de informação que o seu público espera receber. Algo curto e rápido. O importante é se informar sobre o que está acontecendo e não conhecer todos os detalhes do acontecimento. É, com certeza, um público que dispõe de pouco tempo e que não se interessa por textos longos. Nos dois jornais, vamos ter como segundo gênero mais utilizado, o opinativo. No Estadão, temos 13% das unidades de informação destinadas à opinião, ao passo, que, no Diário são 16%. O que não significa absolutamente que neste jornal você encontre mais textos opinativos do que no Estado de São Paulo, apenas no primeiro, o número de colunas é bem superior. Já no Estadão prevalecem os artigos e os comentários, sempre escritos por formadores de opinião e acerca de assuntos em debate no cenário nacional, como a sucessão presidencial que dificilmente deixas as páginas deste periódico. Outro destaque, verificado nos periódicos analisados, fica por conta do espaço ocupado pelo gênero utilitário. No Estadão, este gênero se perpetua com aproximadamente 6%, enquanto que no Diário o percentual é de 12%, o que reflete, uma nova tendência no jornalismo brasileiro, aqui representado pelos dois jornais analisados, ou seja, o de prestar serviços de utilidade pública, sobre temas, assuntos e coisas que fazem parte do dia-a-dia das pessoas, e cujas informações elas podem necessitar a qualquer momento. Este jornalismo já define a compra ou não de veículo impresso, por parte do leitor. Os gêneros interpretativo e diversional não chegam a ocupar espaço representativo em nenhum dos jornais analisados, talvez porque no Brasil diferentemente dos Estados Unidos, a interpretação se faça, ao longo de reportagens que apresentam também características interpretativas, ou ainda, pela junção constante de mais de um texto de gêneros diferentes na mesma página do jornal. Quanto ao diversional, e, considerando as ponderações já colocadas por nós ao longo do texto, também não verificamos nos impressos nenhuma tendência em seguir o modelo norte-americano. Aqui vale ressaltar, que os dois gêneros aos quais nos dedicamos no presente parágrafo são os que de fato, ao nosso ver, apresentam problemas de conceituação. Referências Bibliográficas ALZAMORA, Geane Carvalho. Jornalismo cultural on line: uma abordagem semiótica. Disponível em: BAKHTIN. Mikhail. Os gêneros do discurso. In: Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, BELTRÃO, Luiz. Jornalismo Opinativo. Porto Alegre: Sulina, CARVALHO, Adriana Cintra de. PUZZO, Miriam Bauab. Textos Opinativos: uma questão de gênero.in: Revista Ciências Humanas.Taubaté, SP, v.9, n.2, p , juldez, CASASÚS, Josep M. & LADEVÉZE, Luis N. Estilo y Géneros Periodísticos. Barcelona: Editorial Ariel, CAIXA FINANCIA IMÓVEL COM DESCONTO PARA BAIXA RENDA. Diário de São Paulo, 30 de abril de 2006, p. B2. GRADIM, Anabela. Manual de Jornalismo. Livro de Estilo do Urbi et Orbi. Covilhã UBI, Portugal. Disponível em MARQUES DE MELO, José. Jornalismo Opinativo: gêneros opinativos no jornalismo brasileiro, 3ª ed., Campos do Jordão: Ed. Mantiqueira, MARQUES DE MELO. Anotações de sala de aula MENDOZA, Carlos A. Opinión Publica y Periodismo de Opinión. San Juan, Argentina, MORIN, Violette. Tratamiento Periodístico de la Información. Barcelona: A.T.E.,

15 ORLANDI, Eni P. A sociolingüística e a teoria da enunciação e a análise do discurso (convenção e linguagem). In.: A linguagem e seu funcionamento: as formas do discurso SAMUEL. Roger. (org.) Manual de teoria literária. Petrópolis: Vozes, SEIXAS, Lia. Gêneros jornalísticos digitais: Um estudo das práticas discursivas no ambiente digital UTARD, Jean Michel. O embaralhamento nos gêneros midiáticos. Gêneros de discurso como conceito interdisciplinar para o estudo das transformações da informação midiática. IN: Revista Comunicação e Espaço Público. UNB, Faculdade de Comunicação, ano VI nº 1 e 2, 2003, p

Aprendendo a ESTUDAR. Ensino Fundamental II

Aprendendo a ESTUDAR. Ensino Fundamental II Aprendendo a ESTUDAR Ensino Fundamental II INTRODUÇÃO Onde quer que haja mulheres e homens, há sempre o que fazer, há sempre o que ensinar, há sempre o que aprender. Paulo Freire DICAS EM AULA Cuide da

Leia mais

Ajuda ao SciEn-Produção 1. 1. O Artigo Científico da Pesquisa Experimental

Ajuda ao SciEn-Produção 1. 1. O Artigo Científico da Pesquisa Experimental Ajuda ao SciEn-Produção 1 Este texto de ajuda contém três partes: a parte 1 indica em linhas gerais o que deve ser esclarecido em cada uma das seções da estrutura de um artigo cientifico relatando uma

Leia mais

CONTRIBUIÇÕES PARA UMA ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA: ANALISANDO ABORDAGENS DA PRIMEIRA LEI DE NEWTON EM LIVROS DIDÁTICOS DE FÍSICA

CONTRIBUIÇÕES PARA UMA ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA: ANALISANDO ABORDAGENS DA PRIMEIRA LEI DE NEWTON EM LIVROS DIDÁTICOS DE FÍSICA CONTRIBUIÇÕES PARA UMA ALFABETIZAÇÃO CIENTÍFICA: ANALISANDO ABORDAGENS DA PRIMEIRA LEI DE NEWTON EM LIVROS DIDÁTICOS DE FÍSICA Andrew Stanley Raposo 1, Tayse Raquel dos Santos 2, Katemari Rosa 3 Unidade

Leia mais

ESCOLA, LEITURA E A INTERPRETAÇÃO TEXTUAL- PIBID: LETRAS - PORTUGUÊS

ESCOLA, LEITURA E A INTERPRETAÇÃO TEXTUAL- PIBID: LETRAS - PORTUGUÊS ESCOLA, LEITURA E A INTERPRETAÇÃO TEXTUAL- PIBID: LETRAS - PORTUGUÊS RESUMO Juliana Candido QUEROZ (Bolsista) 1 ; Natália SILVA (Bolsista) 2, Leila BRUNO (Supervisora) 3 ; Sinval Martins S. FILHO (Coordenador)

Leia mais

ORIENTAÇÕES PARA PRODUÇÃO DE TEXTOS DO JORNAL REPORTAGEM RESENHA CRÍTICA TEXTO DE OPINIÃO CARTA DE LEITOR EDITORIAL

ORIENTAÇÕES PARA PRODUÇÃO DE TEXTOS DO JORNAL REPORTAGEM RESENHA CRÍTICA TEXTO DE OPINIÃO CARTA DE LEITOR EDITORIAL ORIENTAÇÕES PARA PRODUÇÃO DE TEXTOS DO JORNAL REPORTAGEM RESENHA CRÍTICA TEXTO DE OPINIÃO CARTA DE LEITOR EDITORIAL ORIENTAÇÕES PARA OS GRUPOS QUE ESTÃO PRODUZINDO UMA: REPORTAGEM Tipos de Textos Características

Leia mais

A Sociologia de Weber

A Sociologia de Weber Material de apoio para Monitoria 1. (UFU 2011) A questão do método nas ciências humanas (também denominadas ciências históricas, ciências sociais, ciências do espírito, ciências da cultura) foi objeto

Leia mais

OLIVEIRA, Luciano Amaral. Coisas que todo professor de português precisa saber: a teoria na prática. São Paulo: 184 Parábola Editorial, 2010.

OLIVEIRA, Luciano Amaral. Coisas que todo professor de português precisa saber: a teoria na prática. São Paulo: 184 Parábola Editorial, 2010. Resenha OLIVEIRA, Luciano Amaral. Coisas que todo professor de português precisa saber: a teoria na prática. São Paulo: 184 Parábola Editorial, 2010. Leticia Macedo Kaeser * leletrasufjf@gmail.com * Aluna

Leia mais

uma representação sintética do texto que será resumido

uma representação sintética do texto que será resumido Resumo e Resenha Resumo Ao pesquisar sobre as práticas de linguagem nos gêneros escolares, Schneuwly e Dolz (1999: 14), voltando seus estudos para o nível fundamental de ensino, revelam que a cultura do

Leia mais

As pesquisas podem ser agrupadas de acordo com diferentes critérios e nomenclaturas. Por exemplo, elas podem ser classificadas de acordo com:

As pesquisas podem ser agrupadas de acordo com diferentes critérios e nomenclaturas. Por exemplo, elas podem ser classificadas de acordo com: 1 Metodologia da Pesquisa Científica Aula 4: Tipos de pesquisa Podemos classificar os vários tipos de pesquisa em função das diferentes maneiras pelo qual interpretamos os resultados alcançados. Essa diversidade

Leia mais

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS

ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS APRESENTAÇÃO ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO DE PROJETOS Breve histórico da instituição seguido de diagnóstico e indicadores sobre a temática abrangida pelo projeto, especialmente dados que permitam análise da

Leia mais

FATEC Cruzeiro José da Silva. Ferramenta CRM como estratégia de negócios

FATEC Cruzeiro José da Silva. Ferramenta CRM como estratégia de negócios FATEC Cruzeiro José da Silva Ferramenta CRM como estratégia de negócios Cruzeiro SP 2008 FATEC Cruzeiro José da Silva Ferramenta CRM como estratégia de negócios Projeto de trabalho de formatura como requisito

Leia mais

Os gêneros presentes nas propostas de produção escrita de livros didáticos do Ensino Médio.

Os gêneros presentes nas propostas de produção escrita de livros didáticos do Ensino Médio. Os gêneros presentes nas propostas de produção escrita de livros didáticos do Ensino Médio. Dalva Aparecida do Carmo Constantino, UFMT, Faculdades Integradas de Rondonópolis (FAIR/UNIR). Este trabalho

Leia mais

Elvira Cristina de Azevedo Souza Lima' A Utilização do Jogo na Pré-Escola

Elvira Cristina de Azevedo Souza Lima' A Utilização do Jogo na Pré-Escola Elvira Cristina de Azevedo Souza Lima' A Utilização do Jogo na Pré-Escola Brincar é fonte de lazer, mas é, simultaneamente, fonte de conhecimento; é esta dupla natureza que nos leva a considerar o brincar

Leia mais

SOCIEDADE E TEORIA DA AÇÃO SOCIAL

SOCIEDADE E TEORIA DA AÇÃO SOCIAL SOCIEDADE E TEORIA DA AÇÃO SOCIAL INTRODUÇÃO O conceito de ação social está presente em diversas fontes, porém, no que se refere aos materiais desta disciplina o mesmo será esclarecido com base nas idéias

Leia mais

SUMÁRIO 1. AULA 6 ENDEREÇAMENTO IP:... 2

SUMÁRIO 1. AULA 6 ENDEREÇAMENTO IP:... 2 SUMÁRIO 1. AULA 6 ENDEREÇAMENTO IP:... 2 1.1 Introdução... 2 1.2 Estrutura do IP... 3 1.3 Tipos de IP... 3 1.4 Classes de IP... 4 1.5 Máscara de Sub-Rede... 6 1.6 Atribuindo um IP ao computador... 7 2

Leia mais

USANDO A REDE SOCIAL (FACEBOOK) COMO FERRAMENTA DE APRENDIZAGEM

USANDO A REDE SOCIAL (FACEBOOK) COMO FERRAMENTA DE APRENDIZAGEM Introdução USANDO A REDE SOCIAL (FACEBOOK) COMO FERRAMENTA DE APRENDIZAGEM Paula Priscila Gomes do Nascimento Pina EEEFM José Soares de Carvalho EEEFM Agenor Clemente dos Santos paulapgnascimento@yahoo.com.br

Leia mais

Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática

Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática Pesquisa com Professores de Escolas e com Alunos da Graduação em Matemática Rene Baltazar Introdução Serão abordados, neste trabalho, significados e características de Professor Pesquisador e as conseqüências,

Leia mais

PROJETO DE LEITURA E ESCRITA LEITURA NA PONTA DA LÍNGUA E ESCRITA NA PONTA DO LÁPIS

PROJETO DE LEITURA E ESCRITA LEITURA NA PONTA DA LÍNGUA E ESCRITA NA PONTA DO LÁPIS PROJETO DE LEITURA E ESCRITA LEITURA NA PONTA DA LÍNGUA E ESCRITA NA PONTA DO LÁPIS A língua é um sistema que se estrutura no uso e para o uso, escrito e falado, sempre contextualizado. (Autor desconhecido)

Leia mais

DIFICULDADES DE LEITURA E ESCRITA: REFLEXÕES A PARTIR DA EXPERIÊNCIA DO PIBID

DIFICULDADES DE LEITURA E ESCRITA: REFLEXÕES A PARTIR DA EXPERIÊNCIA DO PIBID DIFICULDADES DE LEITURA E ESCRITA: REFLEXÕES A PARTIR DA EXPERIÊNCIA DO PIBID BARROS, Raquel Pirangi. SANTOS, Ana Maria Felipe. SOUZA, Edilene Marinho de. MATA, Luana da Mata.. VALE, Elisabete Carlos do.

Leia mais

ASSESSORIA DE IMPRENSA 1 Felipe Plá Bastos 2

ASSESSORIA DE IMPRENSA 1 Felipe Plá Bastos 2 ASSESSORIA DE IMPRENSA 1 Felipe Plá Bastos 2 RESUMO: O presente trabalho tem como objetivo saber como é desenvolvido o trabalho de Assessoria de Imprensa, sendo um meio dentro da comunicação que através

Leia mais

Jogos. Redes Sociais e Econômicas. Prof. André Vignatti

Jogos. Redes Sociais e Econômicas. Prof. André Vignatti Jogos Redes Sociais e Econômicas Prof. André Vignatti Teoria dos Jogos Neste curso, queremos olhar para redes a partir de duas perspectivas: 1) uma estrutura subjacente dos links de conexão 2) o comportamentos

Leia mais

tido, articula a Cartografia, entendida como linguagem, com outra linguagem, a literatura infantil, que, sem dúvida, auxiliará as crianças a lerem e

tido, articula a Cartografia, entendida como linguagem, com outra linguagem, a literatura infantil, que, sem dúvida, auxiliará as crianças a lerem e Apresentação Este livro tem o objetivo de oferecer aos leitores de diversas áreas do conhecimento escolar, principalmente aos professores de educação infantil, uma leitura que ajudará a compreender o papel

Leia mais

Como escrever um bom Relato de Experiência em Implantação de Sistema de Informações de Custos no setor público. Profa. Msc. Leila Márcia Elias

Como escrever um bom Relato de Experiência em Implantação de Sistema de Informações de Custos no setor público. Profa. Msc. Leila Márcia Elias Como escrever um bom Relato de Experiência em Implantação de Sistema de Informações de Custos no setor público O que é Relato de Experiência? Faz parte dos gêneros pertencentes ao domínio social da memorização

Leia mais

ÁLBUM DE FOTOGRAFIA: A PRÁTICA DO LETRAMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 59. Elaine Leal Fernandes elfleal@ig.com.br. Apresentação

ÁLBUM DE FOTOGRAFIA: A PRÁTICA DO LETRAMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 59. Elaine Leal Fernandes elfleal@ig.com.br. Apresentação ÁLBUM DE FOTOGRAFIA: A PRÁTICA DO LETRAMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL 59 Elaine Leal Fernandes elfleal@ig.com.br Graduada em pedagogia e fonoaudiologia, Pós-graduada em linguagem, Professora da Creche-Escola

Leia mais

Estado da Arte: Diálogos entre a Educação Física e a Psicologia

Estado da Arte: Diálogos entre a Educação Física e a Psicologia Estado da Arte: Diálogos entre a Educação Física e a Psicologia Eixo temático 1: Fundamentos e práticas educacionais Telma Sara Q. Matos 1 Vilma L. Nista-Piccolo 2 Agências Financiadoras: Capes / Fapemig

Leia mais

Resenha. Interesses Cruzados: A produção da cultura no jornalismo brasileiro (GADINI, Sérgio Luiz. São Paulo: Paulus, 2009 Coleção Comunicação)

Resenha. Interesses Cruzados: A produção da cultura no jornalismo brasileiro (GADINI, Sérgio Luiz. São Paulo: Paulus, 2009 Coleção Comunicação) Resenha Interesses Cruzados: A produção da cultura no jornalismo brasileiro (GADINI, Sérgio Luiz. São Paulo: Paulus, 2009 Coleção Comunicação) Renata Escarião PARENTE 1 Parte do resultado da tese de doutoramento

Leia mais

Proposta de publicidade

Proposta de publicidade Proposta de publicidade Olá, prezado (a) Vimos por meio deste apresentar nosso Jornal e a nossa proposta de publicidade para seu negocio ou serviço, que segue-se adiante. Informação é fundamental nos dias

Leia mais

Mídia Kit. Produzido por Luis Daniel da Silva Rodrigo Almeida Tancy Costa Mavignier. Jornalistas

Mídia Kit. Produzido por Luis Daniel da Silva Rodrigo Almeida Tancy Costa Mavignier. Jornalistas Mídia Kit Produzido por Luis Daniel da Silva Rodrigo Almeida Tancy Costa Mavignier Jornalistas Índice Quem somos... 3 Conteúdo... 3 Temática... 4 Periodicidade... 5 Redes Sociais... 5 Estatísticas de visitas...

Leia mais

Panorama da Avaliação. de Projetos Sociais de ONGs no Brasil

Panorama da Avaliação. de Projetos Sociais de ONGs no Brasil Panorama da Avaliação de Projetos Sociais de ONGs no Brasil Realização Parceria Iniciativa Este documento foi elaborado para as organizações que colaboraram com a pesquisa realizada pelo Instituto Fonte,

Leia mais

WALDILÉIA DO SOCORRO CARDOSO PEREIRA

WALDILÉIA DO SOCORRO CARDOSO PEREIRA UNIVERSIDADE DO ESTADO DO AMAZONAS PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM EDUCAÇÃO E ENSINO DE CIÊNCIAS NO AMAZONAS MESTRADO PROFISSIONAL EM ENSINO DE CIÊNCIAS NO AMAZONAS WALDILÉIA DO SOCORRO CARDOSO PEREIRA PROPOSTAS

Leia mais

ALTERNATIVAS APRESENTADAS PELOS PROFESSORES PARA O TRABALHO COM A LEITURA EM SALA DE AULA

ALTERNATIVAS APRESENTADAS PELOS PROFESSORES PARA O TRABALHO COM A LEITURA EM SALA DE AULA ALTERNATIVAS APRESENTADAS PELOS PROFESSORES PARA O TRABALHO COM A LEITURA EM SALA DE AULA RAQUEL MONTEIRO DA SILVA FREITAS (UFPB). Resumo Essa comunicação objetiva apresentar dados relacionados ao plano

Leia mais

Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior

Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior Prof. Dr. Guanis de Barros Vilela Junior INTRODUÇÃO O que é pesquisa? Pesquisar significa, de forma bem simples, procurar respostas para indagações propostas. INTRODUÇÃO Minayo (1993, p. 23), vendo por

Leia mais

Cinco principais qualidades dos melhores professores de Escolas de Negócios

Cinco principais qualidades dos melhores professores de Escolas de Negócios Cinco principais qualidades dos melhores professores de Escolas de Negócios Autor: Dominique Turpin Presidente do IMD - International Institute for Management Development www.imd.org Lausanne, Suíça Tradução:

Leia mais

Jornalismo Interativo

Jornalismo Interativo Jornalismo Interativo Antes da invenção da WWW, a rede era utilizada para divulgação de informações direcionados a públicos muito específicos e funcionavam através da distribuição de e-mails e boletins.

Leia mais

O TEXTO COMO ELEMENTO DE MEDIAÇÃO ENTRE OS SUJEITOS DA AÇÃO EDUCATIVA

O TEXTO COMO ELEMENTO DE MEDIAÇÃO ENTRE OS SUJEITOS DA AÇÃO EDUCATIVA O TEXTO COMO ELEMENTO DE MEDIAÇÃO ENTRE OS SUJEITOS DA AÇÃO EDUCATIVA Maria Lúcia C. Neder Como já afirmamos anteriormente, no Texto-base, a produção, a seleção e a organização de textos para a EAD devem

Leia mais

Formação: o Bacharel em Sistemas de Informações (SI); o MBA em Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC).

Formação: o Bacharel em Sistemas de Informações (SI); o MBA em Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC). DOCENTE PROFESSOR CELSO CANDIDO Formação: o Bacharel em Sistemas de Informações (SI); o MBA em Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC). Conhecimentos: o Web Designer; o Arquitetura de Máquina; o Implementação

Leia mais

O SOFTWARE EUCLIDEAN REALITY AUXILIANDO NA CONSTRUÇÃO DO TEOREMA DE PITÁGORAS

O SOFTWARE EUCLIDEAN REALITY AUXILIANDO NA CONSTRUÇÃO DO TEOREMA DE PITÁGORAS O SOFTWARE EUCLIDEAN REALITY AUXILIANDO NA CONSTRUÇÃO DO TEOREMA DE PITÁGORAS Vânia de Moura Barbosa Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco vanibosa@terra.com.br Introdução Um dos primeiros questionamentos

Leia mais

OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE

OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE OS CONHECIMENTOS DE ACADÊMICOS DE EDUCAÇÃO FÍSICA E SUA IMPLICAÇÃO PARA A PRÁTICA DOCENTE Maria Cristina Kogut - PUCPR RESUMO Há uma preocupação por parte da sociedade com a atuação da escola e do professor,

Leia mais

Marcello Chamusca Márcia Carvalhal. Públicos Híbridos em Relações Públicas Marcello Chamusca Márcia Carvalhal

Marcello Chamusca Márcia Carvalhal. Públicos Híbridos em Relações Públicas Marcello Chamusca Márcia Carvalhal Marcello Chamusca Márcia Carvalhal Públicos híbridos Tipologia das organizações com base no seu nível de envolvimento com as mídias pós-massivas A hipótese das três palavras-chave Contextualização - Inserção

Leia mais

WEBJORNALISMO. Aula 04: Características do Webjornalismo. Características do webjornalismo

WEBJORNALISMO. Aula 04: Características do Webjornalismo. Características do webjornalismo WEBJORNALISMO Aula 04: Características do Webjornalismo Prof. Breno Brito Características do webjornalismo O webjornalismo apresenta algumas características específicas em relação a aspectos que quase

Leia mais

ANÁLISE DE COMPREENSÃO DE TEXTO ESCRITO EM LÍNGUA INGLESA COM BASE EM GÊNEROS (BIOGRAFIA).

ANÁLISE DE COMPREENSÃO DE TEXTO ESCRITO EM LÍNGUA INGLESA COM BASE EM GÊNEROS (BIOGRAFIA). ANÁLISE DE COMPREENSÃO DE TEXTO ESCRITO EM LÍNGUA INGLESA COM BASE EM GÊNEROS (BIOGRAFIA). Alinne da Silva Rios Universidade do Sagrado Coração, Bauru/SP e-mail: alinnerios@hotmail.com Profa. Ms. Leila

Leia mais

PERCEPÇÃO AMBIENTAL DE PROFESSORES DE GEOGRAFIA DO ENSINO FUNDAMENTAL

PERCEPÇÃO AMBIENTAL DE PROFESSORES DE GEOGRAFIA DO ENSINO FUNDAMENTAL PERCEPÇÃO AMBIENTAL DE PROFESSORES DE GEOGRAFIA DO ENSINO FUNDAMENTAL Danilo Coutinho da Silva Bacharel e Licenciado em Geografia - UFPB danilogeog@hotmail.com INTRODUÇÃO A Educação Ambiental (EA) deve

Leia mais

PROJETO DE PESQUISA. Antonio Joaquim Severino 1. Um projeto de bem elaborado desempenha várias funções:

PROJETO DE PESQUISA. Antonio Joaquim Severino 1. Um projeto de bem elaborado desempenha várias funções: PROJETO DE PESQUISA Antonio Joaquim Severino 1 Um projeto de bem elaborado desempenha várias funções: 1. Define e planeja para o próprio orientando o caminho a ser seguido no desenvolvimento do trabalho

Leia mais

UMA EXPERIÊNCIA EM ALFABETIZAÇÃO POR MEIO DO PIBID

UMA EXPERIÊNCIA EM ALFABETIZAÇÃO POR MEIO DO PIBID UMA EXPERIÊNCIA EM ALFABETIZAÇÃO POR MEIO DO PIBID Michele Dalzotto Garcia Acadêmica do Curso de Pedagogia da Universidade Estadual do Centro- Oeste/Irati bolsista do PIBID CAPES Rejane Klein Docente do

Leia mais

SUA ESCOLA, NOSSA ESCOLA PROGRAMA SÍNTESE: NOVAS TECNOLOGIAS EM SALA DE AULA

SUA ESCOLA, NOSSA ESCOLA PROGRAMA SÍNTESE: NOVAS TECNOLOGIAS EM SALA DE AULA SUA ESCOLA, NOSSA ESCOLA PROGRAMA SÍNTESE: NOVAS TECNOLOGIAS EM SALA DE AULA Resumo: O programa traz uma síntese das questões desenvolvidas por programas anteriores que refletem sobre o uso de tecnologias

Leia mais

QFD: Quality Function Deployment QFD: CASA DA QUALIDADE - PASSO A PASSO

QFD: Quality Function Deployment QFD: CASA DA QUALIDADE - PASSO A PASSO QFD: CASA DA QUALIDADE - PASSO A PASSO 1 - INTRODUÇÃO Segundo Akao (1990), QFD é a conversão dos requisitos do consumidor em características de qualidade do produto e o desenvolvimento da qualidade de

Leia mais

2 - Sabemos que a educação à distância vem ocupando um importante espaço no mundo educacional. Como podemos identificar o Brasil nesse contexto?

2 - Sabemos que a educação à distância vem ocupando um importante espaço no mundo educacional. Como podemos identificar o Brasil nesse contexto? A EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA E O FUTURO Arnaldo Niskier 1 - Qual a relação existente entre as transformações do mundo educacional e profissional e a educação à distância? A educação à distância pressupõe uma

Leia mais

Como estruturar empreendimentos mistos

Como estruturar empreendimentos mistos 1 Como estruturar empreendimentos mistos Por Mariana Borges Altmayer Advogada esclarece dúvidas sobre o registro de incorporação, a convenção de condomínio e o modelo de gestão para empreendimentos de

Leia mais

APRENDER A LER PROBLEMAS EM MATEMÁTICA

APRENDER A LER PROBLEMAS EM MATEMÁTICA APRENDER A LER PROBLEMAS EM MATEMÁTICA Maria Ignez de Souza Vieira Diniz ignez@mathema.com.br Cristiane Akemi Ishihara crisakemi@mathema.com.br Cristiane Henriques Rodrigues Chica crischica@mathema.com.br

Leia mais

NORMAS PARA A APRESENTAÇÃO DOS ARTIGOS. Revista Interdisciplinaridade

NORMAS PARA A APRESENTAÇÃO DOS ARTIGOS. Revista Interdisciplinaridade NORMAS PARA A APRESENTAÇÃO DOS ARTIGOS Revista Interdisciplinaridade INTERDISCIPLINARIDADE é uma revista de periodicidade anual, cujo volume de cada ano será publicado em outubro e poderão ser realizadas

Leia mais

Mídias sociais como apoio aos negócios B2C

Mídias sociais como apoio aos negócios B2C Mídias sociais como apoio aos negócios B2C A tecnologia e a informação caminham paralelas à globalização. No mercado atual é simples interagir, aproximar pessoas, expandir e aperfeiçoar os negócios dentro

Leia mais

Avanços na transparência

Avanços na transparência Avanços na transparência A Capes está avançando não apenas na questão dos indicadores, como vimos nas semanas anteriores, mas também na transparência do sistema. Este assunto será explicado aqui, com ênfase

Leia mais

Três exemplos de sistematização de experiências

Três exemplos de sistematização de experiências Três exemplos de sistematização de experiências Neste anexo, apresentamos alguns exemplos de propostas de sistematização. Estes exemplos não são reais; foram criados com propósitos puramente didáticos.

Leia mais

Orientações para informação das turmas do Programa Mais Educação/Ensino Médio Inovador

Orientações para informação das turmas do Programa Mais Educação/Ensino Médio Inovador Orientações para informação das turmas do Programa Mais Educação/Ensino Médio Inovador 1. Introdução O Programa Mais Educação e o Programa Ensino Médio Inovador são estratégias do Ministério da Educação

Leia mais

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO SECRETARIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA Diretoria de Políticas de Formação, Materiais Didáticos e Tecnologias para a Educação Básica Coordenação Geral de Materiais Didáticos PARA NÃO ESQUECER:

Leia mais

AS SALAS DE TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS E A PRATICA DOCENTE.

AS SALAS DE TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS E A PRATICA DOCENTE. AS SALAS DE TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS E A PRATICA DOCENTE. Introdução Carlos Roberto das Virgens Sirlene de Souza Benedito das Virgens Antonio Sales Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul Não faz muito

Leia mais

ALGUNS ASPECTOS QUE INTERFEREM NA PRÁXIS DOS PROFESSORES DO ENSINO DA ARTE

ALGUNS ASPECTOS QUE INTERFEREM NA PRÁXIS DOS PROFESSORES DO ENSINO DA ARTE 7º Seminário de Pesquisa em Artes da Faculdade de Artes do Paraná Anais Eletrônicos ALGUNS ASPECTOS QUE INTERFEREM NA PRÁXIS DOS PROFESSORES DO ENSINO DA ARTE Bruna de Souza Martins 96 Amanda Iark 97 Instituto

Leia mais

Currículo e tecnologias digitais da informação e comunicação: um diálogo necessário para a escola atual

Currículo e tecnologias digitais da informação e comunicação: um diálogo necessário para a escola atual Currículo e tecnologias digitais da informação e comunicação: um diálogo necessário para a escola atual Adriana Cristina Lázaro e-mail: adrianaclazaro@gmail.com Milena Aparecida Vendramini Sato e-mail:

Leia mais

ensino encontra-se no próprio discurso dos alunos, que, no início do ano, quando se resolve adotar determinado livro, perguntam: Professor, tem

ensino encontra-se no próprio discurso dos alunos, que, no início do ano, quando se resolve adotar determinado livro, perguntam: Professor, tem 1 Introdução Tudo o que comunicamos só é possível através de algum gênero discursivo (Bakhtin, [1979] 2000; Kress, 1993; Meurer, 2000). Por esta razão, o estudo sobre gêneros discursivos é de grande importância,

Leia mais

A constituição do sujeito em Michel Foucault: práticas de sujeição e práticas de subjetivação

A constituição do sujeito em Michel Foucault: práticas de sujeição e práticas de subjetivação A constituição do sujeito em Michel Foucault: práticas de sujeição e práticas de subjetivação Marcela Alves de Araújo França CASTANHEIRA Adriano CORREIA Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Filosofia

Leia mais

12. JORNAL DE ONTEM. 5 a e 8 a SÉRIES. A vida no Egito e México antigos. Guia do Professor

12. JORNAL DE ONTEM. 5 a e 8 a SÉRIES. A vida no Egito e México antigos. Guia do Professor 5 a e 8 a SÉRIES 12. JORNAL DE ONTEM A vida no Egito e México antigos Áreas: H, LP, G, PC SOFTWARES NECESSÁRIOS: ENCICLOPÉDIA MICROSOFT ENCARTA 2000 MICROSOFT WORD 2000 MICROSOFT EXCEL 2000 MICROSOFT PUBLISHER

Leia mais

Capitão Tormenta e Paco em Estações do Ano

Capitão Tormenta e Paco em Estações do Ano Guia do Professor Capitão Tormenta e Paco em Estações do Ano Introdução As estações do ano constituem-se em um fenômeno que o aluno constrói o conhecimento desde criança. No ensino médio ele deve ser trabalhado

Leia mais

11 de maio de 2011. Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica

11 de maio de 2011. Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica 11 de maio de 2011 Análise do uso dos Resultados _ Proposta Técnica 1 ANÁLISE DOS RESULTADOS DO SPAECE-ALFA E DAS AVALIAÇÕES DO PRÊMIO ESCOLA NOTA DEZ _ 2ª Etapa 1. INTRODUÇÃO Em 1990, o Sistema de Avaliação

Leia mais

Indicamos inicialmente os números de cada item do questionário e, em seguida, apresentamos os dados com os comentários dos alunos.

Indicamos inicialmente os números de cada item do questionário e, em seguida, apresentamos os dados com os comentários dos alunos. Os dados e resultados abaixo se referem ao preenchimento do questionário Das Práticas de Ensino na percepção de estudantes de Licenciaturas da UFSJ por dez estudantes do curso de Licenciatura Plena em

Leia mais

5 Considerações finais

5 Considerações finais 5 Considerações finais 5.1. Conclusões A presente dissertação teve o objetivo principal de investigar a visão dos alunos que se formam em Administração sobre RSC e o seu ensino. Para alcançar esse objetivo,

Leia mais

5 Conclusões 5.1. Síntese do estudo

5 Conclusões 5.1. Síntese do estudo 5 Conclusões 5.1. Síntese do estudo Este estudo teve como objetivo contribuir para a compreensão do uso das mídias sociais, como principal ferramenta de marketing da Casar é Fácil, desde o momento da sua

Leia mais

REVEL NA ESCOLA: LINGUÍSTICA APLICADA A CONTEXTOS EMPRESARIAIS

REVEL NA ESCOLA: LINGUÍSTICA APLICADA A CONTEXTOS EMPRESARIAIS MÜLLER, Alexandra Feldekircher. ReVEL na Escola: Linguística Aplicada a Contextos Empresariais. ReVEL. v. 11, n. 21, 2013. [www.revel.inf.br]. REVEL NA ESCOLA: LINGUÍSTICA APLICADA A CONTEXTOS EMPRESARIAIS

Leia mais

Rede Brasileira de História da Geografia e Geografia Histórica

Rede Brasileira de História da Geografia e Geografia Histórica Terra Brasilis (Nova Série) Revista da Rede Brasileira de História da Geografia e Geografia Histórica Chamada de artigos: Número 4: História da Cartografia, Cartografia Histórica e Cartografia Digital

Leia mais

1. Quem somos nós? A AGI Soluções nasceu em Belo Horizonte (BH), com a simples missão de entregar serviços de TI de forma rápida e com alta qualidade.

1. Quem somos nós? A AGI Soluções nasceu em Belo Horizonte (BH), com a simples missão de entregar serviços de TI de forma rápida e com alta qualidade. 1. Quem somos nós? A AGI Soluções nasceu em Belo Horizonte (BH), com a simples missão de entregar serviços de TI de forma rápida e com alta qualidade. Todos nós da AGI Soluções trabalhamos durante anos

Leia mais

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SÃO PAULO PLANO DE ENSINO. Modalidade de Ensino: Componente Curricular: Comunicação e Linguagem

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SÃO PAULO PLANO DE ENSINO. Modalidade de Ensino: Componente Curricular: Comunicação e Linguagem 1 IDENTIFICAÇÃO Curso: INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SÃO PAULO Licenciatura em Química Componente Curricular: Comunicação e Linguagem PLANO DE ENSINO Modalidade de Ensino: Superior

Leia mais

Shusterman insere cultura pop na academia

Shusterman insere cultura pop na academia São Paulo, quinta, 21 de maio de 1998 Shusterman insere cultura pop na academia PATRICIA DECIA da Reportagem Local O filósofo americano leva a cultura pop à academia. Em "Vivendo a Arte - O Pensamento

Leia mais

EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA E POLÍTICAS PÚBLICAS SOCIAIS

EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA E POLÍTICAS PÚBLICAS SOCIAIS EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA E POLÍTICAS PÚBLICAS SOCIAIS Flávio Pereira DINIZ (FCS UFG / diniz.fp@gmail.com) 1 Dijaci David de OLIVEIRA (FCS UFG / dijaci@gmail.com) 2 Palavras-chave: extensão universitária;

Leia mais

CURSO DE POS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO EM FOTOGRAFIA DIGITAL

CURSO DE POS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO EM FOTOGRAFIA DIGITAL CURSO DE POS-GRADUAÇÃO EM GESTÃO EM FOTOGRAFIA DIGITAL INFORMAÇÕES GERAIS: Em um mercado como o Brasil, país com um enorme potencial de profissionais criativos, fotógrafos sem uma formação adequada, além

Leia mais

Introdução redes sociais mulheres Digg

Introdução redes sociais mulheres Digg O século XIX ficou conhecido como o século europeu; o XX, como o americano. O século XXI será lembrado como o Século das Mulheres. (Tsvi Bisk, Center for Strategic Futurist Thinking, 2008) A Sophia Mind,

Leia mais

(IM)PACTOS DA/COM A LEITURA LITERÁRIA NA FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES ALFABETIZADORES Fernanda de Araújo Frambach UFRJ

(IM)PACTOS DA/COM A LEITURA LITERÁRIA NA FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES ALFABETIZADORES Fernanda de Araújo Frambach UFRJ (IM)PACTOS DA/COM A LEITURA LITERÁRIA NA FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORES ALFABETIZADORES Fernanda de Araújo Frambach UFRJ Resumo O presente trabalho objetiva apresentar uma pesquisa em andamento que

Leia mais

1.3. Planejamento: concepções

1.3. Planejamento: concepções 1.3. Planejamento: concepções Marcelo Soares Pereira da Silva - UFU O planejamento não deve ser tomado apenas como mais um procedimento administrativo de natureza burocrática, decorrente de alguma exigência

Leia mais

PARANÁ GOVERNO DO ESTADO

PARANÁ GOVERNO DO ESTADO PARANÁ GOVERNO DO ESTADO SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO SEED DIRETORIA DE POLÍTICAS E PROGRAMAS EDUCACIONAIS - DPPE PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL PDE Anexo I Professor PDE FORMULÁRIO DE ACOMPANHAMENTO

Leia mais

AS CONTRIBUIÇÕES DO SUJEITO PESQUISADOR NAS AULAS DE LEITURA: CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS ATRAVÉS DAS IMAGENS

AS CONTRIBUIÇÕES DO SUJEITO PESQUISADOR NAS AULAS DE LEITURA: CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS ATRAVÉS DAS IMAGENS AS CONTRIBUIÇÕES DO SUJEITO PESQUISADOR NAS AULAS DE LEITURA: CONSTRUÇÃO DE SENTIDOS ATRAVÉS DAS IMAGENS INTRODUÇÃO Ângela Mª Leite Aires (UEPB) (angelamaryleite@gmail.com) Luciana Fernandes Nery (UEPB)

Leia mais

A LEITURA NA VOZ DO PROFESSOR: O MOVIMENTO DOS SENTIDOS

A LEITURA NA VOZ DO PROFESSOR: O MOVIMENTO DOS SENTIDOS A LEITURA NA VOZ DO PROFESSOR: O MOVIMENTO DOS SENTIDOS Victória Junqueira Franco do Amaral -FFCLRP-USP Soraya Maria Romano Pacífico - FFCLRP-USP Para nosso trabalho foram coletadas 8 redações produzidas

Leia mais

Chamada para proposta de cursos de Mestrado Profissional

Chamada para proposta de cursos de Mestrado Profissional Chamada para proposta de cursos de Mestrado Profissional A Capes abrirá, nos próximos dias, uma chamada para proposição de cursos de Mestrado Profissional, em várias áreas do conhecimento. Os requisitos

Leia mais

Apresentação. Práticas Pedagógicas Língua Portuguesa. Situação 4 HQ. Recomendada para 7a/8a ou EM. Tempo previsto: 4 aulas

Apresentação. Práticas Pedagógicas Língua Portuguesa. Situação 4 HQ. Recomendada para 7a/8a ou EM. Tempo previsto: 4 aulas Práticas Pedagógicas Língua Portuguesa Situação 4 HQ Recomendada para 7a/8a ou EM Tempo previsto: 4 aulas Elaboração: Equipe Técnica da CENP Apresentação Histórias em quadrinhos (HQ), mangás e tirinhas

Leia mais

GT Psicologia da Educação Trabalho encomendado. A pesquisa e o tema da subjetividade em educação

GT Psicologia da Educação Trabalho encomendado. A pesquisa e o tema da subjetividade em educação GT Psicologia da Educação Trabalho encomendado A pesquisa e o tema da subjetividade em educação Fernando Luis González Rey 1 A subjetividade representa um macroconceito orientado à compreensão da psique

Leia mais

Resenha. Fernanda Gabriela Gadelha ROMERO 1

Resenha. Fernanda Gabriela Gadelha ROMERO 1 Resenha As redes sociais na internet: instrumentos de colaboração e de produção de conhecimento (Redes Sociais na Internet. Raquel Recuero. Porto Alegre: Sulina, 2009) Fernanda Gabriela Gadelha ROMERO

Leia mais

LEITURA E ESCRITA: HABILIDADES SOCIAIS DE TRANSCREVER SENTIDOS

LEITURA E ESCRITA: HABILIDADES SOCIAIS DE TRANSCREVER SENTIDOS LEITURA E ESCRITA: HABILIDADES SOCIAIS DE TRANSCREVER SENTIDOS Driely Xavier de Holanda Kátia Fabiana Lopes de Goes Valmira Cavalcante Marques Regina Celi Mendes Pereira Universidade Federal da Paraíba

Leia mais

NOTÍCIA INSTITUCIONAL: IMAGEM INSTITUCIONAL

NOTÍCIA INSTITUCIONAL: IMAGEM INSTITUCIONAL NOTÍCIA INSTITUCIONAL: IMAGEM INSTITUCIONAL RESUMO Caroline Ferreira 1 O objetivo deste artigo é falar sobre Noticia institucional e o interesse cada vez maior das empresas em cuidar da sua imagem institucional.

Leia mais

TRABALHO DOCENTE VIRTUAL NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA

TRABALHO DOCENTE VIRTUAL NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA TRABALHO DOCENTE VIRTUAL NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA É o trabalho educativo desenvolvido pelo docente numa modalidade de ensino na qual os sujeitos envolvidos estabelecem uma relação pedagógica em que a comunicação

Leia mais

APRESENTAÇÃO. Sua melhor opção em desenvolvimento de sites! Mais de 200 clientes em todo o Brasil. Totalmente compatível com Mobile

APRESENTAÇÃO. Sua melhor opção em desenvolvimento de sites! Mais de 200 clientes em todo o Brasil. Totalmente compatível com Mobile APRESENTAÇÃO Totalmente compatível com Mobile Sua melhor opção em desenvolvimento de sites! Mais de 200 clientes em todo o Brasil APRESENTAÇÃO Muito prazer! Somos uma empresa que presta serviços em soluções

Leia mais

OBJETIVO Reestruturação de dois laboratórios interdisciplinares de formação de educadores

OBJETIVO Reestruturação de dois laboratórios interdisciplinares de formação de educadores OBJETIVO Reestruturação de dois laboratórios interdisciplinares de formação de educadores Laboratório Multidisciplinar de Ensino de Ciências e Matemática (LabMEC), vinculado ao Instituto de Ciências Exatas:

Leia mais

Universidade de Brasília

Universidade de Brasília Disciplina: Comunicação Pública Professores: Ellis e Asdrubal Aluno: João Paulo Apolinário Passos Universidade de Brasília Assessoria de Imprensa em Comunicação Pública e Governamental Prefeitura de Curitiba

Leia mais

A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO COMO PRINCÍPIO EDUCATIVO NA FORMAÇÃO DE Universidade Estadual De Maringá gasparin01@brturbo.com.br INTRODUÇÃO Ao pensarmos em nosso trabalho profissional, muitas vezes,

Leia mais

Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos. "Uma arma verdadeiramente competitiva"

Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos. Uma arma verdadeiramente competitiva Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos "Uma arma verdadeiramente competitiva" Pequeno Histórico No período do pós-guerra até a década de 70, num mercado em franca expansão, as empresas se voltaram

Leia mais

Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade

Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade As empresas têm passado por grandes transformações, com isso, o RH também precisa inovar para suportar os negócios

Leia mais

Ensinar a ler em História, Ciências, Matemática, Geografia

Ensinar a ler em História, Ciências, Matemática, Geografia PAOLA GENTILE Ensinar a ler em História, Ciências, Matemática, Geografia A forma como se lê um texto varia mais de acordo com o objetivo proposto do que com o gênero, mas você pode ajudar o aluno a entender

Leia mais

REFLEXÕES SOBRE OS CONCEITOS DE RITMO

REFLEXÕES SOBRE OS CONCEITOS DE RITMO REFLEXÕES SOBRE OS CONCEITOS DE RITMO E ANDAMENTO E SUAS POSSÍVEIS APLICAÇÕES NA CENA TEATRAL Ernani de Castro Maletta Universidade Federal de Minas Gerais UFMG Ritmo, andamento, encenação. O ritmo é um

Leia mais

A MEMÓRIA DISCURSIVA DE IMIGRANTE NO ESPAÇO ESCOLAR DE FRONTEIRA

A MEMÓRIA DISCURSIVA DE IMIGRANTE NO ESPAÇO ESCOLAR DE FRONTEIRA A MEMÓRIA DISCURSIVA DE IMIGRANTE NO ESPAÇO ESCOLAR DE FRONTEIRA Lourdes Serafim da Silva 1 Joelma Aparecida Bressanin 2 Pautados nos estudos da História das Ideias Linguísticas articulada com Análise

Leia mais

Novas possibilidades de leituras na escola

Novas possibilidades de leituras na escola Novas possibilidades de leituras na escola Mariana Fernandes Valadão (UERJ/EDU/CNPq) Verônica da Rocha Vieira (UERJ/EDU/CNPq) Eixo 1: Leitura é problema de quem? Resumo A nossa pesquisa pretende discutir

Leia mais

(30h/a 02 créditos) Dissertação III (90h/a 06 Leituras preparatórias para a

(30h/a 02 créditos) Dissertação III (90h/a 06 Leituras preparatórias para a GRADE CURRICULAR DO MESTRADO EM LETRAS: LINGUAGEM E SOCIEDADE DISCIPLINAS OBRIGATÓRIAS 34 CRÉDITOS Teorias da Linguagem (60h/a 04 Teorias Sociológicas (60h/a 04 Metodologia da Pesquisa em Linguagem (30h/a

Leia mais

OBSERVATÓRIO DE GESTÃO DA INFORMAÇÃO. Palavras-chave: Gestão da Informação. Gestão do conhecimento. OGI. Google alertas. Biblioteconomia.

OBSERVATÓRIO DE GESTÃO DA INFORMAÇÃO. Palavras-chave: Gestão da Informação. Gestão do conhecimento. OGI. Google alertas. Biblioteconomia. XIV Encontro Regional dos Estudantes de Biblioteconomia, Documentação, Ciência da Informação e Gestão da Informação - Região Sul - Florianópolis - 28 de abril a 01 de maio de 2012 RESUMO OBSERVATÓRIO DE

Leia mais